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Rodney
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1984
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Belo Horizonte-MG
Estudante
h o d y n u
g m a i l . c o m
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Olá. não entendi muito bem o que é o panteismo? Porque o KArdecismo é Panteista?
E o que é o não-ser?
Você poderia me esclarecer estas questões?
Obrigado
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Segunda, 10 de Abril de 2006 |
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Olá Rodney. Bem, no texto RELIGIÃO eu não digo que o Kardecismo é Panteísta, mas
que, apesar de se apresentar como Monoteísta, apresenta características predominantes do grupo que denominei como
Neopanteísta. Conforme está especificado neste mesmo texto.
Sobre o Panteísmo, posso acrescentar que nestas religiões não existe um Deus transcendente, distinto da natureza,
mas sim uma divindade que está presente em tudo, é como se toda a natureza fosse a divindade em si, ou como se
fosse o corpo da divindade. Este último caso, onde se concebe a natureza como o corpo da divindade, mas concebe-se
que esta tenha um "espírito" além do corpo, costuma ser chamado de Panenteísmo ou Panteísmo Transcendente.
Outro texto meu que pode ajudar a esclarecer meu entendimento do assunto é
O Solo Psíquico.
Sobre o Não-Ser, trata-se de um conceito muito estranho, de fato incompreensível. Seria o NADA. Todas as coisas
"são" alguma coisa, portanto são SER, o Não-Ser é um conceito que é usado para se opor a Ser de forma a
permitir certos pensamentos. Por exemplo, um violão tem o SER de um violão, mas tem o Não-Ser de uma flauta, de um
piano, de uma metralhadora e tudo o mais. Na língua portuguesa é difícil visualizar de imediato a utilidade disto
porque não nos é comum usar expressões como "isto é não-comida", usamos antes "isto não é uma comida".
Mas o maior problema mesmo ocorre nos níveis mais sofisticados de especulação metafísica, quando se tenta atribuir
conceitos a idéias fundamentalmente irracionais, como a idéia de Divino, que é irracional por esta além da razão.
Os budistas não podem dizer o que é o Nirvana, apenas o que ele Não-É, da mesma forma, no ocidente, existe a Teologia
Negativa, que enfatiza que não podemos dizer o que Deus É, mas também somente o que Não É. Exemplos: Deus é
Infinito (Não tem fim), Imortal (Não morre), Imutável (Não muda) e etc. Qualquer afirmação sobre o que Deus seria,
como Onipotente, Onisciente, Onipresente, Perfeito, Justo e etc, esbarram em contradições.
Por fim, o conceito de Não-Ser costuma ser melhor usado como um mero substitudo elegante de "Nada", que é o resultado
final de um processo de Aniquilação, bem como seria o estágio anterior a uma Criação.
Amigavelmente
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26 de Abril 2006 |
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Claudio Reginaldo
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1967
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Salvador-BA
Estudante de Engenharia
Agnóstico
r r o t t e
g m a i l . c o m
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caro sr. marcus valerio xr, alem de ser filosofo, o sr. eh ateu ou agnostico. qual sua posiçao (crença religiosa) se ainda a tem? por outro lado quero elogia-lo pelos seus belos argumentos contra a ´suposta veracidade da biblia`, bem escritos, numa linguagem simples e logica, fazendo com que os leitores forcem a novas interpretaçoes de posiçoes com relaçao a biblia e religioes . parabens!
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Sexta, 7 de Abril de 2006 |
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Oi. Obrigado por sua participação Reginaldo.
Já disse isso um punhado de vezes, e você poderá encontrar essa informação em alguns lugares do site,
mas não custa nunca repetir.
Sou um Cético no sentido original da palavra. Isto é, não sou alguém que "afirma não existir", mas alguém que "não acredita"
em qualquer coisa que não seja claro, evidente e irrefutável. Sendo assim, creio fortemente única e exclusivamente na
minha própria existência como um Ser Mental, e na existência de um Universo Fenomênico no qual eu existo, mas cuja natureza
eu não posso ter certeza de qual é.
Sendo assim, eu jamais poderia ser Ateu, ao menos no sentido forte, pois para isso eu teria que afirma a "Inexistência
de Deus". Também não poderia ser Ateu no sentido fraco, porque este não acreditam devido a insuficiência de provas ou
evidências suficientes, e segundo meu ceticismo, tais provas são impossíveis não só para Deus, mas para qualquer coisa.
Eu também não poderia ser Teísta, pois isso implica em "acreditar fortemente" em algo claramente incerto. Então,
a única opção racional é o AGNOSTICISMO.
É claro que toda essa não-credulidade sistemática é meramente filosoficamente. Na prática, é claro que creio em muitas
coisas, só que não dou a nenhuma delas o privilégio de ser uma certeza absoluta.
Amigavelmente
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26 de Abril 2006 |
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Oséas Ramos de Siqueira
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Joinville-SC
Área da Qualidade
t h e d a y o f l o r d
i g . c o m . b r
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Em sua réplica ao comentário do Alexsander
531 no que tange ao decálogo, percebe-se que você não conhece mesmo os pensamentos de Deus. Saiba que:
1 - Quando Deus disse: Não roubarás, o objetivo principal era preservar o patrimônio de outrem e criar no homem ou implantar no coração do homem um espírito de nobreza e perfeição. O objetivo de Deus em relação ao homem é que ele seja perfeito como Deus é perfeito. Observe que o mandamento é puro e de extrema simplicidade, aliás, o caminho da perfeição é de uma simplicidade tal e de muitas virtudes que os homens não conseguem encontrá-lo, aceitá-lo e vivê-lo.
2- Quando Deus disse: Não adulterarás, o objetivo principal era preservar a família. Ora, Deus criara a família e cuidou de
preservá-la com a Sua Sabedoria pela importância do vínculo familiar. Veja o que está escrito no livro do profeta Jeremias:
>>Eles dizem: Se um homem despedir sua mulher e ela se ausentar
dele e se ajuntar a outro homem, porventura tornará a ela mais
não se POLUIRIA de todo aquela terra? (Jer.:3.v1)É, o problema
é gravíssimo, quando uma sociedade desobedece a instrução Divina enveredando para a perverção e depravação, como as de Sodoma e Gomorra, pois as consequências da desobediência são desastrosas quanto. É, se comeres desse fruto, CERTAMENTE morrerás... Saiba
que não há corpo que aguente o efeito de pecado, ele morre mesmo,
muitas vezes antes do tempo.
Deus disse: Não matarás. O que você acha que Deus quiz dizer e preservar com esta Divina instrução? Afinal Deus criara o homem
com uma finalidade importante, Deus não faz nehuma obra sem importância.
Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, toda a tua alma,
de todo o teu entendimento. Maravilha, as coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou PARA OS QUE O AMAM.
Quanto aos demais mandamentos, o entendimento segue o mesmo princípio quanto à intenção e objetivo de Deus ao dar intruções
para quem precisa aprender d´Ele para ser perfeito.
Em Cristo Jesus, Rei dos reis e Senhor dos senhores
Aleluiaaah
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Quinta, 6 de Abril de 2006 |
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Não seria demais querer conhecer os "pensamentos de Deus"!? Em tese Deus nem sequer "pensa", visto que é Onisciente
e portanto "Saber Puro". Pensar implica desenvolver processos racionais que partem do desconhecido ao conhecido, ou seja,
só é possível pensar se você não sabe algo, e portanto deve se esforçar para saber. Deus, se é onisciente, Sabe tudo, e
portanto, não precisa pensar, e logo: Não Pensa!
1-Para ser Perfeito, Deus deve possuir todas as potências possíveis. É um ser acabado e portanto imutável, pois qualquer
mudança implicaria perda da perfeição. Assim, os humanos nunca poderão ser tornar perfeitos como Deus, poderiam até
ser perfeitos como humanos, talvez tenha sido isso que você quis dizer, mas ser perfeito como Deus seria ser "Como Deus"!
O que sequer faz sentido, visto que só há um Deus.
2-Qual é exatamente a consequência desastrosa de desobedecer a lei divina? O desastre em Sodoma e Gomorra foi criado pelo
próprio Deus! E o curioso é que Deus diz em Gênesis 2:17 que NO DIA em que Adão comesse do fruto proibido certamente
morreria. Isso não aconteceu no sentido que você colocou.
"Não matarás" é seguramente um dos mandamentos mais estranhos da Bíblia. Primeiro é estranhamente impreciso. Não especifica
"matar o quê", mas é evidente que deveria ser com relação a outros humanos. No entanto, se você tiver a curiosidade
de continuar lendo além de Êxodo 20 notará que Deus estabelece uma série enorme de sentenças de morte a serem aplicadas
pelos próprios hebreus. E se for além do Êxodo, especialmente em Deuteronômio e Josué, a quantidade de ordens diretas
genocidas de Deus e quase incontável. Portanto o "Não Matarás" é puramente condicional, e assim não tem como objetivo
proteger a vida ou o ser humano em si, que é perfeitamente sacrificável tanto por Ele próprio, quanto por seus súditos.
O que estaria sendo preservado é antes uma série de símbolos e conceitos que são claramente mais importantes que a vida
humana.
Esta última idéia talvez explique melhor o significado dos demais mandamentos e do que significa "Amar a Deus sobre tudo",
mas fica difícil entender que disto derive sequer um caminho para a perfeição humana. Executar sentenças de morte não
me parece um bom aprendizado para a santidade.
No fundo, não acredito literalmente em nada disto. Sou agnóstico. Eu só quis mostrar o quanto seu raciocínio me soou
confuso. Acho que você tropeçou no entendimento de sua própria religião.
Posso não concordar com nada do que digas,
mas não só defenderei teu direito de dizê-lo, como o encorajarei a dizê-lo com clareza e coerência.
Amigavelmente
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25 de Abril 2006 |
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Cleiton Viana
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1973
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Fortaleza-CE
Comunicólogo
481
478
c h i c o c l e i t o n
g m a i l . c o m
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Prezado Marcus,
Há algum tempo acompanho seu trabalho - por duas vezes postei mensagens no dreambook - de modo que a idéia de acompanhar o pensamento de alguém com sua envergadura intelectual é muito prazeroso, embora eu naum concorde necessariamente com algumas idéias que vc professa.
Como sei que vc tem uma formação acadêmica, não posso deixar de me incomodar com a forma com que vc não faz referência, em alguns textos, a praticamente nenhuma bibliografia. Se tomarmos como exemplo o texto em que vc contexta alguns mitos sobre a Bíblia, veremos que vc contrapõe a esses mitos somente uma argumentação que não está amparada em nenhuma outra referência externa ou ancorada no próprio texto bíblico!! O leitor desses textos, se habituado a ler as partes em destaque ou se convidado a mergulhar mais profundamente na questão, fica totalmente perdido pois não há como fazê-lo - a não ser lendo a Bíblia toda, e mesmo assim, tendo bastante prejudicada sua pesquisa.
Espero que vc corrija essa falha.
Atenciosamente,
Cleiton Viana
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Quarta, 22 de Março de 2006 |
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Alô Cleiton... Bem Vindo de volta.
Muito obrigado por sua participação e atenção, e não é nada demais lhe dar
uma explicação.
Antes porém creio que, mais uma vez, devo apontar um mal entendido, na verdade dois.
Todos os meus textos acadêmicos, na seção
MONOGRAFIAS, a grande maioria, 80%, tem Bibliografia criteriosamente citada,
muitos dos quais seguindo normas da ABNT. Basta ir lá conferir. Os únicos que não o tem são as redações e autobigrafias,
que são mais livres.
Já os textos BÍBLIA X CIÊNCIA e
Bíblia X Ciência II, eles não tem uma extensiva bibliografia pelo simples fato
de que não consultei bibliografia nenhuma para fazê-los! Exceto a própria Bíblia, que no caso está sim indicada como sendo
a versão João Ferreira de Almeida, e na realidade em qualquer versão da Bíblia que seja séria, "Bíblia da Garotada" não vale,
pode-se conferir devidamente as passagens.
Os demais, ensaios, crônicas, contos e textos livres em geral não tem que ter bibliografia, mesmo porque se
tivessem, esta seria imensa, visto que a base com que @ aut@r escreve é nada mais do que a bagagem que acumulou durante
toda a vida. Mesmo assim, você encontrará referências devidamente citadas em alguns destes textos, e jamais deixo
de citar um autor quando creio que isto seja fundamental, ou intelectualmente honesto, mesmo porque eu cobro isso de
quem cita meus textos.
Amigavelmente
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23 de Abril 2006 |
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Wagner Magalhaes Andreatta
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1959
-
Varginha-MG
Aposentado
-
Evangélico
a n d r e a t t a w a g n e r
i g . c o m . b r
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Ainda não li sobre os assuntos que voce aborda. Mas li sobre politica e voce bem sabe que Paulo fala na Bíblia:
MALDITO O HOMEM QUE CONFIA NO HOMEM. VOCE ESTÁ CONFIANDO EM HOMENS CORRUPTOS? Este ano nas eleições o brasileiro
que FOR INTELIGENTE ANULARÁ SEU VOTO. ASSIM SENDO , 51% DE VOTOS ANULADOS , TERÃO QUE ESCOLHEREM OUTROS CANDIDATOS.
AI VOCE PODERIA SE CANDIDATAR. EU ME CANDITARIA, JÁ PENSOU UM DE NÓS PRESIDENTE ? EU NÃO SIRVO PARA ISTO. E VOCE?
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Domingo, 19 de Março de 2006 |
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Sr. Wagner, visto que não fizeste comentário algum relativo a este site, esta mensagem sequer deveria ser respondida,
no entanto, no interesse do bem comum eleitoral, devo aproveitar esta oportunidade para me manifestar sobre o tal assunto.
A Internet também trouxe alguns males, entre eles, amplificar imensamente a capacidade de tolices se alastrarem por
todo o mundo a velocidades estupendas. Esse ingênua "Campanha pelo Voto Nulo" não passa de mais um resultado da desinformação,
ignorância e credulidade popular, que valoriza notícias não de acordo com senso crítico e responsabilidade informativa,
mas de acordo com o quanto esta lhe seja subjetivamente agradável.
A idéia de que votos nulos possam cancelar uma eleição é, em sua maior parte pura fantasia, e em pequena parte um perigo.
Fantasia porque não há dispositivo legal algum que claramente permita essa possibilidade, basta consultar a
Lei 4.737/65 para verificar isto. Ela fala, no CAPÍTULO VI - CONDIÇÕES DE NULIDADE DA VOTAÇÃO, de todas as formas previstas
para anular uma votação, e elas NÃO INCLUEM a hipótese de uma maioria de "Votos Nulos". A confusão decorre da simples
incapacidade do leitor em diferenciar o termo NULIDADE, que se aplica especificamente a votos anulados por fraude e portanto
passíveis de punição, do conceito de Voto Nulo, que sequer é um crime, e que não é contabilizado.
Após a redação da Lei 9.504/97, para todos os efeitos, votos Brancos e Nulos são totalmente equivalentes, e nenhum
deles exerce qualquer influência no resultado. Se TODOS os votos de uma eleição forem nulos com a exceção de um,
o candidato que receber este único voto é considerado eleito!
Mas esta idéia também tem o seu teor de perigo, pois uma situação como essas sem dúvida desencaderia uma enxurrada de
ações judiciais na tentativa de impugnar a eleição, e sendo assim, poderia ir a julgamento. Se a eleição fosse de
fato cancelada, devido a qualquer fator de nulidade, seria remarcada para no máximo 40 dias, e COM OS MESMOS CANDIDATOS
a não ser que se prove o envolvimento de algum em crime eleitoral. Essa tola "Campanha pelo Voto Nulo" costuma dizer
que os candidatos que participaram da eleição anterior não poderiam participar novamente, o que é totalmente sem
base legal.
Ainda mais tolo é achar que qualquer um poderia, então, se candidatar. O que seria IMPOSSÍVEL, pois é necessário
ser filiado a um partido, o que não é nada fácil, e ter vencido a prévia eleitoral interna com uma antecedência de
3 meses antes da votação! Portanto, somente candidatos já oficialidos desde o mês de Junho do ano eleitoral poderiam de
fato participar. Ou seja, como a política não é feita de um só ser humano, mas de grupos, para qualquer efeito ideológico,
trocar todos os candidatos seria, isso sim, nulo! Pois estes seguiriam a mesma cartilha dos candidatos anteriores!
Mas o mais grave é que esse período seria um desastre em termos sócio econômicos. O Risco Brasil e o Dólar subiriam
para a estratosfera! Perderíamos investimentos e nossos indicadores econômicos certamente iriam despencar. A incerteza
se arrastando por meses causaria um dano difícil de reverter fosse quem fosse o próximo governante.
Visto que Presidente, Vice-Presidente, Presidentes da Câmara, do Senado e etc, são todos políticos partidários, caso
a eleição fosse anulada, ou o governo atual continuaria como está, ou todos perderiam seus mandatos deixando o país
sob o comando da presidência do Supremo Tribunal Federal, onde provavelmente a briga iria parar.
Tadinha da Ellen Gracie se tivesse que segurar o país nestas condições.
O mais triste de "campanhas" e outras tolices como esta sendo feitas na internet, e ver a indisposição do indivíduo para
checar a informação. No boca a boca das ruas dá até pra entender que não se tenha acesso a fontes confiáveis,
mas se o sujeito recebe isso por e-mail e porque TEM acesso a internet! Tem a faca e o queijo na mão e não usa!
Pra isso serve Google, Wikipédia, sites governamentais! É moleza achar a legislação sobre o assunto, bem como praticamente
qualquer coisa.
Lamentavelmente, o indivíduo só usa o lado patético da tecnologia. Ao invés de aproveitar o poderoso instrumento
de informação, aprender e crescer com ele, fica realimentando ainda mais a ignorância em nossa sociedade.
Pesarosamente
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21 de Abril 2006 |
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Olá Francisco...
É um prazer ver que a seção de
Ficção Científica
deste site continua sendo atentamente acompanhada, e pode apostar
que mais novidades virão.
Tenho, entre outras coisas, um novo livro virtual a caminho. Da mesma amplitudade de
Alice 3947, e também ambientado no Universo DAMIATE, sobre o qual relevarei informações
aos poucos. Entenda que esse universo abrange um período de milhares de anos de histórias, onde se desenvolvem diversos
contos e sagas que se espalham por toda a galáxia, ainda que haja uma concentração maior nos milênios futuros.
Para evitar maiores expectativas, o anjo que aparece em 6 Letras não é Zentaris,
pois na época em que este conto é ambientado, que um futuro próximo ao nosso, Zentaris ainda estava longe de vir a existir.
Aquele anjo faz parte dos 12 anjos originais de Damiate, dos quais nenhum sobreviveu até o tempo de Zentaris.
Já As Senhoras de TERRANIA continua a espera de uma editora. Tenho vários projetos que
serão lançados na própria web, mas pelo menos um ainda insisto em manter em formato livro. Na verdade, não fosse
minha pouca disponbilidade monetária atual, eu já teria imprimido uma tiragem pequena e passado para venda direta.
Talvez seja mesmo o melhor caminho.
Mas não desanime. Novidades virão.
Amigavelmente
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17 de Abril 2006 |
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Thiago
-
1986
-
Florianópolis-SC
Webdesigner
-
Agnóstico
w e a r e o n e
z i p m a i l . c o m . b r
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Olá Marcus,
Realmente aprecio o seu site, a sua forma de pensar e essa opção de mostrar todo o seu conhecimento e inteligência na internet pra que pessoas como nós possamos lidar com a imaginação, dúvidas e questionamentos sobre os mais variados assuntos.
Gosto muito de saber o seu ponto de vista sobre um assunto, ultimamente estive me perguntando o que Marcus Valerio XR têm a dizer sobre a questão "Vegetarianismo / Veganismo". Queria saber se você escreverá algo a respeito, mas já de resposta, você é vegetariano/vegano?
Obrigado.
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Quinta, 16 de Março de 2006 |
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Oi Thiago. Obrigado por sua participação.
Em minha sincera opinião, acho que todos deveríamos ser vegetarianos, veganos... Talvez.
Pois me parece evidente que não só não precisamos nos alimentar de carnes, ovos e leite, como estes são mesmo prejudiciais
ao organismo, à longo prazo.
O problema que nossa alimentação não obedece somente à critérios nutricionais práticos, ela faz parte de todo um rito social
e um processo histórico. Por estranho que pareça, ser vegetariano acaba saindo mais caro! Eu próprio já tentei, mas nunca
consegui ser plenamente vegetariano por mais de um mês, embora sinceramente eu não sinta muita falta de carnes, comendo-as,
por vezes, mais por falta de opção.
Durante muito tempo me abstive de carne bovina e suína. Esta última, continuo comendo muitíssimo raramente, a primeira,
nem tanto. Mas sempre que possível dou preferência à frango ou peixe, ou melhor, carne de soja.
Mas ainda tenho, sim, planos de me tornar vegetariano, ao menos cortando os 3 tipos mais pesados de carne, pois tenho ainda
um outro problema. Eu adoro Sushi!
Também não vai ser fácil me livrar dos chocolates, a não ser que eu conservasse perpetuamente o enjôo pós páscoa que
estou sentindo.
Amigavelmente
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17 de Abril 2006 |
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Jeovan Silva
-
1984
-
Rio Grande
Estudante
-
Espiritualista
j e o v a n s i l v a f u t u r a
y a h o o . c o m . b r
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Achei muito interessante a parte de levitação e deflexão gravitacional,
tive mas curiosidade na parte de neutralização gravitacional que fala em desenvolver capacidade
de anular ou atenuar a gracidade em torno si a parti dai que veio umas pergutas que não calam.
Pergunta existe oxigenio numa gravidade mais densa que a da
terra? Se ouver, dá para um ser humano malhar numa gravidade 2 vezes maior que a da terra.
Existe algum gerador que possa fazer isso?
Qual seria o custo?
Quarta, 22 de Fevereiro
A pergunta é a seginte, se exite uma maquina ou um gerador que possar aumentar a gravidade em varias vezes?
se ouver havera ar para respirar? Para fazer esta maquina qual seria em média o custo?
OBs:esta maquina vai esta dentro de uma cúpula e ao liga la vai aumentar a gravidade dentro cúpula,
por isso a pergunta vai ter ar para respirar la dentro.
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Quinta, 23 de Fevereiro de 2006 |
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Olá Jeovan, agradeço por comentar meu texto sobre
Anti-Gravidade e Levitação, e aconselho-o a ler também o texto sobre
Gravidade Artificial, nele há idéias de artefatos de criação ou simulação de gravidade.
Simular gravidades maiores não só é possível como já é comum nos treinamentos de astronautas, no caso, utiliza-se uma
aeronave ou um elevador que, ao subir, causa a nítida sensação de aumento de peso. Qualquer um de nós pode experimentar
isso em elevadores comuns, em especial nos que sobem muito rápido, bem como podemos experimentar uma simulação de atenuação
gravitacional quando o elevador desce. O problema é, então, o tempo de viagem. São necessários elevadores muito altos
para um período mais prolongado de simulação.
Mas, quer simulando, quer criando ou amplificando a gravidade, não há alterações significativas na composição atmosférica.
A única diferença, no caso de ambientes fechados, seria um aumento na pressão atmosférica, o que no caso de 2G seria
irrisório. Portanto, qualquer pessoa poderia dar uma de Vedita e malhar em locais com gravidades maiores. O ar não seria
problema.
Agora, quanto ao custo... Aí fica difícil estimar. A não ser no caso de elevadores, no que profissionais da área poderiam
esclarecer melhor, estamos falando de tecnologias ainda inexistentes. Como mensurar custo disso? Mas uma coisa me parece
certa. Seria MUITO caro! Ao menos no começo.
Amigavelmente
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16 de Abril 2006 |
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Diego Barros Maia
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1982
-
Brasília-DF
Estudante e Servidor Público
501
d b m a i a
y a h o o . c o m . b r
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Olá Marcus! É um prazer poder escrever algo novamente no seu site. Como já notei que muitos outros visistantes estão propondo temas relacionados a religião, meus comentários tocarão outra vertente do site, para variar um pouco.
Achei muito interessante o seu texto (agora concluído) sobre
Invisibilidade.
Percebi o cuidado que você teve ao analisar as várias hipóteses de invisibilidade e especular com bastante coerência sobre as possibilidades mais plausíveis. Talvez algum dia cheguemos lá. Minha única objeção é quanto à sua proposta do que seria a invisibilidade perfeita com possibiliade de visão dentro do campo de invisibilidade. Deixe-me tentar explicar consiste a objeção. Talvez seja um pouco difícil de entendê-la, já que não disponho nesta simples mensagem dos maravilhosos recursos visuais que você colocou no texto, mas não custa nada tentar:
Pelo que eu entendi do modelo dos dois portais, a luz que viesse de trás para frente seria diretamente transportada do portal traseiro para o dianteiro, não sendo afetada, ao passo que a luz que viesse de frente para trás entraria normalmente pelo portal frontal. Parte dessa luz seria absorvida pelo corpo da personagem, parte sensibilizaria sua retina (daí a sua visão) e parte seria refletida pelo corpo da personagem. Para que essa luz que é refletida não seja percebida por outras pessoas, o portal frontal transportaria essa luz para o portal traseiro e a lançaria nas costas da personagem, cujo corpo absorveria a luz.
1o. problema: Admitindo que o corpo da personagem não possui capacidade absoluta de absorção de luz, como ficaria a luz que seria refletida pelas costas da personagem? Qual seria o seu efeito sobre o portal traseiro? Haveria duas possibilidades:
1.1: O portal traseiro refletiria a luz de volta às costas da personagem. Nesse caso aconteceria uma espécie de "círculo vicioso de luz", pois o corpo da personagem já não tinha conseguido absorver a totalidade da luz transmitida pelo portal traseiro no instante anterior. Assim, nesse segundo instante o portal traseiro lhe mandará a luz refletida essa segunda vez junto com a nova carga de luz teletransportada do portal frontal (setas cianas menores). Dessa forma, a quantidade de luz mandada pelo portal traseiro nas costas da personagem seria cada vez maior a cada instante que passa, de modo que chegaria um momento em que o calor resultante da absorsão luminosa torrase a personagem.
1.2 : O portal traseiro absorveria a luz de algum modo, resolvendo esse problema.
2º problema (e esse sim é que é problemático): não haveria uma sombra no lugar onde a personagem estivesse? Imaginemos que a personagem está num campo num dia ensolarado. A luz que ilumina o campo vem de várias direções diferentes (tanto do sol, quanto da reflexão em outros corpos). Se toda a luz que vem no sentido frente-trás, inclusive os raios não-paralelos ao chão, entram no sistema e não mais o deixam (sendo, de um modo ou de outro, absorvidos dentro do campo)isso afetaria a quantidade de luz que chega ao chão e é refletida para a retina do observador externo. Por isso, o lugar onde a personagem invisível estivesse teria uma sombra, talvez pouco perceptível, mas teria.
Uma possível solução (mas que não atenderia aos que almejam uma perfeição absoluta)seria fazer portais aderentes ao corpo da personagem(o que aumentaria sua complexidade, como bem observado em seu texto). O portal frontal jogaria a luz que vem no sentido frente-trás para o portal traseiro, sem sofrer nenhuma alteração, tal como o portal traseiro faz com a luz que vem no sentido trás-frente. A exceção seria apenas a zona dos olhos do portal frontal(dois pequenos círculos), que ao invés de jogar a luz para o outro lado, faria com que a luz entre e atinja a retina da personagem. Em relação à luz que não fosse absorvida (agora bem menos, já que só entrará por dois minúsculos orifícios), essa seria teleportada para a parte interna do portal traseiro, que a jogaria nas costas da personagem. Isso minimizaria bastante a sombra, a ponto de ser praticamente impossível detectá-la. O que você acha?
Agora entrarei em outro tema, o qual achei bastante interessante, sugerido pelo visitante Gustav Dantas, sobre as "emoções morais". Na minha opinião a questão de condenar as práticas apresentadas (sexo entre irmãos, sexo com animais antes de comê-los e comer a carne de um cachorro querido que morreu por circunstância alheia à vontade do dono) é decorrente do mecanismo que os seres humanos têm de se colocar no lugar do praticante da ação.
Por exemplo, na questão do sexo entre irmãos, provavelmente aqueles que condenarem tal prática se imaginarão no lugar de um deles. Por mais que a história deixe claro que os irmãos não saíram emocionalmente magoados, a pessoa a quem a história fosse contada não conseguiria deixar de imaginar o repúdio que sentiria se ela estivesse na mesma situação, daí a condenação moral. O mesmo vale para o caso do sexo com uma galinha morta antes de comê-la.
Agora em relação ao caso do cão de família: Aqueles que tem um cão e gostam dele costumam desenvolver um sentimento de respeito, derivado de sua afeição por ele. O fato de comer a carne do cão que um dia foi melhor amigo da pessoa é para a pessoa que era dona do cachorro uma atitude inconcebível. Esse caso tem também uma peculiaridade interessante: as pessoas que estão de fora da situação costumam cobrar uma atitude condizente da pessoa que diz amar seu cão. Se essa pessoa come o próprio cão, ela demonstra para os "observadores externos" não ter o respeito que espera-se daquele que gosta de seu bicho de estimação, daí a condenação moral.
Bem, era isso. Um abraço e a até a próxima!!
Diego
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Quarta, 22 de Fevereiro de 2006 |
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Caro Diego...
É um prazer receber uma nova mensagem de meu Primeiro Assinante
deste novo Livro de Visitantes, e ainda mais com uma nova e inteligente mensagem.
Vejo que lestes com muita atenção meu texto sobre Invisibilidade, e a pergunta
que colocou é bastante pertinente, mas como você mesmo parece ter desconfiado, a resposta já está implícita no sistema,
embora, de fato, não tenha ficado clara.
Observe que:
1-Toda a luz que entra por TRÁS do Portal Traseiro é teletransportada para a FRENTE do Dianteiro. É a causa da
TRANSPARÊNCIA.
2-Toda a luz que entra pela FRENTE do Portal Dianteiro não é afetada. Isso permite a VISÃO.
3-Toda a luz que entra por TRÁS do portal Dianteiro é enviada para a FRENTE do Traseiro. O que impede a reflexão de
luz da personagem. É a causa da INVISIBILIDADE.
Mas veja que há algumas consequências inevitáveis. Toda a luz que entrar pela FRENTE do Dianteiro e não atingir a personagem,
evidentemente não poderá ser afetada pelo portal. Lembre-se que os portais transportam a luz em APENAS UM sentido. No caso,
de trás para a frente.
Assim, a luz que fosse refletida pelas costas da personagem mais uma vez passaria incólume pelo portal traseiro, dessa forma,
não voltaria, e nem haveria qualquer problema de concentração de energia. O portal traseiro não refletiria nem absorveria
a luz que fosse no sentido Frente-Trás.
Uma consequência interessante que eu não citei é que caso haja uma superfície reflexiva atrás da personagem, as pessoas
à sua frente não veriam a personagem, mas veriam seu reflexo, e como você também notou, na maioria das ocasiões poderiam
ver sua sombra.
Você também deduziu bem as particularidades de um portal mais complexo que permitisse a visão.
Sobre o tema das Emoções e Ética, da Mensagem 527, mais uma vez, você fez ótimas colocações. É interessante
como nossa habilidade de nos imaginarmos na situação alheia possa, por vezes, embaralhar nosso julgamento, embora seja
exatamente essa mesma habilidade, que é basicamente a Empatia, que constitui, a meu ver, o verdadeiro fundamento da Ética.
Meu texto RELICA & ETIGIÃO, comenta mais sobre o tema.
A questão que ficaria, então, é porque a pessoa, ao se colocar no tal lugar, se sente de tal forma. Para ela, o ato seria
de fato anti-ético, visto que traria algum tipo de sofrimento. No entanto, para os exemplos citados, não foi. Há algum
tipo de falha em achar que seu ponto de vista específico faça validar universalmente uma ação.
Bem, comentários de alta qualidade dificilmente demandam respostas longas, por isso fiquermos por aqui. Estarei
aguardando mensagens suas, e se quiser conversar pessoalmente, estou na UnB pelas manhãs.
Amigavelmente
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16 de Abril de 2006 |
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Alexsander Hosnani Marques de Brito
1970
-
Brasília-DF
-
Psicodontólogo
Cristão
504,514,523
a l e x b r i t o 2
y a h o o . c o m . b r
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Oh, Senhor Jesus! Amém!
Amado amigo. Infelizmente você praticamente ignorou a maioria das minhas colocações na mensagem anterior. Foram colocações pertinentes que mereciam um pouco mais da sua atenção. Todavia, sei que você fez isso para colocar em pauta sua Dissertação Filosófica cujo tema é a Meta-Continuidade Mental (MCM). Vou seguir o seu fluxo então...
Você insiste, na teoria da MCM, que ela:
“1 - Garante a originalidade teológica da Bíblia num nível muitíssimo mais impressionante do que o defendido pela maioria dos crentes.
2 - Está em consonância com o que acredito serem elementos cruciais para transformar o cristianismo num sistema de pensamento coerente.
3 - Abre possibilidades alucinantes para nosso universo e existência, ao invés de reduzir as possibilidades a uma escatologia centrada numa cultura e mundo específicos, onde não parece haver lugar para o restante do infinito Universo.”
Essas três afirmações, a meu ver, são indícios de que, dentre outras coisas, você:
1 - Está ignorando uma série de fundamentos cruciais do cristianismo ou;
2 - Simplesmente os desconhece!
Vamos ver isso mais de perto:
Você afirma que a sua teoria da MCM garante a originalidade teológica da Bíblia num nível muitíssimo mais impressionante do que o defendido pela maioria dos crentes.
Frente a essa afirmação podemos formular algumas questões:
Qual a originalidade teológica que a Bíblia REALMENTE encerra e que realmente está em CONFORMIDADE com o seu conteúdo?
O que é, REALMENTE, impressionante e original? O que, REALMENTE, só é visto no cristianismo?
É a RESSURREIÇÃO!
Entenda que a ressurreição é, a princípio, o principal divisor de águas entre o cristianismo e as outras religiões.
O assunto é riquíssimo! Existem, na ressurreição cristã, três importantíssimos aspectos que devem ser considerados. Por favor, leia atentamente os versículos citados. Estes versículos os tirei das epístolas de Paulo e Pedro, pois os do Evangelho são já bem conhecidos.
1 – A ressurreição de Jesus Cristo (evento único entre os grandes mestres religiosos): (Rm 1:4)
2 – A ressurreição em vida de todos os que crêem e recebem o Espírito Santo (Rm 6:4, Rm 8:11, Rm 6:14, 1Pe 1:3, dentre outras)
3 – A ressurreição dos mortos em corpo glorioso e incorruptível para o Dia do Julgamento (Ap 20:6, 1Co 15:52, 1Th 4:14).
Não há, insisto, nenhum outro sistema religioso que pregue todas essas maravilhas!
Você afirma que a MCM:
“Está em consonância com o que acredito serem elementos cruciais para transformar o cristianismo num sistema
de pensamento coerente.”
Há duas maneiras de fazer isso:
1 – Entendendo e respeitando o nexo que permeia toda a Bíblia;
2 – Criando um novo nexo para isso.
Sabemos que o nexo que nos permite entender e compreender TODA a Bíblia é Cristo. Muitos já tentaram encontrar um nexo mais completo que Ele. Todos fadados ao fracasso.
Você não está usufruindo o verdadeiro nexo das Sagradas Escrituras. Além disso, a sua teoria fundamenta um mundo espiritual inerte e infecundo. Excetuando-se a ação dos anjos e de Deus, você afirma não haver vida espiritual sem vida orgânica. Isso é um tipo de morte espiritual!
Você diz que a MCM
“Abre possibilidades alucinantes para nosso universo e existência, ao invés de reduzir as possibilidades a uma escatologia centrada numa cultura e mundo específicos, onde não parece haver lugar para o restante do infinito Universo.”
Essa afirmação sustenta ainda mais a minha crença de que você parece estar ou muito distante ou totalmente refratário aos pontos centrais do cristianismo.
Alguns dos pontos centrais do cristianismo são realmente difíceis de serem imaginados, mas são perfeitamente experienciados.
Alguém pode imaginar o que é morrer e ser ressuscitado estando “vivo” em Cristo?
Ou, depois da morte do corpo, ser ressuscitado, no Dia do Julgamento, em corpo incorruptível para desfrutar da vida eterna?
Alguém pode imaginar Cristo sendo arrebatado em corpo glorioso, mas ainda com a essência humana, para ficar ao lado de Deus fazendo, com sua carne, um “link”, um canal de comunicação direto, entre Ele e nós por meio do Espírito em nosso espírito?
Isso sim, são possibilidades alucinantes para o nosso universo e existência!
Realmente imaginar isso é difícil, mas nós, os que cremos, experienciamos isso constantemente.
Marcus, realmente a escatologia à qual você se refere é realmente muito limitada para abarcar todos esses aspectos.
No sistema cultural tradicional a morte está intimamente relacionada com a vida (ou melhor com o término dela): O ciclo vital da biologia, o ciclo reencarnatório, o ciclo kármico etc.
A Bíblia, por sua vez, defende a existência de três tipos de vida:
A vida biológica (bios);
A vida da alma (psichè);
A vida do espírito (zoè).
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Continuação da Mensagem - Segunda Parte
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Além disso, o cristianismo prega não somente uma morte em vida (Rm 6:7, Rm 8:10, Tg 2:26). Mas sobretudo uma ressurreição em vida (Cl 2:12, Cl 3:1, Jo 5:21,23), uma vida em morte (1Pe 3:18, Gl 2:20) e uma vida em vida (Jo 17:22-23).
Isso é originalidade!
Quando você afirma:
“Um ponto que acho notável é com relação as contradições bíblicas. Meu primo me disse que ele e você se dedicaram a refutação de algumas delas encontradas em um site, e concordei plenamente com todas as citadas, mesmo porque já tenho experiência no tema para saber que a maioria advém de puro desconhecimento bíblico. Mas posso muito bem mostrar algumas que são ao menos bem difíceis de superar. Isso de modo algum desqualifica a Bíblia, a meu ver, pois contradições são uma constante no pensamento religioso e uma marca indelével de qualquer flerte com questões terminais e transcendentes. É estranho o medo que muitos crentes tem de achar contradições em seu livro sagrado, quando é justamente nas contradições que estão as janelas para o supra racional. O budistas tem um nome para isso. Koan, que são ensinamentos contraditórios e ou desconexos que quando confrontados podem levar à iluminação. Ademais, é exatamente isso que leva as diversas interpretações e a discussões como a que temos agora. Basta examinar um bom diálogo entre Calvinistas e Arminianos para perceber isto.”.
Vejo que pode ter ocorrido, na sua explicação, uma mistura de definições entre contradição e paradoxo. Apesar de muito próximas as duas palavras podem expressar duas coisas totalmente diferentes.
Há realmente muitos paradoxos na bíblia e, como você bem colocou, é uma característica que a enriquece ao invés de desqualificá-la
Sabemos que você já conhece a resposta, por exemplo, da questão da genealogia de Jesus. Por favor, SEJA MAIS IMPARCIAL e libere os conhecimentos bíblicos que você tem adquirido a favor dela.
Quanto às passagens e argumentos que você usa para sustentar a teoria da MCM:
"Porquanto, ao ressuscitarem dos mortos, nem se casam, nem se dão em casamento; pelo contrário, são como os anjos nos céus."
Marcos [2:25]
Creio que houve um engano, você quis dizer Mt 22:30
Você explica que:
“Pense bem, se houvesse almas conscientes sem corpo já em contado com Deus, essa passagem seria estranha, pois tais almas
já seriam como anjos no céu. Porém é tido que elas o serão DEPOIS de ressuscitadas. Me parece um ponto a favor da tese
de que a alma não tem vida sem o corpo.”
Veja bem Marcus, Mateus se refere, neste versículo, ao fato de que o nosso corpo, quando ressuscitado depois da morte, será um corpo diferente do que imaginamos hoje. Um corpo glorioso incorruptível e desconectado do pecado. Essa passagem está se referindo ao período de tempo DEPOIS do Dia do Julgamento (DJ). Confira isso em Mt 22:28 e no contexto bíblico geral.
Já a passagem que você citou de João [5:28-29] é perfeitamente explicada pelo livro que lhe dei (O Evangelho Versão Restauração). Basta consultá-lo.
Mais adiante você faz a seguinte afirmação:
“Esta doutrina da interdependência entre alma e corpo, que não nega a imortalidade da alma, apenas que ela possa ter
consciência sem o corpo, também explica algo que diferente de quase todas as demais religiões, é marcante na Bíblia,
a valorização do corpo em si.”.
E se baseia na seguinte passagem:
“Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas; mas eu não me deixarei
dominar por nenhuma delas. Os alimentos são para o estômago e o estômago para os alimentos; Deus, porém aniquilará,
tanto um como os outros. Mas o corpo não é para a prostituição, mas para o Senhor, e o Senhor para o corpo. Ora, Deus
não somente ressuscitou ao Senhor, mas também nos ressuscitará a nós pelo seu poder. Não sabeis vós que os vossos
corpos são membros de Cristo? Tomarei pois os membros de Cristo, e os farei membros de uma meretriz? De modo nenhum."
I Coríntios[6:12-15]”
Realmente o corpo é MUITO importante no cristianismo porque:
1 – É a sede da morte e do pecado
“Rm 7:23 mas vejo nos meus membros outra lei guerreando contra a lei do meu entendimento, e me levando cativo à lei do
pecado, que está nos meus membros.”
“Rm 7:5 Pois, quando estávamos na carne, as paixões dos pecados, suscitadas pela lei, operavam em nossos membros para darem fruto para a morte.”
2 – É santuário do Espírito Santo
“1Co 6:19 Ou não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que habita em vós, o qual possuís da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?”. Leia também 1Co 3:16,17
3 – Sem corpo não há alma, mas sem espírito também não.
“Gn 2:7 E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou-lhe nas narinas o fôlego da vida; e o homem tornou-se alma
vivente”. Nesta passagem percebemos claramente que a alma só foi formada depois que o corpo recebeu o espírito
(sopro) da vida.
4 - O corpo é uma veste sem a qual o homem está desnudo e incompleto aos olhos de Deus. Por isso, para o DJ, os mortos serão ressuscitados para serem julgados. O homem foi formado com corpo, alma e espírito (o homem tripartido). Essas três partes foram feitas originalmente (em Adão) para funcionarem de forma harmônica e integrada, mas tornaram-se independentes devido à queda do homem.
A restauração da integração e harmonia dessas três partes ocorre somente com o segundo Adão, a saber, Cristo.
Importante lembrar que na passagem que você citou, Paulo se referia tanto aos membros...
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Continuação da Mensagem - Terceira Parte
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...do nosso corpo (braços, pescoço, pernas etc) quanto aos membros do corpo orgânico de Cristo (todos os crentes): 1Co 12:27 “Ora, vós sois corpo de Cristo, e individualmente seus membros.”
Quando você usa principalmente passagens do Velho Testamento (VT) como corpo teórico para defender a MCM incorre em erro por um motivo muito simples: no VT os judeus não tinham uma idéia clara do que era a vida após a morte. Eles sabiam que o Seol era um local aonde a alma ia, mas não tinham (nem mesmo por meio dos profetas) a revelação que foi dada, posteriormente, por Cristo.
Saiba que o VT é apenas um prenúncio (por meio de imagens, símbolos, sombras e figuras) de Jesus Cristo e de toda a vida espiritual que Ele iria revelar e dispensar ao homem. Antes dEle tudo estava encoberto e velado. Esse véu é representado pela cortina que cobria o Santíssimo Lugar no tabernáculo.
Os profetas não podiam ver além de Cristo. Somente Ele pôde rasgar o véu. Veja que os Seus ensinamentos eram tão elevados que nem seus discípulos conseguiam entender antes de sua ressurreição: “Jo. 13:7 Respondeu-lhe Jesus: O que eu faço, tu não o sabes agora; mas depois o entenderás.”. Vale notar que a maioria dos Seus discípulos, mesmo depois de Cristo ressurreto, continuaram a não entendê-Lo.
Por isso a grande importância da passagem de Lázaro e o rico revelada por Jesus em Lucas 16, para trazer luz à questão do mundo dos mortos.
E por falar nesta passagem parece que você ignorou meu comentário sobre a mesma na minha mensagem anterior que dizia: Como expus antes, esta passagem não poderia estar se desenvolvendo no futuro de Lázaro, pois ele [o rico] suplicava para que seus irmãos fossem avisados. Além disso, o futuro que você está descrevendo é o Dia do Julgamento (Juízo) Final, quando as almas dos ímpios serão lançadas no Lago de Fogo e as dos crentes estarão indo desfrutar a Nova Jerusalém. O que ocorre nesse dia é totalmente incompatível com a cena descrita na passagem de Lucas 16. No julgamento TODOS estarão acordados, postos em pé diante do trono (Ap 20:12) e em Lucas 16, Lázaro estava repousando no seio de Abraão.
Volto a insistir que esse fato torna INCOMPATÍVEL a crença de que essa cena está se desenvolvendo no futuro, no DJ.
Além disso podemos citar algumas outras passagens que podem servir como base para afirmar que existe atividade espiritual sem um corpo físico.
“Hb 11:4 Pela fé Abel ofereceu a Deus mais excelente sacrifício que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho das suas oferendas, e por meio dela depois de morto, ainda fala”. Aqui Paulo estava explicando Gen 4:10 “E disse Deus: Que fizeste? A voz do sangue de teu irmão está clamando a mim desde a terra.“
“1Pe 4:6 Pois é por isto que foi pregado o evangelho até aos mortos, para que, na verdade, fossem julgados segundo os homens na carne, mas vivessem segundo Deus em espírito”.
“Jó 26:5 Os mortos tremem debaixo das águas, com os que ali habitam.”
Paulo, ao ser arrebatado ao Paraíso ou viu palavras inefáveis (2Co 12:4). Como ele poderia ter ouvido alguma coisa se não há vida espiritual no Paraíso, que fica no Hades?
Além dessas passagens temos o fato de a Bíblia proibir terminantemente a consulta aos mortos (necromancia). Sabemos que essa proibição refere-se aos demônios e não às almas de humanos que já morreram. Assim sendo, como os demônios, seres espirituais, podem ter existência sem corpo?
Marcus, admiro seu esforço para tentar trazer um frescor às interpretações usuais da Bíblia. Todavia esse esforço está vindo sem vida, sem base bíblica e sem revelação. Sem revelação, sem entendimento, realmente muitas dúvidas surgem quando lemos as Sagradas Escrituras. Como a que você relatou em:
“Por sorte, há bastante material bíblico sobre a ressurreição, em especial em I Coríntios 15, que suscinta muitas questões."
Mas que foi, julgo eu, esclarecida quando a li em sua casa.
Você tem toda a razão ao afirmar que a teologia cristã e todo o cristianismo estão muito degradados. As verdades simples, revolucionárias, fantásticas e alucinantes estão veladas debaixo de toda essa degradação. Degradação essa cravejada de leis, religiosidade e doutrinas.
Vendo tudo isso eu só posso dar graças a Deus por estar em um local onde estas verdades foram restauradas!
Quando você defende a tese da Dependência (D) da alma em relação ao corpo afirma que:
“D1.1-Não se possa comunicar com os mortos.
D1.2-Não possa existir santos.
D1.3-Não existam fantasmas. “
Você parece desconhecer que, segundo a Bíblia:
D1: Os únicos mortos que podem se comunicar com os vivos são os demônios. Os anjos também podem se comunicar, mas não podem ser considerados como produtos de uma morte. Esse fato bíblico explica I1.1.
D2: Santo quer dizer aquele que foi separado por Deus do mundo. Aplica-se somente aos crentes vivos e não, como o catolicismo insiste em afirmar, aos mortos. Portanto, I1.2 se torna incompatível do ponto de vista bíblico, antes do arrebatamento.
D3 – Fantasmas, no sentido popular da palavra pode ser aplicado, na Bíblia, a quatro situações:
A – Aparição de anjos ou demônios;
B – Aparição de Jesus aos discípulos quando andou sobre o mar (em verdade ocorreu uma confusão)
C – Aparição dos espíritos de Elias e Moisés ao lado de Jesus (Detalhe: Nem Elias nem Moisés (nem Enoque) com eu já havia lhe dito antes, foram para o Hades. Elias e Enoque foram arrebatados e Moisés é um mistério).
D – Aparição do Corpo Glorioso de Cristo após a sua...
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Continuação da Mensagem - Quarta Parte
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...
ressurreição. Todos sabemos que não se tratava de um fantasma, mas poderia ser confundido como tal.
Essas situações não inviabilizam I.3, mas a restringe.
Você faz a seguinte pergunta:
“Para que houvesse alguém em um paraíso celestial ou inferno seria necessário a Independência, mas admitindo-se a
Dependência, isso seria impossível. Poder-se-ia argumentar que apenas os ditosos estivessem conscientes ou vice-versa,
mas isso levaria à tese da Independência, e ainda acrescentaria a pergunta de porquê os demais não poderiam estar despertos.
Se os condenados já estivessem sofrendo, porque os salvos não poderiam já estar gozando da plenitude divina?”
Eu já havia dito, na mensagem anterior, que:
Se pegarmos todas as passagens que relatam a descida de Jesus ao coração da terra durante os três dias entre sua morte e ressurreição. Se pegarmos as afirmações de Paulo durante seu arrebatamento ao terceiro céu e ao Hades e se tivermos em mente a cena descrita pelo próprio Senhor Jesus em Lucas 16 todo o conjunto fará mais sentido.
Entretanto, se ORARMOS E INVOCARMOS ao Senhor para que se abra o nosso coração e discernimento, chegaremos à conclusão mais importante de todas:
NADA DISSO É CRUCIAL!
Se Ele quisesse ser mais claro sobre o mundo dos mortos não estaríamos (como todos que se debruçam sobre esse assunto) com dúvidas a esse respeito. O foco das Sagradas Escrituras, certamente, não é a morte. Nunca devemos perder de vista o foco da Bíblia: Infundir Cristo para as pessoas e não meramente fornecer conhecimento e sabedoria para a mente.
Existe uma progressiva relação de intimidade entre Deus e o homem. Tudo REVELADO pelo Seu nome.
No princípio era Deus, depois SENHOR, a seguir Jeová (e todas as suas variantes), depois veio como Jesus, e finalmente se revelou como Jesus Cristo.
A maioria das pessoas mantém um relacionamento de pouca intimidade referindo-se a Ele apenas na sua forma genérica e impessoal, Deus. Devemos estreitar esse laço se quisermos conhecê-Lo verdadeiramente.
Com relação a I2, D2, I3, D3 e D4. Vejo que você se fixou em apenas um aspecto de menor importância para Deus:
a morte, a vida após a morte e antes da ressurreição. Afirmo novamente que o ponto central da Bíblia é a vida e a
vida é Cristo. Como afirmei no parágrafo anterior, se Ele quisesse ser mais específico com relação ao mundo dos mortos
escreveria um capítulo especialmente para isso. Você não acha?
Com relação à originalidade repito: Admiro seu esforço, mas sem base bíblica ele não se sustenta. Além disso a grande originalidade da bíblia é Jesus Cristo.
Sua vida, morte e ressurreição!
Não há nada que se compare!
Em I4 você questiona:
“Afinal... PRA QUÊ RESSURREIÇÃO?!?!?!”
Amigo, essa pergunta lhe respondo em outra mensagem, pois sua importância é por demais elevada!
Em D5 você se preocupa em aniquilar crenças antibíblicas. A Bíblia, e todos os seu fiéis defensores, não deveriam ter esse interesse. O que realmente interessa é a VERDADE. Mesmo que essa Verdade seja APARENTEMENTE próxima de algum outro sistema religioso.
A afirmação de I5 e D6 e D6 demonstra, mais uma vez, que você ainda não teve contato com as avenidas principais da Palavra de Deus. Parece que você se enveredou e se interessou apenas pelos becos e vielas desta grande e magnífica cidade.
Você disse:
“Daí, passo à defesa do Aniquilacionismo. Você mesmo parece ter admitido que uma punição perpétua não parece humanamente
compreensível como sendo justa, e daí partiu para a não-racionalidade.”
Desculpe-me se pareci apelar para a não racionalidade, apenas quis colocar que alguns conceitos não são o foco de atenção da Bíblia.
Quanto ao aniquilacionismo vejo uma ponta de possibilidade, haja vista que a Palavra diz que “Por isso, num mesmo dia virão as suas pragas, a morte, e o pranto, e a fome; e será consumida no fogo; porque forte é o Senhor Deus que a julga.” (Ap 18:8). A meu ver consumir envolve um gasto, um consumo. Como uma brasa em uma churrasqueira que vira, lentamente, cinza. Se admitirmos o aniquilacionismo surge, então a questão:
Quanto tempo a alma de um ímpio levaria para ser consumida no Lago de Fogo?
Quer dar um palpite?
Quanto ao nosso amigo ex-adventista você afirma:
“Isso tudo me leva a pensar no que nosso amigo ex-adventista me disse ontem. Diante dos que afirmam que o cristianismo”
acabou “com a Filosofia Grega, é mais plausível afirmar que foi o a filosofia grega, em especial o Neoplatonismo,
que “acabou” com o Cristianismo.”
Mais precisamente esse nosso amigo é um ex-cristão. Infelizmente ele foi vítima da religiosidade imperante nas denominações cristãs. Essa religiosidade nos afasta da vida, da Palavra viva contida na Bíblia. Nos mortifica, nos leva à árvore do conhecimento (que leva ao arrazoamento entre o que é bom ou o que mal, entre o que é certo ou o que é errado) e não à árvore da vida.
Como já venho afirmado a religião milita contra a vontade de Deus e cega quanto ao Seu mistério: Cristo ressurreto como Espírito Santo em nosso espírito.
Quanto à frase que ele formulou só me resta citar Romanos 10:11 onde Paulo afirma:
“Porque a Escritura diz: Ninguém que nele crê será confundido”. Creio que nosso amigo foi confundido e por isso
se decepcionou e por isso...
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Continuação da Mensagem - Quinta e Última Parte
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... encontra-se mortificado. Certamente ele discordará de mim, mas tudo (e todos) tem sua hora.
Quando você afirma:
“Eu não tenho do que me arrepender para buscar um tipo de redenção. Minha missão não é essa.”
Vejo que infelizmente você desconhece o real significado da palavra arrependimento usado no contexto bíblico.
A palavra grega que foi traduzida para arrependimento também quer dizer: “mudança de mente”, “mudança de direção”.
De acordo com o dicionário Houaiss:
Arrependimento – “no judaísmo e no cristianismo, ato central da virtude religiosa que consiste em um sentimento de
rejeição sincera, por parte do pecador, ao seu comportamento pregresso, e que resulta na intenção de um retorno
contrito à lei moral”
Entenda bem que essa “lei moral” refere-se a lei e à moral de Deus e não a dos homens.
Será que você, ou qualquer outra pessoa, de acordo com a moral e a lei de Deus, realmente não tem nada do que se arrepender?
Você nunca descumpriu pelo menos um dos Dez Mandamentos? Nenhum?
Leia Mateus 5 e veja que Jesus completa o que foi dito aos antigos quanto à lei. Como Ele mesmo disse:
“Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim destruir, mas cumprir. Porque em verdade vos
digo que, até que o céu e a terra passem, de modo nenhum passará da lei um só i ou um só til, até que tudo
seja cumprido” (vs 17-18).
Veja que, “como está escrito: Não há justo, nem sequer um.” (Rm 3:10 ).
Você ainda diz:
“Enfim, dê uma lida em Mateus 12:32 e entenda que se algum dia pequei contra o Filho...”
Veja bem. Mateus afirmou isso quando Jesus ainda era vivo e ainda não tinha se tornado o Espírito Santo. Hoje o Pai, o Filho e o Espírito Santo são Um. Não há como pecar contra um sem pecar contra os três.
Sem esse importante entendimento você afirmou que:
“...não tenho certeza, mas garanto que nunca pecaria contra o entendimento, a inspiração...
...que é o Espírito Santo.”
Pois agora você pode ter a certeza disso. Mas isso, para você, importa?
Permita-me voltar alguns parágrafos onde você afirma que:
“É estranho perceber que dentre os milhões de crentes cristãos, talvez nenhum realmente seja um seguidor da Bíblia,
mas sim um seguidor de uma teologia específica. Note que a maioria esmagadora jamais abriu uma Bíblia antes de se
converter e já receber de presente uma teologia determinada que viria a enviezar toda a sua leitura. Em grande parte,
talvez seja por não ter passado por nada disso que não encontro dificuldade em achar na Bíblia uma riqueza de outras
significações que costumam divergir das teologias tradicionais que não raro surgiram sobre as mais diversas pressões
sócio políticas.”
Marcus, isso de fato é muito verdadeiro e demonstra que você tem uma mente livre, porém sem o direcionamento adequado.
Você analisa, mas não experiencia as verdades bíblicas. Por exemplo, ao ler o versículo de João 6:48, no qual Jesus afirma:
“Eu sou o pão da vida.”
Você pega esse pão, analisa sua cor, cheiro e textura. Sua composição química. Seu valor nutricional. Seu contexto semântico e gramatical. Você faz tudo, exceto o principal:
Comê-Lo!
Que Jesus Cristo te ilumine pelo Salmo 119:105!
Com amor, Alexsander.
Jesus Cristo é o Senhor!
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Terça, 21 de Fevereiro de 2006 |
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Olá amigo.
Desculpe a demora em responder, meu final de semestre foi bastante carregado, creio porém que tal espera irá se
refletir em benefício, visto que que minha ocupação principal foi justamente concluir minha Dissertação Filosófica 1,
que foi sobre o tema da Meta-Continuidade Mental (MCM), examinando o conceito de Imortalidade da Alma platônico, temas que
são caros à nossa discussão.
Espero que isso ajude a esclarecer a estranha confusão que você fez a respeito de nosso debate, visto que confundiu o
conceito de MCM com o da Dependência Alma-Corpo na Bíblia, que não tem nenhuma implicação direta entre si. A MCM é uma
idéia muito mais abrangente, e independente do fato de na Bíblia, a alma depender ou não do corpo, pois nos dois casos
ocorreria MCM. A única diferença seria no tipo, pois de acordo com meu esquema, publicado em
Projeto Meta-Continuidade Mental, no caso da Dependência, teríamos
MCM Tipo 1, e no caso da Independência um misto de MCM Tipo 2 e 1, talvez 3 e 1.
Essa confusão entre MCM e DACB (Dependência Alma-Corpo Bíblica) infelizmente faz com que grande parte de sua mensagem esteja
equivocada, ainda que num ponto não essencial. E devo dizer que não vi motivo para essa confusão, visto que eu nunca empreguei
um termo no lugar do outro.
Fora isso, devo observar que permeou em seu texto uma estranha indecisão, pois em praticamente tudo você concordou comigo,
mas fala como se não o fizesse! Observe que você praticamente repetiu a maior parte de minhas declarações, e em alguns
casos as expandiu e intensificou, e em outros as atenuou, mas não vi exatamente onde você forneceu alguma argumentação
contrária a tese da DACB, exceto a mesma que já havia sugerido anteriormente.
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Lembrando que o que eu afirmei claramente foi,
"...é por isso (pela DACB)
mesmo a ressurreição é vital para a Meta-Continuidade da existência.",
apenas substitua o primeiro "é" por "e", já efetuei a correção na minha Resposta à Mensagem Anterior.
Quis dizer que na Bíblia a ressurreição, que você concordou ser o maior diferencial em relação a outras religiões, é
fundamental para a MCM. Ou seja, sem ressurreição, no cristanismo, não há Continuidade Existencial Consciente. Esta
afirmação estaria errada se pudesse haver consciência nos mortos antes da ressurreição.
Insiste em manter o foco deste assunto, a questão: Na Bíblia, existe existência consciente da Alma sem o Corpo?
Pessoalmente continuo achando que NÃO, pelas suas afirmações, e notório considerar que SIM, e pretendo continuar a
debater basicamente isto, pois tal diálogo foi prenunciado desde sua Primeira Mensagem,
e tem sido o tema principal desde a Segunda. É claro que há uma série de temas paralelos
relevantes, por isso por vezes o assunto se expande, mas lembre-se, continuarei ignorando desmembramentos que nada tenham
haver com o assunto.
Um dos primeiros pontos de devo acrescentar aqui, já o tendo feito pessoalmente, é que a tese DACB se aplica unica e
exclusivamente aos Humanos! Eu jamais diria que se aplica aos anjos, caídos ou não. No contexto que estamos usando,
eles não estão mortos. Urge então deixar mais claro o que estou querendo dizer com morte. Você está certo em usar morte
em outras conotações, mas no que tange a minha posição, estou usando o termo MORTE, exclusivamente no sentido de
Perder um Corpo Físico. Portanto, essa morte não alcança os anjos e os demônios, que jamais
tiveram um corpo físico, muito menos à Deus. O Pai e o Espírito Santo também nunca tiveram corpos físicos, Jesus o teve,
morreu e ressuscitou, e mesmo enquanto seu corpo estava morto, ele tinha existência consciente porque ele NÃO é humano.
Com isso, espero invalidar questões como
"Assim sendo, como os demônios, seres espirituais, podem ter existência sem corpo?"
e
"Os únicos mortos que podem se comunicar com os vivos são os demônios."
feitas por você, visto que demônios, neste sentido, não são mortos. Considerá-los "mortos" em termos espirituais é uma
coisa, mas estou me referindo a Mortos em termos Corpóreos Físicos.
Este uso do conceito de morte também nos ajuda a fazer comparações com outras religiões, que pregam outras formas de MCM.
O Neoplatonismo e o Kardecismo em geral, falam em perdas sucessivas de corpos físicos mantendo uma continuidade mental,
reencarnação, bem como falam em consciência independente do corpo. Religiões orientais e panteístas falam em MCM
após a perda do corpo por meio de uma absorção num "Absoluto Cósmico". O meu ponto, é que na Bíblia, a MCM humana só se
dá após a Ressurreição.
Esta sua última citação por sinal, se deu em uma contestação de uma das consequências da tese DACB levantadas por mim,
que é a explicação natural e simples de porque a comunicação com mortos é proibida, pois ela seria na realidade impossível,
e alvo do assédio de demônios que se passariam por mortos. A consequência da tese contrária IACB (Independência Alma-Corpo
na Bíblia), que nomeei simplesmente como I1.1, seria que a proibição da transcomunicação não faria sentido. Você disse
que o fato dos anjos poderem se comunicar explica esta consequência, mas não consegui ver esta explicação de modo algum.
A pergunta persiste."
Seria possível se comunicar com eles, ainda que por meio de anjos, talvez, e qual problema haveria nisso?
Eles dariam ainda mais força à palavra de Deus ao relatarem as glórias celestiais. Nesse caso a proibição da
transcomunicação seria totalmente arbitrária!"
É exatamente sobre isso que estamos discutindo, e para firmar de uma vez por todas os pés nesta discussão vamos reesclarecer
alguns pontos:
PRIMEIRO - Em momento algum estou me qualificando como detentor da verdade, POSSO ESTAR ERRADO, a tese IACB pode estar
certa! Apenas acho, e creio ter bons motivos para tal, que não está.
SEGUNDO - Minha opinião se baseia meramente em razão natural com base em minhas próprias pesquisas e com influência de
alguns outros autores. Em síntese, Teologia.
TERCEIRO - Só levarei em consideração argumentos que se baseiam em passagens bíblicas ou pura razão natural, sobre base
bíblica, é claro. Ignorarei solenemente qualquer alegação de que estou debatendo com alguém munido de algum tipo de qualidade
supra racional que não pode ser explicada. Ainda que, volto a insistir, isso possa ser verdade.
QUARTO - Isso devido a minha intenção ser meramente filosófica. Não pretendo fundar uma igreja, quero apenas, se for possível
estimular em quem quiser ler a Bíblia, que recomendo que todos o façam, uma abordagem cuidadosa e coerente. Sei muito bem
que isso pode e deve fortalecer ainda mais o cristianismo nesta pessoas, e mesmo que eu não tenha intenção de me tornar
cristão, tal consequência não me incomoda, pelo contrário. Prefiro viver num mundo de cristãos lúcidos e coerentes do que
num de cristãos fajutos e néscios. E nada disso tem haver com o fato de concordarem ou não com minha tese. Em qualquer caso,
espero que a simples discussão sirva para o enriquecimento intelectual, ético e ou espiritual.
Assim, começarei citando uma de suas frases nesta última mensagem, que resume a IACB:
"O homem foi formado com corpo, alma e espírito (o homem tripartido).
Essas três partes foram feitas originalmente (em Adão) para funcionarem de forma harmônica e integrada,
mas tornaram-se INDEPENDENTES devido à queda do homem."
A parte que grifei é o ponto que está em pauta, e que creio, já começa com uma estranheza. Parece que os humanos foram
criados para funcionar em forma harmônica e INTEGRADA, no entanto, devido a queda, estar partes TORNARAM-SE independentes.
Minha afirmação foi o exato contrário, de que estas partes, ao menos o Corpo e a Alma, nunca se tornaram independentes.
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Para sustentar DACB considero que temos:
1 - TODO O VELHO TESTAMENTO.
2 - QUASE TODO O NOVO TESTAMENTO.
3 - Implicações filosóficas inerentes.
Para sustentar IACB creio termos:
1 - Lucas [16:19-31].
2 - Descida de Cristo ao Hades, I Pedro [3:19], I Pedro [4:6],
Explico então porque desclassifiquei alguns de seus argumentos. A passagem de JÓ [26:5] me parece alegórica demais
para ser usada como argumento. O que
"os mortos tremerem debaixo das águas" significa? O Hades é embaixo do Mar?
Bem, como, logo em seguida, o que significa
"o Seol estar nu", ou
"suspender a Terra sobre o nada"? Isso é por demais
simbólico!
De modo similar encarro Gênesis [4:10], pois o tal
"clamor desde a terra" me parece claramente simbólico, e veja que
em Hebreus [11:4] é dito que Abel "fala" por meio das oferendas. Ou seja, é como um ato simbólico que continua significativo
mesmo após a morte de seu autor.
Assim, até você ter algo a acrescentar, manterei que o VT em peso não só sustenta DACB com inviabiliza IACB. E me parece
bem pouco prudente simplesmente desqualificar o AT devido a isso, visto que ele é a base do NT. O AT não é um mero
prenúncio da vinda de Jesus. Ele foi o livro sagrado dos Hebreus por 600 anos (de acordo com a arqueologia e história),
e por 1.500 (de acordo com bibliófilos). E continua sendo! Ele pode até ser incompleto, mas não faz sentido para um
cristão afirmar que ele esta errado! E negar suas afirmações sobre o sono dos mortos não é afirmar que o mesmo seja obscuro
ou incompleto, mas sim que não diz a verdade sobre a realidade trascendental, em no mínimo 10 passagens descritivas da
realidade espiritual!
Notei que não só eu, mas a maioria dos teólogos e estudiosos da Bíblia concorda que Lucas [16:19-31] é de fato uma
parábola, os motivos eu espero ter deixado bem claro na mensagem anterior, mas para resumir em 3: 1 - Ela vem em conjunto
com diversas outras passagens que são inequivocamente parábolas. 2 - Ela obedece a um estilo de ficção tipicamente grego,
que prega lições morais em forma de estórias ilustradas com personagens reais. 3 - E o mais importante, ela se refere
CLARAMENTE a um tema do VT, é óbvio. Se admitirmos que esta parábola conta uma história literal e temporal, então teremos
que forçosamente admitir que TODO o VT está errado em suas afirmações claras sobre inconsciência dos mortos. Acho até
que é exatamente por isso que há um largo consenso sobre a natureza parabólica desta passagem.
Também fico com a sensação de que fui ignorado sobre este tema, visto que ao afirmar que, no caso de não ser uma parábola,
esta história ficasse no futuro, eu disse claramente que a declaração do rico não implica que este tivesse um conhecimento
claro e correto da realidade. Ele poderia simplesmente ignorar que não seria possível a Lázaro avisar seus familiares.
Porque o depoimento, possivelmente fictício, delirante de um homem desesperado e atormentado deveria ser uma evidência
de uma realidade objetiva?
E devo dizer que não é a primeira vez que meu raciocínio lhe passou desapercebido, pois antes eu já havia claramente colocado
a situação em termos de transtemporalidade, e mesmo assim você ainda insistiu na temporalidade rígida. Mas finalmente você
acrescentou um novo argumento, de que Lázaro estaria repousando no Seio de Abraão, subentende-se dormindo, o que não
seria possível no Dia do Juízo, e portanto, no futuro.
Mas a pergunta é: Onde está dito que Lázaro estava "repousando"?! Nem na versão Restauração é dito isto! Mas sim, apenas,
que Lázaro foi para o seio de Abraão, e inclusive afirma que esta é uma
"Expressão rabínica, equivalente a estar com Abraão no Paraíso." Página 314.
E mesmo que fosse, repousar significa necessariamente dormir?
Portanto, Lucas 16 me parece ser um sustentáculo fraquíssimo para a IACB. Já a descida de Cristo ao Hades, este sim,
me parece bem mais forte, mas ainda ficam alguns problemas. I Pedro [3:19] é no mínimo obscuro em sua afirmação,
pois ao afirmar que Jesus pregou aos "Espíritos em Prisão", ele poderia, como você mesmo sugeriu, estar pregando aos
anjos caídos. Já I Pedro [4:6] parece bem mais claro, mesmo assim, o "mortos" em questão ainda é dúbio.
Ainda temos a possibilidade de isto estar se referindo ao futuro, e além do mais, Jesus é Deus. Ao afirmar a DACB eu
não estou de modo algum afirmando que isto é uma condição absoluta e incontornável. Poderia ser, como em disse,
uma singularidade. Normalmente os mortos não teriam consciência alguma, mas se Jesus devia pregar a eles, quem disse que
ele não poderia violar essa generalidade? Ao advogar uma tese coerente com a Bíblia, não estou de modo algum afirmando que
nem Deus pode violá-la.
Por fim, a estas anteriores você acrescentou:
"Paulo, ao ser arrebatado ao Paraíso ou viu palavras inefáveis (2Co 12:4). Como ele poderia ter ouvido alguma coisa se
não há vida espiritual no Paraíso, que fica no Hades?"
Mas onde foi que eu disse que não há vida espiritual no Paraíso, Céu ou o que quer que seja?! Eu disse apenas que os
humanos não estão lá. Note que imediatamente antes o próprio Paulo afirma:
"Conheço um homem em Cristo que há catorze anos (se no corpo não sei, se fora do corpo não sei; Deus o sabe) foi arrebatado até o terceiro céu.
Sim, conheço o tal homem (se no corpo, se fora do corpo, não sei: Deus o sabe)," II Coríntios [12:2-3]
Ora, nem ele mesmo afirma se o arrebatamente foi sem o corpo, e muito menos afirm que encontrou humanos por lá.
Com tudo isso, ainda estou a espera de melhores argumentos em favor da IACB, e elas não se resumem às passagens bíblicas,
mas à simples razão natural, que foi o motivo pelo qual eu listei as consequências
1.1 , 1.2 , 1.3 , 1.4 , 2 , 3 , 4 , 5 e 6, onde em TODOS os casos, a DACB se sobressai como a melhor explicação enquanto a
IACB acrescenta mais e mais problemas. Você praticamente passou batido por todos esses argumentos, se limitando a
reafirmá-los com outras palavras, comentar desmembramentos ou afirmar que eu não estou...
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...tendo a "devida" compreensão da palavra, desconheço ou ignoro uma série de coisas cruciais e etc, mas você não disse o que
seria! De que adianta dizer que o foco da Bíblia é a Vida, se tudo o que estou afirmando é que esta vida, no sentido
mental consciente, só é possível com a fusão da alma e corpo? Foquemos a morte, visto que é o oposto da vida, e assim a
estaremos focando indiretamente, não?
Antes de continuar, uma correção, sobre a passagem de Mateus [22:30], ela também está presente em Marcos [12:25],
meu erro foi esquecer o 1 antes do 2.
Retomando sua mensagem, sobre a questão de Paradoxos e Contradições, bem, de acordo com o mesmo Dicionário Houaiss que
você usou, "paradoxo" é uma forma de "contradição". Mas tudo bem, se você quiser estabelecer essa diferenciação, não vejo
problema, mas isso me parece um certo medo da palavra "contradição", a meu ver injustificado, visto que a essência teológica
do cristianismo é, em si, totalmente paradoxal, ou se você preferir, antinômicas.
Temos a Antinomia da Onisciência e do Livre Arbítrio, da Onipotência e da Existência do Mal, da Eternidade e do Temporal
e etc. É pura contradição! Querer que o livro, então, não incorresse frequentemente em contradições seria em si, contraditório!
Mais uma vez repito. A Maior Evidência da existência de Contradições na Bíblia é o simples fato de haverem centenas de formas
de interpretá-la, centenas de teologias, muitas das quais mutuamente exlcusivas e a maioria das quais bastante coerente.
Sobre o Aniquilacionismo, o meu palpite para o tempo de aniquilação é o seguinte: É temporário! Simplesmente não
importa se dura segundos ou bilhões de anos, o fato é que não é perpétuo, há uma diferença qualitativa TOTAL entre qualquer
número finito e o Infinito. Apenas para me permitir uma elucubração, se considerarmos que limpar, purificar, melhorar e etc,
sempre são mais dispendiosos do que sujar e piorar, poderíamos supor que um período de purificação de uma alma deveria
ser no mínimo equivalente ao seu período de vida, provavelmente maior. Mas isso seria purificação, aniquilação não
teria essa característica, visto que pode ser instantânea. Mas daí... Considerando a Onipotência divina, pouco importa.
A única coisa que importa é que TEMPORAL não pode se corresponder diretamente com PERPÉTUO e muito menos com ETERNO.
Ou teríamos uma contradição ainda mais incômoda.
Quando eu disse que não tenho do que me arrepender para buscar um tipo de redenção, em momento algum eu disse que sou
perfeito e estou acima de qualquer pecado ou vício. Eu disse apenas que não tenho do que me arrepender PARA BUSCAR algum
tipo de REDENÇÃO. É claro que me arrependo de coisas, e corro atrás do prejuízo sempre que possível, mas são coisas
superáveis na própria vida, os tipos vícios e erros, que devem ser combatidos com virtudes. Mas diferente da grande maioria
dos convertidos, meu falecido tio, meu primo mais velho e você inclusos, eu não cometi erros suficientemente graves para
me lançar numa busca por uma transformação íntima radical, ou ao menos, eu nunca senti esse apelo.
Tenho uma série de defeitos, pra começar, um Ego colossal, mesmo depois de passar por movimentos místicos cujo foco era
a destruição do Ego. Mas isso sou eu! Essa tem sido minha vida, e olhando para trás, não repetiria muitos erros do passado,
mas o que há que eu deveria ser severamente expurgado de minha consciência?
Quanto aos 10 mandamentos, vejamos, para começar, eu teria que estar de antemão comprometido a eles, como não sou Judeu nem
Cristão, não entendi porque eu deveria julgar minha vida pelo decálogo. Por que não pelo Alcorão? Você acha que nunca violou
as leis de Maomé? Ainda assim:
1-Nunca tive outros "Deuses", se é que isso faz sentido. Ao longo de minha vida acreditei num Deus Único no mínimo
equivalente ao Deus cristão, posteriormente aperfeiçoei minhas concepções deste Deus, mas elas sequer tiveram um nome.
Ou seja, eu poderia até ter uma visão equivocada de Deus, mas isso significaria ter um outro Deus? Mas de qualquer modo,
estou fortemente inclinado a pensar em termos de uma DEUSA. Chega deste irritante e insensato machismo teológico.
É sério! Estou me preparando para, ao lançar meu próximo site, dedicar grande parte dele à TeAlogia, ou seja, pensar
a divindade antes com características femininas do que as escancaradamente masculinas, apesar das alegações de neutralidade,
características do Deus cristão.
2-Mesmo não sento iconoclasta, nunca adorei imagens, e jamais o faria, porque desde criança, uma coisa que sempre foi claro
em minha mente é que uma Divindade suprema não poderia ter uma imagem específica, pois isso seria limitá-la, também não
poderia ter um símbolo e nem mesmo um nome. Nada disso faz o menor sentido! A divindade tem que ser algo que transcende a
tudo isso, sendo no mínimo uma tolice tentar representá-la por uma simbologia específica, quer visual, literal ou sonora.
3-Como disse, não acredito que a divindade possa ter um nome, mas mesmo do ponto de vista judáico-cristão, é impossível
violar este mandamento, visto que ninguém atualmente sabe o nome de Deus, Jeová, Iavé ou YHWH não passam de transliterações
insuficientes.
4-Já trabalhei e estudei várias vezes no sábado. Você também. Não reconheço esse mandamento.
5-O que significa exatamente, "honrar o pai e a mãe"? Respeitá-los, amá-los, ou jamais desobedecê-los?
6-Os únicos viventes de sangue quente que matei até hoje foram ratos.
7-O que é, exatamente, não adulterarás? Ter um caso extraconjugal? Isso jamais tive. Mas insisto que isto deveria ser
uma decisão do casal, não da sociedade, se um casal decidir praticar swing ou suruba, a divindade não tem nada
haver com isso. Bem, de qualquer modo, quando fui solteiro, tive um caso com uma mulher casada. Isto conta? Se não conta,
deveria.
8-Tudo bem. Já roubei um chiclete quando era criança.
9-Jamais testemunhei falsamente contra ninguém. Isso eu jamais faria! Este é, para mim, o mais grave crime previsto no
decálogo.
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10-O que é exatamente "cobiçar" as coisas do próximo. Se for intentar tomá-las, também sou inocente disto.
Mas afinal, e daí? Como eu disse, jamais me comprometi a seguir estes estranhos e vagos mandamentos, dos quais no máximo
metade tem alguma coisa haver com Ética, que por sinal, falando nisso, os 10 mandamentos tem muito pouco haver com ética,
visto que em sua maior parte se preocupa em estabelecer diretrizes religiosas, sem qualquer conteúdo ético, e em outras
se preocupam mais com questões patrimoniais.
E continuando a falar em ética, essa é a grande diferença entre muitos não-crentes e crentes. Os primeiros encontram em
si próprios a força mental necessária para agir eticamente, muitas vezes sem esperar qualquer tipo de recompensa, quer
neste mundo, quer num outro. Os últimos precisam de um motivo externo para fazê-lo, que se baseia no prêmio pelo bom
comportamente e na ameaça de um castigo terrível pelo mau. No fundo, é uma moral extremamente interesseira.
Diante disto, é triste que tantos crentes insistam em desqualificar pessoas eticamente muito superiores a elas, se apegando
a incompreensíveis valores subjetivos que sequer podem ser expressos. Tenho muito disso falado em
RELica & ETIgião.
Mas chega disso. Continuo cada vez mais convencido de que a DACB é a melhor linha teológica, que faz a Bíblia soar como um
livro mais inteligente. Este ponto de nosso debate, creio que você parece ter negligenciado um tanto. Insistir em Lucas 16
mais a descida de cristo ao Hades me parece demasiado insuficiente para sustentar devidamente IACB. Fico esperando maiores
desenvolvimentos.
Por fim, sobre o Pão da Vida. Entenda. É inútil tentar usar este diálogo com intenções proselitistas. Ainda mais inútil
argumentar que somente com tal o qual estado mental subjetivo, de preferência fazendo vista grossa para certos raciocínios
claros, eu poderia enteder e aceitar tal ou qual ponto de vista.
Sim. Analisei o Pão. Medi, pesei, cheirei e etc. Mas parece que de fato não comi. Não quis comê-lo. Examinei antes
de me lançar cegamente botando-o na boca, como a maioria esmagadora da humanidade faz.
Já reparou que a quase totalidade das pessoas só estuda espontaneamentr uma coisa quando já esta previamente decidida a
acreditar nela? Elas não decidem objetivamente, não fazem escolhas lúcidas, deixam as forças inconscientes e coletivas
as empurrarem, e só depois, decidem justificar racionalmente sua "decisão".
Eu já li livros dos Testemunhas de Jeová, mas nunca pretendi ser um deles, já li o Alcorão, e jamais seria muçulmano,
já li obtas budistas, até pensando em ser budista, mas terminei por mudar de idéia, e li obras gnósticas já estando
dentro do movimento, para então descobrir que meu caminho era outro.
Se não comi deste pão, é porque o examinei antes. Se todos fizessem isso, muitíssimo menos pessoas seriam intoxicadas.
Não estou dizendo que o pão em si seja ruim. Apenas não o comi. Detesto azeitonas, mas não digo que elas sejam ruins.
Estudo a Bíblia em termos literários e teológicos, há mais de 5 anos. Praticamente nenhum não crente faz isso, e dos
poucos que o fazem, a maioria tem como objetivo denegrí-la. Muitos crentes, também, comeram o pão sem sequer sentir o
cheiro, sem sequer poder tocar a textura e apreciar a cor, e depois é tarde demais. O efeito deste pão tem a propriedade
de alterar os sentidos e o pensamento, fazendo com que seu julgamento não seja mais o mesmo.
Estou bem com meus pensamentos, estou feliz comigo mesmo, e enquanto estiver assim, ou ao menos enquanto tiver forças
em mim mesmo, não precisarei de apoios externos e exóticos para resguardar minha paz de espírito.
De seu amigo...
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5 de Abril de 2006 |
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Jurandir de Jesus Ferreira
-
1940
-
Rio de Janeiro-RJ
Funcionário Público Municipal
-
Agnóstico
345,
315,
301,
102,
100
J u r a n d i r _ 1 9 9 9
y a h o o . c o m . b r
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Grande Marcus Valério! Há quanto tempo, não nos falamos, hein!
Mas podes estar certo, que apesar de me manter em silêncio, estou acompanhando avidamente o que ocorre em teu site.
No momento quero apenas parabenizá-lo pelo novo conto
6 LETRAS, que acabei de ler neste momento. O patife do RAMOS, como todos os ditadores, auto-convenceu-se de que suas cruéis ações eram boas, mas não contou com a intervenção do poder então dominante, e acabou recebendo o que mereceu.
Quanto aos anjos de Damiate, fique sabendo que o público aguarda ansioso novas aventuras com esses seres fantásticos.
Apreciei muito a forma introdutória do conto, pois ela prende de imediato a atenção do leitor. O mesmo pode-se dizer da conclusão repentina e bombástica.
Parabens. Estamos contigo.
JURANDIR
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Sexta, 10 de Fevereiro de 2006 |
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Meu prezado Jurandir!
É sempre um prazer receber uma mensagem sua.
O fato de ter escrevido tão rapidamente sobre o
6 LETRAS
prova que você tem mesmo estado atento ao site, e agradeço por isso, bem como por sua apreciação e incentivo.
Apesar de ainda estar bastante ocupado, venho encontrando mais tempo para os sites agora, e pode ter certeza
de que a partir de agora a parte de Ficção Científica, incluindo os Contos, não vão
mais ficar tanto tempo sem inovações.
Um grande abraço.
Amigavelmente
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5 de Março de 2006 |
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Wil
-
São Paulo-SP
-
Funcionário Público
w i l p o n
t u t o p i a . c o m . b r
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Olá . O que é uma STRANGELET?
É verdade que um experimento desses poderia originar um Buraco Negro e destruir a Terra?
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Sexta, 10 de Fevereiro de 2006 |
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Este não é o melhor lugar para essa pergunta, visto que uma busca no
GOOGLE
pode resultar em muitas
informações melhores. Mas de qualquer modo, um Strangelet é um QUARK STRANGE, ver texto sobre
Microcosmo, ainda que eu esteja devendo um desenvolvimento maior no mesmo.
Supõe-se que tal partícula teve papel importante no evento do Big-Bang, e que sua presença induza um
vasto processo de destruição. Alguns cientistas levantaram a hipótese de que caso entidades como essa pudessem
ser produzidas em Aceleradores de Partículas, através do choque de átomos de ouro em altíssimas velocidades,
poderia ocorrer de tal reação em cadeia provocar um devastação incontrolável, oferecendo risco para o próprio planeta.
Mas concordo com a maioria dos estudiosos e críticos que acham essa idéia extremamente improvável. Mesmo que se produzam
tais experiências, acho que ainda não estamos com essa bola toda. Nossos mais avançados recursos subatômicos podem
acabar com a vida de nossa espécie, mas por enquanto mal podem arranhar o planeta.
Mais informações em toda a parte pela Web, mas dê preferência a sites de universidades ou institutos de ciência.
Cuidado com os paranóicos e malucos de plantão.
Amigavelmente
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5 de Março de 2006 |
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Josias
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1987
-
Blumenau-SC
Estudante
-
Creio no Evangelho
a p o c a l y p s e h
h o t m a i l . c o m
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Aew. Primeiro comentário desse ano ;D
Bom...
Eu fazendo umas pesquisas no fantástico Google, acabo encontrando seu site.
Eu gosto muito dos assuntos que são tratatos no site. São dos mais variados, porém sempre dentro dos assuntos principais.
Irei ler muito o que tem aqui, pois comecei a ler sobre a conversa com o diabo, mas nao terminei ainda.
Queria saber adiantado (nao sei se consta no texto) se aquilo foi real. Sendo ou nao sendo, o que no caso o diabo fala,
geral é mentira. Mas nao vo entrar nisso agora.
Queria sber também se tudo do site é de dua autoria. Porque é fantástico!
E nao vejo a hora de ler sobre a matéria da invisibilidade. Só preciso achar paciencia, é muito grande o.O
Bom...por inquanto é isso.
Abraços.
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Terça, 17 de Janeiro de 2006 |
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Olá Josias. Obrigado por sua participação em meu site.
Conversando com o Diabo é um conto de Ficção Fantástica. Nada tem de real a não ser
as crenças de todos nós. Mas, apesar disso, vejamos sua hesitante colocação de que tudo o que o Diabo diz é mentira.
Ora, considerando-o como um personagem literário, e analisando a própria Bíblia, poderia me mostrar um única passagem onde
o dito cujo tenha falado uma mentira? Só uma! É engraçado como os julgamentos de valor bíblicos e os próprios relatos
não parecem se harmonizar, pois ele é acusado de ser mentiroso quando no entanto não é relatada nenhum mentira do mesmo.
Por outro lado... Há algumas passagens onde Deus claramente mente! Mas não vou entrar nisso agora.
Espero que goste do texto sobre Invisibilidade. E ele nem é tão grande assim.
Amigavelmente
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26 de Fevereiro de 2006 |
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Gustaf Dantas Bitencourt Florencio
1985
-
Natal-RN
Estudante Universitário
517
449
g u s t a f d a n t a s
h o t m a i l . c o m
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Olá , Marcus...Venho aqui transcrever um excelente tópico posto pelo forista o anátema no fórum Religião é Veneno:
Perplexidade Moral
Eu queria saber se você considera algum desses atos descritos abaixos como condenáveis segundo a Ética exeriana.
Pessoalmente, por mais intrigante que isso seja para mim, acho que eles não são condenáveis.E você, o que acha?
" (retirado de Tábula Rasa de Steven Pinker.)
[...]
o senso moral é repleto de peculiaridades e propenso a erros sistemáticos- ilusões morais, digamos assim-,
exatamente como nossas outras faculdades.
Ponderemos sobre a seguinte história:
Citação:
Júlia e Marcos são irmãos. Estão viajando juntos pela França durante as férias de verão da universidade.
Certa noite, a sós em uma barraca perto da praia, decidem que seria interessante e divertido se tentassem
fazer amor. No mínimo, seria uma nova experiência para cada um deles. Júlia já estava tomando pílula,
mas Marcos ainda assim usou camisinha, só para garantir. Os 2 sentem prazer naquele ato, mas decidem não
repeti-lo. Mantêm aquela noite como um segredo especial, o que os faz sentir-se ainda mais próximos um do outro.
Qual sua opinião: o que eles fizeram foi errado?
O psicólogo Jonathan e seus colegas apresentaram esssa história a muitas pessoas. a maioria declara prontamente
que o que júlia e Marcos fizeram é errado, e depois fica procurando razões para justificar por quê. Mencionam os
perigos na endogamia, mas são lembrados que usaram duas formas de contracepção. Aventam que Júlia e Marcos sairiam
emocionalmente magoados, mas a história deixa claro que isso não acontece. Arriscam que aquele ato ofenderia a comunidade,
mas depois lembram que foi manido em segredo. Argumentam que aquilo poderia interferir em futuros relacionamentos,
mas reconhecem que Júlia e Marcos concordam em não repetir o ato. Por fim, muitos dos entrevistados admitem:
"Não sei, não consigo explicar, só sei que é errado". Haidt designa esta situação como "perplexidade moral",
e a evoca juntamente com outros cenários desagradáveis mas sem vítimas:
[...]
Citação:
O cachorro de uma família é morto por um carro na frente de casa. a família ouviu dizer que carne de cachorro é deliciosa,
por isso cortam o corpo do cão em pedaços e o comem cozido no jantar.
Um homem vai ao supermercado uma vez por semana e compra uma galinha morta. Mas, antes de cozinhar a galinha, tem relação
sexual com ela. Depois cozinha e come.
Muitos filósofos morais diriam que não há nada errado nesses atos, pois atos privados entre adultos de comum acordo e que
não prejudiquem outros seres sensíveis não são imorais. [...]As pessoas tem sentimentos viscerais que que lhes dão
convicções morais intensas, e se esforçam para racionalizar estas convicções em vista do fato. Essas convicções podem
ter pouca relação com julgamentos morais que o indivíduo poderia justificar para outras pessoas com base em seus efeitos
sobre a felicidade ou o sofrimento. Em vez disso, surgem de organização neurobiológica e evolutiva dos órgãos que
chamamos de emoções morais.
(retirado de Tábula Rasa de Steven Pinker.)
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Domingo, 15 de Janeiro de 2006 |
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Oi Gustaf.
Obrigado por trazer esse interessante tema ao site, o qual opinarei com prazer.
Evidentemente concordo com os filósofos, nenhuma desses exemplos é, em si, um ato anti-ético, e são interessantes porque
denotam exatamente essa confusão comum entre os âmbitos global da ética, que eu chamo de Ética em si, e o tempo local,
que eu denoto como Moral.
A maioria das pessoas vê algo errado nesses exemplos porque está acostumada a confundir a moral local com a Ética Universal.
Elas aprendem uma série de preceitos que só fazem sentido num âmbito restrito, mas tendem a universalizá-los, e aí não
consequem explicar o porque do ato ter de ser considerado errado.
Como sempre digo, há poucos atos que são sempre eticamente questionáveis e em geral condenáveis, em qualquer sociedade
humana concebida. Trata-se do assassínio, do roubo, da tortura, da mentira, da agressão e etc, em especial quando ocorrem
sem qualquer justificativa clara como a auto-defesa ou defesa de outrem, ou a punição social amplamente estabelecida, e que
mesmo assim está sujeito a muitos fatores complicadores.
Há porém, algo que eu gostaria de acrescentar nesses casos, que é o fator de Risco, que está envolvido em todas essas
situações.
Trata-se de criar um precedente que, se repetido, tenderia a se tornar cada vez mais ameaçador. No primeiro é menor,
visto que o evento foi privado. Mesmo assim há um certo risco. Já imaginou se por algum acaso, alguém tivesse tido a
oportunidade de flagrá-los ou mesmo filmá-los, expondo o vídeo na intenet ou algo similar? De um ato inicalmente inofensivo,
poderia se tornar algo trágico. Ainda não acho que isso justifica uma condeção do ato, mas seguramente eles teriam se
arrependido se de algum modo o ato chegasse ao conhecimento de outrem.
Esse risco aumenta nos demais casos. Ao comerem o cão falecido, este sim um evento claramente que tende ao público, poder-se-ia
gerar um precedente imitável que levasse a estimular atos similares e por fim atos mais claramente anti-éticos. Correria-se
o risco de incentivar algo que, num certo nível, ainda seria pouco ofensivo, mas poderia se agravar progressivamente.
O maior risco, a meu ver, é o caso da galinha. Por estranho que pareça. Pois embora não tenha causado sofrimento a um ser
vivo, o que aí sim, seria anti-ético, o homem exercitou um tipo de comportamente no mínimo arriscado do ponto de vista
sanitário. Poderia ser um estímulo para atos similares que terminariam por se tornar um hábito. Pense bem, eu pelo menos,
evitaria qualquer atitude que poderia me levar a desenvolver um comportamente tão grotesco como uma
zoonecrofilia. Aarrgghhh!!!
Creio que a área da sexualidade é muitíssimo delicada, pois certos desequilíbrios podem agir como ondas progressivas
que num nível social alimentam certas "patologias" comportamentais que se manifestam dos modos mais inusitados. Muitos
defendem a privacidade dos mais variados tipos de perversões consensuais, mas eu sou muito preocupado com a ligação entre
a apreciação estética do sadismo por exemplo, que existe às toneladas na internet, e a atitude de criminosos que exercitam
esse sadismo a nível não consensual. Não posso aceitar que de algum modo o primeiro não alimente o segundo, ainda que num
sutil nível de estímulo inconsciente. O mesmo pode ser aplicado a casos que envolvam zoofilia, pedofilia, necrofilia e etc.
Reitero, isso não torna esse atos automaticamente anti-éticos, em si, mas como eu disse, há um risco envolvido que,
de acordo com a situação, pode ser melhor evitar.
O senso ético é inevitável no ser humano, porém a cultura tende a enviezá-las. Uma tendência universal da cultura humana
com a ÚNICA exceção de nossa atual civilização ocidental, é a tendência a querer empurrar seus limitados e restritos
conceitos como se fossem universalmente válidos e invariavelmente derivados de legislações divinas, a ponto de serem
impostos à força sobre outras culturas. Autalmente , nós somos a "única" cultura no planeta, até hoje, que pensa duas
vezes antes de considerar seus próprios viezes como superiores aos alheios. Há uma desenvolvimento deste tema em meu
ensaio livre Humanismo X Cultura.
Amigavelmente
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26 de Fevereiro de 2006 |
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Franklin
-
Porto Alegre-RS
-
1959
Médico
Católico
f r a n k l i n
p o r t o w e b . c o m . b r
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Boa tarde,
em algum momento alguém neste site escreveu que nem Olavo de Carvalho tunha coragem de defender Bush. Não é verdade. Olavo de Carvalho tem defendido por diversas vezes o presidente americano. E pelo que sei com toda razão. Entretanto ele também critica Bush po sua atitude frouxa com a oposição esquerdista que é hegemônica no Partido Democrata e também por uma infinidade de concessões ao politicamente correto. Como por exemplo o elogio a Kwanzaa festa falsamente afroamericana com que os ativistas profissionais querem substituir o Natal. A festa foi introduzida/criada nos anos sessenta por um agente do FBI que criou um movimento negro violento com objetivo de combater os Panteras Negras.
Políticos são assim melhor que sejam odor de demagogia sempre exla deles. Os responsáveis diretos pela desorganização em Nova Orleães foram
prefeitura e governo do estado. Eles estão nas mãos de esquerdistas negros do Partido Democrata e deveriam ter providenciado a evacuação e criado centro de acolhimento fora da área de risco. Foram instados a promover a evacuação total pelo governo Federal mas nada fizeram. Lembre-se os Estados Unidos são medularmente federalistas e que uma instância de governo não impõe nada a outra contra a vontade sem uma batalha cataclismática no Congresso. Bush ofereceu ajuda federal desde o princípio e Estado e Prefeitura recusaram repetidamente até a última hora.
Um abraço
Franklin
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Domingo, 8 de Janeiro de 2006 |
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Olá Franklin...
Obrigado pela intervenção. Quando fiz essa afirmação sobre
Olavo de Carvalho, eu realmente nunca havia visto nenhuma
defesa direta dele a favor pessoal de Bush, a não ser, é claro, a nível amplo como tendência política. E na realidade,
ainda não vi. Seria muito bom se você indicasse um link.
Mas de qualquer modo, não tenho nenhuma razão para duvidar, afinal como todo bom Radical de Extremíssima Direita,
se é que existe algum outro, não seria nada surpreendente que ele fosse uma voz corajosa e dissonante a assumir tão
ingrata tarefa, como aliás tem feito há muito tempo em relação à esquerda.
Não discutirei a questão de Nova Orleans, para a qual me falta informação, apesar de eu não duvidar também desta
possibilidade. No entanto, não posso deixar de manifestar minha discordância quanto a essa inacreditável postura
ultra direitista em pleno século XXI. Faz pensar que que os últimos 30 anos não ocorreram!
Com toda sinceridade, continuo achando Olavo de Carvalho um filósofo nada menos que BRILHANTE! Muitos de seus
textos me foram arrebatadores.
É de fato a mais pura verdade que a esquerda se espalhou por vários postos de poder nos últimos tempos, e que tal espalhamento
tem seus problemas. É também verdade que há toda uma gama de equívocos sendo cometidos por movimentos que podem ser
identificados como Progressistas, e portanto Esquerdistas. Mas daí a assumir uma postura ultra conservadora repudiando
odiosamente todo e qualquer tipo de concepção que não seja de extrema direita, me soa, sinceramente, como uma negação
de que os dinossauros estão extintos e que nem sequer poderiam estar.
Insistindo nesses termos pouco precisos, para cada mínimo tropeço da esquerda, a direita acumula desastres colossais
de escala hedionda já a uns 200 anos de capitalismo, sem contar uma acestralidade de muitos séculos de dominância
inerte e completamente estúpida. As soluções tradicionais e conservadoras para os problemas do mundo são
de um nível de fracasso que deveriam tornar qualquer ultra conservadorismo um verdadeiro suicídio moral e intelectual
e despertar a mais profunda vergonha.
Terei prazer em entrar em detalhes numa discussão específica, por enquanto fico só me perguntando se é tão difícil
ver que o fato do capitalismo atual ser tão diferente daquele dos tempos de Karl Marx, estando misturado com a social
democracia e toda uma sorte de posturas esquerdistas, seria assim tão incompreensível como um inevitável processo
histórico de adaptação que permitiu não só um progresso social e ético, bem como a própria sobrevivência e
sustentabilidade do sistema.
Alguns textos meus abordam tal tema:
Pequeno Demais para Nós Todos,
O Governo dos 'BuRRos',
O Silêncio dos Inocentes, e alguns outros por aí.
Amigavelmente
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18 de Fevereiro de 2006 |
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Ana Carolina
-
1980
-
Curitiba-PR
Pedagoga
Católica Não-Praticante
515
l i n d o s o r r i s o
m s n . c o m
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Olá, Marcus Valerio.
Hoje , novamente abri seu site, para ler um bocadinho. E tive uma surpresa muito agradável quando vi que vc tinha lido a minha mensagem e respondido.Isso deixou-me feliz, em saber que você se importa, não somente com aqueles que sabem tanto quanto você, que argumentam, levantam hipóteses, mas dá importância também a pessoas como eu, que pouco sabem dessa tão estimulante leitura.
Vou lhe confessar uma coisa. Li alguns textos por inteiro, mas não acho que essa leitura foi suficiente, então procurarei reler. Pois eu fico clicando em todos os artigos, leio um pouco de cada, quando vejo passaram horas, e não me fixei somente em uma coisa.Pareço aquelas crianças que derrepente colocam na frente delas vários objetos e ela de tão motivada , não sabe qual escolher, e fica um pouco com cada objeto para sentir a sensação de prazer .
É impressionante como sua leitura consegue instigar, e elas são bem descritivas e naturalmente longas. E, quando começo a ler, não consigo me desprender daqui..
Nesse momento adoraria saber a leitura dinâmica, devoraria seu site ...
Também demoro muito quando estou lendo, porque fico relacionando a sua mensagem , com a minha vida, nossas vidas, me perco nos meus pensamentos, quando percebo já se passaram horas...
Li , também o que vc disse que uma vez ou outra vc irá tirar alguns conteúdos, para colocar outros no lugar.Por favor , não faça isso...
Agora que descobri seu site , preciso conseguir ler, todo ele, e você bem sabe , que isso não é para qualquer um... Eu poderia gravar em um CD, mas estou com problemas para gravar , logo que tenha uma grana vou mandar arrumar daí gravo os trabalhos mais longos seus, posso fazer isso, não é? Porque seus trabalhos são realmente ricos...
Não jogo confete, nem caíria bem, mas...vc tem uma formação admirável.
Quanto Saber...continue...jamais desanime ou páre...Pessoa como Você , é que nos ajuda , nos motiva a ler, a conhecer...
Mais uma coisa aqui confesso: o quanto pára mim é dificil permanecer muito tempo lendo , sempre fui hiperativa, claro que fiz quando pequena terapia com ´psicologo, e a disciplina rigida no colégio de Irmãs tentou me moldar...mas aqui eu fico e leio por prazer...e isso é o que está me deixando entusiasmada.
Sabia???? Até um dicionário eu coloquei aqui do meu lado, se necessário for, no momento da leitura, ele já está na mão...Viu só? Você é responsável também pela mudança de comportamento... Lidera atravez das palavras.
Tem mais algumas coisas que gostaria muito de falar, mas deixarei p/ a próxima...e, mais uma vez, muito obrigada por ter lido a minha mensagem e ter respondido, você não tem idéia o quanto isso significou a mim e o quanto significa a tantas pessoas.
Ahhhhhhh, Um Ano Novo mais que demais para Você, Marcus Valério.
Beijos da sua admiradora:
AnaCarolina
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Quarta, 4 de Janeiro de 2006 |
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Olá Carolina...
Mais uma vez agradeço por me comunicar que eu possa lhe ser útil, e espero poder contribuir sempre mais.
Estarei a espera de seus futuros comentários e participações.
Quanto a sua requisição para que eu não altere o conteúdo do site:
Bem, não me lembro onde exatamente afirmei isso, mas é fato que estou sempre aperfeiçoando meus sites, no
entanto, jamais removi nada deles, embora alguns arquivos tenham sumido misteriosamente.
O máximo que pode ocorrer é a remoção de mensagens, pois acho que os visitantes tem direito a retirar o que
deixaram, embora eu sempre peça para que não o façam.
Mais uma vez, espero sempre poder contar com pessoas como você.
Agradecido.
Amigavelmente
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18 de Fevereiro de 2006 |
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Sergio Guimarães Hallais
-
Rio de Janeiro-RJ
1951
-
Tecnico em eletrônica, Empresario.
510
e l a o i g r e s
h o t m a i l . c o m
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Saudações Marcus Valerio XR !
Li várias vezes o texto Psicogênese da religião para tentar entender a sua posição sobre a origem da religião. embora o simples termo psicogênese já insinua que tudo começou dentro do cérebro humano.
Acho ótima a colocação de que a intuição é o diferêncial entre o humano e o não-humano. Entendo que isso quer dizer que nesse monento da evolução a química do cérebro que se desenvolvia conseguiu fornescer ao animal mais clareza nos pensamentos.
O termo intuição-mística induz a idéia de mistério com conotação meio sobrenatural, prefiro ver intuição como algo que trás conhecimento de alguma coisa ate então desconhecida, proporcionado, por uma química cerebral que nos possibilita pensar, entretanto, se começamos a buscar no desconhecido forças sobrenaturais, ai sim, está criada a mística da religião.
Se a intuição é apenas a potencialização da inteligência humana, que nada mais é que a capacidade de buscar, entender e supor relações de causa e efeito, não vejo como enquadrar nisso o termo religião e sim ciência. Concordo que nesse ambiente a religião surgiu o que prova apenas que seus fundamentos são equivocados pois ela usa o desconhecido para validar o sobrenatural.
Nem a ciência nem nada tem respostas definitivas a todas as questões, sempre havera o desconhecido mas não o sobrenatural.
Outra expressão que achei interessante "continuidade mental", realmente imaginar algo assim só pode ser fruto do egocentrismo humano. Acho muito fácil a solução para todas as mentes humanas: elas serão enterradas e no solo sua quimica fantástica servirá de adubo quem sabe para uma bela rosa desabrochar no futuro ou germinar um saboroso fruto que saciará meu descendente.
Não existe o pessoal no universo, tudo faz parte, por algum tempo de um contexto maior dentro de um processo em evolução. Acredito que tudo que o homem não pode fazer é se esconder atras do sobrenatural para fugir do medo do desconhecido.
Ate breve.
Sergio G. Hallais
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Terça, 3 de Janeiro de 2006 |
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Olá de novo Sérgio. Obrigado por mais essa mensagem e pela contribuição que você deu sobre a verdadeira grafia
da palavra "cognoscível". Também me agradou suas observações sobre meu texto
Psicogênese da religião. Quero somente frisar que este texto é antes de
tudo um texto Cético. Porém CÉTICO no real sentido da palavra. Lamentavelmente "Ceticismo" tem sido confundido com
"Materialismo", que embora seja um posição sustentável e coerente, é epistemologicamente tão válida quanto dualismos
espiritualistas. No meu ceticismo, defendo a total incredulidade quanto a possibilidade de termos qualquer certeza da
constituição "real" de nosso universo, portanto, jamais poderemos saber ou provar como o Universo de fato é.
Nesse sentido, meu texto não pretende fazer nenhum julgamento quanto às religiões se basearem em algum realidade
objetiva ou em mera subjetividade. Para isso, usei o termo seguinte, para o qual quero destacar a definição:
"Tomo como no sentido de um modo cognitivo que resulta em crenças, impressões e sensos imediatos, sem a tradicional
operacionalização em etapas dos processos racionais. A Intuição costuma produzir juízos instantâneos, que PODEM
SER corretos ou NÃO.
Com isso proponho um termo chave para a condução desta monografia, trata-se do conceito de INTUIÇÃO-MÍSTICA, que é a crença,
senso ou juízo imediato de que exista um Mistério, ou seja, algo que está além de nossa percepção.
Como a Intuição é um dom TÃO PASSÍVEL DE FALHAS quanto a Razão, (...), em NADA a Intuição-Mística implica NECESSARIAMENTE
numa percepção de algo real. (...)"
Jamais pretendi provar nada, mas sim propor um modelo explicativo funcional. Creio que um modelo compreensível e coerente
seria um pré-requisito para qualquer ensejo de realidade, a não ser que aceitemos um universo totalmente irrascível que
estaria fora de qualquer possibilidade de compreensão.
Quanto a Meta-Continuidade Mental, você acertou em cheio quando a chamou de uma idéia Egocêntrica. Afinal todo o universo
à nossa volta gira em torno de nós mesmos. Se você é extinto, o Universo para você deixa de existir! Sendo assim, todo
o apelo à própria existência é indubitavelmente egocêntrico. Daí, quando pesamos a única evidência irrefutável e não passível
de ceticismo, que é a nossa própria existência pessoal, e comparamos isso às frágeis evidências de que podemos deixar de
existir, frágeis pois parecem vir de fora de nossa existência, bem, com isso parece muito claro porque o apego a
existência é tão poderoso. Ultimamente tenho achado que isso sequer é exatamente medo do desconhecido, mas sim pura
e simples incapacidade cognitiva de conceber mesmo que vagamente a nossa inexistência. Podemos falar disso apenas
em terceira ou segunda pessoa! É sério! Já tentou se imaginar não existindo!?
Assim, qual é a base real para crermos que podemos deixar de existir? Temos apenas um bando de crenças derivadas de uma
experiência fenomênica tão confiável epistêmicamente quanto qualquer sonho! Por isso somos, no fundo, psicologicamente
imortais.
Enfim... Mais uma vez obrigado por sua participação..
Amigavelmente
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13 de Fevereiro de 2006 |
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Alexsander Hosnani Marques de Brito
1970
-
Brasília-DF
-
Psicodontólogo
Cristão
504,514
a l e x b r i t o 2
y a h o o . c o m . b r
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Ó Senhor Jesus! Amém!
Amado amigo, agradeço muito sua atenção. Não se preocupe com o tempo que leva para me responder, isso não é o mais importante.
O que realmente importa é a busca, o aprofundamento na palavra de Deus e o ganho de Sua vida. Estou gostando muito do nosso diálogo.
Ele tem me incentivado a avançar nos estudos-vida das Sagradas Escrituras. Muitas coisas estão se esclarecendo para mim e eu rogo ao Senhor para que Ele me direcione de acordo com Seus propósitos.
Rogo para que, nessa jornada, Ele me coloque no rumo certo, ou seja, no rumo da vida, no rumo de Jesus.
Vamos então avançar mais um pouco em nosso diálogo:
Vou aceitar, de muito bom grado sua sugestão de apelar para os originais gregos. Não visitei o site indicado, em compensação consultei os seguintes livros: Novo testamento Interlinear Grego Português de V. Scholz e R. Bratcher; o An Exposition of New Testament Words, de W. Lee e o Dicionário do Novo Testamento Grego, de W. C. Taylor. Espero que sejam suficientes.
No início da sua resposta você comentou que:
“Conferi um a um todos os versículos citados por você, bem como o contexto que os envolve, pretendo explicar então,
porque mantenho minha opinião, expressa em Falsos Mitos sobre a Bíblia, de que embora uma interpretação contrária
seja válida, acho muito mais provável que de acordo com o NT, nenhum dos mortos até hoje conheceu os deleites de
um Paraíso ou o tormento do Inferno.“
Eu não tinha (e ainda não tenho) a pretensão de apresentar uma interpretação contrária à que você expõe. No meu entender, concordamos que as almas dos mortos estão no Hades. Estamos também de acordo que o Tártaro (ou Abismo) é o local onde os anjos caídos estão presos. Pelo que entendi, divergimos, principalmente, nos seguintes pontos:
Primeiro: Sobre as definições de Inferno, Hades, Trevas Exteriores, Geena, fornalha de fogo, Lago de Fogo, Tártaro e Abismo.
Segundo: Sobre a relatividade temporal atribuída à passagem de Lucas 16 e sobre o significado dos tempos verbais onde a palavra Inferno aparece
Terceiro: Sobre sua defesa de que todos os mortos estão em suspensão existencial. Defesa que contrasta com a passagem de Lucas 16 que indica que apenas os crentes estão neste estado, mas que os ímpios estão acordados e em tormentos.
Quarto: Sobre o fato da existência de passagens bíblicas que permitam a afirmação de forma clara e convincente de que tanto o Inferno quanto o Paraíso estão no Hades
Vamos aos esclarecimentos então (não necessariamente na ordem apresentada):
Com relação à sua primeira observação:
“Minha primeira observação é que Mateus não nescessariamente afirma que o Hades fique em baixo da Terra, pois a
linguagem figurativa é uma constante na Bíblia e no nosso dia a dia. Quando falamos de coisas ruins é comun adjetivos
como "baixo" e vice-versa. Portanto, embora eu nada tenha contra tal implicação, quero apenas destacar que ela não é
explícita.”
Eu fiz uma observação semelhante em minha mensagem anterior:
“O Hades, portanto, é um local que fica abaixo da Terra (Mt 11:23; Lc 10:15), provavelmente em seu interior. Digo,
provavelmente, por tratar-se de um local espiritual, quando a Bíblia cita abaixo de, pode ser um plano existencial
(ou uma dimensão, se preferir) abaixo ou inferior à terrestre”.
Apesar de existirem muitas passagens que nos levam a inferir que o Hades realmente fica no coração da terra vou ficar com sua frase: “isso pouco importa”.
Você diz, mais adiante, que:
“Neste link você poderá verificar que o texto grego original do NT apresenta termos distintos que traduzimos para
"Inferno", num total de ao menos 23. Duas delas são "Geena" e "Hades".
Os autores do NT usam ambos um tanto indiscriminadamente, mas parece haver uma conotação de fogo mais explícita
em "Geena", ao passo que "Hades" costuma surgir em frases que envolvem a idéia de habitação da alma,
onde dormem os mortos. De fato parecem ser coisas diferentes. O Hades um plano dos mortos, a Geena um tipo de fogo.”
Pelas fontes utilizadas encontrei definições mais precisas sobre os termos referentes ao nosso tema:
HADES: Local onde a alma dos mortos é mantida (Lc 16:22:23, At 2:27). De acordo com os exegetas Hades é equivalente ao Seol do Antigo Testamento (Gn 37:35, Sl 6:5).
GEENA (Vale de Hena): É o equivalente ao hebraico Ge Hinnom (Vale de Hinom). Também chamado Tofete (II Rs 23:10, Jr 19:13) é um vale profundo situado a sudoeste de Jerusalém, entre as estradas que vão para Belém e para o mar Morto. Ele estava, de acordo com Js 15:8, na divisa entre Judá e Benjamim. Era usado como depósito de lixo e de cadáveres de criminosos da cidade.
Era o local onde todo o tipo de imundície era lançado e incinerado. Devido ao seu fogo contínuo, tornou-se o símbolo do lugar do castigo eterno, a saber, o Lago do Fogo (Ap 20:15). A palavra Geena aparece cerca de 12 vezes no Novo Testamento e é traduzida normalmente como Inferno
Complementando, PARAÍSO, de acordo com os livros consultados, pode ter três definições bíblicas possíveis: O jardim do Éden de Adão e Eva. O local onde Abraão e os crentes descansam. A Nova Jerusalém.
Em outro momento você diz, muito apropriadamente, que:
“Porém, se examinarmos TODAS as passagens de Mateus...
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Continuação da Mensagem - Segunda Parte
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...onde a palavra Inferno surge, elas estão se referindo ao futuro,
ou em condições de condenação. Ver Mt 5:22 e 5:29 para mais exemplos respectivos. O mesmo acontece em Lucas [10:15]
e [12:05], e também em Atos [2:27]. E mais interessante, Apocalipse embora use os termos no passado, evidentemente
fala do futuro.”
Se lermos os originais gregos, no local de Inferno lê-se Geena em Mt 5:22, 29, Lc 12:5. Hades em Lc 10:15 e At 2:27. Podemos então perceber que podemos fazer, facilmente uma confusão muito grande com esses termos. Devemos, então atentarmos para o significado dessas palavras e em que contexto elas estão sendo utilizadas. Quando fazemos isso, com a inestimável ajuda das palavras em grego, o sentido vêm à tona e o uso do tempo futuro se justifica plenamente.
Vejamos o que os originais gregos dizem das demais passagens do Novo Testamento onde a palavra INFERNO pode, dependendo da tradução, figurar:
- Lê-se GEENA em: Mt 5:22, 29, 30,; Mt 10:28, 18:9; 23:15, 33; Mc 9:43, 47; Lc 12:5; Tg 3:6
- Lê-se HADES em: Mt 11:23; 16:18; Lc 10:15; 16:23; At 2:27, 31, Ap 1:18; 6:8; 20:13, 14. Interessante notar que o abismo presente em Lc 8:31; Lc 16:26; Rm 10:7; Ap 20:1,3 pode ser atribuído ao que separa o Inferno do Paraíso no Hades. Em Ap 9:1,2; Ap 11:7, 17:8 provavelmente está se referindo às profundezas do mar, morada dos demônios.
- Lê-se TÁRTARO (aplicado, como você observou, aos anjos) em II Pe 2:4. E também, como já dito, em Lc 8:31; Lc 16:26; Rm 10:7; Ap 20:1,3
Para amenizar um pouco essa confusão estou lhe presenteando (Natal e aniversário) a Versão Restauração dos Evangelhos. Ela segue, o mais fielmente possível, o texto grego de Nestle-Aland, encontrado no Novum Testamentum Greace (26 a. Edição). Uma obra de valor inestimável, fruto de muito labor de amor e revelação das Escrituras. É ouro puro! Bom desfrute.
Em outra parte, você escreve:
”Agora vamos levantar alguns outros versículos que falam claramente da danação num tipo de inferno ou similar,
mas sem usar a palavra "inferno". "mas os filhos do reino serão lançados nas TREVAS EXTERIORES; ali haverá choro
e ranger de dentes." [Mateus 8:12] Em Mateus há mais duas referências a estas Trevas Exteriores ( Skotos Exoteros )
em [22:13] e [25:30].
Há diferenças importantíssimas entre Trevas Exteriores, Inferno e Fornalha de Fogo:
TREVAS EXTERIORES: são as trevas do lado de fora da glória resplandecente da manifestação do reino. Irão para estas trevas os “filhos do reino” (Mt 8: 16) que são os judeus salvos, mas que não tiveram fé suficiente para entrarem no reino milenar que é, para os milenaristas, o período de mil anos após a grande tribulação. Ficarão, portanto, do lado de fora desse reino, nas Trevas Exteriores, por mil anos.
INFERNO: Dentre outras coisas, é a seção de sofrimento do Hades
FORNALHA DE FOGO: Mesma coisa que Geena de fogo ou o Lago de Fogo e enxofre.
Você escreveu que:
“E ainda mais interessante, temos: "Mandará o Filho do homem os seus anjos, e eles ajuntarão do seu reino todos os
que servem de tropeço, e os que praticam a iniquidade, e lançá-los-ão na FORNALHA DE FOGO; ali haverá choro e ranger de
dentes." [Mateus 13:41-42].
E temos outra ocorrência de Fornalha de Fogo ( Kaminos tou Piros ) em [13:50], mas com o notável detalhe.
Em ambos os casos afirma-se que é onde serão lançados os Anjos! Eu tenho quase certeza de que este Kaminos tou Piros
deve ser o mesmo Tartaros de II Pedro [2:4]”.
Mais uma vez acho que houve descuido em sua interpretação, pois os dois versículos NÃO afirmam que os anjos serão lançados em algum destes locais. Uma leitura mais atenta irá demonstrar que os anjos serão os auxiliadores do Senhor para ajuntar (vs. 41), separar (vs. 49) e lançar (vs. 50) os incrédulos na Fornalha de Fogo (Geena ou Lago de Fogo).
Em certo momento, você pergunta:
“Porque devemos considerá-la como relato factual de algo que ocorreu no passado? Ora, Jesus falava muito por parábolas,
muitas das quais evidentemente simbólicas, porque tal relato tem que ser tomado como um fato literal?”
Veja bem, se fizermos um apanhado de todas as parábolas citadas por Jesus veremos uma diferença muito grande com relação
a esta passagem: Em todas as parábolas ele não cita o nome de ninguém e nesta, dois nomes próprios (Lázaro e Abraão)
são citados.
De acordo com a Bíblia de estudos de Genebra Lázaro é o único personagem que recebe nome nos exemplos dados por Jesus.
Suas parábolas eram marcadas pelo anonimato. Também em Lucas 16 podemos perceber, ou melhor, intuir, que há uma
diferença crucial com relação às outras parábolas.
Todavia, pensando bem, creio que pouca diferença faz se essa passagem é uma parábola ou um fato real. Se Jesus utilizava
parábolas para tentar explicar, dentre outras coisas, como funciona o mundo espiritual, não vejo o fato de essa
passagem ser considerada uma parábola como fator impeditivo para chegar às conclusões que venho expondo.
Você também comenta:
“E ainda que seja, o que nos garante que ele de fato ocorreu no passado, e não estará por vir no futuro, e por ser
Onisciente, Deus pode falar sobre ele em qualquer tempo, e evidentemente o pretérito é muito mais instrutivo para
efeitos didáticos.”
Marcus, observe que nos versículos seguintes (Lc 16:27-31) Jesus conta:
“Disse ele (Lázaro) então: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai, porque tenho cinco irmãos;
para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham eles...
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Continuação da Mensagem - Terceira Parte
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...também para este lugar de tormento. Disse-lhe Abraão:
Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos. Respondeu ele: Não! pai Abraão; mas, se alguém dentre os mortos for ter com eles,
hão de se arrepender. Abraão, porém, lhe disse: Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão,
ainda que ressuscite alguém dentre os mortos.”
Podemos perceber que o tempo desta passagem não poderia ser o futuro, pois como Lázaro poderia pedir para que seus
cinco irmãos fossem avisados? O tempo, certamente, era o presente (de Lázaro).
Você afirma, referindo-se a Mateus 27:51-53:
“Esta passagem não me parece adequada para defender a idéia de que há um Paraíso dentro do Hades, pois os santos
estavam a "descansar", dormir,e se refere a um evento físico que teria ocorrido logo após a cruxificação”.
Realmente esta passagem não é adequada para defender um Paraíso dentro de Hades. Ela foi utilizada para defender
que as almas dos crentes estão dormindo, nada mais. Aproveitando a deixa podemos perceber que esta passagem demonstra que,
após a ressurreição do Senhor Jesus, o poder da morte e do Hades foram subjugados. Representa o poder liberador de Cristo.
No versículo 53: “e, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição dele, entraram na cidade santa, e apareceram a muitos.”.
Analogamente, em Rm 6:4 lemos: “Fomos, pois, sepultados com ele pelo batismo na morte, para que, como Cristo foi
ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.”
Em sua próxima afirmação é dito:
“Se partirmos para a próxima passagem, veremos que nada há que deponha contra a idéia de que o mortos, ao menos os salvos,
estão a hibernar: "Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos
entristeçais como os outros que não têm esperança. Porque, se cremos que Jesus morreu e ressurgiu, assim também aos
que dormem, Deus, mediante Jesus, os tornará a trazer juntamente com ele."[I Ts 4:13-14] Porém, esta de fato sugere
algo curioso, podem os que não tem esperança se entristecer estando a dormir?”
Também acho que nessa passagem não há nada que deponha contra. Nesse ponto parecemos concordar. Entretanto, creio que
houve uma pequena confusão em sua interpretação. Quando Paulo afirma “não vos entristeçais” ele se referia aos irmãos
em Cristo e não aos que dormem. Além disso, os que não tem esperança são aqueles que não crêem (ou não creram) em Jesus.
Esta confusão é compreensível, visto que a versão que utilizou faz uso de uma construção frasal pouco intuitiva.
Na versão Ferreira de Almeida revista e atualizada (2a. Edição) lemos: “Não queremos, porém, irmãos, que sejais
ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não tem esperança.
Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em Sua companhia, os que dormem”.
Vejamos mais uma interessante afirmação sua:
“Assim, só há uma única passagem onde parece sugerir que os salvos já estariam gozando de um paraíso, que é a de Lucas 16,
que pode muito bem ser uma metáfora ou narrativa presciênte. Além disso, a palavra "paraíso" só aparece 3 vezes em todo
o NT, duas delas de modo irrelevante para nossa disussão, II Coríntios [12:4] e Apocalipse [2:7].
E você deve ter se enganado sobre a passagem Lucas [1:22-23], que nada tem haver com o assunto.
Somente em "Respondeu-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso." [Lucas 23:43],
teríamos uma outra sugestão, visto que o ladrão em questão logo em seguida morreu.”
Já explanei sobre a questão de Lucas 16 ser ou não ser uma metáfora. Podemos perceber que as passagens do Novo Testamento
não definem o famoso inferno que a maioria dos cristãos acredita existir, mas sim a Geena, o Lago de Fogo.
Por isso a passagem de Lc 16:22-24 (que convenhamos, parece não ser uma parábola) ser tão rara e preciosa.
Ela é a única que nos dá a indicação do que ocorre na seção de sofrimento do Hades ANTES do Julgamento final.
O versículo 24 é bem explícito nesse ponto, quando o rico, clamando, disse:... “Pai Abraão, tem misericórdia de mim,
e envia-me Lázaro, para que molhe na água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama.”
Na passagem de Lc 23:43 o ladrão poderia estar com Jesus tanto no Paraíso de II Cr 12:4 que está no Hades, quanto no Paraíso
de Ap 2:7 que é a Nova Jerusalém.
Pessoalmente acho que Jesus estava se referindo ao Paraíso de Ap 2:7.. digo isso pois, se admitirmos que Ele estava se
referindo ao Paraíso de II Cr 12:4 poderíamos concluir que Ele estava se referindo à Sua passagem pelo Hades no período
de três dias que antecederam Sua ressurreição. Mas isso, a meu ver, não faria muito sentido, pois se Ele foi pregar o
Evangelho aos mortos, porquê acordar quem já tinha crido? Sabemos que Jesus pregou o evangelho no Hades (I Pe 4:6) e
no abismo/Tártaro (Rm 10:7, I Pe 3:19, II Pe 2:4). Acho então mais coerente concluir que Ele pregou aos mortos que
estavam em tormentos na seção de sofrimento do Hades e aos anjos que estavam aprisionados no abismo.
Realmente me enganei, estava me referindo a Lucas 16:22-23 e não 1:22-23, mas como essa passagem já tinha sido explorada
não fez muita diferença.
A sua colocação, logo após, é de fato surpreendente:
“Ora, se consideramos que Deus está além do tempo, é obvio que ele pode se mover pelo que consideramos Passado,
Presente e
Futuro. Sendo assim, o episódio da descida de Jesus ao Hades I Pedro [3:19] pode ser interpretada em
dois níveis temporais. No nosso tempo ela simplesmente não ocorreu, mas no tempo divino, Jesus teria se deslocado
ao futuro e depois retornado”
Primeiro, devo começar com uma breve correção: Em I Pe 3:19 há o relato da ida do Senhor Jesus ao abismo (Tártaro)
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Continuação da Mensagem - Quarta Parte
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para pregar o Evangelho aos anjos caídos e não especificamente ao Hades. Se bem que, tecnicamente, esse abismo
pode muito bem ser o mesmo que separa a seção agradável da seção de tormentos do Hades. Contudo entendi o que você
quis dizer. Se pensarmos, no entanto, que, no tempo presente, Ele não desceu ao Hades, estaríamos inviabilizando
boa parte do significado da salvação neotestamentária baseada em Sua morte e ressurreição (Ef 4:8-9, At 2:30-31).
Em outro ponto você se posiciona:
“Portanto, as poucas passagens que podem sugerir que os salvos já estão a gozar do Paraíso em nosso tempo presente
podem facilmente ser interpretadas de outra forma. No caso da pregação de Jesus aos mortos I Pedro [4:6], ele
poderia tê-los despertado para pregar, e deixado-os dormir novamente.
Por outro lado, é bem mais difícil interpretar de outra forma as inúmeras outras passagens que falam do futuro,
tanto para o gozo quanto para a punição pós-vida terrena.”
Bem, se você considera que, atualmente, o gozo no Paraíso é o sono dos crentes eu concordo contigo.
Partindo do pressuposto de que apenas os salvos é que estão a dormir, você não acha meio sem sentido acordar,
para a pregação do Evangelho, aqueles que já creram no Senhor Jesus?
Bem, já vimos que as outras passagens que usam o tempo futuro estavam se referindo à Geena, portanto, ao julgamento
final, ao Lago de Fogo.
Mais adiante você coloca sua posição pessoal sobre o assunto:
“Além do mais, e agora indo ainda mais fundo na opinião pessoal, haveria uma estranheza nesta situação. Em termo de
temporalidade humana, se os perdidos ainda serão julgados, porque já estariam sendo punidos? Mesmo que estivessem
irremediavelmente condenados, que necessidade haveria de mantê-los em constante sofrimento? Porque simplesmente não
jogá-los de imediato no Lago de Fogo para a Segunda Morte?
(...)
Outra implicação esquisita, é que se considerarmos que os condenados já estão sofrendo, teríamos que admitir que os
que já morreram sofrem mais dos que os que ainda vão morrer. Os que morreram em pecado na época de cristo teriam
milhares de anos a mais de sofrimento do que os que morrem hoje. Que medida de punição é essa?”
Não vejo estranheza nessa situação. Quando uma de suas filhas faz algo de MUITO errado você pode colocá-la de castigo
para que ela reflita sobre o erro e depois do castigo você pode também lhe cortar um direito adquirido (como almoçar
assistindo TV) OU negar-lhe uma coisa desejada (como ir ao cinema).
O castigo e a retirada do direito ou da coisa desejada são duas punições? Ou será que o castigo é uma preparação para
que ocorra uma melhor compreensão e aceitação da derradeira punição, ou seja, a posterior retirada do direito adquirido
ou da coisa desejada?
Ao que tudo indica esse período de tormentos é necessário para que os ímpios caiam em si mesmos e reflitam sobre suas
culpas e seus pecados antes do dia do julgamento. Importante lembrar que não há nenhuma indicação de que esses tormentos
infernais pré-julgamento são maiores ou menores que os do Lago de fogo.
Com relação à aparente esquisitice da medida temporal de punição há uma saída bíblica muito plausível para isso:
O tempo pode ser encurtado ou diminuído para que o Senhor cumpra Sua justiça. Como dito em II Pedro 3:8 “Mas vós,
amados, não ignoreis uma coisa: que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia”. Portanto, o
tempo no Hades pode transcorrer de forma diferente para os que estão em tormentos. Para os que foram para lá,
suponhamos, poucos dias antes do julgamento final, podem ter seu tempo, ou a sua percepção de tempo, alongados.
Os que lá estão há milênios, podem ter seu tempo ou a sua percepção do mesmo diminuídos.
Você ainda afirma que:
“Voltando a nossa possibilidade de desdobramento temporal, para a experiência pessoal do condenado, ele morre hoje e
de imediato acorda no julgamento, sendo então lançado a seu destino. É aí que pode ter ocorrido o caso de Lucas 16.
Mas para o nosso tempo presente, nada ainda aconteceu.”
Como expus antes, esta passagem não poderia estar se desenvolvendo no futuro de Lázaro, pois ele suplicava para que
seus irmãos fossem avisados. Além disso, o futuro que você está descrevendo é o dia do Julgamento (Juízo) Final,
quando as almas dos ímpios serão lançadas no Lago de Fogo e as dos crentes estarão indo desfrutar a Nova Jerusalém.
O que ocorre nesse dia é totalmente incompatível com a cena descrita na passagem de Lucas 16. No julgamento TODOS
estarão acordados, postos em pé diante do trono (Ap 20:12) e em Lucas 16, Lázaro estava repousando no seio de Abraão.
Para concluir você afirma:
“Concluindo, diante de tudo isso, me parece lícito supor que exista atualmente um Hades onde os mortos estão adormecidos,
mas não que exista atualmente um Paraíso ou um Inferno. Essa idéia encontra pouco suporte bíblico em comparação com a
idéia contrária, e ainda tem bizarras implicações éticas.”
Como foi demonstrado, ao se consultar os originais gregos, as passagens em que a palavra Inferno aparece no Novo Testamento poderiam significar Hades ou Geena (o Lago ou a Fornalha de Fogo).
Percebemos também que não há uma preocupação nas Sagradas Escrituras em descrever os pormenores do mundo espiritual,
seja no Hades, no Paraíso, no Inferno, no Tártaro, nas Trevas Exteriores ou na Geena. Por isso, a passagem descrita por
Jesus em Lucas 16 é preciosíssima, pois é a única que descreve com mais detalhes o que ocorre no mundo dos mortos.
Portanto minha conclusão é a de que há uma certa confusão nas traduções bíblicas mais disponíveis. Admito que...
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Continuação da Mensagem - Quinta e Última Parte
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...não
fui muito preciso ao usar a palavra Inferno para descrever a parte do Hades onde as almas ímpias estão em tormento.
Realmente, como você percebeu, não há uma menção direta de que essa seção do Hades realmente se chama Inferno.
Também não há citação direta de que a parte do Hades em que as almas dos crentes repousam se chama Paraíso.
Por outro lado, consultando o livro: dicionário da Bíblia de Almeida, podemos perceber que a palavra Inferno
é muito vaga, podendo descrever tanto a seção de tormentos do Hades quanto o lago de Fogo (a Geena).
Todavia, se analisarmos o contexto global do Novo Testamento podemos chegar a uma conclusão diametralmente oposta a sua.
Se pegarmos todas as passagens que relatam a descida de Jesus ao coração da terra durante os três dias entre sua morte
e ressurreição. Se pegarmos as afirmações de Paulo durante seu arrebatamento ao terceiro céu e ao Hades e se tivermos
em mente a cena descrita pelo próprio Senhor Jesus em Lucas 16 todo o conjunto fará mais sentido.
Entretanto, se ORARMOS E INVOCARMOS ao Senhor para que se abra o nosso coração e discernimento, chegaremos à conclusão
mais importante de todas:
Nada disso é importante!
Se Ele quisesse ser mais claro sobre o mundo dos mortos não estaríamos (como todos que se debruçam sobre esse assunto)
com dúvidas a esse respeito. O foco das Sagradas Escrituras, certamente, não é a morte.
Nunca devemos perder de vista o foco da Bíblia: Infundir vida e salvação para as pessoas e não meramente fornecer
conhecimento e sabedoria para a mente. Como Paulo afirmou: “A minha linguagem e a minha pregação não consistiram em
palavras persuasivas de sabedoria, mas em demonstração do Espírito de poder para que a vossa fé não se apoiasse na
sabedoria dos homens, mas no poder de Deus.” (I Cr 2:4-5).
Ele deixa claro que as palavras persuasivas de sabedoria provêm da mente humana, já as palavras de poder nascem do Espírito através do nosso espírito.
Todos querem conhecer, estudar, compreender.
Todos querem ver para crer! Todos querem um sinal.
Mas, Deus quer mostrar que a sabedoria e o conhecimento que emana da mente humana é loucura para Ele.
Ele quer mostrar que Jesus Cristo dever ser a nossa verdadeira sabedoria, o nosso verdadeiro conhecimento e a nossa
verdadeira vida.
“Pois, enquanto os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria, nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo
para os judeus, e loucura para os gregos.” (I Cr 1:22-23).
Quase no final do seu relato você menciona:
“A única possibilidade de vislumbrarmos alguma justiça divina compreensível é se os ímpios forem por fim aniquilados,
e não sofram perpetuamente. Por isso o Hades seria lançado no "Lago de Fogo" ou nas "Trevas Exteriores", para a
Segunda Morte. A possição Aniquilacionstas inviabiliza que se suponha a existência imediata, em nosso tempo, num inferno.“
Eis o derradeiro ponto de mutação, a sua frase:(...) “alguma justiça divina compreensível”.
Nela reside todo o esforço da parte religiosa do seu site!
Esse é problema da teologia, tentar compreender com a razão e com o senso comum a justiça e a graça de Deus. E o pior,
tentar reduzir aos conceitos da mente a inefabilidade do mundo espiritual e a magnificência da obra de Jesus Cristo.
Esse é o problema do homem: antropomorfizar Deus.
Esse ponto de mutação é um momento crucial! Um momento que pode demorar anos ou segundos. Paulo diz que:
“(...) A palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração; isto é, a palavra da fé que pregamos”.
Realmente, podemos sentir que a revelação está muito próxima, sentimos seu cheiro e quase podemos tocá-la. Todavia,
quando tentamos tocá-la com a mente, falhamos e, incapazes, nos distanciamos. Não é ela que se distancia de nós,
mas nós que nos afastamos e, em alguns casos, até fugimos dela. Nesse momento podemos perceber que a crença e a fé
são dois pontos-chaves. Para acreditar devemos estar preparados e a fé nasce da crença.
Esse ponto de mutação, meu amigo, é o derradeiro momento em que o véu de carne, que cega nosso olhos espirituais,
é removido. Ora, o véu da carne só pode ser removido pela carne de Cristo, “pelo caminho que Ele nos inaugurou,
caminho novo e vivo, através do véu, isto é, da Sua carne,”. (Hb 10:20)
Portanto, para removermos esse véu devemos, antes de tudo, reconhecer a incapacidade, a fragilidade e a limitação da
nossa mente natural. Sei que isso não é fácil, ainda mais para os que foram agraciados com um cérebro mundanamente poderoso.
Devemos então descobrir como as Escrituras lidam com essa questão. Devemos descobrir o momento em que o homem, segundo
a Bíblia, começou a reconhecer essa sua fragilidade. Esse momento está em Gênesis 4:27, com Enos (que significa frágil).
A partir desse momento o homem “começou a INVOCAR o nome do Senhor”.
Quando invocamos:
Ó SENHOR JESUS!
Ele responde!
Poderia lhe escrever páginas e mais páginas sobre isso e mesmo assim tudo poderia lhe parecer, devido ao véu, confuso.
Poderia lhe contar todas as minhas experiências e mesmo assim tudo poderia lhe parecer, devido ao véu, sandice.
Todavia, em verdade, posso lhe afirmar que a revelação é a seguinte:
“Porque a Escritura diz: Ninguém que n’Ele crê será confundido.
Porquanto não há distinção entre judeu e grego, uma vez que o mesmo é o Senhor de todos, RICO PARA COM TODOS OS QUE O
INVOCAM. (Rm 10:12)
Por mais incrível que possa parecer Marcus, Ele responde! Ele se faz presente para nós e em nós. É incrível, mágico e
verdadeiro. O Senhor diz:
“Quando ele Me invocar, Eu lhe responderei; estarei com ele na angústia, livrá-lo-ei, e o honrarei.” Sl 91:15.
Sei que acreditar nisso não é tão fácil!
Eu mesmo, durante os muitos anos de busca espiritual, nunca pensei que isso fosse possível ou até mesmo real.
Mas, é!
O invocar é Real, Deus é Real, Jesus é Real.
XR, todos esses Reis estão disponíveis para você, basta que você destrone o “R” de si mesmo.
Experimente, tente, invente. Faça um 2006 diferente!
Com amor, Alex Brito.
Jesus Cristo é o Senhor. Amém.
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Segunda, 2 de Janeiro de 2006 |
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Olá amigo...
É com prazer que dou continuidade a nosso diálogo, após uma pausa de ocupações divergentes. Antes de mais nada quero
dizer que esta conversa não está sendo algo casual em meu momento pessoal, pois estou há mais de um semestre envolvido com
minha Dissertação Filosófica cujo tema é a Meta-Continuidade Mental, que abrange a idéia de "Vida pós-morte", e que começando
em Platão e já se extendendo sobre o Novo Testamento, pretende analisar o ponto de vista cristão sobre o tema. Além do mais
minhas pesquisas me levaram a ler um livro entitulado
ESCATOLOGIA DA PESSOA - Vida, Morte e Ressurreição, do teólogo
católico Renold J. Blank, cujo o conteúdo é surpreendente e terei prazer em lhe emprestar caso queira. Ademais, não podemos
esquecer também a grave situação que recentemente se abateu em minha, porque não dizer nossa, família.
Assim, tal discussão tem um significado especial para mim, mas o mais surpreendente seja talvez outra coisa. Por estranho
que pareça, estou me sentindo nesse momento como um verdadeiro apologeta bíblico, crente de que estou a defender a melhor
interpretação, pois insistindo que estamos a defender teses distintas, e após anos de pesquisa mais aprofundadas sobre o tema,
cheguei a conclusão que há na Bíblia um conteúdo muito mais do que original. Na verdade, único em
toda a cultura humana, apenas precedido, é claro, de elementos hebráicos no Velho Testamento. Ou seja, segundo estou
percebendo cada vez mais em consonância com teólogos católicos como o anteriormente citado, e que incluem o próprio papa atual,
tudo indica que a Bíblia possui um pensamento radicalmente diferente de todas as demais tradições religiosas humanas e que
antecipou posicionamentos científicos que só viriam a ser plausíveis 1800 anos depois. Estou me referindo a doutrina
parcialmente também defendida por russelitas e adventistas, embora de um modo que considero irregular, de que em termos
bíblicos NÃO existe Alma independente do corpo, isto é, a Alma de modo algum possui qualquer existência consciente quando
está separada do corpo, e por isso mesmo a ressurreição é vital para a Meta-Continuidade da existência.
Reitero que a tese oposta também é valida, e estou longe de pretender ter a interpretação verdadeira. Insistirei nela
principalmente por que se estiver correta:
1 - Garante a originalidade teológica da Bíblia num nível muitíssimo mais impressionante do que o defendido pela maioria
dos crentes.
2 - Está em consonância com o que acredito serem elementos cruciais para transformar o cristianismo num sistema de
pensamento coerente.
3 - Abre possibilidades alucinantes para nosso universo e existência, ao invés de reduzir as possibilidades a uma
escatologia centrada numa cultura e mundo específicos, onde não parece haver lugar para o restante do infinito Universo.
Dito isto, quero apenas acrescentar uma defesa da insistência na racionalidade e compreensão humana no que se refere
à Bíblia em si, mesmo levando em conta toda suas premissas teológicas. Ora, a Bíblia não é contra a razão, Jesus conta
parábolas perfeitamente compreensíveis, racionais, para nosso esclarecimento, os apóstolos e autores em geral escrevem
de modo racional argumentativo, sendo assim, a razão tem seu lugar garantido. Por outro lado, ninguém poderia negar
os elementos a-racionais, quer sejam sub, ou supraracionais. Afinal por definição Deus e o mundo espiritual superam nossa
compreensão racional. Portanto, a não-razão, quer seja fé, emoção, intuição ou qualquer outra coisa, também tem seu lugar
na Bíblia.
Temos então uma situação composta. Sabemos que a razão é útil, nos ajuda e nos leva a certo ponto, mas sabemos também que
ela é impotente para uma série de outras coisas. Não obstante, não me parece de modo algum claro onde exatamente é esse
limiar. Ou seja, dificilmente saberemos exata objetivamente quando parar de raciocinar, e então dependerá da sensibilidade
de cada um. Elementos perfeitamente compreensíveis para um bom teólogo podem escapar à um outro e este se deixar então
guiar pela não-racionalidade, e talvez até mesmo com resultados melhores.
O que me incomoda, é que muitas vezes a a-racionalidade bíblica é usada como desculpa para o comodismo racional, ou mesmo
como fuga de questões mais chocantes ou complexas. Entendo que se apele a irracionalidade quando nos defrontamos com
questões do Eterno, dos mistérios da criação e da vida, mas vejo essa apelação constante para questões que não a justificam,
e o pior, para sustentar pontos de vista que não se sustentariam caso levássemos a razão mais adiante, com resultados as
vezes terríveis!
Um ponto que acho notável é com relação as contradições bíblicas. Meu primo me disse que ele e você se dedicaram a refutação
de algumas delas encontradas em um site, e concordei plenamente com todas as citadas, mesmo porque já tenho experiência no
tema para saber que a maioria advém de puro desconhecimento bíblico. Mas posso muito bem mostrar algumas
que são ao menos bem difíceis de superar. Isso de modo algum desqualifica a Bíblia, a meu ver, pois contradições são
uma constante no pensamento religioso e uma marca indelével de qualquer flerte com questões terminais e transcendentes.
É estranho o medo que muitos crentes tem de achar contradições em seu livro sagrado, quando é justamente nas contradições
que estão as janelas para o supra racional. O budistas tem um nome para isso. Koan, que são ensinamentos contraditórios
e ou desconexos que quando confrontados podem levar à iluminação. Ademais, é exatamente isso que leva as diversas
interpretações e a discussões como a que temos agora. Basta examinar um bom diálogo entre Calvinistas e Arminianos
para perceber isto.
Assim dito, passo a alguns trechos bíblicos, que agora incluirão o Velho Testamento e
elementos histórico culturais. Mas antes devo brevemente comentar sobre nossas divergências.
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A Primeira me
parece menos importante, mesmo porque acho que algumas dificuldades são principalmente de ordem tensional entre
elementos culturais greco-romanos e judáicos. Se bem que, como a Quarta, poderão ser
esclarecidas com uma análise da Segunda e Terceira, que são
fundamentais.
Começo então apelando para a famosa:
“...um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia”
II Pedro 3:8, que embora tenha sido dita num contexto admoestativo a respeito da expectativa de uma tardia
parusia, evidentemente implica na relatividade temporal a disposição de Deus. Mesmo sem este versículo, e óbvio que
no contexto bíblico Deus está além do tempo, pois é Eterno, e não está menos presente no passado do que no presente.
Nós, passageiros terrestres do século XXI, temos uma vantagem sobre os profetas. Nossa bagagem para fazer analogias com
a eternidade é bem mais rica. Temos não só Teoria da Relatividade e Ficção Científica, mas também Informática e
programas de edição de vídeo. Em minha profissão, lido com programas que possuem uma "Linha de Tempo" onde eventos
audiovisuais ocorrem. Nesta linha coloco sequências de vídeo que se sobrepõem e se sucedem, resultando numa animação,
num filme ou música que se realiza temporalmente. No entanto, como editor, estou além daquele linha de tempo onde
os MP3 e AVIs estão presos. Posso manipulá-los como em bem quiser, pois é como se eu estivesse na eternidade, fora
do tempo.
Creio que a falta de uma noção relativística como essa pode explicar porque a idéia que tento defender, de que a
alma não tem consciência sem o corpo, tenha sido pouco popular no cristianismo. Pois ela é de difícil intuição.
Sempre somos "forçados" a pensar temporalmente, e automaticamente rejeitando idéias que apelem para o não-temporal.
Isto explica porque discordo então de sua afirmação sobre a passagem de Lucas 16:
"Podemos perceber que o tempo desta passagem não poderia ser o futuro, pois como Lázaro
poderia pedir para que seus cinco irmãos fossem avisados? O tempo, certamente, era o presente (de Lázaro)."
Lembrando que praticamente não tenho o que objetar em quase todas as suas demais colocações, vou insistir nessa porque
é exatamente aí que está o obstáculo.
Se considerarmos que após perder o corpo, a alma "sobreviveu" independentemente num "presente" paralelo no mundo espiritual,
sua colocação faz sentido. Mas podemos considerar que não somente a alma, mas também o corpo foram ressuscitados num
tempo que para nós é futuro, onde teria ocorrido os eventos descritos. Ora, nada impede que Lázaro se comporte
exatamente da mesma forma, visto que estava num plano temporal diferente. É como nas viagens no tempo. O fato de estarmos
no futuro não impede que voltemos ao passado para refazer coisas e vice-versa. De fato era o presente de Lázaro, onde ele
falava sobre o seu passado, ainda que estivesse no futuro. E tal passado é acessível a Deus porque ele está além do
tempo. Em síntese, nada na passagem de Lucas 16 ou em qualquer outra impede que os eventos pós-morte descritos estejam além
de nosso alcance temporal, visto que estão no nosso futuro, mas presente para os que já morreram.
Tenho visto diversas discussões na Web que abordam a questão da independência da alma em relação ao corpo, uma
particularmente interessante é travada entre um Adventista e um Católico,
10 PERGUNTAS SOBRE A IMORTALIDADE DA ALMA.
O que tenho notado nesta e em diversas outras discussões, é que parece imperar um total falta de desconfiança de que Deus,
Jesus, os Anjos e os Mortos NÃO estão restritos ao nosso tempo! Todos continuam pensando que o tempo no mundo físico e
no mundo espiritual é paralelo é totalmente equivalente, o que tenho seríssimos motivos para crer que não é. Essa mesma
confusão faz com o que o Aniquilacionismo costume vir associado com a estranha afirmação de que não existe Inferno, quando
por vezes esquece-se de dizer que pode não existir agora! Mas certamente existirá no nosso futuro.
A ignorância sobre a independência temporal do espiritual em relação ao físico faz com que muitos estudantes
crentes interpretem passagens bíblicas que falam do transcendente como se seus eventos estivessem ocorrendo agora!
Espero que a essa altura você já tenha notado que caso os planos espiritual e físico corram paralelamente, ou caso
apesar do espiritual estar no futuro mas com possibilidade de relação com o passado, não faz muita diferença prática,
pois afinal as ocorrências apesar de possuírem realizações diferentes teriam consequências equivalentes. Isso é quase
certo, penso eu, mas apenas porque o ponto não está aí. Apesar desta equivalência, há uma série enorme e muito importante
de outros aspectos que recebem uma diferença colossal. E quando eu enumerá-los mais adiante, não tenho a menor dúvida de
que você ficará surpreso.
Bem parece que concordamos que a maioria das passagens que diz algo sobre o pós-morte o faz no futuro. Como eu disse,
é claro que as almas do mortos estão no Hades, até aí é consensual, parece que concordamos também que os salvos estão
a dormir, embora seja grande o número de crentes, como você poderá ver no link acima, que crê que estes já estejam a
viver em forma puramente espiritual, num tipo de céu. Resta-me então explicar porque insisto que mesmo os condenados
ainda estão tão adormecidos quanto os salvos.
Para isso basta que eu demonstre que em termos bíblicos tudo indica que não há nenhum tipo de consciência sem a obrigatória
fusão alma e corpo. Sozinha, a alma é completamente inerte. De todos os versículos que usei anteriormente, somente em
Lucas achamos passagens que sugerem o contrário, e pelo que sei, de toda a Bíblia, UNICAMENTE em Lucas ocorre isso.
Por motivo que em breve explicarei.
Vejamos um evangelista que não comentamos, devido a não dar muita ênfase a tal tema. Esta passagem
também está em Mateus [22:30].
"Porquanto, ao ressuscitarem dos mortos, nem se casam, nem se dão em casamento; pelo contrário, são como os anjos nos céus."
Marcos [2:25]
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Pense bem, se houvesse almas conscientes sem corpo já em contado com Deus, essa passagem seria estranha, pois tais
almas já seriam como anjos no céu. Porém é tido que elas o serão DEPOIS de ressuscitadas. Me parece um ponto a favor da tese
de que a alma não tem vida sem o corpo. Estou porém a falar dos ditosos, vejamos os não-ditosos com outra passagem.
"Não vos admireis disso, porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz e sairão:
os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida, e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo."
João [5:28-29]
Então, os bons serão ressuscitados para a vida, e os maus para o julgamento. Isso também está em consonância com
o fato de estarem todos dormindo, pois precisam ser ressuscitados quer para a vida, quer para a morte.
Esta doutrina da interdependência entre alma e corpo, que não nega a imortalidade da alma, apenas que ela possa ter
consciência sem o corpo, também explica algo que diferente de quase todas as demais religiões, é marcante na Bíblia,
a valorização do corpo em si. Vejamos:
"Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas; mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas.
Os alimentos são para o estômago e o estômago para os alimentos; Deus, porém aniquilará, tanto um como os outros. Mas o corpo não é para a prostituição, mas para o Senhor, e o Senhor para o corpo.
Ora, Deus não somente ressuscitou ao Senhor, mas também nos ressuscitará a nós pelo seu poder.
Não sabeis vós que os vossos corpos são membros de Cristo? Tomarei pois os membros de Cristo, e os farei membros de uma meretriz? De modo nenhum."
I Coríntios[6:12-15]
A importância dada ao corpo pela Bíblia também está em consonância com a idéia desta interdependência desde o Gênesis!
Pois após construir o corpo de Adão, a ao soprar-lhe o fôlego da vida, este tornou-se ALMA VIVENTE! Ou seja, a alma,
para viver, tem que estar no corpo! Só quem possui a prerrogativa de viver sem corpo é Deus e os anjos. E já que falamos na
Gênesis, passemos agora ao Velho Testamento, onde veremos que a idéia de que não há vida da alma sem corpo é totalmente
dominante.
"Pois os vivos sabem que morrerão, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco têm eles daí em diante recompensa; porque a sua memória ficou entregue ao esquecimento.
Tanto o seu amor como o seu ódio e a sua inveja já pereceram; nem têm eles daí em diante parte para sempre em coisa alguma do que se faz debaixo do sol."
(...)
Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças; porque no Seol, para onde tu vais, não há obra, nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria alguma.
Eclesiastes [9:5-6(...)10]
Observe que não há distinção alguma entre bons e maus, e que no Seol até mesmo o ódio e a inveja perecem.
"Pois na morte não há lembrança de ti; no Seol quem te louvará?" Salmos [6:5]
"Os mortos não louvam ao Senhor, nem os que descem ao silêncio;" Salmos [115:17]
É bom lembrar que estes livros são as maiores fontes metafísicas e filosóficas da Bíblia. Não são nem relatos históricos
nem profecias, mas, ainda que em algum grau de poesia, descrições da realidade espiritual. Podemos então entender que este
Seol corresponde ao Hades onde os mortos dormem. Passemos então aos profetas.
"Pois não pode louvar-te o Seol, nem a morte cantar-te os louvores; os que descem para a cova não podem esperar na tua verdade.
O vivente, o vivente é que te louva, como eu hoje faço; o pai aos filhos faz notória a tua verdade."
Isaías [38:18-17]
Mas na qualidade de profetas, estes podem falar do futuro.
"Os teus mortos viverão, os seus corpos ressuscitarão; despertai e exultai, vós que habitais no pó; porque o teu orvalho é
orvalho de luz, e sobre a terra das sombras fá-lo-ás cair."
Isaías [26:19]
"E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno."
Daniel [12:2]
Tal como em João [5:28-29], bons e maus serão ressuscitados, e tudo aqui dá a entender que somente após tal ressurreição
pode haver qualquer tipo de punição, que possivelmente sequer se daria no Seol, a julgar por
"Oxalá me escondesses no Seol, e me ocultasses até que a tua ira tenha passado; que me determinasses um tempo,
e te lembrasses de mim!"Jó [14:13]
Ao menos Jó não acreditava que no Seol abundasse qualquer tipo de sofrimento, ou não pretenderia se esconder lá.
Há diversas outras ocorrências no Antigo Testamento que atestam que não há nenhum tipo de consciência para os mortos,
e isso faz muito sentido, pois num dos livros de mandamentos temos
"Não vos voltareis para os que consultam os mortos nem para os feiticeiros; não os busqueis para não ficardes contaminados
por eles. Eu sou o Senhor vosso Deus."Levítico [19:31] E por quê? Porque estando inconscientes, os mortos
não podem ser contactados, e por isso qualquer um que pense se comunicar com eles só poderia estar mentindo, louco,
ou a falar com os anjos caídos, que seriam os únicos que se passariam por mortos. A proibição não é nada arbitrária, ela
visa proteger os hebreus das artimanhas dos demônios!
Portanto, em todo o Velho Testamento não há uma única menção a idéia de que haja mortos a gozar num paraíso ou sofrer num
inferno. Exceção possível feita aos arrebatados e ou transladados. Voltando ao NT, lembremos que um único livro tem passagens que
depõem contra a hipótese da interdependência alma e corpo, que é o livro de Lucas, e mais especificamente nas duas
passagens que já comentamos. A passagem de 23:43 é facilmente explicada pela relatividade do tempo e da consciência, o
"...hoje estarás comigo no paraíso." porque para a própria pessoa, a morte
e a ressurreição ocorrem num piscar de olhos. Ela não terá a menor sensação de que se passaram milhares de anos entre
os dois eventos. A mesma implicação explica, em parte, a passagem de Lucas 16, pois o Lázaro em questão sequer saberia
que seus filhos ficaram no passado, o fato de ele ter pedido algo, ainda mais numa situação desesperada, não...
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...não significa que tenha sido um pedido baseado numa compreensão lúcida da situação. Ademais, ainda há bons motivos para
considerarmos que esta passagem seja uma parábola. Observe que ela ocorre exatamente ao final de uma sequência de diversas
outras parábolas. O Evangelho da Editora Escala, ano 2000, traduzido por Ciro Mioranza, até mesmo a entitulou de
"Parábola do rico esbanjador e do pobre Lázaro". Note que na realidade, o objetivo de todo o relato é simplesmente passar
a lição de que a riqueza não importa para a salvação, e principalmente:
"Abraão, porém, lhe disse: Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que ressuscite alguém
dentre os mortos." Lucas [16:30] Isso é que realmente importa, o demais pode muito bem ser recurso ilustrativo.
Quanto a intervenção de que tal parábola teria a anômala característica de usar personagens reais, isso pode ser entendido
pelo que vejo como o principal motivo para explicar o porque do livro de Lucas ser o único a aparentar destoar da
doutrina da interdependência alma e corpo.
É simples. Vemos que em todo o AT os mortos estão dormindo, e em quase todo o NT a exceção de Lucas. Mateus sempre fala
da punição do inferno no futuro, pois afinal Mateus é judeu! E escreve para os judeus! Por isso ele usará elementos culturais
judáicos. O mesmo se diz de Paulo. Por outro lado Lucas tem cultura grega! E escreve para gregos colocando Jesus num
plano mais humano, e em linguagem mais universal para a época, e o que era global naquele contexto era a cultura grega.
E o helenismo é profundamente marcado pela idéia de que a alma pode viver separada do corpo. É exatamente isto que tenho
estudado em minha Dissertação Filsófica. Os gregos neste caso são marcados pelas doutrinas do Orfismo e Gnosticismo, que
pregam além da independência da alma em relação ao corpo, a idéia de reencarnação. Pitágoras e Platão são os principais
articuladores filosóficos desta concepção, e o neoplatonismo é essencialmente reencarnacionista. Visto que Lucas escreve
para os gregos, que tipo de elementos culturais ela iria utilizar?
Além do mais é uma característica comum dos gregos escreverem ficção usando personagens reais. Platão por exemplo
usou Sócrates para uma miríade de obras de ficção, tanto que há muita dificuldade em separar o Sócrates histórico do
literário. Estes e outros elementos helênicos apesar de popularizarem o cristianismo mais rapidamente, também criaram
alguma confusão conceitual.
Há muitas outras evidências negativas em defesa da impossibilidade dos mortos experimentarem qualquer coisa antes da
ressurreição Gloriosa.
Observe que em toda a Bíblia há vários relatos de pessoas que ressuscitaram, mas nenhuma delas sequer sugeriu vagamente
que tivesse algo a dizer sobre o mundo espiritual. Essas ressuscitações não foram A Ressurreição
do fim dos tempos, visto que todos voltaram a morrer posteriormente por não terem o corpo incorruptível. No caso trabalho
com os termos Ressurreição e Ressuscitação, sendo que este último tem sido usado para se referir as reanimações obtidas
pela medicina, ao passo que o primeiro sempre surge num contexto sobrenatural.
Por sorte, há bastante material bíblico sobre a ressurreição, em especial em I Coríntios 15, que suscinta muitas questões.
Por fim, está na hora de mostrar o maior motivo pelo qual defendo que a interdependência alma corpo é a tese mais adequada
à teologia bíblica. Basta fazer uma síntese comparativa entre a tese e a antítese com as demais características da concepção
doutrinária do AT e NT.
Chamemo-as de teses da DEPENDÊNCIA e INDEPENDÊNCIA entre corpo e alma.
Se a tese da Dependência for a correta, é perfeitamente coerente que:
D1-Os mortos estejam dormindo, e sendo assim:
D1.1-Não se possa comunicar com os mortos.
D1.2-Não possa existir santos.
D1.3-Não existam fantasmas.
Mas se a tese da Independência for correta, então:
I1-Os mortos não precisariam estar dormindo, poderiam estar conscientes no plano espiritual, e assim:
I1.1-Seria possível se comunicar com eles, ainda que por meio de anjos, talvez, e qual problema haveria nisso?
Eles dariam ainda mais força à palavra de Deus ao relatarem as glórias celestiais. Nesse caso a proibição da
transcomunicação seria totalmente arbitrária!
I1.2-Poderia muito bem existir santos. Pessoas que pela grande fé e virtude foram glorificados no Céu, e poderia
ser como anjos e fazer milagres.
I1.3-Poderiam existir fantasmas. Almas penadas e similares.
Para que houvesse alguém em um paraíso celestial ou inferno seria necessário a Independência, mas admitindo-se a
Dependência, isso seria impossível. Poder-se-ia argumentar que apenas os ditosos estivessem conscientes ou vice-versa,
mas isso levaria à tese da Independência, e ainda acrescentaria a pergunta de porquê os demais não poderiam estar despertos.
Se os condenados já estivessem sofrendo, porque os salvos não poderiam já estar gozando da plenitude divina?
Seguindo em frente, se a Dependência for correta:
D2-As provas de ressuscitação e da ressurreição de cristo seriam fundamentais em termos doutrinários, para demonstrar
que somente mediante o poder divino a imortalidade seria garantida.
Mas do contrário:
I2-Tais provas seriam dispensáveis, afinal o neoplatonismo e todas as demais religiões do mundo sempre pregaram que
a alma pode viver sem o corpo, e a imortalidade não dependeria da ressurreição.
Em termos bibliocêntricos veja que pela Independência:
I3-A Bíblia teria uma baixa originalidade e apresentaria uma baixa ruptura em relação ao paganismo.
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Mas com a Dependência:
D3-A Bíblia teria uma originalidade radical, representando uma ruptura com TUDO o que já foi pregado por TODAS
as demais religiões do mundo.
Mas creio que o argumento mais forte seja o mais simples de todos.
D4-Justifica a importância da ressurreição em si, única forma de meta-continuidade da existência, e que depende
completamente do poder intencional e sobrenatural de um Deus, sendo completamente inacessível ao poder humano.
(Salvo possibilidades extremas como Além da Ressurreição)
Mas se a Independência for correta:
I4-Afinal... PRA QUÊ RESSURREIÇÃO?!?!?!
Seria um adendo dispensável a uma cosmologia espiritualista, pois bastaria a alma viver no plano espiritual.
Se é possível que alma sinta, pense, reflita, se arrependa, goze ou sofra sem precisar do corpo, então qual a necessidade
de ressurreição gloriosa?! E mais. Qual a necessidade sequer de vida terrena?!
D5-Além de tudo isso, a tese da Dependência aniquila qualquer possibilidade de Reencarnação, que é largamente pregada pelo
Neo-plantonismo, bem como Gnosticismo, Hinduísmo, Budismo, bem como destrói a base conceitual de praticamente todas
as demais religiões, justificando e explicando porque o Cristianismo seria a única concepção válida sobre o Universo
espiritual.
I5-Mas se a Independência for correta, o Cristianismo seria apenas mais uma religião no rol do rico acervo místico do
mundo, um mero Neo-platonismo melhorado, ou piorado, com algumas poucas originalidades e uma confusa e dispensável
doutrina de ressurreição.
Não preciso parar por aqui.
D6-Explica porque tanta preocupação, em toda a Bíblia, com o corpo. A importância da alimentação, do sangue,
da simbologia da criação e etc. Pois a nossa vida atual, com nosso corpo mortal, seria uma prévia da vida futura
num corpo incorruptível.
Mas...
I6-Enfraqueceria a necessidade de toda essa preocupação, visto que o corpo nem sequer seria necessário para a
vida da alma.
Com tudo isso, não consigo deixar de ver que a doutrina da Dependência Corpo e Alma é massacrantemente mais provável
de estar de acordo com a Bíblia, muito mais harmônica e coerente. Inacreditavelmente, neste ponto, Adventistas e
Russelitas sempre estiveram certos, e toda a demais Cristandade tenha passado dois mil anos vivendo sobre o engano
da influência de certos elementos de Platão e do Helenismo.
Todas as aparentes discrepâncias com essa tese podem ser facilmente explicadas como conceito de que o mundo físico
e o espiritual estão em planos temporais diferentes, e também eliminaríamos todas as incômodas implicações éticas
que a idéia de que os condenados já estejam sofrendo acarreta, tema do qual discordo largamente de suas colocações.
Não vejo estranheza nessa situação. Quando uma de suas filhas faz algo de MUITO errado você pode colocá-la de castigo para que ela reflita sobre o erro e depois do castigo você pode também lhe cortar um direito adquirido (como almoçar assistindo TV) OU negar-lhe uma coisa desejada (como ir ao cinema).
O castigo e a retirada do direito ou da coisa desejada são duas punições? Ou será que o castigo é uma preparação para que ocorra uma melhor compreensão e aceitação da derradeira punição, ou seja, a posterior retirada do direito adquirido ou da coisa desejada?
Ao que tudo indica esse período de tormentos é necessário para que os ímpios caiam em si mesmos e reflitam sobre suas
culpas e seus pecados antes do dia do julgamento. Importante lembrar que não há nenhuma indicação de que esses tormentos
infernais pré-julgamento são maiores ou menores que os do Lago de fogo.
Lamento não ver sentido algum nisso. Primeiro porque o castigo e a retirada do direito claramente são duas punições
distintas, segundo: Que oportunidade de reflexão é essa, se os ímpios não terão chance
de se livrar da condenação final? Isso só faria sentido se essa pré-punição implicasse, ao forçar uma reflexão,
em conceder uma outra chance.
Com relação à aparente esquisitice da medida temporal de punição há uma saída bíblica muito plausível para isso:
O tempo pode ser encurtado ou diminuído para que o Senhor cumpra Sua justiça. Como dito em II Pedro 3:8 “Mas vós,
amados, não ignoreis uma coisa: que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia”. Portanto, o
tempo no Hades pode transcorrer de forma diferente para os que estão em tormentos. Para os que foram para lá,
suponhamos, poucos dias antes do julgamento final, podem ter seu tempo, ou a sua percepção de tempo, alongados.
Os que lá estão há milênios, podem ter seu tempo ou a sua percepção do mesmo diminuídos.
O problema é que aqui ocorreu uma apelação exatamente para o conceito que utilizei. Se é assim, basta acentuar um pouco
mais essa idéia para chegarmos a noção da independência temporal entre mundo físico e espiritual, que é exatamente o
que estou advogando. O maior problema com essa sua colocação é quando se considera a punição perpétua dos ímpios,
que destrói totalmente qualquer relevância de diminuição de tempo uma vez que estes passariam meia-eternidade
no Lago de Fogo.
Daí, passo à defesa do Aniquilacionismo. Você mesmo parece ter admitido que uma punição perpétua não parece humanamente
compreensível como sendo justa, e daí partiu para a não-racionalidade. E nesse momento que digo que o fez muito cedo, pois
a idéia de aniquilação, bem como de Dependência Corpo e Alma, está muito clara na Bíblia, quando se fala em Segunda Morte,
e Inferno e Morte sendo lançadas no Lago de Fogo, que foi preparado não para os humanos, mas para o Diabo e seus Anjos.
As evidências contrárias sempre apelam para o uso da palavra eterno. Mas observe uma coisa bem interessante.
Em lugar algum é dito que os ímpios serão açoitados ou atormentados eternamente, mas sim que:
-Serão lançados no "Fogo Eterno" [Mt 18:8]. (O que é eterno é o Fogo! O que já é um outro problema teológico.)
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-Sofrerão o "Castigo Eterno" [Mt 25:46]. (Não é a aniquilação uma punição definitiva e irrevogável? É como,
no plano humano, a pena de morte. O único castigo definitivo e que não pode ser revertido. Curiosamente esta passagem
antagoniza o castigo eterno com a vida Eterna dos salvos, ou seja, reforça sua característica de morte.)
-"Juízo Eterno" [Hb 6:2]. (Julgamento definitivo.)
Além do mais, repare que em Mateus 10:28 fala-se claramente na destruição da alma e do corpo. Somando isso ao
Apocalipse 20:14-15 e 21:8, que diz que o Lago de Fogo e Enxofre é a segunda morte. A primeira é evidentemente a
morte do corpo, a segunda do corpo e da alma, como dito em Mateus. Parece que até para ser aniquilada a alma
tem de estar junto do corpo.
Isso significa que a justiça divina bíblica é sim compreensível! Não é preciso apelar para o irracional para
justificar uma justiça que não faz o menor sentido. Renold J. Blank defende a tese de que o discurso apocalíptico e
as ameaças de punição perpétua e cruel surgem no cristianismo devido as perseguições sofridas. Quando mais os
cristãos eram oprimidos e mortos, mais se intensificavam as promessas de que Deus iria castigar terrivelmente os
ímpios. Se for verdade, é interessante notar que nem mesmo isso conseguiu marcar a Bíblia com uma afirmação
de punição perpétua indelével.
Isso tudo me leva a pensar no que nosso amigo ex-adventista me disse ontem. Diante dos que afirmam que o cristianismo
"acabou" com a Filosofia Grega, é mais plausível afirmar que foi o a filosofia grega, em especial o Neo-platonismo,
que "acabou" com o Cristianismo. Pois a doutrina bíblica parece ter ficado em segundo plano enquanto uma miríade de
conceitos pagãos se embrenharam no imaginário cristão onde estão até hoje. Isso inclui não só uma alma independente
do corpo como a punição perpétua num literal lago de fogo subterrâneo.
É estranho perceber que dentre os milhões de crentes cristãos, talvez nenhum realmente seja um seguidor da Bíblia, mas
sim um seguidor de uma teologia específica. Note que a maioria esmagadora jamais abriu uma Bíblia antes de se converter
e já receber de presente uma teologia determinada que viria a enviezar toda a sua leitura. Em grande parte, talvez seja
por não ter passado por nada disso que não encontro dificuldade em achar na Bíblia uma riqueza de outras significações
que costumam divergir das teologias tradicionais que não raro surgiram sobre as mais diversas pressões sócio políticas.
Por esse motivo eu não posso me enquadrar em nenhuma tradição cristã que eu conheça, pois todas costumam ter vieses prontos
e nenhum que corresponda à minha experiência pessoal, e quando não encontro elementos que corroborem essas teologias
específicas, sempre ouço o escape de que tenho que, de um modo ou de outro, nublar minha racionalidade e intuição.
Se eu fosse me tornar cristão, teria que fundar uma igreja própria, pois nem mesmo os Adventistas, que pregam o
Aniquilacionismo e a Dependência alma e corpo me satisfariam. Russelitas, Deus me livre! Eu jamais faria a afirmação
de que não existe Inferno. Ora, se num sentido o inferno é o Hades, é impossível negar que ele claramente existe.
Está na Bíblia, é onde estão guardadas as almas, congeladas e inertes tais como programas de computador armazenadas
num imóvel DVD. Também não dá para negar que haverá um Inferno de "Fogo", ou "Lago", ao menos num sentido alegórico,
visto que os ímpios terão que ser aniquilados no futuro.
Ademais também tenho uma interpretação geral muito menos literal
do que a média, visto que as contradições, que existem, anulam esses literalismos, e nos lançam a sentidos simbólicos e
muito mais ricos.
Além do mais eu defenderia uma terceira doutrina, esta sim a menos bíblica, talvez, que é a da Apocatástase. Mas não
vou explanar sobre ela, acho que já abusei de sua paciência, da minha e da dos demais leitores.
Para finalizar, após esse franco desabafo, há uma outra aparente evidência aniquilacionista na Bíblia, extremamente
sutil e que demanda uma maior pesquisa, que está contida em Apocalipse 9:11
"Tinham sobre si como rei o anjo do abismo, cujo nome em hebraico é ABADOM e em grego APOLIOM."
Pesquise o termo Abadom/Abaddom no AT e verá que ele aparece várias vezes, em geral ao lado de Seol e de Morte.
Tudo indica que ele pode ser entendido como um Anjo e ou um Princípio ou mesmo um local, e cujo significado é nada menos que
"Destruição", talvez mesmo "Aniquilação". E as passagens que o citam no VT me parecem repletas de significado.
É algo distinto do Inferno e da Morte, e a mim sugere um tipo de encarregado de uma destruição final no Hades.
Termino este texto agradecendo mais uma vez à oportunidade de termos este diálogo, e reiterando a afirmação da importância
de mantermos a linha racional mesmo no limiar do transcendente, até onde seja possível.
Devo afirmar que diferente do que meu primo desconfiou a poucos dias atrás, eu não vou me tornar um crente. Falta a mim
um elemento fundamental e típico das conversões, que é o sentimento de culpa. Eu não tenho do que me arrepender para
buscar um tipo de redenção. Minha missão não é essa.
Mas estarei sempre pronto para dialogar com quem estiver interessado, e espero poder ajudar na medida do possível.
Não sou cristão, mas nada tenho contra quem seja, e mais me interessa que a pessoa o seja da melhor maneira que possa,
e para isso, o pensamento claro é fundamental.
Enfim, dê uma lida em Mateus 12:32 e entenda que se algum dia pequei contra o Filho, não tenho certeza, mas garanto que
nunca pecaria contra o entendimento, a inspiração...
...que é o Espírito Santo.
Amigavelmente
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4 de Fevereiro de 2006 |
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Mari Vilar
-
1986
-
São Paulo
Estudante Pré-Vestibular
-
Atéia
m a r i v i l a r
u o l . c o m . b r
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oi
gostei bastante do que você escreveu esplicando um pouco sobre a religião - apesar de não ter entendido tudo. achei muito interessente o papo da evolução religiosa (pan, poli, mono), me pareceu bem coerente. mas, fiquei surpreendida e intrigada sobre o ateísmo, pois, sempre achei que ateísmo fosse a não presença de religião. então, percebi que não sabia o que queria dizer religião e tentei pensar um pouco no assunto. eis ao que cheguei:
divino é o sobrenatural, é o que não conseguimos compreender, e religião é a ligação com o divino. então, esta ligação poderia ser definida como uma tentativa de compreenção do divino.
neste caso, faria semtido o ateísmo ser considerado uma religião. mas então a ciência e a filosofia também deveriam ser consideradas religiões.
o que acha?
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Terça, 22 de Dezembro de 2005 |
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Oi Mari.
Obrigado por comentar o texto RELIGIÃO
Concordo com as primeiras frases de sua colocação, mas apesar de existir religiões atéias, não necessariamente
o Ateísmo tenha que ser uma religião, como na realidade o Monoteísmo, Panteísmo e Politeísmo também não tem que ser!
Eu posso ter uma concepção de universo Teísta sem ser religioso, para isso basta que eu acredite na existência do
que chamei de "Místico", o divino ou transcendente. Para que eu seja de fato religioso eu teria que pretender me
re-ligar a esse Místico, o que pode não ocorrer.
Você pode ver maiores esclarecimento sobre minha Filosofia da Religião em
Psicogênese da Religião.
Concluindo. Filosofia pode até ser religiosa, mas Ciência muito dificilmente. Pelo simples fato de que, pelo meu
entendimento, Religião pressupõe a crença num plano Misterioso e por definição inalcançável, crença esta fortemente
incompatível com o que entendo por Ciência, e com muitos dos sistemas possíveis na
Filosofia.
É isso que acho.
Amigavelmente
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1 de Fevereiro de 2006 |
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Fabrício
-
1982
-
Brasília-DF
Informática, Filosofia
f a b r i c i o 1 2 3
y a h o o . c o m
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Caro Marcus,
Penso que discutir estes assuntos que dificilmente encontrarão
solução é uma extravagância de tempo e esforço intelectual. Percebo
que você tem uma inteligência aprimorada, mas um pouco disperdiçada.
Onde você quer chegar com estas idéias ?
Pretende fundar uma nova religião, seita ou algo a ser seguido ?
Pergunto isto porque todo este labor, esta eloquência sobre "o que
somos nós e suas diversas e inimagináveis variâncias" deve haver uma corroboração objetiva e mensurável.
Só uma idéia, você poderia melhorar o fundo de tela, pois ocasiona
cansaço visual, dificultando uma leitura dedicada.
Até
Fabrício.
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Quinta, 15 de Dezembro de 2005 |
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Caro Fabrício.
O questionamento que você fez inicialmente se dirige não somente a mim, mas em parte, à toda a Filosofia. Para tal,
fornecerei 3 respostas cabíveis.
1-Todo o conhecimento humano possui fundamentos, o método científico não veio do nada, nossos fundamentos jurídicos
também não foram revelação divina. Tudo isso foi pensado e repensado, e para isso, o pensamento foi levado aos extremos.
Nesse limiar inúmeras questões se misturam, algumas desenvolvem uma série de conceitos que resultam nos nossos conhecimentos
práticos, mas outras continuam desafiando nossa inteligência. Os primeiros foram parar nas Ciências Naturais, os últimos
ficaram na Filosofia, e um meio termo ficou nas "Ciências" Sociais. Em resumo, pensar questões aparentemente insolúveis
é um resultado inevitável de qualquer processo de produção de conhecimento, e sua atividade sempre gera novos ramos
do conhecimento. A negligência destas questões resultaria no retardamento ou mesmo paralização da produção do saber.
2-Defrontar os limites do pensar tem ao menos uma consequência muito benéfica. Desenvolve a nossa
humildade. Ao dimensionamos a extensão de nossa ignorância, podemos realmente saber até onde vão nossas
possibilidades. Nesse ponto, o pensador se torna insensível a certas "Verdades", dogmas, "Mestres" e "Sábios"
que podem ser tristemente encontrados em toda parte. Conhecimento é poder, ser imune à aparente superioridade intelectual
alheia é um grandessíssimo passo para a mais fundamental Liberdade, a Mental.
3-Por que jogar gamão? Por que ler gibis? Por que "passar tempo" com tantas atividades aparentemente inúteis que
existem por aí? Ora, se tudo isso é justificável mesmo que em nome do lazer, então qual seria o problema em passar tempo
ou se divertir com filosofia?! Por que ninguém faz esse tipo de pergunta a sites de piadas, ou a esses inúmeros blogs
inúteis que existem por aí?!
Não pretendo fundar nenhuma nova religião nem penso em ser seguido. A não ser no exemplo de pensar por sí próprio.
E se tudo na vida tivesse que ser objetivo e mensurável, teríamos que dispensar tudo o que faz valer a pena viver.
Sob seu conselho sobre o visual do site, agradeceria se me dissesse em quais páginas a leitura esta pior. Talvez seja
questão de alterar algumas e não outras.
Obrigado pela mensagem.
Amigavelmente
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1 de Fevereiro de 2006 |
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