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Marcus Valerio XR
Jose Renato dos Santos Cardoso Meus comentários anteriores estão em VERDE, e os atuais em CIANO.
Analogia como Exemplo: Suponhamos que você está vendo um cego caminhando em uma rua que lhe é
perfeitamente conhecida a ponto de ele nem usar bengala, mas no entanto, há um buraco
totalmente inesperado em seu caminho, de modo que ele vai cair nele sem dúvida a não ser que
você o avise. Se você não o faz, com certeza será culpado do acidente por omissão. Poderia ter
avisado e não o fez.
Se Deus sabe Tudo o que nos ocorrerá, ele seria no mínimo omisso quanto aos eventos que nos
ocorrerem. Porém não é apenas isso. Você, no exemplo citado, não foi o criador do buraco, nem
tinha o poder de fazê-lo desaparecer, e até há pouco não sabia que ele estaria lá, e que um
cego caminharia em sua direção. Se você tivesse escavado o buraco, sabendo que o cego iria
passar e iria cair nele, você não seria apenas culpado por omissão, mas seria uma atitude dolosa.
Suposição I : Na sua analogia você afirma precipitadamente que: "com certeza será culpado do acidente por omissão" , aqui quem está sendo determinista é você, a minha resposta é: depende: Talvez devamos voltar um pouco no nosso tempo linear, alias este é um problema sério não só no campo da filosofia, mas até em ciências exatas pessoas insistem em pensar linearmente, vou supor que o cego tem um filho que paga uma pessoa, mesmo contra a vontade do cego, para acompanha-lo, uma vez que isto é com certeza mais seguro, porém, este dia a pessoa atrasou-se e o cego usando seu livre arbítrio resolveu sair sozinho justamente por conhecer muito bem a rua, aqui temos um ponto focal. Portanto o culpado seria o próprio cego, certo?, errado!. Suposição II : Eu conheço o cego ou não?. Se o conhecer tenho que levar em consideração: a) Qual minha distância dele?, haveria tempo hábil para salvá-lo?, e se além de cego ele for surdo?, sabemos haver regras de abordagem de cegos e se ele for uma pessoa muito teimosa?, e se próximo ao cego houver muito barulho impossibilitado meu aviso verbal?, como podemos observar surgiram muitas suposições, não é difícil observar que os desastres não ocorrem por acaso eles se constroem por uma seqüência de eventos independentemente se são corretos ou não. Portanto mesmo conhecendo o cego e tentar avisá-lo pelo nome isso não implicará se serei culpado ou não. mas se eu não o conhecer, ao avisá-lo, sem observar as regras de abordagem de uma pessoa deficiente, poderia precipitar a queda dele no buraco, o mesmo é válido se tentasse segurá-lo e falhasse, muitos poderiam achar que o empurrei para o buraco. Logo eu serei o culpado certo?, errado!. Suposição III: O culpado seria a pessoa que fez o buraco?. Depende!, vamos supor que para fazer o serviço essa pessoa requisitou todo o material de segurança necessário para o isolamento da área, mas até ali não tinha recebido, então ele pediu para o seu colega de trabalho ficar de plantão justamente para evitar que alguém se machucasse e a pessoa responsável pela vigilância em um momento de distração não percebeu que o cego aproximava-se do buraco, logo a culpa seria do vigilante certo?, errado!, pelos modernos procedimentos de segurança no trabalho nunca deve-se começar um trabalho antes que todos os riscos sejam avaliados, portanto a culpa volta-se para o capataz da obra, certo?, errado!, vamos supor que o capataz recebeu um ordem e o trabalho teria que ser executado imediatamente, então o culpado seria do chefe do capataz, vou parar por aqui e dar uma suposição: "Toda regra por mais simples que seja deve ser cumprida pois o seu não cumprimento pode causar conseqüências enormes". Logo os três serão culpados pela queda do cego no buraco. Certo?, errado!. Suposição IV: A pessoa que acompanha o cego é o culpado: Vamos supor que esta pessoa pega religiosamente o ônibus das 07:00 horas diariamente, porém neste dia ele resolveu pegar uma VAN, esta colidiu com um carro de um laboratório que transportava um microorganismos para estudo, devido a colisão houve isolamento da área e a pessoa foi obrigada a ficar em isolamento, vou supor ainda que a culpa seria do motorista da van que em um cruzamento invade o sinal vermelho, porém, o motorista diz que o freio falhou, então a culpa seria do veículo ou da empresa que não obedeceu as regras para a revisão do freio?, o carro do laboratório poderia evitar o acidente mas o motorista achando que tinha a preferencial, não obedece a regra de direção defensiva, com o choque escapam algum vírus que podem causar uma epidemia gravíssima uma vez que o vírus escapou. Ufa!, afinal quem é o culpado da queda do cego no buraco?. Suposição V: O buraco foi provocado subitamente: Então a culpa é da natureza, certo?, errado!. Vou supor que o projeto de esgoto de água nesta rua foi mau formulado, na época de execução o encarregado da obra foi um corrupto, ele contratou tudo de má qualidade, aprovou uma proposta que embora duvidoso a empresa oferecia algumas vantagens por debaixo dos panos, o projeto então foi tocado por pessoas de confiança do encarregado, porém, com capacidade técnica abaixo da média, logo o corrupto é o culpado da triste queda do velhinho, certo?, errado!, vou supor que o encarregado foi nomeado pelo secretário de obra, o qual nomeai este individuo, após diversos acordos políticos, sendo ele do circulo de corruptos da região, logo o culpado é o tal secretário, certo?. Não!. Este secretário foi nomeado pelo prefeito de cidade, afinal, este foi seu coordenador de campanha, nada mais justo que presenteá-lo com um cargo independentemente se este tem capacidade ou não, logo o prefeito é culpado certo?, não!, afinal ele foi eleito por 70% da população, logo o povo é culpado?, não!, na campanha para prefeitura o então candidato a reeleição abriu os cofres investindo pesado em mídia além do mais toda a imprensa local dava todo apóio a ele. Cadê o culpado?. Suosição VI: Afinal quem é o culpado: A resposta é todos!, o pensamento linear teima em achar que um evento isolado nada tem em comum com outro, muitos acham que a matemática nada tem em comum com o mundo real, quantos colegas meus foram para área de humanas ou biológicas, para tentar exorcizar a matemática, pura ilusão, tiveram que aturá-la nem que fosse um pouquinho, letras e arte apesar de precisar da matemática talvez consiga escapar de cálculos complicados, eu disse talvez!. Moral da História: Toda vez que desobedecemos a uma regra por mais simples que seja, devemos nos preparar para as conseqüências que podem ser imprevisíveis. Conclusão: Deus avisou para Adão e avisa até hoje através da sua palavra o que ocorreu e o que ainda vai ocorrer, baseando-se no comportamento humano deturpado por quem os sujeitou (Romanos 8: 23-24), Deus é todo poderoso, mas não é maior que ele mesmo, ele não interfere justamente por respeitar o livre arbítrio da humanidade, a solução que achou foi dar o outra opção, contudo não pode e não quer obrigar ninguém a amá-lo e adorá-lo, essa é uma decisão individual, seja qual for ela, nós e não Deus temos que arcar com as conseqüências. Para finalizar, Como você pôde perceber, o conceito de ponto focal parece simples, mas não é. Toc, toc toc toc, toc toc toc toc, toc toc toc, toc toc toc toc...
(tamborilando os dedos).
Well, well, well...
Sinceramente José Renato... Eu não esperava por essa. Estou começando a achar que você não
sabe do que está falando. A Teoria do Caos não foi feita para anular a razão humana. Isso que
você fez aqui foi basicamente um tentativa sofismática que jamais passaria num tribunal.
Se isso fosse válido, crime algum poderia ser condenado, pode-se anular qualquer coisa.
Eu fui bem simples e sintético, deixe-me repetir: "...de modo que ele vai cair nele sem
dúvida a não ser que você o avise. Se você não o faz, com certeza será culpado do acidente por
omissão. Poderia ter avisado e não o fez.".
Eu não estou tirando uma conclusão da situação, eu estou colocando que a situação PERMITE essa
certeza! Não adianta tentar escapar do argumento saindo dele. Eu disse que se você estiver numa
situação onde PODE ajudar e DELIBERADAMENTE não o faz, e sendo assim, eu já restringi a situação
de quaisquer possibilidades anuladoras.
Ou vai me dizer que não existem situações como essas?
É claro que isso não invalida a inevitável Interdependência causal do Universo, mas há esferas
de ação onde temos autonomia e poder de ação.
O que mais me impressiona aqui é você não perceber que seu argumento simplesmente vai contra
a própria idéia de Liberdade, se estivéssemos situados a tal nível de invalidade ativa a ponto de
anular qualquer conclusão, então não seríamos responsáveis por nada! Seria tudo obra de um tipo
de acaso.
Pior! Se existir então um Ser que diferente de Nós, tem poder total sobre todos os eventos ao
mesmo tempo que nós não temos praticamente nenhum, então você demonstrou o Determinismo melhor
do que eu jamais pensei em fazer.
O estranho é que seu raciocínio só segue numa direção enquanto parece lhe interessar,
imediatamente mudando de rumo quando chega a um local onde você bem poderia levá-lo adiante.
Se for assim, então ADÃO e EVA são culpados pelo Pecado Original? Errado! Há mil e uma variáveis
envolvidas. Lúcifer é o culpado pela Rebelião? Errado! Quem é o culpado?
Ninguém poderia então ser culpado de nada, a não ser o Ser que tem controle total e consciente
sobre todos os eventos, ou seja DEUS! Ele não tem desculpa para não agir ou se eximir de culpa.
Não há barulho na rua, dificuldade de entendimento, carro desgovernado, funcionário corrupto ou
laboratório bacteriológica capaz de tirar dele a responsabilidade por suas ações.
O Caos seria invencível para todos os seres, mas não para Deus, ou ele não seria ONIPOTENTE.
Sendo ele ONIPOTENTE, não há Caos para Ele, apenas aparentemente há para nós, mas na verdade,
o que entendemos como Caos seria apenas a nossa incapacidade de sondar a Ordem imposta ao Universo
pelo ser Onipotente.
DETERMINISMO ABSOLUTO! Ou, Não-Onipotência!
Ok. Mas eu não pedi a você um mero exemplo do uso de "Matemática em Ciências Sociais",
que evidentemente eu conheço, eu pedi especificamente um uso de "Matemática do Caos" em Religião,
Política ou mesmo Saúde. O que você me forneceu foi basicamente indicadores estatísticos
econômicos.
É evidente que estatísticas formam opiniões, mas é isso matemática? Sim, num nível muito básico,
qualquer noção numérica é matemática, mas o que eu queria ver é algum tipo de cálculo que
pudesse prever ou revelar algo em Política, Religião ou Saúde (em termos sociais é claro).
Quanto as aplicações da matemática do caos, é um trabalho árduo e que já consumiu dois anos da minha vida em ajustes e observações, poucos matemáticos já conseguiram equacionar todas as implicações de tal teoria, mas, pelo exemplo da queda do cego no buraco creio não ser difícil de perceber tais aplicações, hoje já temos várias empresas de consultoria utilizando os princípios caóticos nas organizações e isto tem implicações em economia, política e saúde. Até agora não vi um só exemplo de um cálculo em Ciências Sociais. Para ficar no exemplo do cego no buraco, você poderia sistematizar uma situação melhor a ponto de poder definir as variáveis probabilísticamente, e poder aplicar cálculos precisos.
Aplicação da matemática do caos na religião: temos na Bíblia um que posso citar agora:
Romanos;5-17,: " Se, pela Ofensa de um e por meio de um só(adão), reinou a morte, muito mais os
que recebem abundância de graça e o dom da justiça reinarão em vida por maio de um só(Jesus)."
18: "Pois assim como por uma só ofensa, veio o juízo sobre todos os homens para condenação,
assim, também, por um só ato de justiça, veio a graça sobre todos, para a justificação que dá
vida." ?!?! Dá pra me dizer onde está a matemática aí?!?! Por que o fato de nosso Universo ser Finito, faz com que o conceito de Infinito só seja válido para nós? E qual é o vislumbre que nos é impossível? O Nosso universo é limitado a nossa capacidade de observação, pensamento e inteligência, apesar de supormos, jamais conseguiremos perceber todas as dimensões, isso só seria possível se o nosso universo existencial fosse o único, não é!, por exemplo, jamais iremos ver um golfinho escrever alguma coisa, suas limitações não permite que ele assim, mas ele não pode supor que ninguém não o faça, da mesma forma não podemos perceber todas as manifestações de existências, mas não podemos supor que ninguém mais perceba . Como você poder garantir que nosso Universo não é o único? Ou melhor, o que é Universo para você? Ao que me parece, você poderia estar sugerindo que não seria possível a total Onisciência do Futuro devido ao alto grau de flutuações de possibilidades. É isso? Estaria então dessa forma, negando a Onisciência Divina? Pelo exemplo, acima o fato do golfinho não poder escrever não significa que nem um outro ser não possa, a impossibilidade de prever o futuro pode ser uma das limitações humanas, não podemos aplicar o mesmo princípio para Deus (não devemos esquecer que os mistérios de Deus são insondáveis). Os golfinhos também não podem supor que ninguém seja capaz de se
teletransportar, isso não faz com que o teletransporte seja possível.
Eu considero o argumento inverso até mais convicente. O fato de nós humanos podermos supor
coisas aparentemente impossíveis, deveria tornar essas coisas possíveis para Deus, caso contrário
seríamos capazes de imaginar algo que Deus não poderia realizar. Mas como o fato de não sermos
capazes de perceber ou supor Algo pode sugerir que esse Algo é possível?
Que relação pode haver entre ser um matemático e perceber conselhos? E onde está o ciclo da Água
na Bíblia? Onde está o óbvio?
Se antes não era óbvio, mas depois de comprovado fica fácil, onde está a comprovação?
Você ainda está devendo esta.
Em Eclesiastes 1; 6-7: Temos o movimento dos ventos e das água, o que só pôde ser comprovado cientificamente bem depois, agora é obvio, quem teria explicado para o pregador?. Vejamos: "O vento sopra para o sul, depois gira para o norte e, girando e girando, vai dando as
suas voltas. Todos os rios correm para o mar, e o mar nunca transborda; embora cheguem ao
fim do seu percurso, os rios sempre continuam a correr." (Bíblia Católica)
Diz claramente que o vento circula, mas não diz que as águas circulam. Diz apenas que os
rios sempre vão para o mar, mas este nunca se enche mais do que já está. Não há nada de
ciclo da água aqui!
Ciclo da água seria dizer que os rios desembocam no mar, parte do mar se evapora, forma
nuvens e cai como chuva, que penetra nos solos e desce aos lençois freáticos, de onde nascem
os rios que voltam para o mar.
Mas não há nada disso no Eclesiastes!
Para piorar o versículo 5 ainda diz: "O sol se levanta, o sol se põe, voltando depressa para o lugar de onde novamente se
levantará."(Católica)
Como se o tempo que o Sol leva para sair do poente ao nascente fosse diferente do tempo que
leva do nascente ao poente! Como está analisado em meu texto
BÍBLIA X CIÊNCIA.
Além disso diz o versículo 4: "Geração vai, geração vem, e a terra permanece sempre a mesma." (Católica)
Que é no mínimo estranho, visto que contraria a própria Criação e o Apocalipse.
E os versículos de 9 a 11: "O que aconteceu, de novo acontecerá; e o que se fez, de novo será feito: debaixo do sol não
há nenhuma novidade. Às vezes, ouvimos dizer: "Veja: esta é uma coisa nova!" Mas ela já existiu
em outros tempos, muito antes de nós. Ninguém se lembra dos antigos, e aqueles que existem não
serão lembrados pelos que virão depois deles." (Cat)
O que só poderia ser explicado mediante o mito do Universo cíclico, Eterno Retorno, caso
contrário como poderíamos dizer que uma inovação tecnológica não seria nova sobre a Terra?
Convém aqui fazer uma observação contida em um livro de Astronáutica da NASA: Muito bem. Mas atualmente não há nenhuma proibição do ensinamento da Evolução nos E.U.A. Frases diversa: Desculpe-me os constantes erros de digitação, é que como a maioria dos matemáticos sou um
pouco desatento, as vezes. Sunday, February 15th 2004 Ok Cardoso... Por fim, você só está devendo ainda um exemplo de matemática
em ciências sociais, em especial me interesso por uma em religião. Quanto à questão do
Livre Arbítrio contra Determinismo, por favor seja mais cuidadoso, erros de digitação são
fichinha comparados a um deslize desses.
Mas vejo que agora você está assumindo mais explicitamente uma posição apologética cristã,
daquelas a que já estou largamente acostumado. Nesse caso, seria muito inovador se você pudesse
mostrar como a matemática pode acrescentar alguma novidade no assunto.
Amigavelmente
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