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Marcus Valerio XR

Mensagem de Wagner de Almeida Medina
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404 435 462

Em resposta à Mensagem de André Maximiano Serpa

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Sobre Resposta de André à MENSAGEM 404 de Wagner Medina.

Caro André Serpa.

Lendo sua última resposta referente a minha mensagem resolvi fazer algumas considerações.
Quero, antes de mais nada, extrair de seu texto os seguintes trechos:
"As mesas girantes são um fato gritante e altamente incomodativo aos detratores..."
"Mas os cientistas, em geral, soberbamente desprezam-nas"
À falta de investigação "mais profunda, isso se deve apenas ao preconceito e a falta de impacialidade..."
"...apresentaram infundadas, incompletas e até ridículas explicações para o fenômeno." Neste trecho você apresenta uma opinião contrária da época.
"... a 'ciência' fez naquela época como muitos fazem ainda hoje: ridiculariza e nega os fato..."
"Os cientistas são muita vez criaturas soberbas que se gabam de não ter que se apoiar, dentro de seu limitado entendimento..."
É curioso a classificação que é feita de sua parte àqueles que podem não ter o interesse despertado para as mesas girantes ou que não encontraram no possível fenômeno a consistência de "inquestionável certeza", citada por você, que parece apoiar-se muito mais na fé do que na experiência pessoal do próprio possível fato.
Parece-me que tudo o que contradisser as mesas girantes não passará, a seu ver de "detratores", "soberbos", "falta de imparcialidade", "preconceito", "infundadas, incompletas e até ridículas explicações" que "ridiculariza" um "fato inquestionável" com um "limitado entendimento."
Ainda sobre as mesas girantes você escreve: "Foi investigado pelos mais diversos profissionais com as mais variadas formações, inclusive por acadêmicos. Se não houve uma investigação, como a seu ver, mais profunda, isso se deve apenas ao preconceito e a falta de imparcialidade de muitos ditos céticos da época que, por vezes, negaram completamente o fato antes mesmo de analisá-lo."
Parece-me que competia aos "céticos da época" dar a palavra final sobre a assunto pois os "acadêmicos" e os "profissionais de variadas formações" não o fizeram. Tanto é que estamos aqui a questioná-los.
Será que "apenas o preconceito e a falta de imparcialidade de muitos ditos céticos" tinham mais consistência que a "investigação" feita "inclusive por acadêmicos" ?
Quando você diz que faltou "investigação profunda" devido "apenas ao preconceito e a falta de imparcialidade de muitos ditos céticos..." e isso referindo-se a um fato "inquestionável" demonstra a fragilidade e a falta de consistência do próprio possível fato.
Por que essa investigação profunda não foi realizada pelos acadêmicos conforme sua citação ?
Na história da Ciência seria a primeira ocorrência onde o beicinho de alguns cientistas orgulhosos derrubaria por completo o estudo sério e dedicado de acadêmicos comprometidos com a causa do possível fenômeno.
"Agora se você disser que esse acontecido não ocorreu dentro de um laboratório blindado com isolamento térmico, acústico, etc... é um direito que te reserva."
André, na trata-se aqui de uma questão de direito pessoal de contestação, mas sim do próprio fato. O possível fenômeno nunca se deu nessas condições no século XIX por falta de condições técnicas e nem no século XX. Não foram resolvidos pela Ciência por falta de recorrência e se o Espiritismo Ortodoxo tivesse dado a palavra final sobre o assunto de forma incontestável e inquestionável ele não seria motivo de debate neste site no século XXI, não é mesmo ?
Qual de nós estaria aqui levantando questões sobre a pequena e a grande circulação sanguinea do corpo humano ou se realmente são os leucócitos uma das barreiras de defesa do mesmo corpo humano sendo esta uma questão fechada a muito tempo ?
E estas também sofreram detratações diversas, mas o fato, pelo simples fato de ser fato, sobrepujou qualquer argumento, obviamente com os devidos estudos, pesquisas e constatações.
Mais adiante você diz que "a ciência fez naquela época como muitos fazem ainda hoje: ridiculariza e nega os fatos, ou só diz aceitar caso preencham requisitos incompatíveis com a natureza do próprio fenômeno."
Esse trecho dá margem a mais questões.
Não vou me referir de novo, neste trecho, ao grande poder que o sentimentalismo de alguns cientistas tiveram sobre "acontecimentos inquestionáveis", mas sim aos requisitos para a produção do fenômeno.
Esses requisitos não ficaram claros em sua mensagem.
Esses requisitos seriam interiores ao ser humano como a humildade, benevolência, moral elevada ou seria alguma localidade adequada e previamente preparada para a realização do fenômeno ?
Se for qualquer uma das duas possibilidades parece-me que os cassinos citados por você rivalizam com vantagem com os ambientes silenciosos e de recolhimento das catedrais da época, pois parece-me que o possível fato nunca ocorreu nesses ambientes.
Você se refere ao material de pesquisa sobre o possível fenômeno mediunico. Poderia me indicar algum trabalho de comprovação inquestionável de algum estudioso de intenções sérias que não fosse espírita ?
Mais aiante você se refere a "metodologia científica de experimentação observação, teorização e analise racional dos fato ( o que eu chamo de possiveis fatos ) utilizados pela doutrina que são ótimas ferramentas sem dívida, mas... há uma carência de comprovação como fato e reprodução dos mesmo (razão de eu chamá-los no momento de possíveis fatos).
Quanto a você afirmar "com todas as letras que nenhum cientista é capaz de provar que o espírito não existe" essa questão já foi proposta por você e respondida pelo Marcus. Não vamos dar aqui um giro de 360 graus não é mesmo ?
Eu posso fazer a mesma afirmação sobre dragões expelindo fogo pela boca, unicórnios, pulgas amestradas e seguir com uma infinidade de itens "que nenhum cientista é capaz de provar que não existe".
A diferença é que não há quem tome as imagens que eu citei como manifestação de fatos inquestionáveis onde caiba qualquer refutação a não ser aquela que se origine da soberba ou da parcialidade.
Caberia, sim, à minha parcialidade demosntrar a existência destes seres de forma a não haver margem para dúvidas, não é mesmo ?
Quando você se refere ao problema de determinação de provas lembra-me trechos de livros do possível André Luiz. Mas no exposto você não adota a metodologia citada anteriormente, mas sim a tendência nada determinante da simples aceitação e mais uma vez finaliza o parágrafo apelando à última instância sentimentalista quando se refere ao "que fere o orgulho próprio e derruba um sitema íntimo de crença".
O possível fenômeno, da forma como você expõem, dá margem enorme a questionamentos e isso não ocorre por uma questão simplista de orgulho ferido, mas sim por falta de constatação que faça com que o nosso diálogo deixe de ter sentido tal qual o questionamento sobre o sangue que apresentei acima.
Você apresenta o orgulho científico como o grande vilão de uma possivel constatação e fica uma pergunta sem presposta:
Onde a himildade do cientista espírita que não se contrapõem ao orgulho do cientista cético fazendo com que o fenõmeno não seja tão somente crido mas também inquestionavelmente comprovado ?
É este, André, "o ponto nevrálgico de nosso debate" a falta de produção científica por parte do Espiritismo Ortodoxo e isso não se produz com lamurias sentimentalistas e chorosas rogando o apoio do ceticismo para dar um veredito final.
E para não prolongar mais esta mensagem achei muito oportuno o seu exemplo sobre o estudo do sol, pos aqueles que se propuseram a estuda-lo forma além daquilo o que você cita como exemplo de estudo para a constatação.
Com certeza não são os que se aprofundam no estudo com os recursos apresentados por você que "esperneiam, choram ou gritam", pois para justificar algo de natureza científica basta o produto comprobatório do próprio estudo, da própria pesquisa.
Um abraço a até a próxima.
Quarta, 18 de Maio de 2005 - 00:19

Sem comentários.

Amigavelmente

Marcus Valerio XR
30 de Maio de 2005

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