SPOILERS!!! Não ficou bom o tratamento que deram ao flagrante do Homelander neste episódio S2E5 de THE BOYS. Porque simplesmente não disseram que era uma cena vazada do filme que estão fazendo? Talvez até acrescentando que a cena não tinha ficado boa e tinha sido descartada? De qualquer modo, fiquei triste que o massacre não tenha mesmo ocorrido, aceleraria muito a narrativa e estou louco pra ver Black Noir X Homelander. E eis que o tal Conselho Regional de Química, após espionar, intimidar, tentar extorquir e ameaçar com intimações judiciais (conforme relatei em 10/05/18), e quebrar a cara, porque como previsto tomou um pau da justiça, agora age como se nada tivesse acontecido e nos inclui numa listinha de correspondência como se fôssemos amigos, passando mensagensinhas sortidas. E olhe que nada tenho contra a me tornar simpático a quem quer que seja, até mesmo a quem tentou te extorquir R$ Mil! SE AO MENOS TIVESSEM SE RETRATADO ANTES! Ainda acho o Muadib de Kyle MacLachlan mais interessante, mas o Barão Harkonen da série de TV foi incomensuravelmente melhor que o do primeiro filme. Jason Momoa como Duncan Idaho só vai prestar se mudarem a estória, pois o Duncan morre antes do primeiro terço. Bobagem mudar gênero de um personagem secundário como Liet Kynes, que teve o excelente Max von Sydow no primeiro filme. Duna já tem uma vasta participação feminina nos personagens principais. Dave Bautista como Rabban promete, mas... e o Feyd Rautha? (No primeiro filme foi interpretado por Sting.) Sobre questões ambientais reconhecidas internacionalmente, é INCORRETO afirmar que o Governo Federal Brasileiro:
Pau no Guedes!Uma das mais curiosas redundâncias expressivas da atualidade é o tal do "terror psicológico", como se terror, ou qualquer outra emoção, pudesse ser relacionado a qualquer outra coisa que não a psique. Esse termo costuma ser usado para descrever uma modalidade de "terror sutil", sugerido, sem o uso de imagens explícitas, em produções filmográficas principalmente a partir de A Bruxa de Blair (1999). Mas mesmo essa correção não permite associar tal modalidade à obra do grande Howard Philips Lovecraft (1890-1937), sendo também muito usado o conceito de "horror cósmico". Eu prefiro confessar que o legado do autor é de um "horror indescritível", expressão que ele próprio usa reiteradamente. Melhor dito, o universo lovecraftiano postula que afora a pequena "plácida ilha de ignorância" que constitui o domínio humano, o universo é predominantemente "permeado por negros mares de infinitude", que a razão e ciência, humanas, não podem contemplar. E que diante dela, mais feliz é o humilde ignorante que foge aterrorizado e se conforma com noções supersticiosas, pois os homens de intelecto, personagens frequentes do universo do autor, terminam enlouquecendo no esforço vão de compreender o inapreensível. Em Lovecraft, por padrão, não se vê vampiros ou lobisomens retalhando pessoas, não se trata de monstros assassinos, psicopatas pervertidos ou ameaças físicas claras. O clima sombrio, de mistério e horror, mas também de fascínio e maravilha, decorre das amostras de colossais civilizações perdidas, inteligências abissais muitíssimo além da cognição humana, mas que diferentes de um Deus benevolente, em nada se interessam pela humanidade, não lhe sendo realmente hostis, mas não se importando de exterminá-la se isso lhes for minimamente útil para um motivo insondável. Pior que tê-los como inimigos, é a indiferença dos deuses monstruosos do que convencionou-se chamar "mitos de Cthulhu", embora o próprio Cthulhu seja apenas uma das muitas entidades da mitologia lovecraftiana. E o aspecto que acho mais interessante, não se vê exatamente maldade nas entidades em questão. Os desafios impostos aos personagens raramente vem de maquinações ou más intenções dos seres não humanos, mas do simples abismo cognitivo que nos diferencia deles. Por isso, apesar das vastíssima influência desse autor, continuam espantosamente raras adaptações cinematográficas de primeira linha para suas obras. É um tema perfeitamente literário, mas que desafia a linguagem audiovisual, ao menos nas limitações típicas dos padrões hollywoodianos. Obras seminais como Um Sussurro nas Trevas, Dagon, Nas Montanhas da Loucura ou O Chamado de Cthulhu permanecem até hoje, um século depois, sem adaptações cinematográficas comparáveis às de Tolkien, H.G.Wells ou mesmo Stephen King, este, por sinal, uma assumida "cria" de Lovecraft. Muitas obras audiovisuais independentes foram sim realizadas traduzindo as obras do autor, bem como filmes B, além de vídeo games e RPGs. Mas no geral, em obras de grande repercussão, sua influência, apesar de extrema, é indireta. Isso começou a mudar no ano passado com uma nova versão THE COLOUR OUT OF SPACE, com Nicholas Cage como astro principal, que apesar de ser a sexta ou sétima adaptação do conto original, é de certo a primeira a ser lançada com pretensões de frequentar o grande circuito dos blockbusters. O diretor, Richard Stanley, que passou a frente de Guilhermo Del Toro na corrida por lançar obras de autor nas grandes salas de cinema, planeja mais dois outros filmes. No entanto, talvez corroborando o medo que Hollywood tem de Lovecraft, o resultado, além da bilheteria pífia, me parece controverso. No geral, o filme foi agraciado com ótimas críticas, e um bom escore nos sites especializados. De certo há ótimos efeitos especiais e atuações competentes. O próprio Cage está muito bem no filme. Mas não posso deixar de apontar todos os problemas que permeiam a produção na tentativa de "descrever o indescritível". Em primeiro lugar, a "cor" em questão, uma percepção inexplicável nos dizeres do próprio autor, não poderia ser "fuchsia" coisa nenhuma não! É até defensável que seja retratada num tom violáceo, similar ao da "luz negra" que causa um borrão na visão devido a estar no limite de percepção humana. Mas jamais um magenta tão vivo quanto o utilizado no filme. A produção Netflix ANIQUILAÇÃO, com Natalie Portman, um dos infinitos exemplos de obra escancaradamente inspirada em Lovecraft, embora de forma indireta, foi muito melhor em retratar a "cor" com aquelas variações espectrais caóticas. Defendo que o ideal seria fazer o filme em preto e branco, como fez a produção alemã DIE FARBE (literalmente "A Cor") de 2010, e então retratar a coloração alienígena com tons mutáveis e inconstantes constituindo o único elemento colorido. Segundo, considero bastante problemático adaptar as obras do autor aos dias contemporâneos. Elas respiram o espírito do começo do Século XX, e não é atoa que o filme precisou lançar mão do recurso de que um dos efeitos da "cor" seria inviabilizar as telecomunicações e até mesmo dificultar o uso dos veículos, garantindo o "isolamento" crucial para o devido desenrolar da estória. Boa parte do apelo das obras de Lovecraft reside justo nas limitações tecnológicas típicas da época, tornando as trocas de cartas, as peregrinações, a navegação, os relatórios textuais, a dificuldade de circulação de informação etc, fulcrais para o desenrolar da história. Não que não seja possível adaptar a obra para a atualidade, mas isso é adicionar uma dificuldade a mais, e das grandes, num universo de já dificílima adaptação. Ademais, o filme introduz elementos adicionais dissonantes, como por exemplo uma temática inicial de Wicca bem diferente da temática de bruxaria frequentemente utilizada pelo autor, embora não neste conto, que é, aliás, atípico em sua obra. Para depois torná-la irrelevante, e ainda colocar um Necronomicon em formato livro comercial na mão da bruxinha de shopping, quando na realidade este livro fictício deveria ser, na descrição do próprio autor, uma raridade de dificílima obtenção restrita a círculos de sociedades secretas e perigosíssimo até de ser manuseado. A saga Evil Dead (A Morte do Demônio) foi muitíssimo mais fiel ao retratar o Necronomicon em seus filmes. Sem contar, mais uma vez, que o livro não é sequer mencionado no conto original, que também nada menciona do restante da mitologia lovecraftiana. Por fim, o filme apela ao gore, que embora possa sim ser inferido da obra de Lovecraft, o seria de modo bem diferente, e termina colocando alguns monstros nojentos que destoam do tom misterioso, nada explícito, do conto original, que aliás pode ser facilmente achado, em português, na internet, bem como praticamente toda a obra lovecraftiana. Eu termino avaliando este filme bem abaixo da média que tenho visto na crítica, mas apesar disso, ainda o acho bem vindo. H.P.Lovecraft merece ser sim mais popularizado, desde que devidamente respeitado. É um autor fundamental demais para ser tão estranhamente omitido enquanto tantos que se baseiam claramente nele são amplamente conhecidos. Para se ter uma ideia, basta lembrar que, além das já citadas, temáticas como a série ALIEN, toda a tradição de Zumbis, A Coisa (Enigma de Outro Mundo) de John Carpenter, praticamente tudo de Stephen King em suas inúmeras versões cinematográficas, criaturas submarinas como os de 'A Forma da Água' ou de Ameaça Profunda (Underwater), The Cabin in The Woods, a sequência do fosso em Aquaman, e mais uma infinidade de coisas largamente presentes no cinema, TV e games seriam impensáveis sem Lovecraft! Ele é pai ou avô de quase tudo isso! E ainda assim, os trata num grau de sofisticação e refinamento que seus sucessores raramente chegam perto. Só resta torcer que para este autor, que viveu apenas 47 anos e nunca teve amplo reconhecimento em vida, seja dignificado com um legado a sua altura. Sempre tive problemas de sono, em especial eventos de insônia que me deixavam acordado de madrugada mesmo quando eu levantava todos os dias as 6 da manhã. Passei toda a minha infância e adolescência acordando cedo, sempre estudando de manhã, bem como décadas de minha idade adulta, e mesmo assim jamais me acostumei, sempre tendendo a trocar o dia pela noite. Não à toa, trabalhei muito tempo em produção de vídeos para TV, área onde é comum virar a noite trabalhando, e onde as produtoras costumam ter horários de 9 às 19 justo pela tendência geral dos profissionais dormirem mais tarde. Também por isso terminei abraçando uma profissão com regulares plantões noturnos nos quais passo a noite inteira acordado sem dificuldade. Com esse histórico, incluindo dificuldades para dormir justo antes de meu plantão diurno, cedo ou tarde eu teria que fazer a sonhada POLISSONOGRAFIA, um exame onde você dorme numa clínica e o seu sono é monitorado. Demorei por vários motivos, mas em especial porque tais exames só são feitos à noite, e um de meus problemas com sono é justo a dificuldade de dormir fora de casa. O que me aflige até mesmo quando estou hotéis. Adotei a estratégia de realizar o exame na noite de meu plantão diurno, onde normalmente durmo pouco na noite anterior, e lá fui, após o plantão, já sonolento para a clínica. Mas juro que não fazia ideia de que o desafio seria tão grande. Pra começar a DIFERENÇA BRUTAL entre a expectativa das 3 primeiras imagens fornecidas pela própria clínica, prometendo a instalação onde eu iria dormir, e a realidade das imagens seguintes que eu mesmo fiz. E o detalhe, o banheiro é coletivo, dividido com vários outros quartos dos quais 5 estavam com pacientes. Depois, eu sabia que haveria eletrodos, mas porra... TRINTA! Trinta eletrodos em tudo quanto é canto do corpo, sendo os dos cabelo com aquela meleca infame para fixação! Não há posição confortável possível! E ainda por cima presos a um dispositivo que te deixa sem possibilidade de movimentação. Tem que chamar a enfermeira se quiser ir no banheiro, para ela promover uma parcial desconexão, e você sair carregando a caixa com todos aqueles fios atachados. Pra piorar, o ambiente é repleto de barulhos estranhos que, JURO POR DEUS, me lembravam as máquinas de combate marcianas do Guerra dos Mundos de 1953! Ainda tive problemas de minha parte. Por puro descuido consegui a façanha de ficar com queimaduras de Sol no dia anterior, leves, mas suficientes para tornar tudo mais incômodo, e como se não bastante, ainda tive uma maldita crise de "mijo branco", um bizarro fenômeno que me acomete de vez em quando promovendo uma hiper atividade urinária onde só sai água mesmo que eu não tenha bebido nada por várias horas. Aliás é algo que desafia as leis da realidade! Nada menos que uma aquae creatio ex nihilo que nem o Squirtle (O Pokémon! E não o que você está pensando!) Antevendo essa possibilidade tomei um medicamento que promove justamente o efeito contrário, e de quebra, ainda dá mais sono. Mas é até duvidoso se eu realmente dormi ou apenas fiquei na fronteira com o mundo de Morféu, sem o devido visto para adentrá-lo plenamente. E a maior evidência disso é que ter sido acordado às 5:30 da manhã foi um alívio! Chegando em casa, finalmente fui dormir de verdade mesmo com o barulho de obras de instalação elétrica sendo realizadas. Tenho dúvidas de que esse exame, cujo resultado demora 15 dias, irá acrescentar qualquer coisa ao que já sei sobre o meu problema, que em grande parte é uma espécie de "inércia de estados de vigília e sono": se estou acordado, quero continuar acordado, se estou dormindo, quero continuar dormindo. Além da tendência noturna e, a última descoberta, de que o sono humano mais próximo do natural é em dois turnos, com um intervalo de horas no meio da madrugada. Isso tudo, sem contar o aborrecimento que é uma civilização ter se desprendido da dinâmica natural de iluminação de dias e noites, mas continuar totalmente configurada apenas em função das pessoas diurnas, que é claro, são maioria. Mas os noturnos, desde os que caçavam ou vigiavam à noite no mundo primitivo para proteger a tribo, até hoje, continuam sendo absolutamente imprescindíveis para o devido funcionamento da sociedade, e mesmo assim não tem acesso a serviços básicos que funcionem 24 horas por dias, ainda por cima ficando, não raro, com fama de vagabundos que acordam tarde. Só pra lembrar, Crivella está em 2° nas intenções de voto, e seguramente vai pro segundo turno. Se bem que do jeito que tão passando o rodo em executivos do Rio duvido nada ter a candidatura impugnada ou até ir preso antes. Gira o mundo e a esperteza politiqueira continua colocando a maior parte da população "no bolso", inclusive a que se acha esclarecida, precisando apenas de algumas estratégias básicas, velhíssimas, mas infalíveis. Uma delas, ser sensível à MAIORIA SILENCIOSA, aquela que, apesar de constituir porcentagem dominante do eleitorado, não tem voz nos grandes meios de comunicação monopolizados por uma ínfima elite. Marcelo Crivella acaba de dar mais uma aula a esse respeito, conseguindo uma das façanhas máximas da demagogia, parecer um idiota quando na verdade acerta em cheio no seu alvo enquanto passa a perna tanto nessa maioria quanto na minoria que pensa ser esperta. Quem o examinar de perto dificilmente não terá a impressão que ele não dá a mínima para beijo gay ou qualquer coisa que o valha, até por ser da IURD / Record, que como já mostrei na ocasião de sua eleição para a Prefeitura do RJ em 2016, apoia as mesmíssimas causas sociais progressistas que todos as megacorporações de mídia pregam. (Neopentecostalismo Feminista) Ao final deste mesmo texto eu já havia falado que provavelmente faria uma resistência "débil e simbólica" contra as pautas que a maioria do seu eleitorado repudia, e a oportunidade veio quando selecionou um alvo insignificante para "mostrar serviço": um quadrinho que apesar do nome, é direcionado para público adulto, lançado há quase uma década, com baixa tirarem, de uma mídia já extremamente restrita em termos de alcance popular. Algo que nem remotamente se compara à influência das TVs abertas, inclusive a do seu patrão. Aí, a turma da Zona Sul, crente que está abafando com sua "luta pelo progresso" e por um "mundo melhor" que tem a curiosa característica de, sendo anti-reprodutiva, não ter "futuro" algum, faz o maior alarde com direito aos maiores youtubers do Brasil dando massiva cobertura já não bastasse a da grande mídia em si. E tudo isso sabendo muito bem que o gesto era pífio. E assim, os lacradores "revolucionários" que ou apoiam o poder das grandes corporações, ou pior, acreditam que irão derrubá-las fazendo exatamente o que elas querem, dão início a campanha eleitoral gratuita e antecipada fazendo-lhe o favor de refrescar a memória de um eleitorado que é bombardeado incessantemente com "novos gêneros", "família é qualquer coisa", "transsexual masculino tem que usar banheiro feminino" e "cirurgia de mudança de sexo para criança sem o consentimento dos pais", e não pode abrir a boca publicamente com medo de ser processado por alguma nova legislação usando um termo incompreensível. Esse eleitorado, que corresponde a imensa maioria silenciada da população, reconhece nele um símbolo de resistência pelas tradições (falso, mas habilidoso em iludir), e fica pronto a reelege-lo, ou a quem ele apoiar, na eleição municipal do ano que vem. Em suma, com uma manobra ardilosa que sabia ser inócua, conseguiu fazer uma imensa massa de iludidos trabalhar de graça para ele como cabos eleitorais invertidos, alcançando seu "público" eleitor com a generosa campanha que parece ter "humilhado o pobre defensor da família", e ainda consegue fazer bombar o evento literário em sua cidade! Provavelmente irá aprontar outras futuramene para despontar ainda mais como o guardião de valores que a maioria esmagadora da população tem, mas as megacorporações insistem em atacar. E aposto que será bem sucedido. Enquanto uma galerinha desempregada, ou sub empregada, morando com os pais, acredita estar abafando em cima de alguém que tem uma renda de fazer inveja a promotor que acha que 24 mil é miséria. Segundo o Google, o site do Itamaraty NÃO É SEGURO! Suas senhas e cartões de crédito PODEM SER ROUBADOS! "Piada pronta", ou a mais séria ilustração da realidade de um governo que quer roubar o país inteiro para os cafetões de Washington e Wall Street? Nem é preciso assistir o novo Mulan para ficar óbvio que possui um problema sério no que se refere ao tema clássico, que ressoa até mesmo no Brasil, com a Diadorim de Grandes Sertões. No desenho original, que vale lembrar pouco ou nada tem a ver com a guerreira mongol real Khutulun (1260-1306), e sim com uma lenda bem mais trágica, temos uma jovem quase normal, ainda que de certo mais forte e combativa que a maioria das mulheres, que precisa se disfarçar de homem e passar por um longo treinamento, no que significa penetrar num domínio social e simbólico masculino que acrescenta uma série de dificuldades perfeitamente realistas, apesar dos elementos sobrenaturais. Mulheres lutando como homens temos várias ao longo da história, nem vou citar a mais famosa, mas acrescento a samurai Tomoe Gozen (1157-1184), a rainha celta Boadiceia (século I), as irmãs vietnamitas Trung (século I) ou Zenóbia (século III), da Síria, para citar algumas. E nunca deixaria de lado as brasileiras Anita Garibaldi (1821-1849) e Maria Quitéria (1792-1853). (Pergunte-se por que feministas jamais se interessaram em resgatar o histórico dessas mulheres.) Mas ao decidir transformar Mulan numa heróina "fodona" com poder de luta fenomenal que dispensa até treinamento capaz de derrubar sozinha hordas de homens sem desfazer o penteado, o filme cortou por completo justo o único elemento que o conectava com a realidade, para recauchutar o, definitivamente, mais batido clichê sci-fi / fantasy pop da atualidade: heroínas "fodonas" com poder de luta fenomenal que derrubam sozinhas hordas de homens sem desfazer o penteado. Tal qual cowboy que dá cem tiros de uma vez ou o clichê Rambo / Braddock que tanto fez sucesso nos anos 80 até finalmente ser desafiado por heróis mais reais como o de Duro de Matar, o século XXI tem sido inundado por esse clichê persistente que foi transformado numa bandeira politicamente correta transcendendo um pouco a duração média de um modismo pop, e, vale lembrar, mais uma vez, sem qualquer efeito notável na realidade. Não! As mulheres não irão se tornar guerreiras ou estatisticamente mais duronas devido a esteriótipos ficcionais pop por mais martelados que sejam. Pelo contrário. Na média, as mulheres de hoje são bem menos assertivas em termos de desafiar os padrões normativos que as do passado, onde tais padrões eram muito mais rígidos. Até porque hoje elas já tem o apoio, e não só simbólico, mas jurídico e econômico, das mega corporações e do Estado, e essas facilidades não tornam ninguém mais forte, pelo contrário, enfraquecem. Desafio qualquer um a citar a Rani Lakshmibai (Índia, século XIX) da atualidade, mesmo numa era onde os exércitos estão repletos de mulheres. Aliás, sendo sincero, mesmo no gênero masculino isto está em falta, em grande parte graças a tecnologização e burocratização das guerras. Mas voltando ao tema, por mais caro que seja esse clichê para as produtoras de cultura de massa hoje, haja visto o NETlacraçãoFLIX, o fato é que ele já encheu o saco. Qualquer mulher de menos de 30 anos hoje passou a vida inteira vendo heroínas desse tipo todos os dias na TV. Por isso, quando surge um Crepúsculo, um 50 Tons de Cinza ou um 365 Dias (na própria NETFLIX), que é o absoluto oposto desse clichê, é um sucesso danado. No desenho de 1998, Mulan está disposta a arriscar a própria vida para proteger o pai, além de, claro, já ter uma vocação para aventura. Precisa passar por um longo e árduo treinamento, se disfarçando entre homens, o que lhe gera dificuldades adicionais. Fica bem claro que há uma diversidade entre os próprios homens em termos de físico e força, e que todos eles precisam dar duro para se aperfeiçoar e se tornarem guerreiros, explorando suas particularidades especiais, no que Mulan se sobressai principalmente pela inteligência, sabendo compensar sua menor estatura e força física. Tal como nas guerras reais, o elemento estratégia é bem mais relevante do que uma super habilidade marcial individual, e Mulan consegue, por exemplo, destruir o exército dos Hunos justamente numa tática brilhante de improviso em batalha, correndo um risco tremendo. Isso tudo a aproxima da realidade, visto que as mulheres guerreiras reais, sem querer menosprezar habilidades físicas, tiveram frequentemente que se sobressair também de forma estratégica, como aliás todo e qualquer guerreiro. Nenhum homem se destacou na arte da guerra pelo fato de ser um lutador invencível, mas sobretudo, pela capacidade de estratégia e liderança.
Ao acrescentar um tipo de super habilidade intrínseca à personagem, praticamente um superpoder, por meio de uma releitura do conceito de Ki / Chi, no qual mais do que desenvolver, ela antes precisa mais é conter o poder, toda essa parte do esforço e mérito pessoal é deixada em segundo plano em troca de "graças" que são dadas, de graça, tal como, por exemplo, os poderes da Capitã Marvel ou da Rey Há que se dar um desconto, claro, pois afinal essas mulheres lutadoras já são um tradição chinesa até mais antiga do que no ocidente. Não é só nas séries de fantasia chinesas da Netflix não, lutadoras com dons sobrenaturais estão presentes em filmes 100% chineses ao menos desde a década de 70, se tornando mais populares mais tarde, claro. Mas há uma sutileza nessa tradição, bem como nas heroínas ocidentais dos 80 a 90, que difere desse estilo da lacração atual, que é serem um símbolo por si que evoca elementos míticos ancestrais que, tal como as mulheres guerreiras reais, sempre estiverem presentes. E não pra servirem como uma alegoria de empoderamento como crítica social. Nesse sentido, evoco novamente a realidade. NENHUMA dessas mulheres guerreiras históricas questionou o "machismo" ou o patriarcado. Até dá pra misturar as duas coisas, mas não é nada fácil. E, aliás, não é por acaso que trago uma imagem da Mulan da 4a Temporada de "Once Upon A Time", uma série que, por sinal, gosto muito, até por ser definitivamente a série mais pró-família que conheço. Mas ela dá uma escorregada justo nessa temporada onde aparecem Mulan, Merida, e outras personagens da Disney em versões visualmente impecáveis. (As atrizes usadas para a versões de Anna e Elsa de Frozen conseguem ser melhores que os desenhos!) Mas bem, quem viu, já tinha experimentado uma abordagem feminista que chegou ao ponto do ridículo, como na cena em que Merida quer aprender a lutar mas se recusa a ser ensinada por um homem! Razão pela qual o seu pai, o Rei, teve que contratar Mulan para treiná-la! Vídeo fake no qual, infelizmente, menos dos 20% de reações são HAHA, numa das poucas situações onde esse tipo de curtida é a mais adequada. Muita gente de fato parece ter levado a séria a tosca CGI de um ônibus manobrando perigosamente numa estreitíssima estrada, de estrutura claramente absurda, onde até as condições de filmagem, como o posicionamento da câmera, não fazem o menor sentido. Sem contar falhas nítidas na própria sobreposição de imagens que parecem até propositais, me fazendo pensar que os autores da animação quiseram minimizar o risco de que sua arte fosse levada a sério demais. Infelizmente, muitos parecem ter visto o vídeo em smart phones em péssima condições de visualização, a única explicação para algo tão evidentemente falso poder ser levado a sério. Aí fica a questão: como pessoas que acreditam nisso irão se proteger dos Deep Fakes? A resposta, óbvia, é: NÃO VÃO! Nos estamos verdadeiramente enrascados! Em breve estaremos, mesmo vizinhos, vivendo em realidades alternativas totalmente díspares. Cada um "vendo" coisas completamente diferentes. RUMO AOS UNIVERSOS SOCIAIS PARALELOSCOBRA KAI é verdadeiramente excelente. Mesmo pra quem nunca viu os filmes da década de 80, embora recomendo muitíssimo que o faça. Pretendo escrever algo detalhado sobre esta série. Ela trás muitos elementos para reflexão.
Experiência estranha assistir mais essa vítima da pandemia, que deveria ter estreado nos cinemas em Maio, e acabou ficando no vácuo, praticamente desconhecido. Assisti inadvertidamente o trailer e fiquei interessadíssimo com o clima de suspense e mistério que sugeria um filme mais investigativo e dramático. Spoilers medianos, que penso, mais irão prevenir decepções que estragar surpresas.Fiz o download via Torrent, e para minha surpresa, diferente do trailer, o filme já começa escancarando! Com direito a disco voador prateado reluzente de seções giratórias que rodopiam que nem peão lançando raios de luz abdutores, referindo-se claramente ao real Caso Travis Walton e então música título de abertura épica que dá a sensação de que veremos um Star Wars ufológico. Daí o filme acalma e tem o seu primeiro "terço", a meu ver o mais interessante, por lidar justo com a frustração de um jovem abduzido que apesar de ter filmado o alienígena e ter compartilhado um vídeo nítido, ainda assim levanta inúmeras suspeitas de fraude sem contar desocupados que vendo um vídeo daqueles, que exigiria um produção profissionalíssima, tem a cara de pau de dizer que seria uma montagem tosca. Tem até o farsante que inventa que foi ele que fez o vídeo. Nesse ponto, eu não conseguia deixar de pensar no que o Fabio Duarte pensaria desse filme, pois ilustra bem um problema que já aventei de que mesmo excelentes evidências, ainda mais hoje em dia, poderiam ser desqualificadas, considerando ser possível criar imagens em CGI mais convincentes que imagens reais. Infelizmente, porém, o filme se perde, subitamente se transformando, sim, num quase Star Wars ufológico com direito a Homens de Preto com pistolas de raios azuis, andróides com pistolas de raios verdes e mais homens de preto com rifles de raios vermelhos. Ritmo inconstante, alternando ação frenética e calmarias de um modo menos dinâmico do que deveria, e, o mais estranho, com bizarras inconsistência tecnológicas que, ao fazer referência clara, ainda que com outro nome, ao caso Travis Walton, me fizeram apostar na hipótese de que o filme de passava num universo alternativo com direito a transições entre Dimensões Paralelas. Pra se ter uma ideia, é ambientando no infame "present day", logo, 2020, mas o protagonista, um hacker que trabalha numa agência espacial, usa um celular Nokia tijolão que a maioria dos jovens nunca nem viu na vida, e usa uma câmera JVC com fitas DV Cam! Com a qual... sobe o vídeo direto pro YouTube. (Tô fora do mercado de produção de vídeo há alguns anos, mas tenho certeza de que tem algo estranho aí.) Não estou dizendo que seja um filme ruim. O diretor é estreante e há vários bons momentos, além de divertir principalmente espectadores mais jovens, mas uma série de decisões estéticas e de roteiro são difíceis de entender. Principalmente, aos 40 do segundo tempo, após termos um filme perfeitamente laico, os próprios ETs decidirem meter Jesus no meio! É sério! Do nada, entra uma temática religiosa que me deixou perplexo! Sem problema fazê-lo mas... como diria o Hazel, do Umbrella Academy, 'Elaborate!' Mas não, é apenas jogado lá, como se solucionasse um grande mistério. Mas o mais estranho vem depois, quando é utilizado um "superpoder / tecnologia alienígena" para livrar os protagonistas de um cerco impossível de escapar. Então, com direito a slow motions interessantíssimos, o diretor decidiu silenciar o aúdio e substituí-lo por uma canção pop, que sequer combina com a ação, transformando a sequência literalmente num vídeo clipe, mas... com um volume absurdamente alto! NUNCA VI ISSO EM TODA MINHA VIDA! Tive que reduzir o volume pra metade! Foi um turn off, porque aquela mesma sequência com uma música épica, mas tensa, que nem a do título, ficaria completamente transformada! Exemplo estelar de como é possível mudar por completo a dramaticidade e imersão de uma sequência apenas com a trilha sonora. Depois dessa, o clima de final feliz sessão da tarde nem é digno de nota. Do esquerdista que diz: quem se diz nem esquerda nem direita, É DE DIREITA; E do direitista que diz: quem se diz nem direita nem esquerda, é É DE ESQUERDA; Eu digo: independente de serem de esquerda ou de direita, são dois ignorantes que acreditam na redução de toda a realidade a uma dicotomia maniqueísta estúpida.
Considero o Facebook a melhor rede social. Mas isso não é um elogio ao Facebook, e sim uma crítica as redes sociais.E cá estamos em 8° lugar na lista de países com maior número de vítimas fatais de COVID-19 divididos por milhão de habitantes, excluindo as duas localidades com população inferior a 1 milhão, na verdade, inferior a 100 mil habitantes. As posições estão comparadas às do dia 16. 02. Bélgica 853 (-1) 03. Espanha 622 04. Reino Unido 611 05. Chile 590 (+2) 06. Itália 587 (-1) 07. Suécia 574 (-1) 08. Brasil 571 (+1) 09. EUA 567 (-1) 10. México 497 (+1) Como antecipei no dia 22 utilizando um gráfico, era questão de tempo para que o Brasil ultrapassasse os EUA. Na verdade já havia subido antes, e caído de novo no dia seguinte, mas agora é provável que permaneça definitivamente à frente. Como se vê, a França saiu do Top 10 e entrou o México, e o grande líder quase que desde sempre, a Bélgica, finalmente perdeu seu 1° lugar. Tão certo quanto era que o Brasil estaria nesta lista, e que passaria os EUA, é também que irá passar Suécia e Itália, e também quase certo que passe Espanha e Reino Unido. Por isso, mesmo que os EUA aumentem novamente seu escore, o Brasil estará, NO MÍNIMO, no 4° lugar em menos de um mês. E sim, pode perfeitamente ficar em primeiro, embora isso eu já ache improvável.
Esta é a oitava edição que faço desta lista. Edições anteriores: 16/08, 20/07, 21/06, 02/06, 23/05, 10/05 e 19/04.
Agosto de 2020 |
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