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Marcus Valerio XR

Mensagem de

André Maximiano Serpa

sobre o site
CRITICANDO KARDEC

andremserpaig.com.br

Meus comentários estão em CIANO, após o texto.

Caro Marcus e leitores de sua home:

Sinceramente, não entendi a posição do autor do site "Criticando Kardec", o biólogo Júlio César Siqueira Bastos. Suas idéias, em muitas ocasiões, carecem de lucidez e coerência. Ele inicialmente fala sobre a (suposta) falta de metodologia científica do método kardequiano. Mais a frente, na subseção "Criticando o Ceticismo" critica os próprios cientistas ortodoxos e a metodologia científica. Só para exemplificar: " Ou seja, não chega a ser exatamente um exagero dizer que os cientistas não têm a rigor a menor idéia do que diabos a ciência pode ou não provar". Por fim, defende o importante médium Daniel Dunglas Home, que tem a fama de nunca ter fraudado, e o grande cientista William Crookes, que realizou importantes experiências na área de fenômenos físicos (materialização).

Também percebe-se que, boa parte do conteúdo , embora envolto de aparente lucidez e clareza, tem como objeto a crítica descompromissada e, principalmente, a má fé. Vejam o que diz o autor no final de sua dissertação, onde diz encontrar uma contradição e até debocha sobre o que chamou de " símbolo material do Espiritismo". Esclarecendo: "Porás no cabeçalho do livro a cepa que te desenhamos, porque REPRESENTA O TRABALHO DO CRIADOR ... " (Prolegômenos, O Livro Dos Espíritos). Como claramente vemos, a cepa fac-símile desenhada pelos espíritos representa o trabalho de Deus, e não a Doutrina dos Espíritos. Quanto à descrição do licor e do álcool, na questão 196, trata-se de um exemplo que não necessariamente tem relação com a descrição de Prolegômenos. Basta consultar O Livro Dos Espíritos para facilmente se observar que houve má vontade do autor, estabelecendo uma relação obrigatória.

Em outra ocasião, afirma que Kardec era centralizador, o que é uma crítica até razoável e que merece um estudo criterioso (conforme faremos adiante). Agora, dizer que ele era arbitrário e autoritário é falácia irreflexionada de quem faz crítica de maneira leviana.

Aproveitamos então, para nos posicionarmos diante dessa questão, citando o depoimento do próprio mestre lionês:
"A medida que a doutrina cresce, minhas relações se multiplicam, e os deveres de minha posição aumentam, o que me obriga a negligenciar um pouco as minúcias, em favor dos interesses gerais. O tempo e as forças do homem têm limites, e confesso que as minhas, desde algum tempo, freqüentemente me tem faltado, e não possuo ter o repouso que às vezes me seria necessário, porque sou sozinho para fazer tudo."

Junto a esse sincero depoimento, somamos as palavras de J. Herculano Pires em "Notícias sob o Livro" em OBRAS PÓSTUMAS, edição da LAKE, o qual esclarece o motivo dessa solidão:
"A responsabilidade espiritual de Kardec era enorme e ele não podia partilhá-la a não ser com aqueles que traziam à Terra, a missão de ajudá-lo. Muitas vezes quis servir-se de pessoas que julgava aproveitáveis, mas os Espíritos Superiores o advertiam em sentido contrário. Kardec se retraía e os seus companheiros atribuíam essa atitude às suas possíveis ambições de predomínio. O próprio Flammarion, à beira do túmulo, não o acusou de fazer obra um tanto pessoal? Essa acusação se repete de maneira mais violenta e incisiva na nota da Revista (Espírita) ( julho de 1869, três meses após a desencarnação do mestre, que serve de abertura para o texto geral de Obras Póstumas). Longe disso, porém, Kardec procurava colaboradores e sofria por não encontrá-los.
A obra não era pessoal, mas a responsabilidade de sua atualização na Terra tornou-se quase pessoalíssima em virtude de falta de criaturas aptas a compreendê-la. E a maior prova disso está no que fizeram da Revista (Espírita) e da Sociedade (Parisiense de Estudos Espíritas) após sua passagem para a vida espiritual."

Para aqueles que não são afeitos à história do Espiritismo, informamos que ambas (Revista e Sociedade) acabaram após a morte física do Prof. Hyppolite Lion Denizard Rivail *, comprovando que as afirmações do Prof. Herculano condizem com a verdade e têm comprovação nos fatos. Kardec era realmente um homem a frente do seu tempo, e não era tarefa fácil encontrar pessoas que o acompanhassem em sua tarefa, apesar delas existirem e terem gravado seu nome na história do Espiritismo. No futuro, certamente, terão todos gravados os nomes na história da humanidade. Tal explicação também resolve a questão explorada sobre a publicação de "O Evangelho Segundo O Espiritismo".

*Allan Kardec - é o nome pelo qual foi chamado em uma encarnação anterior, a qual viveu como druida. Utilizou esse "pseudônimo" para desvincular a "nova obra" daquelas anteriormente realizadas como professor, separando inclusive os direitos autorais, que no caso dos livros espíritas, foram totalmente voltados para a causa espírita.

Como comentário final sobre essa questão, gostaria de frisar que o fato de em alguns momentos posteriores, o rigor de uma análise coletiva não ter sido tão fortemente observado, pelas razões acima explicadas, não se invalida de forma alguma o cuidadoso critério observado na nascença da Codificação (só para citar como exemplo, os 50 cadernos recebidos por Kardec contendo inúmeras mensagens de diversos espíritos obtidas por vários médiuns). Além disso, não podemos deixar de nos lembrar do constante amparo ao codificador dado pela falange do Espírito de Verdade em todo o processo de materialização da doutrina.

Quanto às "estranhas diferenças ou alterações" na assinatura de uma mensagem de O Livro Dos Médiuns e O Evangelho Segundo O Espiritismo, tenho a dizer que não há um consenso se o "Espírito de Verdade" é um espírto ou grupamento, ou se é ou não Jesus de Nazaré. De qualquer forma, isso não invalida o teor sublime da mensagem, que apresenta importância maior de seu conteúdo que sua assinatura. O importante é que indubitavelmente, sendo ou não do Cristo, a mensagem teria o aval do Divino Mestre, por estar em acordo com o Bem, e portanto, com a Sua vontade e a do Pai Celestial.

Com relação à crítica que diz que a idéia dos espíritos estava pré-concebida, em razão da existência do fenômeno mediúnico desde a Antiguidade, podemos verificar pouca disposição do autor para o questionamento edificante e imparcial (mesmo dizendo-se ele espírita). Ora, não é pelo fato da mediunidade sempre ter existido na humanidade, que se pode dizer que se sabia que era ela (a mediunidade) a causa dos estranhos fenômenos. A força da gravidade sempre existiu, mesmo antes de Isaac Newton te-lá anunciado como uma lei da Física. Será que podemos dizer que Newton estava pré-determinado a provar sua teoria? Claro que não. Foram a observação e a análise atenciosas dos fatos que levaram o cientista a essa conclusão e, permitiram-no posteriormente, formular sua teoria

Para terminar, pois é difícil gastar o tempo com questões onde claramente se vê má intenção, vamos buscar a subseção "Erros Em Algumas Obras Psicografadas Por Chico Xavier e Divaldo Franco" na qual temos a 4a citação de Emmanuel: "(...) em contraposição aos acertos dos negadores, podeis notar que, cientificamente, a Terra é o local no Universo onde a vida mais encontra dificuldade de se estabelecer."(pág. 89 e 90) Comentário (do autor): Se, cientificamente, a Terra é o único lugar onde ATÉ HOJE, podemos encontrar "vida", FICA DIFÍCIL ENTENDER COMO UMA AFIRMAÇÃO DESTA DE EMMANUEL PODE SEQUER SER FEITA."( os grifos são meus).

Páááára tudo!!! Desse jeito não dá! Uma pessoa que se diz espírita perguntar como Emmanuel pode conceber a "vida" em outros locais do Universo é brincadeira de mal gosto. A Pluralidade dos Mundos Habitados é um dos pilares do Espiritismo. Deveria sim, o autor, tentar provar que não existe vida em outros mundos. "Até hoje" não é o mesmo que "para sempre", não é um dado definitivo, tanto é que, milhões de dólares estão sendo empregados atualmente, em pesquisas científicas, para se verificar a existência de vida extra-terrena. Ausência de provas e incoerência científica são coisas bastante distintas.

Estou indo e espero não voltar mais. Pelo menos para comentar esses abusivos atos de má fé. Caso apareça alguma questão de relevante valor para a comprovação ou anulação da Doutrina Espírita, poderei eu, amistosamente, tentar contribuir com meus escassos conhecimentos e pontos de vista.

Desculpem-me este comentário, mas somente uma análise superficial do texto pode fazer com que os leitores demonstrem um grande entusiasmo por essa obra (Criticando Kardec). Posso até estar enganado, mas até que me provem o contrário, o Espiritismo por nada se tem abalado.

Bençãos de alegria e humildade pelas dádivas do Amigo Jesus!
Cordialmente,

André.
Setembro de 2004


Olá Andre.

Finalmente encontro tempo para publicar e comentar esse seu texto. Um dos motivos da demora, além dos que já expliquei largamente, é que tentei entrar em contato com Júlio César Siqueira Bastos, o autor de Criticando Kardec, pois gostaria de comunicá-lo sobre essa mensagem publicada em meu site, já que o dele não tem espaço para participação dos leitores. Infelizmente ele ainda não respondeu minha mensagem. Paciência.

Caro Marcus e leitores de sua home:

Sinceramente, não entendi a posição do autor do site "Criticando Kardec", o biólogo Júlio César Siqueira Bastos. Suas idéias, em muitas ocasiões, carecem de lucidez e coerência. Ele inicialmente fala sobre a (suposta) falta de metodologia científica do método kardequiano. Mais a frente, na subseção "Criticando o Ceticismo" critica os próprios cientistas ortodoxos e a metodologia científica. Só para exemplificar: " Ou seja, não chega a ser exatamente um exagero dizer que os cientistas não têm a rigor a menor idéia do que diabos a ciência pode ou não provar". Por fim, defende o importante médium Daniel Dunglas Home, que tem a fama de nunca ter fraudado, e o grande cientista William Crookes, que realizou importantes experiências na área de fenômenos físicos (materialização).

Bem, deixe-me explicar o que acho da posiçao do site do Júlio. Acho que ele busca o não extremismo, acreditando que a Verdade nunca está num ou outro extremo da realidade, por isso ele não quer ser um crédulo total, aceitando acriticamente tudo o que o Kardecismo propõe, nem quer ser um crédulo reverso, recusando acriticamente tudo o que o mesmo Kardecismo propõe, bem como não aceitando acriticamente tudo o que o método científico propõe.

O fato de haver falhas no método científico Kardecista, o que COM CERTEZA HÁ! Não implica que automaticamente tudo esteja errado. Por isso ele pode acusar os pontos falhos e concordar com os pontos melhor estabelecidos, não tendo problemas em reconhecer personalidades que, segundo ele, respeitaram certos critérios de coerência.

Em Uma Análise simplificada do Erro o autor explica isso com grande maestria. Gostaria inclusive de destacar uma parte: "Mesmo não concordando com muitas das conclusões de Kardec, e de kardecistas posteriores, quanto à interpretação dos fenômenos mediúnicos, vejo muito valor no kardecismo e no espiritismo de uma maneira geral. E a existência de erros, ao invés de me levar a abandonar o estudo desses fenômenos, me leva, paradoxalmente, a ter um maior interesse nesses estudos."

Ele defende uma das mais sensatas posições que já vi, e que está muito em falta na atualidade, que é a valorização do erro como um sinal da tentativa de acerto. Ora, para errar, é fundamental tentar acertar. Quem não erra é só quem nem tenta o Acerto, e dessa forma não vai acertar nunca!

É algo também muito claro no método científico. A Ciência evolui em cima de uns poucos acertos e uma imensa infinidade de erros, pois como dizia Aristóteles, a flecha disparada só possui um único alvo no qual pode acertar, e inúmeros não-alvos onde pode errar. Errando, já aprendemos pelo menos um modo de evitarmos o erro, e nos aproximamos mais do acerto. Dessa forma, o autor se coloca, como ele mesmo diz, numa posição sui generis, meio que na contra mão do esmagador senso-comum que se adapta bem a formas grosseiramente simplistas de ver o mundo, evitando se confrontar com suas próprias crenças.

Quanto ao comentário "...não chega a ser exatamente um exagero dizer que os cientistas não têm a rigor a menor idéia do que diabos a ciência pode ou não provar...". Discordo largamente. É sim um tremendo exagero. Mas deve-se considerar que isso foi dito num contexto bem menos formal, no Debate com o Ronaldo Cordeiro.

É certo que não há certezas sobre a validade Epistemológica das Teorias Científicas, mas creio que há um boa margem de elementos que a Ciência pode sim, relativamente, provar. Creio que essa afirmação do autor não esteja exatamente errada, mas dá muita margem a má interpretação.

Isso tudo denuncia que ele é muito cuidadoso e imparcial com o que examina, sem tomar um lado para si e automaticamente rotular o lado oposto de errado.

Por último, gostaria de reforçar que para uma devida apreciação do site deste autor, não se pode jamais perder de vista o fato de que a crítica em questão se concentra quase especificamente sobre a "Pretensão Científica" do Kardecismo. E não a religião em si. Como ele mesmo insiste em reiterar, a Religião é uma forma válida de ver o mundo, e a existência de erros na doutrina Kardecista não significa que a doutrina não tenha valor.


Também percebe-se que, boa parte do conteúdo , embora envolto de aparente lucidez e clareza, tem como objeto a crítica descompromissada e, principalmente, a má fé. Vejam o que diz o autor no final de sua dissertação, onde diz encontrar uma contradição e até debocha sobre o que chamou de " símbolo material do Espiritismo". Esclarecendo: "Porás no cabeçalho do livro a cepa que te desenhamos, porque REPRESENTA O TRABALHO DO CRIADOR ... " (Prolegômenos, O Livro Dos Espíritos). Como claramente vemos, a cepa fac-símile desenhada pelos espíritos representa o trabalho de Deus, e não a Doutrina dos Espíritos. Quanto à descrição do licor e do álcool, na questão 196, trata-se de um exemplo que não necessariamente tem relação com a descrição de Prolegômenos. Basta consultar O Livro Dos Espíritos para facilmente se observar que houve má vontade do autor, estabelecendo uma relação obrigatória.

Ok. Vamos ver. Lembrando que está passagem está ao final do texto "Erros" em Kardec 1. Vamos reproduzir o trecho em questão.

Mas há de fato muitos erros no espiritismo kardecista, em especial erros científicos...

No Livro dos Espíritos há, logo no início (nos "Prolegômenos"), um desenho curioso que teria sido publicado por "ordem" dos "Espíritos Superiores" como uma metáfora do "Trabalho do Criador". É o desenho de uma videira, ou de uma parte de uma videira, contendo uma "cepa" (caule) com um cacho carregado de "bagos" (uvas). Os "espíritos" assim explicaram o desenho:
"Porás no cabeçalho do livro a cepa que te desenhamos, porque é o emblema do trabalho do Criador. Aí se acham reunidos todos os princípios materiais que melhor podem representar o corpo e o espírito. O corpo é a cepa; o espírito é o licor; a alma ou espírito ligado à matéria é o bago. O homem quintessencia o espírito pelo trabalho e tu sabes que só mediante o trabalho do corpo o Espírito adquire conhecimentos."

De imediato, já notei que o autor usou uma tradução diferente da minha, que é a da Opus Editora - SP. Na minha versão realmente não há o termo "Licor", mas sim "Seiva", como disse o Paulo César, o que tem uma implicação diferente. Nem sequer consta a incomum palavra "Prolegômenos" na minha versão, mas sim seu equivalente "Exposição Preliminar". Sigamos.

Kardec ainda explica essa metáfora mais a fundo na página 132-133 do Livro dos Espíritos, em nota após a resposta dada à pergunta número 196:
"O suco da vide nos oferece um símile material dos diferentes graus da depuração da alma. Ele contém o licor que se chama espírito ou álcool, mas enfraquecido por uma imensidade de matérias estranhas, que lhe alteram a essência. Esta só chega à pureza absoluta depois de múltiplas destilações, em cada uma das quais se despoja de algumas impurezas. O corpo é o alambique em que a alma tem que entrar para se purificar. Às matérias estranhas se assemelha o perispírito, que também se depura, à medida que o Espírito se aproxima da perfeição."

Desta vez, na minha versão, há sim a palavra "Licor" sendo usada para se referir ao Espírito. Concordo com você, não há uma relação necessária entre essa última passagem e a anterior. Apesar de em minha versão haver uma foto de um ramo de Uvas. Talvez, devido a tradução que o Júlio usou, que usa o termo Licor em ambas as ocasiões, e talvez devido a ambas usarem a figura das Uvas, e o assunto ser semelhante, ele tenha feito essa associação precipitada.

Mas mesmo com tudo isso creio que a analogia no segundo caso vai numa direção muito diferente do primeiro caso. Realmente não vejo justificativa em relacionar as duas. Concluo, concordando com você, que foi um equívoco infeliz. A não ser que haja na tradução de referência usada por ele algo que justifique essa confusão.

Daí para a frente, o raciocínio subsequente do autor perde a validade, pois a analogia da depuração do espírito não se refere ao cacho de uvas, mas ao alambique onde o suco é introduzido, da mesma forma que o corpo onde o espírito é introduzido.

Só concordo com ele, porém, que a analogia inicial por si só é um pouco estranha. Comparando o Corpo com o Ramo da Videira, e o Espírito com a "Seiva", pois ambas se desenvolvem conjuntamente no crescimento do vegetal. Mas símbolo é símbolo. Não creio que isso mereça ser considerando como um "erro científico".

Por fim, admitindo que você tem plena razão em sua colocação, só me resta a dúvida se houve de fato má fé. Prefiro pensar que foi um mau entendido.

Mas o ponto positivo disso tudo, é que mesmo pensando ter encontrado um erro, ele tentou ver o lado positivo da situação, mesmo após sua errônea conclusão:

É um símbolo materialista!

Isso sem dúvida dá margem a muitas reflexões. Uma lição que talvez esteja contida nisso seja a de que, na verdade, devemos valorizar todas as opiniões (no caso, mesmo as opiniões materialistas), pois fragmentos da verdade podem se esconder nos locais mais inesperados. Mas talvez mais do que isso, haja também aí uma estranha mensagem: a de que, se não houver espíritos, nada impede que eles sejam... criados! Afinal, é isso o que fazem os fungos com as uvas: criam o licor.


Em outra ocasião, afirma que Kardec era centralizador, o que é uma crítica até razoável e que merece um estudo criterioso (conforme faremos adiante). Agora, dizer que ele era arbitrário e autoritário é falácia irreflexionada de quem faz crítica de maneira leviana.

Não é uma Falácia. Ele não está tentando empurrar um argumento com base nessa acusação. Mas vejamos.

Aproveitamos então, para nos posicionarmos diante dessa questão, citando o depoimento do próprio mestre lionês:
"A medida que a doutrina cresce, minhas relações se multiplicam, e os deveres de minha posição aumentam, o que me obriga a negligenciar um pouco as minúcias, em favor dos interesses gerais. O tempo e as forças do homem têm limites, e confesso que as minhas, desde algum tempo, freqüentemente me tem faltado, e não possuo ter o repouso que às vezes me seria necessário, porque sou sozinho para fazer tudo."

Junto a esse sincero depoimento, somamos as palavras de J. Herculano Pires em "Notícias sob o Livro" em OBRAS PÓSTUMAS, edição da LAKE, o qual esclarece o motivo dessa solidão:
"A responsabilidade espiritual de Kardec era enorme e ele não podia partilhá-la a não ser com aqueles que traziam à Terra, a missão de ajudá-lo. Muitas vezes quis servir-se de pessoas que julgava aproveitáveis, mas os Espíritos Superiores o advertiam em sentido contrário. Kardec se retraía e os seus companheiros atribuíam essa atitude às suas possíveis ambições de predomínio. O próprio Flammarion, à beira do túmulo, não o acusou de fazer obra um tanto pessoal? Essa acusação se repete de maneira mais violenta e incisiva na nota da Revista (Espírita) ( julho de 1869, três meses após a desencarnação do mestre, que serve de abertura para o texto geral de Obras Póstumas). Longe disso, porém, Kardec procurava colaboradores e sofria por não encontrá-los.
A obra não era pessoal, mas a responsabilidade de sua atualização na Terra tornou-se quase pessoalíssima em virtude de falta de criaturas aptas a compreendê-la. E a maior prova disso está no que fizeram da Revista (Espírita) e da Sociedade (Parisiense de Estudos Espíritas) após sua passagem para a vida espiritual."

Para aqueles que não são afeitos à história do Espiritismo, informamos que ambas (Revista e Sociedade) acabaram após a morte física do Prof. Hyppolite Lion Denizard Rivail *, comprovando que as afirmações do Prof. Herculano condizem com a verdade e têm comprovação nos fatos. Kardec era realmente um homem a frente do seu tempo, e não era tarefa fácil encontrar pessoas que o acompanhassem em sua tarefa, apesar delas existirem e terem gravado seu nome na história do Espiritismo. No futuro, certamente, terão todos gravados os nomes na história da humanidade. Tal explicação também resolve a questão explorada sobre a publicação de "O Evangelho Segundo O Espiritismo".

*Allan Kardec - é o nome pelo qual foi chamado em uma encarnação anterior, a qual viveu como druida. Utilizou esse "pseudônimo" para desvincular a "nova obra" daquelas anteriormente realizadas como professor, separando inclusive os direitos autorais, que no caso dos livros espíritas, foram totalmente voltados para a causa espírita.

Como comentário final sobre essa questão, gostaria de frisar que o fato de em alguns momentos posteriores, o rigor de uma análise coletiva não ter sido tão fortemente observado, pelas razões acima explicadas, não se invalida de forma alguma o cuidadoso critério observado na nascença da Codificação (só para citar como exemplo, os 50 cadernos recebidos por Kardec contendo inúmeras mensagens de diversos espíritos obtidas por vários médiuns). Além disso, não podemos deixar de nos lembrar do constante amparo ao codificador dado pela falange do Espírito de Verdade em todo o processo de materialização da doutrina.

Tudo Bem. Mas não vi em que os seus comentários conflitam com os dele. Ele fez uma série de observações positivas e negativas sobre Kardec e a codificação da doutrina, que considero muito bem colocadas. Sinceramente, não tenho conhecimento suficiente para submeter essas colocações a uma análise relevante. Seria necessário investigações sobre esse momento histórico. Nesse ponto, você deve estar bem melhor preparado do que eu. Só não posso concordar que as críticas feitas à pessoa de Kardec, acompanhadas de vários elogios e exaltações, possam ser consideradas irreflexionadas, e muito menos falaciosas. Acho que foram bastante moderadas.

Quanto às "estranhas diferenças ou alterações" na assinatura de uma mensagem de O Livro Dos Médiuns e O Evangelho Segundo O Espiritismo, tenho a dizer que não há um consenso se o "Espírito de Verdade" é um espírto ou grupamento, ou se é ou não Jesus de Nazaré. De qualquer forma, isso não invalida o teor sublime da mensagem, que apresenta importância maior de seu conteúdo que sua assinatura. O importante é que indubitavelmente, sendo ou não do Cristo, a mensagem teria o aval do Divino Mestre, por estar em acordo com o Bem, e portanto, com a Sua vontade e a do Pai Celestial.

Ok. Lhe dou razão novamente.

Com relação à crítica que diz que a idéia dos espíritos estava pré-concebida, em razão da existência do fenômeno mediúnico desde a Antiguidade, podemos verificar pouca disposição do autor para o questionamento edificante e imparcial (mesmo dizendo-se ele espírita). Ora, não é pelo fato da mediunidade sempre ter existido na humanidade, que se pode dizer que se sabia que era ela (a mediunidade) a causa dos estranhos fenômenos. A força da gravidade sempre existiu, mesmo antes de Isaac Newton te-lá anunciado como uma lei da Física. Será que podemos dizer que Newton estava pré-determinado a provar sua teoria? Claro que não. Foram a observação e a análise atenciosas dos fatos que levaram o cientista a essa conclusão e, permitiram-no posteriormente, formular sua teoria

Acho que você cometeu agora uma má comparação. A Idéia de "Gravidade" com certeza foi muito mais Inédita (apesar de Aristóteles ter sugerido um força que puxava tudo para o centro do planeta, que ele sabia ser esferóide), do que e Ídeia de Espíritos, que sempre foi amplamente usada e abusada em TODAS as culturas do mundo em TODOS os tempos.

Fato é que a idéia de comunicação com espíritos está não só nos mais antigos livros da Bíblia (Levítico 19:31 por exemplo), quanto no mais extremo Oriente, como também a associação quase automática que a humanidade sempre fez de que qualquer fenômeno estranho seja causado por espíritos, demônios, fantasmas etc.

Nesse caso é inevitável concluir que a idéia básica de Mediuidade é quase tão antiga quando a própria humanidade. Sempre houveram feiticeiros especializados em se comunicar com o mundo espiritual, qualquer tribo isolada tem um.

Kardec nem sequer aproveitou para introduzir um termo melhor para a idéias de "Espírito" e "Alma", impregnadas de confusão e multi significâncias históricas, da forma como fez ao introduzir o termo "Médium", que ajudou muito a conceituar melhor a doutrina.

Portanto, as idéias fundamentais do Kardecismo, a de Deus, de um Mundo Espiritual, de Comunicação com os Mortos, Reencarnção, Karma e etc. Não tem nada de novo! Estava tudo não só pré-concebido, como na verdade em grande parte Plenamente Concebido.

A grande novidade de Kardec foi a aplicação de um rigoroso método de investigação e a estruturação dos conceitos com alto rigor filosófico.

Para terminar, pois é difícil gastar o tempo com questões onde claramente se vê má intenção, vamos buscar a subseção "Erros Em Algumas Obras Psicografadas Por Chico Xavier e Divaldo Franco" na qual temos a 4a citação de Emmanuel: "(...) em contraposição aos acertos dos negadores, podeis notar que, cientificamente, a Terra é o local no Universo onde a vida mais encontra dificuldade de se estabelecer."(pág. 89 e 90) Comentário (do autor): Se, cientificamente, a Terra é o único lugar onde ATÉ HOJE, podemos encontrar "vida", FICA DIFÍCIL ENTENDER COMO UMA AFIRMAÇÃO DESTA DE EMMANUEL PODE SEQUER SER FEITA."( os grifos são meus).

Páááára tudo!!! Desse jeito não dá! Uma pessoa que se diz espírita perguntar como Emmanuel pode conceber a "vida" em outros locais do Universo é brincadeira de mal gosto. A Pluralidade dos Mundos Habitados é um dos pilares do Espiritismo. Deveria sim, o autor, tentar provar que não existe vida em outros mundos. "Até hoje" não é o mesmo que "para sempre", não é um dado definitivo, tanto é que, milhões de dólares estão sendo empregados atualmente, em pesquisas científicas, para se verificar a existência de vida extra-terrena. Ausência de provas e incoerência científica são coisas bastante distintas.

Agora... Meu caro André... Peço mil perdões. Mas considero esses seus comentários simplesmente desastrosos.

De certo que o comentário citado do autor é um tanto irrelevante, mas isso nada é comparadao a afirmar:

Deveria sim, o autor, tentar provar que não existe vida em outros mundos.

Como?! Você está desviando o ônus da prova ao recipiente?!

Como seria possível provar que não existe vida em outros mundos?! Com certeza pode-se provar que há! Basta achar num único. Mas nem que mapeássemos COMPLETAMENTE TODO OS PLANETAS DO UNIVERSO seria possível estabelecer uma certeza da não existência de vida!

NÃO EXISTEM PROVAS DE NÃO EXISTÊNCIA! Isso não faz o menor sentido. O Ônus da Prova cabe ao proponente. Se eu lhe digo que há Vida no interior do Sol, sou eu que tenho que demonstrar isso, e não exigir que você me prove o contrário.

E de onde você tirou a idéia de que o autor equivaleu "Até Hoje" com "Para Sempre"?!

Para piorar, você parece não ter prestado atenção na palavra chave que desencadeou a crítica, que foi a expressão "cientificamente" usada por Emmanuel. Foi exatamente em cima desse "cientificamente" que o Júlio fez a crítica, porque "cientificamente" nós nunca detectamos vida em outros mundos, como então "podemos notar que a Terra é o local do Universo onde a vida mais encontra dificuldade de se estabelecer"?! Não conhecemos nenhum outro planeta para comparação!

É claro que podemos conceber estruturas conceituais onde faça pleno sentido que isso seja verdade, bem como podemos conceber o exato oposto. Emmanuel porém mal explicou quais os critérios em questão.

Estou indo e espero não voltar mais. Pelo menos para comentar esses abusivos atos de má fé. Caso apareça alguma questão de relevante valor para a comprovação ou anulação da Doutrina Espírita, poderei eu, amistosamente, tentar contribuir com meus escassos conhecimentos e pontos de vista.

Desculpem-me este comentário, mas somente uma análise superficial do texto pode fazer com que os leitores demonstrem um grande entusiasmo por essa obra (Criticando Kardec). Posso até estar enganado, mas até que me provem o contrário, o Espiritismo por nada se tem abalado.

Bençãos de alegria e humildade pelas dádivas do Amigo Jesus!
Cordialmente,

André.

Muito bem André. Agradeço muito seus comentários e sua iniciativa em debater o Criticando Kardec, você fez colocações muito boas e tem razão em grande parte.

No entando devo frisar que você de fato não entendeu a posição do autor, que é a da crítica a invocação do Kardecismo em ser Ciência, o que seguramente não é. É sem dúvida uma Religião, e eu o considero como uma Filosofia, embora talvez isso seja mais discutível, mas com certeza não pode ser Ciência.

Na verdade o Júlio até complica sua crítica mais do que o necessário. Os principais fatores que me levam a desconsiderar o Kardecismo como Ciência são:

1 - A total falta de metodologia científica da maioria esmagadora dos Kardecistas, em especial daqueles que estão em posição de maior responsabilidade. Em geral quase ninguém tem noção de como é uma Atividade Científica, e a posição predominante é de ampla credulidade. Essas são características que não se vê em nenhuma área tida como realmente científica.

2 - O fato do Kardecismo ter se proclamado Ciência com base na concepção científica do Século XIX, e que não é mais o modo como vemos Ciência Hoje. A Ciência evoluiu e uma série severa de experimentos relativos a mediunidade e paranormalidade foram amplamente realizados, sobretudo nas décadas de 60 e 70 em vários países. Jamais nenhuma das alegações foi tida como suficientemente demonstrada, alegações essas que são vitais ao Kardecismo, e podem ser muito bem explicadas do ponto de vista materialista, pela Psicanálise, Psicologia Cognitiva e Neurologia.

3 - Temos uma divisão um tanto acidentada entre "Ciências Naturais" e "Ciências Humanas", sem contar a Matemática Pura e a Lógica que são as únicas "'Ciências' Exatas". Evidentemente o Kardecismo não pode ser Ciência Natural, como a Química, Física, Astronomia, Biologia e etc, porque nessas é abundante o uso de Matemática, que é totalmente ausente no Kardecismo. Pessoalmente já discordo do termo "Ciências Humanas" por considerá-las mais próximas à Filosofia do que a Ciência, mas mesmo considerando-as, o Kardecismo é abissalmente diferente destas, pois insistentemente faz afirmações de ordem Natural, ou diríamos "Sobrenatural", no entanto sem nenhum uso de Matemática e nem mesmo de uma estrutura Teórica organizada. Poderia até ser um tipo de Ciência, porem de uma dimensão única e incomparável, para o qual nos faltaria um critério de comparação.

O autor do site preferiu partir para a crítica direta de concepções científicas no Kardecismo, várias das quais sem dúvida são falhas. Que Kardec tenha errado é mais que compreensível, mas notamos erros também nas afirmações do que seriam "Espíritos Superiores". Isso entretando não é um problema terminal porque ninguém disse que esses espíritos tenham que ser perfeitos, e como a própria doutrina coloca, não só o mundo natural a sociedade e os espíritos evoluem, mas também o mundo espiritual.

De fato é perfeitamente plausível admitir que exista um Mundo Espiritual que está sempre um passo a frente do Mundo Físico sobre o conhecimento deste próprio mundo físico, que este Mundo Espiritual tenha de fato uma "Ciência" que evolua como a nossa, e sendo assim, esteja sujeita a erros que a conduzem ao aperfeiçoamento. No entanto, se assim for, creio ser extremamente inapropriado referir-se a esse "Conhecimento Transcendente" do Mundo Espiritual como sendo cientificamente estabelecido segundo os parâmetros das nossas ciências terrestres.

E é exatamente aí que entra a posição do Júlio, que á a mesmíssima minha. O Kardecismo pode estar certo, pode ter de fato um conhecimento superior, mas as alegações de seus defensores cientificistas é de que ele é uma Ciência comparável a qualquer uma daquelas que nenhum de nós nega ser Ciência. E isso, ninguém que realmente tenha estudado algo sobre Filosofia da Ciência, o que o Júlio fez com amplitude, pode concordar.


Se me permite meu caro André, agora devo entrar no mérito mais direto e passar a estar mais francamente CRITICANDO 'Criticando 'Criticando Kardec".

As críticas de Júlio Cesar Siqueira Barros são predominantemente de ordem Científica e Filosófica, ele conduziu seu trabalho com um certo rigor ao menos parcialmente acadêmico. Num contexto acadêmico, qualquer Cientista ou Filósofo que se proponha a rebater as críticas de Júlio irá fazê-lo por um método dialético. Ou seja, irá localizar, selecionar e refutar metodicamente suas afirmações, contraponto pontos de vista oposto, tentando detectar falhas na argumentação e verificando a ocorrência de erros na coleta de dados e construção intelectual do autor.

Todos podem ter direito um teor poético e emotivo em suas colocações, mas o que não se pode de modo algum, num contexto Dialético, é haver fervor religioso.

E devo esclarecer, meu amigo, que você apresentou um nítido fervor religioso em seu discurso, que soou deveras apologético e, devo acrescentar, com muitos pontos de semelhança às apologias de Criacionistas e Fundamentalistas Cristãos em geral, às quais já estou consideravelmente acostumado.

Para demonstrar isso, recorrerei aos seguintes indícios.

1 - Há em seu texto um amplo uso de juízos de valor subjetivos expressos mediante principalmente o emprego de adjetivos depreciativos, coisa que não há no site Criticando Kardec. Vão desde "...percebe-se que, boa parte do conteúdo , embora envolto de aparente lucidez e clareza, tem como objeto a crítica descompromissada e, principalmente, a má fé." até "...é falácia irreflexionada de quem faz crítica de maneira leviana...", "...questões onde claramente se vê má intenção..." e "...brincadeira de mau gosto...". São ataques que, com toda sinceridade, me sugerem demonstrar uma fúria que o autor simplesmente não merece. Em parte delas os comentários realmente relevantes, que ainda assim não sei se justificariam essas colocações, foram falhos e precipitados.

2 - Totalmente diferente da posição do autor, você demonstrou uma postura intolerante, não reconheceu nenhum dos méritos dele, expôs somente o que considerou ruim e deu a isto uma dimensão que faria um leitor kardecista desinformado pensar que Criticando Kardec se trata de um site absolutamente desprezível e árduo inimigo da doutrina. Você foi implacável em suas críticas, não tentou em momento algum ver a questão por um prisma menos pessimista, e o pior, desprezou totalmente todo o imenso trabalho de pesquisa e todo o sólido embasamento que o Júlio tem tanto sobre o Kardecismo e muito mais sobre Filosofia da Ciência e Metodologia Cientíca. Teria você reparado que Júlio foi um árduo defensor do Kardecismo perante céticos materialistas em vários debates e ocasiões? Isso não tem nenhum valor para você?

3 - Que explica o item anterior, você assumiu uma postura imcompatível com o próprio Kardecismo, onde não há lugar para Fundamentalismo extremados. As obras de Kardec não são assumidas como inerrantes e infalíveis, não são, como o pensam os apologetas bíblicos, "A Palavra de Deus". No entanto, foi exatamente assim que você as defendeu. Você não está disposto a abrir mão da posição de que Kardec é perfeito! E um dos sintomas mais claros disto foram suas últimas palavras: "Estou indo e espero não voltar mais. Pelo menos para comentar esses abusivos atos de má fé. Caso apareça alguma questão de relevante valor para a comprovação ou anulação da Doutrina Espírita, poderei eu, amistosamente, tentar contribuir com meus escassos conhecimentos e pontos de vista.". Mas espere aí! Onde foi que você viu no site do Júlio, ou no meu, qualquer declaração que levasse a crer que alguém tenha a intenção de "ANULAR" a doutrina Espírita?! Ou tão pouco "COMPROVÁ-LA"?! O autor do site esclarece explicitamente em inúmeras ocasiões que não é objetivo dele derrubar o Kardecismo, mas sim criticá-lo, e penso eu, com o objetivo óbvio de aperfeiçoá-lo. Pela minha experiência sua postura foi a mesma de um Apologeta Bíblico que não pode admitir nenhuma fração de imperfeição, por mínima que seja, do texto bíblico, fazendo concessões somente para eventuais problemas de cópia e tradução. Como se bastasse um único erro na doutrina de Kardec para jogar todo o Kardecismo no lixo. Me admira muito que num site de dimensões colossais como o do Júlio, a não ser que você não o tenha lido todo, você foi catar justamente os pequenos defeitos que achou aplificando-os para amplitudes que parecem tomar todo o site. É exatamente assim que agem os fundamentalistas cristãos, você pode fazer 500 páginas de elogios rasgados à Bíblia, mas se escrever uma única linha de dúvida ainda que moderada, eles desprezam sua obra inteira!

A despeito de seus últimos parágrafos: "Desculpem-me este comentário, mas somente uma análise superficial do texto pode fazer com que os leitores demonstrem um grande entusiasmo por essa obra (Criticando Kardec). Posso até estar enganado, mas até que me provem o contrário, o Espiritismo por nada se tem abalado.
Bençãos de alegria e humildade pelas dádivas do Amigo Jesus!"

Não foi intenção de ninguém abalar o Espiritismo. Você não foi em suas críticas nem humilde nem amistoso, e ainda me acusou de ter feito uma leitura superficial do site.

Por fim, espero que me perdoe a franqueza, não estou reclamando de sua opinião de que o autor foi falho em suas críticas, como eu já disse você está certos em várias colocações, e não há dúvidas que há erros nos textos do Júlio, mas me impressiona o modo como você o atacou.

Aconselho-o ao refletir sobre as palavras de ANDRE LUIZ, que em "SINAL VERDE", escreveu:

"Quando se sinta no dever de reclamar, não faça de seu verbo instrumento de agressão."

Sincera, mas Amigavelmente

Marcus Valerio XR

7 de Novembro de 2004

Primeira Mensagem
Kardecismo e
Filosofia EXERIANA


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Resposta de
Júlio César Siqueira Barros

Tréplica da André Maximiano Serpa