MAD MAX - Fury Feminist?

Marcus Valerio XR

28 de Maio de 2015
15.810 Caracteres

Contém SPOILERS!

Mad Max 3 - Além da Cúpula do Trovão foi um dos filmes que mais marcou minha adolescência. Por meses não consegui tirar da cabeça a espetacular sequência de perseguição pelo deserto naqueles carros bizarros. Posteriormente veria Mad Max original, e passaria o filme inteiro esperando uma Guerra Nuclear que não acontece, e depois Mad Max 2 - The Road Warrior (No Brasil, "A Caçada Continua"), este sim um pós apocalíptico bem mais parecido com o terceiro filme, e com este novo, FURY ROAD.

Max é um típico anti herói trágico masculino. Policial que decidiu abandonar a profissão para se dedicar a família, que após ser assassinada por uma gangue de motoqueiros, inspira a inevitável vingança. Depois se torna o herói acidental errante, que não busca glória nem riquezas, visando apenas a própria sobrevivência. O personagem que seguramente não se considera um herói, nem tenta ser simpático, mas tem um intrínseco embora hesitante altruísmo que o leva a ser um salvador.

Me preocupei ao ler denúncias de que esse novo filme seria uma propaganda feminista, informação replicada num equivocado texto antifeminista que repete o imperdoável erro de julgar algo antes de vê-lo tendo com base uma feminista na revista Time! (como é mostrado em Jornalistas insanos, Mad Max feminista e nossa cara de preocupação) É como acreditar na seriedade de Diogo Mainardi na Veja! Mas não espero muito da Mad Media ou de um Mad Blogger cujo assumido apelido é "Capitão Capitalismo"!

Perdoo a interpretação feita sobre o trailer e a divulgação do filme, que realmente dá ênfase desmedida à personagem de Charlize Theron. O próprio título do filme é evidente alusão a personagem Imperator Furiosa. Perdoo a má impressão passada pelo próprio diretor do filme, ao declarar ter se tornado feminista, desinformando ao confundir mulheres com feministas e reiterar a ingenuidade de que Feminismo seja uma luta pela igualdade. E ainda por cima por ter convocado uma como consultora.


Por mais que variem os posteres dos filmes anteriores...
...nada há que se compare a isto.

Há outras artes, mas ao menos no Brasil essa parece a mais difundida.

Todavia, após assistir o filme, praticamente nada é como foi antecipado. Ninguém dá ordens a Max, ele não é coadjuvante, e a Imperator Furiosa apesar de ter papel importante e destacado, está perfeitamente integrada na estória de forma harmônica com Max e os demais personagens.

Mas resta a questão: Mad Max - A Estrada da Fúria é uma apologia Feminista?

SIM! ABSOLUTAMENTE FORA DE DÚVIDA!

Mas isso torna o filme ruim? NÃO! PELO CONTRÁRIO!

O que se deve a principalmente dois fatores.

1 - A superação de uma série de esteriótipos típicos das mulheres "empoderadas" dos filmes de ação, com uma retratação muito mais convincente, realista, e isenta de privilégios típicos no cinema e TV;

2 - Apesar da evidente propaganda ideológica anti Patriarcal do filme, tudo é tão bem construído que acaba passando não apenas a auto imagem que o Feminismo gosta de ostentar, mas inevitavelmente também passa toda a sua hipocrisia e contradição, que feministas evidentemente, mesmo quando são das mais inteligentes (para os padrões feministas) serão por completo incapazes de perceber e irão amar aquilo que juram ser uma perfeita crítica ao seu tão odiado inimigo de morte, o Patriarcado.

Fugindo da Falsa Igualdade Forjada

A Mad Media do entretenimento tem se dedicado exaustivamente nas últimas décadas a integrar um novo mito ficcionista dentre outros como munição infinita, carros que explodem ou abrir cadeado a tiros. Trata-se do clichê incorretamente político de que não há qualquer diferença de capacidade e aptidões entre homens e mulheres, e nem dentro de cada gênero. Que hackers, astrofísicos ou engenheiros robóticos tem a mesma probabilidade de serem não apenas homens nerds, mas também lindas loiras platinadas.

E mais. Também que não há qualquer diferença de capacidade física entre homens e mulheres, mesmo quando elas tem corpos de Top Models e eles são montanhas massivas de músculos.

Que se dane a realidade onde sabemos que as lutadoras da elite do MMA feminino, raramente bonitas, não são páreo para pesos mais leves da liga masculina.

O que importa é mostrar lindas atrizes fazendo acrobacias e botando exércitos a nocaute mesmo que não tenham super poder algum. E sem desfazer o penteado!

Não é o caso deste novo Mad Max. As mulheres lutam dentro de suas possibilidades, compensando a inferioridade física por outros meios. Agem de acordo com a necessidade e são mais ou menos eficientes na medida em que se organizam hora sob um comando hierárquico, de Max ou Furiosa, necessário para que instruções centralizadas sejam executadas com eficiência, hora num modelo improvisado, explorando armas e janelas de oportunidade, que a cada momento do filme vão aprendendo a utilizar melhor de forma convincente. A maior parte de sua contribuição no combate se dá com espingardas, e sabemos que mulheres podem ter pontaria e eficiência de tiro até mesmo melhores que homens.

Mas o clamor de que há um show de combatividade feminina no filme é um exagero descabido, pois nada disso impede que Furiosa perca numa dura luta contra Max, ainda que ofereça convincente resistência e o surpreenda mais de uma vez devido as contingências não ideais de combate. Nessa sequência em especial, o fato é que dois homens em más condições, acorrentados um ao outro e sequer realmente cooperando entre si, ainda conseguem dominar Furiosa e as outras 5 mulheres, embora essas também não estejam em condições ideais. Também não impede que na eletrizante sequência final um número bem maior de mulheres, desta vez bem mais preparadas e experientes em batalha e o mais próximo que se chega de um grupo de amazonas, acabem sendo abatidas em peso, mesmo que ofereçam heróica resistência.

E isso leva a outra curiosa característica da retratação feminina das mulheres lutadoras na maioria dos demais filmes. Elas Quase Nunca são feridas! Apenas batem, jamais apanham! Os personagens masculinos estão sujeitos a sofrerem muito, serem torturados ou brutalmente feridos, mas as mulheres lutam belamente sem ter um único arranhão, exceto, às vezes, de outras mulheres.

Neste novo Mad Max, isso muda. As mulheres que decidem lutar, Furiosa e as matriarcas Vuvalini, estão tão sujeitas à morte violenta quanto os homens. Elas não são poupadas apenas por serem mulheres, e enfrentam isso com coragem e dignidade. Exceção feita àquelas que não são lutadoras, sendo poupadas mesmo quando se fazem de escudo para seus companheiros, e são prontamente atendidas e tratadas gentilmente se quiserem se render.

O que nos leva ao segundo ponto.

As esposas de Immortan Joe demonstram uma rica
variedade de personalidades reveladas em seus nomes.

A Frágil ansiosamente tenta voltar para o conforto e segurança de sua "escravidão".
Mas mesmo nela, não se furta de continuar lutando por suas companheiras e aliados.
A Capaz demonstra notável habilidade prática e também grande ternura,
consolando Nux, o War Boy que se desiludiu com as promessas do Valhala.

A Esplêndida, favorita do harém, que protege seus companheiros como escudo humano.

Quando A Realidade Vaza Dentro da Propaganda

Mad Max Fury Road ajuda a explicar porque, mesmo havendo investimento massivo no feminismo por barões da mídia e entretenimento, não se fez um filme que retrate a superioridade de uma suposta Sociedade Matriarcal. Pois, afora o simples fato de que o objetivo ainda é o lucro mais que pregar ideologias, isso exigiria uma ambientação minimamente convincente que funcionaria como experiência filosófica de pensamento. E qualquer uma que seja feita com um pingo de lucidez não irá demorar a desmascarar o dogma central do Feminismo de que vivemos num Patriarcado Opressor que sistematicamente Explora e Violenta mulheres e lega incontáveis privilégios aos homens.

Um esforço mínimo de raciocínio necessário para conceber um mundo fictício convincente, desmascara essa farsa, visto ser impossível conceber uma sociedade minimamente funcional que não evidencie também a exploração sistemática dos homens por minorias cujos privilégios se aplicam até mais à mulheres. E por mais que feministas neguem qualquer coisa parecida, em Mad Max temos isso transbordando por baixo da pretensão de fazer uma propaganda anti patriarcal.

A premissa guia do filme é a retratação da ordem social pós apocalíptica da mesma forma como feministas veem o Patriarcado, uma infindável opressão brutal e insensível, que no caso é representada por autocratas asquerosos, psicóticos e genocidas. E então contrastar isso com a promessa de paraíso matriarcal benevolente.

Mas um olhar já treinado, como o de meu colega Aldir Gracindo, maior representante do Movimento pelos Direitos dos Homens e Meninos no Brasil, apontou brilhantemente uma autêntica Bomba Antifeminista dentro de uma pretensa Propaganda Feminista, cujas ideias estou reaproveitando aqui concedendo-lhe o devido crédito, mas com algumas adaptações minhas.

- Homens são "Objetificados", mas de forma diferente das mulheres. Sendo escravizados a máquinas, fazem todo sistema técnico e bélico do ditador Immortan Joe funcionar. Eles são objetos tal qual as mulheres usadas como "parideiras" e usadas pra produzir leite materno. Já Max é mantido preso numa gaiola porque o sangue dele é de doador universal. Simbolicamente, é tirar o sangue do homem, seu trabalho e seu sacrifício, de uma forma diferente, e mais letal, do que fazem com as mulheres. Pois se é natural das mulheres gestarem, parirem e produzirem leite, jamais poderia ser natural de quem quer que seja ser uma bolsa de sangue;

- Os que não importam: Os homens escravizados fazendo as "engrenagens do sistema" funcionar, aparecem só ao fundo. Furiosa tem à disposição um exército de jovens sendo criados para ser fanáticos assassinos e suicidas. Ela não faz nada por eles, pelo contrário, usa-os e sacrifica-os na fuga. Situação urgente é a das as mulheres, as mais bonitas e bem cuidadas entre todas, não as obesas Milking Mothers exploradas como vacas leiteiras, nem as miseráveis, doentes e famintas entre os pobres. Furiosa até poderia, de dentro da máquina e com um alto posto de confiança, dar um golpe de estado com o mínimo de mortes, e libertar a todos. Mas ela só pega as mulheres lindas e foge pelo deserto em busca da terra prometida das "muitas mães". Alguém poderia até pensar que é apenas uma lésbica levando as mulheres para montar seu próprio harém;

- As matriarcas, a maioria já incapaz de reproduzir, sem nenhuma criança entre elas, claramente androfóbicas, e como criticado pela esposa The Dag, propensas a violência, estão em nítida decadência e destinadas a morrer num deserto estéril, dependendo de armadilhas como usar a atração sexual de uma delas, a única ainda bonita, como isca para atrair incautos, fingindo pedir socorro nua. Simboliza a estratégia de alguns protestos feministas, atrair o homem com o que elas mesmas chamam de "objetificação" da mulher;

- Depois de ver que a terra prometida feminista é uma ilusão e a realidade é apodrecimento e morte, Furiosa desaba gritando no deserto. Max se compadece dela, pois ele também tem seu "paraíso perdido": a família e a comunidade que ele quis proteger como policial, um papel masculino típico. Ele tenta dar um aviso a ela pela experiência própria dele: "se você não consegue consertar as coisas, você enlouquece". E diferente do que os louvores feministas disseram, ela não é a mais capaz, ou a comandante sábia dele. Eles colaboram, lutam juntos, reconhecem quando o outro é mais competente e se revezam cooperativamente;

- No final Max salva Furiosa desta vez não por um ato violento ou de ousadia física, mas pela doação de sangue, retomando o simbolismo inicial da doação masculina, ao passo que o outro personagem masculino do grupo, Nux, já havia sacrificado a própria vida em prol das mulheres.

Feministas notaram isso, a exemplo de textos como 77 provas de que Mad Max é um filme (bastante) machista, bem como um feminist0 que lamentou, ao final de seu imenso texto elogioso, que tenha sido de Max a ideia de voltar e lutar, e que tenha salvo Furiosa ao final, crítica que ecoa em textos estrangeiros como No, Mad Max: Fury Road is not a feminist masterpiece.

Dessas observações podemos inferir boa parte da realidade prática do Feminismo. Um movimento que parece visar aumentar ainda mais os privilégios de uma elite feminina JÁ PRIVILEGIADA, no caso as mulheres de Classe Média e Alta norte americanas em seu período dourado de prosperidade, os anos 50 a 60. A exemplo das "escravas" sexuais de Immortan Joe que decerto jamais precisaram trabalhar na vida, diferente dos efetivamente explorados por meio do trabalho árduo e arriscado, com vida reduzida literalmente à metade, passando fome e sede em condições de vida miseráveis ou tendo o sangue literalmente sugado.

Só o que importa, para o Feminismo, seriam as abastadas e luxuosas damas que não "aguentam mais ser objetificadas"! Ou ao menos assim foram convencidas por outra mulher que não goza deste privilégio, como Furiosa. E fogem rumo a um sonho literalmente infantil de liberdade que, ao primeiro sinal de ser apenas um sonho, imediatamente as faz aceitar voltar para o conforto de onde fugiram! Onde sabem que estarão seguras e não serão punidas de nenhuma forma brutal. Nem mesmo a idosa, que as ajudou a escapar e desafiou Immortan Joe com uma faca, foi punida, apenas dominada, o que mostra que o grau de benevolência com que essas mulheres são tratadas é tal que até mesmo tiranos psicopatas homicidas as respeitam, ainda que de fato as explorem.

É interessante notar que mesmo aceitando a retratação grotesca e corrompida do Patriarcado no filme, ainda assim é forçoso admitir que somente nele há desenvolvimento, produção, riqueza e conforto. Incluindo o "Verde", claramente mantido com árduo trabalho masculino de irrigação e jardinagem. Enquanto o tal paraíso feminista matriarcal revelou-se tão efêmero quando poderia ser. Um mero acidente geográfico vulnerável a primeira variação climática que, sem o trabalho e genialidade masculinas, o fez desabar prontamente, restando somente um deserto tão estéril quanto as próprias matriarcas.

Enquanto uma delas quer a todo custo se entregar de volta, as demais ainda que hesitem, sabem que serão perdoadas, tamanho é o privilégio feminino que mulheres usufruem na ordem patriarcal. Como exemplo correlato a filósofa medieval Cristine de Pizan, precursora de um feminismo mais legítimo, nos mostra que a condição feminina, ao contrário dos delírios feministas, diminui drasticamente o risco de sofrer violência. Em sua obra A Cidade das Damas Livro II Capítulo XXIV ela fala "Sobre um Grupo de Damas que Juntas Salvaram seus Maridos da Morte". Eles haviam sido condenados à pena capital por conspirarem contra os poderes estabelecidos, crime que, como a história evidencia, sempre é punido severamente. Suas esposas nada mais fizeram do que libertá-los da prisão ao visitá-los travestindo-se com as roupas deles, de modo que eles escaparam e elas foram levadas para a execução. Mas Cristine diz: "Quando perceberam que os condenados eram mulheres, ficaram admirados com a astúcia delas e louvaram-nas. Os cidadãos tiveram piedade de suas filhas, e nenhuma foi morta."

Enquanto essa elite feminina é mantida no conforto, e mesmo as mães produtoras de leite que de certo não são vítimas de violência também gozam de uma existência bem mais cômoda, os homens são sacrificados aos montes em nome de sonhos delirantes para manter a mesma ordem social que garante a segurança e o privilégio destas mulheres. E pouco adianta apontar o fato de que são em maioria homens os mantenedores desta ordem, pois o pilar central do Feminismo se apoia na afirmação de que o Patriarcado privilegia os homens em detrimento das mulheres oprimidas e exploradas, mas o que se nota é que a condição delas é muitíssimo mais favorável que a da grande maioria deles, não por outro motivo tendo expectativa de vida bem maior e sujeitas a menos de 10% das mortes acidentais ou por violência.

Em suma, Toda e Qualquer Exploração Social JAMAIS FOI DE GÊNERO, mas de uma classe, ou raça, em detrimento de outra, que beneficia e prejudica ambos os gêneros de acordo com seu segmento, mas que MESMO dentro de qualquer classe ou raça, se mobiliza sempre no sentido de proteger as mulheres pelo sacrifício masculino, o que é vital para a segurança da perpetuação da sociedade. Mesmo que elas sejam capazes, como mostra o filme, de agir também de forma assertiva e produtiva em prol do interesse geral se isso for necessário, a ordem patriarcal no entanto está lá para garantir que não o seja.

E ainda temos o papel da própria Imperator Furiosa que é, de fato, a mulher mais competente ali, mostrando que a exemplo de mulheres históricas reais, sempre há lugar para posições de poder feminino reconhecido na sociedade patriarcal, desde que elas demonstrem a mesma competência e capacidade masculinas. Seu próprio braço amputado é um símbolo desse sacrifício, mostrando que está na mesma categoria dos homens, trocando sua beleza feminina natural, o que por si só já lhe garantiria privilégio, por trabalho árduo e disposição em arriscar a própria vida.

Sacrifício como o do War Boy Nux, indispensável para que o sucesso do regresso seja garantido. Max transformou o que fôra mera fuga de mulheres privilegiadas para um idílico paraíso matriarcal e se tornara potencial suicídio num deserto estéril, numa revolução que viria de fato beneficiar a todos, não somente a pequena elite feminina. Mas é Nux que , na hora certa, faz o ato suicida fundamental que garante a vitória, simbolizando o constante sacrifício masculino em prol da sociedade e especialmente das mulheres. Ainda que algumas delas tenham também se sacrificado bravamente e dado o seu melhor. Das belas reprodutoras, a que salvou seus amigos o fez se colocando à frente das armas dos homens de Immortan Joe, sabendo que eles jamais iriam se atrever a ferí-las. Mas ela morreu apenas por um acidente.

Nux o faz por escolha, ainda que crendo num plano transcendente, seu suicídio é absolutamente vital. E a única coisa que pede em troca é que TESTEMUNHEM! E reconheçam o sacrifício.

Mas as Mad Feminists, da mesma forma que ignoraram por completo esse fato determinante no filme, jamais reconhecerão o sacrifício ou sofrimento masculino na realidade, pois sua insana teoria do Patriarcado as cega para essas realidades óbvias, tal como as impede de ver no próprio filme que testemunha explicitamente que a vida feminina sob a ordem patriarcal sempre foi mais segura e confortável que a masculina.

E a exemplo das Matriarcas que estão fadadas à extinção, da mesma forma que homens não podem reproduzir sem mulheres, mulheres não podem sobreviver sem homens. E é nessa parceria que reside o sucesso da espécie humana. Parceria que é exatamente o que o Feminismo visa destruir.

Marcus Valerio XR

28 de Maio de 2015


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