Marcus, acho bacana você seguir uma questão filosófica de ver o mundo. Mas acredito que para você chegar a certas questões profundas, foi necessário você ler sobre diversas religiões e outros discursos também de linha científica para criar suas próprias teorias.

De fato, percorri alguns caminhos diversos. Como gosto de dizer tive uma infância Católica liberal, uma adolescência Kardecista e uma pós-adolescência Gnosticista. Paralelamente sempre fui entusiasta científico.

Para nós começarmos a descobrir o mundo em que nos encontramos é necessário ler essas coisas para tirarmos nossas próprias conclusões. Isso é claro. Creio que cada um vive uma realidade e passa por experiências distintas. Por exemplo, uma pessoa que é cristã ferrenha ela baseará a vida dela na personalidade de Jesus Cristo como o seu salvador. Uma pessoa que é espírita acreditará firmemente que existe vida após a morte. Um ser que possui poderes paranormais ou um médium enchergará a vida de outra forma totalmente diferente de uma pessoa normal.

Não creio que serja obrigatória ler tal ou qual coisa, embora muito desejável, o mais importante talvez seja algo inato, ou difícil de determinar a origem, que é uma postura espontânea de curiosidade e inquietute.

Não creio que Cristãs ferrenhas baseiem sua vida na "personalidade" de Cristo, mas sim nas premissas e fundamentos teológicos de sua vertente cristã, que pode pouco ou quase nada ter haver com a doutrina de cristo em si.

Todas as formas de religião, Absolutamente Sem Nenhuma Exceção! Acreditam em alguma forma de vida "pós-morte".

Paranormais muito provavelmente veriam a realidade de modo peculiar. Só tenho baixa convicção de que estes existam.

Enfim, cada pessoa vive uma experiência que a conduz a acreditar e compreender algo ou não a respeito de tudo aquilo que ela vivenciou. Como uma filósofo disse: " O homem é a soma de todas as suas experiências". Então, partindo desse pressuposto, pelo que vc falou, sua vida foi dedicada à filosofia na tentativa de descobrir o mundo, o porquê de tudo isso.

Bem, eu sempre fui filósofo, mas sem saber o que era Filosofia, portanto é difícil dizer que minha vida tenha sido dedicada à Filosofia. Somente num sentido mais amplo.

E assim é com cada um, pois o indivíduo vai se identificar com algo na tentativa de explicar o porquê de tudo e o porquê da sua vida. Portanto, não existe certo ou errado, isso é mera ilusão, pois afinal, cada um vive uma experiência de acordo com a maturidade que tem e cada um vai reagir a determinada situação de acordo com sua própria natureza. E por isso a verdade é relativa.

Melhor tomar cuidado para não transformar o aforisma de que "não existe o certo e o errado", o "bem e o mal" e etc, num tipo de chavão. De fato não parecermos ser capazes de determinar O Certo e O Bom absolutos, universalmente válidos. Mas nos os determinamos relativamente a todo instante. Nossa vida se baseia nisso.

Cada um segue o caminho do seu momento. Por isso, as coisas que eu falei no site são mera experiência minha, buscas de minha personalidade por respostas, da mesma forma que você com suas buscas. Creio que estamos no mesmo caminho, mas baseados em experiências diferentes para se chegar ao topo. Compreende?

Sunday, September 21st 2003

Muito bem. Mas afinal o que isso tudo quer dizer? Acho que apenas que discordamos de uma série de pontos, concordando em outros. É evidente que cada um tem seus modos pessoais de operar com o mundo a sua volta, porém temos muita coisa em comum, a ponto de podermos dialogar sobre uma série de assuntos.

Rebati a maior parte de suas opiniões não porque ache que elas estão erradas em si, isso não existe, mas porque achar que foram apresentadas de modo insatisfatório, incluindo contradições internas.

Mas quanto a nossas formas de perceber o mundo, de sentir e pensar, disso não me atrevo a dizer quem está com a razão. Uma coisa porém é certa. Quer quer ir à Roma deve fazer coisas que a levem a Roma, e não o contrário. Isso é algo que invariavelmente todos concordam como sendo errado.

Acho este um bom parâmetro de avaliação. Devemos ser coerentes com nossas próprias disposições, internamente consistentes. Por isso sou exigente com relação ao discurso.

Bem... Por enquanto é só. Não deixe de escrever.

Agradecidamente

Marcus Valerio XR
mv@xr.pro.br
25 de Setembro de 2003