MEU LIVRO DE VISITAS DreamBook Réplicas de FRANK DE SOUZA MANGABEIRA Em resposta a FRANK - XR. Minhas citações do texto anterior estão em VERDE e as respostas atuais estão em AZUL. Li suas respostas a respeito dos meus comentários. Sinceramente as achei superficiais e evasivas, quanto à natureza argumentativa do texto. Contudo, minha intenção não é entrar numa infindável discussão. A sua também deve não ser essa. Temos nossos pressupostos e nos guiamos por eles, mesmo com a nobre intenção de imparcialidade. Além do mais, há o aspecto pessoal, em que cada um tenta convencer o outro de suas certezas ou pelo menos da razoabilidade do pensamento. Eu também poderia dizer que achei seus comentários fanáticos e fundamentalistas. Mas prefiro não fazer essas afirmações sem demonstrar o porquê. Saindo de seus comentários pessoais procurei obter uma argumentação substancial, lendo a crítica contida em seus textos a respeito da suposta inerrância bíblica. A sensação de insatisfação foi a mesma. Sobre sua visão a respeito das Escrituras, tenho a comentar o seguinte: Alguns de seus pontos de vista coincidiram com os meus (claro, com algumas reinterpretações). Você elogia e ataca a Bíblia ao mesmo tempo. Enaltece seu valor literário, mas nega, pelo menos em parte, seu caráter histórico e sua posição como obra humana resultante da revelação de Deus. Mas admite que "seja possível sim, intervenção de alguma inteligência espiritual transcendente na Bíblia..." Com esta afirmação, acredito que você não se comporta como um típico ateísta. Está mais próximo do agnóstico. Apresenta leves características deístas. Qualquer um que tenha navegado em meu site deveria
perceber que EU NÃO SOU ATEU! Creio que isto está claro. Na verdade sou mesmo AGNÓSTICO
e de fato me inclino para o DEÍSMO. Mas também tenho uma forte característica PANTEÍSTA.
Quando a minha afirmação sobre a possibilidade de intervenção sobre humana na Bíblia,
confesso que ultimamente tenho mudado minha opinião. Quanto mais a leio, quanto mais mensagens de
apologistas bíblicos recebo, quanto mais textos fundamentalistas e criacionistas examino, mais e
mais concluo que a Bíblia nada tem de sobre humano. É uma obra religiosa a ultrapassada em todos
os níveis, de uma cultura que acreditava numa terra plana e sem a menor noção do que seriam as
estrelas, com códigos e leis antigas, autoritárias, machistas, escravistas e cruéis. O Novo
Testamento é bem melhor, principalmente o Evangelho, o ponto alto, mas nem mesmo isso tem me
impressionado mais. Sua análise principal está concentrada no suposto confronto entre a Bíblia e a Ciência: confronto imaginário e mitológico. O texto "Sim! A Bíblia é Anticientífica" é descabido, porque a Bíblia não se propõe a ser um livro científico. Você tenta transformá-lo em tal, para depois acusá-lo de apresentar contradições com a ciência. Acredito que os cristãos jamais deveriam procurar leis científicas dentro deste Livro. Igualmente os céticos deveriam evitar este caminho, para não construírem interpretações tão absurdas a respeito de certos textos bíblicos. AAhh!!! Será que terei que reescrever aquele texto? Eu afirmo isso inúmeras vezes! Deixe-me transcrever alguns trechos: (...)Essas pessoas crêem que a evidência de falhas na Bíblia
com relação a assuntos científicos seria um golpe duro na fé Cristã,(...) Nem sequer
consideram a possibilidade de que no contexto temporal no qual a Bíblia foi escrita seria
talvez impraticável,(...) revelar conceitos físicos
impossíveis de serem compreendidos pelos povos antigos,(...)
(...)Qualquer tentativa de se adaptar a Gênese Bíblica ao pensamento científico
coloca a escritura num plano tão simbólico, hermético e abstrato, que é impossível de ser
entendido por alguém sem conhecimentos avançados de hermenêutica, física, simbologia
e psicologia, afastando o Livro sagrado do entendimento da maioria das pessoas e tornando
sua compreensão possível apenas na contemporaneidade,(...)
(...)Sendo assim, adentrando o próprio campo de abordagem usado por tais defensores
da inerrância Bíblica, procedo minha refutação da alguns dos mais famosos argumentos em
prol da sapiência científica atemporal do Livro Sagrado.(...)
(...) acredito que a Bíblia não necessita dessas tentativas vãs que
tentam lhe atribuir exatidão científica.(...)
(...)A falta de criatividade dos defensores da cientificidade da Bíblia e tão
grande que eles sequer tentam construir argumentos que poderiam eliminar a discussão,
sem prejuízo significativo tanto para o livro sagrado, para as religiões que nele se
baseiam e para a Ciência.(...) Será suficiente? Quantas vezes terei que dizer? NÃO
SOU EU QUE QUERO DEMONSTRAR A ANTICIENTIFICIDADE DA BÍBLIA!!! O que faço é demonstrar
que as tentativas de mostrá-la como cientificamente inerrante é que são impróprias.
Na verdade faço aquilo que os antigos pais da Igreja, incluindo Santo Agostinho, já
diziam, para não tentar examinar a Bíblia sob ótica científica, pois isso ridicularizaria
o Cristianismo perante os pagãos cultos!
Admito que o Título do texto é Provocativo, mas você mesmo Frank,
percebe isso alguns parágrafos adiante! Com interpretações absurdas refiro-me às críticas às passagens escriturísticas que você faz, quando tenta relacioná-las com a moderna ciência. Uma interpretação infantil do texto bíblico, sem nenhum respeito pelas regras de hermenêutica. Confesso que ri diante de sua análise. Você se limita a uma palavra em si ou a uma simples sentença, sem levar em consideração o contexto cultural, o contexto literário ou a natureza do livro onde as palavras estão inseridas. E por acaso os apologistas bíblicos que fazem essas alegações de inerrância bíblica levam isso em consideração?!?! Imagine se fôssemos tomar Apocalipse ao pé da letra. Dragões e bestas monstruosas, animais com várias cabeças e inúmeros chifres, mulher vestida de sol tendo a lua debaixo dos seus pés etc. Caro Marcus, reitero minha recomendação dada no e-mail anterior: Cuidado com a armadilha lingüística. Por exemplo, ao relatar que Deus fez o sol no quarto dia, a Bíblia parece dá a entender que o astro somente veio a existir a partir do quarto dia. Ledo erro de interpretação. Esta passagem tem sido um trunfo na mão dos cientistas evolucionistas. Eles vociferam: "E as plantas? Poderiam sobreviver sem a luz do sol?" Esquecem que já no princípio da criação a luz precedeu os seres e as plantas. O sentido do verbo hebraico em questão pode também significar "revelou-se, mostrou-se totalmente". Eu nem queria entrar no mérito da questão. Mas você acha que é qualquer luz que pode sustentar as plantas? E afinal, onde está esta tal luz que precedeu o Sol e as Estrelas? Com relação ao mito da terra plana, há um bom livro para esclarecer o assunto: "Inventando a Terra Plana". Um historiador desfaz toda esta idéia secular mantida na mente de muitos de que na Idade Média e parte da Moderna se cria universalmente numa terra plana, e que a Bíblia foi a causa disso. Recomendo a leitura. Não quero aqui utilizar o argumento da autoridade, mas apenas sugerir o conhecimento de outros pontos de vista. Por acaso, li este livro do historiador Jefrey Burton Russel dias antes de receber esta mensagem. O ganhei de presente de um amigo que também é Adventista. Quem sabe você o conheça. Por sinal uma rapaz muito inteligente, e que não perde seu tempo com questões desse tipo. De fato é uma obra excelente, mas não creio que ele ajude muito nessa discussão, aliás é nele mesmo que percebi que o que tenho feito já era uma preocupação dos pais da Igreja e dos melhores teólogos, como citei acima, que nunca recomendaram tentar extrair inerrância científica da Bíblia. Além do que descobri que certos versículos como Isaías 40:22 que hoje são usados para afirmar que a Bíblia diz que a Terra é esferóide, antigamente eram usados para defender exatamente o contrário! Sua interpretação dos vários textos citados, a fim de provar que a Bíblia é anticientífica, não se sustenta dentro de um estudo hermenêutico rigoroso. É uma interpretação forçada que não leva em consideração os componentes culturais, tampouco a lingüística e as maneiras de expressão hebraicas. Mais uma vez... Vá aos links:
Como ter certeza de que a Bíblia fala a verdade?
Fonte Única de Sabedoria Superior E veja se eles fazem algum estudo hermenêutico rigoroso. Se eles não
fazem, e usam os versículos sem qualquer cuidado, por que eu teria que fazê-lo para
refutá-los? Até hoje usamos a expressão pôr-do-sol. Mesmo os cientistas. Cremos que o sol se põe? Seu problema, pelo que vejo, é transformar a Bíblia numa obra científica. Nela jamais poderão ser achados detalhes claros a respeito de disciplinas como Matemática, Geografia, História, Biologia ou outra qualquer. Os pressupostos bíblicos são religiosos e tentam interagir o homem com o Deus Criador. Gênesis não é falho cientificamente, até porque a criação foi um evento ímpar do passado que não pode ser avaliado pela ciência de forma objetiva. As explicações naturalistas é que não aceitam a idéia contida no Gênesis. Conjecturam e chamam isto de ciência. Bom, passarei a comentar certas declarações suas contidas na resposta ao meu e-mail. 1."Porém, se aceitamos adentrar um certo terreno do conhecimento, assim como decidimos jogar um certo jogo, é honesto que aceitemos as regras deste jogo, os métodos deste campo de conhecimento, e dentro das regras do método científico, dentro das exigências empíricas e racionais da Ciência, o Criacionismo não consegue se sustentar nem mesmo como Pseudociência, ao passo que o Evolucionismo é no mínimo perfeitamente razoável". O Evolucionismo não se encaixa no método científico. Parece ser razoável porque suas interpretações seguem uma determinada lógica. Mas, e os fatos? Onde estão? As provas: os fósseis? Estes testemunham mais a favor de um dilúvio universal. A disposição da coluna geológica através do planeta? Pode atestar a favor da teoria do zoneamento ecológico, em que a distribuição ecológica atual, dos seres simples aos mais complexos, numa escala ascendente, represente a distribuição da fauna e flora antidiluvianas, sepultadas nesta ordem no dilúvio, levando em consideração os fatores de motilidade, flutuação e densidade dos organismos. As provas da evolução seriam as semelhanças estruturais existentes nos seres vivos, que dão a entender que há uma relação de ancestralidade comum? Ora, um Criador poderia muito bem utilizar padrões básicos de planejamento físico nos seres vivos. Não é obrigatório haver nenhuma relação de ancestralidade entre o braço de um homem e a barbatana de um peixe, por exemplo. Evidenciam a sabedoria de Deus ao utilizar padrões estruturais básicos para as criaturas. Poderíamos nos alongar muito sobre as "provas" evolucionistas. Na verdade, são interpretações naturalistas, que não aceitam o componente sobrenatural. Como você pode ver, o Criacionismo "é no mínimo perfeitamente razoável" também. Outra coisa: o termo Pseudociência já se tornou um clichê, um chavão na boca dos opositores. WELL... Aqui já entramos no seu agridoce
sonho Criacionista, e não creio ser oportuno discutir isso aqui. Há o
DARWIN MAGAZINE que examina muito bem a maioria destas questões. Aliás
fico com a impressão que você nem leu meus textos direito.
Bem. Mas para não deixar barato, vamos fazer uma simplificação direto
ao ponto, uma síntese de tudo, e sinceramente, te desafio a discordar.
Resumindo tudo: EVOLUCIONISMO está para EVOLUÇÃO, assim como
CRIACIONISMO está para CRIAÇÃO. Certo?
EVOLUÇÃO é TRANSFORMAÇÃO, MUDANÇA. LENTA. GRADUAL. Ok?
CRIAÇÃO é... um SURGIMENTO REPENTINO, do NADA, ou uma
Transformação RADICAL, como um Ser Humano surgir do Barro. Tudo bem?
Agora, sem rodeios por favor. Sem evasivas. O que existe na Natureza? O que
podemos observar no dia a dia?
Observamos Transformações em tudo, vemos mudança em toda parte, vemos
evolução no crescimento de nossos cabelos, na leitura de um livro, na construção de
uma casa.
Onde vemos Criação?! Onde se vê coisas surgindo do nada?!
CIÊNCIA trabalha com fatos observáveis na
natureza. Com coisas que podemos examinar e medir. Portanto...
Como pode haver uma Ciência sobre "Criação"? Algo que não ocorre na natureza,
mesmo que, quem sabe, tenha um dia ocorrido?
É claro que já sei qual será sua resposta, irá me dizer que também não se observa
Evolução, ou pelo menos a tal Macro-Evolução, na Natureza. Mas mesmo que isso fosse verdade,
em que se baseiam as teorias evolucionistas? Em dados observáveis, não?
Você concorda que existem mutações? Que existe o DNA e que ele pode ser alterado?
Que existem processos de Seleção Natural? Que as espécies se distribuem de forma distinta
através do globo? Que os animais da América do Sul são diferentes dos da Austrália? E etc.
Mesmo que você não creia na Evolução, não há como não admitir que ela se baseia em
dados da natureza. Dados que podem ser medidos e examinados.
Agora... Onde estão as evidências da Criação? Onde algo surge do nada? Ou um ser
complexo surge do barro? Ou a fêmea de um Mamífero divide-se do macho? Onde se vê a criação
do Céu e da Terra?
Você já ouviu falar do eco do Big-Bang? Que é o que forneceu a data
de cerca de 15 bilhões de anos para o Universo. Onde está o eco do Faça-se a luz?
Sinceramente Frank, sem respotas superficiais ou evasivas. Poderia até ser
que houvesse algo errado no Evolucionismo. Mas ele se baseia em dados empíricos! E o
Criacionismo? Onde estão os dados empíricos da Criação?
Pode procurar. Mas vai ser difícil. Por um pequeno detalhe. Não existem
pesquisas de campo Criacionistas! Pode me mostrar uma experiência criacionista?
Acho que já está bom. Mas por fim, recomendo o link:
Quem são os Cientistas da Criação?
Diante disso. Como você pode afirmar que o Criacionismo é tão Ciência quanto o
Evolucionismo?
Ah! E não vai ser por você ter decidido chamar o termo Pseudociência de chavão que eu
deixarei de usá-lo ok? Realisticamente, se o criacionismo é uma bobagem ou pseudociência, seria digno de preocupação especial? Por que gastar tanta energia emocional em algo tão obviamente errado? Será que o criacionismo não é um inimigo mais substancial do que você está disposto a reconhecer? Poderia Michel de Montaigne estar correto quando ele disse: "Uma vez que não podemos atingi-lo, vamos vingar-nos injuriando-o"? Tem a questão do criacionismo e o evolucionismo se tornado tão polarizada que a ciência, a razão e o entendimento não mais funcionam? Devemos concluir que a reação emocional está interferindo na erudição. A confiança no processo científico é diminuída por tal comportamento. Deve-se também lembrar que a reação emocional negativa dos cientistas não precisa necessariamente refletir-se na integridade do processo científico em si. Contudo, é provavelmente impossível separar as duas coisas. Confesso que agora estou surpreso.
Pra início de conversa o Criacionismo não tem sido digno de uma preocupação
especial como você sugere. Eu mesmo me impressiono quando vejo que conhecidos meus, biólogos,
professores da Universidade, e vários cientistas que tenho tido ocasional contato, nem sequer
estão a par da existência da tal "Ciência" da Criação. Sequer se vê o assunto na mídia! Ninguém
de fora do Círculo religioso ou do grupo de pessoas que como eu se dedicam a questão, sequer sabe
da existência dos Criacionistas e seus feitos.
São apenas alguns, como eu, que se preocupam com isso, por considerarem o
Criacionismo uma ameaça para a educação básica e para a liberdade de pensamento e
religião. Como você mesmo pode ver na minha página, há pouquíssimos sites de ciência
que se preocupam com essa questão apesar da enxurrada, contei mais de 40 na última vez,
de sites Criacionistas só em Português.
Gasto minhas energias nisso primeiro por considerar importante. Eu mesmo conheço
exemplos de pessoas que realmente acreditaram nas mentiras dos criacionistas, e acabaram se
tornando religiosas por causa disso. E depois porque, sinceramente, acredite ou não, eu
acho isso muito divertido. Juro! Gosto mais de ficar em casa discutindo tais assuntos pela
Web do que sair para farrear a noite. Aliás eu não saio para farrear. Não gosto muito de
boates, não bebo, não fumo, nunca usei drogas. Minha diversão é muito mais intelectual.
Frequento palestras, rodas de debates e adoro polêmicas sobre vários assuntos.
Quanto a frase de Montaigne, estou pasmo! Não seria o contrário?! O Evolucionismo
está TOTALMENTE estabelecido no meio Científico! Não existe Biologia não evolucuionista!
A batalha está decidida, a tal Guerra Santa dos Fundamentalistas religiosos já foi vencida
pela Ciência e pelo Evolucionismo! É o Criacionismo que por não pode mais vencer e portanto
se limita a injuriar.
Sou eu que reconheço que o Criacionismo é um inimigo mais substancial do que o
meio acadêmico e científico está disposto a reconhecer! 2."Como sempre, recebo críticas por minha afirmação de anticientificidade da Bíblia, mas nunca uma refutação. Como Frank não foi específico em nenhum ponto, não há o que responder. Ele afirma nunca ter visto uma declaração anti-científica na Bíblia, eu acuso várias, dentro de um certo contexto". Espero que o comentário inicial e geral sirva de refutação contra seu método interpretativo, o qual direciona as passagens bíblicas para um caminho oposto e fora da intenção do texto bíblico. Sua argumentação de anticientificidade nada mais é do que uma interpretação distorcida do texto, o qual, forçosamente, foi encaixado na sua ótica Se quiser uma análise pormenorizada dos textos, prepará-la-ei pra você. Espero que minha resposta ao seu comentário inicial sirva de tréplica para isso. Ainda assim adoraria um análise pormenorizada dos textos. 3."Eu poderia fazer minhas as suas palavras, alterando apenas os trechos destacados: "Quando os crédulos procuram usar a Bíblia como cientificamente inerrante, eles não sabem nem o que estão fazendo, pois cometem erros grosseiros de interpretação e deturpam o sentido da linguagem bíblica para acomodá-la aos seus argumentos."O que faço é apenas reagir aos argumentos apologistas bíblicos da inerrância científica, no mesmo terreno destes. Por fim Frank demonstra honestidade ao admitir seu critério subjetivo de fé na Bíblia, o que define sua posição de Criacionista. Não um resultado afinal de investigação empírica ou racional, mas basicamente um compromentimento com uma postura religiosa, que por tabela, tende a exigir toda uma subsequente visão de mundo. Por outro lado demonstra um certo preconceito com relação à minha posição, a de que minha opção pelo Evolucionismo se baseia na "fé na Bíblia de Darwin", quando entretando insisto sera minha postura, baseada numa investigação racional". Todos temos visões de mundo. Todos olhamos a realidade por alguma lente. Quem não possui um paradigma? Nossos paradigmas, contudo, devem ser submetidos a teste para ver se devem ser rejeitados, parcialmente rejeitados ou aceitos na sua plenitude (com possibilidade de expansão). Eu mesmo já defendi o evolucionismo. Encantava-me com Darwin, Carl Sagan e outros expoentes. Mudei de paradigma. E não foi de uma hora pra outra. Envolveu aplicação racional. Não teria sido Supressão Racional? Há muitas pessoas, com ar de intelectualidade, que falam bobagens sobre a Bíblia. Foi sobre a declaração destes crédulos que você baseou sua crítica contra a Bíblia? Se foi, lhe dou razão. ATÉ QUE ENFIM!!! É ISSO!!! Meu critério subjetivo de fé na Bíblia, pra utilizar sua expressão, não excluiu jamais o componente racional da análise. Da mesma forma, sua defesa do evolucionismo abriga as duas instâncias: fé e razão. Ou vai me dizer que não? Como filósofo não posso negar o componente de fé e
crença em toda a realidade a nossa volta. É o que abordo em meu texto sobre
SOLIPSISMO
Mas não é da forma como você quer interpretar. Se é necessária alguma
medida de crença para aceitar a Evolução, para aceitar a Criação e negar todos
os dados da Ciência e necessário FÉ MUITISSÍSSIMO MAIOR!!! É "FéDemais"! Apesar de você insistir em manter uma postura de investigação racional, você é dirigido por sua visão de mundo preestabelecida - visão que não deixa de ter subjetividade. Somos ambos racionais e ambos homens que exercem fé (atenção para o sentido do termo). Nossa fé terá de ser corroborada por evidências e, se possível, por provas (o que é mais difícil). Assim, evolucionismo e criacionismo se baseiam em evidências que nos levam a determinadas maneiras de interpretação. Nada mais. Concordo plenamente. Só que onde estão as evidências da Criação? 4."E quanto a seguinte frase: 'O conflito sobre as origens caminha para o seu desenlace e só aí então veremos o tiunfo da verdade.' Sinceramente, não acredito nisso. Jamais iremos liquidar a questão. Sempre haverá quem defenda certos pontos de vista, por mais absurdos que sejam. A não ser que tal frase se refira a um evento mítico como o Juízo Final. De certo modo, a verdade já triunfou. E foi o triunfo da Evolução, como posição largamente majoritária. Mas como podemos ver, a discussão está longe de qualquer fim. Acredito que nossas certezas serão alcançadas, numa conquista progressiva. Quanto ao triunfo da evolução, o que vejo é uma crise no paradigma, contendas na própria comunidade científica quanto à teoria darwiniana. A Ciência está sempre em Evolução! E de fato há contendas quanto ao Neo Darwinismo como modelo explicativo da Evolução. Mas não há qualquer dúvida quanto ao fato da Evolução ter ocorrido. O fato de a maior parte da comunidade científica adotar o posicionamento evolucionista, não significa que ele seja verdadeiro. Tudo Bem. Sua aceitação deveu-se mais por fatores ideológicos e sociológicos do que por razões científicas. Basta investigar os bastidores da história. Tudo Mal. Sem dúvida fatores filosóficos influenciaram, mas dizer que pesaram mais que os científicos... Com o tempo veremos se a evolução subsistirá ou se é de fato irrefutável. Seus fundamentos já começaram a ruir. O Criacionismo está impondo, aos poucos, desafio. Eh. Como eu disse o velho e doce sonho Criacionista. Os fundamentos da Evolução estão ruindo? Você quer discutir isso? Agora concordo que o Criacionismo impõe um desafio, de ordem política e ideológica, mas nunca científica. E um bom número de cientistas tem voltado sua atenção ao relato bíblico. A obra "Em Seis Dias - por que 50 cientistas crêem na criação?" , do cientista John Ashton. Se nem o fato da maior parte da comunidade científica adotar tal posicionamento o torna verdadeiro, que dizer de 50 Cientistas Religiosos. Algum deles proveu alguma contribuição para o avanço científico? 5. "A visão Evolucionista está no primeiro nível de credibilidade científica, seja lá como for a definição destes níveis." Discordo. A Teoria da Evolução não é ciência galileana. !!! Eu detesto usar esse recurso mas vou abrir um
exceção. He he he he he he!
CIÊNCIA "GALILEANA"?!?!
Já que você me recomedou alguns livros deixe-me recomendar-lhe um também.
A DANÇA DO UNIVERSO, do físico brasileiro Marcelo Gleiser.
Facílimo de achar em qualquer livraria.
Tenho certeza que você vai gostar pois o autor enfatiza as inclinações religiosas dos
grandes cientistas ao longo da história, e como suas crenças e sua Fé no divino
influenciaram a produção científica e o desenrolar do conhecimento. É um livro fácil
de ler apesar do tamanho e tem feito bastante sucesso. Ele será útil até mesmo para
quem defende o Criacionismo, pois desmistifica certas "crenças" atuais sobre a
suposta objetividade de muitos cientistas e eruditos, e defende o valor da religião
como uma forma válida, embora primitiva, de pensar questões universais.
Depois de lê-lo tenho certeza que você entenderá por que achei engraçada
sua frase. Ela pretende ir muito além dos fatos averiguados. Uma teoria com anéis ausentes, desenvolvimentos milagrosos, inexplicáveis extinções, imprevistos desaparecimentos não é ciência galileana. Ela pode, no máximo, ser uma interessante tentativa de estabelecer uma correlação temporal direta entre observações de fatos obviamente não-reproduzíveis, objetivamente fragmentários que precisam necessariamente de ulteriores réplicas. Sinceramente, em linhas gerais, acho que você
tem razão. Só acho que exagerou o nível de discrepância entre o observável e
o não-observável. A Teoria da Evolução não é frágil quanto os criacionistas querem
fazer crer. Não é atoa que todo o paradigma atual se baseia nela.
Mas deixe-me comentar mais sobre a Ciência "Galileana" Você provavelmente
quis dizer com isso, um tipo de Ciência de "alta precisão" não? Pois escolheu
um péssimo termo. Nesse sentido Ciência "Newtoniana", "Copernicana", "Eisteniana"
ou "Maxwelliana" seriam mais apropriados. Galileu embora tenha protagonizado tão
marcante momento histórico, era incrivelmente impreciso com relação a suas alegações.
Ele acertou no Helicentrismo em si, apesar de usar o modelo Copernicano e recusar o
Kepleriano, que já na época era o mais correto. Ele tinha como base uma série de
teorias totalmente falhas e seus cálculos, nos padões atuais, estão largamente
errados.
Nesse sentido a Teoria da Evolução é abissalmente mais precisa, pois o modelo
Darwinista da Seleção Natural recebeu pouquíssimas alterações, sendo em quase toda
sua plenitude ainda válido, ao passo que o Universo "Galileano" já era superado pelo
de seu contemporâneo Kepler. Um fenômeno que se observa uma única vez pertence ao terceiro nível de segurança científica. O exemplo mais clamoroso é o Universo. Os astrofísicos dizem que nasceu com o Big Bang, há aproximadamente quinze bilhões de anos. E que chegou até nossos dia, após uma fantástica série de fenômenos expansivos e de resfriamento. É preciso desconfiar de todos aqueles que, elaborando teorias, esquecem do banco da prova experimental, reprodutível. Apenas uma única vez e nunca mais vale para as fábulas, não para a Ciência. E o mesmo pode-se dizer do Criacionismo, só que com
um notável agravante. O Big-Bang pode, pura e simplesmente, ser calculado matematicamente!
A disposição dos astros está de acordo com suas premissas! E eu já lhe falei sobre o
Eco do Big-Bang?
Na verdade, por mais absurdo que possa parecer, ele pode até ser reproduzido.
Há experiências previstas em aceleradores de partículas que pretendem produzir simulações
do átomo primordial e das primeiras divisões de matéria. Lembra daquele experiência que
disseram que podia destruir o mundo?
Agora tente fazer o mesmo com a Criação. 6."Primeiramente, a Bíblia NÃO recebe o endosso da história como quer nosso missivista. Ela possui sim alguma relevância como registro de alguns fatos históricos, mas em geral de forma imprecisa. Qualquer bom historiador, não comprometido, pode confirmar isto. Para evitar delongas cito apenas o fato de que a história como entendemos atualmente não aceita quaisquer dos eventos narrados no Gênesis, e qualquer dos eventos do Pentateuco não tem qualquer evidência extra bíblica. Segundo, afirmar que o processo que desencadeou a formação do Universo e da vida é irrepetível é apenas uma opinião. Tanto teólogos quanto cientistas admitem a possibilidade de Universos cíclicos. Quanto ao fato da "Palavra de Deus" ser honesta conosco por impor limites ao nosso conhecimento, tenho uma visão menos simpática desta proposição. Esta "palavra de deus" me parece em geral bem mais interessada em colocar logo de princípio uma declaração de ignorância humana de modo a inibir qualquer questionamento que ponha em risco a posição segura de uma verdade incontestável. É a velha prática da desvalorização humana em benefício de um hipotético "Ser Superior"." A Bíblia não só é corroborada pela História, mas também pela Arqueologia
e pela própria Ciência. Senão vejamos. A-HÁAA!!!!
AGORA A COISA VAI Só para citar alguns exemplos de fontes extra-biblicas que demonstram sua autenticidade histórica: Vamos ver. *Êxodo: "Esse povo [os israelitas] habitava na costa do mar Vermelho, porém, por iniciativa própria , migrou dali para a região costeira da Síria, que se estende até o Egito, e é denominada Palestina."(Historiador grego Heródoto). "Entre muitas coisas nas quais se acredita em relação ao templo e aos habitantes de Jerusalém , o relato mais acreditado diz que os egípcios foram os ancestrais dos atuais judeus . Um sacerdote egípcio chamado Moisés, dono de uma região do país chamada Baixo Egito , insatisfeito com as instituições do país , saiu dali e foi para a judéia com um grande contigente de pessoas que adoravam a divindade"(Estrabão , Geografia , livro xvi,c.2) Bem. Deixe-me explicar melhor. Quando disse que a
Bíblia NÃO recebe endosso da História, eu quis dizer HISTÓRIA! Não estou me referindo
a historiadores isolados da antiguidade. Me refiro ao corpo acadêmico da História da
atualidade, que só se desenvolveu depois que os livros de Moisés deixaram de ser
considerados como registros históricos verídicos.
Eu posso até citar fontes mas acho desnecessário. Qualquer livro primário de
história de qualquer série escolar não reconhece nenhum dos eventos dos primeiros
livros da Bíblia.
De qualquer modo aqui vai um link interessante:
Como Surgiu Jesus Temos também um papiro egípcio que descreve uma por uma as pragas descritas no livro do Êxodo jogada contra o povo do Egito. Agora isso meu amigo, você vai ter que me mostrar! Além disso temos as inscrições sinaiticas ao longo do caminho percorrido pelos judeus no deserto , escritas numa língua mista de hebraico e egípcio . Aqui está algumas delas: "O vento soprou, o mar dividiu-se em partes, eles passaram". Será que você poderia citar alguma referência concreta sobre isso? De preferência links. Como essas existem mais dezenas de inscrições que confirmam em todos os pontos os relatos bíblicos. Eu também posso dizer que existem dezenas de inscrições que confirmam em todos os pontos os relatos do Mahabarata. Mas sem referências... Isso não teria valor algum. Além de que o próprio livro do Êxodo é repleto de características geográficas das paisagens egípcias e do deserto do Sinai, que só poderiam ter sido escritos por alguém que de fato tivesse passado por ali. Nem eu, nem ninguém disse que a Bíblia é um Livro que não existe. É claro que ela foi escrita por alguém! E é claro que esse alguém viveu em época aproximada à qual ela se refere. Nesse sentido, que ele descreva a paisagem é absolutamente irrelevante. Se eu escrever hoje uma estória absurda não será o fato de eu descrever Brasília com perfeição que tornará minha estória História. Detalhes como a fonte amarga e a fonte boa já foram encontrados justamente onde o relato bíblico diz que elas estão e, assim, hoje se é capaz de traçar um trajetória do caminho percorrido pelos hebreus que bate perfeitamente com os locais em que são encontrados as inscrições. Quanto isso até já ouvi falar, mas gostaria muito
de referências.
Agora Frank, tenho que admitir que você tem coragem. TORRE DE BABEL?!?! *Torre de Babel Inscrição do rei Nabucodonossor sobre a Torre de Babel: *Borsippa significa Torre das Línguas e é assim que é chamada a torre da babel na tradição de outros povos. Você realmente não acha que eu sou ingênuo a
esse ponto não? Se você pesquisou algo desse assunto, deve saber muito bem
que a opinião da historiografia atual é de que o Pentateuco não foi escrito
por Moisés (Enciclopédia Britânica, BÍBLIA 1.28 Autoria do Pentateuco)
e muito provavelmente o foi escrito na Babilônia. E que muito dos
mitos babilônicos foram incorporados na Bíblia. A exemplo do mito do Dilúvio,
contado na epopéia de Gilgamesh. Basta procurar algo sobre mitologia babilônica.
Infelizmente não achei um bom link mas posso citar um livro bem atual. O LIVRO
ILUSTRADO DOS MITOS, de Neil Philip pela Editora Marco Zero.
Por isso é muito mais provável que a Bíblia tenha absorvido os mitos
babilônicos. Mas além disso, desde quando um mito parecido com outro comprova
alguma coisa? Uma lenda não confirma a outra! Temos também inscrições e documentos sobre os sete anos de fome de José , sobre o rei Davi , as muralhas de Jericó ,vários documentos sobre Jesus e o começo do cristianismo que por falta de espaço não vou citar aqui mas direi onde elas estão . Temos o documento de Cornélio Tácito , governador da Ásia em seus anais(Anais XV 44) ; Suetônio " Historiador romano refere-se aos cristãos no seu livro Vida de Cláudio(25.4); Plinio Secundus ou Plinio , o Moço governador da província romana da Bitnia também cita os cristãos em suas Epístolas X 96 ; Luciano de Samósata também menciona Jesus no seu livro O Peregrino Passageiro. Também temos os relatos de Flávio Josefo sobre Jesus , João Batista e Tiago. Até agora você só citou historiadores da antiguidade, que apesar de servirem como fontes históricas, tal como a própria Bíblia, não definem a História como ela é vista hoje. Os escritos rabínicos encontrados no Talmude de Jerusalém, os rolos do Mar Morto, inscrições em túmulos, as menções à estranha escuridão em Jerusalém, tudo isso comprovando a veracidade dos relatos bíblicos. Tudo isso são apenas relíquias de textos religiosos, um achado arqueológico contendo o texto original de partes da Bíblia, como os manuscritos do Mar Morto, coincidindo com o conteúdo atual da Bíblia, sem dúvida confirma que a Bíblia que temos hoje é a praticamente a mesma que foi originalmente escrita. Mas em nada contribui para aumentar sua veracidade histórica! A arqueologia ainda disponibiliza inúmeras provas da autoridade da Bíblia como documento histórico De fato há certos arqueologistas cristãos tão confiáveis quanto os Cientistas
da Criação. Mesmo assim, poderia citar alguma referência?
Eu cito. Apelando para a respeitadíssima Enciclopédia Britânica, no verbete
BÍBLIA.
1.20 O Pentateuco. Gênesis(...)Apesar de ser esse o primeiro livro da Bíblia,
não é dos mais antigos, sendo na realidade um dos últimos a ser escrito, e, por conseguinte,
não é obra de Moisés, senão num sentido muito especial.
1.21. Não se deve ler esse livro procurando encontrar nele precisão científica.
1.22. A segunda parte do livro combina fatos históricos com acontecimentos de
natureza lendária, É claro, como eu já disse, que há elementos históricos na Bíblia,
mas misturados com vários elementos mitológicos e lendários e sendo assim, embora sirva como
fonte de pesquisa histórica, ela não é plenamente HISTÓRIA!
É claro que existiu o Egito, as pirâmides estão lá até hoje, assim como a Babílônia.
Mas só a partir do Êxodo a Bíblia começa a apresentar elementos históricos,
e só mesmo após o cativeiro Babilônico ela começa a entrar em consonância mesmo chronológica
com a historiografia atual. Os eventos citados na Gênese não possuem qualquer confirmação
extra bíblica além de outras lendas e mitos Babilônicos.
Sinceramente... TORRE DE BABEL?!?! Dá pra explicar onde estão as ruínas de uma obra
com certeza muito mais monumental que as pirâmides do Egito? E Sodoma e Gomorra? Ah! É claro!
Elas foram destruídas por Deus não? E a Arca de Noé? E as evidências do Dilúvio? Além é claro
daqueles forjadas pelos Criacionistas. E os esqueletos dos Nefilins? Acredito que o assunto sobre a historicidade bíblica já está encerrado: Acredita?! Bem, para quem crê na Bíblia... "Pode-se afirmar categoricamente que nenhuma descoberta arqueológica jamais contradisse uma referência bíblica . Foram alcançados resultados que confirmam de forma clara ou num detalhe absolutamente claro afirmações históricas na Bíblia . E pelo mesmo testemunho, a avaliação devida das descrições bíblicas tem , freqüentemente , levado a descobertas incríveis . Elas formam uma trama no vasto mosaico de quase que inacreditável correta memória bíblica." (Dr. Nelson Glueck , Rivers in the desert [New York , Grove , 1960], p .31.) Até que enfim uma referência. Pena que não
aponte nenhum dado arqueológico. É apenas uma opinião que ainda por cima
cai na velha questão da Ausência de Evidência. Como alguém poderia achar
uma descoberta arqueológica que contradissesse uma referência Bíblica?
Eu não posso achar uma Não Torre de Babel. Se alguém achasse Sodoma e Gomorra
ótimo, mas não há como achar algo que demonstre que elas não existiram.
Também sou capaz de apostar que este autor é um Cristão convicto!
Eu poderia citar inúmeros outros autores afirmando coisas contrárias, como
Joseph Campbell, Riane Eisler, Carl Sagan e inúmeros outros, mas para
efeito nessa discussão, seria tão sem valor quanto. Outra coisa: admitir possibilidade de um Universo cíclico é meramente uma opinião, baseada em crenças hindus e gregas. Jamais a humanidade testemunhou (e nem tem condições) o nascimento e morte do Universo. É mais plausível crer num Deus Criador e Mantenedor. Poderia argumentar porque? Bem, veja minha
argumentação em COSMOGENIA onde
explico porque acho que um Universo Cíclico é um modelo mais sensato. Veja
também minhas colocações sobre Apocatástase no texto
DEUS.
Você verá muita discussão sobre isso naquele livro que lhe falei de Marcelo
Gleiser. Se você acha que é mais plausível crer num Deus Criador e Mantenedor,
é sua opinião. Só faltou explicá-la. A Bíblia não despreza o uso da razão humana na obtenção de conhecimento. O contrário está acontecendo. A razão procura eliminar a revelação. Deseja se impor como a fonte final da verdade. Mas não é. O papel do racionalismo na epistemologia cristã deve ser claramente observado. A fé cristã não é produto racionalista. O ser humano não chegou à verdade cristã através do desenvolvimento, por si somente, de um sistema que lida com a correta visão de Deus, da humanidade, da natureza do pecado e da salvação.. O cristianismo é uma religião revelada. A razão humana sem auxílio pode-se enganar e afastar-se da verdade. Ela é um agente insuficiente da verdade. Os cristãos, portanto, não são racionalistas no amplo sentido da palavra, mas são racionais. Bernard Ramm enfatizou corretamente que a razão não é uma fonte de autoridade religiosa, mas é um modo de compreender a verdade. Como tal, "é a verdade compreendida que é autoritativa, não a razão". O aspecto racional da epistemologia é essencial, mas não o elemento básico, no conhecimento. Sua função é ajudar-nos a entender a verdade através das revelações geral e especial, e para encorajar-nos a expandir esse conhecimento ao desconhecido. As descobertas da razão são sempre verificadas em uma epistemologia cristã, pela verdade da Escritura. Este mesmo princípio deve ser aplicado ao conhecimento adquirido pela intuição e pelo estudo das autoridades. O teste epistemológico geral é para comparar toda verdade expressa à estrutura bíblica. Muito Bem. Tudo isso é muito bonito e bastante sensato. Mas o velho problema continua sem solução. Como saber que a Bíblia é uma revelação divina? Que provas ela dá a esse respeito? Por que não crer em outros livros sagrados? Na verdade estou preparando um texto longo sobre isso que publicarei em breve. Seres humanos são descobridores, não os originadores da verdade, e todo o edifício científico se baseia em princípios a priori. Entre estes está o segredo de que a natureza é ordenada, inteligível e aberta à investigação humana - uma pressuposição ímpar no contexto atual, quando homens de ciência declaram a existência absolutamente sem sentido. O problema é, me mostre o sentido! A Bíblia continua absolutamente incapaz de se impor como uma obra sobre humana. Não há nenhuma boa razão para se crer nela como algo confiável, como uma revelação divina. É só uma obra como qualquer outra, na verdade, de qualidade bem inferior. Nenhum livro foi jamais tão amado, tão odiado, tão reverenciado e tão execrado quanto a Bíblia. Muitas pessoas foram mortas em favor da Bíblia, outras tantas mataram por sua causa. Ela tem inspirado as maiores e mais nobres ações humanas, ao mesmo tempo em que é acusada por seus atos mais danosos e degenerados. Guerras têm sido travadas em virtude da Bíblia, revoluções têm -se orientado a partir de suas páginas, e reinos vieram abaixo com base em suas idéias. Pessoas de todos os pontos de vista - teólogos da libertação a capitalistas, de fascistas a marxistas, de ditadores a libertadores, de pacifistas a militaristas - percorrem avidamente as suas páginas à procura de palavras que justifiquem os seus feitos. Bem dito. Mas... É daí? "Tua Palavra é a verdade" (São João 17:17). É costume dizer-se que todas as grandes religiões étnicas pretendem ter livros divinamente inspirados. Na realidade, porém, há bem poucos candidatos a esta posição de preeminência. Certas seções dos Vedas, o livro sagrado dos brâmanes da Índia, podem datar de mil anos antes de Cristo. Note-se, porém, que em parte alguma é afirmado nos Vedas que o livro foi divinamente inspirado. Os Vedas melhor seriam descritos como um grande poema épico, evocando a memória da migração das tribos arianas para o subcontinente asiático. Naturalmente, a narrativa está entrelaçada com referência às crenças religiosas primitivas dos arianos. Para os parses da Índia, o Zend-Avesta de Zoroastro é o livro sagrado de sua religião, hoje reduzida a poucos milhares de seguidores. A maior obscuridade envolve a composição do Zend-Avesta, e a opinião dos eruditos é que, com exceção dos Gathas, as demais partes são tradições orais que só receberam redação final na época dos reis Sassânidas, ou seja, mil anos depois de Zoroastro. É difícil distinguir o que era ensino original de Zoroastro, do que é acréscimo posterior. E o que é mais significativo, os Gathas tampouco pretendiam ser uma revelação divina especial. Na verdade, se auto declarar divinamente inspirada pode depor muito mais contra do que a favor. Além disso você tem certeza dessa informação que meu deu sobre os Vedas? Vou procurar um teológo Hindu para perguntar sobre isso. Resta dizer uma palavra quanto ao Corão ou Alcorão, o livro sagrado dos maometanos. O Corão pretende de fato ser uma revelação divina dada a Maomé. Sabe-se, porém, que só recebeu sua forma presente uma geração ou duas depois da morte do profeta. E a Bíblia? Também não ocorreu o mesmo após a morte de Jesus? Com um agravante. Ela foi redigida por vários autores dos quais a grande maioria jamais viu Jesus. Um desapaixonado exame do Corão revela-o como um agregado de histórias do Velho Testamento, com idéias emprestadas do Novo Testamento, todas entretecidas com noções religiosas peculiares ao profeta. O que é original no Corão, impressiona o leitor imparcial como possuindo um tom religioso distintamente inferior ao da Bíblia. Quero ver você dizer isso de frente para um Fundamentalista Islâmico. Isso é uma opinião apenas, sem qualquer objetividade. A questão cifra-se, pois, em se verificar se a Bíblia, aceita como divinamente inspirada por católicos e protestantes, é realmente o que pretende ser. Diga-se de início que esta convicção é partilhada pelos próprios escritores bíblicos e pelo Fundador do cristianismo. Duas mil vezes usam os profetas do Velho Testamento a expressão: "Assim diz o Senhor", ou seu equivalente. A autoridade do profeta derivava do fato de estar ele cônscio de ter recebido uma comunicação divina. A coerência da mensagem com a vida moral do profeta emprestava-lhe uma autoridade irresistível. Primariamente, o profeta falava às necessidades espirituais de seus contemporâneos, mas, ao fazê-lo sob inspiração divina, pronunciava princípios religiosos para sempre válidos. Mais informações irrelevantes. A única coisa que poderia ser certa é que os escritores da Bíblia de fato acreditavam estar divinamente inspirados. Apenas isso. Nada disso a torna mais respeitável que o Corão ou o Mahabarata. Havia, ademais, uma harmonia intrínseca entre a mensagem dos diferentes profetas, embora fossem proclamadas em séculos diversos. Bem. Isso é outra opinião. Posso lhe citar toneladas de contradições de todos os tipos na Bíblia. Mas mesmo que a harmonia existisse, isso nada provaria além do fato de que os profetas e escritores sabiam ler. A unidade essencial dos livros bíblicos impressiona a todo leitor sincero, e só pode ser explicada concluindo que o mesmo divino Espírito iluminou a mente dos diferentes profetas. Essa era a convicção do apóstolo Pedro quando escreveu: "Nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana, entretanto homens falaram da parte de Deus movidos pelo Espírito Santo" - II São Pedro 1:21. Ou impressiona a todo leitor desavisado ou ingênuo, e poderia ser explicada concluindo que qualquer Ser Humano que seja um bom leitor pode muito bem escrever algo totalmente dentro do espírito de suas fontes literárias. Grande literatura inspira e emociona. A Bíblia faz mais que inspirar. Ela transforma vidas. Como a Palavra do Deus vivo, ela comunica vida e poder aos que se deixam imbuir por seus ensinos. Uau! Bem. Vamos conter a empolgação por favor. Pode se emocionar, mas cuidado para não perder a objetividade do discurso. É moda, em certos círculos sofisticados, menosprezar a Bíblia como um livro obsoleto, cuja cosmogonia está inteiramente ultrapassada, cuja ciência é pueril, cujos preceitos éticos não mais se aplicam aos nossos dias. Ainda bem que a moda pegou. Pois eu concordo com tudo isso. A Bíblia tem sido erradamente identificada como um sistema eclesiástico reacionário, que durante vários séculos se opôs aos avanços da Ciência. Sem dúvida há exagero nisso. Mas os fundamentalistas fazem jus a essa fama. A verdade, porém, é que a Bíblia não é anticientífica ou reacionária. A "verdade"? Só porque você quer? Em parte alguma se opõe ela à livre investigação científica. De fato, ela nem sabe o que é Ciência! No brasão da Universidade John Hopkins, pioneira em tantas descobertas médicas e contribuições à Ciência, achavam-se as palavras: "Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará" - São João 8:32. Estas palavras são do próprio Cristo, e, embora sua aplicação seja primariamente religiosa, elas têm sido o lema que inspirou a pesquisa de muito homem de ciência. E é uma das melhores frases da Bíblia. Mas e daí? Obviamente, a Bíblia não é e nem pretende ser um repositório de conceitos científicos. Seu objetivo não é comunicar conhecimentos de astronomia ou de biologia, mas sim o conhecimento que ilumina as relações entre o homem e Deus. Seu intuito é, acima de tudo, religioso. Faço minhas as suas palavras, e é por isso que escrevi aquele texto. E é por isso que estamos aqui. Mas as referências casuais, que faz a fatos da Natureza, são dignas de respeitosa consideração. Respeitosa consideração Mitológica. Em suas páginas Deus nos fala não em termos filosóficos ou teológicos acessíveis apenas a uma minoria erudita, mas em termos de uma história concreta e vivida sobre a Terra, uma história, em essência, não diferente da história de cada dia. Trata-se da história de um povo escolhido e educado por Deus, o povo de Israel, povo que devia partilhar com o resto da humanidade a experiência abençoada desta comunhão mais íntima com o Criador. Bom. Dilúvio, Gigantes, Pedras que caem do céu, um Mar que se abre e etc. me parecem bem diferentes de minha história de cada dia. Mas nesse sentido a Bíblia, como já disse, não é História, são Estórias. Lendas. Deus fala à humanidade através da história vivida por um povo particular e interpretada por profetas e apóstolos. A mensagem divina é transmitida, cena após cena, através de acontecimentos reais, tais como a saída do povo de Israel do Egito, a conquista da Terra Prometida sob Josué, a reforma sob o profeta Samuel, o estabelecimento da monarquia sob Saul e Davi etc. A interpretação religiosa destes acontecimentos pertence ao domínio da fé, e a ciência nada pode dizer sobre a validade desta interpretação. Mas os acontecimentos históricos em si podem ser confirmados ou invalidados pela investigação histórico-crítica. É aqui que a arqueologia entra em jogo e esta ciência tem confirmado os fatos históricos das Escrituras. Será? Poderíamos nos estender aqui sobre as descobertas de ruínas antigas, confirmando vários relatos bíblicos. E o que dizer dos Manuscritos do Mar Morto, descobertos no final da década de 1940? Textos bíblicos de até dois séculos antes de Cristo, que concordam com as versões mais recentes! São importantíssimos achados históricos que corroboram a narrativa bíblica. Agora sim você está certo. Corroboram a narrativa, mas esta continua sendo predominantemente mitológica. Há muito que se falar sobre a Bíblia. Há muitas abordagens a serem feitas. Um livro vasto e profundo como a Bíblia, para sempre nos acenará com mistérios insondáveis. Estes constituem uma prova de sua origem divina e um desafio ao estudo perseverante e humilde. Tudo bem. Vou deixar você com seu êxtase. Por que alguém escolheria a revelação cristã em vez do hinduísmo, budismo, islamismo ou outras religiões mundiais? Hendric Kraemer afirma que a atitude "liberal' a esta pergunta é que se deve considerar todas as religiões como revelações de Deus. Kraemer reconhece as contribuições positivas das religiões mundiais, mas diz que os liberais confundiram basicamente uma consideração de verdade com "grandeza de coração". Para ele, o verdadeiro problema na resposta liberal é que a força total da questão - a questão da verdade - está desviada. Respondendo a esta questão, Kraemer relata que devemos ver que "o elemento absolutamente disitintivo, peculiar e único do cristianismo é o fato de Jesus Cristo" e não alguns conjuntos de doutrinas. Se isto é verdade, pode alguém julgar ser o fato distintivo no budismo, Buda; ou no islamismo, Maomé? A questão, afirma Kraemer, soa plausível; mas a resposta é um definitivo não. Aí já me parece extrapolação. Budismo é um "caminho" de libertação da vida que consiste essencialmente de sofrimento, mudança e impermanência. Essa maneira foi descoberta e promulgada por Buda. Ele é , como o foi, o primeiro desbravador de sucesso. Seus seguidores podem aprender o caminho com ele, mas o objetivo deve ser alcançado com o esforço próprio. - Why Christianity of All Religions? O islamismo apresenta aos indivíduos a penitência, a conversão e a submissão a Alá, o Único e Todo-Poderoso. Maomé é o enviado de Alá, e como tal, ocupa uma posição distinta no islã. De acordo com o Alcorão, Maomé é um "mensageiro" ou "portador" da mensagem "enviada" a ele, e não uma parte dela, considerado à parte da própria revelação. Por outro lado, o fator distintivo de Jesus Cristo é que Ele mesmo é a Revelação de Deus em Sua própria Pessoa e é a substância de tal revelação. Sua posição é um tanto quanto distinta daquela de Buda, Maomé ou Confúcio. Ele Se posiciona ante a humanidade como o Caminho, a Verdade e a Vida (ver São João 14:6). À luz de Cristo, todas as outras religiões, em seus aspectos mais profundos e essenciais, estão no erro, mesmo se forem tentativas nobres, mas desviadas para responder a questão do sentido, em seus próprios termos. Religiões não-cristãs parecem ser auto-redentivas e auto-justificadoras. Falham exatamente no ponto em que Cristo iluminou. Falham na descrição da natureza do homem - "sua grandeza e desgraça, seu alcance dos pontos mais elevados e suas malícias satânicas, sua classificação a meio caminho entre anjo e macaco". Ai! Pelo amor de Deus! Acho que você passou dos
limites. Claro que o Cristianismo tem suas qualidades e suas vantagens em relação
a outras religiões, mas não comece com um discurso fundamentalista!
No que se refere ao caminho da Salvação para mim o Cristianismo é a pior
das Religiões. Ele retira o mérito do esforço humano, declara a incapacidade e impotência
em favor de hipotéticos seres superiores. Põe, deploravelmente, a força de vontade humana
de lado em prol de uma aceitação cega e submissa de valores arbitrários. É o supra sumo
da desvalorização do Ser Humano em benefício de uma entidade obscura que por fim só
beneficia uma classe sacerdotal.
Com o perdão da palavra, o Mito do Pecado Original é para mim uma das mais
hediondas invenções humanas. Uma covardia. Uma agressão a dignidade. Destruindo a auto
estima e criando um complexo de inferioridade e dependência que trouxe sofrimento
desnecessário a milhões de pessoas ao longo da História.
Já o Budismo há muito elaborava uma notável Psicologia Humana, que só viria a
ser descoberta no Ociente 2.400 anos depois. Descreve com notável beleza e precisão
estados diversos de Consciência, planos inconscientes e estágios de atividade mental que
o Cristianismo jamais sonhou.
O Taoísmo possui um belíssimo modelo de Universo, que prega a Harmonia entre as
polaridades, O Dia e a Noite, O Feminino e o Masculino. Propõe, em consonância com as mais
recentes vertentes ecológicas, a convivência pacífica com o Universo, a Natureza.
Já viu alguma atrocidade praticada em nome do Budismo ou do Taoísmo? E quanto
as milhares e milhares de desgraças que o Cristianismo já trouxe direta e indiretamente
para a humanidade? Ah sim. Ele foi mal interpretado não? Curioso. Ninguém jamais interpretou
Buda e Lao-Tsé e saiu por aí fazendo guerras, promovendo torturas e exterminando culturas
diferentes. Por falhar ao descrever a inabilidade do ser humano de salvar-se, não dão peso suficiente ao problema do pecado, que é expresso na tensão que encontramos na natureza. É verdade que as religiões não-cristãs não têm ignorado inteiramente o pecado, mas ele permanece "secundário e acidental e nunca é tratado como o mistério central requerendo solução". Naquilo que concebem ser seu objetivo fundamental e definitivo, são cegos aos problemas mais vitais do ser humano. Por recusarem aceitar o pecado e a inabilidade humana para superá-lo seriamente, "tendem a ser escapistas de um jeito ou de outro". Por que o PECADO não passa de um grotesca e deplorável construção ontológica que deprecia o Ser Humano. Acaba servindo como um vil modo de semear o medo e a insegurança nas mentes humanas para depois controlá-las das mais variadas formas. Por que determinar a revelação cristã como a auto-revelação do Deus-Criador? Porque apenas o cristianismo provê suplemento suficiente na visualização da situação da existência humana. Você poderia ter nos poupado disso! Quando começamos esse discurso você até se posicionou de forma razoável, dando a entender ser um pesquisador das controvérsia Criacionismo e Evolucionismo com uma certa neutralidade tendendo a uma posição. Tubo bem que agora assuma abertamente ser um Criacionista Convicto em gênero, número e grau. Mas precisava fazer essa apologia em detrimento das religiões alheias?! As religiões orientais, o espiritismo ou outro tipo de fé não possuem respostas suficientes, pois são impessoais e falham na avaliação da natureza pessoal de nossas vidas. Opinião sua, da qual discordo diametralmente. O espiritismo Kardecista para mim está Anos-Luz a frente do Cristianismo em TODOS OS SENTIDOS! Allan Kardec dá um banho de racionalidade, ética e bom senso sobre a Bíblia e todos os teólogos cristãos em mais de 1.500 anos! As religiões orientais pregam harmonia com a natureza, coisa que o Cristianismo não só desprezou, mas simplesmente inverteu, com promessas de uma vida num outro mundo estimulou a falta de cuidado com o mundo em que vivemos, e o único que temos. Concebem o fim definitivo da espécie humana como a perda do ego e da personalidade em nirvana ou alguma outra forma de impessoalidade mística. Algo que faz muito mais sentido do que viver a Eternidade num estado de beatitude no paraíso que tem todos os elementos de um mundo relativo como o nosso, só que aparentando um só lado. Influência do Maniqueísmo, a separação final entre o Bem e o Mal. A revelação cristã se apresenta não como uma verdade mas como A verdade. Jesus Cristo ou é aquilo que clama ser, ou um lunático, o maior enganador do mundo, ou o arquiinimigo da verdade. Separado de Seus ensinos, Ele nunca pode ser considerado um "grande professor" de temas morais. Ele fez as declarações mais estarrecedoras. Jesus não nos deixou outra opção senão aceitar ou rejeitar Suas afirmativas sem paralelo. Que pena que você possua essa opinião Maniqueísta e radical, pois apesar de minha admiração e respeito pela figura de Cristo, se ele existiu, não passou de um bom Ser Humano que disse muitas coisas notáveis. Mas se você quiser forçar a barra e me obrigar a tomar uma decisão então eu fico com a segunda opção. 7."A sugestão de leitura proposta por Frank evidencia sua condição de Adventista do Sétimo Dia, ou simpático a este movimento fundado pela autora Ellen White, e embora eu não a tenha lido, e o farei se tiver a oportunidade, tenho certeza de que se trata de um tentativa de demonstrar ser a nossa era, em especial a referida "Babilônia" moderna, uma realização das profecias bíblicas. Frank pretende me mostrar que minha busca pessoal e minha postura filosófica nada mais é que um dos muitos subprodutos da realização das profecias. Apela também para o velho argumento Ad Hominem de que minha postura se deve a um passado religioso "problemático e confuso", como se houvesse qualquer pensador que não tivesse um passado religioso "problemático e confuso", como sua própria referência ao teísmo medieval declara. Acusa-me mais uma vez de ser errôneo em minha proposição da errância científica bíblica, mas como sempre, sem entrar no mérito da questão, e apelando para a problemática da linguagem, e colocando que minha capacidade mental se encontra prejudicada devido a um "passado religioso problemático e confuso", que muito provalvelmente estaria solucionado se abraçasse tal ou qual "Fé Verdadeira". Sobre as perguntas que o Cricaionismo de Dilúvio Universal não é capaz de responder, mais uma vez não me é apresentada qualquer solução, e sugere novas leituras. Claro que assim como qualquer um, não li toda a literatura a respeito, o que inclui a última obra citada. Mas até agora tudo o que li não me foi convincente, e nem todos os PHDs do mundo, por mais sérios que sejam, poderão me convencer a aceitar uma visão de mundo que não é capaz de me fornecer uma resposta simples a uma questão simples." Realmente sou adventista do sétimo dia. Você concluiu corretamente. Mas errou grosseiramente ao afirmar que Ellen G. White fundou a Igreja Adventista. Precisa conhecer a história do movimento adventista. Também suas certezas quanto ao termo "Babilônia" estão equivocadas, pois o termo não se refere ao que você acha. Errei "Grosseiramente"? Tudo bem que agora vejo que a informação é falha, mas acho que há uma distância disso para um "Erro Grosseiro" pois Ellen G. White é no mínimo uma das mais antigas e influentes personagens da história dos adventistas. Eu não disse que foi o Edir Macedo. Todos passam por uma experiência religiosa, positiva ou não, o que determina sua rejeição ou aceitação de Deus. Não quero ser determinista ao afirmar que sua experiência religiosa foi o fator único para sua atual posição. Mas influenciou. Sua interpretação dada à minha expressão está deturpada, pois não afirmo que sua "capacidade mental se encontra prejudicada" e que tudo se resolveria se aceitasse a "Fé Verdadeira". Claro que influenciou. Sinto muito se interpretei mal a sua expressão, é a força de maioria das mensagens que recebo. Coisas do tipo, "É preciso que Deus lhe ilumine", "É necessária que sua mente se livre de tal ou qual informação para compreender isso". Mas foi a nítida impressão que tive. Tudo é deflagrado pelo mau hábito que a maioria dos religiosos tem de achar que as pessoas que não compartilham de sua fé tem algum problema, sendo de um modo ou de outro espiritualmente deficientes. Vai dizer que com tudo o que acredito, digo e faço, terei lugar no seu Paraíso? Por isso lamentavelmente é difícil se livrar da impressão de que todo crente sempre dialoga com um não crente com aquela enrustida sensação de "pobre coitado", "vai pro inferno". Posso estar sendo radical, e provavelmente estou, talvez você não se situe entre estes com visões tão simplistas da realidade, mas seus últimos parágrafos desviaram o foco da discussão para um assunto que não estava previsto e que nada pode, neste caso, acrescentar de válido. Se quiser discutiremos Teologia ou Ética em outra ocasião. Suas perguntas sobre o Dilúvio e Criacionismo estão sendo detalhadamente analisadas. Aguarde respostas. Agora sim. Era isso que eu queria ouvir. Tenho algumas que os evolucionistas não respondem, ou quando respondem o fazem de maneira evasiva. Quer conhecê-las? E você ainda pergunta?! Claro que quero. Mas lembre-se que minhas questões, que são o foco da discussão assim como o texto BÍBLIA X CIÊNCIA, e que após todos esses rodeios não foram abordados apesar de eu ter sido acusado de superficial e evasivo, são antes de tudo, QUESTÕES SIMPLES. Portanto não me venha com argumentos esdrúxulos como o do Encolhimento do Sol, Pó da Lua, Sedimento Oceânicos e etc, que ademais só são mesmo entendidos por quem possua algum conhecimento específico sobre o assunto. Meu objetivo nesse caso é lidar com questões que possam ser entendidas por qualquer pessoa. Afinal, é preciso ter fé para crer nas respostas, não é? Depende. A evidência, porém, ou a razoabilidade podem dar certo peso às declarações,
mas nunca a resposta científica como desejamos. Isso porque: Ótimo. Bem colocado, embora estrategicamente organizado para tentar dificultar a situação de campo do Evolucionismo. Os evolucionistas têm se destacado em assegurar que a criação, em contraste com a evolução, não é científica. Aqui poderíamos debater exaustivamente sobre o conceito de ciência. Bom, concordamos que ciência é o que um cientista faz. Numa idéia geral, é a descoberta da verdade e explicações sobre a natureza Do ponto de vista da ciência naturalista, o criacionismo realmente não pode ser científico. Inclui-se mais no âmbito da ciência metodológica. Mas e a evolução? Você a julga ciência? Pelo significado do termo, não se enquadra, por mais que você queira ajustar. Veja o que penso de Ciência e suas afirmações ficam comprometidas. A EVOLUÇÃO não é Ciência, é um fato da Natureza, o Evolucionismo, Teoria da Evolução, são paradigmas Científicos e Filosóficos para aplicação no Campo Experimental. Em linguagem simples, sim. É Ciência. Nossa ciência atual contribui pouco para as explicações finais de nossa existência, consciência e responsabilidade moral. "Se você pede à ciência para fazer uma bomba atômica, ela lhe dirá como. Se você pergunta à ciência se realmente deveria construí-la, ela permanecerá em silêncio." Não simplifique as coisas desse jeito. No que se refere a Existência e responsabilidade a Ciência jamais se pronunciou e nem deve se pronunciar. Isso é trabalho da Filosofia. Da mesma forma Religião menos ainda devia se meter no campo Experimental, e é por isso que o Criacionismo é um engodo. Relacionado com o aspecto incompleto da ciência há o fato de que a ela não funciona bem para explicar eventos singulares e únicos. Seu sucesso baseia-se grandemente em situações repetitivas que permitem a descoberta de princípios consistentes. Se um evento ocorre apenas uma vez, tal como a criação ou evolução da primeira célula, a ciência é incapaz de proporcionar muita análise. Ela pode apenas produzir informações periféricas relacionadas. Só que, voltando ao que interessa, a evolução da primeira célula pode sim ser reproduzida, e seguramente será um dia. Todos os eventos relativos a evolução são observados na Natureza, mutações, seleções, adaptações. Mas "CRIAÇÃO" meu caro? Sinto Muito. Portanto, criacionismo e evolucionismo combatem no campo das interpretações e não da ciência. A ciência vai lidar com os fatos. E ambos, criacionistas e evolucionistas, tentarão encaixar os fatos de acordo com o seu paradigma ou cosmovisão. Espero que meus diversos parágrafos anteriores tenham esclarecido o que penso desta tentativa Criacionista de Desqualificar o Evolucionismo. Precisarão exercer fé.Espero que você não tenha tido a intenção de adotar uma postura fatalista, quando afirmou: "... Nem todos os PHDs do mundo, por mais sérios que sejam, poderão me convencer a aceitar uma visão de mundo que não é capaz de me fornecer uma resposta simples a uma questão simples." Esta declaração só denuncia uma coisa: você se apegou com unhas e dentes a uma visão de mundo. Tem todo o direito. Somos "livres". E esperamos que a verdade nos liberte ainda mais. Essa declaração só denuncia que se milhares de
pessoas acreditarem numa inverdade, ela não se tornará verdade! Duvido que você aceitaria
que sua mão se transformou num bola de basquete só porque Milhares de PHDs estão
dizendo isso.
O argumento tem que ser bom por si só, e não estar escorado em "autoridades".
As perguntas que fiz em
QUESTÕES SIMPLES QUE O CRIACIONISMO NÃO RESPONDE são
claras como água. Espero respostas claras e não argumentos elaborados de PHDs que no fim
não dêem conta do assunto.
Onde estão as Respostas? Um abraço! Frank Obrigado Frank. Desculpe pelos momentos menos polidos deste
texto, mas todos temos nossas fraquezas.
Faço minhas suas palavras: Somos "livres". E esperamos que a verdade nos liberte
ainda mais.
Marcus Valerio XR
31 de Janeiro de 2002
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