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De fato. Pelo meu ponto
de vista isso significa colocar a responsabilidade fora do próprio Ser Humano,
delegando-a a um Ser hipotético. Não obstante em todo o mundo, e em todo lugar,
sempre foi apenas a atitude mental humana e sua extensão prática, a responsável
por tudo o que nos diz respeito. Sempre foi nossa responsabilidade a maneira
como vivemos e interagimos uns com os outros. As demais religiões apesar de
suas características específicas, todas colocam a conduta do indivíduo no
centro da importância, ou seja, depende unicamente de você. O Cristianismo é a
Única religião que faz diferente, e nesse sentido, é sem dúvida inusitado e
surpreendente.
Cada um é o
árbitro do seu próprio destino, no sentido das escolhas pessoais. O
Cristianismo enfatiza a responsabilidade humana sobre o curso da história e
sobre a vida pessoal; não justifica os atos humanos, dando-os
comoresponsabilidade do destino,dos demônios, das
circunstâncias,dos anjos oude qualquer outro fator. O quea religião
cristãnão advoga é que o homem comece a sua própria história a partir de
si mesmo.Houve o antes e haverá o depois. Toda a
históriahumana é apenas um parêntese, um lapso de algo bem mais amplo.
Deus nos fala da Queda, de acontecimentos que não foram responsabilidade nossa,
mas que nos alcançaramcom suas conseqüências. Isto é revelação
bíblica.Fala-nos também de uma restauração cósmica de toda a criação,
mediante Seu poder. Fala-nos de redenção: dohomem e do planeta e a
conseqüente religação da Terra com o restante do Universo.A grande
diferença entre o cristianismo bíblico e as demais religiõesé quanto à
salvação do homem. Para a concepção bíblica, ser um homem moral não é ser um
homem justo, mas ojusto necessariamente, pela influência da graça, será um
homem moral. Biblicamente, tudo que não procede de fé é pecado -
Romanos 14:23. Entenda-se pecado como a quebra do relacionamento comDeus
e não meros atos moralmente reprováveis. Pelo fato de recorrermos a Deus
para pedir auxílio quanto à nossa salvação, não significa que estamos
transferindo toda a nossa responsabilidade para Ele.O convite feito a fim
de irmos a Cristo (Mateus 11:28) ou Sua declaração de que sem Ele nada podemos
fazer (João 15:5) refletem a filosofia cristã de salvação, de queé
necessária aharmonia do poder divino com a vontade humana, para se operar
a mudança no íntimo do homem. Semoconcurso humano, Deus não pode
exercer os efeitos deSua graça. Ao contrário, somente pelo esforço
próprio, o homem nãose ergue de seu estado de caído. Portanto, Deus e
homem interagem num processo dinâmico de redenção. Assim,o Cristianismo
não defende nem o extremo da autonomia humana nem a posição de que Deus fará
tudo, sem a participação humana. A questão suprema concernente à justiça de
Deus, assunto do mais profundo interesse e conseqüência para nós, é nossa
relação pessoal com essa justiça. É a justiça em qualquer medida inata à
natureza humana? Se o for, como pode ser cultivada e desenvolvida? Se não, há
algum meio de obtê-la? Em caso afirmativo, por que meio e quando? O tema da
justiça de Cristo e da inabilidade humana de salvar-se perpassa todo o Volume
Sagrado. Na queda da humanidade a justificação própria se evidenciou, quando: o
homem, ao pecar, cobriu-se de folhas de parreira (Gênesis 3:7); transferiu para
a mulher e para Deusa responsabilidade de seu pecado (Gênesis 3:12);
quando a mulher acusou a serpente de enganá-la (Gênesis 3:13). Posteriormente,
Caim expressou o mesmo espírito de seus pais, ofertando a Deus os frutos de seu
próprio labor como sacrifício, em vez de aceitar o conselho de Deus de trazer
um cordeiro como oferta. Ocordeiro simbolizavaCristo que viria
morrer pelos pecadores. Por isso a oferta de Caim foi rejeitada. Seus belos
frutos representavam a justiça humana em querer apresentar-se perante Deus. Só
que o profeta declara que os nossos atos de justiça são como trapos de
imundícia (ver Isaías 64:6 e 7). Ou seja: para avisão bíblica, as
obras humanas, por melhores que sejam, são insuficientes para nos recomendar a
Deus.As Escrituras declaram que todos pecaram e destituídos
estão da glória de Deus(Romanos 3:23); que cada um de nós é
carnal, vendido à escravidão do pecado (Rom. 7:14); que não
há justo, nem sequer um (Rom. 3:10); que em nossa carne não habita
bem nenhum (Rom. 7:18); e finalmente, que somos cheios de toda
injustiça (Rom. 1:29). Isso responde claramenteà indagação se a
justiça é inerente à natureza humana em qualquer grau. Não é. Por isso, o
Criador humanizou-Se e baixou até nós para nos erguer, mediante Cristo, que é
Deus. Daí a Bíblia indicar Jesus, o próprio Deus em carne, como a nossa
justiça: Nos seus dias Judá será salvo, e Israel habitará seguro; e este
será o Seu nome, com que o nomearão: O SENHOR JUSTIÇA NOSSA - Jeremias 23:6.
Cristo, como o segundoAdão, veio em forma de homem, semelhante a nós em
tudo, exceto no fato de que Ele não nasceu pecador. Por isso, tornou-se nosso
Salvador. Cristo devia iniciar a redenção humana onde Adão falhara. Como homem
perfeito, Adão, utilizando mal o seu livre-arbítrio, pecou. Como homem
espiritualmente perfeito, Cristo venceu pela fé e deu-nos o exemplo de que,
confiando na graça divina podemos ser novas criaturas.Nossa natureza
continua pecadora, mas a graça instala um conflito entre o bem e o mal e
dependerá do homem em sujeitar-se aDeus a vitória sobre o
mal.A moralidade humana não é capaz de atender aos requisitos da
lei de Deus. Com a Queda, a natureza humana tornou-se corrompida, alienada de
Deus e incapaz de, por esforço próprio, voltar ao Criador.Por natureza,
estamos distanciados de Deus. Entretanto, o plano da redenção foi posto em
ação. Assim que o homem pecou, a graça atuou, quando Deus substituiu as folhas
de parreira de Adão e Eva(símbolos da justiça humana) pela pele de
cordeiro (representando a justiça de Cristo). O homem que se acha moralmente
puro deveria considerar estaadvertência: Enganoso é o coração, mais
do que todas as coisas e desesperadamente corrupto; quem o
conhecerá?- Jeremias 17:9. Destarte,o justo viverá pela
fé (Habacuque 2:4; Hebreus 10:38).Note estes trechos de escritos
cristãos, a respeito da justificação pela fé.
Não pode o
homem salvar-se sem a obediência, mas suas obras não devem provir de si mesmo;
Cristo deve operar nele o querer e o efetuar segundo Sua boa vontade. -
Review and Herald, 1º de abril de 1890.
Por
meio de Cristo provê-se ao homem tanto a restauração como a
reconciliação.
Nós
transgredimos a lei de Deus, e pelas obras da lei nenhuma carne será
justificada. Os melhores esforços que o homem, em suas próprias forças, possa
fazer, não têm valor para satisfazer a santa e justa lei que ele transgrediu;
mas pela fé em Cristo pode ele alegar a justiça do Filho de Deus como
toda-suficiente.
A
observância de formas exteriores nunca preencherá a grande necessidade da alma
humana. Uma mera profissão de Cristo não é suficiente para preparar alguém para
suportar o teste do juízo. - Review and Herald, 25 de janeiro de 1887.
Quando
jejuns e orações são praticados num espírito de justificação própria, tornam-se
abomináveis ao Senhor. A solene assembléia do culto, a rotina de cerimônias
religiosas, a humilhação exterior, o sacrifício imposto - tudo proclama ao
mundo o testemunho de que o fazedor dessas coisas se considera justo. Tais
coisas chamam a atenção ao observador de deveres religiosos, declarando: 'Este
homem está qualificado para o Céu.' Mas tudo não passa de um engano. As obras
não nos adquirirão entrada no Céu. ... A fé em Cristo será o meio pelo qual o
espírito e motivo corretos impulsionarão o crente, e toda bondade e mentalidade
celestial procederão daquele que olha para Jesus, autor e consumador de sua
fé. - Review and Herald, 20 de março de 1894.
Há muitos
que parecem imaginar que as observâncias exteriores são suficientes para a
salvação; mas o formalismo, o rigoroso apego aos exercícios religiosos,
falharão em trazer a paz de Deus que supera todo entendimento. Somente Jesus
pode dar-nos a paz. Review and Herald, 18 de novembro de 1890.
Aqueles
que não têm uma experiência diária nas coisas de Deus não agem com
sabedoria. Podem ter uma religião legalista, uma forma de santidade, pode haver
uma aparência de luz na igreja; toda a maquinaria - muito disso de criação
humana - pode parecer estar operando bem, e ainda a igreja pode estar tão
destituída da graça de Deus quanto as colinas de Gilboa careciam de orvalho e
chuva. Review and Herald, 31 de janeiro de 1893.
O povo de
Deus tem perdido muito por não manter a simplicidade da verdade tal como é em
Jesus. Esta simplicidade foi tornada complexa, e formas e cerimônias, e uma
rotina de excessivas atividades de caráter mecânico tomaram o seu lugar.
Exaltada auto-suficiência e complacente justiça própria têm mascarado e
ocultado a mendicãncia e nudez da alma. - Review and Herald, 7 de agosto
de 1894. (ver Apocalipse 3:14 a 22, sobre a condição espiritual da última
igreja verdadeira antes do aparecimento glorioso de Cristo em Sua segunda vinda
à Terra. Este estado, porém, mudará).
Muitos
atos que passam por boas obras, mesmo feitos de beneficência, se investigados
rigorosamente, terão de ser considerados como induzidos por motivos errados.
Muitos há que recebem aplausos por virtudes que não possuem. O Esquadrinhador
dos corações (Jeremias 17:10) inspeciona os motivos, e muitas vezes os próprios
atos que são vivamente aplaudidos pelos homens, são por Ele registrados como
provindos de motivos egoístas e vil hipocrisia. - Mente, Caráter e
Personalidade, páginas 348 e 349, volume I, Editora Casa, tatuí, São Paulo, 2ª
Edição.
É claro que isso não elimina a responsabilidade do indivíduo
para com sua conduta, mas ocorre um declaração de impotência, de que o mais
importante não é por conta dele. Esse resultado é ambíguo, pois isso seduz uns
e assusta outros. Infelizmente isso é muito proveitoso para indivíduos de menor
força de vontade, preguiçosos, ou para aqueles cujos atos os condenam
severamente, pois passam a contar com um suporte sem o qual não conseguiriam se
manter com um mínimo de dignidade.
Sem a graça de
Cristo, o pecador está numa condição desesperançada; nada pode ser feito por
ele. Isto é, o pecador não pode purificar-se. Nem pode qualquer outro pecador
ajudá-lo. Mas mediante a graça divina, poder sobrenatural é comunicado ao
homem, e opera na mente, coração e caráter. Mas o que é poder
sobrenatural? Todos os milagres de Cristo são apenas as manifestações naturais
de Sua pessoa, e assim eram operados com a mesma facilidade com que nós
realizamos nossas tarefas diárias ordinárias. O elemento sobrenatural e
miraculoso em Cristo, tenhamos em mente, não foi um dom emprestado ou uma
manifestação ocasional. Uma virtude interior habitava em Sua pessoa, e dEle
saía, de sorte que mesmo a orla de Sua veste era curativa ao toque por meio da
fé, que é o elo entre Ele e a alma. Pelo que diz: Subindo ao alto, levou
cativo o cativeiro, e deu dons aos homens. - Efésios 4:8. Ou
seja: concedeu poder para a vitória sobre o mal.
Pela Bíblia
estamos desvalidos, mas não desvalorizados. Devido à Queda, o homem alienou-se
de Deus . Em determinado ponto espácio-temporal na história, o ser humano caiu.
O homem da Reforma sabia que a criatura humana revoltou-se contra Deus.
Todavia, o homem da Reforma e aqueles que após a Reforma forjaram a cultura do
Norte Europeu, sabiam que, enquanto o homem é moralmente culpado diante do Deus
que existe, ele não é o nada. Temos, no pensamento da Reforma um homem que é
alguém. Vemo-lo, porém, envolvido numa condição de revolta e a rebeldia é real
- jamais uma peça de teatro. Uma vez que é um ser não programado e
de fato se revolta, ele incide em genuína culpabilidade moral. À vista disto,
os reformadores compreenderam algo mais. Tiveram uma compreensão bíblica da
obra de Cristo. Compreenderam que Jesus morreu na cruz em função substitutiva e
em ação propiciatória a fim de salvar o homem da verdadeira culpa que sobre ele
pesa. Necessitamos reconhecer que, no instante em que nos pomos a alterar a
noção bíblica da verdadeira culpa moral, seja a falsificação psicológica, seja
a falsificação teológica ou seja de qualquer outra forma, nosso conceito da
obra de Jesus não será mais bíblico. Cristo morreu pelo homem que tinha uma
culpa moral verdadeira por ele próprio ter feito esta real e verdadeira
escolha. Agora, se alguns indivíduos de menor força de vontade,
preguiçosos acham que Deus é um papai noel e que a mensagem de
justificação pela fé os isenta de batalhar por sua salvação deveriam
reconsiderar suas idéias sobre salvação. Somos instados a trabalhar por nossa
salvação em cooperação com Deus (ver Filipenses 2:12). Somos cooperadores no
sentido de nos submetermos ao plano divino, mas não somos a causa final de
nossa salvação. Segundo a Bíblia, sem a morte expiatória de Cristoseria
vão qualquer esforço em salvar-se. Daí a Bíblia admitir que a salvação é pela
graça, mas esta graça exige a boa vontade humana em querer salvar-se. Os
orgulhosos assustam-se com o método de Deus. Os próprios líderes da nação
judaica incomodavam-se com os ensinos surpreendentes de Cristo, porque estes
feriam seu moralismo. O homem que nasce de novo (São João 3)
experimenta uma ação do Espírito Santo no seu íntimo, a qual não é, em essência
uma obra humana. O novo nascimento é válidopara sábios e ignorantes, fortes
e fracos, morais e imorais, bons e maus; enfim, para todo aquele que deseja
estar um dia no reino Deus.
É por isso que há um número tão impressionante de pessoas
que tiveram vidas extremamente repreensíveis sob qualquer ponto de vista moral,
e se regeneram abraçando o Cristianismo, pois é um modo
fácil de regeneração. Infelizmente a maioria dessas pessoas não se
reabilita de fato, elas apenas se submetem a fortíssimos freios
psíquicos, uma mistura irresistível do perdão de um senhor onipotente
acompanhado de uma vida de prazeres, e a ameaça de uma condenação de sofrimento
indizível. O indivíduo submetido a essa dictomia é, ao meu ver, uma Laranja
Mecânica, é artificial. Tanto é notório o fato de que ele não é um autêntico
regenerado, que a maioria retrocede ao seus maus hábitos anteriores se sua fé
for abalada. Eles no fundo não acreditam numa melhora verdadeira, num salto de
qualidade no Ser, pois dependem de uma força externa, e se essa
força lhes falta, sucumbem.
Porque bem
sabemos que a Lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob pecado. Porque o
que faço não o aprovo, pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço isso
faço. - Romanos 7: 14 e 15.
Porque eu
sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum: e com efeito o
querer está em mim, mas não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que
quero, mas o mal que não quero esse faço. ... Miserável homem que sou! Quem me
livrará do corpo desta morte? Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor.
- Romanos 7: 18, 19 24 e 25.
E da mesma
maneira também o Espírito ajuda nossas fraquezas. ... - Romanos 8:26.
O que me
causa admiração na Bíblia é sua honestidade quanto à situação humana. Ela fala
de pessoas transformadas pela graça e de apóstatas que deixaram os caminhos da
fé. O processo de santificação bíblica não é algo instantâneo (ver II Pedro 1:3
a 11). A santificaçãoou regeneração moral do ser humano é algo contínuo e
sempre ascendente. No processo, o homem pode sofrer quedas, mas a graça ainda
continua à sua disposição. Se o cristianismo não produz os mesmos efeitos de
vitória e libertação na vida dos que você chama um número impressionante
de pessoas, alguma coisa errada há com elas e sua concepção de salvação.
A questão central cifra-se na experiência pessoal de cada um com Deus. Não se
pode negar o valor da mensagem cristã na vida de indivíduos transformados.
Também não se pode deixar denotar que muitos voltam aos seus antigos
hábitos, porque não procuram de fato viver em Cristo. Aceitar a Deus é uma
questão diária e não um ato isolado e único. Teremos sempre de lutar contra
tentações. É nossa natureza. Entretanto, não é verdade que o homem não pode
mudar seu caráter: Assim, se alguém está em Cristo, nova
criatura é; as coisas velhas já passaram, eis que tudo se fez novo. E tudo isto
provém de Deus, que nos reconciliou Consigo mesmo por Jesus
Cristo. ... - II aos Coríntios 5:17 e 18. E vos revistais do novo
homem, que segundoDeus é criado em verdadeira justiça e
santidade. - Efésios 4:24. E vos darei um coração novo, e
porei dentro de vós um espírito novo;(...) E porei dentro de vós o Meu
Espírito, e farei que andeis nos Meus estatutos, e guardeis os
Meus juízos e os observeis. - Ezequiel 36:26 e 27. Inúmeras são as
passagens bíblicas que falam de um novo homem, regenerado. Contudo, é
sempreDeus e Seu poder oAutor da santidade. Nunca o homem foi capaz
de mudar o seu coração sem a ajuda divina constante e diária (Jeremias 2:22).
Por isso, muitos fracassam em viver a vida cristã.
O evangelho de
exterioridades é mais caro ao coração humano. Pode tomar a forma de cultura e
moralidade; ou de 'cultos' e sacramentos e liturgia; ou de ortodoxia e
filantropia. Tais coisas tornam-se em si mesmas nossos ídolos, e a confiança
nelas toma o lugar da fé no Cristo vivo. É possível esquecer, possível
renunciar Àquele que nos chamou na graça de Jesus Cristo. Com pequena mudança
na forma de nossa vida religiosa, sua realidade interior de alegria em Deus, de
filiação consciente, de comunhão no Espírito, podem-se desfazer completamente.
A vida de Deus nas almas humanas é sustida pela energia de Seu Espírito,
perpetuamente renovado, sempre procedendo do Pai e do Filho. Esse viver
que agora tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e
a si mesmo Se entregou por mim. A vitalidade de sua fé pessoal em Cristo
manteve Paulo livre do erro, fiel em vontade e intelecto ao evangelho único.
A
possibilidade de ocristão voltar aos seus antigos hábitos existe. O
próprio Cristo admitiu isso em Mateus 12:43 a 45. A Bíblia traz exemplos
flagrantes de pessoas que abandonaram a fé. Paulo falou a respeito de um de
seus companheiros: Porque Demas me desamparou, amando o presente século.
... - II Timóteo 4:10.As Escrituras falam também de indivíduos
pecadores regenerados.Não há como negar o poder de Deus na vida de
milhares. O seu argumento de que a maioria retrocede aos seus maus
hábitos anteriores se sua fé for abalada carece de dados estatísticos. Se
a força externa lhes falta, foi a própria vontade de tais
indivíduos que escolheu assim. Desistem da luta cristã. O apóstolo Paulo
afirmou em Efésios 6:10 a 18que a vida cristã é uma batalha e que o
cristão deve empenhar-se nela com todas as forças, unindo a sua fraca vontade
ao poder de Deus. Não é genuíno nenhum arrependimento quenão opere
reforma. A justiça de Cristo não é uma capa para encobrir pecados não
confessados e não abandonados; é um princípio de vida que transforma
o caráter e rege a conduta. Santidade é integridade para com Deus; é a
inteira entrega da alma e vida para habitação dos princípios do Céu. Cristo nos
imputa Seu caráter imaculado, e nos apresenta ao Pai em Sua própria pureza. Há
muitos que julgam ser impossível escapar do poder do pecado, mas a promessa é
que podemos ser cheios da plenitude de Deus. Nós ambicionamos muito pouco. O
alvo é muito mais elevado. Na religião de Cristo há uma influência
regeneradora, que transforma o ser todo, levantando o homem acima de todo vício
degradante, abjeto e elevando os pensamentos e desejos para Deus. Ligado ao Ser
Infinito, o homem se faz participante da natureza divina. Quando a alma se
rende inteiramente a Cristo, novo poder toma posse do coração. Opera-se uma
mudança que o homem não pode absolutamente operar por si mesmo. É uma obra
sobrenatural introduzindo um sobrenatural elemento na natureza humana. A menos
que nos unamos vitalmente a Deus, nunca poderemos resistir aos não santificados
efeitos do amor-próprio, da condescendência com nós mesmos e da tentação para
pecar. Podemos deixar muitos hábitos maus, mas sem uma ligação vital com Deus
pela entrega de nós mesmos a Ele momento a momento, seremos vencidos. Sem
conhecimento pessoal com Cristo e constante comunhão achamo-nos à mercê do
inimigo, e havemos afinal de fazer-lhe a vontade, pois o mundo jaz no
Maligno. - I São João 5:19. Sabemos que todo aquele que é nascido
de Deus não peca; mas o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo, e o
Maligno não lhe toca. I São João 5:18. Contudo, se dissermos que
não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. Se
confessarmos os nossos pecados, Ele (Cristo) é fiel e justo, para nos perdoar
os pecados e nos purificar de toda a injustiça. Se dissermos que não pecamos,
fazemo-Lo mentiroso, e a Sua palavra não está em nós. - I São João 1:8, 9
e 10. Até que Deus nos revista de imortalidade, na vinda de Jesus Cristo (ver I
aos Coríntios 15:50 a 54) seremos seres de natureza pecadora, mesmo sob a guia
de Deus. A influência do pecado sobre o homem e o planeta só será extirpada
completamente quando Deus cumprir o Seu plano de renovar a raça. Suas promessas
quanto a isso estão registradas, especialmente, no livro de Apocalipse, mas
encontram-se na Bíblia inteira.
É imputada
a justiça pela qual somos justificados; aquela pela qual somos santificados
é comunicada. A primeira é nosso título para o Céu; a segunda, nossa
adaptação para ele. - Review and Herald, 4 de junho de 1895. Justiça
imputada pela qual o homem é justificado da culpa, é o fundamento sobre que a justiça
comunicada é concedida, a qual santifica a conduta da vida, e provê nossa
qualificação para o Céu.
É nesse sentido que
creio ser o Cristianismo um mecanismo falho de reabilitação, ele não promove um
autêntica revolução de consciência no indivíduo, ele apenas o condiciona, o
submete a um complexo coquetel de promessas e ameaças. Nada traduz melhor isso
do que a frase Temente a Deus, pois revela que o indivíduo tem sua
crença baseada no Medo, não no Amor.
Será que esta
proposição sua é um reflexo de sua própria experiência falhacom o
Cristianismo? Tenho visto o contrário em muitas vidas e na minha própria. Não
me comporto como uma ovelhinha-obediente-com-medo-de-pecar. O amor
de Deus é algo profundo e respeitador. Não age pela força nem tampouco anula a
vontade de ninguém. Se tal pensamento existe em sua mente, sinto em dizê-lo,
mas é uma concepção desvirtuada e doentia. Parece que você nunca
leu declarações como estas:No amor não há medo. Antes o perfeito
amor lança fora o medo, porque o medo produz tormento. Aquele que teme não é
aperfeiçoado no amor. I João 4:18. Há muito que o Senhor me
apareceu dizendo: Pois que com amor eterno te amei, também com amorável
benignidade te atraí. - Jeremias 31:3. Atraí-os com cordas
humanas, comcordas de amor. ... - Oséias 11:4.Deus não
força a vontadeou o juízo de ninguém. Não tem prazer na obediência
servil. Deseja que as criaturas de Suas mãos O amem porque Ele é digno de amor.
Quer que Lhe obedeçam porque reconhecem inteligentemente Sua sabedoria, justiça
ebenevolência. E todos os que possuem concepção justa destas qualidades,
amá-Lo-ão porque são atraídos para Ele e Lhe admiram os atributos.Temer a
Deus na linguagem bíblica significa reverenciá-Lo amorosamente, não sentir
pavor. É o sentido que dão os escritores bíblicos. Apocalipse convoca a
humanidade para o temor a Deus, ou seja, o reconhecimento de que Ele é digno de
nossa adoração (ver Apocalipse 14:6 e 7). O temor do Senhor ainda é princípio
da sabedoria. É necessário muito cuidado com as interpretações que se dão
quanto aos juízos de Deus sobre os homens, como são narrados na Bíblia. Muitas
delas, geradas por causa de erros de hermenêutica e da própria mentalidade de
certos indivíduos, deturpam o caráter de Deus e transformam-no num Ser cruel e
tirano. Nãoé Deusinimigo do homem, e sim este.Deus estava em
Cristo, reconciliando Consigo o mundo. - II aos Coríntios 5:19.
Porque se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela
mortede Seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos
pela Sua vida. - Romanos 5:10. Porque Deus amou o mundo de tal
maneira que deu o Seu Filho Unigênito. ... - São João 3:16.
Ainda há
algo a dizer quanto à reabilitação moral do homem: Por nossos próprios esforços
é impossível escapar do abismo de pecado no qual estamos mergulhados. Nosso
coração é mau e não o podemos transformar. A educação, a cultura, a vontade, o
esforço humano, todos têm sua devida esfera de ação, mas nesse caso não têm
valor. Poderão levar a uma vida exteriormente correta, mas não podem mudar o
coração. Muitos que se dizem cristãos são meros moralistas humanos.
Cristianismo não é moralidade, é redenção. Mudar atos externos é fácil, ser um
indivíduo moral não é difícil, ser bom perante os olhos dos outros é possível.
Agora tente purificar seu coração de intenções e pensamentos impuros; tente
mudar o caráter e aí você verificará a fragilidade do esforço humano nesta
questão. Pra isso dependemos de Deus e temos de reconhecer que somos, de fato,
impotentes. Você pode não concordar com isso, mas é assim que o cristianismo
apresenta nossa condição. E eu endosso.
Há um outro lado é
claro. Um número muito grande de pessas não são propícias a um autêntico
aperfeiçoamento moral, de modo que só conseguem mesmo alguma melhora através do
paradoxo de Amor e Terror típico das Religiões abraámicas, temperada com a
singular justificação pela Fé. Abrir centros de estudos espíritas, templos
budistas ou escolas de filosofia em presídios provavelmente seria inútil, o
nível de ser local é muito baixo para essas vertentes. Já uma igreja
pentecostal pode ter um efeito drástico, servindo para um expressiva
regeneração de criminosos.
Também não quero dizer
com isso que o Cristianismo é uma religião de ignorantes ou criminosos, ele possui
também uma característica muito elaborada, elementos capazes de satisfazer
aspirações morais e intelectuais elevadas. Mas é claro que tais elementos
passam longe da atenção da maioria da população cristã, interessando apenas a
uma elite.
A humanidade
está cada vez mais caída moralmente. Este processo de degradação será crescente
à medida que nos aproximamos do fim dos tempos preditos nas Escrituras (ver II
Timóteo 3:1 a 9; Mateus 24:12 e 37 a 39). Porém, onde abundou o pecado
superabundou a graça. Depende muito da boa vontade humana
areabilitação moral. Aqui trabalhamos com presos e alguns
têmexperimentado uma genuína transformação. Outros não querem saber de
cristianismo. São escolhas. O processo de mudança moralnão é da noite para
o dia e envolve lutas íntimas mesmo. Muitos, no entanto, que lutam contra suas
más tendências asseguram que Deus tem lhes dado forças e vitória no conflito
com o pecado. Como afirmei anteriormente, não se pode negar totalmente a
eficácia da graça no coração de homens e mulheres. Também não se pode olvidar o
fato de que a graça não surte efeito em muitas pessoas. Entendo que a graça é
como um presente. Ela é dada ao homem, mas é preciso que o homem abra o pacote
e usufrua o presente. Muitos deixam o embrulho fechado e por isso, o poder de
Deus não é experimentado. A culpa não é da graça, mas do arbítrio humano. E
Deus respeita nosso arbítrio.
Eles tem o
enfoque contrário, neles há um Livre-Arbítrio autêntico, pois a elevação é uma
escolha do indivíduo. No Budismo por exemplo, você não é obrigado a reconhecer
as 4 Nobres Verdades e seguir a Senda Óctupla se não quiser. Pode muito bem
continuar sua vida como bem entender, reencarnando incessantemente e resgatando
karmas, passará por muito sofrimento, podendo passar até pelos infernos, mas é
bem melhor do que ir para O Inferno pregado pelo Cristianismo.
O
livre-arbítrio é valorizado na Bíblia. Deus mostra Seus caminhos, o homem
escolhe segui-los. Não há predestinação. O que Deus faz é avisar das
conseqüências em se desviar de Seus caminhos (ver Deuteronômio 30: 15 a 20; I
Reis 18:21). Precisamos encarar a realidade da vida. A Bíblia não admite
reencarnação. Só temos uma encarnação, uma única vida na qual devemos fazer
escolhas acertadas. Depois da morte o que vem é o juízo (Hebreus 9:27). A
doutrina budista ou qualquer outra de cunho oriental é ilógica e destrói a
personalidade humana ao imergir o homem em sucessivas e infindáveis
reencarnações. Pura abstração. A reencarnação agrada muito bem aos preguiçosos
(usando sua expressão), pois acham que terão muitas chances para refazerem em
outra vida os erros que cometeram numa anterior (mesmo que se realize em
infinitos ciclos). Isto lança o homem numa condição de comodidade, bem
diferente da Bíblia que adverte a não perdermos tempo, a sermos sóbriose
a trabalharmos por nossa redenção.
O
Cristianismo da Bíblia não prega a existência de um inferno de fogo, onde as
almas dos ímpios serão atormentadas pelos séculos intérminos da eternidade.
Esta doutrina horrenda entrou no cristianismo quando se aceitou a crença de uma
alma imortal. Ela ainda subsiste em muitos credos da cristandade. A palavra inferno,
na Bíblia, refere-se não a um lugar de tormento, mas à sepultura ou à condição
final de aniquilamento no Juízo. É só estudar as línguas originais para se
perceber o significado do vocábulo.A teoria da imortalidade da alma foi
uma das falsidades que Roma tomou emprestadas do paganismo, incorporando-as à
religião da cristandade. Quão repugnante a todo sentimento de amor e
misericórdia, e mesmo ao nosso senso de justiça, é a doutrina de que os ímpios
mortos são atormentados com fogo e enxofre num inferno eternamente a arder; que
pelos pecados de uma breve vida terrestre sofrerão tortura enquanto Deus
existir! Contudo, esta doutrina tem sido largamente ensinada. Está além do
poder do espírito humano avaliar o mal que tem sido feito pela heresia do
tormento eterno. A religião da Bíblia, repleta de amor e bondade, e abundante
de misericórdia, é obscurecida pela superstição e revestida de terror. Ao
considerarmos em que cores falsas têm sido mostrado o caráter de Deus,
supreender-nos-emos de que o Criador seja receado, temido e mesmo odiado? As
opiniões aterrorizadoras acerca de Deus, que pelos ensinos do púlpito são
espalhadas pelo mundo, têm feito milhares, e mesmo milhões de céticos e
incrédulos. Contudo, numerosa classe, para a qual a doutrina do tormento eterno
é revoltante, é levada ao erro oposto. Vêem que as Escrituras representam a
Deus como um ser de amor e compaixão, e não podem crer que Ele executará
justiça sobre o mundo. O pecador pode viver em prazeres egoístas, desatendendo
aos preceitos de Deus, e não obstante esperar ser, ao final, recebido em Seu
favor. Esta doutrina, admitindo a misericórdia de Deus, mas passando por alto
Sua justiça, agrada ao coração carnal, e torna audazes os ímpios em sua
iniqüidade. Diz o salmo 6:12: Se o homem se não converter, Deus afiará a
Sua espada: já tem armado o Seu arco, e está aparelhado. Não é porque
Deus é amor que não executará juízo sobre o mundo. Ele é longânimo, mas dá o
aviso de que tem determinado um dia em que COM JUSTIÇA há de julgar o
mundo. ... - Atos 17:31. Visto como se não executa LOGOo
juízo sobre a má obra, por isso o coração dos filhos dos homens está
inteiramente disposto para praticar o mal. - Eclesiastes 8:11. Mas o
juízo virá, creiamos ou não. E não é uma crença mítica.
A condição fica clara,
se você quiser transcender a roda do sofrimento, segue a receita de Buda, se
não, não segue, mas arcará com consequência pelo tempo em que mantiver sua
decisão. De qualquer modo é reversível. Um dos grandes males da doutrina
cristã, para mim, é que ela empurra um situação irreversível. Isso pode ser
útil para mentes mais impressionáveis ou mais fracas, mas é uma agressão às
mentes mais sensíveis e mais esclarecidas.
A
doutrina cristã tem impressionado mentes sensíveis e esclarecidas, como também
mudado a direção de mentes embotadas. Se por mentes esclarecidas você quer
dizer os sábios deste mundo, os intelectuais e refinadosà vista dos
homens, eu concordo com você de que o cristianismo assusta tais pessoas. Muitos
rejeitam a Deus com um sorriso. O cristianismo é comparado a uma porta estreita
(ver Mateus 7:13 e 14) e são poucos que têm disposição para percorrer o
caminho. Entre estes estão muitas mentes sensíveis e esclarecidas,
homens bons e morais que escolhem seu próprio método de salvação.
Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundiras
sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes;
e Deus escolheu as coisas vis deste mundo , e as desprezíveis, e as que não
são, para aniquilar as que são; para que nenhuma carne se glorie perante
Ele. - I aos Coríntios 1:27, 28 e 29. A mensagem cristã não agrada ao
coração humano não regenerado. Haverá sempre uma inimizade entre Deus e o homem
em razão do pecado. Esta inimizade unicamente a graça é capaz de romper.
Essa evolução
espiritual a que você se refere tem a vantagem de conferir maior liberdade
ao Ser Humano, os preceitos morais e éticos são claros, todas essas religiões
condenam a violência, a ganância, a maldade e etc. mas não exigem condutas
discutíveis como renegar totalmente as outras crenças, seguir normas
sócio-morais que só fazem sentido num contexto isolado no Espaço-Tempo, ou
inibir uma série de possibilidades culturais humana
O
que vemos não é um processo de evolução, mas de involução.O cristianismo
não renega todas asoutras crenças, mas rejeita métodos humanos de
salvação. Confúcio, Buda,Zoroastro ou qualquer outro grande ensinador da
humanidade elaboraram apenasensinamentos morais, válidos, bonitos, úteis.
Mas não trataram do dilema da existência humana. Cristo foi além das aparências
e focalizou o problema humano: separação de Deus.O cristianismo, além de
condenar a maldade, apresenta sua origem e solução final; vai além da ética e
da moral para centrar-se emquestões existenciais. A divergência entre o
cristianismo e as demais religiões está na questão da verdade final sobre Deus,
da condição humana e da solução para o nosso dilema. O cristianismo responde
bem estas questões, enquanto as demais religiões deixam
lacunasconsideráveis em suas respostas. Pornão apresentarem uma
resposta satisfatória e pessoais, eu as rejeito como expressões da verdade
divina.Claro,seus ensinamentos éticos não devemser de todo
descartados, sendo que muitos deles estão em harmonia com a pregação cristã e
até melhor elaborados. Só queo anseio existencialhumano não é por
ética ou moral: é por relacionamento. E este anseio o cristianismo satisfaz.
Hoje
a Verdade está sendo muito discutida. O pensamento pós-moderno rejeita as
metanarrativas. É uma questão de relatividade, sem regras que nos guiem em
nossa busca para entender a realidade e a verdade. A moralidade é
substituída pelo relativismo. A realidade em si se torna uma construção social.
... (Veith, 1994). Michael Foucault, pós-modernista, pergunta
não o que é a verdade? mas como ela é criada? Nesse
sentido ele diz que a verdade é uma construção baseada no conhecimento,
subjetividade e poder. Estes três são chamados de tecnologias da
verdade. A verdade, então, é construída através do controle de discursos
diretos (Simola, Heikkinen e Silvonen, 1998). Em resposta a Foucault, Fidelibus
opõe-se a esta posição declarando que temos uma receita para o desastre
potencial quando a 'verdade' se torna uma multiplicidade de 'verdades'
socialmente construídas e os indivíduos se tornam anônimos dentro dos grupos
sociais que o definem, e neste momento pode parecer superficialmente imparcial
e tolerante exteriormente... sua negação do indivíduo e fascinação com o poder,
'contém' os ingredientes da manipulação... (Fidelibus, 1996). Esta, no
entanto, não é a única visão evangélica da questão. ...A crítica mais
comum dos pós-modernistas é que os 'cristãos pensam que têm a verdade única'.
As afirmações do cristianismo não são negadas; são rejeitadas porque pretendem
ser verdade' (Veith, 1994). Os cristãos rejeitam as afirmações
pós-modernistas de que não há verdade ou metanarrativas na qual podemos
construir nossa fé. Ao mesmo tempo, com Deus fora de cena, os humanos
surgem como os criadores últimos da realidade (Marsden, 1997). Em
resposta ao pós-modernismo, não ousamos acolher as afirmações modernistas para
sermos capazes de encontrar a verdade última através de esforços humanos. Os
cristãos reconhecem que desde a Queda têm havido limitações para a razão
humana. Os pós-modernistas estão corretos ao afirmarem que o conhecimento
objetivo que os seres humanos podem alcançar não é a única forma de
conhecimento. Em suma, o pós-modernismo adota uma visão de realidade que não
admite verdades, que relativiza a moralidade, e iguala todas as religiões. Os
cristãos rejeitam essa forma de relativismo evangélico. Por outro lado, o
pós-modernismo abre o caminho para que os cristãos tomem parte de discussões de
diferentes áreas do conhecimento. O pós-modernismo adota um construtivismo
radical que rejeita mesmo a sugestão da existência de verdades fundamentais. Os
cristãos sustentam um construtivismo que encoraja as pessoas a adotarem a fé
pela construção de sua própria crença baseada nos princípios bíblicos. O
modernismo apresentou uma posição difícil par os cristãos por causa de sua
insistência em dizer que a ciência e a objetividade poderiam prover respostas a
todas as questões. Recusando a reconhecer a existência de Deus e Sua parte
ativa na criação e sustentação da Terra, o modernismo limitou possíveis
respostas às questões. O pós-modernismo abre o caminho para perspectivas
múltiplas sobre o mundo e a vida devido à ênfase que dá à subjetividade. Mas
firmando-se na subjetividade, o pós-modernismo relativiza a verdade e a
realidade de um modo que limita a crença num Deus particular, ou num conjunto
de verdades. Isto questiona a existência dos fatos, demandando deles posições
pragmáticas mantidas convenientemente para objetivos práticos.
A
Bíblia não é um recurso exaustivo da verdade. Muitas verdades existem fora da
Bíblia, mas é importante notar que nenhuma verdade existe fora da estrutura
metafísica da Bíblia. A autoridade de ensino da Escritura, escreveu
Arthur Holmes, compromete o crente em certos pontos focais e então provê
uma estutura interpretativa, um lampejo geral sobre como tudo se relaciona com
Deus. A revelação especial não é o conhecimento completo, mas não pode
ser por demais enfatizado que ela fornece o padrão para toda a verdade. A
verdade não está em conflito, mesmo que pareça estar, dado o presente estado
incompleto do conhecimento humano. A Bíblia provê uma estrutura de referência
pela qual indivíduos podem guiar e corrigir seus julgamentos. A revelação,
vista desta perspectiva, não elimina a razão e o entendimento humano. Sua
função é guiar e dar propósito, sentido e direção à atividade e ao pensamento
humano. A ciência está sempre a descobrir novas maravilhas; mas nada traz de
suas pesquisas que, CORRETAMENTE COMPREENDIDO, esteja em conflito com a
revelação divina.
Quando a Bíbliaregistrou que nunca homem algum falou assim como
este homem (João 7:46), queria inferir que Jesusconcentrava em Sua
mente a essência de todas as verdades e as relacionava perfeitamente.Isto
seria verdade em relação a Cristo, tivesse Ele falado apenas sobre o mundo
físico e intelectual, ou meramente em assuntos teóricos e especulativos.
Poderia Ele ter revelado mistérios que requereriam séculos de trabalho e estudo
para serem penetrados. Poderia ter feitosugestões nos ramos científicos,
as quais até o final do tempo proporcionariam nutrição ao pensamento, e
estímulo às invenções. Mas Ele não fez isto. Nada disse para satisfazer a
curiosidade, ou estimular ambição egoísta. Não tratou de teorias abstratas, mas
do que é essencial ao desenvolvimento do caráter, e daquilo que alarga a
capacidade do homem para conhecer a Deus e aumenta seu poder para fazer o bem.
Falou daquelas verdades que se referem à conduta da vida, e que unem o homem
com a eternidade.Educação, pág. 81.
Acredito que a realidade última é
achada fora do Universo e não dentro de sua unidade estrutural e funcional.
Isto não quer dizer que não podemos apreender alguns elementos da verdade do
uso de nossas faculdades racionais. Podemos obter algum conhecimento. Contudo,
conhecimento não é algo que criamos mas algo que descobrimos. Esse conhecimento
é fragmentado. A fim de que seja realmente significativo, tem de ser posto
dentro de um sistema de coordenadas maior, provido pela verdade última. Essa
perspectiva nos é inacessível porque requer que transcendamos o Universo. Isso
é simplesmente impossível. Mas a verdade desceu até nós, entrou em nosso mundo
na forma de uma Pessoa e disse: Eu sou... a Verdade. Sou o único
capaz de integrar tudo dentro de um todo significativo.
Esta afirmação de Jesus era um golpe penetrante ao que os
gregos chamavam de AUTÁRKEIA ou suficiência própria. Eles criam que a verdade
era a manifestação da eterna, imóvel e imutável essência das coisas e que os
homens podiam descobri-la mediante análise racional. A verdade última era
localizada no mundo imaterial de idéias, que era formado por abstrações
racionais da mente humana. Em oposição a isto Jesus proclamou que a verdade
está além do alcance da mente humana por si só; é uma revelação.A
suficiência dos gregos, representantes da razão, contaminou seu espírito e
limitou seu pensamento. Esta suficiência própria atingiu o pensamento moderno e
deixou a ainda necessária razão do homem confusa, egoísta, distorcida. Diria
também, até certo grau, maléfica.
A natureza transcendente da verdade
põe limite ao nosso orgulho e tende a nos deixar incomodados. O que mantém o
Universo coerente é uma Pessoa - não uma lei, não um princípio, não uma simples
força ou energia. Assim, a verdade como Pessoa significa que a verdade é
racional e inteligível.
Boas-novas pra toda a humanidade: A realidade última não é
mais exclusivamente transcendental porque Ele esteve e está entre nós. A
Verdade morreu a fim de preservar em vida os fenômenos, o mundo criado. Aquele
que mantém o Universo coerente morreu, e não obstante o Universo não entrou em
colapso e não morreu com Ele! A verdade como Pessoa revela ademais a realidade
sublime que no centro mesmo do Ser divino só podemos achar mesmo amor, amor
desinteressado:O concerto de misericórdia fora feito antes da fundação
do mundo. Existiu por toda a eternidade, e é chamado concerto eterno. Tão certo
como nunca houve um tempo em que Deus não existisse, nunca houve também um
momento em que não fosse o deleite da Mente Eterna manifestar Sua graça à
humanidade - Ellen G. White. Ver IPedro 1:18 a 20;
Apocalipse 13:8
Visto como Jesus é a verdade, devemos nos relacionar com Ele
não em termos de objetividade científica, mas em termos de um relacionamento
Eu-Tu. Se a verdade, segundo o posicionamento bíblico é Cristo, a
mentira consiste na crença de que podemos achar nosso caminho no Universo, que
podemos descobrir significado permanente para nossas vidas mediante pesquisa
científica, tecnológica ou filosófica. Sei que nem eu nem você buscamos
SIGNIFICADO nas teorias nem nas pesquisas, apesar de reconhecermos a utilidade
delas no esclarecimento de nossa razão.
Toda compartimentalização da verdade em termos de ética e
religião, ciência e fé, é uma rejeição do fato de que a verdade é uma Pessoa e
de que é Ele que integra todo conhecimento numa só totalidade significativa. A
história do pensamento humano indica que somos por natureza pesquisadores.
Sondamos a vastidão do Universo, a profundidade dos oceanos. Procuramos também
penetrar no microcosmo. Exploramos todos os domínios do conhecimento, mas ainda
permanecemos como crianças a catar conchas na praia, tendo a nossa frente um
oceano de inexplicabilidade: Pudessem os homens enxergar um momento
para além do horizonte da visão finita, pudessem ter um vislumbre do Eterno, e
toda boca se calaria com seu orgulho. Finitos são os homens que vivem neste
pequenino átomo de mundo. Deus tem inumeráveis mundos obedientes a Suas leis e
dirigidos para Sua glória. Quando os homens avançarem em suas pesquisas
científicas atéaonde lhes permitam as limitadas faculdades, existe ainda
para além uma infinidade que lhes escapa à apreensão. - Ellen G. White.
Realmente a razão é algo maravilhoso e uma extensão da Razão
Maior. Porém, a ligação entre ambas as razões foi quebrada e uma teria de tomar
a iniciativa para unir os elos rompidos. Por isso Cristo, queé Deus,
desceu. Sendo assim, nossa busca da verdade última findou. Não quero dizer que
daqui pra frente não há mais nada a pensar. Somos ainda desafiados a buscar uma
compreensão mais profunda da verdade, a explorar suas formas ricas e complexas;
mas a busca de sua essência findou. Findou porque Ele veio a nós e disse:
Eu sou a Verdade. Incomensurável é a verdade em Cristo e mediante
Cristo. O estudante da Escritura, por assim dizer, contempla uma fonte que se
aprofunda e amplia à medida que mira sua profundeza. ... A verdade, como é em
Jesus, pode ser experimentada, mas nunca explicada. Sua altura, largura e
profundidade ultrapassam nosso entendimento. Podemos exercitar ao máximo a
imaginação, e veremos então só tenuemente o esboço de um amor inexplicável, tão
alto quanto o Céu, mas que baixou à Terra para gravar em toda a humanidade a
imagem de Deus.
A visão difusa do homem na
suabusca pelo transcendente, não permite que ele veja o Universo perfeito
revelado por Deus. Os fatos parecem lhe falar com uma língua bifurcada e,
querendo ou não, há a necessidade de a razão humana ser iluminada por uma
agência externa, para que possa compreender a existência na qual
estáinserida.
Reconheço que vivemos na era dos grandes
porquês, tanto na esfera pessoal (eu mesmo tenho questões pessoais profundas
fervilhando dentro de mim. Você também deve ter) quanto no contexto da
civilização humana. Aí estão os psicólogos, filósofos, cientistas e teólogos
trabalhando estes questionamentos. Vivemos na época das investigações sobre
Deus, o sentido da existência, a moral e destino final nosso e do Universo.
Pessoas correm loucamente de filosofia para filosofia, de credo para credo, na
tentativa de encontrar respostas. Só há quatro portas por onde possam passar: a
porta da razão e pesquisa, a porta do misticismo, a porta da revelação bíblica,
ou a porta do desespero, existencialismo e incredulidade. Interessante notar
que Jesus Se auto-proclamou: Eu sou a Porta (João 10:9). DEle
promanam as respostas sejam científicas, filosóficas, materiais ou espirituais;
respostas que vêm se manifestando, no passar dos séculos, à razão do homem.
Como asseverou conhecida escritora religiosa: No Mestre enviado de Deus,
o Céu deu aos homens o que de melhor e maior possuía. Aquele que tomara parte
nos conselhos do Altíssimo, que habitara no íntimo do santuário do Eterno, foi
o escolhido para, em pessoa, revelar à humanidade o conhecimento de Deus.
Todo raio
de luz divina quejá atingiu o nosso mundo decaído, foi comunicado por
meio de Cristo. (...)Toda a excelência manifestada nas maiores e mais
nobres almas da Terra, era reflexo dEle.
Podemos
delinear a série dos ensinadores do mundo, no passado, até ao ponto a que
atingem os registros da História; a luz, porém, existiu antes deles. ... Os
grandes pensadores do mundo, tanto quanto são verdadeiros os seus ensinos,
refletem os raios do Sol da Justiça. Cada raio de pensamento, cada lampejo do
intelecto, procede daLuz do mundo. - Educação,pp 13 e 14.
A sede humana de conhecimento e
espiritualidade é grande e, na tentativa de satisfazê-la, o homem tem de optar
por um referencial. Na verdade o homem escolhe seu caminho para chegar à
Divindade, baseado no tipo de Deus que ele quer ter. Deus está sendo formado à
imagem do homem, nesta era pós-moderna. Acredito que todos os caminhos são uma
expressão desta sede, mas só a revelação verdadeira de quem é Deus finalizará
nossa sequidão espiritual. Todas as fontes, tenham elas seu fundamento na
ciência, na filosofia, na antroposofia ou na teologia secar-se-ão e deixarão de
saciar o ser humano. Mas a Água da Vida é a única a criar em nós uma fonte
perene que salte para a vida eterna. Muitos caminhos são-nos apresentados, mas
unicamente um nos trará de volta a eternidade. Escolhi o referencial bíblico
para chegar à Fonte de Água Viva, porque os outros me deixaram com a sensação
de sede.
A não ser em casos
extremos, sempre serei contra esse posicionamento maniqueísta, que nega a
possibilidade de harmonia e prega esse conceito temível, a Exclusão. Há sim
meios de conciliar os dois sistemas, mas para isso é preciso alguma
flexibilidade, que só não é possível quando se assume uma postura
fundamentalista.
Maniqueísmo diz respeito a um dualismo eterno entre o bem e o mal. A posição
cristã não é maniqueísta.Flexibilidade em termos de religião é sinônimo
de rejeição de doutrina. O cristianismo diz que Deus é um ser pessoal,
auto-existente e que não pode ser confundido com Sua criação; o panteísmo
defende o contrário: Deus éuma essência que impregna todo o Universo,
umser que Se confunde com Sua criação.Isto destróiSua
pessoalidade e personalidade divina. Como harmonizar os dois sistemas? O
resultado pode ser uma forma híbrida de doutrina, totalmente absurda.Se a
postura fundamentalista que você menciona significa aceitar as doutrinas
cardeais do cristianismo, então é óbvio que o cristianismo não cederá. Por
isso, a exclusão entre os dois sistemas é real e forte.
Entretanto minha
preferência pela Evolução como explicação para a origem e desenvolvimento das
espécies passa longe disso. Claro que noutro sentido ela elimina a
ação direta de um Deus pessoal no mundo. Mas por que isso me seria
agradável?
O
relacionamento entre sua espiritualidade evolutiva e sua crença
científica na evoluçãome parece ter conexões sutis. Já leu
A Gênese, de Allan Kardec?Ali a evolução biológicae a
religião kardecista estão bem relacionadas. Por que é agradável a você?
Sonde-se e responda você mesmo.
Eu adoraria que houvesse
um Ser Pessoal interferindo no mundo desde que este Ser fosse dotado de
atributos de Inteligência e Sensibilidade elevadíssimos, e de justiça
incondicional. O Deus Cristão passa longe disso, não consigo imaginar ser mais
injusto.
Porque assim diz o Alto e o Sublime, que habita na eternidade, e cujo
nome é santo: Num alto e santo lugar habito, e também com o contrito e abatido
de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos, e para vivificar o coração
dos contritos. - Isaías 57:15. Buscar-Me-eis e Me achareis, quando
Me buscardes de todo o vosso coração. Serei achado de vós, diz o Senhor.
... - Jeremias 29:12 e 13.
Não
consigo imaginar declaração mais injustano tocante ao Deus cristão. Sei
que esta posição sua decorre da leitura de certos textos bíblicos,
principalmente do Antigo Testamento.Acredito que sua visão do Deus
bíblico é que se tornou injusta. Dê uma olhada nestes versos: Êxodo 34:6 e 7;
Jó 34:10;Salmo 97:2; Jeremias 29:11; Oséias 11:1 e 4. Sua preocupação
quanto à justiça e sensibilidade de Deus não é nova. Os próprios profetas
questionaram o Senhor. Dê uma lida noprimeiro capítulo do livro de
Habacuque e verá o desabafo do profeta. Da mesma forma Jó, no capítulo 21,
esboça sua preocupação. Os momentos em que Deus Se cala são oportunidades para
se aprender grandes lições.Faço-lhe a mesma pergunta feita pelo profeta:
Que pensais vós contra o Senhor?
Deus
nos ligou a Si por inúmeras provas no Céu e na Terra. Pelas obras da Natureza, pelos
mais profundos e ternos laços terrestres que o coração humano pode imaginar,
Ele procurou revelar-Se a nós. No entanto, essas coisas só representam de modo
muito imperfeito Seu amor. Apesar de todas essas provas, o inimigo do bem cegou
o entendimento dos homens, de maneira que foram levados a olhar a Deus com
medo, considerando-O severo e inflexível. Levou as pessoas a imaginar Deus como
um Ser, cujo principal atributo fosse a justiça sem misericórdia, um rigoroso
juiz, um credor exigente e cruel. Retratou o Criador como alguém que fica
espreitando desconfiado, procurando sempre descobrir os erros e pecados dos
homens, para castigá-los com seus juízos. Foi para apagar essa negra sombra,
revelando ao mundo o infinito amor de Deus, que Jesus veio viver entre os seres
humanos. O Pai nos ama, não por causa do grande sacrifício, mas em razão do Seu
amor é que proveu o grande sacrifício. Cristo foi o meio pelo qual Ele pôde
derramar sobre um mundo caído o Seu amor infinito. Um dos nomes de Cristo, Emanuel,
quer dizer Deus conosco (Mateus 1:23).
Como achar justo um ser
que ignora por completo toda uma conduta louvável e honrada de um Ser Humano e
o atira ao Inferno simplesmente porque ele se recusou a crer numa estória
incrível?
Só
se for na sua cabeça. Deus não despreza o valor humano: Farei com
queum homem seja mais raro do que o ouro puro. ... - Isaías 13:12.
Olhai para as aves do céu. ... Não tendes vós muito mais valor do que
elas? -Mateus 6:26.Deus tem critérios perfeitamente justos de
salvação. Analise na Bíblia o caso de Raabe, de Cornélio, de Rute e Noemi, da
mulher samaritanae de outras figuras bíblicas que não pertenceram ao povo
de Deus e verá que Deus não é exclusivista. A salvação ou perdição do homem
depende dele quando aceita ou rejeita a Deus. Deus não salvará pessoas que não
querem. A história humana ainda não terminou e o conflito a respeito do caráter
de Deus também não. Aguardemos o futuro.
Voltando ao quesito
Evolução. Peço que não misture as coisas por favor. Sei que isso é uma
estratégia favorita dos Criacionistas, que você irá repetir mais abaixo. Mas eu
não creio na Evolução por nenhum motivo que não o dados da Ciência Empírica.
Não
se trata de misturar as coisas. Nossos diálogos entram por muitas avenidas.
Crer na evolução por dados empíricos da ciência é uma afirmação sem fundamentos
concretos. Onde estão os dados da ciência empírica? Acho que vocêfoi
infeliz nesta expressão. Seriamelhor se tivesse usado evidências baseadas
em interpretaçõesnaturalistas.
Na verdade, noutro
sentido, a Evolução é lamentável. São os mecanismos de Seleção Natural,
de sobrevivência do mais forte, o impulso pela disseminação da espécie, que em
suas formas humanizadas, promovem tudo aquilo que consideramos como
desastroso e lamentável no mundo.
Realmente lamentável. A seleção, que não é tãonatural, é fruto do egoísmo
humano.
Se nos matamos em
guerras, se há crimes, violência, estupros, escravidão e etc. Não tenha a menor
dúvida de que tudo isso é a herança de nossa bagagem natural evolutiva. Os
mecanismos instintivos dos quais somos dotados nos serviram para nos trazer
como espécie aonde nós estamos, mas em sua forma natural em nosso âmbito
humano, só atrapalham.
Bagagem naturale volutiva? Isto transparece Sociobiologia e reducionismo
genético disfarçados.Chama isso de evolução?????????Não seria
decadência moral, degradação?. Você está querendo justificar a maldade humana?
Em termos biológicos, o mecanismo da seleção natural não dá conta do recado e
nem explica satisfatoriamente a vida complexa sobre a Terra. Mas isto é outro
assunto.
Por isso precisamos
abraçar nossa característica Humana em toda a sua plenitude, para superar esses
impulsos bestiais e nos aperfeiçoarmos. Porém temos muitos obstáculos.
Precisamos mesmo é abraçar a solução que o Deus bíblico nos propõe:
arrependimento e transformação mediante Sua graça. A humanidade, de si mesma,
nada pode fazer para aperfeiçoar-se em termos morais e espirituais. A idéia de
que basta desenvolver o bem natural que existe no interior humano é um erro
fatal. É preciso um poder que possa agir interiormente e conceda uma nova vida
que venha do alto, antes que o homem possa substituir o pecado pela retidão. O
homem sempre falhará se quiser depender de si mesmo para erguer-se moral e espiritualmente.
A religião, em especial
as Monoteístas, são um obstáculo terrível a esse aperfeiçoamento, pois elas
mascaram esses males. Os violentos impulsos naturais que trazemos em nossa
bagagem hereditária são disfarçados de Pecado Original, ação de demônios,
maledicências e etc. Impedindo um autêntico diagnóstico do problema e nos
fazendo lutar contra seres invisíveis e externos a nós mesmos, quando
deveríamos fazer o contrário. Trazer a luta para nosso interior, assumir a
responsabilidade por ela e arcar com as consequências, sem esperar a ajuda de
um Ser superior qualquer.
Existem inúmeros psicólogos cristãos e nenhum deles comunga de seu
pensamento.Querer negar a interferência de Deus na vida pessoal é negar a
doutrina cristã. Como águas profundas são os propósitos do coração do
homem, mas o homem de inteligência os tirará para fora. - Provérbios
23:5. Isto é psicanálise, bem muito antes de Freud. O monoteísmo bíblico não se
constitui obstáculo nenhum ao desenvolvimento pessoal. Isto é delírio
filosófico seu. Eu vim para que tenham vida e a tenham em
abundância. - São João 10:10. Numa última instância, o problema humano é
sobrenatural e espiritual. Confiar somente em métodos humanos de regeneração,
não levará o homem muito adiante. Também desprezá-los não é o caminho. Devemos
colocar as coisas no seu devido lugar. Mesmo que os homens não saibam, Deus age
na Sua consciência (Isaías 45:1 a 4)e as mudanças muitas vezes atribuídas
à psicologia ou a outro fator devem-seà atuação divina na mente através
destas agências. O conhecimento a respeito da nossa condição e problemas
humanosmuitos têm, mas onde procuram eles a força capaz de erguê-los
acima dos problemas?
Bem, se há idéia remotas
de um antigo paganismo incorporadas numa era de Ciência, pode apostar que a
Evolução não é uma delas. Esse conceito é uma das poucas coisas relativamente
novas no histórico da Humanidade. Nenhuma religião jamais mencionou algo
parecido antes do Evolucionismo Biológico surgir. O Kardecismo por exemplo é
posterior as Teorias da Evolução.
O
evolucionismo sistemático e codificado ganhou força com Darwin, mas o
naturalismo já era idéia entrealguns filósofos gregos da antigüidade. A
idéia da evolução não é nova, seja ela mecanicista ou teísta. O Hinduísmo, por
exemplo,nada mais é do que evolução, com suas pressuposições de um
Universo cíclico.
Na antiguidade, tanto no
Ocidente, no Orfismo ou Druidismo, quanto no Oriente, Hinduísmo ou Budismo,
apesar do conceito constante da reencarnação, da expiação de atos de vidas
anteriores, não há uma noção clara de Evolução.
Mas
há uma fluida idéia que iria se desenvolver nos séculos subseqüentes.
Essa idéia de que
através das existências iremos evoluiondo e nos aperfeiçoando irreversívelmente
até atingir um estágio divino, é contemporânea. É Kardecismo, Racionalismo, e
demais reinterpretações de religiões antigas, que só vieram a se disseminar
após o conceito Evolucionista começar a se espalhar.
Mas
sempre existiram de maneira clara ou não, em confronto ao pensamento
judaico-cristão. O Espiritismo Kardecista não éposterior à publicação de
Origem das Espécies. Pode-se rastrear a moderna origem do
Espiritualismo até 1848, quando as irmãs Fox, em Hydesville, Nova Iorque,começaram
a perceber pancadas misteriosas na casa. Na casa da família
metodista de Joh D. Fox, ouviam-se com freqüência fortes pancadas nas paredes e
no teto do quarto das meninas Katherine e Margarethe. A primeira, aos nove anos
de idade, resolveu desafiar o invisível ao reproduzir as pancadas que ela mesma
daria. A prontidão das respostas - vindas de um suposto espírito de um homem
que teria sido assassinado naquela casa - marcou o início da comunicação
moderna com os mortos. O espiritismo como doutrina surgiu a partir da
publicação, na França, de Le livre des Esprites (1857; O Livro dos
Espíritos), de Allan Kardec, pseudônimo do professor Hippolyte Léon Denizard
Rivail. Considerado a obra básica do espiritismo, o livro de Kardec codifica a
doutrina espírita.A publicação do livro de Darwin deu-se em 1859.
Portanto, espiritismo e darwinismo são praticamente contemporâneos. São irmãos
gêmeos: um apresenta a face da evolução espiritual; o outro defende
a evolução biológica.Enfatizam aspectos diferentes, mas são farinha
ideológicado mesmo saco, ou seja, atribuem a progressãodo
homem, seja no sentido biológico ou espiritual, a leis evolucionárias, negando
assima interferência de um Deus pessoal.
Não foi então o
paganismo, idéias remotas ou filosofias humanistas que trouxeram a tona a
questão da Evolução. Foi o inverso.
Discordo. Muito antes da teoria evolucionista se firmar, já existiam
antecedentes religiosos e naturalistas que prepararam o caminho para sua mais
ampla aceitação. Mitos que não admitiam um Deus pessoal mencionam um Universo
que é criado e destruído, em um ciclo que se repete para sempre. Isto é
evolucionismo.
É como eu disse, não se
pode por na mesa uma prova para o que quer que seja. Eu não posso jogar na sua
frente uma prova indiscutível sequer de que existem as muralhas da
China. Se é isso que você quer da Evolução, esqueça. E o mesmo se aplica a
Criação.
Muito bem. Mesmo que não me jogue na frente as provas da existência das
Muralhas da China, sei que elas existem. Posso verificar isso. Mas como provar
cientificamentea ancestralidade comum entre todos osseres vivos?
Pelo menos a Criação é honesta em admitir que não há provas, mas evidências. A
Evolução deveria ter uma atitude mais humilde, a fim de não criar situação embaraçosa
para si mesma.
Quanto a Fatos? Aí
depende do que você entende por Fatos.
Entendo por fatos a verdade palpável e demonstrável. Algo de que não se pode
duvidar. A Evolução não tem fatos, mas conjecturas.
Eu admito a
impossibilidade de se apresentar uma prova indiscutível, mas há sim elementos
para corrobrar a Evolução. O motivo, volto a repetir, é que ela é não só A
Melhor Explicação, mas na realidade a Única Aceitável.
O motivo disso é um
preceito clássico em ciências, A Navalha de Occam. O modelo Evolucionista
necessita de um número muito menor de hipóteses, ou de hipóteses bem menos
fantásticas como milagres divinos.
Como
há interpretações para aparentemente sustentar a Evolução, existem
explicações convincentes para a Criação. A evolução é a única teoria aceitável
para mente naturalistas.Nem todos os cientistas estão convictos e mesmo
os evolucionistas têm apresentado sérias implicações à evolução.O modelo
evolucionista apresenta lacunas consideráveis. A Seleção Natural e as
Mutaçõesnão respondem totalmente quanto aosurgimento de espécies. O
modelo criacionista encaixa-se melhor nos dados da natureza. Quando nenhum
modelo pode ser provado, a decisão entre os dois não pode ser objetiva.
Normalmente, o modelo que é capaz de correlacionar o maior número de dados e
apresentar o menor número de dados contraditórios e não solucionados será
aceito como o modelo mais provavelmente correto. O modelo evolucionista
necessita de embasamento científico. Segundo a Enciclopédia Barsa, nossa
correspondente brasileira da respeitável Enciclopédia Britânica, a teoria
da evolução constitui, desde os primeiros momentos de sua gênese, uma candente
fonte de controvérsia, não somente no campo científico, como também na
área ideológica e religiosa (Macropédia, vol. 6). E continuará assim...
Peço que separe um pouco
as coisas. Sou apaixonado sim no que se refere as questões filosóficas, na
defesa da Humanidade, na luta contra a Ignorância e na admiração pela Cultura
Humana. Mas no que se refere a defender o modelo Evolucionista é ao Contrário.
Seus
textos falam mais alto que sua justificação. O conteúdo deles é bem
entusiástico e pessoal. Confira de novo antes de dizer que estou misturando as
coisas. Quanto à sua defesa da Humanidade, na luta contra a
ignorância, acho bastante louvável e orecomendo a prosseguir neste
ideal.Sempre.
Suprima suas emoções e
examine os fatos o mais racionalmente possível, tente esquecer as consequências
que isso traria para sua Fé. E Sinto Muito. Não há chance para o ponto de vista
Criacionista.
Conseqüências para a minha fé... Minha fé num Deus Criador continua sólida
como sempre. Bom, meu amigo, sou racional, não racionalista. Há um abismo entre
nossas compreensões do que seja arazão. No tocante ao ponto de vista
criacionista, o que percebo é que cada dia ele cresce mais entre cientistas e
pessoas educadas que não se deixaram infectar pelos miasmas do naturalismo. O
modelo não é tão fraco como se quer crer que seja. O tribunal evolucionista não
conseguirá dar a sentença de condenação ao criacionismo, apesar de inúmeros
advogados e falsas testemunhas levantarem numa atitude condenatória e
irrazoável.
Este é um dos poucos
casos onde números e exemplos se inclinam esmagadoramente favoráveis à
Evolução.
Exemplos esmagadores? A evolução vem perdendo peso.
Há Criacionistas não
Religiosos?
Não
há, mas existem evolucionistas teístas. E daí? Um cientista pode ser um homem
religioso. Preconceito o seu.
Porque TODOS os
Criacionistas são antes de tudo Cristãos Convictos?
Porque acreditam num Deus Criador e estudam a Natureza para descobrirem as
digitais deste Deus no mundo. Existem cientistas que não são criacionistas,
contudo admitem a chamada hipótese teológica. Ser cristão convicto não
é fator que prejudique nenhuma pesquisa científica, como também ser deísta,
panteísta, agnóstico ou ateu não o é. A pesquisa científica deve ser feita com
honestidade. Um cientista, seja qual for a sua postura filosófica, entra
em seu laboratório para fazer ciência. As interpretações metafísicas sobre suas
descobertas pertencem à esfera subjetiva de seu ser. Na opinião de Michael
Behe a comunidade científica inclui muitos cientistas excelentes que
pensam que há alguma coisa além da natureza, e outros tantos que não acham nada
disso. Aliás, cientistas que acreditam em Deus ou numa realidade além da
natureza são muito mais comuns do que a mídia nos leva a crer. Como, então, a
ciência trataria 'oficialmente' a questão da identidade do planejador? Os livros
de bioquímica teriam de ser reescritos com a afirmação explícita de que
'Deus fez isso'? Não. A questão da identidade do planejador será simplesmente
ignorada pela ciência.
Se fosse uma simples
questão de evidências empíricas, porque não há cientistas Criacionistas céticos
com relação a outros aspectos da doutrina? Porque é necessária essa
máscara da religião para se enxergar qualquer viabilidade no
Criacionismo?
Existem pontos no Criacionismo discordantes como os há no Evolucionismo. Mas
são questões que não põem em xeque o modelo bíblico da Criação. O criacionismo
não precisa de máscaras religiosas para se sustentar. O evolucionismo, ao
contrário, apela para o disfarce científico a fim de que suas teses tenham
aparente fundamentação empírica e conseqüente aceitação. Confira o site
sugerido, para se ter uma visão correta do que seja uma Teoria Criacionista.
www.trueorigin.org/creatheory.asp
Também já repeti isso
várias vezes no site. Há evolucionistas de todos os tipos, ateus, agnósticos,
budistas, muçulmanos, judeus, espíritas, cristãos católicos, protestantes e
etc. etc. etc.
Mas Criacionistas? Só há
Cristãos Protestantes! Pelo menos dos ditos Criacionistas
Científicos.
Entreos que crêem
na criação bíblica não se encontram só protestantes. Há católicos e
judeus. Claro, nenhum agnóstico, budista, espírita ou panteísta admitirá o
valor histórico de Gênesis. Como você se enquadra num destes (ou em todos),
também nunca crerá. Não é porque uma diversidade de religiões aceita o
evolucionismo que ele é verdadeiro. A verdade nunca é agradável a uma maioria.
CRIACIONISTAS NÃO TEM
EVIDÊNCIAS!!!
NENHUMA!!!
Ah, não?
Digo sim e isso vale!
Quais são as evidências?! Onde estão as evidências do Dilúvio? Da Criação? Dos
Nefilins? Da Arca de Noé?
Você
está querendo provas ou evidências? Decida-se.Encontrar a Arca
deNoé seria o achado arqueológico mais espetacular da história. Quem
sabe, num futuro próximo... AArqueologia ainda atua. O ato da criação em
si, como um evento miraculoso, é muito difícil de ser avaliado cientificamente,
embora as conseqüências da criação como observadas nas complexidades da
natureza não o sejam. O dilúvio do Gênesis é bem mais analisável nas camadas
geológicas, mas neste ponto ainda estamos tratando com a ciência histórica.
Significa isso que a criação é um conceito irracional?Não. Os dados
concretos da biologia molecular e os aspectos das rochas que indicam rápida
deposição substanciam a racionalidade da criação. Não obstante, algo do
significado da evidência da criação não repousa sobre a observação direta, mas
na falha de alternativascomo a da evolução em prover um mecanismo
plausível. Podemos não nos contentar tanto com a evidência indireta como seria
o caso com a observação direta, mas às vezes isso é tudo quanto temos, e
devemos fazer o melhor com todas as informações disponíveis.Em relação ao
dilúvio, o modelo escriturístico não é somente intrigante; é impressionante, e
não é para débeis mentais. Algumas das evidências do dilúvio empregadas pelos
criacionistas não são mais pertinentes porque foram incorporadas ao
neocatastrofismo. Abundante evidência para atividade subaquática nas camadas
subaquáticas dos continentes é respaldada por grande quantidade de camadas
marinhas, turbiditos e leques submarinos, bem como por uma vigororsa
direcionalidade deposicional exibida pelos sedimentos sobre os continentes.
Essa evidência se ajusta bem a um modelo diluviano. Os depósitos incrivelmente
difusos nas camadas sedimentares da Terra também substanciam um modelo
diluviano. Algumas outras evidências para o dilúviodizem respeito
basicamente a fatores de tempo. O que os dinossauros e outros vertebrados
comeram durante os supostos milhões de anos da época da Formação Morrison e
Conconino, em que plantas aparecem escassamente ou estão ausentes? Isso só pode
ser explicado por separação durante um dilúvio universal.
Ou você irá trazer as
velhas mutretas criacionistas de volta? Tais como Encolhimento do
Sol, Sedimentos Oceânicos, Pó da Lua ou etc?
Mutretas criacionistas. Vocês gostam desses argumentos, não? Poderíamos falar
em mutretas evolucionistas, como a clássica fraude do Homem de Piltdown?
Criacionistas tem sim
pseudo evidências, rechaçadas sonoramente por toda a comunidade cinetífica como
equívocos ou fraudes deliberadas.
É
mesmo? Há algum tempo um cientista calou a ciência moderna através de suas
pesquisas. Seus artigos saíram em várias revistas científicas famosos no mundo
inteiro, como por exemplo a Nature. Elemostrou cientificamente
que a terra foi formada instantaneamente (confirmando a autenticidade de
Gênesis). Até o presente momento, nenhum cientista evolucionista conseguiu
rebater sua tese.O Dr Robert V. Gentry (PHD em partículas físicas) descobriu
uma radiação de polônio 218 primordial em granitos, em todas as partes de nosso
planeta. Todos sabemos que, pela teoria da evolução, as rochas, que são a base
do nosso planeta foram formadas pelo endurecimento do magma por vários milhões
de anos. O Polônio é fugaz, durando apenas alguns minutos, mas o polônio
encontrados nos granitos é primordial. Isso mostra que as rochas
que são abase do nosso planeta foram formadas quase que instantaneamente,
rompendo o princípio uniformitarista, que é a argamassa de toda a teoria da
evolução. A descoberta do Dr. Gentry já foi publicada nas maiores revistas
científicas do mundo, como Science e Naturee estão lá
há bastantes anos sem qualquer refutação.Até hoje sua tese de uma
formação recente para a Terra não foi rechaçada por nenhum geólogo
evolucionista. Se você quiser, visite o site do Dr. Gentry: www.halos.com. Houve uma
tentativa de refutação de sua tese no Talk. Origins Archive, mas que já foi
demolida. Portanto, não me use tal argumentação.
E
tenha cuidado ao afirmar que criacionistas não têm espaço para seus artigos em
revistas científicas conceituadas e que não produzem pesquisa. Se não for muito
trabalho, dê uma olhada neste artigo em inglês. Seria bom reconsiderar o texto
Quem São os Cientistas da Criação?, tão elaborado
pelos céticos da STR e da Darwin Magazine.
www.trueorigin.org/creatpub.asp
Agora se você quiser
afirmar que toda a Comunidade Científica atual está atrelada a uma Conspiração
Anti Criacionista...
A
caça às bruxas já passou. Creio na honestidade científica e no diálogo.
Atualmente, os mecanismos evolutivos parecem ser menos plausíveis do que nunca.
Muitos sistemas biológicos revelam-se demasiado complexos para terem tido uma
origem espontânea através de eventos casuais. Exemplos dignos de nota incluem:
(1)um sistema para síntese de proteína que forneça informações através de
um código genético, e então o decodifique durante a síntese; (2) sistemas
complexos de regulação gênica; (3) sistemas complexos de revisão para correção
de erros ao duplicar o DNA. Todos esses sistemas parecem intrincados e
altamenteprogramados. Não parecem que poderiam ter surgido ao acaso. Não
esperaríamos que um computador pré-programado aparecesse espontaneamente em um
planeta desolado, nem deveríamos esperar a origem espontânea de sistemas
biológicos de retroalimentação. Além da origem, há também a necessidade de
reprodução. Assim, esses computadores devemtambém ter a habilidade de
reproduzir-se em milhares de cópias. A alternativa do criacionismo sugere que
uma variedade de organismos com limitada adaptabilidade foi propositalmente
planejada.
De fato a confusão entre
Evidências, Fatos e Provas é notória. Também discordo com o termo
Provas da Evolução, usados largamente na literatura biológica. Mas
onde você lê provas, entenda evidências. É só uma
questão semântica.
Não
é uma questão semântica. É impropriedade vocabular. Pelo menos a literatura
criacionista nunca usou a expressão provas da criação. Você
discorda, mas a expressão continua lá. Sugira aos autores evolucionistas que
sejam mais comedidos.
Aí nos temos um problema
sério. Pois afirmar isso é ir contra todos os livros de História, Ciência e
Enciclopédias que existem.
Mesmo? Demonstre.
Sem dúvida algumas áreas
seriam pouco afetadas, mas nada que se refira a hereditariedade por exemplo. É
o paradigma evolucionista que permitiu um maior desenvolvimento e entendimento
de como funciona a adaptação dos gafanhotos aos nossos pesticidas por exemplo.
O Projeto Genoma, e todas as pesquisas sobre genética, são completamente
desenvolvidos na estrutura teórica Evolucionista. Não há um só cientista,
pesquisador ou estudioso da área que tenha qualquer dúvida sobre isso.
Adaptação não é evolução biológica. As espécies e seres adaptam-se aos diversos
ambientes, mas continuam sendo o que são. A resistência de bactérias a
antibióticos ou a adaptação de gafanhotos a pesticidas, a exemplo,não
conspira contra o criacionismo. Não há nada como Fixidez Extrema. De acordo com
uma bióloga criacionista, Márcia Oliveira de Paula,doutora em
Microbiologia pela USP se os mecanismos de isolamento tornarem-se cada
vez mais eficientes e o fluxo gênico (intercâmbio gênico através da reprodução)
entre as raças for cada vez menor, elas tenderão a divergir até o ponto em que
a reprodução entre elas se torne impossível. Quando isto ocorrer, o processo de
diversificação tornar-se-á irreversível, não haverá mais troca de genes entre
os dois grupos e estes poderão, agora, ser considerados duas espécies
distintas. Este processo de especiação descrito por Stebbins pode ser
perfeitamente aceito pelos criacionistas. (...) Mudanças nas espécies através
dos tempos são irrefutáveis. Porém, essas mudanças são limitadas. A
possibilidade de mudanças nas espécies não deveria surpreender os
criacionistas. A má compreensão do termo'segundo sua espécie' no livro de
Gênesis levou alguns a pensarem que os animais não podem mudar de maneira
significativa. Porém uma leitura cuidadosa mostra que o texto está afirmando
que Deus criou muitos tipos de organismos em um dia de criação. O termo não diz
nada sobre se eles podem ou não mudar. Ao contrário, o livrode Gênesis
claramente afirma que mudanças iriam acontecer (Gênesis 3:14 e 18). Parece
então lógico aceitar o conceito de que Deus criou os'tipos' básicos de
organismos, originando a grande variedade de vida ao nosso redor, mas ocorreram
mudanças morfológicas limitadas e formação de novas espécies e talvez gêneros.
Estas mudanças podem ter acontecido em tempos relativamente curtos após a
criação.
O que quero é que demonstre a transformação de uma espécie em outra, uma
macro-evolução. Tente. Quanto ao Projeto Genoma, as descobertas da biologia
molecular têm enfatizado a complexidade, o desígnio e o planejamento
inteligente. Já esta sua derradeira declaração de que não há um só
cientista, pesquisador ou estudioso da área que tenha qualquer dúvida sobre
isso, peca por falta de dados estatísticos. O Projeto Genoma Humano
corrobora a idéia de um Planejador, ao contrário do que os evolucionistas
querem crer.
Pergunto pela enésima
vez. Onde estão os Cientistas Criacionistas?
Procure e verá. Estão, como os evolucionistas, fazendo ciência. As questões da
controvérsia sobre as origens são evitadas nos círculos de erudição. Daí o
silêncio público sobre o tema.Há criacionistas atuantes na ciência como o
Dr. William Phillips, laureado com o prêmio Nobel da Física, o Dr. Ariel Roth que
tem sido financiado por agências governamentais dos Estados Unidos (incluindo o
National Institutes of Health e a Nacional Oceanic and Atmosferic
Administration)em suas pesquisas nos diversos ramos da biologia. O
Dr. Ashton é o Diretor de Pesquisa Científica em importante companhia de
alimentos na Austrália e autor de vários livros. É membro do Australian Institute
of Food Science and Technology, e foi eleito fellow do Royal
Australian Chemical Institute, em reconhecimento à sua contribuição na
área de Química na Austrália. Sua formação básica é na área de Química, na
Universidade de Newcastle, onde também conquistou seu PH.D. e foi laureado com
o Institute of Education Research Prize. Todos são criacionistas e
homens de ciência. Procure e encontrará vários criacionistas como professores
nas mais conceituadas universidades do mundo, especialistas nas suas áreas e
crentesna criação de Deus.
E como eu disse antes,
não é uma postura humanista e naturalista que posiciona a Evolução. Antes o
inverso, foi a descoberta da Evolução que deflagrou posicionamentos Humanistas
e Naturalistas.
Não
é isto que nos mostra a história, por trás dos bastidores.
Ou seja, não foi o
Anti-Cristianismo que criou a Evolução. Mas sim a Evolução que
reforçou o Anti-Cristianismo, pois deu mais um motivo para por em
cheque suas premissas mais ortodoxas. É por isso que estamos aqui.
É por isso que os
Criacionistas se sentem ameaçados pela Evolução.
Ela
reforçou, mas não gerou o Anti-Cristianismo. Ao contrário, as
filosofias naturalistas prepararam o caminho para o seu surgimento e aceitação,
e ela, conseqüentemente, tornou-se um forte instrumento de apoio dos inimigos
do cristianismo. Criacionistas não se sentem ameaçados pela evolução. O
contrário é mais provável. Muitos gritos evolucionistas são expressões do seu
receio temeroso quanto à validade do criacionismo. Esta defesa de que o
criacionismo não se sustenta ante os desafios da evolução não procede. Falsa
propaganda. Nos Estados Unidos, os evolucionistas perdem os debates nas
Universidades. Tanto Richard Dawkins quanto Sthephen Jay Gold, expoentes do
evolucionismo moderno,evitam debates públicos. Eu mesmo já presenciei um
aqui em Sergipe, quando um criacionista, geólogo e professor titular da USP
humilhou categoricamente uma competente evolucionista, diretora do
Museu de Arqueologia de Xingó. Estávamos numa visita ao Museu e ela incitou o
debate. Seus argumentos
científicos caíram por terra diante da exposição esclarecedora do Dr.
Maravilhei-me ao ver esta luta de titãs. Mas foi tudo com muito respeito e sem
apelações. Ninguém saiu ferido.
Não tente comparar a
ingênua e embrionária Ciência do século XVIII com a do Século XXI. Claro que há
paralelos, mas a idéia do Flogístico não tem como ser equiparada com a
Evolução. Foi um erro dos cientistas que os próprios cientistas corrigiram.
Eles não lutava contra uma teoria contrária defendida por um Livro
Sagrado, nem servia de epicentro para a ligação de várias áreas do conhecimento
humano.
Espero que os cientistas, no futuro, corrijam a sua concepção evolucionista da
vida, como foi corrigida a teoria do flogístico. A ciência moderna ainda tem
suas limitações e ela não comprovou a evolução; adotou o paradigma como dogma,
sem ao menos apresentar os fatos científicos
para tal. Você acha que a ciência do século XXI é superpoderosa em relação a
decifrar o enigma das origens? No campo experimental tem obtido sucesso, mas a
questão das origens não pertence ao campo experimental. Por isso, a ciência
moderna ainda é embrionária neste particular.
Tente mostrar que a
teoria do Flogístico ou da Geração Espontânea tiveram a mesma influência ou
importância da Evolução! Ou pior, tente mostrar que elas tinham bases tão
sólidas. Elas desmoronaram com simples experiências controladas. Tente fazer o
mesmo com a Evolução.
Foram teorias dominantes. A Teoria da Evolução não passa por análise
laboratorial. É paradigma. As conseqüências dos experimentos é que tentam ser explicadas
pelo evolucionismo. Mostre um experimento evolucionista que suscite provas
concretas e não interpretações. A teoria da evolução foi tão importante que
atrasou o desenvolvimento da ciência por um bom tempo. O trabalho de Mendel, Experimentos
sobre vegetais híbridos foi lido em algumas sessões da Sociedade de
História Natural de Brünn nos meses de fevereiro e março de 1865, e publicado
nas atas da Sociedade do ano seguinte, e distribuído para 134 instituições
científicas (Kruta e Orel, 1976) incluindo universidades e duas prestigiosas
sociedades inglesas com sede em Londres, a Royal Society e a Linnean Society
(Brannigan, 1979). Apesar de sua ampla divulgação, o trabalho de Mendel ficou
relegado ao esquecimento até o início do século XX. Por que as importantes
obras de Mendel não foram reconhecidas por um longo período de tempo (35 anos),
após seus estudos estarem completos e publicados? Na segunda metade do século
XIX, outras áreas da biologia tiveram seu desenvolvimento, tais como a
citologia, a sistemática e aprópria evolução darwiniana. Mas o fenômeno da
hereditariedade ainda era interpretado de diversas maneiras, sem um paradigma
dominante. O livro de Darwin exerceu grande influência sobre os pesquisadores
da época. Sobre a origem da variação e sua consequente transmissão, Darwin
produziu uma obra em dois volumes: A variação dos animais e plantas
domesticadas (1868). No segundo volume ele discute as causas da variação e
sua herança, apresentando a hipótese da pangênese, que só pôde ser descartada quando,
em 1892, August Weismann expôs sua teoria do plasma germinativo, que não
contemplando a herança dos caracteres adquiridos, até então aceita, apresentou
fortes argumentos contrários. A hipótese da pangênese, que explicava
parcialmente os fatos, e aceita por aqueles que esposavam a idéia lamarquista
da herança dos caracteres adquiridos, entre eles próprio Darwin, foi um dos
fatores que contribuíram para que os pesquisadores da época não reconhecessem o
trabalho de Mendel como sendo mais consistente com os fatos observados em
relação à variação das espécies. A teoria da evolução, apesar de não explicar o
surgimento da vida, teve a sua aceitação nos meios acadêmicos, não só pelas
idéias errôneas defendidas pela Igreja, mas também por servir aos interesses da
burguesia que ansiava por espaço nas instituições de ensino. Além disso, a
atenção que foi dada à teoria da evolução na segunda metade do século XIX
prejudicou o desenvolvimento da ciência ao desviar a atenção da maioria dos
pesquisadores de uma rota que levaria ao estabelecimento mais rápido do
paradigma mendeliano da herança. A teoria da evolução atrasou a ciência.
Afinal você leu meus
textos? Em especial:
RELIGIÃO X CIÊNCIA
O CRIACIONISMO e a CIÊNCIA
Os Cientistas Criacionistas
Não quero ter que
explicar tudo de novo. Sugiro que os leia e se quiser faça a refutação
diretamente a eles.
Li e reli, meu
caro. Minha posição e compreensão a respeito deles permanece inalterável. Irei
trabalhar na refutação de alguns deles, que considero mais
relevantes.
Em parte sim. Mas repare
que você foi muito mais cauteloso, mais comedido. Sequer assume a posição
Criacionista. Comenta vários episódios como a palestra, o site de Dawkins ou o
livro de Michael Behe, e se posiciona de forma neutra entre eles. Somente no
final você se coloca mais explicitamente, fazendo afirmações, e mesmo assim com
considerável cuidado.
Já em sua segunda
mensagem a mudança de postura é radical. Já começa afirmando que meus comentários
foram superficiais e evasivos, volta a insistir no velho erro de achar que sou
eu que estou querendo mostrar a anticientificadade da Bíblia, quando depois até
mesmo você percebe que minha postura é muito mais defensiva. Daí passa a fazer
afirmações muito fortes, mas sem embasamento, como dizer que há endosso
histórico para lendas como a da Torre de Babel! E depois escapa do assunto com
uma extensa apologética cristã. Diferente da mensagem anterior, aqui você se
revela como fortemente Criacionista. Ficou uma impressão muito estranha, pois
ou você acentuou seu posicionamento entre uma mensagem e outra, ou na primeira
você o dissimulou.
Desde o início
critiquei sua posição. Minha segunda resposta foi a reação natural à sua
crítica.Temas como a Torre de Babel, as Pragas do Egito, a Destruição de
Sodoma e Gomorra e eventos sobrenaturais na Bíblia é assunto para outra
discussão. Tais lendas não são tão mitológicas quanto se deseja
crer.
Referências não são
apelos a Autoridade! Temos que admitir que somos meros intérpretes de fontes, e
nesse caso, convém citar as fontes. Com certeza não estamos nos referindo à
Verdade, mas quando afirmamos que tal ou qual coisa recebe o Endosso da
História, convém confirmar isso. O que é a História? De onde se pode
tirar essa idéia?
Toda a Bibliografia
historiográfica atual, digo da História Contemporânea aceita nos círculos
acadêmicos, é claramente contária a essa afirmação.
Eu cheguei a pensar que
você fosse defender pontos mais razoáveis da Bíblia, como o período Babilônico,
que de fato entra em consonância com a história. Mas não me leve a mal, usar
uma lenda babilônica para defender a idéia de que a História é favorável a
existência de uma quimera como a Torre de Babel foi demais!
Concordo com
você na sua primeira colocação. O material da História são as fontes históricas
que subsidiam a veracidade dos fatos. A interpretação dessas fontes, no
entanto, é bem subjetiva. Às vezes, os historiadores vão além do seu papel e
passam a opinar sobre a validade da fé cristã. Lembre-se de que a História não
é uma ciência exata e que trabalha com conjecturas também. Principalmente no
que diz à Bíblia e à fé cristã, esta ciência já se posicionou. No que respeita
ao conteúdo religioso da Bíblia, tais como os milagres de Cristo, Sua morte
expiatória eressurreição, além de eventosmiraculosos narrados no
Antigo Testamento,nada ela pode declarar, pois não está em sua
alçada.Sobre muitosdestes fatos, a História atual, influenciada
pelo naturalismo, atribui a causas naturais.Cristo morreu (é um
fato histórico) pelos nossos pecados (é uma revelação. A história nada tem a
dizer sobre isso). - I aos Coríntios 15:3 . E Paulo ainda acrescenta a
fonte de sua informação revelativa, ao declarar ... segundo as
Escrituras.A história secular nada tem a dizer sobre
posicionamentos de fé. Não é porque não se achou ainda a Arca de Noé, uma
estrutura como a Torre de Babel ou vestígios de Sodoma e Gomorra que a Bíblia
seja indigna de confiança neste particular. Muitas descobertas arqueológicas
têm vindo à tona, confirmando a veracidade das Escrituras. Isto é sintomático.
Por outro lado, com respeito a episódios como o Dilúvio de Gênesis,a
destruição de Sodoma eGomorra, as Pragas do Egito e aTorre
deBabel precisaremos discutir isso, pois há interpretações de
estudiososa respeito da ocorrência desses eventos, contrariando a dita
História Contemporânea, tão confiável.
Os pensadores
modernos, como os radicais existencialistas, dizem que a Bíblia é uma coletânea
de Histórias, sem historicidade na sua maioria, acerca do modo do ser humano
entender-se a si mesmo. A fé cristã declara que dá testemunho daquilo que Deus
fez e fará no tempo e no espaço. O registro de tais eventos passados está, em
princípio, aberto à mesma verificação ou prova de falsidade que qualquer outro
registro histórico. Doutra forma, perderiam seu direito de serem considerados
eventos históricos. Hoje, ás vezes, se levanta a objeção de que o sobrenatural
não pode ser levado em conta pelo historiador moderno e crítico. Tudo tem de
ser interpretado em termos de um sistemafechado de causas finitas. Doutra
forma, a porta ficará aberta a toda superstição e fábula. O sobrenatural e o
milagroso são descontados logo de início. É claro que o historiador precisa de
critérios que o ajudem a fazer a triagem entre os fatos e a ficção. Adotar esta
linha demasiadamente rigorosa, no entanto, parece um conceito errôneo da tarefa
dohistoriador. resolve de antemão o que pode ou não pode ter acontecido
sem sequer examinar a evidência.
O fenômeno da
história é a soma total dos eventos do passado. Mas a disciplina acadêmica que
chamamos de história não é um catálogo assim de eventos. Nem é
sequer, para empregar a frase célebre de Ranke, o registro de um evento
conforme realmente aconteceu. Primeiro o historiador não pode
voltar para o passado e ver as coisas por si mesmo (a não ser que tenha sido
uma testemunha ocular). Além disso, não anota tudo quanto descobre. Seleciona.
Forçosamente faz assim, para tudo caber num livro. Discrimina. Procura
descobrir causas e avaliar influências. Ao assim fazer, não está reconstruindo
o passado, pois o passado literalmente não pode ser reconstruído. O que ele faz
é mais como construir um modelo. Um modelo é uma representação dalguma outra
coisa que nos capacita a ver como era ou é aquela outra coisa. Parte da matéria
para o modelo talvez seja tirada de documentos que, segundo acredita o
historiador, contêm declarações originais ou relatos de testemunhas oculares
(embora talvez não lhes sejam disponíveis). Outras partes do modelo,
porém,serãoda suaprópria construção. São estasúltimas
partes que não somente conservam juntos os fragmentos originais, mas que
determinam como tais fragmentos devem ser encaixados. Descrever a história
dessa maneira talvezsugira que é uma coisa altamente arbitrária, que
depende em boa medida das modas passageiras e caprichos dos historiadores
individuais. A qualidade do historiador depende não somentedo seu uso da
matéria como também da sua interpretação. Mas esta última não precisa ser algo
indevidamente imposto sobre aquela. Embora o historiador venha a fazer uso da
sua experiência para ajudá-lo a ter um conceito de uma personalidade ou de um
evento, sua própria situação não deve levá-lo a avaliar de antemão a questão.
O filósofo
norte-americano da história, J.W. Montgomery, sugeriu que os fatos e as
interpretações são como pés e sapatos. A interpretação que o historiador traz
aos seus dados não deve ser nem demasiadamente apertada nem demasiadamente
solta. A lição poderia ser aplicada ainda mais. O historiador crítico é como um
vendedor de sapatos. Tem à sua disposição numerosos pares de sapatos. Sua
tarefa é olhar os dados diante dele e experimentar várias interpretações até
que ache uma que nem é grande demais nem pequena demais, e que é apropriada. Ou
seja: ser cuidadoso. Isto é especialmente importante na tentativa de descobrir
conexões e avaliar a relevância. Quando for confrontado pela pergunta de se um
evento específico aconteceu ou não, deve julgar a explicação mais provável à
luz dos dados diante dele, prestando atenção à fidedignidade dos dados e sua
consistência com seu modelo como um todo.
Uma fé que
continua crendo independentemente da evidência não é uma fé que valha a pena
ter. A idéia bíblica da fé é a confiança em Deus por causa daquilo que Deus tem
feito e dito. Se pudesse ser demonstrado que não havia boas razões para
acreditar que Deus tivesse dito ou feito estas coisas, a fé seria vã e vazia.
Ao dizer isso, não estamos vinculando a fé ao último livro do erudito que
porventura estivesse na moda na ocasião. Mas estamos dizendo que a erudição tem
um lugar apropriado. Seu trabalho é fortalecer a fé mediante sua demonstração
da verdade ( ou, se não puder fazer isso, deve dizê-lo abertamente e alijar a
fé). Ao dizer isto, não estamos meramente continuando o que os próprios
escritores bíblicos estavam fazendo. A Bíblia não é uma caixa de promessas
cheia de pensamentos benditos. Grande parte dela é dedicada a argumentos,
demonstrações e apelos à história.
Não se trata de rechear,
pois pouco adianta, como você mesmo notou, encher de referências tendenciosas.
No caso eu exigi as referências por que você afirma que Algo tem
tal Postura, nesse caso, que a História endossa a Bíblia, o que vai largamente
contra tudo o que já li. Aí sim, creio que referências seriam muito válidas.
Ok. Referências
tendenciosas podem vir de mim e de você.Tudo é uma palavra
ampla. Não creio que já leu TUDO a respeito, mas deve ter lido tudo que
está em consonânsia com seu ponto de vista.Também o que você diz vai de
encontro contra tudo o que eu já li, apesar de conhecer pensamentos
contrários.
Você chega a ponto de
afirmar que existe um papiro egípcio que descreve as 10 pragas de Moisés. Eu
jamais ouvi falar disso, aliás sempre ouvi o exato contrário, que egiptólogo
algum encontrou qualquer confirmação da estória de Moisés. É por isso que nesse
caso sim, recuso-me a discutir a questão sem um mínimo de referência. Caso
contrário posso começar a fazer qualquer afirmação sem qualquer cuidado.
Tudo bem. A
informação sobre o papiro me foi passada por um amigo. Estou lhe solicitando a
referência. A confiabilidade histórica de Gênesis e Êxodo, no entanto,
não são derrubadas neste único particular.
Outra postura que considero
contra indicada. Porque meu texto não convence? Em que ponto os
argumentos falham? Eu cheguei a reproduzir um trecho da Enciclopédia Britânica
para demonstrar que o posicionamento da História Contemporânea não endossa a
Bíblia, e lembre-se que a Enciclopédia Britânica é simplesmente A Referência
Mais Respeitada pelo meio acadêmico. O que não convenceu? Eu ou a Enciclopédia
Britânica?
Autoridade da Enciclopédia
Britânica.
Não nego a importância da Enciclopédia Britânica; mas dizer que a mesma é
autoridade em assuntos teológicos, é exigir demais, pois a Bíblia não se estuda
através de Enciclopédias, mas sim através de Teologia.
2) A acusação de que Moisés não pode ter sido autor do livro de
Gênesis cai no ridículo. Dizem que a arte da escrita não era conhecida por Moisés
em seus dias e portanto não poderia ser ele o autor de Gênesis; tal é um disparate,
sendo que a arqueologia comprova que havia sim a escrita na época de Moisés.
Vejamos:
a) Escavações arqueológicas em Ur, na antiga Caldéia, têm comprovado que
Abraão era cidadão de uma metrópole altamente civilizada. Nas escolas de Ur,
o meninos aprendiam leitura, escrita, Aritmética e Geometria. Três albabetos
foram descobertos: junto do Sinai, em Biblos e em Ras Shamra, que são bem
anteriores ao tempo de Moisés (1500 a.C.). Estudiosos modernos, baseados em
evidências irrefutáveis, sustentam que Moisés escolheu a escrita fonética
para escrever o Pentateuco. O arqueólogo W. F. Albright datou esta escrita
do início do século XV a.C (tempo de Moisés). Interessante é notar que essa
escrita foi encontrada no lugar onde Moisés recebeu a incumbência de
escrever seus livros (Êxodo 17:14) (Michelson Borges, A História da Vida,
p. 175).
b)O Museu Britânico em Londres possui 81
exemplares das centenas de famosos tabletes de Tel el Amarna, que foram
descobertos em caracteres cuneiformes, e datam da época de Moisés e Josué.
São cartas escritas pelos oficiais na Palestina para o governo egípcio.
c) Eis algumas declarações de famosos arqueólogos:
Deve ser atestado categoricamente que nenhuma descoberta arqueológica
jamais contrariou a Bíblia (Nelson Glueck)
Não pode haver dúvidas de que a arqueologia confirma a historicidade
substancial da tradição do Antigo Testamento. Descoberta após descoberta tem
estabelecido a precisão de inúmeros detalhes, e tem trazido um crescente
reconhecimento do valor da Bíblia como fonte histórica (W. F. Albright ).
A Enciclopédia
Barsa, equivalente nacional à Enciclopédia Britânica, parece dizer o contrário
de sua posição, Marcus. No verbete Bíblia (Macropédia, vol. 2) está
assim expresso a opinião sobre: a) Arqueologia Bíblica: Até o
século XIX, o estudo da Bíblia sofreu limitações decorrentes de quase total
ausência de informações históricas extrabíblicas sobre os fatos narrados na
Bíblia. Com as descobertas proporcionadas por escavações arqueológicas, foi
possível compor um quadro geral mais nítido de todo o mundo antigo
contemporâneo da história de Israel e do cristianismo primitivo, isto é, desde
a civilização sumeriana, da qual saiu Abraão, até a época do helenismo e do
Império Romano, em que se expandiu o evangelho.
b) Pentateuco. O
conjunto formado pelos cinco primeiros livros da Bíblia denomina-se Pentateuco
- em grego, livro em cinco volumes. Os judeus o chamam de Torá, palavra
hebraica que significa lei, diretiva, instrução - ou seja, o conjunto das
instruções ou leis de Deus, transmitidas ao povo israelita através de
Moisés, o grande fundador de Israel, como povo e como religião.
Sobre Jesus
Cristo, a Barsa traz este comentário no volume 8: Poucos personagens
históricos exerceram sobre a história uma influência comparável à de Jesus
Cristo. Qualquer que seja a óptica religiosa, filosófica ou política que define
sua imagem - a de Filho de Deus, a de moralista sonhador ou a de revolucionário
-, o fato é que Jesus produziu uma das alterações mais profundas já ocorridas
na civilização, e levou a uma visão radicalmente nova do mundo e da
humanidade. E continua:
Jesus
Cristo, ou Jesus de Nazaré, nasceu em Belém da Judéia, provavelmente entre os
anos 6 e 7 a. C. O comentário prossegue falando das fontes bíblicas e
extrabíblicas sobre Sua historicidade. Faz menção a Flávio Josefo (inclusive
menciona o argumento da interpolação cristã quanto aos milagres e ressurreição
de Jesus mencionados nos escritos de Josefo), a Tácito, ao Talmude de Jerusalém
e ao de Babilônia, que confirmam a existência histórica de Jesus de
Nazaré.
Sem dúvida as molduras
de meus argumentos refletem a Alta Crítica, que aliás é exatamente o que está
escrito na Enciclopédia Britânica. Quando a refutação na obra cristã citada,
esta obra é aceita no meio acadêmico? Poderia ao menos citar o autor? E em se
tratando de obra cristã ela não seria tendenciosa? E sendo assim
não reforça meu argumento de que só quem defende a veracidade Bíblica é quem
está sentimentalmente comprometido com ela?
A Enciclopédia
Britânica apenas reproduz o que está em voga no mundo acadêmico. Apesar de
respeitável, ela não não se constitui autoridade para determinar se isto ou
aquilo é história ou não,no tocanteaos eventos sobrenaturais
contidos na Bíblia. Elaapenas adota a postura de historiadores céticos,
uma vez que sofreu forte influência iluminista e se apóia no racionalismo.
Pudera.Não se esqueça que a Enciclopédia Britânica é cuidadosa quanto
trata dos elementos sobrenaturais na Bíblia. Usa termos genéricos, como
provavelmente, acredita-se, para os
cristãos.
Quanto ao livro
Evidências que Exigem um Veredito, Josh MacDowell é seu autor.
Editado pela Editora Candeia. A questão não é se a obra é aceita nos círculos
seculares de erudição, mas se ela é consistente quanto à refutação dos
argumentos da alta crítica. Este livro tem permanecido como uma das melhores
obras na defesa da fé cristã. Percebo em você um sério preconceito.
Nesse caso não é uma
questão entre XR e Frank, trata-se de demonstrar objetivamente que tal ou qual
corrente defende tal ou qual ponto de vista.
Nada pessoal.
A MENTE HUMANA,
pode até não ser divina, mas é tudo o que temos. Não sabemos se existe um Deus,
se ele disse mesmo isso, ou seja lá o que for. Mas sabemos que a Mente existe,
sabemos que existimos.
Tudo o que pensamos e
refletimos passa pela Mente, o Universo para nós, simplesmente não existe sem
nossa Mente. É nela que está tudo, as motivações emocionais para nossos
posicionamentos, a racionalidade para defendermos nossas posturas, a capacidade
de analisarmos o mundo a nossa volta, a habilidade de manipular os computadores
para estabelecermos comunicação, e tudo o mais que existir.
Qualquer Salmo,
Provérbio, Texto ou Livro, podem ser lidos, escritos, produzidos pela Mente
Humana. E ainda que ela discurse contra si própria, e mesmo que menospreze a si
própria, e crie projeções dela própria para serem adoradas por ela mesma...
A realidade não
depende da mente humana para existir. Apenas descobrimos os aspectos do real
(de forma limitada)com nossa mente, finita,que éo meio de
Deus comunicar-Se conosco. Esta mente encontra-se degradada pelo pecado. Bem
apropriadas são as reflexões breves de Paulo: E não vos conformeis com
este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente. - Romanos
12:2.
Sabemos que
existe um Deus que deixou Sua atuação na História e na Natureza.
Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus
lho manifestou. Porque as Suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo,
tanto o Seu eterno poder, como a Sua divindade, CLARAMENTE se vêem pelas coisas
que estão criadas, para que eles fiquem indesculpáveis; porquanto, tendo
conhecido a Deus, não O glorificaram como Deus, nem Lhe deram graças, antes em
seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu.
Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. - Romanos 8:19 a 22. Não descobre
Deus o incrédulo, o orgulhoso e o naturalmente inclinado para a dúvida
irrazoável.
Por que Deus
permanece encoberto? Mas, se ainda nosso evangelho está
encoberto, para os que se perdem está encoberto. Nos quais o deus deste século
cegou os entendimentos dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz do
evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus. - II aos Coríntios
4: 3 e 4.
...ela continua sendo
Tudo. O Centro do Universo. A Origem e o Destino. O Alfa e o Ômega.
Centro do
Universo, A Origem e o Destino, O Alfa e o Ômega... Risível. Uma mente que
depois de milênios ainda não aprendeu conceitos de justiça e amor. Uma mente
que está destruindo o planeta com guerras e agressões ecológicas e fazendo milhões
sofrer. Esta é a menteque continua sendo Tudo? Tentar
transformar o homem num Deus: a ilusão do panteísmo.
EU SOU O QUE SOU -
ÊXODO 3:14.
EU SOU A PORTA - SÃO
JOÃO 10:9.
EU SOU O BOM PASTOR -
SÃO JOÃO 10:14.
EU E O PAI SOMOS UM -
SÃO JOÃO 10:30.
EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E
A VIDA - SÃO JOÃO 14:6
EU SOU O ALFA E O ÔMEGA, O
PRINCÍPIO E O FIM, O PRIMEIRO E O ÚLTIMO - APOCALIPSE 22:13
Mas o homem, o que é? Um mortal,
efêmero;contudoamado por Deus.
Devido a Extensão deste último texto de Frank, e de sua diversificação temática,
decidi proceder uma abordagem segmentada, dividindo o diálogo em 3 temas:
1 - Ética e Metafísica comparativa entre o Cristianismo e outras Religiões.
Que trata do assunto filosoficamente, na forma de pura argumentação pessoal sem recorrer a fontes externas.
2 - O Criacionismo "Científico" X Evolucionismo.
3 - A validade Histórica da Bíblia
Embora os temas em certos pontos se relacionem, serão tratados separadamente.
Posteriormente, Frank enviou um outro texto, que está mais relacionado ao meu texto anterior,
abordando os mesmos assuntos mas com direcionamentos diferentes:
Quarto TEXTO de Frank de Souza Mangabeira.
Marcus Valerio XR
29 de Fevereiro de 2002
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