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Mensagem de Wagner de Almeida Medina
Em resposta à Mensagem de André Maximiano Serpa
Sobre Resposta de André à MENSAGEM 404 de Wagner Medina. André Serpa. Quando, em minha última mensagem, separei de sua mensagem alguns trechos repetidos e ratificados por você, que fez neles a ressalva dos termos "em geral", "muitos", "muita vez", para excuir deles qualquer interpretação de radicalismo no leitor, confesso que não foi minha intenção ressaltar o radicalismo nestes trechos, mas sim, observar a facilidade que você tem de fazer juízo de foro íntimo de pessoas que nenhum de nós três ( eu, você e o Marcus ) conhecemos de forma próxima. Quanto a questão da "inquestionável certeza" ela está expressa neste trecho: "Agora se você disser que este acontecido dentro de um laboratório com isolamento térmico, acústico, etc... é um direito que te reserva. Embora você tenha esse direito de contestação por não se enquadrarem nos conformes requeridos por ti, por outros cético e pseudocéticos, isso em nada muda a ""inquestionável certeza"" de que eles aconteceram e não foram resolvidos pela ciência ortodoxa ao contrário do Espiritismo." Como você afirma ter relido o seu texto e diz que essas palavras não são suas faço aqui duas suposições: ou você releu o texto sem a devida atenção por uma série de motivos ( cansaço, texto longo, etc ), ou alguém tem a possibilidade de incluir e excuir termos, orações, períodos de nossos textos não se restringindo apenas à possibilidade de o fazer, mas fazendo-o de fato. Se houve a inclusão deste têrmo em sua mensagem independente de sua vontade ou permissão a página do Marcus não merece credibilidade. A frase "inquestionável certeza" foi escrita por você ou não ? ( por favor, resposta curta e objetiva ). André, depois de tudo o que temos conversado sobre pesquisa científica você dizer " E caso tenha sido observado pessoalmente, fica provado que houve sim, pesquisa científica na época ( o que parece óbvio, já que a Academia de Medicina foi envolvida )." Que pesquisa científica é essa que se restringe apenas á observação ? Não me parece que a pesquisa científica do século XIX estivesse circunscrita apenas a isso. Parece-me que o único envolvimento da Academia de Medicina foi servir de palco para a apresentação de uma teoria. Não há no texto citado por você, no Livro dos Médiuns, nada mais que isso sobre a Academia, nem um parecer final, uma conclusão, nada. " E caso tenha observado...." André, ele observou ou não observou ? Como você pode admitir como prova factual uma observação que nem o Livro dos Médiuns no capítulo citado por você e lido por mim sabe afirmar se houve ou não ? Eis o trecho que faz parte do capítulo IV, Sistemas, sob o subtítulo de "Sistema do músculo estalante" no Livro dos Médiuns": " Concluimos que o seu autor julgou sem ter visto, OU sem ter visto tudo de maneira suficiente." Infelizmente não temos a Revista Espírita de junho de 1859 onde poderiamos encontrar mais detalhes a respeito. Você me pergunta o que quero dizer com comprovação inquestionável e digo que para mim é a comprovação factual que feche a questão tal qual o exemplo que citei a você a respeito da pequena e da grande circulação sanguinea, será que não fui tão claro no exemplo dado anteriormente ? Em momento nenhum eu disse que o trabalho sério não pode ser de um espírita, mas julgo haver mais imparcialidade em algum trabalho de intenções sérias que seja isento de crença religiosa e tenha por foco apenas a constatação do fato em si. Você diz: "Em nenhum momento afirmei que a questão das mesas girantes era uma questão absolutamente resolvida." e em sua mensagem anterior afirma "Embora você tenha o direito de contestação...não forma resolvidas pela ciência ortodoxa, ao contrário do Espiritsmo." Oras, André, se a questão das mesas girantes não estão absolutamente resolvidas o que constatou o espiritismo ortodoxo ? Confesso que fiquei sem entender, pois para mim a questão das mesas girantes é algo fechado pelo menos para a doutrina ortodoxa, ou não ? "Agora o fato de não terem tido uma "comprovação inquestionável" estão nos motivos expostos anteriormente." Então devo entender que o sentimentalismodos cientistas da época prevaleceu derrubando o estudo sério de acadêmicos já que não houve de sua parte observação alguma que questionasse minhas colocações. "E para não prolongar os meus dizeres , digo que para a chamada "ciência verdadeira" possa comprovar os fatos espíritas é primeiro necessário que ela se disponha a pesquisá-los..." Creio que para isso devamos aguardar a abertura de cassinos aqui, pois parece-me que isso não ocorrerá "dentro de um laboratório blindado com isolamento térmico, acústico, etc..." Não deverá haver também disposição daqueles que serão objeto de pesquisas ? "... ou que possibilite que aqueles que se interessam pelo assunto assim o façam." Mas de que forma os que se interessam pelo assunto estão impedidos de pesquisa-lo ? Existem hoje tantas associações espíritas de médicos, psicólogos, psiquiatras, por que estariam estes impedidos de comprovar o possível fato ? "É preciso, primeiramente, aceitar a cientificidade do tema..." Mas essa cientificidade não é aceita por essas associações ? Óbvio que é e o espiritismo ortodoxo é cantado e decantado com Ciência pelos homens de ciência da doutrina ortodoxa, mas o que estão fazendo até o momento que não demonstram o possível fenômeno como fato ? É como se a total responsabilidade de considerar espiritismo ortodoxo como Ciência e comprovar os possíveis fenômenos como fato coubessem exclusivamente à Ciência e não aos homens de ciência da própria doutrina. André, essa postura é muito cômoda pois o erudito cientista espírita crê no possível fenômeno por crença e como tudo é feito na base da crença e da comprovação nenhuma, a Ciência que não crê que comprove. "Se não o encontramos ainda, talvez seja porque não utilizamos os instrumentos adequados." O que você sugere como instrumento ? "...mas por que não fazemos reuniões experimentais ?" É uma boa pergunta para você fazer na instituição da qual você participa. "...mas não existe Espiritismo sem indagação filosófica e busca científica." Eis aí algo que você poderia expor nesta mesma instituição. "Vamos sim. Discordo totalmente. Você pode afirmar o que quiseres sobre dragões, unicórnios, etc, mas estará sujeito a cair no ridículo senão mostrares provas, ou se preferir, evid~encias desses fatos." André, preste bem atenção no que está escrito acima reproduzindo ipsis literis um trecho de sua mensagem. Você não acha que pelo fato de não haver uma comprovação do possível fenômeno debatido por nós a consideração de "ridículo" não caberia a você e a todos os espíritas ? Você crê como verdade em algo que não tem comprovação científica mas é apenas obejeto de crença. Além do mais você repete com outras palavras o que deixei claro em minha mensagem anterior quando digo "Caberi, sim, à minha parcialidade demonstrar destes seres de forma a não haver margem para dúvidas, não é mesmo ?" No que se refere a minha questão respondida pelo Marcus sobre as investigações científicas eu gostaria de fazer aqui uma explicação. É a própria empolgação de Kardec no livro Gênese que afirma ser a Ciência e o espiritismo ortodoxo o complemento um do outro. quando faço refer~encia à investigação ou produção científica, para que você entenda, refiro-me à Ciencia que você erroneamente chama de ortodoxa, sim. Pare de fazer juízo de foro íntimo de pessoas, isso nubla a visão. Não há em nenhuma das duas questões armadilha mesquinha, mas o que faço é tentar abrir um leque de possibilidades para que você mesmo poss se situar em mais de 120 anos de Espiritismo para oferecer uma resposta que seja consistente, nada mais que isso. PS. Gostaria que minhas perguntas fossem respondidas de forma amais direta. Agradeço a atenção de todos. Domingo, 12 de Junho de 2005
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