DreamBook Marcus Valerio XR Segunda Resposta à Mensagem 404 de Wagner Medina
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"As mesas girantes são um fato gritante e altamente incomodativo aos detratores..."
Ratifico todos os comentários feitos por mim. Somente chamo a atenção pra os termos: “em geral”, “muitos”, “muita vez”. Penso que esses termos removem qualquer parcela de radicalismo, embora, indubitavelmente, eu esteja fazendo um desabafo. É curioso a classificação que é feita de sua parte àqueles que podem não ter o interesse despertado para as mesas girantes ou que não encontraram no possível fenômeno a consistência de "inquestionável certeza", citada por você, que parece apoiar-se muito mais na fé do que na experiência pessoal do próprio possível fato. Em primeiro lugar, é você que está afirmando essa “inquestionável certeza”. Essas palavras não são minhas! Reli meu texto e elas não estão lá. Você e o Marcus se equivocam ao apresentar colocações que não são minhas.
Recordando: Como você pode verificar, o Marcus respondeu dizendo serem ausentes ou insignificantes os estudos a esse respeito: Tem certeza de que isso era objeto de investigação da ciência do século XIX? Posso estar enganado, mas estudando obras científicas da época jamais ouvi sequer tocar superficialmente no assunto. No século XIX investigava-se a Luz, o suposto Éter, a Evolução Biológica, a formação da Terra, e eletricidade e o corpo humano, bem como quase tudo o que continua se investigando hoje, e para os quais não há casos onde não tenha havido considerável progresso de conhecimento. Não há nenhum exemplo de algum objeto de estudo que se tenha dado por encerrado, portanto tudo o que era investigado na época, ainda o é hoje, num nível bem mais avançado. "Mesas girantes" não me parece nem de longe um exemplo. Cientista algum, ou Universidade, ou Laboratório, os investiga hoje em dia, embora possa ter havido alguns estudos nas décadas de 60/70 do século passado, bem como, talvez, no século XIX, mas mesmo assim não de forma significativa. Esse tem sido um campo de investigação dos parapsicólogos, que até hoje lutam para conquistarem reconhecimento como cientistas Mas talvez o problema maior desta sua resposta seja a última frase. Não se consegue apenas a sua negação, se consegue também a sua absoluta não reprodução. Nenhuma tentativa de reproduzir o fenômeno sobrevive ao escrutínio científico e questionamento cético, os adeptos desta prática, bem como o de quase todas as outras práticas paranormais, continuam sendo extremamente hábeis em evitar a análise crítica. Foi então que respondi: Foi investigado pelos mais diversos profissionais com as mais variadas formações, inclusive por acadêmicos. Se não houve uma investigação, como a seu ver, mais profunda, isso se deve apenas ao preconceito e a falta de imparcialidade de muitos ditos “céticos” da época que, por vezes, negaram completamente o fato antes mesmo de analisá-lo. Alguns se posicionaram e apresentaram infundadas, incompletas e até ridículas explicações para o fenômeno (como o Dr. Jobert, de Lamballe que discursou na Academia de Medicina sua Teoria do Músculo Estalante _ que dizia que as batidas , ou “raps”, eram fruto da contração involuntária ou voluntária do músculo perônio). Agora se você disser que esse acontecido, não ocorreu dentro de um laboratório blindado com isolamento térmico, acústico, etc...é um direito que te reserva. Embora você tenha esse direito de contestação por não se enquadrarem nos conformes requeridos por ti, por outros céticos e pseudocéticos, isso em nada muda a inquestionável certeza de que eles aconteceram e não foram resolvidos pela ciência ortodoxa, ao contrário do Espiritismo. É isso que a “ciência” fez naquela época, como muitos fazem ainda hoje: ridiculariza e nega os fatos, ou só os diz aceitar caso preencham requisitos incompatíveis com a natureza do próprio fenômeno.
Vejam os fatos: Resumindo: penso que a maioria dos cientistas nem sequer investigou o fenômeno muito pelo preconceito ligado ao tema. Isso está em acordo com a mentalidade positivista reinante na época. As pessoas, em geral, estavam mais preocupadas com os mecanismos do progresso e os meios para realizá-lo e justificá-lo. Era uma época em que a “religião” foi deixada de lado, pois se tratava de um entrave aos anseios burgueses. Porém, alguns, como o Sr. Joubert, não cabendo-se em sua vaidade e narcisismo, apresentaram teorias superficiais e simplórias para explicar um fenômeno que se apresentava mais evidente e complexo que seus desejos ou aparências. Para saber mais ver O Livro Dos Médiuns, Cap III Sistemas. Poderia me indicar algum trabalho de comprovação inquestionável de algum estudioso de intenções sérias que não fosse espírita ? O que você quer dizer com comprovação inquestionável? Por que ele não pode ser espírita? Será porque aqueles que os investigaram sem preconceitos e com isenção, acabaram por aderindo a essa corrente? Consulte o texto abaixo e encontrará um bom pensamento a respeito dessa “comprovação inquestionável”: Link do Vitor Moura dentro de Criticando Kardec (dentro de xr.pro.br). É este, André, "o ponto nevrálgico de nosso debate" a falta de produção científica por parte do Espiritismo Ortodoxo e isso não se produz com lamurias sentimentalistas e chorosas rogando o apoio do ceticismo para dar um veredito final. Em nenhum momento, afirmei que a questão das mesas girantes era uma questão absolutamente resolvida. Particularmente, penso que existem outros fenômenos muito mais evidentes que estes. Apenas respondi ao seu questionamento nº1. As mesas girantes foram um fato do séc. XIX amplamente noticiado pela imprensa, analisado por uns e negligenciado por outros cientistas, o qual a ciência ortodoxa não esclareceu (de forma ortodoxa). Agora, o fato deles não terem tido uma “comprovação inquestionável”, estão nos motivos objetivamente expostos anteriormente. E para não prolongar mais esta mensagem achei muito oportuno o seu exemplo sobre o estudo do sol, pos aqueles que se propuseram a estuda-lo forma além daquilo o que você cita como exemplo de estudo para a constatação. Com certeza não são os que se aprofundam no estudo com os recursos apresentados por você que "esperneiam, choram ou gritam", pois para justificar algo de natureza científica basta o produto comprobatório do próprio estudo, da própria pesquisa. E para não prolongar muito os meus dizeres, digo que para que a chamada “ciência verdadeira” possa comprovar os fatos espíritas é primeiro, necessário que ela se disponha a pesquisá-los, ou que possibilite que aqueles que se interessam pelo assunto assim o façam. É preciso, primeiramente, aceitar a cientificidade do tema, coisa pela qual, estou argumentando desde o ano passado nesta homepage. Esta abertura nunca existiu ao longo da história, que sempre tratou o tema espírito somente como alçada das religiões. Somente em tempos mais recentes, tem-se havido uma tímida abertura e incentivo a estas pesquisas. Isso meu caro, é fato inegável. Obviamente, não estou incluindo aqui os experimentos secretos financiados pelos governos e forças armadas (como na URSS e EUA), cujos resultados não foram divulgados por motivos políticos, econômicos e religiosos. É, sem sobra de dúvida, uma tarefa das mais difíceis. Tem que haver uma mudança de mentalidade da sociedade em geral, que considera o tema totalmente antagônico e dissociável aos mecanismos científicos. Nessa transformação, é enorme a contribuição de Kardec no sentido de quebrar o caráter sobrenatural desses fenômenos. Tudo está na Natureza. O sobrenatural não existe! (* talvez apenas Deus seja a exceção). Sendo assim, devemos encontra-los dentro da própria Natureza. Senão o encontramos ainda, talvez seja porque não utilizamos os instrumentos adequados! É exatamente isso que eu venho demostrando nos inúmeros textos. Mas entendo a dificuldade. Até mesmo os espíritas não entendem completamente essa idéia. Muitos têm o Espiritismo apenas como religião. Estes acham que as reuniões devem ser única e exclusivamente para auxílio aos desencarnados e aprendizado moral com os dos espíritos manifestantes. Não que isso não seja importante. É um trabalho lindo do qual participo, mas por que não fazermos reuniões experimentais? Essas foram amplamente realizadas no século XIX. Não concordo com aquela alegação básica de que o “tempo dos fenômenos físicos” já passou. A transformação moral (reforma íntima) é sim o objetivo primordial e final da doutrina, mas isso não impede a execução de outras contribuições como essa aqui tratada. Entenda, meu caro Wagner, que em geral, nem mesmo os espíritas valorizam esse tipo de pesquisa e trabalho, porque muitos se satisfazem e se sentem felizes apenas pela fé. Não estou aqui para julgar ou traçar regras de conduta para a vida de ninguém, mas não existe Espiritismo sem indagação filosófica e busca científica. Pode-se ter alguma outra coisa muito boa, mas não Espiritismo conforme Allan Kardec. Desculpe-me o tom de desabafo (lavagem de roupa suja a portas abertas!), mas substituir a missa pela reunião pública e a eucaristia pelo passe, não é fazer Espiritismo. Quanto a você afirmar "com todas as letras que nenhum cientista é capaz de provar que o espírito não existe" essa questão já foi proposta por você e respondida pelo Marcus. Não vamos dar aqui um giro de 360 graus, não é mesmo ? Eu posso fazer a mesma afirmação sobre dragões expelindo fogo pela boca, unicórnios, pulgas amestradas e seguir com uma infinidade de itens "que nenhum cientista é capaz de provar que não existe". Vamos sim. Discordo totalmente.Você pode afirmar o que quiseres sobre dragões, unicórnios, etc, mas estará sujeito a cair no ridículo senão mostrares provas, ou se preferir, evidências desses fatos. Essa é uma das maiores falácias dos pseudocéticos. Já pedi ao Marcus em minha última mensagem e agora peço a você que dê uma lida no link do Victor de Moura, dentro de “Criticando Kardec”, em “fenômenos paranormais” item 4, de Winston Wu ( parece que o autor atualizou os tópicos, modificando-os, mas os textos continuam lá). Na verdade vale a pena lê-lo na íntegra. O autor derruba muitas aparentes “verdades” e argumentos utilizados pelos céticos (e pseudocéticos) contra a existência do espírito (Navalha de Occam, “afirmações extraordinárias requerem explicações extraordinárias”, erro-fraude-alucinações, desprezo a evidências anedóticas, “inexplicado não significa inexplicável”, etc...). Para terminar, peço sua licença para tratar uma questão com o Marcus relacionado ao mesmo tema, o qual podes livremente opinar e até esclarescer:
2- Que investigação científica teve esplicação adotando o mundo dos espíritos como causa ? Caro Marcus, tem horas que você subestima a inteligência dos outros. Se a pergunta tivesse sido feita no contexto citado por você (eu prefiro acreditar que não foi!), ela não seria mais que uma armadilha mesquinha, pois se alguma investigação científica (ortodoxa) tivesse adotado o mundo dos espíritos como causa para a resolução de algum fato, nós não estaríamos discutindo a cientificidade da ciência espírita (ou do espírito, se preferir). É evidente que isso não se deu (ainda)! O que eu quis dizer é que o fenômeno das mesas girantes não teve uma resolução dentro dos compêndios da ciência clássica (ortodoxa, comum...). Se alguém a tiver, me mostrem, por favor!!! (uma explicação materialista plausível e coerente com os fatos). Esses fatos só possuem uma explicação coerente, lógica e não contraditória quando vistos pela ótica da ciência espírita, por mais que essa, nesse particular, ainda necessite de aprofundamentos. Apenas ratificando: em nenhum momento eu falei em CERTEZA INQUESTIONÁVEL. Não coloque palavras na minha boca. O que eu fiz foi apresentar o meu parecer, comum a muitas outras pessoas, apoiando as idéias em fatos e relatos. É difícil não notar o intenso ranço que você tem dos praticantes das Ciências Naturais, "Ortodoxas". Também não é difícil notar sua falta de conhecimento no assunto. Cientistas não tem "Fé". Eles seguramente tem crenças, mas Fé, que podemos entender como certeza sem evidências, é algo bem diferente. Eles tem crenças pelos simples fato de que é impossível não tê-las, e também não as combatem, bem como a Ciência jamais poderia ser Inquestionável, basta você examinar umr periódico, paper, ou ou qualquer outro tido de publicação científica, que você verá questionamentos o tempo todo. Muito menos ela seria Perfeita. Inquestionável é a sua Fé na veracidade do fenômeno das mesas girantes. MARCUS Mais uma vez, temos aqui, uma questão de interpretação. E a meu ver, vocês estão querendo distorcer as minhas palavras. Vocês me “acusam” de uma série de coisas e querem que eu responda de uma forma absolutamente fria e imparcial. Desculpem-me, mas estou muito longe da perfeição. Mas, de forma nenhuma, isso invalida as minhas colocações. A propósito, você Marcus, tem insistido num conflito Dualismo e Monismo que não existe dentro do Espiritismo (eu já comentei em mensagem anterior). Os Espíritos afirmam claramente que o Universo é formado basicamente por 3 elementos: Deus, principio inteligente (que no nosso estágio evolutivo recebe o nome de espírito) e o fluido cósmico (cujas infinitas variações, combinações e arranjos formam toda a matéria ponderável e imponderável do Universo). Também afirmam que mesmo o espírito é “alguma coisa”, não passível de comparação pra nós, por isso, didaticamente, é dito imaterial. Mas evidente que é alguma coisa, senão seria o nada. E o nada não existe. Também relataram os Espíritos por intermédio de Allan Kardec (ver O Livro Dos Médiuns) que, o perispírito é a chave que desvenda os fenômenos mediúnicos. Ainda assim, alguns querem dizer que o perispírito é desprezível, e depois apontam para a impossibilidade de contato entre o físico e o espiritual (Dualismo). Vamos estudar mais as obras básicas antes de apontar erros na Doutrina. O Espiritismo, dentro do entendimento da codificação, é claramente Monista. Os termos, separações e classificações são claramente com intuito didático e impossibilidade de comparação com algo que “não se conhece” (plano espiritual). Excetuando Deus e os princípios inteligentes tudo são variações de um mesmo elemento: o fluido cósmico (ou universal). Portanto corpo físico e perispírito possuem, em última instância, a mesma natureza, sendo, portanto, compatíveis e mutuamente influenciáveis. Assim, o espírito, que por sua vez, apresenta íntima ligação com o perispírito, por ter maior semelhança com este (ambos são formados de “substâncias” mais sutilizadas), pode dentro de algumas circunstâncias, ser percebido na dimensão física. Vejamos o relato de um espírito a esse respeito: “_O que chamam perispírito é o mesmo que outros chamam envoltório fluídico. Eu diria, para me fazer compreender de maneira mais lógica, que esse flúido é a perfectibilidade dos sentidos, a extensão da vista e do pensamento. Me refiro aos Espíritos elevados. Quanto aos Espíritos inferiores, estão ainda completamente impregnados de fluidos terrenos; portanto, são materiais, como podeis compreender. Por isso sofrem fome, frio,etc., sofrimentos que não podem atingir os Espíritos superiores, visto que os fluidos terrenos já foram depurados no seu pensamento, quer dizer, na sua alma. Para progredir, a alma necessita sempre de um instrumento, sem o qual ela não seria nada para vós, ou melhor, não poderíeis conceber. O perispírito para nós, Espíritos errantes, é o instrumento pelo qual nos comunicamos convosco, seja indiretamente, por meio do vosso corpo ou do vosso perispírito, seja diretamente com a vossa alma. Vem daí, a infinita variedade de médiuns e comunicações. Resta agora o problema científico, referente à própria essência do perispírito, que é outro assunto. Compreendei primeiro a sua possibilidade lógica. Resta, a seguir, a discussão da natureza dos fluidos, que é por enquanto inexplicável, pois a Ciência não consegue o suficiente a respeito, mas chegará a conhece-lo se quiser avançar com o Espiritismo. O perispírito pode variar de aparência, modificar-se ao infinito; a alma é a inteligência, não muda sua natureza. Neste assunto não podeis avançar, pois é uma questão que não pode ser explicada. Julgais que também não investigo como vós? Vós pesquisais o perispírito, e nós atualmente pesquisamos a alma. Esperai, pois.” LAMENNAIS em O Livro dos Médiuns, 1861. Por fim, talvez você esteja certo sobre os parapsicólogos, pois se eles querem demonstrar "as verdades" de suas teorias, e então a Ciência é o lugar errado para isso, pois em Ciência ninguém procura demonstrar "verdades", mas sim testar suas teorias, confirmando-as ou falseando-as, o que nada tem haver com estabelecer "verdades". Desculpe-me novamente, mas não se apegue às formas, mas sim às idéias (lembre-se de Paulo de Tarso). Eu não acho adequado discutirmos aqui os conceitos do que é a verdade, a visão de Sócrates ou a posição dos filósofos pós-modernos... E talvez essa visão de Ciência que testa suas teorias com total isenção, seja um tanto quanto romântica. E se puder, então é porque compartilham alguma propriedade comum (no caso de Kardec o Perispírito faria esta ligação), e então toda a realidade seria reduzida a esta propriedade comum, o que resultaria num Monismo. O problema é que se for assim, não há nenhum motivo para que os Espíritos não sejam claramente detectáveis e cedo ou tarde deverão surgir meios de fazê-lo claramente. Esperamos que sim, afinal, a Ciência avança não só em equipamentos mas também em idéias. Agora, também depende o que quer dizer com “claramente”. Um elétron jamais foi visto e nem por isso deixou de ser detectado. Por outro lado, os espíritos têm estado presentes junto a nós desde o início da humanidade terrestre. Agora, isso não quer dizer que eles tenham que entrar dentro dos laboratórios e se submeterem as nossas condições, muitas vezes, comerciais, egocêntricas e egoístas. Vejam o que as industrias farmacêuticas fazem com os medicamentos enquanto milhares morrem pela ausência desses. Quem sabe se nós evoluirmos em termos de religiosidade, ou se preferir ética, eles não se apresentam com maior intensidade? Assim como não há nesse patamar de evolução, verdade absoluta, também existem coisas presentes na mente de Deus (Providência Divina) ainda incompreensíveis para nós (o que não quer dizer que não devemos buscar compreendê-las). O problema do Dualismo de Substância é largamente conhecido ao menos desde Descartes, século XVII, e tem sido o principal motivo pelo qual as alegações espiritualistas tem sido consideradas inconsistentes, pois seriam por essência contraditórias. Por isso muitas tradições passaram a se articular de forma monista, o próprio Kardecismo apesar de por definição dever ser considerado Dualismo, não deixa de sentir as dificuldades racionais do problema e então se articula de modo Monista, levando exatamente à tendência de tratar Espírito e Matéria como se fossem um Monismo com mero Dualismo de Propriedades, ou seja, de que haveria uma substância única qualquer com propriedades de Matéria e de Espírito, da mesma forma como a Matéria tem propriedade de Massa e Energia. Nesse sentido também têm andado muitas outras vertentes espiritualistas. É interessante, que visto de fora, fica parecendo que o Espiritismo modificou a sua posição para se adequar a uma situação, o que neste aspecto, em nada procede. O Espiritismo “não passou a se articular assim”, ele sempre o entendeu dessa forma.
É claro que há várias tentativas de contornar esse problema, mas todas elas esbarram neste dilema básico: Como é que você entende o “espírito” e como você acha que o espiritismo o interpreta? Portanto meu caro André, o principal motivo da Ciência contemporânea desconsiderar alegações espiritualistas é que elas já foram demonstradas como fundamentalmente contraditórias pelo menos há mais de 400 anos! Depois de tudo o que foi dito: sem comentários. Ver MINHA DEFINIÇÃO DE "MÍSTICA" No que tange aos espíritos, o Espiritismo não seria propriamente místico, mesmo se esta palavra não for utilizada com o sentido de esotérico. Senão veja: 1.“(...) algo que não é imediatamente acessível aos sentidos”. Talvez o termo “imediatamente” o isente do erro, mas os espíritos são sim, capazes de sensibilizar nossos sentidos, seja pelo tato, audição, olfato ou visão. 2.“difícil ou impossível racionalização”: aí mesmo que não tem nada a ver. E não adianta apontar dúvidas, pois que a Ciência também as tem e nem por isso é mística. 3.Dentro da sua última citação, até poderia se enquadrar em “qualquer tipo de algo sutil” (embora muito vago), e talvez ao “consequentemente religião”, dependendo do sentido que se emprega ao termo religião. Analisando os pontos 1 e 3, até poder-se-ia com um pouco de esforço enquadra-lo. Mas o ponto 2 está bastante conflitante. Portanto, a meu ver, o Espiritismo não é místico. Leitura atenciosa dentro de minha própria homepage? CRITICANDO KARDEC não é meu! Você já está me confundindo com o Júlio?
Eu devo estar enlouquecendo ou não existe dentro da sua homepage, no canto esquerdo, um pouco mais abaixo do:
“Bem vind@ a minha página pessoal. O Universo é infinito”, uma chama amarela flamejante com o escrito “Criticando Kardec”?
Ou será dentro de minha caixa de e-mail? Você deve estar mesmo enlouquecendo. Porque na minha página há !! UM LINK !! para Criticando Kardec. Que abre até numa página separada. Meu site é o WWW.XR.PRO.BR, e todas as minhas páginas estão em WWW.XR.PRO.BR! Tenho também o WWW.EVO.BIO.BR! O site do Júlio está hospedade no GEOCITIES.YAHOO.COM.BR! Portanto, Criticando Kardec NÃO ESTÁ em minha própria homepage! Que espécie de internauta você é que não sabe isso? Bem, de qualquer modo finalmente você começa a aceitar aquilo que eu disse desde minha Primeira Resposta sobre o tema: " 3 - Temos uma divisão um tanto acidentada entre "Ciências Naturais" e "Ciências Humanas", sem contar a Matemática Pura e a Lógica que são as únicas "'Ciências' Exatas". Evidentemente o Kardecismo não pode ser Ciência Natural, como a Química, Física, Astronomia, Biologia e etc, porque nessas é abundante o uso de Matemática, que é totalmente ausente no Kardecismo. Pessoalmente já discordo do termo "Ciências Humanas" por considerá-las mais próximas à Filosofia do que a Ciência, mas mesmo considerando-as, o Kardecismo é abissalmente diferente destas, pois insistentemente faz afirmações de ordem Natural, ou diríamos "Sobrenatural", no entanto sem nenhum uso de Matemática e nem mesmo de uma estrutura Teórica organizada. Poderia até ser um tipo de Ciência, porem de uma dimensão única e incomparável, para o qual nos faltaria um critério de comparação." Seria sim, um tipo de Ciência numa dimensão única (assim como as outras), nova e revolucionária, mas não estaria isenta de comparação e nem de critérios norteadores. Mais uma vez afirmo que o Espiritismo não quer tomar o lugar da Matemática, da Física, da Biologia ou de qualquer outra disciplina que contribua com o conhecimento humano. Estas continuarão perfeitamente existindo. Nossa discordância maior talvez seja na hierarquização dessas disciplinas. Também não se pode querer enquadrar todos os fenômenos da natureza em equações matemáticas. Existem coisas reais, mesmo não palpáveis, que não se medem por sistemas fechados. Um claro exemplo é o sentimento. Por mais que se queira não se consegue explicá-los apenas por cascatas de hormônios ou neurotrasmissores tal ou qual. Se assim fosse, era só receber dose x ou y de endorfinas, serotoninas e/ou adrenalina para nos apaixonarmos por alguém. A Matemática, a Física e a Bioquímica não explicam o amor. Nem por isso ele deixa de existir. Torna-se acientífico apenas dentro da insistência em somente explicá-los nesses termos. Minha opinião, essas mesas girantes nunca foram seriamente estudadas porque nunca foram capazes sequer de ser levadas a sério, as vezes nem mesmo pelos seus entusiastas, tal como sugere a frase: "As mesas girantes eram a grande sensação dos salões da Europa e América. Por meio delas as pessoas passaram a ter contato com o mundo invisível, realizando sessões de comunicação espiritual, onde reinava a frivolidade e a brincadeira." Do site Vereniging Allan Kardec Exatamente isso. Mas é preciso esclarecer que as pessoas que se ocupavam do fenômeno não eram espíritas (o Espiritismo surge a partir dai) e nem mesmo espiritualistas. Eram industriais e burgueses que buscavam divertimento descompromissado e saciedade de prazeres fúteis. Ainda que, admito, esse site não me pareceu dos mais confiáveis, ele ilustra que mesmo espíritas europeus, onde a febre ocorreu admitem que o fenômeno era menos sério do que você sugeriu. Outros site espíritas põem em dúvida o mesmo: "Há um grande número que acha que tais fenómenos são coisa de vivos e não de espíritos. Atribuem tais fenómenos às aptidões do inconsciente. Então evocam a criptomnésia (memória oculta)." www.espirito.org.br Como afirmei em um de meus primeiros textos, o Espiritismo não surgiu como uma idéia pré-estabelecida. Muitas hipóteses, inclusive materialistas, foram levantadas na tentativa de explicar esses e outros estranhos fenômenos. É exatamente isso que demonstra essa citação. A evocação da criptominésia, bem como muitas outras teorias: charlatanismo, loucura, alucinação, músculo estalante, causas físicas, reflexo, alma coletiva, sonambúlico, diabólico, otimista entre outras, não conseguiu eliminar as contradições demonstradas pelos fatos. Atribuir mesas que eram suspensas, giravam no ar e apresentavam respostas cujos conteúdos, muitas vezes, estavam além do conhecimento ou eram contrários ao pensamento dos presentes, à memória oculta dos participantes, é uma posição adotada somente por aqueles que analisam o problema de modo bastante superficial.Não vou me estender nesse assunto, que possui amplo material em Kardec. De todo modo, meus caros colegas, penso que, cada vez mais, estamos nos fazendo melhor entender, independentemente do antagonismo de posições. Provavelmente, Marcus, nossa divergência seja bem mais conceitual que dos fatos propriamente ditos, embora alguns destes últimos sejam bastante evidentes (e não estou falando de mesas girantes) e contudo, menosprezados por você. Saudações respeitosas a ambos, André. (02/06/05)
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