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2 0 2 5Para quem não o saiba, existe agora um streaming do Mercado Livre que, se você tem conta, já tem acesso! O acervo é pequeno comparado aos demais, mas tem muita coisa que só achei lá, a exemplo de UNDER THE DOME, que finalmente pude assistir! Acabei de ver os 39 episódios das três temporadas, e por sorte a série me surpreendeu positivamente, visto que eu tinha desconfianças que fosse algo no estilo Lost e que terminasse de forma inconclusiva. Mas não, o final até foi bem fechado, mesmo deixando um inevitável gancho para uma possível continuação. E se os mistérios não foram esgotados, acabaram sendo desenvolvidos e explicados bem mais do que eu esperava. Sim, a causa da misteriosa redoma é mostrada, bem como sua procedência e até boa parte de sua natureza, numa trama bastante intrincada mas com elementos claros e bem encadeados. A parte dramática talvez seja o ponto mais polêmico, visto termos uma variedade de comportamentos e mudanças de lado que chega a ser desnorteante, com personagens se aliando a antigos inimigos mortíferos, e depois se tornando inimigos de novo, o que, no entanto parece crível devido à situação de isolamento e da luta pela sobrevivência. Mesmo assim, choca o modo como alguns crimes são perdoados, se não pelos personagens, pelo roteiro. Ademais, caramba! Morre mais gente de modo inesperado que em Game of Thrones! Com uma ou outra parcial exceção, não tem como antecipar quem vai chegar ao final da estória, que se passa dentro de um mês, afora um salto futuro de um ano nos minutos finais e um ou outro flashback. Ambientada na fictícia cidade de Chester's Mill, no estado do Maine, onde aliás ao menos metade da obras do Stephen King se localizam (sim, é baseada num livro dele, que ainda não li), a estória lida com o repentino e absolutamente inesperado surgimento de uma cúpula invisível que isola a cidade, aprisionando a maioria de seus pouco mais de dois mil habitantes, maIs alguns forasteiros que tiveram o azar de estar ali temporariamente. E deixando alguns dos habitantes, que haviam saído brevemente, de fora. Aparentemente indestrutível, a barreira resiste incólume até ao ataque de um MOAB (Mother of All Bombs), o mais poderoso míssil não nuclear existente. Não chega a ser tentada uma arma nuclear, mas seria uma má ideia considerando que obviamente o calor e a radiação passam pela barreira. Então, com suas vidas e tramas pessoais surpreendidas, os personagens agora tem que enfrentar uma série de eventos de teor apocalíptico que chegam a lembrar as pragas do Egito, uma vez que tendo mais de 6 km de altura e bem mais de diâmetro, e englobando um lago e floresta, a redoma mantém um micro clima perfeitamente funcional, embora drasticamente afetado. Do lado externo, evidentemente o mundo inteiro fica chocado com o fato e tenta de toda forma possível lidar com o fenômeno, embora seja dada pouca atenção a eventos fora do domo. E aí aparece de tudo. Personagens que profetizaram o evento, jovens com inexplicável ligação com fenômeno, dispositivos misteriosos que estão claramente ligados ao domo mas ninguém sabe como funcionam e, SPOILERS maiores adiante... ...aparentes visitantes extraterrestres, conspirações, precedentes que foram acobertados, ressuscitações (ou viagens no tempo), alterações bizarras que hora tornam a redoma absolutamente escura, hora branca opaca, hora magnetizada, ora se tornando uma gigantesca tela que exibe eventos falsos, e até... Matrix. Enfim, gostei bastante da série, que eu queria ver há muito tempo, embora não estivesse disponível em nenhum outro streaming. Vou ver agora se consigo ler o livro. ![]() Outra coisa que Under The Dome fez melhor, embora ainda longe da excelência, é lidar com os "personagens" de fundo. Uma das coisas mais mal executadas, da maioria dos filmes e séries que tem que lidar com temas que envolvem centenas de figurantes, é o modo como frequentemente temos um imenso pano de fundo de pessoas que estão sendo diretamente afetadas por algum evento drástico, mas ficam absolutamente caladas enquanto uns poucos protagonistas dialogam decidindo suas vidas. Geralmente isso ocorre porque se tratam de figurantes que sequer fizeram testes de atuação, de modo a serem apenas um "background animado" sobre o qual atual os reais protagonistas. Under The Dome faz melhor, com maior manifestação daquilo que antes pareceriam apenas decorativos, mas de repente dialogam com os protagonistas. Ainda assim, porém, acabam sendo aquelas participações especiais que de repente aparecem e depois somem, nesse caso, frequentemente morrem, pois a contagem de corpos na série é surpreendente. De qualquer modo, esse não é um problema fácil de solucionar. Se você tem uma estória que ocorre num contexto onde dezenas, centenas ou milhares de pessoas estão sendo severamente afetadas, a realidade sugere que muitos irão se manifestar e agir, mas é muito difícil retratar isso quando você tem um contrato com um número limitado de atores e restante são apenas figurantes. A solução apresentada são contratos menores de atores temporários que se manifestam brevemente para passar a ilusão de que há protagonismo além dos atores principais. Mas isso raramente funciona. Em Lost, por exemplo, optou-se por um grupo de figurantes fixos que foram vistos no pano de fundo de vários episódios, havendo lista destalhada de cada um deles nas páginas de fãs, citando seus respectivos atores. Mas eles sempre foram apenas isso, "background animado". Quando aparecia um personagem "novo" além dos atores principais em um episódio específico, era um que jamais havia sido visto no background e depois não seria visto de novo, afinal trata-se de um contrato temporário de atuação, e não de posar pra compor o fundo. A situação se tornou ainda mais problemática quando, na terceira temporada surgiram dois personagens novos que tiveram amplo destaque, um deles interpretado por Rodrigo Santoro. Mas eles jamais haviam sido vistos antes. Under The Dome atenua essa fragilidade devido ao amplo número de personagens secundários, terciários etc, que de repente aparecem em alguma participação relevante e depois somem, mesmo que não tenham sido mortos devido à amplitude maior do cenário. Mesmo assim, está longe do ideal. Ideal que, penso eu, exigiria um contrato de atores que previsse que eles apenas posariam no fundo pela maior parte do tempo, mas participariam mais ativamente de forma esporádica, gerando familiaridade no espectador. Mas ainda estou pra ver isso acontecer mesmo quando o número de personagens envolvidos é de poucas dezenas. Um exemplo terrível é a série Yellowjackets, que já comentei bastante em dois vídeos e gosto muito. Mas ele tem essa bizarrice de ter um núcleo de personagens perdidas numa floresta onde 13 são claramente ativos, com nomes, falas e participações claras, mas cinco outras são como se fossem NPCs que somem e reaparecem do nada de um jeito surreal na primeira temporada, num contexto onde isso não tem o menor cabimento. Na segunda, personagens "novas" são acrescentadas que em tese seriam aquelas mesmas do background, mas com atrizes totalmente diferentes. ![]() Um outro elemento trazido pela série é algo que eu próprio exploro em minhas obras, como em As 4 Damas do Apocalipse e As Senhoras de TERRANIA e que é pouco retratado nos universos de FC e FF: o conceito de Força Vital que só aparece na Terceira Temporada, junto com, nada mais nada menos, um tipo de "Matrix" de procedência alienígena que aprisiona os habitantes em casulos onde eles ficam vivendo felizes num mundo de ilusão, até serem libertados por uma ação externa que destrói a fonte de energia do sistema. Aí, os personagens tem que lidar com o fato de terem saído de uma bela ilusão para encarar de volta a dura realidade da vida sob redoma. Porém, entre a ação de outro fator, que é estarem sentimentalmente conectados numa comunidade, chamada de KINSHIP, com um forte senso de pertencimento artificialmente induzido por doses cavalares de Oxitocina, o já chamado "hormônio do amor", ou "da Empatia", que por sinal foi objeto de minha dissertação de Mestrado. Sob a liderança de uma personagem interpretada pela atriz Marg Helgenberger (que ainda estava deslumbrante mesmo aos 56 anos) que já trabalhou também em, ora vejam só, SPECIES (1995) e SPECIES II (1998), que no Brasil receberam o título de "A Experiência". Aqui ela está também envolvida com uma espécie alienígena que se infiltra entre os humanos para realizar seus objetivos, utilizando Força Vital canalizada por cristais e se conecta à redoma, e fluxos de ocitocina para estimular a integração e harmonia entre os membros sob o controle do coletivo. Isso induz nos "infectados" um estado de submissão a sua líder, e a uma causa, de modo a aceitarem até mesmo se sacrificar em nome do grupo. Infelizmente, os autores precisaram recorrer a alguns clichês que enfraqueceram essa própria premissa, como poderem ser muito hostis com membros fora do grupo e estarem até dispostos a excessivos sacrifícios que parecem ser contra producentes. Do contrário, ficaria difícil não concluir que seria mesmo melhor se submeter à tal "família" que não só promovia um senso de pertencimento e propósito sublimes, mas efetivamente os induzia a uma irresistível felicidade. Bem diferente, por exemplos, da submissão apática que se vê no conceito de Invasion of the Body Snachters (Invasores de Corpos) em suas versões de 1956, 1978, 1993 e 2007, com Nicole Kidman, no caso chamada The Invasion. Tal qual o que se vê no recente Pecadores (Sinners), temos aqui o lançamento de uma dúvida de se não seria realmente melhor abandonar o nosso modelo de humanidade em prol de uma forma de existência que dribla a ilusão da Liberdade para ir direito ao que interessa, a Felicidade. Mas isso é tema para um reflexão mais profunda. Há milhões de anos, no programa Os Trapalhões, o personagem Didi Mocó, fantasiado de Batman num quadro de super-heróis, decidiu provocar seus colegas com a inesquecível paródia:
"Homem-Aranha, Homem-Aranha,
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Raphael Machado
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E agora, preparem-se. Mesmo diminuindo o foco justo naquilo que os neocons mais utilizaram para justificar seu ódio ao Papa Francisco, podem apostar que as coisas não serão melhores com Leão XIV. Como eu disse antes, o verdadeiro motivo é o desespero neoliberal de sustentar seu parasitismo capitalista a qualquer custo, bem como a sanha zionista genocida. Quem odiava o prévio pontífice, e certamente irá odiar este (talvez com um constrangimento maior) não passa de defensor do que há de pior no jogo de forças globais atual.
André Luiz dos Reis
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