A FUNDAÇÃO DO FEMINISMO DE SEGUNDA ONDA
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Se você não conhece esse assunto e pensa que já entende alguma coisinha do que seja o Feminismo de Segunda Onda, ESQUEÇA!
Veja este vídeo e APRENDA!
RAÍZES HISTÓRICAS DA CULTURA DE MORTE
A Dra RENATA GUSSON elucida definitivamente QUEM, QUANDO, ONDE, COMO e POR QUÊ o Feminismo de Segunda Onda existe! Com uma riqueza de detalhes e fontes assustadora!
Explica porque o Feminismo de Segunda Onda demorou tanto tempo para surgir após o relaxamento da Primeira Onda, porque TODAS as suas bandeiras são Anti Reprodutivas e porque o Aborto é de fato sua bandeira principal, a única levada com total seriedade e de fato a mais bem sucedida.
O assunto ganha uma dimensão totalmente diferente, transcendendo uma mera contenda ideológica e ganhando um ar até mesmo épico, com uma certa nobreza histórica e intelectual impossível de ser apreendida por outro enfoque.
Embora eu já tivesse detectado parte desse processo e começado a montar esse quadro, e embora ele seja perfeitamente compatível com tudo o que venho desenvolvendo, até me sinto envergonhado pela dimensão da minha ignorância ao não conhecer o tema nessa amplitude e profundidade que, com este vídeo, está ao alcance de todos.
ASSISTA!!!
É evidente que o exposto não esgota o assunto, mas sintetiza-o num núcleo explicativo sólido que ainda deve ser complementado com outros elementos. Em 3 pontos específicos ele explica porque o Feminismo:
...Evidentemente, como eu próprio antevi em Hipótese Benevolente sobre a Cruzada Antireprodutiva , as décadas posteriores, 90 e 00, viriam mostrar que os analistas e demógrafos destas fundações ERRARAM!!! VERGONHOSAMENTE! Eles estavam certos naquela época, onde era fato que só conseguiram contenções ou reduções populacionais significativas os países que, entre outras coisas, liberaram o aborto.
Houve os retumbantes sucesso de Cuba, China, URSS, em controlar sua população. E podemos por o Japão na conta, país onde até a década de 80 anticoncepcionais eram proibidos, embora o aborto sempre tenha sido liberado! China é evidentemente o exemplo mais estrondoso devido ao seu tamanho populacional imenso, e a URSS é ainda mais impactante pois conseguiu uma contenção populacional tão espetacular, graças ao aborto, que NEM STALIN conseguiu reverter quando notou que a sustentabilidade demográfica ficou ameaçada. O aborto chegou a ser proibido, mas isso não impediu uma cultura aborteira que está irremediavelmente instituída até hoje. Rússia continua sendo o país onde proporcionalmente mais se aborta no mundo.
Kingsley Davis estava certo na época. Somente a instituição de uma Cultura de Aborto conseguiria um efeito permanente, aparentemente irreversível, na contenção populacional. Leia aqui o texto clássico de Davies, citado no vídeo, Population Policy - Will Current Programs Suceed?, para se ter uma ideia da percepção então corretíssima em sua época.
Mas posteriormente, ficaria claro que isso não é de fato necessário. Os anticoncepcionais evoluíram muito e o progresso social, ao dar mais educação e oportunidades, já tem notável efeito de contenção populacional. O Chile por exemplo, que tem uma das legislações anti aborto mais restritivas do mundo, promoveu excelente crescimento econômico, ascensão social e hoje praticamente estabilizou sua população. O Uruguai, que já havia inclusive erradicado mortes por aborto clandestino desde 2001, também conteve sua população, Argentina idem. E o Brasil também está em vias de atingir o Zero Populations Growth tão sonhado por Kingsley Davis.
Assim, para que se aproveite melhor o estupendo conteúdo do vídeo, há que se adicionar ao quadro geral o seguinte.
4 - Que sempre houve um movimento feminista de ordem socialista na Europa, e é a este que Simone de Beauvoir realmente se dirige. Esse feminismo ainda está ligado à Luta de Classes, com foco na sindicalização, e intimamente comprometido em derrotar o Capitalismo (no sentido marxista). Também tem preocupação com sua administração demográfica, a exemplo do que pregava
Rosa Luxemburgo sobre a contenção reprodutiva da classe trabalhadora para evitar o aumento desmedido barateando o valor da mão de obra a ser explorada pelo empresariado. Esse movimento também está ligado aos regimes comunistas de fato;
5 - Mas nos EUA esse movimento é bem mais fraco. A única coisa que interessava à elite financeira era a eficiência do controle populacional, e foi isso que instituíram. Não por outro motivo o Feminismo Norte Americano NADA tem de sindical, é classista e facilmente ignorou a pauta da esquerda tradicional substituindo pela New Left até o ponto do completo irreconhecimento. A disposição anticapitalista se subordinou, ou mesmo deu lugar totalmente à antipatriarcal, restando uma sombra de luta de classes apenas em slogans vazios e nada menos que hipócritas, uma vez que tais movimentos são financiados pela elite capitalista. Isso também explica porque Simone de Beauvoir, ao contrário do que pensa a maioria dos antifeministas, é praticamente ignorada neste Feminismo de Segunda Onda, que dela conhece apenas a famosa frase que todos repetem sem jamais ter pego no livro e que definitivamente em quase nada representa o vasto conteúdo da obra. A própria Simone inicia sua entrevista The Second Sex 25 yeas Later em 1976, dizendo:
"O movimento feminista atual, que na verdade começou a uns 5 ou 6 anos atrás, não conhece realmente o livro (...) algumas de suas líderes tiraram dele a sua base teórica. Mas O Segundo Sexo de modo algum lançou o movimento feminista."
6 - Por fim é preciso incluir as reações a todo esse processo, especialmente o Feminismo de Terceira Onda, que resgata parte da legitimidade da Primeira, inclusive com discretos movimentos maternistas. Feministas gostam de apresentá-lo como uma tentativa de corrigir o classismo e elitismo da Segunda Onda, mas é mais profundo que isso. Penso que se trata de uma percepção da inevitável fraudulência estrutural do Feminismo de Segunda Onda, que no entanto rapidamente começou a cooptar elementos da Terceira Onda. POR ISSO É TÃO DIFÍCIL, inicialmente, distinguir a Segunda da Terceira onda, mas fica clara a dica. Se não é essencialente Anti-Reprodutivo, é de Terceira!
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O que torna inevitavelmente esse tema incômodo para os antifeministas não religiosos é que muitos deles são favoráveis ao aborto se não abortistas convictos. E agora vejo que, ao menos para compreender a Segunda Onda, é impossível separar Abortismo de Feminismo. Por isso algumas feministas declaram em alto e bom som que é impossível ser feminista sem ser a favor do aborto, que Feministas Pró-Vida Não Existem! E estão certas!
Para piorar, ainda surgem os Pick Up Artists, a turma da misoginia e os Men Going Their Own Way fazendo EXATAMENTE o que o movimento feminista quer! Isto é, prejudicar os relacionamentos, afastar homens e mulheres, inviabilizar famílias e barrar a reprodução. Só não digo que um dia alguma ONG MGTOW ainda vai receber financiamento das Fundações porque elas sabem que a maioria dos homens se abster de reproduzir é inútil enquanto um pequeno número deles ainda o quiser fazer, bem como a essa altura essas fundações já estão desacelerando seu apoio à agenda Anti Reprodutiva. Como sugere o texto Feminismo em Crise? Aliás, observemos esta reveladora passagem:
"Para existirem, a maior parte dessas organizações feministas receberam o financiamento de fundações e governos estrangeiros durante anos. Há muito debate sobre os reais interesses envolvidos nesse tipo de financiamento e as consequências para o tipo de trabalho desenvolvido pelas organizações, mas fato é que não haviam muitas possibilidades de sustentação do trabalho dessas ONG’s no Estado ou por meio de financiamento direto, através de contribuições individuais. O FEMINISMO NÃO É exatamente um movimento "AMIGÁVEL” para a sociedade de um modo geral e muito menos para os governos brasileiros." (Minha observação: Muito Debate Coisissíma Nenhuma! Há Nada! Ao menos publicamente acessível. O próprio texto de onde tiro essa citação é exemplo, visto a ausência quase total de comentários ao passo que muitos outros do mesmo blog tem dezenas de comentaristas.)
Ou seja, não é possível fazer uma admissão mais tácita de que o movimento jamais se sustentaria espontaneamente, e que suas pautas são por definição antidemocráticas e servem a interesses alheios.
Voltando, muita gente insistirá em fazer uma oposição ao feminismo sem se envolver diretamente na questão do aborto. Isso tem sua utilidade, mas fica fora da mais determinante e feroz arena. Compreendam que de todas as pautas feministas típicas: Violência Doméstica, Estuprismo, Gender Gap, Igualdade em Carreiras Profissionais e Acadêmicas, a ÚNICA largamente bem sucedida é a Abortista. Conseguiu seu real objetivo, a liberação do aborto, em diversos países, aplica diversas estratégias, de adapta conforme o contexto e ataca nas mais diversas frentes, enquanto as demais insistem em bater na mesma tecla sem qualquer resultado positivo há meio século. (Vejam meu post de 6/12/13 em Dezembro 2013)
É simples. Os interesses por trás disso não se importam realmente com o bem estar das mulheres, sua segurança ou suas vidas, A ÚNICA COISA que lhes interesse é frear suas taxas reprodutivas, e isto está sendo conseguido inclusive com a colaboração de antifeministas, que desinteressados de se opor ao fundamento primário que sustenta o feminismo, se tornam inofensivos, se não cooperativos.
Todas as demais pautas do Feminismo de Segunda Onda, que é o feminismo dominante na política, são uma fraude no que se refere a suas pretensões. Elas jamais conseguem o que fingem pretender, como pode ser detalhadamente explicado nos casos de
Violência Doméstica,
Estupro ou
Desigualdade Salarial, aplicando as mais diversas medidas e gastando variadas verbas que jamais conseguem resultado algum. Mas isso ocorre apenas no que se refere aos ilusórios objetivos declarados, pois seu verdadeiro objetivo é obtido com bastante eficiência.
E estes são todos aqueles que, direta ou indiretamente, colaborem para frear as taxas reprodutivas, desincentivando os relacionamentos, gerando animosidade entre homens e mulheres, convencendo elas de que a carreira deve vir antes da família e precisam se engajar na produção invés da reprodução. Se é um objetivo útil é um fato a se discutir, mas que é indiscutível a hipocrisia desse Feminismo, isto é fato consumado.
Assista ao Vídeo da Dr Renata Gusson. Leia o Texto de Kingsley Davies, também o Relatório Kissinger e as demais referências sugeridas pela Dra.
E TENTE discordar!
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