Ronaldo A. da Silva
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1956
Vitória da Conquista-BA
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Analista de Sistemas
t h a n d a l u z
h o t m a i l . c o m
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Marcus Valério XR.
Bom, pelo menos, talvez, essa mensagem não será respondida por não ter escrito o seu nome da maneira correta como exigiu.
Trabalho 18 horas no mínimo por dia, projetando, tentando, alterando e testando software, na prática desde 1983, por interesse desde 1970, já que com quase 14 anos, isso mesmo, 14 anos, trabalhava em uma biblioteca no interior de São Paulo, onde nasci, e ali, não sei para minha sorte ou desgraça, devorava centenas de livros, o que mais me intrigou foi INTELIGÊNCIA NO UNIVERSO, mas como isso não é uma autobiografia, vamos ao que interessa.
Reservo algumas horas por dia, das 18, para estudar o comportamento humano, como não posso comprar todos os livros que poderiam me dar alimento para esse desejo, e tão pouco visitar lugares e papear com desconhecidos, uso sabiamente ou abusivamente a nossa tão prestativa INTERNET.
Estava rondando as imediações de sites sobre ATEÍSMO e outros co-relacionados, mais precisamente
Antigreja.
Confesso que não gostei muito, nada contra, mas não me acrescentou nada e tão pouco diminuiu, apenas textos repetitivos de coisas que li no início da juventude e desprovidos de qualquer coisa que me fizesse revê-los.
Uma coisa me chamou a atenção, PERGUNTAS, palavra interessante, e minha surpresa foi quando acessei o link e me deparei com duas possibilidades:
Perguntas com respostas e sem respostas.
Tentei fazer uma pergunta e dar a resposta, confesso que de início em um tom de brincadeira, mas a tentativa foi um fracasso, existem erros na página e minha tão perturbadora ou idiota pergunta + resposta não foi enviada.
Aceitei, já que entendo muito bem desses “problemas” e continuei a infrutífera pesquisa no citado site, mas logo fui trazido a seu site, há!, antes quero que saiba qual a pergunta e a resposta que tentei enviar, talvez possa fazer comentários.
A pergunta: Porque perguntas?
A resposta: Para podermos tentar formular respostas que nunca serão totalmente conclusivas, já que existem opiniões
diferentes; a sua indignação por essa resposta por exemplo, é prova disso. Mas uma coisa é certa, já que
“Reter o conhecimento é promover a ignorância e tê-lo como propriedade particular é promover a auto-ignorância”,
o que é mais grave ainda, é justificado a existência da tentativa.
Continuando, não farei como os demais que lhe “perturbaram” ou não com perguntas ou comentários muitos das quais achei uma
chatice, mas como todos os outros tem o mesmo direito, e ainda você abriu esse espaço, até li alguns, sem comentários.
Uma outra pergunta, talvez com tom enigmático, e principalmente dirigida aos Teístas: Para onde “DEUS” aponta seu olhar, para os filhos desta ou de outra dor?.
Seria interessante você colocar no site e aguardarmos as possíveis respostas.
Valeria a pena?.
Gostei do site, embora acho que deveria revisá-lo e torná-lo mais navegacional com um menu mais interativo e com menos abuso de imagens, veja bem, isso é apenas uma opinião; do resto é um veículo necessário e atrativo.
Ah!, ia me esquecendo, na pergunta Religião, fiz uma brincadeira, é lógico que sei a definição de Religião, mesmo sabendo que existem muitas, mas não posso responder, não sei.
Parabéns e continue...
Ascencionadamente
Thandaluz
“Reter o conhecimento é promover a ignorância”
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Quinta, 15 de Dezembro de 2005 |
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Olá Ronaldo...
Devo dizer que não há muito o comentar da sua mensagem exceto o seguinte tópico, que considero precioso:
RETER O CONHECIMENTO É PROMOVER A IGNORÂNCIA
Aqui está um temática mais importante do que pode parecer, pois há uma clara correlação entre o nível de divulgação
geral do conhecimento e a emancipação popular. Não é por acaso que somente após a alfabetização em larga escala e a
facilidade dos meios de comunicação, a começar pelos impressos, que as massas passaram a se organizar e lutar de forma
eficiente por seus direitos, dando a origem aos movimentos sindicais, sociais e democráticos.
Vejo uma gradação de empecilhos à aquisição do conhecimento que foram sendo historicamente derrubados, mas que ainda
resistem:
O primeiro é o simples agrafismo das massas (para não dizer alfabetismo, pois isso excluiria a civilazações de
escritas não alfabéticas, como a chinesa, hindu e etc). Uma população ágrafa não tem possibilidade de exercitar o
conhecimento em nível comparável às elites letradas, pois a capacidade de expansão mental e cognitiva induzida pela
leitura e incalculavelmente superior.
Em segundo lugar temos a impossibilidade de se conseguir textos, o que era muito mais difícil antes do advento da
imprensa.
Em terceiro temos a censura e controle de informação que evidentemente visa enfraquecer o poder intelectual da
população tolhendo-lhe o pensamento em sua capacidade maior de intercomunicação.
Todos esses itens anteriores ainda acontecem hoje em dia, no entanto estamos numa fase onde os mais contundentes
tem sido o último, e o próximo. Ou melhor, estamos numa fase de transição entre a proibição e:
O quarto é último empecilho, que é o desestimulação metódica à aquisição de conhecimento. Atualmente, em quase todo
o ocidente e grande parte do oriente, não é mais possível manter as populações ágrafas, impedir a circulação de informações
nem coibí-las, portanto resta este último item, que é utilizar a mídia para sobrecarregar as massas de passatempos e
entretenimentos estúpidos, apelando o máximo possível para o que há de mais básico e diminuindo o espaço para o pensamento
e reflexão crítica.
Nada disso ocorre em larga escala de modo calculado e planejado, mas sim em grande parte inconsciente, embora sem dúvida
haja indivíduos em posições privilegiadas que promovem ações nesse sentido. Felizmente a corrente contrária tem sido
cada vez mais poderosa e emancipatória, e temos cada vez mais possibilidade de darmos saltos qualitativos em termos
culturais, intelectuais e artísticos.
Não é a primeira vez que toco nesse assunto, minhas monografias
O Caos e os Anjos, em especial no capítulo "A Fonte da Discórdia", e
Educação em 3 Dimesões, abordam este tema.
Para finalizar, é por isso que vejo com desconfiança essas sociedades "secretas" que insistem em achar que possuem
um conhecimento precioso porém velado. Estamos numa era onde nada deve deter a informação. Onde dessacralizamos o
saber e o partilhamos para todos, da forma mais democrática possível. Jamais em toda a história as informações foram
tão acessíveis a um número tão grande de pessoas. E a maravilhosa Internet é sem dúvida a estrela principal desta nova
era.
Resta agora, além de manter e ampliar essa tendência, aprendermos cada vez mais como tirar o máximo proveito dela.
Obrigado pela mensagem.
Amigavelmente
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19 de Janeiro de 2006 |
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Agnaldo
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1968
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Goiânia-Go
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Técnico
Religião: "Irrelevante este quesito"
(Evidentemente Cristão)
n a l d o j e s u s
b o l . c o m . b r
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Li seu texto intutulado de
"50 milhões de cretinos"
onde críticas são feitas ao Presidente dos USA e a grande parte do povo americano. Eu, às vezes fico a perguntar: O QUE EU FARIA SE EU FOSSE PRESIDENTE DOS ESTADOS UNIDOS E DE REPENTE UM MOÇO CHAMADO BIN LADEN ATACASSE MEU PAÍS DA FORMA QUE FOI ATACADO?
E você, caro amigo Marcus, o que faria se estivesse naquele momento no lugar do "George War Bush" presidente americano?
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Terça, 13 de Dezembro de 2005 |
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Olá Agnaldo, muito obrigado por esta oportuna pergunta que mal sei por onde começar a responder. Talvez seja melhor pelo
que eu NÃO faria.
1-ANTES DO ATAQUE
1.1-Não teria, na primeira semana de governo, destruído em um só dia todo o árduo e eficiente trabalho de paz que o
Bill Clinton havia feito no Oriente Médio dialogando igualmente com israelenses e palestinos. Bush simplesmente foi puxar
o saco do Sharon e praticamente xingou o Arafat. Aliás, como já havia previsto em sua campanha. Como todo "cristão"
do tipo ignorante que pensa que é judeu, tomou as reivindicações palestinas como uma ofensa pessoal. E foi daí que tudo
começou.
1.2-Não teria desprezado o protocolo de Kyoto nem dado uma de arrogante para cima do mundo inteiro me gabando do quanto
a economia americana é boa para mundo apesar de ser a maior poluidora do planeta.
1.3-Não teria tentado dar uma de babaca para cima da China no dia em que um avião espião americano, INVADINDO o espaço
aéreo chinês, foi resgatado pelos chineses. Mas sim, eu teria imediatamente me retratado ao invés de esperar os grandes
empresários, o congresso e a pressão internacional me dizer para fazer isso. As consequências foram agravar ainda mais as
tensões internacionais com a Ásia, como se já não bastasse as com o Oriente Médio.
1.4-Não teria feito pouco caso do relatório da CIA sobre suspeitas de um plano de atentado, o que com essa política
internacional é até surpreendente que não tenha ocorrido antes.
2-DURANTE O ATAQUE
2.1-Não teria ficado por dezenas de minutos me escondendo numa escola cheia de crianças sem tomar atitude alguma,
pondo em risco a escola uma vez que eu seguramente poderia ser um alvo, e era de conhecimento público onde eu estava.
Teria de imediato partido para uma base militar e começado a dirigir a defesa do país.
3-APÓS O ATAQUE
3.1-Não teria usado um avião do governo para retirar toda a família Bin-Laden dos EUA enquanto todo o espaço aéreo
estava interditado, nem teria impedido o FBI de detê-los e investigá-los.
3.2-Não teria confundido terroristas com: árabes, muçulmanos, negros, morenos, latinos e brasileiros. Teria sido muito
mais fácil investigar os verdadeiros culpados.
3.3-Nem teria obrigado o planeta inteiro a fazer uma estúpida escolha "Nós ou Eles", com toda sua típica arrogância
belicista, virando automaticamente toda a opinião pública mundial e em especial as comunidades islâmicas que, com um
mínimo de diplomacia, poderiam ter ficado neutras.
POR FIM...
Não fazendo todas essas asneiras colossais, ficaria muito mais fácil neutralizar e combater a Al-Kaeda, que sendo uma
organização disforme e transnacional, NÃO PODE SER COMBATIDA POR GUERRA!!! Mas sim por espionagem e Guerra Fria. Foi
assim com a U.R.S.S, lembra? Atacar o Afeganistão dá até pra entender, mas o Iraque?! O que que eles tiveram com isso!
Enquanto MENTIA para todo o mundo sobre as armas de destruição em massa do Iraque e se preparava para roubar-lhe o
petróleo, poderia ter criado uma coesa comunidade internacional para perseguir e neutralizar os terroristas célula por
célula. Uma doença se trata com remédios e vacina, e não com porrada! Terroristas não são países e nem tem fronteiras.
Não é possível atacá-los como numa guerra convencional.
Mas Bush fez o exato contrário. Ao invés de usar o breve momento de comoção internacional que foi capaz de trazer
palavras de apoio até do Saddam Hussein, o Governo Bush decidiu mandar o mundo todo pro inferno e produzir sua
"Justiça Divina", massacrando civis inocentes e fortalecendo muitíssimo mais as sementes que alimentarão o terrorismo
e o ódio contra os EUA pelos próximos séculos. Ninguém fez tanto pelo terrorismo no mundo quanto esse governo hediondo.
E tudo isso para quê?! Para que os órfãos das armas "inteligentes" se tornem os homens bombas de amanhã.
E no final de tudo isso...
Onde está Bin Laden?!?!
Amigavelmente
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19 de Janeiro de 2006 |
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A.G.Bragah ( Gláucio Braga Assis )
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1965
www.agbragah.correiovip.com.br
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Cruzeiro-DF
Escritor, motociclista, viajante, imaginador...
a g b r a g a h
c o r r e i o w e b . c o m . b r
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Olá XR,
fiquei muito impressionado com as coisas que estou lendo neste site. Parabéns e obrigado por essa oportunidade que esta oferecendo a nós “bichos pensantes” de expressarmo-nos, trocarmos idéias e refletirmos um pouco mais.
Embora não tive tempo de me aprofundar mais nos seus textos e dos seus visitantes, algo me chamou a atenção em:
OS 6 PRIMEIROS PRINCÍPIOS QUE BASEIAM MINHA FILOSOFIA EXERIANA
4 - O SER HUMANO É COMPROVADAMENTE O MAIS AVANÇADO PRODUTO DO UNIVERSO
Parece-me um tanto precipitada e até mesmo arrogante essa afirmação, principalmente vinda de alguém com a sensibilidade e alta capacidade argumentativa demonstrada em outros textos.
Não irei argumentar prematuramente sobre nossa incapacidade de comprovar o nível de avanço do ser humano perante uma grandeza que de longe nos escapa (até o momento), deixo, pois o espaço para que você explique o que não pude contemplar de seu enunciado. Mesmo porque, avanço... mas em que sentido? Uma vês que podemos estar até mesmo avançando em direção ao caos... Lembrando que essa não seria uma idéia exclusivamente negativa.
Um último comentário: Sobre sua afirmação
"ACREDITO QUE EXISTA UMA "INTELIGÊNCIA" SUPREMA NO UNIVERSO.
INCOGNISCÍVEL E NÃO INTERFERENTE DE FORMA DIRETA EM NOSSAS VIDAS"
não te parece um tanto quanto contraditório a atitude de “acreditar” para alguém que se propõe um pensador, filósofo, ou seja, que quer entender as coisas e não apenas ter fé em sua existência?
No mais... Espero voltar em breve...
Um abraço fraterno de alguém que antes de tudo, ama as idéias.
AGBragah - Sexta, 25 de Novemebro de 2005
Olá Marcus, Esta é minha segunda vez aqui.
Bisbilhotando o seu quintal de reflexões, me deparei com um texto interessante do visitante Mario Campos de Jesus, e, evidentemente, com seus comentários sempre tão lúcidos e esclarecedores.
Peço licença ao Mario para citá-lo quando escreve:
“... ao explodir, formar o Universo? Sabe qual a possibilidade de uma explosão aleatória
(não programada por um ser inteligente) resultar no que existe hoje? A mesma de uma, ocorrendo numa oficina gráfica,
vir a montar a matriz de um livro a partir dos tipos que voaram.”...
Seus comentários sobre esta parte exploram a questão do tipo de explosão (química ou não) e o tempo relacionado à formação da matriz em alegoria ao universo.
Permita-me estender o assunto adentrando numa ceara que diz respeito às dimensões e proporções quando nos referimos ao Universo. No meu entender o colega Mario, tem uma noção muito limitada quando se refere ao Universo como: “...no que existe hoje?”
Na verdade o Universo conhecido é bem menor que a ponta no icyberg, em comparação ao que fica escondido sob o mar gelado de nossa ignorância. Mesmo dentro deste “Universo conhecido” (aqui entre nós: bem mais desconhecido do que se pensa), mesmo assim ocupamos um lugar ínfimo, neste terceiro planetinha sendo torrado por uma usina colossal (para nós), que flutua no espaço queimando seus gases impiedosamente, a qual chamamos Sol.
Se levarmos em consideração as questões temporais envolvidas, aí é que veremos o quanto somos pequenos e novos numa existência universal onde milhares de anos e quilômetros humanos são apenas miudezas, brilhos tênues e efêmeros num vazio solitário e obscuro.
Minha intenção é convidá-los a vislumbrar nossa posição perante a Existência. As proporções envolvidas são abismos intransponíveis em nosso tempo/espaço. Por isso, voltando à noção de Universo do Mario, é possível considerar que somos realmente um “bilhete premiado”! Explico: Imagine uma urna gigante com milhares de bilhetinhos contendo números. De repente a urna pára e tiram o bilhete. É justamente o nosso! Eram milhares de números mais saiu justamente o nosso. Ficam naquela urna aqueles números que não conhecemos, que não foram sorteados e que nem mesmo nos interessam tanto assim... É muito fácil agora esquecermos as N possibilidades antes e depois do nosso sortudo prêmio.
Pois é... o número, o bilhete, são muito pequenos comparado as possibilidades de sorteios. Tanto os que aconteceram antes do nosso, quanto os que acontecerão depois. Então eu acho muito razoável pensar que o bigbang causou esse mundo que conhecemos, como muitos outros que nem imaginamos. Se tem alguma inteligência envolvida, acho que é a nossa própria inteligência quando nos apoderamos do prêmio desta existência e o utilizamos para coisas construtivas, como nosso próprio deslumbramento com as maravilhas e mistérios que nos cercam.
Votando a questão da oficina gráfica, concordo em parte com o Mario. A possibilidade de se montar a matriz de um livro a partir dos tipos que voaram na explosão é incrivelmente remota, embora exista. Não obstante, eu não me surpreenderia que alguns tipos caídos ao esmo, viessem a montar algumas palavras como: Imaginação, Pensamento e porque não: Deus.
Um fraterno abraço,
A.G.Bragah ( Gláucio Braga Assis )
www.agbragah.correiovip.com.br
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Terça, 1 de Dezembro de 2005 |
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Olá Gláucio.
Seja bem vindo a meu site e espero que não se importe que eu tenha reunido suas duas ótimas mensagens.
Também acessei sua interessante página, que por sinal tive que corrigir o endereço, e é bom notar que somos vizinhos
de bairro.
Bem, sobre seu justo comentário ao meu PRINCÍPIO 4 da Filosofia EXERIANA, devo primeiro
esclarecer o obscuro termo 'COMPROVADAMENTE', que de fato tem dado margem a más interpretações, o que me leva a pretender
reformular o conceito em breve.
Na verdade não se trata de que "...JÁ COMPROVAMOS QUE SEJA...", mas sim "...DO QUE JÁ PUDEMOS COMPROVAR!"
Note que me refiro ao nível de complexidade física, a princípio, como explico nos trechos:
Sendo assim, o homo sapiens é fisicamente a estrutura mais complexa que nós mesmos reconhecemos em todo o
Universo por nós já desvendado.
Haverão coisas ainda mais complexas? Provavelmente. Mas por enquanto o que comprovamos é isso.
Sobre a próxima citação, referente ao proto texto DEUS?, não creio que "acreditar" deponha
contra o "pensamento", se estivermos usando um sentido mais largo.
Primeiro, ninguém pode pretender acreditar em nada, seria impossível viver sem "crenças", pois temos que partir de
algo com o qual possamos basear uma ação mínima no mundo. Todos temos que crer em coisas como "sou filho de uma mulher",
"preciso de oxigênio", "não sou capaz de voar e portanto não devo me atirar da torre de TV" ou "se eu beber água vou
saciar minha sede". TODAS essas são necessarimente 'CRENÇAS', e nenhuma delas é de fato uma verdade incontestável em
qualquer nível epistemológico.
Segundo, creio que "crer" em algo só é reprovável quando se trata do que pode ser minimamente testado e refutado com
segurança, ou para qual a falta de evidência associada a ousadia é flagrante. Me parece tolice crer em sacis-pererês por
que além de conceptualmente bizarros eles jamais foram demonstrados. Isso não se aplica a possibilidade da existência de um
tipo de "Inteligência" Universal, que não aceita uma refutação forte de modo algum, bem como uma comprovação forte.
Sendo assim, no caso de itens.
E Terceiro, não se trata de uma crença forte, evidentemente. Não tenho fé nisso. Mas diante da impassível
imponderabilidade da questão, devido ao forte ceticismo com relação a possibilidade de um conhecimento seguro,
sigo então uma postura pragmática. Prefiro crer na opção que me pareça ao menos psicologicamente mais vantajosa.
Sobre sua outra mensagem, agradeço pela contribuição. Realmente não me estendi muito em minha resposta ao Mario, mesmo
porque tínhamos outros pontos a tratar.
Agradeço sua exposição, e espero contar com novas visitas suas no futuro. Aliás, não se esqueça que somos vizinhos,
se um dia quiser conversar pessoalmente, e só avisar.
Amigavelmente
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15 de Janeiro de 2006 |
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Gustaf Dantas Bitencourt Florencio
1985
-
Natal-RN
Estudante Universitário
449
g u s t a f d a n t a s
h o t m a i l . c o m
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Olá , Marcus
Depois de um longo tempo ausente, eu estou de volta a este espaço.
Bem , eu li suas monografias "Relica e Etigião", os assuntos Filosofia Exeriana e o artigo "Deus?"
SOBRE O RELICA & ETIGIÃO:
Muito bom a monografia, mas queria analisar dois pontos.Primeiro, foi dito que o ser humano nasce com a tendência
de saber que o bem é o caminho a ser seguido. Sendo assim, ele é "naturalmente" bom. Mas essa tendência "natural"
que existe até nos animais não poderia se dever pela tendência ser humano sempre querer fazer pactos mutuamente benéficos? Adam Smith quando analisou a economia capitalista pela primeira vez em 1776, explicou que esse sentimento de "cooperativismo egoísta" era muito presente nos seres humanos e isso explicava em grande parte os comportamentos aparentemente altruístas existente nos négocios.
Segundo, em que grau a ética que você explicou pode ser estendida aos outros animais? Afinal, os homens estão constantemente utilizando produtos do reino animal para sua sobrevivência.Ora, se alimentando da carne de vacas,ora retirando peles de raposa para fazer casaco. Porém, ninguém jamais utilizaria carne humana na sua alimentação.Vemos que adotamos uma ética "dois pesos, duas medidas".Existe algum limite preciso definindo a "ética para humanos" da "ética para os animais"?
COSMOGÊNESE EXERIANA
Eu vi algumas discussões sua sobre a cosmogênese e você parece ter uma simpatia pela idéia da hipótese que o Universo sempre
tenha existido. Eu estive dialogando e lendo num tópico do fórum Religião é Veneno
(ver :COMO PODE OCORRER O BIG BANG?),
com um físico chamado Nelson Magrini.Ele comenta entre várias coisas que a maior parte dos físicos leva em consideração
esta hipótese do Universo Eterno, quando eles falam em multiverso. Num tópico em que ele fala sobre o Big Bang, se vê
claramente que a teoria inflacionária de Allan Guth desafia os velhos conceitos filosóficos.Ou seja,os físicos de
partícula sabem a muito tempo analisando o vácuo quântico que do nada pode surgir algo.E que não existe realidade
objetiva a nível quântico.Ou seja, algo poderia flutuar da não-existência para a existência.Estariam os físicos
tomando o lugar dos filósofos nesta área, ou os filósofos já se adaptaram a esta nova "realidade quântica",
ou seja a da inexistência de uma realidade objetiva pelo menos em dado nível?
ARTIGO "DEUS?":
Eu tenho uma certa resistência em achar diferença entre Panteísmo e Ateísmo.Eu acredito que se um Deus Panteísta existisse, ele poderia ser algum agente (ou agentes) moralmente ambíguo, possivelmente não inteligente, cujos métodos possuam alguma semelhança com a criação humana.Mas existe o Ateísmo transcedente.As leis cegas da física e as forças da natureza também possui características idênticas a esse Deus Panteísta.
Além disso, o dicionário Aurélio define Deus como:"1.Princípio supremo considerado pelas religiões como superior à natureza.".Para mim, a melhor definição.Não precisaria um Deus está acima da natureza?Se ele fosse a própria natureza, que sentido faria em chamá-lo de Deus?
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Quarta, 23 de Novembro de 2005 |
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Olá Gustaf... É um grande prazer ter você aqui, como é contar com suas ótimas colaborações no
EVOlução BIOlógica. Também fico muito satisfeito que você tenha lido os textos
que sugeri.
Sobre o texto Relica & Etigião, deixe-me colocar melhor a afirmação:
"...o Ser Humano é intrinsecamente AMBÍGUO, mas com uma tendência inata para assumir que o Bem é o caminho
que deve ser seguido.". Talvez você tenha dado pouca importância ao item grifado, pois ele explica exatamente
essas situações que você colocou. A tendência para pactos mutuamente benéficos não pressuporia essa tendência inata de
procurar o Bem? Porém, a ambiguidade surge porque muitas vezes certos movimentos aparentemente benéficos podem ter por
finalidade a prática do mal, e vice-versa. No entanto, o que quero sempre ressaltar, é que os humanos sempre consideram
o que fazem, seja lá o que for, como algo em prol de um Bem maior, por mais confusa e por vezes insana essa concepção
possa ser. A verdadeira diferença esta na realidade no grau de EMPATIA que temos. Ao exterminar judeus em campos de
concentração os nazistas operavam sob um ideal de Bem voltado para sua própria etnia, o limite de sua empatia terminava
aí. Se ela se estendesse à toda humanidade, seria impossível praticar o genocídio. Isso nos leva à sua outra colocação.
Podemos estender nossa empatia para além da humanidade e abarcar todos os animais. Nesse caso não seríamos capazes de
fazê-los sofrer apenas para saborear sua carne. O que porém não impediria que numa situação de necessidade tivéssemos
que matá-los para nos alimentar. Se nossa empatia for mais longe ainda, pode se estender até para os vegetais e minerais.
Mas é claro que aí teríamos vários outros problemas, pois não podemos viver sem fazer algum uso deles. Por fim, somos
obrigados a restringir nossa empatia em algum ponto. Caso contrário não conseguiríamos sequer fazer vacinas e remédios
que não raro resultam no extermínio de uma espécie viva, ainda que microscópica.
Como você notou, a defesa da idéia de um Universo Perpétuo não é exclusiva da
Cosmogênese Exeriana. Como eu disse, o Universo local pode até ser temporal,
mas o UNIVERSO tem que existir sempre. Eu evito o termo Multiverso porque ele é contraditório. Sobre a origem a partir
do nada, considero um grave erro conceitual considerar o Vácuo Quântico como Nada. Ele é claramente um CAOS, ou seja,
uma potência fundamental. Na minha cosmogênese, é evidente que o UNI é um Caos. Não importa que nome se dê ao Nada,
não faz o menor sentido que algo provenha dele! Caso contrário não seria Nada! Há algo sobre o tema em
neste capítulo da monografia DEUS ME LIVRE.
Sobre DEUS?, a diferença entre Panteísmo e Ateísmo se explica porque mesmo no Panteísmo Imanente
haveria um Ordem Intencional, com propósitos, ao passo que no Ateísmo a Ordem não tem intenção nem propósito algum.
Inviabilizando, entre outras coisas, quantido sentido prévio para nossa existência. No Panteísmo esse sentido já existiria
ainda que fosse muito além de nossa simples existência individual. Há uma grande diferença numa Natureza "Inteligente"
e numa "não-inteligente", ainda que essa inteligência nos seja Incognoscível
( Agradecimentos ao Sérgio Guimarães Hallais pela bem-vinda correção do termo.) Discordo da definição do Aurélio por ser
vaga, e excluir os deuses politeístas. Enfim, há uma diferença entre Panteísmo e Ateísmo do mesmo modo que há para um
corpo com e sem Mente. Mesmo sendo materialista.
Amigavelmente
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07 de Janeiro de 2006 |
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Márcia C P de Paula
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1964
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Araruama-RJ
Do larrrr (se é que isso existe para alguns).
Nenhuma e TODAS. Tô construindo o que foi destruído.
g p t a q u e s
h o t m a i l . c o m
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Olá Marcus!
Recentemente estive tentando levantar através da internet a possível existência na História de uma rainha de nome "Ariana"
e confesso a você que nada encontrei, a não ser o seu conto de ficção, Senhoras de Terrânia. A partir daí fui adentrando
pelo seu site e confesso, mais uma vez, que tudo que tenho lido até aqui muito me encanta pelo seu brilhantismo e lucidez
com que os assuntos são abordados, ainda mais partindo de uma pessoa tão jovem em idade. Admiro pessoas que conseguem
conciliar e se posicionar de maneira respeitosa diante de pensamentos conflitantes, com algumas farpas esporádicas,
é claro, mas nada que venha de fato a machucar, e sim, esclarecer
(Evolucionismo X Criacionismo).
Não sou uma estudiosa de Nível Superior como você e outros que frequentam o seu site. Para dizer bem a verdade, só
possuo o 2º Grau completo, não por que eu assim quisesse, e sim, por contingências da vida.
Contudo, a leitura sempre foi minha fiel companheira, portanto ler e aprender nunca me cansou, muito pelo contrário,
até já me salvou... Por isso digo que não possuo uma doutrina religiosa em específico, tendo já participado de algumas,
desde a minha infância, como o Catolicismo, o Kardecismo, o Umbandomblesismo, o Evangelismo, o Exoterismo (ou Esoterismo), o Parapsicologismo, o UFOlogismo, o Achologismo, o Esquisitismo e outros "ismos" mais que tiver por aí. Todavia, graças a Deus (enquanto UNIVERSO) não perdi de vista um conselho dado pelo meu falecido pai, que era Maçon: "leia! O conhecimento é a única bagagem que levamos conosco após a morte. Mas peneire tudo. Nem tudo o que está escrito é absoluto!" E assim tenho feito até hoje. Tudo é aprendizado, até no instante da morte. Se há alguma coisa após a morte? Aí já é outra história para quando chegar lá... Por enquanto eu só sei daqui, por que ESTOU aqui!
Quero dizer que também já fui uma Milenarista, até o dia em que me dei conta de que só fazia negar a própria vida. Confesso que de vez em quando ainda tenho alguma recaída e fico preocupada com resultados de pesquisa, como o que foi feito pelo programa de TV, Fantástico (Sobre o ensino religioso Criacionista nas escolas - 20/11/2005). Até a cara do Pedro Bial era de inconformidade diante do resultado favorável... Essa é a velha mania de contratar serviços de encanador hidráulico para executar serviços de eletricista... Daí a casa pega fogo e o dono da casa se pergunta: "onde foi que eu errei?" E o que é pior, o vizinho, que nem consultado foi acaba se queimando junto! E aí?! A gente tenta respeitar o "fato social" dos outros. Mais do que justo! Tá tudo lá na Declaração Universal dos Direitos Humanos! Até o dia que o "fato social" dos outros começa a querer dar as ordens no SEU "fato social". É que nem o vizinho querer se assenhorar de minha casa, por que ele entendeu por bem que os seus modos vivendes são melhores que os meus! Com certeza, nessas horas, a política de boa vizinhança vai pro brejo! E aí as Leis de Sobreviência de Darwin que resolva as coisas depois, isto é, que vença o mais forte! Com certeza eu vou botar o vizinho pra fora a toque de vassoura! Que vá cantar de galo no seu próprio terreiro! Se cada macaco ficar no seu galho já estará fazendo muito!
É tanta loucura a nossa volta que corremos o risco de absorver a loucura dos outros, e o que é pior desacreditamos daquilo que é o mais importante: NÓS MESMOS! Sei disso por experiência própria. Deixamos-nos ser "afogados" num mar de crenças e valores alheios, caminhando contra o nosso próprio potencial. A Achologia domina todos os espaços, movido pelo medo, pela insegurança e pela carência humana em todos os sentidos. Esses "achismos" passam a interferir em nossas vidas, em nossas mentes, promovendo estragos algumas vezes irreversíveis, onde pessoas perdem o rumo de suas vidas, ou se matam, ou vão parar em instituições psiquiátricas por conta da influência perniciosa dos "achólogos varridos de plantão" que atuam de acordo com suas conveniências ou interesses de poder.
Os cristãos repetem sempre: "orai e vigiai".
Pois eu direi sempre: VIGIAI E VIGIAI! Assim como minha gata que dorme com um olho aberto e outro fechado. O orar eu deixo por conta da fé de cada um. Não critico a fé de ninguém nem subestimo. Que ela move montanhas, todo mundo já sabe, como você mesmo disse, Marcus. Só que, volto a dizer, cada macaco no seu galho! Esse negócio de que o deus de um é melhor do que o deus de outro, já deu muito o que fazer para a História da Humanidade. Parece coisa de criança birrenta que se nega a crescer! E, pelo visto, ainda estamos "gatinhando" em muitas coisas, principalmente quanto ao convívio social humano.
Por tudo que falei até aqui e muito mais consegui, com minha pouca lucidez, desconstruir o que estava edificado até então, para dar lugar a uma nova ordem, assim como uma boa faxina, limpando os cantos obscuros e de difícil acesso, eliminando objetos inúteis para dar lugar a coisas novas, e ainda, cogitando futuras mudanças. Empunhei a "espada" do senso crítico e resolvi ME salvar.
Não é só a Bíblia ou qualquer outro Livro Sagrado que pode resgatar os seres humanos de todos os males.
È preciso QUERER SE salvar! O conserto não começa de fora para dentro. De nada adianta fazer a reforma de
um prédio com o melhor em acabamento, se o mesmo está cheio de rachaduras e infiltrações. A minha reforma
se deu de dentro para fora:QUEM EU SOU? O QUE EU PENSO? O QUE EU SINTO? O QUE EU DESEJO? SOU PERFEITA? NÃO!!
Mas... De acordo com a minha observação, a vida a minha volta não se estabelece em igualdades, e sim em diferenças!
Então tá óóóóóótimo! Se melhorar estraga! Cada louco com a sua mania! Agora, da mesma forma que não quero
impor o meu ponto de vista a ninguém, eu também não sou obrigada a trazer a loucura dos...
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Continuação da Mensagem - Segunda Parte
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...outros pra minha vida. É que nem Karma (ou Carma): cada um com o seu!
Se bem que tem gente com mania de nos colocar para responder pelos atos dos outros... Aliás! Esse negócio também de vir ao mundo para pagar dívidas passadas, já tá pra lá de furado. A rolagem da dívida já não tem mais tamanho: você vem ao mundo para pagar 20 e contrai mais 50. Volta para pagar 50 e contrai mais 100. E assim vai! Isso tá pior que o Brasil com o FMI. Daqui a pouco nem o Banco Central UNIVERSAL vai querer fazer empréstimo pra saldar a dívida!
Loucuras a parte...
Hoje vivo em paz no recesso de meu lar, junto ao meu casal de filhos e minha gata, lidando com todos os problemas da vida diária. Problemas esses que são inerentes ao fato de estarmos todos vivos!
Aprendo a cada dia que "tudo que sei é que nada sei", já que "o impossível é uma porta que ainda não foi aberta". O que também é ótimo, se não perderia a graça, não é mesmo?
Marcus, vejo que você ainda tem muito a falar e a realizar. Gosto da sua linguagem clara e do seu senso de humor, mostrando que a Filosofia pode estar ao alcance do entendimento popular. Simplificar o erudito complicado é para poucos. Tem muito professor que tenta, mas não realiza. Há que se ter paixão! E isso você tem de sobra. Portanto, quero ver ainda o seu lado Lorde Mestre Popstar Xuminis brilhar no firmamento! O Xu estrela não pode se apagar, pois ainda há muito para criar! Concorda ou "sem corda" comigo? Portanto, eu gostaria de lhe fazer algumas perguntas. Se você tiver "saco", tempo e paciência para responder, pode ter certeza que estarei aqui aguardando o desenrolar dos "próximos capítulos". Aí vai:
1) Você se apresenta como sendo do signo de Sagitário. Qual o seu posicionamento quanto a Astrologia? (Sou Ariana, com Vênus no meu ascendente em Gêmeos e Lua conjunção Saturno em Peixes)
2) Por quê a página principal do seu site divide espaço com sites céticos e sites místicos? (Por sinal gostei muito de todos, dependendo do ponto de vista que se olhe cada um).
Agora, quanto aos seus sonhos que são falados de maneira muita breve na Introdução da sua Filosofia Exeriana (ou eXeRiana - É possível falar mais sobre o termo?):
3) Você já vivenciou seus sonhos de maneira tão nítida que trouxe sensações físicas ao acordar, tal como sensações táteis, sonoridades, vozes, odores ou qualquer outra coisa?
4) Você já "assistiu" a si mesmo em sonho? (Você em duas partes)
5) Você já "assistiu" ao Marcus Valério "assistindo" a si mesmo em sonho? (Você 3 vezes ou em 3 partes)
6) Você já teve a sensação de dúvida ao acordar, que realmente acordou no local certo? (Tanto posso estar me referindo a lugar e tempo).
7) Você já teve sonhos recorrentes desde a sua infância, onde trava contato com "tempos", pessoas, localidades e civilizações nunca conhecidas até aqui?
8) Você já teve lembranças de outros sonhos dentro de um sonho, quando na realidade você não se lembrava desses mesmos sonhos estando acordado?
9) Você já se metamorfoseou em sonho? (Qualquer forma de vida ou, até mesmo, uma estrela, por exemplo)
10)Você já recebeu ,em sonho, aulas ou instruções sobre conhecimentos de ciência, pesquisa, tecnologia avançada, religião, cosmogênese e etc?
11) Você já recebeu antecipadamente notícias sobre algumas das descobertas da ciência, em sonhos, para poucos dias, meses ou anos depois ver anunciados nos meios de comunicação?
Me perdoe tantas perguntas. Só estou pedindo esclarecimentos para saber se já enlouqueci... È difícil conhecer coisas que nunca estudei. Não possuo a mesma erudição que você. Sou como a "Alice" do seu conto de ficção: tenho que perguntar para entender, ou tento ouvir mais e falar menos. Minha formação é a escola da vida e ainda estou escrevendo o meu diário! Digamos assim... Um projeto em andamento.
Vou encerrando por aqui, por que já tagarelei demais!
Parabéns pelo seu site, Marcus, e fale sempre mais. Competência é pra quem pode!
Abraços a você e a sua Princesa de Paus.
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Segunda, 21 de Novembro de 2005 |
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Cara Márcia...
Muito obrigado por sua mensagem, a qual recebo com alegria. Sua história pessoal é bastante interessante e me indentifico
com ela. Espero que tenha apreciado também o que leu sobre As Senhoras de TERRANIA. Só devo
lembrar que lá não há rainha alguma chamada Ariana.
Tendo você sido também uma Milenarista, deve compreender porque considero a
questão do Evolucionismo X Criacionismo potencialmente problemática. Não tanto pela
questão aparente em si, mas porque o Criacionismo é uma evidente apologética com objetivos proselitistas, que visa
a maior prazo aumentar o rebanho de crentes que invariavelmente são milenaristas, e é essa posição em si que é mais
perigosa.
Parabenizo você pela sua postura crítica e buscadora, e na coragem de assumir a responsabilidade pelos seus próprios
atos. Mas quanto a questão da reencarnação, vale lembrar que nem sempre estas crenças estão associadas a idéia de
"saldar divídas passadas", mas por vezes, simplesmente com a questão de um aperfeiçoamento pessoal. O que pode parecer
um pagamento de dívidas, por ser visto mais como uma oportunidade para evolução espiritual ou purificação pessoal.
Espero que tenha também apreciado ALICE 3947, e eu agradeceria muito comentários
mais específicos, se possível.
Bem, agora vamos a suas perguntas, às quais, terei prazer em responder.
1 - Considero a Astrologia atual como uma forma de Psicologia, e na verdade, talvez, a mais antiga de toda a humanidade.
Pois ela delineia uma série de aspectos comportamentais e os categoriza em Signos. Dái, consegue, com muita precisão,
esquematizar como funcionam os relacionamentos entre os mesmos, e formular boas análises psicológicas. Nesse sentido,
considero-a muito eficiente. Os problemas começam com a outra parte da Astrologia, que é a parte superada pelo
desenvolvimento científico. A Astrologia foi a antiga Astronomia, e o foi com muita eficiência também apesar de seu
modelo geocêntrico, mas a relação entre estes dois aspectos, Astronômico e Psicológico, é que a meu ver, é equivocada,
pois definir que uma pessoa obrigatoriamente tenha que apresentar tal aspecto devido ao momento de seu nascimento,
é algo que exige uma evidenciação muito forte, e que, definitivamente, jamais foi devidamente apresentada. No entanto
há alguns recursos dos astrólogos que compensam isso, bem como algumas coisas difíceis de contestar. Isso merece um
texto específico que fico devendo.
2 - Há dois tipos de links em minha Página Principal, os "Sites Amigos" e os "Grandes Sites".
Estes últimos foram sites que eu achei na Web e que considerei suficientemente bons para merecerem que alguém
saia de minha página principal direto para eles. Os outros são sites bons também, mas que os coloquei principalmente
por serem de pessoas conhecidas minhas. É claro que eu não colocaria um link de um site ruim só porque é de um amigo
meu, mas mesmo que alguns tenham pouco haver com o meu site, creio que no que se propõem a fazer, merecem
destaque. Além do mais, esses sites místicos são bons porque de uma certa forma eu jamais reneguei meu lado
místico, por mais filósofo, crítico e cético que eu seja. E não tenha dúvida que se eu achar um site de ponto de vista
oposto ao meu, mas Bom, não duvide que eu o colocarei. (eXeRiana, vem de XR, que são as iniciais dos meus sobrenomes,
pronunciadas em inglês. Originalmente, nada significa.)
3 - Sim. Já tive sonhos desta natureza. E quanto aos sonhos mencionados na Filosofia EXERIANA,
vejamos mais adiante se é possível dizer algo.
4 e 5 - Acho que não. Ao menos não lembro.
6 - Uma única vez, na casa de um primo, acordei virado para o outro lado da cama, e vestido com uma roupa, e não me lembrei
de modo algum de ter virado ou ter me vestido. Mas fora isso, apesar da comum estranheza que me ocorreu certas vezes ao
acordar, não demorei a saber onde estava.
7 - Jamais tive sonhos recorrentes. Essa de sonhar sempre a mesma coisa, para mim, é coisa de filme. Mas já sonhei
sim com outras civilizações, locais, coisas, etc. Algumas delas até viraram contos de ficção.
8 - Mais ou menos. Quando sonho, mesmo estando numa vida totalmente diferente, sou capaz de me lembrar de detalhes do
passado de vida do sonho. Tenho memórias novas, todo um contexto devidamente construído. E tudo faz muito sentido!
É por isso que não posso concordar com Descartes quando afirma que uma das formas de diferenciarmos o real do sonho
e que neste último não conseguimos fazer grandes ligações causais.
9 - Não.
10 - Já tive grandes inspirações filosóficas e artísticas em sonhos. Algumas viraram músicas, até com letras. Outros
deram origem a teorias filosóficas. Uma delas esta Aqui.
11 - Não. Mas há antecipei muitas destas coisas pela simples imaginação.
É isso. Espero que tenha sido suficiente. Foi um prazer conversar com você e receberei uma nova mensagem com prazer.
Amigavelmente...
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31 de Dezembro de 2005 |
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Ana Carolina
-
1980
-
Curitiba-PR
Estagiária, Último Ano de Pedagogia
Católica Não-Praticante
l i n d o s o r r i s o
m s n . c o m
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Marcus Valério.
Boa Noite.
Vou ser sincera e clara. Não sei se vai ler meu e-mail , ou dar alguma importância a ele, pois com certeza não terá conteúdo e nem acrescentará algo para você.
Não sei como cheguei ao seu site, foi por acaso. Mas fiquei impressionada , com seu conhecimento , sua arte, enfim, posso afirmar que fiquei com vontade de devorar tudo o que contêm em seu site.
Meus parabéns, é um previlégio saber que existem pessoas com tantas inteligências multiplas desenvolvidas e sendo colocadas em prática. Me deixou curiosa , pois fiquei imaginando como poderia ser , esse Homem com tantos conhecimentos. Li sua biografia( correção), realmente é um Ser que se diferencia dos demais.
Obrigada por ter me dado momentos de tanta curiosidade e prometo ler atentamente seu site.
Só lamento não poder contribuir em conhecimento nesse site tão inteligente e extremamente bem feito.
Sei admirar a arte, nasci em uma família aonde tem músico erudito
( meu pai) pintor de telas ( avô).
Sem querer, comecei a admirar mais uma pessoa por tudo o que mostra aqui nesse site.
Continue sendo infinitamente criativo e passe para nós o que sabe, somos carente demais de informações úteis , como essas que vc transmite aqui.
Sua mais nova admiradora.
Ana Carolina
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Reli o e-mail que enviei a vc, e voltei para fazer uma correção, disse que li sua BIOGRAFIA,..E NÃO ABREUGRAFIA.coisa feia né, errar assim, e olha que tomei cuidado , mas.......
Ahhhh, teria muito a falar sobre religião, uma vez que fui educada em colégio de Irmãs, do Sagrado Coração de Jesus, e afirmo, que é tudo pura fantasia, fora da realidade...e o que essa educação faz com que acreditemos em coisas inexistentes,mas isso tenho certeza que é assunto já saturado p/ vc...não é?
Um abração da Ana Carolina e desculpa o erro, ok?
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Sexta, 18 de Novembro de 2005 |
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Olá Ana Carolina...
Boa noite, ou bom dia, como posso saber?
Muito obrigado por sua mensagem e suas palavras de apoio. É sempre um suporte ver que há pessoas que se beneficiam
com nossas palavras.
Quanto a suas colocações finais sobre Religião, gostaria de lembrar que tenho opinião diferente.
Não acho que religiões sejam pura fantasia. Elas são antes de tudo, manifestações de conteúdos mentais e culturais
que por si são totalmente reais. Elas atendem a anseios reais com manifestações potencialmente simbólicas.
Além disso, em nossa vasta incerteza sobre o universo em que vivemos, ninguém pode realmente garantir que não seja
do modo como alguma das religiões prega.
Os problemas sérios começam quando as pessoas passam a depositar excessiva convicção em coisas para as quais não
há nenhuma base segura para certeza. Ou melhor dizendo, um dos mais graves problemas da religião é o excesso de
certezas, justamente sobre coisas totalmente incertas.
É nesses momentos que surgem os fundamentalismos, cujas certezas sobre o incerto passam a superar até mesmo o que
é o tido como materialmente certo. Mas fora tudo isso, creio que as religiões tem grande valor, quando bem vivenciadas.
Mais uma vez obrigado e será um prazer receber novas mensagens suas.
Amigavelmente...
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30 de Dezembro de 2005 |
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Alexsander Hosnani Marques de Brito
1970
-
Brasília-DF
-
Psicodontólogo
Cristão
504
a l e x b r i t o 2
y a h o o . c o m . b r
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Desculpe-me, por pressa enviei uma versão sem revisão adequada, essa está melhor.
Amado amigo, paz seja convosco. Primeiramente, gostaria de agradecer a Deus a oportunidade de estar desfrutando de Sua palavra. Agradecer a imensa misericórdia de ter infundido Sua vida em mim, outrora blasfemo de Seus tão profundos ensinamentos. Sim antes blasfemava, pois é muito fácil criticar do que não se conhece ou do que se pensa conhecer. Serei eternamente grato pela Sua misericórdia.
Amigo, quero lhe agradecer esta oportunidade de diálogo. Sempre admirei sua abertura, flexibilidade e paciência em assuntos que lhe despertam o interesse. Tenho certeza que este diálogo será muito instrutivo e edificante para ambos e para todos os que tenham a oportunidade de nos acompanhar.
Gostaria também de informar que, no momento, buscarei o máximo aprofundamento possível a respeito das questões levantadas. Este aprofundamento, contudo será restrito basicamente às Sagradas Escrituras e/ou a livros estritamente relacionados a elas. Sinta-se à vontade para usar outras fontes.
Aos irmãos na fé e mais constituídos na palavra de Deus peço que compreendam as minhas limitações. Estou me aperfeiçoando, no espírito e com o Espírito.
Tentarei não usar palavras que possam, de alguma forma, constranger um possível leitor menos fundamentado no vernáculo. Espero reciprocidade, mas não se sinta obrigado. Não quero estabelecer nenhuma regra desnecessária.
A única coisa que peço é que não acredite em mim, pois sou humano e falho. Por isso verifique todas as passagens bíblicas que citarei. Minhas opiniões pessoais devem ser analisadas com muito critério, mas as afirmações que faço baseado na Bíblia são palavras do Senhor.
Também quero deixar claro o profundo respeito que nutro por sua pessoa, por suas crenças e, acima de tudo, por nossa amizade que já perdura, com grande ajuda do destino, há mais de 16 anos.
SOBRE O INFERNO, O PARAÍSO E O HADES
Devo alertar e ao mesmo tempo estar alerto ao fato de que estamos tratando de um assunto polêmico, sobre o qual a Bíblia não nos fornece uma indicação precisa. Por isso, há tantas divergências teológicas a respeito da escatologia (doutrina que trata do destino final do homem e do mundo). Devemos garimpar muito para chegarmos a um indício mais concreto.
Creio ser bastante salutar iniciarmos os diálogos com a definição das principais palavras que serão abordadas. Isso pode evitar muita discussão desnecessária, mas pode também gerar uma discussão necessária.
Cristão: Basicamente é aquele que crê, simultaneamente, que Jesus Cristo é o único caminho para se chegar até Deus, acredita na Trindade, na ressurreição de Jesus e na redenção dos pecados do homem através de Sua morte.
Hades: É o reino dos mortos. Região localizada abaixo da Terra (Mt 11:23 Lc 10:15) na qual estão contidos o Inferno e o Paraíso (Lc 16:23-24), separados por um grande e intransponível abismo (Lc 16:26).
Paraíso: Parte do Hades na qual os cristãos repousam/descansam no seio de Abraão (Mt27:52, 1Ts 4:13-14, Ap 6:11) até que chegue o dia do julgamento final.
Inferno é uma das partes do Hades na qual as almas dos que não aceitaram o Evangelho de Jesus estão pagando o seu pecado e os seus pecados até que chegue o dia do julgamento.
Interessante notar que de, acordo com a passagem do rico e o mendigo em Lucas 16, .os que estão em tormentos no Inferno podem ver e ouvir os que estão no Paraíso, Portanto, podem estar muito próximos, apesar do abismo. Entretanto, devemos tomar muito cuidado com afirmações como essa, pois não sabemos como as leis físicas e temporais funcionam no mundo espiritual.
Com os termos definidos a elucidação da questão fica mais próxima e simples.
O Hades, portanto, é um local que fica abaixo da Terra (Mt 11:23; Lc 10:15), provavelmente em seu interior. Digo, provavelmente, por tratar-se de um local espiritual, quando a Bíblia cita abaixo de, pode ser um plano existencial (ou uma dimensão, se preferir) abaixo ou inferior à terrestre. Não há como uma alma sair do Hades, quem possui a chave é Jesus (Ap 1:18)
As almas que estão no Inferno já estão condenadas, aguardam apenas o dia do julgamento (dia do juízo). Enquanto isso, a elas não é concedido nenhum descanso ou repouso.
É muito importante lembrar que o Inferno e o lago de fogo, predito em Apocalipse, são duas coisas distintas. O Inferno é apenas uma sala de espera. É como se fosse um preso que estaria na cadeia esperando o seu julgamento. A cadeia é o Inferno e a prisão (local que o preso vai depois de proferida a sentença) é o lago de fogo. Muitos podem se confundir, mas veja que em Ap 20:14 (“E a morte e o Inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo.”) esta questão é solucionada.
Outra coisa que costuma gerar confusão é o fato de as almas dos que creram no Senhor Jesus estão no céu com Ele e não no Paraíso. Alguns acham que céu e Paraíso são o mesmo lugar. Essa crença se justifica em parte pela leitura, um tanto quanto superficial, de 1Ts 4. Todavia, em Lc 23:43 e Lc 1:22-23 as indicações são claras de que as almas dos crentes vão para o paraíso que fica no Hades. De acordo com as sagradas escrituras, mesmo após a ressurreição não iremos para o céu e sim para a Nova Jerusalém que descerá do céu da parte de Deus (Ap 3:12; 21:2).
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Continuação da Mensagem - Segunda Parte
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Ao que tudo indica, o Universo bíblico pode ser dividido, basicamente, em cinco níveis que, em ordem decrescente são:
- O terceiro céu onde a essência de Deus habita e que engloba tudo
- O segundo céu, região espiritual onde Satanás e os anjos habitam
- O primeiro céu, que envolve a atmosfera terrestre e o espaço;
- A crosta terrestre, onde habitamos;
- O interior da Terra, onde fica o Hades.
Impressionantemente, Paulo foi levado desde o terceiro céu até as regiões do Paraíso, no Hades (2Cor 12:2-4). Alguns teólogos dizem que Deus está no sétimo céu, mas eu não consegui evidências bíblicas a respeito.
De todos os seres humanos, provavelmente, somente Elias, Moisés e Enoque não entraram no Hades. Jesus entrou, mas saiu, pois tinha a chave, tanto a de Davi (Is 22:22; Ap 3:7), quanto a da morte e do Hades (Ap 1:18). A explicação para Elias e Enoque é fácil, pois eles não morreram, assim como Jesus depois de ressuscitado, foram arrebatados pelo Senhor (Hb 11:5; Gn 5:24; 2Rs 2:11). Moisés é mais complicado: ele morreu e seu corpo foi sepultado em um local desconhecido (Dt 34:6). Judas 9 registra que Satanás brigou pelo corpo de Moisés com o Arcanjo Miguel. Deus impediu que a alma e o espírito de Moisés entrassem no Hades e manteve seu corpo oculto. Ao perceber que Moisés morrera, mas que não havia registro disto no Hades Satanás tentou destruir o corpo dele, por isso lutou com Miguel. Os estudiosos dizem que essa briga só ocorreu porquê Satanás queria impedir que Moisés fosse usado pelo Senhor durante a Grande Tribulação.
De acordo com Ap 11: 3 e 11:6, Elias e Moisés irão reaparecer como profetas durante os últimos três anos e meio da Grande Tribulação (período de 7 anos do governo do anticristo) para ajudar e incentivar os cristãos.
Resumindo, talvez excessivamente, o processo todo é assim:
- Os que morrem sendo cristãos e os que Jesus resgatou no Inferno no intervalo entre Sua morte e ressurreição vão para o Paraíso onde dormirão até o dia do julgamento.
- Os que morreram sem Cristo e os que não foram resgatados por Ele estão penando no inferno até o dia do julgamento.
- Os cristãos que compõem a igreja de Deus serão arrebatados antes do período dos sete anos da grande tribulação;
- O anticristo que reinará durante a grande tribulação será derrotado e, junto com o falso profeta, será lançado no lago de fogo. Satanás será jogado e aprisionado no abismo (provavelmente, o abismo que separa o Inferno do Paraíso);
- Satanás ficará preso por mil anos. Nesse período, os que estiverem no paraíso serão ressuscitados e, junto com os sobreviventes da grande tribulação, serão aperfeiçoados;
- Após os mil anos Satanás será solto e incitará os homens contra Deus novamente;
- Jesus derrotará e julgará Satanás e seus seguidores (tanto os vivos insurretos quanto os que estiverem no Inferno). Eles serão lançados no lago de fogo.
O homem recebeu muitas oportunidades para se salvar, ao contrário do que muitos acreditam. Se prestarmos atenção toda a Bíblia é bem clara ao afirmar que no Inferno jazem os que não amaram e não creram em Deus e em Jesus. Mesmo para aqueles que não tiveram oportunidade de conhece-Lo em vida tiveram uma oportunidade, pois Jesus, antes de sua ressurreição, desceu ao Hades (Rm 10:7) e pregou o seu evangelho aos mortos (1Pe 3:19; 1Pe 4:6)
Uma das grandes perguntas é: O que acontece quando alguém morre sem ter tido a oportunidade de conhecer o evangelho de Jesus? Esse é um dos grandes mistérios da Bíblia, mas há uma passagem em Tiago 2:13 que nos dá uma pista: “A misericórdia triunfa sobre o juízo”. Há indícios então que, provavelmente, no dia do julgamento, ou do juízo, Deus será misericordioso, pois o desejo d’Ele é que todos os homens sejam salvos. Contudo, não há salvação para aqueles que tiveram a oportunidade de conhecer o evangelho de Cristo e mesmo assim não creram.
Você deve ter observado que na descrição que fiz do inferno me referi a pagar os pecados e o pecado. Essa distinção é tão importante que merece um tópico à parte:
O PECADO E OS PECADOS
Assim como Watchman Nee eu não gosto do sabor do termo “pecado original”. De acordo com ele, se quisermos ter uma visão precisa da questão e fazer uma distinção clara e entre pecado e pecados devemos estudar os oito primeiros capítulos da epístola de Paulo aos Romanos, pois eles nos mostram o significado pleno da palavra no contexto bíblico.
Nesses oito capítulos encontramos uma característica notável: Do capítulo 1 ao 5:11, somente a palavra pecados (no plural) é mencionada, mas de 5:12 até o final do 8 encontramos pecado (no singular). A primeira parte, portanto, trata dos pecados e a segunda parte do pecado.
A primeira parte desse trecho do livro de Romanos nos mostra que o homem tem cometido pecados diante de Deus, a segunda parte nos mostra que tipo de pessoa o homem tem sido diante de Deus: um pecador.
Antes de Romanos 5:12 não há nenhuma menção de mortos pelo pecado sendo vivificados, pois tratava sobre os pecados individuais que não precisam ser tratados (porquê já foram cometidos), mas sim perdoados.
De Rm 5:12 em diante ele descreve o pecado com sendo...
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Continuação da Mensagem - Terceira Parte
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...algo forte e poderoso dentro de nós. Como uma lei escrita nos membros do nosso corpo. Algo que nos “obriga”, nos induz a cometer os pecados, os atos pecaminosos. Por isso precisamos ser libertados (Rm 6:17-18).
Por isso também podemos afirmar que na Bíblia (com uma boa tradução) não há uma afirmação sequer sobre o perdão do pecado. Ela fala sobre o perdão dos pecados. Quem tiver tempo e interesse, pode procurar.
Então podemos chegar à conclusão de que o pecado está na mente (na intenção) e os pecados estão nas ações. Essa questão fica mais clara se compararmos, como a Bíblia faz inúmeras vezes, um pecador a um devedor. Devemos lembrar que uma coisa é alguém ter dívidas e outra coisa é alguém ter a disposição para contrair dívidas. Uma pessoa, com tendência para contrair dívidas, dificilmente se aquieta. Se alguém pagar sua dívida, pode ser até um estímulo para essa pessoa contrair mais dívidas.
Deveríamos saber que esta é a razão pela qual Deus não trata apenas do registro dos nossos pecados, mas também da nossa inclinação para o pecado. E isso não é tudo, deveríamos saber também que tipo de pecador nós somos. Em Romanos 5 há a confirmação de que nós somos pecadores por constituição, ou seja, nascemos pecadores. O homem não se torna pecador porque peca, ele peca porque é pecador. A palavra de Deus é bem enfática ao afirmar que somos pecadores; não nos tornamos pecadores. É difícil aceitar isso, mas a verdade é que toda pessoa do mundo é um pecador, quer tenha pecado ou não.
Uma das maiores dificuldades que encontramos hoje é a de entender o que Deus considera como pecado. Para os olhos do homem, pecados são toda a sorte de depravações, falhas morais e éticas, delitos, vícios, crimes etc. Todavia, para Deus não é assim, vejamos o porquê: Adão e Eva, os que introduziram o pecado no homem, mataram, roubaram, prostituiram-se, viciaram-se? Não. Mas cometeram os piores pecados aos olhos do Criador: Não O amaram como deveriam, não creram em Sua palavra, ou seja O desobedeceram.
Importante ressaltar que a Bíblia nos mostra três aspectos do pecado:
- O pecado diante de Deus;
- O pecado que está em nossa consciência;
- O pecado que está em nossa carne.
São como três afluentes que alimentam o rio principal. Se não entendermos ou confundirmos estes três aspectos não conseguiremos perceber o ponto de vista de Deus concernente ao pecado. Não compreenderemos como Ele é tão perfeito ao lidar com essa questão. Somente quando entendemos a enfermidade é que reconheceremos a necessidade do tratamento. Por isso é tão importante conhecermos primeiro como Deus vê o pecado. Somente depois disso perceberemos como a salvação de Deus é completa.
Todavia, alguém pode se levantar e dizer: Mas, onde está a prova disto tudo? Para quem acredita nas palavras de Deus, contidas nas Sagradas Escrituras, consulte os capítulos 1 ao 3 de Romanos. Para quem não crê consulte a sua consciência. Lá estarão as provas.
As ciências humanas (a sociologia, a antropologia, a filosofia, a psicologia) questionam sobre o que é pecado, sobre o que é bom ou mau, bem ou mal. É uma discussão interminável e que só pode ser esclarecida através da nossa consciência. A consciência é uma janela através da qual a luz de Deus ilumina nosso interior.
Todo ser humano são possui consciência. Ela pode estar, no máximo, adormecida, mas está lá. A janela pode estar entreaberta, ou pode estar com os vidros tão sujos que a luz de Deus mal consegue passar. Quando há pouca luz não conseguimos discernir direito o que está lá. Tudo vira penumbra, e na penumbra todos os gatos parecem ser pardos.
Na penumbra conseguimos ficar alegres e despreocupados, mas quando a luz chega nos sentimos muito incomodados. E o que geralmente fazemos quando isso ocorre? Tentamos fazer o bem, praticando boas obras. E qual é um dos propósitos principais de o homem fazer boas obras? Subornar sua consciência. Quando somos aprisionados pela consciência procuramos nos libertar dela praticando coisas boas. Essa é a forma de salvação inventada pelo homem.
Todavia, nos esquecemos ou não acreditamos, que o pecado foi registrado por Deus. Não importa o que faremos depois, o fato foi registrado. Por exemplo, quando tomamos uma multa por excesso de velocidade isso fica registrado no departamento de trânsito e, em alguns casos, perdemos pontos em nossa carteira de motorista. O fato de eu passar a andar sempre na velocidade regulamentada não retirará o registro da multa nem os pontos da minha carteira. Poderei passar o resto da vida sem cometer nenhuma outra infração; poderei fazer um curso de reciclagem; poderei virar um ativista contra os excessos no trânsito, mas essa infração ficou registrada, em algum lugar.
Por isso devemos lidar com o pecado não somente diante de nossa consciência, mas, principalmente, diante de Deus. O que fazemos, geralmente, é a inversão dessa prioridade. Não podemos lidar com o problema da consciência primeiro, pois ela poderá ser apaziguada pelo auto-engano.
Muitos descrentes podem argumentar que o maior auto-engano vem do cristianismo, pois acreditam que essa religião trás a solução definitiva para os pecados e para os tormentos da consciência. Mas, há dois pontos que as pessoas não consideram ou desconhecem:
Primeiro, quando uma pessoa crê em Deus e no evangelho de Jesus ela sabe que os seus pecados serão perdoados.
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Continuação da Mensagem - Quarta e Última Parte
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Contudo, ela também ganha a consciência de que possui uma natureza contrária a Deus (natureza pecaminosa) que não é perdoada, apenas tratada. Dessa forma ela se livra de um fardo, mas herda outro.
Segundo, a consciência do cristão fica mais iluminada pela luz de Deus, portanto, os pecados cometidos no passado ganham nitidez quase insuportável. Quando a luz de Deus vem, a nossa consciência fica tão incomodada que, se houvesse um buraco no chão, nos arrastaríamos para dentro dele. Além disso, a medida em que progredimos espiritualmente, em Cristo, nossa consciência se torna cada vez mais sensível e crítica. Ela fica cada vez mais iluminada e qualquer ato pecaminoso, por menor que seja, nos atormenta.
Alguém, então poderia dizer: Mas dessa forma os cristãos, tendo uma consciência acusadora supersensibilizada, deveriam estar mergulhados no ressentimento, na tristeza, na melancolia, na amargura. Todavia, o que se nota é o contrário, uma vida cheia de alegria, plenitude e paz. Alguém então poderia perguntar: Como pode isso pode ser possível? A resposta é uma só: Através da comunhão com o Espírito Santo de Jesus.
Esse é um assunto que poderia continuar por mais e mais páginas, mas creio que já estarei abusando de sua paciência e também saindo do nosso tema principal. Desculpe-me, tudo está tão intimamente relacionado que fica difícil falar de uma coisa sem definir outra.
Um alerta final, tudo isso, se lido apenas na esfera da mente, não passará de mera informação ou um mero conhecimento doutrinário, portanto não atingirá a essência dos ensinamentos da vida que flui pelas palavras de Deus. (1Cr 2:6-16). Espero que isso não tenha ocorrido em minha escrita.
Com amor, Alex Brito.
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Segunda, 17 de Novembro de 2005 |
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Amigo Alex...
Desculpe a longa demora em responder, mas sua mensagem foi um desafio à parte, não só pelo conteúdo, e sim mais pelas
implicações técnicas deste novo Livro de Visitantes, que apresenta os textos mais longos alargando-se lateralmente.
Quero parabenizá-lo pelo seu estudo, o qual abordei com prazer, e adianto já, sugerindo-o também que adiante da
próxima vez, que utilizei a Bíblia João Ferreira de Almeida e a King James Bible. Creio que neste
caso a discussão deverá sim ser pautada no texto bíblico, mais especificamente no Novo Testamento, pois pretendo dar
prioridade à questão Inferno/Hades, que é praticamente ausente no Velho. É importante também levar em conta alguns
suportes histórico-culturais de sua época, como as crenças gregas. Todavia há de fato muito espaço para opinião pessoal,
visto que a Bíblia parece não pretender revelar informações que não sejam essenciais em termos Soteriológicos.
CÉU, PARAÍSO, INFERNO, HADES
Conferi um a um todos os versículos citados por você, bem como o contexto que os envolve, pretendo explicar então,
porque mantenho minha opinião, expressa em Falsos Mitos sobre a Bíblia, de que
embora uma interpretação contrária seja válida, acho muito mais provável que de acordo com o NT, nenhum dos mortos
até hoje conheceu os deleites de um Paraíso ou o tormento do Inferno.
Você utilizou uma esquematização sobre o Mundo Subterrâneo que tem sido cada vez mais popular, e que é baseada
na mitologia grega. Nesta, o HADES se divide em:
- Hades (ou "sala de espera"): onde os mortos aguardam o julgamento;
- Inferno: Onde são mandados os maus;
- Campos Elíseos: O Paraíso para os bons;
- Tártaros: Onde ficam aprisionados os Titãs e Imortais em geral.
Note que a correlação com a mitologia bíblica é irresistível, pois além das mais óbvias, este último poderia ser
comparado ao local onde ficam os Anjos Caídos, que seguramente não é mesmo local onde jazem os mortos.
A grande diferença ba Bíblia, é que tudo indica que todos os mortos dormem, inconscientes, aguardando o dia do Juízo.
Para defender uma opinião diferente, você utilizou certos versículos que terei prazer em reproduzir e comentar.
Nosso primeiro problema é a tradução, pois a Bíblia João Ferreira de Almeida não aplica o termo Hades, e sim somente
Inferno. Por isso é necessário apelar, e sugiro que você também o faça, para o texto grego. Um ótimo site onde
você pode acessar a King James Bible com tradução do grego e Hebráico, incluindo dicionários, é
Free Bible Software.
Neste link você poderá verificar que o texto grego original do NT apresenta
termos distintos que traduzimos para "Inferno", num total de
ao menos 23. Duas delas são "Geena" e "Hades".
Os autores do NT usam ambos um tanto indiscriminadamente, mas parece haver uma conotação
de fogo mais explícita em "Geena", ao passo que "Hades" costuma surgir em frases que envolvem a
idéia de habitação da alma, onde dormem os mortos. De fato parecem ser coisas diferentes.
O Hades um plano dos mortos, a Geena um tipo de fogo.
E o melhor! No grego também aparece o termo "Tartaros" num único versículo,
exatamente onde ocorrem menção a Anjos Caídos [II Pedro 2:4] Além disto temos o
Lago de Fogo ( Limen tou Piros ) que também existe na Mitologia Grega, onde até a Morte e o Hades
serão lançados [Ap 20:14]. Assim, parece que cada um...
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...destes termos indicam coisas distintas.
Por outro lado, no NT há Centenas de referências para Céu (Heaven), Uranos em grego, e somente 3 para Paraíso,
Paradisos.
Vejamos então os versículos escolhidos por você.
Mateus 11:23 e Lucas 10:15 dizem basicamente a mesma coisa:
"...porventura serás elevada até o céu? até o inferno descerás;..." [Mt 11:23]
Agora examinemos Lucas 16, pegando um trecho um pouco maior:
"22 Veio a morrer o mendigo, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; morreu também o rico, e foi sepultado.
23 No inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe a Abraão, e a Lázaro no seu seio.
24 E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e envia-me Lázaro, para que molhe na água a ponta do dedo
e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama.
25 Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que em tua vida recebeste os teus bens, e Lázaro de igual modo os males;
agora, porém, ele aqui é consolado, e tu atormentado.
26 E além disso, entre nós e vós está posto um grande abismo, de sorte que os que quisessem passar daqui para
vós não poderiam, nem os de lá passar para nós."
[Lc 16:22-26]
Sublinhei os versículos mencionados por você. Em ambos os casos o termo original é Hades. Minha primeira observação
é que Mateus não nescessariamente afirma que o Hades fique em baixo da Terra, pois a linguagem figurativa é uma constante
na Bíblia e no nosso dia a dia. Quando falamos de coisas ruins é comun adjetivos como "baixo" e vice-versa. Portanto,
embora eu nada tenha contra tal implicação, quero apenas destacar que ela não é explícita. Mas isso pouco importa.
Quanto a narrativa de Lucas pergunto: Porque devemos considerá-la como relato factual de algo que ocorreu no passado?
Ora, Jesus falava muito por parábolas, muitas das quais evidentemente simbólicas, porque tal relato tem que ser tomado
como um fato literal? E ainda que seja, o que nos garante que ele de fato ocorreu no passado, e não estará por vir no
futuro, e por ser Onisciente, Deus pode falar sobre ele em qualquer tempo, e evidentemente o pretérito é muito mais
instrutivo para efeitos didáticos.
Ainda assim admito tal possibilidade neste último caso, pois o primeiro fala obviamente no futuro. Com estas colocações,
sigamos em frente.
"51 E eis que o véu do santuário se rasgou em dois, de alto a baixo; a terra tremeu, as pedras se fenderam,
52 os sepulcros se abriram, e muitos corpos de santos que tinham dormido foram ressuscitados;
53 e, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição dele, entraram na cidade santa, e apareceram a muitos."
[Mateus 27:51-53]
Esta passagem não me parece adequada para defender a idéia de que há um Paraíso dentro do Hades, pois os santos
estavam a "descansar", dormir, e se refere a um evento físico que teria ocorrido logo após a cruxificação. Se partirmos para
a próxima passagem, veremos que nada há que deponha contra a idéia de que o mortos, ao menos os salvos, estão a hibernar:
"Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos
entristeçais como os outros que não têm esperança.
Porque, se cremos que Jesus morreu e ressurgiu, assim também aos que dormem, Deus, mediante Jesus,
os tornará a trazer juntamente com ele."[I Ts 4:13-14] Porém, esta de fato sugere algo curioso, podem os que
não tem esperança se entristecer estando a dormir? Bem, sigamos.
Já Apocalipse 6:11, que narra o surgimento dos
4 Cavaleiros do Apocalipse, sugere no máximo que os eleitos serão despertados no tal momento, embora voltem depois
a repousar:
"E foram dadas a cada um deles compridas vestes brancas e foi-lhes dito que repousassem ainda por um pouco de tempo,
até que se completasse o número de seus conservos, que haviam de ser mortos, como também eles o foram." [Ap 6:11]
Portanto, até agora temos apenas uma passagem que realmente parece sugerir que os mortos já estão passando por alguma
existência no Hades. É possível que apenas o eleitos descansem enquanto os condenados já sofram. Porém, se examinarmos
TODAS as passagens de Mateus onde a palavra Inferno surge, elas estão se referindo ao futuro, ou em condições de
condenação. Ver Mt 5:22 e 5:29 para mais exemplos respectivos. O mesmo acontece em Lucas [10:15] e [12:05], e também
em Atos [2:27]. E mais interessante, Apocalipse embora use os termos no passado, evidentemente fala do futuro.
Mas você já deve ter notado a escassez de afirmações claras sobre o possível sofrimento presente dos condenados, pois
ao se referir e definir Hades você indicou 4 versículos, ao definir Paraíso indicou 3, mas para Inferno, justo onde
está nossa maior dúvida, você não indicou versículo algum!
Lembre que minha afirmação foi que de acordo com a Bíblia ninguém estaria até agora no Céu, Paraíso, Purgatório ou Inferno.
Nada disse sobre o fato de não estarem no Hades, visto que é onde "dormem", o que a mim sugere a idéia de uma cessação
temporária de existência.
Agora vamos levantar alguns outros versículos que falam claramente da danação num tipo de inferno ou similar, mas
sem usar a palavra "inferno".
"mas os filhos do reino serão lançados nas TREVAS EXTERIORES; ali haverá choro e ranger de dentes." [Mateus 8:12]
Em Mateus há mais duas referências a estas Trevas Exteriores ( Skotos Exoteros ) em [22:13] e [25:30]. E ainda
mais interessante, temos:
"Mandará o Filho do homem os seus anjos, e eles ajuntarão do seu reino todos os que servem de tropeço,
e os que praticam a iniquidade, e lançá-los-ão na FORNALHA DE FOGO; ali haverá choro e ranger de dentes."
[Mateus 13:41-42]. E temos outra ocorrência de Fornalha de Fogo ( Kaminos tou Piros ) em [13:50], mas com
o notável detalhe. Em ambos os casos afirma-se que é onde serão lançados os Anjos! Eu tenho quase certeza de que este
Kaminos tou Piros deve ser o mesmo Tartaros de II Pedro [2:4].
Mas o que quero frisar mesmo é que TODAS essas...
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...referências falam claramente do Futuro
pós Juízo Final, quer
seja em Geena, Haydes, Tartaros, Kaminos tou Piros,
Skotos Exoteros ou Limen tou Piros.
Embora você tenha indicado algumas passagens que parecem sugerir o contrário, a quantidade e peso de
passagens que sugerem que a danação é futura, a meu ver, falam mais alto. O mesmo se dá com as passagens
que falam sobre a benção, que também estão sempre no futuro.
Considerando que o termo Reino dos Céus, ou simplesmente Céu, Uranus, surge inúmeras vezes, e que concordamos
que os salvos não estão, nem nunca estarão no Céu, exceto por breves momentos na condição de arrebatados. E se
concordamos que eles também não estão na Terra, só poderiam estar atualmente no Hades, adormecidos.
Assim, só há uma única passagem onde parece sugerir que os salvos já estariam gozando de um paraíso, que é a de
Lucas 16, que pode muito bem ser uma metáfora ou narrativa presciente. Além disso, a palavra "paraíso" só aparece
3 vezes em todo o NT, duas delas de modo irrelevante para nossa disussão, II Coríntios [12:4] e Apocalipse [2:7].
E você deve ter se enganado sobre a passagem Lucas [1:22-23], que nada tem haver com o assunto.
Somente em
"Respondeu-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso."
[Lucas 23:43], teríamos uma outra sugestão, visto que o ladrão em questão logo em seguida morreu. O "hoje"
então significaria que ele passou a gozar do paraíso imediatamente?
Creio que não necessariamente. E é aqui que faço minha a sua afirmação
"...não sabemos como as leis físicas e temporais funcionam no mundo espiritual."
Ora, se consideramos que Deus está além do tempo, é obvio que ele pode se mover pelo que consideramos Passado, Presente
e Futuro. Sendo assim, o episódio da descida de Jesus ao Hades I Pedro [3:19] pode ser interpretada em dois níveis temporais.
No nosso tempo ela simplesmente não ocorreu, mas no tempo divino, Jesus teria se deslocado ao futuro e depois
retornado. Dessa forma, pode ser que o ladrão esteja dormindo até hoje, como o estão todos os demais. Porém, como a
mente não pode "viver" essa ausência de consciência, para ela é como se apenas piscasse os olhos. Quem morre hoje,
em sua experiência pessoal, é como se fosse transportado imediatamente para os dias do Juízo, e é nesse sentido
que Jesus teria dito "ainda hoje"!
Portanto, as poucas passagens que podem sugerir que os salvos já estão a gozar do Paraíso em nosso tempo presente
podem facilmente ser interpretadas de outra forma. No caso da pregação de Jesus aos mortos I Pedro [4:6], ele poderia tê-los despertado
para pregar, e deixado-os dormir novamente.
Por outro lado, é bem mais difícil interpretar de outra forma as inúmeras outras passagens que falam do futuro, tanto
para o gozo quanto para a punição pós-vida terrena. Além do mais, e agora indo ainda mais fundo na opinião pessoal, haveria
uma estranheza nesta situação. Em termo de temporalidade humana, se os perdidos ainda serão julgados, porque já estariam
sendo punidos? Mesmo que estivessem irremediavelmente condenados, que necessidade haveria de mantê-los em constante
sofrimento? Porque simplesmente não jogá-los de imediato no Lago de Fogo para a Segunda Morte?
Voltando a nossa possibilidade de desdobramento temporal, para a experiência pessoal do condenado, ele morre hoje e
de imediato acorda no julgamento, sendo então lançado a seu destino. É aí que pode ter ocorrido o caso de Lucas 16.
Mas para o nosso tempo presente, nada ainda aconteceu.
Outra implicação esquisita, é que se considerarmos que os condenados já estão sofrendo, teríamos que admitir que os
que já morreram sofrem mais dos que os que ainda vão morrer. Os que morreram em pecado na época de cristo teriam
milhares de anos a mais de sofrimento do que os que morrem hoje. Que medida de punição é essa?
Insisto ainda em minha posição Aniquilacionista. A única possibilidade de vislumbrarmos alguma justiça divina compreensível
é se os ímpios forem por fim aniquilados, e não sofram perpetuamente. Por isso o Hades seria lançado no "Lago de Fogo"
ou nas "Trevas Exteriores", para a Segunda Morte. A posição Aniquilacionista inviabiliza que se suponha a existência
imediata, em nosso tempo, num inferno.
Concluindo, diante de tudo isso, me parece lícito supor que exista atualmente um Hades onde os mortos estão adormecidos,
mas não que exista atualmente um Paraíso ou um Inferno. Essa idéia encontra pouco suporte bíblico em comparação com a
idéia contrária, e ainda tem bizarras implicações éticas.
Termino lembrando que não considerei o Antigo Testamento, que utiliza aparentemente uma única palavra para inferno,
que é Seol, mas que também signifca crematório. O motivo principal, que costuma espantar muita gente, é que numa
teologia restrita ao AT, por estranho que pareça, simplesmente não parece existir Paraíso nem Inferno pós morte!!!
Eu vou ficando por aqui, não pretendo por hora comentar sua ótima exposição sobre a questão do Pecado.
Eu já disso algo relativo
Aqui, que em parte poderia ser
confrontado por sua teoria. Só comento que
por tudo o que li, e pelo que você me disse pessoalmente, parece estar havendo uma notável desconexão entre
a existência dos pecados, da Queda e da Salvação, com questões Éticas humanamente compreensíveis.
De certo modo tem de fato pouco haver com Ética, mas sim com a natureza intrínseca do Universo. Se não devemos
por a mão no Fogo não é porque Deus castiga ou porque isso é errado, mas apenas porque o fogo queima! É
uma implicação fascinante diante do lugar comum de criticar o cristianismo com valores comparados de ética
secular e de outras religiões.
Mas é uma outra discussão.
Amigavelmente
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29 de Dezembro de 2005 |
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Marco Nativa
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1964
-
Goiás
Comerciante
Religiosidade Cristã
a g u a n a t i v a . g o
t e r r a . c o m . b r
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Biblia x Ciencia
Esta discussão é uma grande besteira, na minha opinião a Biblia por si só não tem aspiração cientifica e sim espiritual.
Na verdade ela foi escrita por humanos, inspirados pelo Espirito Santo de Deus, o que não muda a visão humana da época. Tirar da Biblia textos e coloca-los fora de um contexto tanto para os evangélicos quanto para os não evangélicos é apenas manipulação da palavra em favor de um ou de outro, a própria Biblia se explica dentro do contexto geral. Comparar a Biblia com outros livros é desconhecer que a mesma é o livro mais conhecido, mais vendido e mais respeitado em todo o planeta, até mesmo os intelectuais, filósofos, ateus, etc. reconhecem a existência de Jesus e o poder que suas palavras exerceram, dividindo a história antes e depois de Jesus, jamais existiu ou existirá na história da humanidade algo parecido, Maomé baseou-se, como tantos outros nestas palavras, não dá para compara-la com outros, estima-se que 50% da população mundial possui pelo menos um exemplar da Bíblia. Sem comentários...
(I Corintios 1:18-27) , (Romanos 11:33-36)
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Quinta, 10 de Novembro de 2005 |
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Bom, como você disse "sem comentários", tentarei ser breve.
Como acabei de dizer na mensagem abaixo, tem sido difícil para muitas pessoas entenderem minha intenção nos textos
A FALSA INERRÂNCIA CIENTÍFICA BÍBLICA e
A FALSA INERRÂNCIA CIENTÍFICA BÍBLICA II, mas talvez ela fique mais
clara no texto
É A BÍBLIA UM LIVRO DIVINO?
Concordo com suas observações no que tange a tirar os versículos bíblicos de contextos, que é de fato o meu principal
alvo de críticas nestes textos. Já quanto a comparação, acho que conhecer e concordar com todas essa qualidade que você
citou sobre a Bíblia não é impecilho para se compará-la com outros livros. Não há mal algum nisso.
Acrescento também que nem todos os ateus, filósofos e intelectuais acreditam na existência factual de um Jesus
histórico, e alguns deles, mesmo que se excetuem os milagres. Ver textos
Como Surgiu Jesus e
A Bíblia e o Cristianismo - Origens Históricas.
E certamente não é verdade que metade da população mundial
tenha uma Bíblia. Nem mesmo que metade das famílias do mundo a tenham, considerando que 2/3 dos humanos neste planeta
não são cristãos.
Amigavelmente
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07 de Dezembro de 2005 |
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Rodrigo
-
1984
-
Campinas - SP
Estudante
Religiosidade Protestante
rodrigo.deberaldni
b o l . c o m . b r
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Eu li seu texto sobre a alegada inerrancia científica da Biblia.
Concordo com vc em partes, pq como conhecedor da Biblia eu sei que a linguagem dela acompanha a descrição de uma terra plana e geocentrica, porém no final do texto você exagerou e eu sei que você não fez por mal, mas por exemplo, os morcegos serem classificados como aves é mera questão de classificação, não seria um erro cientifico; o fato de Paulo dizer que o grão de trigo ter que morrer para germinar, ele estava se referindo ao fato de que o grão tem que ser enterrado para germinar (sepultado); e pouco importa o valor exato do numero pi para fabricantes de bacias e edificios, basta ter um valor aproximado. Mas eu sei que com estes exageros você quis mostrar a todos que não se deve olhar para a Bíblia com rigor científico da atualidade.
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Terça, 8 de Novembro de 2005 |
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Pois eu só tenho a agradecer uma mensagem sensata como a sua, prezado Rodrigo.
Tem sido difícil para muitas pessoas entenderem minha intenção nos textos
A FALSA INERRÂNCIA CIENTÍFICA BÍBLICA e
A FALSA INERRÂNCIA CIENTÍFICA BÍBLICA II, também conhecidas como
Bíblia X Ciência, título que hoje em dia me arrependo de ter dado.
Concordo com suas observações, de fato a classificação de aves ou morcegos é arbitrária, bem como a alegoria
da germinação do trigo não tem que se preocupar com a questão da ambiguidade do termo grego que pode ser
traduzido tanto por morrer como por ser sepultado. O mesmo digo do valor de PI.
Mas como você mesmo notou, como muito poucos, foi que minha intenção foi mostrar que não se deve procurar
cientificidade num livro que nunca teve esse propósito.
Muito obrigado por sua bem vinda contribuição.
Amigavelmente
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07 de Dezembro de 2005 |
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Francisco Barbosa de Siqueira Neto
-
1981
Samambaia-DF
Técnico de informática e estudante de física
338
281
279
196
66
f r a n c i s c o _ e m a e r
h o t m a i l . c o m
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Caro Marcus Valério: A quanto tempo!
Parabéns pelo casamento! Te desejo muita felicidade.
Fico contente pelo retorno das suas atividades nesse site.
Muito bom o texto sobre o referendo
e foi mesmo uma pena ele não ter saído antes. Também votei não, mas fiquei em dúvida se aquele não era na verdade um jogo de cartas marcadas. Veja se concorda comigo:
Não parece existir, no estatudo do desarmamento, a possibilidade de comprar uma arma de fogo simplesmente para uma eventualidade, ou por "investimento", por ser um bem material como outro qualquer. Ou seja, de certa forma, o comércio legal de armas de fogo é proibído a priori, sendo concedidas excessões. Essas excessões são as mesmas que a campanha do SIM alegava que existiriam caso a proibição vencesse. Ora! O cidadão tem que "comprovar necessidade" para comprar uma arma.Qual a diferença, então, entre proibição e não proibição?
Mudando de assunto, como vai a produção de As Senhoras de Terrânia?
Desde Alice 3947 e A Espada de Cristal
que eu espero mais aventuras no Universo Damiate. Tanto que queria iniciar uma campanha de RPG baseado na Terra de Alice 3947, com meu grupo. Pena que eles não apreciam muito mundos futuristas, tendo preferência por mundos de fantasia.
Um abraço! Mais uma vez, parabéns!
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Terça, 8 de Novembro de 2005 |
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Olá Francisco. É um prazer ter você de volta após tanto tempo de inatividade neste site.
Sobre o texto
VOTO CERTO - TIRO E QUEDA?, concordo com sua observação. De fato o pessoal do
SIM foi profícuo em querer confundir o período pré-estatuto de 2003 com a não aprovação do item da proibição. Chegavam
a ponto de dizer que o NÃO defendia o direito do cidadão andar armado na rua para matar o primeiro que quisesse numa
briga de trânsito. Como se o porte de arma JÁ não estivesse proibido! Mas há diferenças nas situações que você apontou.
Com a proibição ficaria muito mais difícil uma pessoa comum conseguir uma autorização para comprar uma arma, e mesmo assim,
em todos os casos, ela seria temporária. Embora na situação atual já seja difícil, não chega a tanto. Você pode adquirir
uma caso more num local afastado onde haja alta incidência de assaltos por exemplo. Se o SIM vencesse, você teria que
provar, não sei exatamente como, que alguém está neste momento tencionando matar você. É uma situação diferente.
Sobre As Senhoras de TERRANIA, já conclui metade do Livro 4, e ainda estou a procura
de editora, embora deva confessar, sem muito empenho, até mesmo por falta de tempo. Assim que me sobrar uma grana,
pretendo partir para a produção independente. Fico muito lisonjeado que você tenha intenção de produzir um RPG
com a ambientação de ALICE 3947, embora eu ache que você precisaria de infomações
adicionais.
Se quiser levar o projeto à frente, estou a disposição para lhe ajudar.
Amigavelmente
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07 de Dezembro de 2005 |
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Sergio Guimarães Hallais
-
Rio de Janeiro-RJ
1951
-
Tecnico em eletrônica, Empresario.
e l a o i g r e s
h o t m a i l . c o m
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Saudações Marcus Valério XR!
"não vejo o menor cabimento em uma Ética baseada no medo".
Me chamou atenção essa colocação que voce fez ao Ewerton Barcelos Tokashiki,
mensagem 132 no site evo.bio, expressando sua opinião pessoal.
Já a algum tempo percebi que o medo teve e aida tem papel decisivo nas atitudes humanas. Acredito que no inicio da trajetória do homem na terra foi o medo do desconhecido, devido a ignorancia(falta de conhecimento) que levou sua mente a idealizar fôrças sobrenaturais, que culminaram na crença em um Deus como simbolo supremo desse consenso, sendo a unica maneira de suportar o medo do desconhecido. O medo e a necessidade em achar uma razão para a propria existência fez do homem um escravo das religiões e crenças mais diversas. Associado ao seu proprio egocentrismo se colocou no centro do universo ate que a ciencia o jogou num pequeno planeta que orbita uma estrela de quinta grandeza na borda de uma apagada galaxia em espiral.
A unica coisa que a natureza espera de cada um é que perpetue a espécie, tendo filhos e mantendo a evolucão genética. Nos somos os tubos de ensaio da natureza, em nossos semem e ovulo esta uma herança de 4,5 bilhões de anos de evolução. Se todos os humanos morressem simplesmente interromperia esse processo, toda evolução da nossa especie (a mais inteligente do planeta) iria ter um fim. Ate agora esse é um processo regenerativo pois a população aumenta sempre (não temos predadores).
Os sentimentos humanos são apenas mecanismo de defesa para a preservção da espécie, os desvios como ódio, cobiça que levam alguem a destruir um semelhante fazem parte da estatistica da natureza, caso isso não fosse a minoria o processo seria degenerativo e já estariamos estintos a muito tempo.
O grau de evolução de uma espécie inteligente é diretamente proporcional ao seu conhecimento sobre a matéria (energia).
Desde que tomou consciência da sua inteligencia o homem não tem feito outra coisa a não ser aprender a conhecer e pesquisas o que é matéria, paralelamente ao seu medo do desconhecido, que gera todas as crenças influênciando e muitas vezes imobilizando (como na idade media da história) seu aprendizado.
A coisa é simples assim o homem, seus medos e as influências na sua trajetória para evoluir como espécie.
Imagine se a natureza iria colocar codigo de barra em cada ser humano para controlar suas inumeras vidas, se pela reprodução faz nascer um novo ser que receberá a genética atualizada para dar continuidadae.
A maioria dos "eus" humanos não conseguem enxergar a importância do seu curto tempo de vida e que só o fato de poder procriar ja justifica sua existência na terra. O homem não se conforma com a morte e tenta de todas as maneiras renascer de alguma maneira ou viver eternamente para abrandar seu medo do desconhecido.
Na introdução em filosofia EXERIANA, no texto onde relata fatos sobre a idade
media voce usa os termos: "Graças a Deus, pessoas como ..."
Voce acredita em Deus? Voce acredita em sobrenatural?
Aguardo resposta,
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Domingo, 6 de Novembro de 2005 |
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Prezado Sérgio
Sua mensagem funde os temas de meus dois sites, de modo que quase fico tentado a reproduzí-la também no
EVO, mas devido a questões de espaço, vamos ficar somente por aqui.
Provavelmente você ainda não conhece certos textos meus que expressam melhor minha opinião sobre os assuntos
levantados, eles são
Psicogênese da Religião, onde explico minha teoria a respeito do surgimento
da religiosidade, que embora não seja contrária, tem um ponto de visto diferente do seu, pois não creio que o medo
das forças naturais seja o único, nem o maior, responsável pelo advento deste patrimônio cultural fundamental da
humanidade.
Também discordo que as religiões sejam, em si, Egocêntricas ou Antropocêntricas, pois elas nunca privilegiam
o Ser Humano em si, mas sim projeções psicológicas de características humanas, que atendem a demanda de certas
culturas. Sendo assim, as Religiões são em geral Etnocêntricas.
Outro texto que pode lhe interessar é
Um Mundo Pequeno Demais para Nós Todos, onde falo sobre esses
imperativos biológicos da reprodução humana e seu impacto sócio ambiental.
Em meu outro site, tenho um texto sobre o
Sobrenatural na Ciência, que pode ajudá-lo a entender
melhor minha opinião sobre o tema. Pessoalmente, cada vez vejo menos sentido na idéia de Sobrenatural. Quanto a
Deus, o texto DEUS?, apesar de antigo, incompleto e um tanto defasado se comparado a meu
pensamento atual, pode lhe esclarecer o que penso sobre o assunto. Mas de qualquer modo, quero frizar com clareza que
sou Agnóstico.
O trecho de frase que você citou ao final, sobre a Idade Média, não pertence à
Filosofia EXERIANA, mas sim ao
texto Quem Sou Eu?, que apenas cita a mesma, e que acredito que fala por si. Neste texto
uso a palavra "Deus" mais como um interjeição, o que não creio que um dia eu deixe de fazer, embora por vezes
eu também diga "Deusa".
Por fim, falando agora da citação no início do texto, eu não estava criticando a idéia do quanto o sentimento do
Medo é importante como constituinte de nossa personalidade e cultura. É evidente que o Ser Humano está sujeito ao
Medo e que isso é fortemente determinante em todos os aspectos de nossa vida. Minha crítica é contra a idéia de
usar o Medo como uma fonte produtora do que quer que seja, como o fazem os religiosos que ameaçam os outros com o
fogo do inferno, ou de governantes que exploram o medo da população para vender guerras. E o mais importante,
tentar basear um sistema ético num conceito de recompensa e punição, onde a punição claramente fala mais alto.
Isso é destruir o que o ser humano tem de melhor, que é sua capacidade de se sensibilizar com o semelhante,
sua Empatia, que é, a meu ver, a matéria prima mais maravilhosa, associada ao Amor, com a qual pode-se construir
uma existência verdadeiramente humana. Este tema está presente em meu texto
RÉLICA & ETIGIÃO.
Amigavelmente
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05 de Dezembro de 2005 |
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Juliana Suaid
-
1970
-
Batatais-SP
-
Professora
j u l i a n a . s u a i d
t e r r a . c o m . b r
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Perdi meu esposo em um acidente de carro há seis anos.Desde então, tenho alimentado um desejo muito grande de receber uma mensagem através da transcomunicação. Morando em uma pequena cidade não sei como isso seria possível.Se alguém puder me ajudar, por favor. Talvez isso pudesse me ajudar a enfrentar essa situação que para min se torna cada vez mais difícil.Desde já agradeço a quem possa me ajudar.
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Domingo, 6 de Novembro de 2005 |
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Olá Juliana.
Talvez você não tenha prestado atenção ao teor deste site, o máximo que poderia fazer é sugerir a leitura de
algumas discussões relativas ao tema, como o
Diálogo com Priscila Monteiro Esponton, ou com
Paulo César Tenório Cavalcanti, entre outros, mas nenhum deles irá contribuir
para aliviar sua dor, pois tratam-se de textos que questionam a possibilidade de existência de um mundo espiritual
e da viabilidade de se comunicar com ele. Tenho sérios motivos para desconfiar que talvez nada disso exista.
Mas não faço nenhuma afirmação forte nem desvalorizo a crença, momentos emocionalmente difíceis são os piores para
avaliarmos criticamente alguma coisa. Acredito que o Ser Humano tem o direito de crer no que quiser, de acordo com o
quanto lhe seja útil mesmo como uma forma de tornar a vida melhor sem prejudicar os outros. Assim desejo-lhe sorte em
sua busca.
Amigavelmente...
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3 de Dezembro de 2005 |
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Mauricio Oliveira
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1979
-
Nova Friburgo-RJ
m a u r i c i o
n e t f l a s h . c o m . b r
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Caro Marcus Valério XR,
Em primeiro lugar, queira receber, nestas minhas primeiras palavras que envio a você, a minha mais calorosa e respeitável saudação. Afirmo que estou sendo bastante sucinto neste email pois o objetivo dele é tanto o de examinar se ele chegará sem problemas a sua caixa postal - de acordo com o seu site pessoal, este email ainda seria criado posteriormente - quanto qual será o tempo de retorno numa eventual resposta sua, visto estar tão atarefado nestes dias.
Em segundo lugar, gostaria de aproveitar para fazer uma apresentação preliminar de quem eu sou, de onde eu o conheço e porque escrevo este email. Assim sendo, me chamo Mauricio Oliveira, tenho 26 anos, moro em Nova Friburgo*RJ, trabalho na área da informática. Nasci, cresci e sempre estive bastante envolvido no meio evangélico, toda minha família é cristã pentecostal. Por sinal, meus avós foram os pioneiros no estabelecimento do pentecostalismo assembleiano naquela que viria a se tornar a maior igreja evangélica da cidade, a Assembleia de Deus Central. Meu pai é o pastor presidente dela, meu irmão faz parte do quadro de pastores dela, e minha irmã líder do departamento feminino. Continuando, de onde eu o conheço? Como você já pode presumir, fiquei sabendo de sua existência através dos textos publicados no site Criacionismo X Evolucionismo, criado por você. Afirmo-lhe que já li quase todo o conteúdo dele avidamente em menos de 15 dias, faltando apenas a parte de mensagens gerais e alguns debates entre você e aqueles que se opuseram a sua visão do mundo natural. Consequentemente, já estou a par de boa parte de seus argumentos, posicionamentos e refutações. Confesso que fiquei tanto impressionado, considerando sua audácia em abordar dois temas tão antagônicos entre si, sua constância de opinião para o que acredita ser o mais sensato cientificamente e sua dedicação para elaborar páginas e páginas de textos sobre evolução, quanto também, embasbacado, considerando sua erudição, seu grau de conhecimento, e particularmente, sua idade.
Por fim, foi lendo seus textos que fui tomado pelo impulso de escrever-lhe, com o desejo de compartilhar contigo também minhas opiniões sobre o assunto debatido em seu site, minha interpretação particular do universo cristão e pentecostal e claro, iniciar, a partir de hoje, um profícuo diálogo entre nós dois, que, deixo patente, vai surpreendê-lo. Há muito que busco alguém com a sua perspicácia, seu ímpeto e seu posicionamento para dialogar sobre diversos assuntos.
Marcos, desde já o considero como um amigo, portanto
Amigavelmente,
Mauricio Oliveira - tarde, 4/Nov/05
Nova Friburgo
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Sexta, 4 de Novembro de 2005 |
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Olá Mauricio...
Embora sua mensagem tenha sido apenas de apresentação, tendo em vista o problema decorrente da perda de
mensagens em meu site e sua necessidade de uma confirmação de que tomei conhecimento de sua mensagem, decidi então
publicá-la neste Livro.
Agradeço muito suas palavras e me intrigou bastante seu posicionamente, que eu gostaria de ver mais detalhadamente
em mensagens posteriores. Curioso fiquei também pela sua história pessoal, que diz ser similar à minha.
Com isso, creio que será um prazer debater com você em qualquer assunto relativo a este site, ou ao
www.evo.bio.br, de preferência colocado onde houver contextualização predominante.
Assim, meu amigo, aguardarei suas futuras mensagens.
Amigavelmente
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27 de Novembro de 2005 |
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Ramon B.B
-
1982
-
Tubarão-SC
R a m o n d e b e m
h o t m a i l . c o m
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Eu prestei muita atenção sobre tudo o que você falou, e até entendo, e realmente parece tudo ter sentido, mais tudo você falou com a razão Humana, que por sinal você demonstra muita inteligência, mais deixa, eu mostrar uma lógica, eu acredito na Bíblia como vinda de Deus, falo isso por experiência própria, ou seja espiritual. Mais espiritual? Sim a Bíblia sempre enfatiza o fato de ter sido feita através da intervenção divina. Ou seja, seguindo a lógica, se vem de um ser superior e inegável que precisamos de Deus para entender toda a obra na qual ele revelou através da bíblia. Porque precisamos de Deus pra entender?
A bíblia fala que pra discernir coisas do espírito só tendo o espírito de Deus, o novo testamento enfatiza a ação do espírito santo, mais se olhar bem o espírito santo é enfatizado na bíblia toda! Mais vejamos, algo que cristo disse: (João 14:26) - Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito. E mais ainda o novo testamento fala enfatiza em viver no espírito, quando Jesus fala do nascer de novo ele se refere ao viver no espírito,
ai voltamos, a onde diz que pra se discernir as coisas do espírito só tendo o espírito!
A bíblia sempre enfatiza que a sabedoria do homem é loucura para Deus e a sabedoria de Deus é loucura para os homens! Interessante, apesar da tua grande sabedoria, por tua inteligência e conhecimento não consegue ver algo tão claro, mais como diz na bíblia: muitos ouvirão e não entenderão! Como tu pode querer entender algo que requer o espírito, sem se quer acreditar que Deus exista! Apesar de você ser tão inteligente, pare e pense! Quantas pessoas inteligentes até mais que você, e com conhecimento da bíblia e de fatos históricos até mais que você se converteram depois que descobriram o agir do espírito! E todas sempre falam a mesma coisa, depois que o espírito santo agiu em minha vida, a minha cabeça abriu e consegui entender o que realmente a bíblia diz!
Voltando de novo quando a bíblia diz: coisas do espírito só se discerne com o espírito!
Eu não citei onde estão o versículos que provam o que eu falei, mais isso não é problema tu sabe onde esta e se caso não lembra é só da uma procurada que vai achar!
Diz na bíblia que todo ser humano quando busca a Deus de todo coração acaba achando!
Busque se não tiver muito ocupado em querer fazer de seu conhecimento o teu Deus!
“Coisas do espírito só se discerne com o espírito”!
Um abraço e se caso você se sinta ofendido com algo que eu tenha dito me desculpa não foi a minha intenção!
Se você leu este texto, mande uma resposta pro meu e-mail.
Seria um prazer! Obrigado!
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Domingo, 23 de Outubro de 2005 |
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Prezado Ramon.
Agradeço sua mensagem e louvo sua boa vontade. Espero que entenda também que não é a primeira vez que recebo uma
mensagem como a sua. Em casos como esse, partindo de pessoas sinceras, procuro sempre responder, mas é difícil
não me repetir. Bem, vou tentar.
Algo que sempre digo, e que cada mensagem destas que recebo parece confirmar cada vez mais, é que por essa linha
de pensamento não está em meu poder então conhecer a Bíblia nesse nível espiritual, pois a capacidade para fazer
isso dependeria não de mim, mas de uma graça divina.
Ora, mas quem decide dar esta graça ou não seria Deus, por intermédio do Espírito Santo. Portanto, enquanto Ele não
se decidir a me lançar essa iluminação, o melhor que posso fazer é usar do modo mais apropriado possível aquilo que
está ao meu alcance. Minha Racionalidade, Intuição e Emoção.
Você poderia contra argumentar, usando sua racionalidade, que eu poderia pedir essa dádiva. No entanto não é preciso
raciocinar como um Calvinista para acreditar em Graça Irresistível. Se Deus assim o quissesse, eu receberia essa dádiva
querendo ou não. Por outra linha de raciocínio, caso eu tenha Livre Arbítrio e possa ser atendido, porque então ainda
não o fui? Você acha que nunca pedi uma dádiva divina?
Outra forma de pensar seria que meu orgulho fosse forte demais para aceitar algo que me levasse a me comportar
de um modo contra o qual hoje tenho algum preconceito. É uma idéia razoável. No entanto qual seria esse preconceito?
De certo não tenho nada contra as pessoas com agem com honestidade, sensibilidade, bom senso, compaixão e todas as
máximas qualidade humanas que tanto ainda fazem falta no mundo. Também não tenho receio contra a dedicação
aos estudos bíblicos e teológicos. O que me preocupa é o grau de excesso que vejo em alguns "crentes"
que podem ser encontrados em diversas outras religiões e sistemas de pensamento.
Para tal não tenho disposição alguma, e se aceitar o Divino for correr o risco de agir assim,
como poderia fazê-lo? Como saber se não me tornaria alguém que fecharia os olhos para toda a racionalidade
humana e abraçaria ações cuja sensatez são indistinquíveis das ações de certos loucos? Quantas pessoas por aí não
se consideram impregnadas de espiritualidade quando estão mais para impregnadas de insanidade? E o contrário também?
Não vou abrir a guarda para tais possibilidades. Não se trata de rejeitar uma possível dádiva divina,
mas sim de se recusar a fechar os olhos para as evidentes e certas qualidades humanas do bom senso e inteligência que
tem sido as únicas coisas capazes de fazer o mundo melhor, ao lado do Amor.
Tudo o que você puder dizer o fará com sua Razão, baseada em outras qualidades subjetivas, mas tudo isso é muito frágil.
A mais afiada lâmina do raciocínio e o mais sólido escudo do bom senso nada são contra a avalanche desembestada das paixões
irracionais. Mexer com essas forças sempre é arriscado, e crer em entes sobrenaturais sempre foi um dos modos mais eficientes
de incitar isso. Para o Bem ou para o Mal.
Amigavelmente
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18 de Novembro de 2005 |
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Azrael Elysium
-
1982
-
Campinas-SP
Jornalista
Mensagens Anteriores:
XR-367 ,
EVO-009
a z r a e l . e l y s i u m
g m a i l . c o m
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Saudações, camarada Marcus. Sei que seu novo livro de visitantes ainda não está pronto, mas como meus comentários são
a respeito de seu texto
"Voto Certo - Tiro e Queda?", achei importante deixá-los antes do dito referendo. Desculpas por sobrecarregar sua caixa de e-mail.
Primeiramente,concordo com a quase totalidade do seu texto e acredito, sinceramente, que este referendo, da forma como está sendo proposto, representa mais um desserviço à democracia do que o contrário. Não creio que a população brasileira esteja sendo informada com justiça por nenhum dos lados. Perguntar à população se querem a proibição da venda de armas ou não é, mais ou menos, como perguntar a um nômade do deserto se ele prefere snowboard ou patinação no gelo. Vejo que os veículos de comunicação que discutem a respeito do tema só fazem tomar partido de um lado ou outro, em um total desrespeito à imparcialidade jornalística. Tudo o que nos é fornecido são argumentos fracos (alguns dos quais você desmontou habilmente em seu texto) e dados estatísticos que, como bem se sabe, podem ser subjetivamente interpretados para favorecer argumentações de ambos os lados.
Mas preciso colocar que, para mim, o fator mais nocivo relacionado a esse referendo é que, não importa quem vença, o resultado criará uma falsa noção de "problema resolvido" em boa parte da população. Me parece ser típico da cultura brasileira se contentar com "remendos" ao invés de soluções. Costumo comparar esse problema das armas com o problema das escolas. Ora, penso que, se a educação é um direito de todos, ela deveria ser gratuitamente oferecida pelo Estado. Mas, o que de fato acontece, é que o corrupto Estado brasileiro não tem condições de manter escolas descentes, nem em número adequado às necessidades da população. As escolas públicas são chiqueiros, e as universidades públicas são tão seletas que apenas uma minoria tem acesso a elas. A solução: ao invés de limpar a corrupção no governo e dedicar mais capital à educação, abrem-se escolas e universidades particulares caríssimas, e finge-se que o problema foi resolvido.
Creio que o mesmo acontece com o caso do desarmamento. Se o SIM vencer, a população vai se sentir segura, já que temos menos armas circulando. Se o NÃO vencer, a população vai se sentir igualmente segura, já que o "direito à legítima defesa" está garantido. O que ninguém vai perceber é que o problema da violência NÃO será resolvido em nenhum dos casos! É como no filme "Aliens X Predador": não importa quem vença, nós já perdemos. Não importa se o SIM ou o NÃO vençam, a desinformação já ganhou há tempos.
Responda ao meu comentário se encontrar tempo, e mais uma vez, parabéns pelo texto, foi um dos
únicos textos realmente bons sobre o referendo que eu li, o que não é pouca coisa.
Abraços, e que a Força esteja com você.
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Quarta, 19 de Outubro de 2005 |
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Olá Azrael.
É um prazer responder uma mensagem sobre este texto, pena que tão tardiamente. Agradeço pelos comentários mas em parte
discordo. Não creio que o Referendo em si tenha sido um desperdício. Penso que foi um bom exercício que pode e deve
ser repetido com outros temas polêmicos. A legalização do aborto, a pena de morte e a redução da maioridade penal podem
estar entre os próximos, e aí sim estaremos substanciando a democracia um tanto mais do que regular, elegendo
políticos a cada 4 anos que passam todo o tempo decidindo por nós.
Tenho visto comentários estranhíssimos de pessoas se sentindo incomodadas por votarem propostas de leis
que deveriam caber aos deputados e senadores. Sinceramente não consigo entender tal raciocínio. Não
basta termos que aguentar toda essa nossa péssima classe política votando miríades de tolices e medidas torpes,
e ainda iremos reclamar quando finalmente alguém põe esse poder de decisão em nossas mãos?
Talvez tornar plebiscitos como esse mais regulares, e aperfeiçoá-los, seja uma solução para nosso problema de má democracia.
Poderíamos realizar sobre temas diversos, com frequência, e não obrigatórios, de modo que as pessoas só fossem votar nos
temas que mais lhe interessassem, e sobre os quais tendem a estar melhor informadas.
Mas é claro que tudo isso será inútil se perpetuar-se o mesmo péssimo hábito que permeu este referendo, que foram
as horríveis campanhas, com toda sorte de desinformação e apelos possível. Não foi muito diferente no plebiscito sobre
a forma de governo em 1993, nem costuma ser melhor nas eleições regulares. E pode apostar que vai ser muitíssimo
pior nas eleições do ano que vem. Vide O Silêncio dos Inocentes.
Realmente o resultado do referendo pode gerar más interpretações nas pessoas, mas agora, vendo a esmagadora vitória do
NÃO, vejo que a população foi menos afetada do que eu pensava. Sinceramente sempre achei que intuitivamente o povo
votaria pelo não. A idéia de que desarmariam somente os cidadãos comuns, por mais simplória que seja, tem um apelo muito
forte. Além disso, até pouco antes do final das campanhas, em todo lugar que eu tomava contado com o tema via uma
posição imensamente favorável ao NÃO. Quando a turma do SIM começou a cantar vitória antes mesmo das campanhas começarem
fiquei muito surpreso. Ou estiveram estrategicamente mentindo o tempo todo, ou sua campanha, de tão ruim,
conseguiu repelir a opinião pública, que
pareceu-me menos suscetível aos apelos de atores globais e historinhas trágicas em geral causadas por estupidez.
Por outro lado talvez ainda seja vulnerável à paranóia conspiracionista propagada pelo NÃO com argumentos típicos
de uma tradição reacionária.
Ao menos não mudamos um estado de coisas que tem tido progressos em troca de uma inovação
no mínimo suspeita. E acho que o resultado não foi tão nocivo assim. Analogamente, discordo
do slogan de Alien X Predador. É evidente que é menos pior a vitória dos "predadores", pois eles
ainda são seres racionais com os quais é possível algum entendimento. Que foi exatamente o que aconteceu no filme,
não?
Amigavelmente
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18 de Novembro de 2005 |
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Marcelo Guimarães
-
1967
-
Porto Alegre-RS
Arquiteto, Designer
m a r c e l i x 2
y a h o o . c o m
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Rapaz...
Li seu texto sobre Anti-Gravidade e achei excelente!
Tenho quebrado a cabeça a respeito do assunto e seu texto foi bastante elucidativo. Pergunto qual a bibliografia.
Estou retornando ao texto e, apenas agora, vi o restante do site e prometo voltar mais vezes para ler outros textos.
Aproveito para te indicar um bastante intrigante:
Zeta Talk
Pergunto tb se vc já leu algum livro do Asimov e se interessa por robôs.
Um abraço
Marcelix
ps: uma ultima pergunta: vc não é aquele ET responsável pelo Valerio-duto interestelar petista, não é?
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Terça, 18 de Outubro de 2005 |
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Olá Marcelo.
Obrigado por seu comentário sobre o texto, que não tem nenhuma bibliografia em especial. Apenas me
baseie em conhecimentos básicos sobre física, em cultura pop e em minha próprias especulações.
Quanto ao Zeta Talk, é um site bastante
interessante, mas afinal... É gozação, não é? Por favor, se alguém levar aquilo ali a sério...
Sim, sou fã de Asimov, embora só tenha lido 5 livros dele até agora. Me interesso pela questão dos
robôs, mas tenho muitas críticas a fazer sobre a concepção asimoviana dos mesmos.
Se quiser discutir, esteja à vontade.
ps:Sem comentários para a última pergunta.
Pacientemente
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17 de Novembro de 2005 |
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Alexsander Hosnani Marques de Brito
1970
-
Brasília-DF
-
Psicodontólogo
a l e x b r i t o 2
y a h o o . c o m . b r
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Caro amigo, paz seja contigo.
Estive lendo seus escritos sobre a Bíblia e tenho alguns comentários;
1 - Muito boa a parte
"ALGUNS FALSOS MITOS SOBRE A BÍBLIA". Todavia, não concordo
completamente como sua resposta para o mito:
"De acordo com a Bíblia, as pessoas boas estão no Céu e as Más no Inferno".
Parece-me que faltou falar sobre o Hades.
2 - Discordo também da abordagem feita tanto pela sociedade Torre de Vigília quanto a feita por você na questão
Bíblia X Ciência
3 - Na parte
"È a Bíblia divina?" você levanta questões (dentre muitas outras) sobre como pode Jesus ser chamado de Filho de Daví se não descende de José e sobre um suposto antagonismo entre o Novo e o Antigo Testamento acerca do arrebatamento de Elias e de Jesus.
4 - Visitei
www.coluna3.hpg.ig.com.br/humanismobiblia.htm
E percebí que a imens maioria das citações e argumentações do autor são muito fracas e descontextualizadas, por favor, reavalie esse link.
Desses quatro pontos iniciais levantados podemos esclarecer com certa facilidade o 1, o 3 e o 4. Já o 2 dependerá de um pouco mais de tempo e preparo.
Estou disposto a inaugurar um diálogo escrito, mas certamente seria muitíssimo mais rico e proveitoso se isso fosse feito oralmente. Podemos fazer das duas maneiras desde que compartilhássemos no síte essas elucidações sejam elas alcançadas por meio escrito ou outro.
Aguardo sua resposta e me disponho desde já a reservar uma noite da semana para iniciarmos nosso diálogo/estudo.
Abraço forte nas filhas e na esposa.
Aguardo a inauguração.
Grande abraço do amigo.
Alex
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Quinta, 13 de Outubro de 2005 |
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Oi Alex...
Espero que não tenha ficado inquieto com a demora em minha resposta, e é claro que tenho muita vontade
de estabelecer um diálogo, que pode bem começar com o que se segue.
1-De fato minha afirmação foi muito simplificada, mas o que acho importante frisar é que de acordo com a Bíblia,
não há ainda no nosso tempo presente alguém que esteja num local que mereça ser chamado de Inferno ou paraíso. Esse local onde
os mortos habitam, pode chamar de Hades se quiser, é um local de suspensão existencial. [I Tessalonicenses 4:13-16]
É claro que se considerarmos tempos diferentes, e o fato dos inconscientes não terem sensação alguma,
podemos dizer que quem morre hoje já acorda no dia do Juízo, mas mesmo assim, para nós, no nosso tempo, os mortos
ainda não foram julgados.
2-Ok.
3-Ok.
4-Quero reiterar que eu NÃO endosso completamente o texto
Humanistas X Bíblia, e afirmei isso ao menos duas vezes no texto
È a Bíblia Divinamente Inspirada?. Quero apenas mostrar que há muitos argumentos
contrários às tradicionais alegações dos apologetas bíblicos.
Assim, já temos material para um diálogo, e é claro que podemos fazê-lo pessoalmente, mas então porque deixar
uma mensagem aqui no Livro de Visitantes? Uma coisa não exclui a outra, podemos fazer os dois, embora eu possa
garantir que os diálogos escritos, com bastante tempo de reflexão e pesquisa antes de cada resposta, costumam
ser muito mais produtivos.
Aguardarei então o novo contato.
Abraços.
Amigavelmente
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30 de Setembro de 2005 |
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Enéias de Souza Santana
-
1983
-
BA
Estudante
e n e i a s 5 6
g m a i l . c o m
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Caro Marcus, antes de tudo gostaria de dizer que sou cristão e não estou aqui para contra-argumentar. Não sei se você irá ler minha mensagem, mesmo assim dedicarei este tempo.
Li todo seu artigo sobre as incoerências científicas da Bíblia. Vejo que você é realmente uma pessoa muito inteligente e que seus argumentos são realmentes convincentes. Pois, me convenceram, visto que às vezes eu pensava sobre a cientificidade biblica.
Sou jovem (22) e vejo quão tola é essa discussão entre os que defendem a ciencia da bíblia e os que a combatem. Estando envoltos, tanto teólogos quanto cientistas em suas vaidades intelectuais.
Acredito que Jesus, em sua sabedoria, jamais participaria de tal disputa, como pode ser visto em seus exemplos na bíblia.
Assim, sendo eu seu discipulo, também não farei.
O que Cristo me deixou de mais importante foi o Amor ao meu semelhante, no caso, você a quem escrevo. Penso que mesmo com nossas diferenças de pensamento, posso te amar. E mesmo que você não acredite no mesmo que eu, dedicarei parte do meu tempo para orar por você. Não estou aqui pra te condenar, como vi muitos fazerem, nem pra te convencer do contrário, nem mesmo pra te comover.
Vejo que muitos que se dizem cristão, mas que não conheceram Jesus de verdade e parecem agir de forma contrária a Dele, tentam te agredir e até te condenar ao inferno.
O que digo a você é verdade! Você pode não acreditar em Deus, nem na biblia, nem no que os padres ou pastores dizem, mas te dou uma coisa para acreditar.
Acredite que haverá um jovem, que você nem mesmo conhece, mas que colocou no coração o proposito de te amar, independente de sua corrente ideológica e que se compromete em pensar em você e dedicar um tempo em oração por vários dias, para a prosperidade em sua vida e sua família.
Peço que por favor, não me ignore nem me humilhe. Mas considere meu propósito. Se algo incomum algum dia acontecer, entre em contato comigo.
Abraço.
Eneias Santana
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Sexta, 30 de Setembro de 2005 |
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Caro Enéias...
Eu jamais seria capaz de me indispor com uma mensagem como a sua. Você foi sincero, cortês e visivelmente bem intencionado. É o tipo de
atitude que chega a me comover.
Não discordo de nada do que você disse, e nem duvido, portanto, tudo o que tenho a dizer é que agradeço suas palavras
e torço para que sua sensatez e boa vontade sirvam de exemplo para os demais cristãos.
Só lamento que talvez você tenha me entendido mal em alguns aspectos, a ponto de achar que eu seria capaz de tentar
humilhá-lo o mesmo ignorá-lo.
Só demorei a responder por motivos puramente técnicos e de disponibilidade pessoal de tempo, mas quero enfatizar que
sua participação serve como um ótimo exemplo de que a religiosidade de mãos dadas com a sensatez sempre será uma
dádiva para a humanidade.
Amigavelmente
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30 de Setembro de 2005 |
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Caro Magdiel.
Obrigado por sua participação citando o excelente Leviatã de Hobbes, uma de minhas obras filosóficas favoritas.
Quanto ao livro de Esdras em questão, trata-se de um Apócrifo, isto é, um livro de origem desconhecida e que por isso
não foi reconhecido como parte do cânone bíblico por todas as autoridades, embora possua respeitabilidade entre os teólogos,
sendo então Deuterocanônico. Há uma notável
dificuldade devido ao fato de que há um livro de Esdras canônico, que está em todas as Bíblias e que de fato só vai até
o capítulo 10. Mas há outros Esdras, e inclusive segundo algumas classificações, o Esdras canônico seria originalmente
o Segundo Esdras, ao passo que o Primeiro, Terceiro e Quarto foram considerados apócrifos, no entanto, como o canônico passou a
ser considerado o principal, por vezes referem-se ao apócrifo como o Segundo.
Além disso, como você mesmo percebeu, originalmente o Livro de Neemias podia ser considerado parte do livro de Esdras,
fundindo-se no Segundo Livro de Esdras, de acordo com a versão. Portanto não se trata de uma enganação, é pura confusão mesmo.
O ideal seria sabermos a versão usada por Hobbes, mas de qualquer modo, não é difícil conseguir II Esdras [14:22] em algum lugar
na web. Ei-lo:
"But if I have found grace before thee, send the Holy Ghost into me, and I shall write all that hath
been done in the world since the beginning, which were written in thy law, that men may find thy path, and that they which
will live in the latter days may live."
Este foi conseguido neste
Link Direto do Internet Sacred Text Archive.
Amigavelmente
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30 de Setembro de 2005 |
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Diego Barros Maia
-
1982
-
Brasília-DF
Universitário e Servidor Público
d b m a i a
y a h o o . c o m
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Olá Marcus! Já havia deixado uma mensagem antes no site
Cria X Evo e resolvi deixar também uma aqui. Venho lendo com entusiasmo há uns 3 meses
todo esse vasto conteúdo colocado aqui no Site. Assim como você, gosto muito de pensar e debater os mais variados temas.
Pretendo inclusive apresentar alguns questionamentos em relação à
Filosofia Exeriana (muito interessante, por sinal) e outros tópicos.
Espere uma grande participação minha em seu site num futuro não muito distante. Só não escrevo mais frequentemente agora porque estou no último semestre da UnB, preocupado com monografias e essas coisas de todo formando. Como você também estuda lá deve saber bem como é.
Contudo, não poderia encerrar sem contribuir de alguma forma. Então aqui vai. Vi que você atualizou o texto que questiona a origem divina da bíblia. No trecho dessa atualização que dedicou mais algumas linhas à refutação do argumento da perfeita consumação profética, tenho o seguinte questionamento: Se nem a perfeita consumação profética nem nada sobrenautal conseguiria provar a origem divina da Bíblia, porque insistir em obter tais provas? É a mesma coisa que tentar convencer um solipsista de que existe algo além dele mesmo no mundo. Não há como. A própria existência de Deus não tem como ser provada, porque mesmo que apareça um ser poderosíssimo na minha frente dizendo que é Deus e mostrar as suas mais variadas super-capacidades, como eu poderia ter certeza de que esse ser é Deus e não um ser apenas(!) várias vezes mais poderoso do que eu, como, por exemplo, um semi-deus? Logo, esse argumento da consumação profética não pode ser considerado um argumento absoluto. Receio inclusive que nem o argumento da inerrância científica poderia ser absoluto, pois mesmo que ela fosse cientificamente inerrante (o que não é), nada provaria quanto a ser inspirada por Deus. Pode ter sido inspirada pelo semi-deus acima.
Espero que com esses questionamentos eu possa ter contribuido para o seu tão magnífico site! Conte com o meu apoio na sua cruzada contra a Ignorância!
Um abraço,
Diego
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Sexta, 23 de Setembro de 2005 |
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Olá Diego...
Seja bem vindo a meu site original e meu novo Livro de Visitantes,
e agradeço novamente por sua Mensagem em meu outro Site.
Esperarei suas próximas participações, que tenho certeza serão tão enriquecedoras
quanto a sua atual contribuição a meu texto
Inspiração Divina da Bíblia.
Você tem razão em suas colocações. De fato nem mesmo esses dois argumentos poderiam "provar" que a Bíblia
seria a obra de um Deus Onipotente, mas o que eu quis colocar como o "divino" em questão seria qualquer coisa
superior ao ser humano. Se a Bíblia demonstrasse conhecimentos precisos sobre a Natureza milênios antes das conquistas
da Física atual, isso seria um forte argumento a favor de uma autoria sobre-humana, e se demonstrasse a capacidade
de profetizar adequadamente, se é que isso é possível, seria um argumento ainda mais forte. Lembre-se
que a pergunta é sobre ser a Bíblia uma obra humana ou sobre humana, e não diretamente de um Todo-Poderoso.
Outro problema que devo admitir é a questão do termo "Argumento Absoluto". De fato é uma expressão
problemática. Se você tiver uma idéia melhor não se acanhe. Concordo que num sentido mais radical, argumento algum poderia
ser absoluto.
Por fim, a questão que você colocou logo no início é o maior calo espistemológico. De fato, nada pode nos garantir
o que quer que seja além da nossa própria existência e dos fenômenos que vivenciamos. Tudo o demais é duvidoso. Por isso
só o Solipsismo é irrefutável. O resto sempre será passível de dúvida, e sem
possibilidade de prova definitiva. Me parece bem razoável sair fora do Solipsismo e viver de acordo com a alta probabilidade
de que temos de fato um mundo, e outras pessoas, para interagir, pois esses fenômenos são fortíssimos, explícitos e
constantes. Ainda assim, uma certeza sobre os mesmos e insustentável, ainda mais "absoluta". Mas me parece pouco sensato
ter certezas sobre coisas que nem sequer são explícitas como fenômenos. Como divindades, milagres ou autoria sobre humana
de livros sagrados. 502
É isso. Obrigado.
Amigavelmente
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30 de Setembro de 2005 |
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