A "americanização" que hoje se impõe no Brasil levada a cabo por moralistas, liberais, esquerdistas e libertários só foi possível com a derrota do pensamento tenentista nas forças armadas as subordinando a "escola das Américas" e do catolicismo clássico que passa a se dividir entre liberais (ditos conservadores) e esquerdistas (teologia da libertação).
A derrota dos militares e católicos foi a derrota da identidade, soberania e integridade do povo brasileiro.
Foi também uma derrota dos dois pensamentos políticos genuinamente brasileiros : o trabalhismo e o integralismo.
Trabalhistas colhidos para o esquerdismo e integralistas para um liberalismo travestido de conservador.
Um desafeto pode tanto ser repudiado por ser perigoso e ameaçador, e portanto sendo levado a sério como algo a ser combatido, ou pode ser ridicularizado como algo rizível que não merece respeito e portanto se torna inofensivo, podendo ser menosprezado sem medo.
O que não tem cabimento é querer fazer os dois ao mesmo tempo. E isso é amplamente feito por uma quantidade incrível de pessoas, que por vezes se "vingam" de sua impotência em combater uma ameaça fingindo que ela não merece ser "respeitada" (enquanto ameaça) partindo para uma ridicularização inútil, visto não ter poder algum de efetivamente enfraquecê-la.
Isso sugere um tipo de afetação um tanto histriônica. Ter um menosprezo por algo que deveria ser levado a sério. Mas é uma postura tão comum que muito podem demorar em ver a contradição flagrante, mas tente se imaginar ridicularizando o assassino que está vindo lhe matar, ou chamar o Terceiro Reich de nazistinhas! Não funciona. Dá pra sentir que tem algo errado.
É por isso que não chamo Sério Moro de "juizeco", pois que o vejo como uma ameaça real que tem prejudicado severamente o país, nem chamo o MBL de movimento "bosta" livre e jamais chamaria Lula de um apedeuta ou analfabeto se achasse que ele é um perigo para o país.
É por isso também que é estúpido chamar Kim Jon Un de "gordinho maluco" ou qualquer coisa diminutiva ao mesmo tempo que se o considera uma ameaça a paz mundial. Note, inclusive, que mesmo os que detestam o Trump não o menosprezam enquanto ameaça.
Insistir em posturas contraditórias como essas, afora uma ou outra tirada retórica, só pode servir externamente para fortalecer ainda mais um perigo real, ou tomar algo inofensivo por efetivamente perigoso. Mas internamente é pior, condenando o indivíduo a um misto de frustração e negação, de medo e menosprezo, que se intensificado pode levar a mente rumo a perturbação séria.
Realmente, o Brasil é o incrível país que almeja privatizar todas as suas empresas, até as mais estratégicas e lucrativas, PARA ESTATAIS ESTRANGEIRAS (bem como para megacorporações privadas estrangeiras também).
Consciente da insustentabilidade de um governo ilegítimo, enredado em sucessão de escândalos de corrupção, o governo brasileiro está sob pressão dos lobbies da burguesia rentista parasitária para vender o maior número possível de empresas públicas e impôr o maior número possível de reformas neoliberais.
Para os liberais brasileiros, essas empresas devem ser privatizadas porque enfraquecer/reduzir o Estado brasileiro é, para eles, um bem em si mesmo. Mas eles utilizam um argumento pseudo-pragmático de que elas devem ser privatizadas por serem ineficientes.
O fato de que boa parte das empresas estatais brasileiras estão sendo vendidas para estatais estrangeiras (principalmente chinesas e europeias) enterra de imediato qualquer noção de uma ineficiência inata do serviço público.
Se não há ineficiência inata não há imperativo de privatização. O que há é um imperativo de buscar e destruir as causas da ineficiência das empresas estatais brasileiras. E as causas principais da ineficiência das estatais brasileiras estão na redução do investimento público (desde o governo Collor), na falta de financiamento (o BNDES foi proibido de financiar estatais pelo Sarney), na sabotagem proposital e por motivos ideológicos das estatais para o fim de privatizá-las em obediência ao Consenso de Washington (desde o governo FHC), na falta de uma infraestrutura desenvolvida que sirva de suporte para as estatais brasileiras (problema crônico derivado da industrialização interrompida do Brasil).
Em suma, a principal causa da ineficiência das estatais brasileiras está no fato de que a classe política brasileira é composta não por estadistas, mas por parasitas a serviço do poder financeiro, cujas campanhas são bancadas pelo poder financeiro e que ocupam cargos com o único objetivo de atender às demandas desse poder financeiro.
E o poder financeiro da burguesia rentista nacional e internacional demanda a liquidação imediata dos mais importantes bens públicos do Estado brasileiro. Isso deve ser feito não pela expectativa de qualquer benefício para o povo (para eles, pode haver e pode não haver, não importa). Mas fundamentalmente por razões ideológicas e para beneficiar os detentores do poder financeiro, seus verdadeiros patrões.
Por isso, hoje, o Brasil está sendo liquidado para qualquer um que tenha um pouco de dinheiro e queira vir aqui se apossar do país.
As consequências nefastas disso tem sido sentidas desde as primeiras ondas importantes de privatizações nos anos 90. Os serviços públicos foram assumidos por megacorporações monopolistas ou oligopolistas, as tarifas dispararam e seguem disparando, a qualidade dos serviços estagnou ou piorou. E o mesmo acontecerá nessa nova onda de privatizações.
A euforia dos saqueadores do Brasil com o "sucesso" do leilão de bens estratégicos do setor energético (algo que não é feito nem nos EUA) chega a ser vergonhosa. Eles podem comemorar, bem como as suas prostitutas no Estado brasileiro, mas o povo brasileiro não tem nada a comemorar. Tem é que começar a contar os centavos e se apertar, já na expectativa dos aumentos que virão.
A solução para isso permanece a mesma: a destruição da classe parasitária do rentismo, a destruição da classe parasitária do lobismo político, a retomada de todos os bens públicos fraudulentamente entregues desde os anos 90 e a recuperação de um projeto de Estado que priorize o bem comum e a justiça social acima dos vícios individuais. E esses são apenas os primeiros passos preparatórios de um longo e necessário processo revolucionário nacional.
No inverno de 2013 eu congelava deliciosamente em Curitiba quando minha esposa veio me convidar para participar dos protestos que estavam ocorrendo no país assim que voltássemos para Brasília.
Minha resposta: "De jeito nenhum! Não sei o que está acontecendo! Eu lá sou massa de manobra de causas obscuras?"
Foi aí que decidi reativar minha conta no Facebook, que fôra desativada ainda em 2009, tendo sido criada em 2008 e sendo uma das primeiras contas brasileiras numa época em que muitos dos meus amigos moravam no exterior ou eram estrangeiros, e eu só publicava em inglês.
Tentando acompanhar via redes sociais que raio estava acontecendo no país justo numa das melhores fases econômicas de sua história, eu ainda não sabia o que era uma Guerra de Quarta Geração e estava atribuindo os eventos a um tipo de histeria coletiva caótica resultante de confluências fortuitas de fatores, possível somente justo a uma massa de jovens afortunados que não tinha mais o que fazer e portanto projetavam seu ócio, vazio existencial e luta interior por sentido no mundo externo, acreditando estar participando de confronto épico pelo futuro do país.
E dessa já estranha convulsão social da qual apenas os mais refinados Serviços de Inteligência do mundo sabiam de fato do que se tratava, veio toda uma sequência de eventos cada vez mais surreais que nos levaram ao impasse em que estamos hoje, com um governo absolutamente impopular e sem um pingo de dignidade promovendo as mais radicais transformações que o país já experimentou em cerca de meio século, tão indefensáveis sob qualquer enfoque lúcido quanto reverenciadas por toda a corja de inimigos "jurados" do país.
Demorei demais a ter uma compreensão do que de fato estava acontecendo, e somente com MUITA ajuda de outros que viram coisas que eu não vi. Mas não nutro esperança de que todas as questões serão elucidadas e muitíssimo menos de que essa elucidação um dia será minimamente popularizada.
Mesmo as melhores mentes suam para compreender a história, com disputas de interpretações brilhantes que jamais serão sequer suspeitadas pelo grande público. A história de nosso mundo é incomensuravelmente mais inapreensível do que a mais complexa saga literária, e para quem não consegue nem entender o Universo Marvel, entender o mundo real é empreitada mais fora do alcance que o pico do Everest.
No fundo porque pouquíssimos querem realmente saber. A maior parte das pessoas se empenha não em conhecer a realidade e muito menos a seu próprio interior, e sim em forçar suas ilusões sobre suas percepções, fazendo com que suas mais superficiais e risíveis paixões se tornem a própria imagem da realidade.
Sendo a Razão uma mera serva da Emoção, e sendo a superação das paixões primitivas a mais difícil de todas as tarefas existentes, somente o apreço estético pela racionalidade em si mesma consegue compensar a deficiência espontânea do desejo que sempre coloca a projeção das paixões antes da averiguação das percepções.
Ou seja, é preciso gostar de ter razão! Se sentir bem ao conseguir construir um bom argumento, ter paixão por entender algo além da mediocridade geral e amar ter uma compreensão sofisticada, ousada, e fatalmente exótica e impopular da realidade.
Se a verdade fosse facilmente acessível o mundo seria um paraíso. Mas ele é o que é justamente porque a grande maioria sempre irá optar pelo comodismo de receber interpretações prontas, pela falta de coragem de desafiar consensos dominantes, pelo medo de ser considerado um estranho e preferir seguir com a manada sem se dar ao trabalho de guiar-se por si próprio.
Na Alemanha, Angela Merkel irá completar 16 anos na presidência do país, com o 4° mandato consecutivo, e consequentemente, a 3ª reeleição. Merkel já tem 12 anos de mandato, igualando o mesmo tempo em que o maior ditador alemão da história (obviamente, me refiro ao sr. bigodinho, Adolf Hitler, que governou a Alemanha de 1933 a 1945) ficou no poder, e neste 4° mandato, irá ultrapassá-lo. A mídia trata este fenômeno como "cumprimento executivo e legal da democracia".
Ao mesmo tempo, quando Hugo Chávez foi reeleito para seu terceiro mandato na Venezuela (2007), a mesma mídia o crucificou como um ditador, tirano e obsessivo ao poder. Coisa parecida ocorre atualmente com Vladimir Putin, na Rússia, e ambos neste parágrafo citados, tem/teve menos tempo de poder em seus respectivos países, do que a senhora """democrata""" Angela Merkel. Mas qual a diferença entre eles?? Simples, enquanto Chávez e Putin lutaram/lutam contra o establishment globalista, Merkel é um bastão essencial do Globalismo na Europa.
Mas afinal, até onde vai a coerência do discurso democrático?? Percebem que ele só é lembrado, exaltado e cumprido quando favorece as elites?? Isso mostra o quanto a retórica de defesa da democracia é hipócrita, falha, e definitivamente, não representa nossa classe e nossa nação num todo!
O romance, segundo o filósofo György Lukács, é o gênero literário que melhor exprime as contradições da moderna sociedade burguesa. Seguindo princípios hegelianos, Lukács classifica o romance como "epopeia burguesa", em uma bem sucedida tentativa de afirmar que ele tem a mesma importância para a sociedade moderna que os poemas homéricos tinham para as sociedades antigas. Para Lukács, a principal diferença é que as vozes dos heróis dos poemas épicos representavam, em uma era pré-capitalista, a conjuntura da sociedade como um todo, enquanto no romance, forma literária que melhor conseguiu exprimir a desintegração do organismo feudal e sua subsequente transformação em uma sociedade dividida em classes, o caráter prosaico da vida burguesa moderna vem à tona quando o personagem finalmente deixa de ser um indivíduo coletivo -- como Aquiles e Eneias -- para se tornar representante de sua própria luta individual, completamente emaranhado em conflitos sociais.
Nós, membros da Dissidência política do DF, acreditamos que a leitura literária é fundamental na formação política do indivíduo e é, sim, ferramenta revolucionária de grande valor. Nossa luta, dentro da perspectiva política, é contra os sórdidos valores da sociedade burguesa, que em essência são contrarrevolucionários, portanto é execrável a atitude de não penetrar, através da leitura, em suas dinâmicas e conhecer a dialética de suas conexões sociais mais profundas, o que só é possível em absoluto através do conhecimento do registro literário feito pelos escritores. São eles que, através dos conflitos internos de seus personagens, conseguem transmitir o zeitgeist de maneira mais precisa para a posteridade.
Nem só de tratados de economia e sociologia vive o militante. Engels chega a afirmar sobre Balzac (escritor que na opinião dele e de Marx foi o que mais soube expor com precisão as forças motoras do mundo burguês), que em suas obras era possível aprender mais sobre os pormenores econômicos da organização social de seu século do que "em todos os livros de historiadores, economistas e profissionais da estatística da época". Ou seja, Engels dizia que aprendeu mais sobre o capitalismo lendo os romances de Balzac do que lendo os acadêmicos!
Não é de interesse da mídia globalista divulgar informações como essa, já que quanto mais ideologicamente cega for a a massa, mais fácil é dominá-la. A indústria cultural e a sociedade de espetáculo destroem tanto a cultura popular e tradicional quanto a literatura e a arte eruditas, substituindo-as pela arte-mercadoria, pelo entretenimento.
Para lutar contra os valores contrários aos princípios revolucionários é preciso conhecê-los a fundo e não há maneira mais eficiente do que a leitura dos livros e romances que eternizaram em suas páginas os conflitos em essência mais profundos que expõe a degradação, a mesquinhez e a mediocridade da abjeta burguesia liberal. Um romance de Balzac, de Dostoiévski, de Dickens, de Lima Barreto, de Machado de Assis, ou um poema de Ezra Pound, é um documento da mais alta relevância a ser com cuidado lido e estudado como uma análise microscópica da realidade social. O personagem Scrooge, de Charles Dickens, é um espelho da realidade, tanto quanto o Capital ou Der Bourgeois (de Sombart)!
Mais do que isso: acreditamos no potencial catártico da literatura, no sentido de alargar os horizontes de quem lê; acreditamos no potencial transformador da arte e da literatura, como forças humanizadoras. Num mundo ocidental desencantado e fetichizado, a arte e a literatura têm potencial de maximizar a percepção das experiências pessoais e aumentar de maneira significativa a sensibilidade social dos indivíduos.
Ler é um ato revolucionário!
A dissidência política do DF defende que a leitura e a discussão de romances se faz absolutamente necessária para compreensão mais elevada do fenômeno social.
Sem leitura não há revolução!
Já repararam que NENHUMA lamentação da fictícia "liberação judicial da cura gay" fornece qualquer link para a íntegra dos documentos em questão?
Como sempre, É A PRIMEIRA COISA QUE EU FAÇO antes de me meter a falar sobre um assunto. Portanto eis a resolução original de 1999.
O documento é brevíssimo, mal dá duas páginas, e muito simples de entender, deixando claro que os profissionais de psicologia devem contribuir para o combate à discriminação e preconceito contra práticas homoeróticas (Art. 2), e não favorecerão qualquer patologização do comportamento nem adotarão qualquer prática coerciva incentivando reorientação sexual NÃO solicitada (Art. 3).
A resolução, porém, não proíbe de forma alguma que o profissional dê ao paciente algum encaminhamento à outra área caso este manifeste o desejo de modificar sua própria orientação sexual, embora não possa aplicá-la ou colaborar com ela, e a simples redação já obrigue qualquer um a ser muitíssimo cuidadoso em tocar no assunto mesmo que o paciente insista muito.
Mas em 2012 ficou famosa a tramitação do Projeto de Lei, 234/2011, que pretendia suspender a aplicação destes mesmíssimos artigos, declarando-os como inconstitucionais, que no entanto não foi aprovado e foi arquivado em 2013.
Foi este que ficou famoso como projeto da "Cura Gay", embora na realidade nem sequer pretendesse de fato isso, visto que argumentava apenas que o profissional não estivesse impedido de aconselhar o paciente CASO ELE manifestasse interesse por algum tipo de reorientação sexual, o que curiosamente, NÃO ERA de direito proibido, embora a disposição dominante no Conselho Federal de Psicologia tendesse a agir de forma bastante intimidatória contra qualquer profissional que se dispusesse a prestar tal orientação. Ou seja, não proibia, mas na prática, tendia a inviabilizar.
O curioso é que A RESOLUÇÃO FOI MANTIDA! Ou seja, a suspensão não foi aceita, no entanto, o juiz achou por bem destacar aquilo que já estava claro no texto, que este em si NÃO PROÍBE reencaminhamento e pesquisa a respeito de reorientação sexual CASO O PACIENTE O REQUEIRA!
Em suma, 18 anos depois, alguém teve a decência de apenas formalizar em decisão judicial o que a Resolução efetivamente diz e não diz!
A mim, se já soa como surrealidade que a justiça tenha que se manifestar para ensinar interpretação de texto num nível tão elementar, muitíssimo mais surreal é que a repercussão recente termina dando razão ao projeto de lei anterior que era bem mais modesto, visto que pedia apenas a suspensão de dois artigos. Porque se apenas deixar claro que a Resolução NÃO PROÍBE já gerou essa celeuma toda inclusive no próprio CFP, apenas fica evidente que o objetivo, na prática, era proibir mesmo!
Se eu for a um psicólogo e dizer que mulher é muito complicado e não aguento mais relacionamentos hétero, e gostaria de me tornar homossexual, o profissional está livre para me aconselhar a respeito. Se uma mulher for a um psicólogo e dizer que não aguenta mais homem e gostaria de eliminar seu impulso sexual, o profissional está livre para lhe aconselhar a respeito. Mas se um homossexual pretender fazer qualquer dessas coisas, eliminar ou reorientar sua sexualidade... NÃO PODE?!
O que a liminar em questão está deixando claro é que, pela mesma resolução TAMBÉM PODERIA! O que não pode é o profissional coagir, sugerir ou induzir o paciente a isso.
Mas CONTINUA PROIBIDA "...qualquer ação que favoreça a patologização de comportamentos ou práticas homoeróticas.""...ação coercitiva tendente a orientar homossexuais para tratamentos NÃO SOLICITADOS." E enfim está mantido que "Os psicólogos NÃO COLABORARÃO COM eventos e serviços que proponham tratamento e cura das homossexualidades."
O que está permitido então? Que o profissional recomende o paciente, CASO ELE solicite esclarecimento sobre alguma possível reorientação sexual, A NÃO FAZÊ-LA ou a procurar alguma outra especialidade. Em suma, pode dizer "Então vá pra Igreja porque aqui não dá."
Assim, QUEM QUER QUE DIGA QUE A JUSTIÇA LIBEROU A CURA GAY ESTÁ MENTINDO OU É IGNORANTE, pois mesmo que este tratamento de reorientação exista, ele sempre foi liberado, só não dentro da psicologia.
E talvez ainda mais importante, o juiz quis deixar claro que NÃO É PROIBIDO pesquisar sobre o assunto. Que o psicólogo que decidir fazer estudos sobre reorientação sexual NÃO ESTARÁ INFRINGINDO a resolução, embora isso devesse ser óbvio, conquanto não utilize seus pacientes a nível clínico. Isto é, a nível de pesquisa básica, não clínica, a Resolução jamais se aplicou.
Se você chegou até aqui e ainda não entendeu nada, é perfeitamente compreensível. Portanto vou tentar simplificar.
Em 2012 religiosos promoveram a polêmica dizendo que a Resolução 01/99 proibia psicólogos de sequer pesquisar sobre reorientação sexual, quanto mais dizer aos pacientes que procurassem tal reorientação sexual noutro lugar. Falso! Não proibia, mas ficou a suspeita de que na prática era isso que acontecia.
Agora em 2017 um juiz confirma que de fato não proibia! Mas a repercussão do caso confirmou a suspeita de que, na prática, era proibido sim!
O quê era proibido? Não apenas sugerir a porta da rua para quem quisesse mudar sua orientação homossexual, mas até mesmo pesquisar sobre o assunto. (Ler um texto sobre uma incipiente pesquisa de reorientação sexual, mesmo que jamais compartilhado ou comentado com ninguém, aparentemente seria considerada uma forma de fomentar "cura gay" e poderia render ao profissional algum tipo de prejuízo por prática persecutórias.)
Mas na realidade, não houve qualquer liberação de qualquer incentivo a procedimentos de reorientação sexual em nível algum!
Então, por que raios essa celeuma toda?
Porque o movimento LGBT, um filhote do Feminismo, é tão autoritário que não tolera nem mesmo o simples pensar divergente. Ele possui um dogma central que apesar de totalmente falso, não admite qualquer questionamento: O de Que TODA orientação homossexual é inata, irresistível e inflexível. O que pode se aplicar a alguns ou muitos casos, mas seguramente não a todos.
E é autoritário porque quando não se tem a racionalidade e os fatos concretos ao seu lado, só restam os mesmíssimos expedientes de fundamentalistas religiosos quando querem impor seus dogmas à sociedade: a manipulação, mentira e fraude sistemática, desempenhada em larga escala pela grande mídia, pelas ONGs e pelos coletivos feministas, e a simples criminalização e repressão de quem ousar desmascarar essas mesmas farsas.
Como sempre, iniciativas políticas de viés "evangélico" fazem tudo errado. Não tinha que pedir suspensão dos artigos 2 e 3 e muito menos da resolução inteira, bastaria a suspensão ou alteração do parágrafo único do artigo 3, visto que não especifica que o psicólogo não poderá colaborar com tratamentos ou cura para homossexualidade apenas enquanto profissional do ramo, dando brecha para que o parágrafo seja interpretado de forma a restringir direitos civis que vão além da profissão.
Seria muito mais fácil derrubar só esse parágrafo e teria praticamente o mesmo efeito.
Em 2010 estreou o filme "LULA - O Filho do Brasil", que apesar de não ter recebido qualquer verba estatal foi patrocinado por empresas privadas que detinham contrato com o governo. O filme pode até merecer a acusação de querer promover a imagem do então presidente com intenções políticas, mas nada disso afeta a história contada, visto que a mesma narra a vida de Lula até a morte de sua mãe, em 1980, ainda durante a ditadura militar, quando ele esteve preso.
Há, portanto, um amplo hiato histórico entre a narrativa incontroversa do filme e a então controversa vida política do presidente.
Agora em 2017 temos o filme "Polícia Federal - A Lei É Para Todos", supostamente também não patrocinado com verba estatal, embora não possamos ter certeza visto que os financiadores preferiram se manter ocultos, e que conta a história da Operação Lava Jato ainda em andamento. Ou seja, temos um filme contando a história de uma operação policial que ainda está em curso, que pode até dar com os burros n'água e mesmo ter resultados totalmente revertidos. Pior. É perfeitamente possível até mesmo que as personalidades que explicitamente inspiraram os personagens glamourizados e vistos como heróis no filme venham a sofrer com revelações futuras que poderiam destruir totalmente sua imagem, e que eventos vindouros, que podem se dar a qualquer momento, tornassem os eventos do filme demonstravelmente falsos.
Ou seja, realizar uma obra cinematográfica sobre um processo em aberto é um enorme risco, que poderia condenar o filme ao ridículo num brevíssimo futuro, diferente do filme sobre Lula que tem seu conteúdo estável independente do que vier a acontecer, e que não apresenta em momento algum qualquer conteúdo ideológico ou juízos de valor. Aliás, das falas históricas de Lula retratadas no filme, é possível até notar sua tendência conciliadora.
Mas evidentemente foi o filme sobre o ex presidente que sofreu boicote, acusações e campanhas difamatórias e até mesmo amargou mal rendimento nas bilheterias, ainda que eu mesmo admita que deixe muito a desejar no critério cinematográfico, mesmo que não faça qualquer acusação ou mesmo insinuação de desfeita de qualquer pessoa então viva ou em evidência.
Já um filme escancaradamente ideológico, com nítido teor propagandístico e papel evidente de tanto promover midiaticamente uma operação jurídico policial extremamente controversa (pra não dizer corrupta e fraudulenta) ainda em andamento, e que ainda por cima faz clara campanha anti Lula e difama pessoas que ainda lutam na justiça contra a condenação...
...Ah. Esse sim. É visto como exemplo de idoneidade moral e virtude, inclusive sendo agraciado com boas bilheterias e, sou capaz de apostar, será amplamente exibido na TV bem antes da média de intervalo que separa a saída de cartaz nos cinemas para a TV aberta, bem como será reprisado em horário nobre durante a campanha presidencial, se houver uma, em 2018.
Agora, a Globo – principal agente cultural do globalismo no Brasil – quer que você duvide de si mesmo e deixe de acreditar em algo que os seus pais, avós, bisavós e todos os seus ancestrais sabiam com certeza, algo tão óbvio que até animais são capazes de perceber: que machos e fêmeas são diferentes, intrinsecamente diferentes, nascidos diferentes e, como o disse o Dr. Enéas Carneiro em um programa de TV, diferentes em cada célula de seu corpo.
Uma novela global coloca que se deve achar bom e normal o fato de que uma mulher fisicamente saudável e bonita se entupa de hormônios, se mutile e se deforme, até parecer um moleque mal-acabado, estranho e débil que se diz “homem”. Esta mídia serviçal vem divulgar a concepção distorcida da ideologia de gênero, que prega que um doente com disforia de gênero (condição [rara] na qual alguém não consegue se identificar com seu sexo) seja tratado não para aceitar a realidade, e sim à base de mentiras, falsificando a realidade. A mentira é o meio mais eficaz de perder a alma... e por que o inimigo faz isso?
Em seu livro “A Quarta Teoria Política”, Aleksandr Dugin explica que o liberalismo passa neste momento à sua fase de auto-dissolução, representando o nível político da dominação unipolar estadunidense. Não é difícil verificar que todas essas idéias bizarras são sistematicamente elaboradas e difundidas a partir dos EUA. Este projeto inclui dissociar o indivíduo de qualquer contexto natural e coletivo, abrindo portas para a modificação do ser humano por meio da tecnologia e o advento do pós-humanismo. As massas desavisadas, especialmente os jovens, se deixam levar pela retórica sentimental de tolerância, amor e liberdade que permeia a propaganda globalista e é assim que ela consegue peões para suas fileiras gratuitamente. Por isso, nos deparamos com a tarefa absurda, mas necessária nestes tempos sombrios, de afirmar e lutar por coisas que são evidentes: que a verdade é diferente da mentira, que homens são diferentes de mulheres, que aquilo que busca destruir as formas pelas quais os seres humanos se constituem como pessoas é anti-humano, que o individualismo liberal também é ideologia política que visa o poder e a dominação. Se é necessário dizer isso é apenas porque esta ideologia tem se apresentado de forma completamente totalitária, mascarando-se como neutralidade, fingindo-se de tolerância enquanto esmaga toda a diversidade ao seu redor.
Nós estamos conscientes do que está acontecendo e queremos que cada vez mais pessoas tornem-se conscientes também. Somente dessa forma, será possível o levante dos Povos que acabará com os planos da elite global! Não desistiremos de ser quem somos, MULHERES, pertencentes a um POVO, herdeiras de nossos ANTEPASSADOS, MÃES de nosso futuro! Sem identidade não há liberdade, sem diversidade não há tolerância, sem humanidade não há amor. NÃO SEJA UM SERVIÇAL, RESISTA!
Quase sempre o usuário do espantalho "família brasileira tradicional machista opressora homofóbica etc" é o mesmo que tem a cara de pau de negar que Feminismo sempre teve como alvo a destruição desta que é a base do Patriarcado, a Família como nós a conhecemos. Mas essa família em questão, que já nem é mais tão tradicional assim, está muito mais preocupada com questões sérias que com afetações puritanas, que no máximo são exageradas por pseudo conservadores a serviço de pautas liberais econômicas.
Sim, existe uma certa juventude burguesa que realmente crê que uma apresentação musical, supostamente, causa ou causaria algum tipo transtorno ou dor na família brasileira.
Cômico, não é?
É que alguém deve ter esquecido de avisá-la que a família brasileira, que ela vê como inimiga, essencialmente composta por trabalhadores, tem coisas mais específicas com o que gastar seu tempo e suas lágrimas: as altas taxas de violência urbana; os absurdos índices de homicídio; as altas taxas de desemprego; a incerteza quanto ao futuro com as contra-reformas da Junta #Temer; os salários atrasados; a fome; o encarecimento dos produtos de necessidade básica e por aí vai.
Não que a família brasileira seja alheia ao lixo cultural importado pela "vanguarda" artística brasileira direto dos EUA e do restante do mundo ocidental-capitalista. Ela realmente não vê nada disso com bons olhos. No mínimo, sabe que tem alguma coisa errada ali. Não possui qualquer grau de identificação com esse tipo de "arte". Mas seus problemas imediatos não dizem respeito a nada disso.
Na verdade, a maioria dos problemas socioeconômicos que afligem as famílias brasileiras deriva, antes de tudo, da condição do Brasil enquanto semi-colônia. E é justamente essa condição de país colonizado que faz com que nossa cultura seja cada vez mais dilapidada e substituída por uma cultura alheia aos nossos costumes e tradições. Que faz com que surjam cada vez mais jovens burgueses empenhados em "sambar na cara da família brasileira", e coisas do tipo, atacando diretamente aqueles que levam esse país nas costas: os trabalhadores.
Vislumbramos um futuro onde a Família Brasileira seja livre dos seus grilhões e possa acessar plenamente as formidáveis riquezas culturais de nossa Pátria, longe de toda dependência econômica e cultural. O que só o socialismo (patriótico) poderá, de fato, trazer.
Dissidência política é uma ruptura com o modelo manipulatório vigente que caracteriza nosso sistema partidário e senso comum ideológico. A simplória dicotomia 'esquerda' e 'direita' que esconde a realidade por trás dos rótulos e impede a percepção do principal instrumento de controle dos que realmente detêm o poder.
Ao povo, interessa bons empregos, saúde, segurança e educação de qualidade. Aos trabalhadores, interessa remuneração digna, garantia de futuro e proteção legal. A ampla maioria da população apoia políticas de redistribuição de renda, investimentos nos serviços públicos, presença efetiva do Estado, governo ético e policiamento eficaz. E ao mesmo tempo interessa ter seus valores preservados, praticar sua religiosidade, sua cultura, ver as instituições sociais respeitadas, em especial a família.
Mas o que se caracteriza como 'esquerda' embora possa fazer algo em prol das condições materiais do povo, ofende sistematicamente seus valores culturais, promovendo um "progresso moral" que não interessa em absoluto à imensa maioria, nem mesmo à grande parte da minoria supostamente beneficiada. Ao mesmo tempo, o que se entende como 'direita', até pode fazer algo em defesa dos valores populares, mas espolia e lesa os trabalhadores sistematicamente por meio da defesa exclusiva dos interesses econômicos dos 0,1% mais ricos.
E quem mais estaria por trás disso se não justo uma parcela dessa ínfima elite econômica? Estão nela os financiadores do Liberalismo Econômico com pautas de desregulação de mercado, isenção de impostos aos mais ricos, privatizações e arrocho sobre os trabalhadores. Bem como do Liberalismo Cultural com suas pautas de liberação das drogas, Ideologia de Gênero, leniência com a criminalidade e desrespeito às instituições policiais, e incitação da Guerra dos Sexos.
No Brasil, o exemplo perfeito é Rede Globo, sempre na absoluta contramão de tudo o que deseja a grande maioria da população e principal baluarte do Liberalismo tanto Econômico quanto Cultural.
Ser Dissidente Político é se recusar a fazer parte do jogo de cartas marcadas que ora coloca um governo aparentemente à direita no poder para explorar economicamente o povo até este não suportar mais, e depois eleja um governo aparentemente à esquerda para que este avance as pautas que visam destruir os valores tradicionais até que mais uma vez o povo não suporte mais e coloque de volta um governo à direita reiniciando o ciclo, e com isso avançando constantemente a pauta das elites econômicas que manipulam todo o sistema.
Enquanto isso, a opção ideológica que respeita integralmente os interesses da imensa maioria desapareceu do cenário político atual. Praticamente não existe uma proposta viável que incorpore tanto os interesses econômicos quanto culturais do povo. Estamos perpetuamente condenados a optar por uma entre duas meias desgraças.
É urgente formar uma nova mentalidade, desmascarar as fraudes e ilusões, trazer à luz os reais anseios da população sem medo de desafiar os rótulos impostos por grupelhos pseudo intelectuais que chamam qualquer interesse econômico popular de "comunismo" ou "bolivarianismo" e acusam qualquer tradição cultural de "machismo" ou "homofobia".
A Dissidência Política do DF é uma iniciativa que visa congregar todos os interessados nessa alternativa, aliada a iniciativas similares em todo o país ou mesmo no exterior.
O Estado deve ser forte, técnico e intervencionista!
E isso não é ser estatista, mas sim ser a favor de que o estado faça a sua função que é guiar, incentivar, facilitar e fazer parte do desenvolvimento nacional saudável.
E não, o atual governo brasileiro não faz isso, mas sim sabota o próprio povo e o próprio desenvolvimento, isso pode ser visto nas medidas tomadas pelo governo que só atendem a interesses internacionais.
Pessoal que se considera de esquerda poderia, ao invés de ir defender Queermuseu, também boicotar o Santander (bem como Itaú e Bradesco) por uma canalhice muito pior, a defesa da destruição de Direitos Trabalhistas enquanto tem dívidas bilionárias perdoadas pelo governo.
Ideologia de Gênero em vias de se tornar obrigatória para todas as escolas públicas e particulares mesmo tendo sido sistematicamente rejeitada em TODAS as instâncias populares.
Acrescento que ainda serve para humilhar os panacas que acreditaram que o Golpe 2016, que veio para destruir a Esquerda Econômica, faria alguma coisa contra a Esquerda Cultural.
Não fosse o risco de ser ridiculamente considerado como um "comunista", eu me declararia um "anti-anticomunista", pois enquanto qualquer ameaça comunista real deixou de existir no mínimo desde Getúlio Vargas, o anticomunismo continua causando desgraças ate hoje.
Na cabeça daqueles que não tem inteligência ou escrúpulos, qualquer coisa incompatível com a manutenção perpétua do poder vigente na sociedade é "comunismo", quer sejam leis trabalhistas, assistencialismo, redistribuição de renda, tributação progressiva ou até mesmo não-submissão irrestrita aos EUA. Socialismo então nem se fala, é querer demais de cabecinhas pavlovianamente condicionadas a babar de raiva ante o simples termo "social" que não reaja a qualquer menção a manter mesmo os setores estratégicos de produção sob o poder público como se fossem "ameaça comunista comedora de criancinhas."
Há quase 7 anos publiquei o texto O Terceiro Golpe, estimando o contexto do momento sobre a disposição e possibilidade de um novo Golpe de Estado no Brasil, destacando o papel delirante do anticomunismo nos golpes anteriores. Mas na Era Vargas houvera ao menos a Intentona Comunista para dar credibilidade à fraude do Plano Cohen, tornando a "ameaça comunista" mero erro de avaliação. E no governo Goulart a existência da URSS e a Guerra Fria tornavam a paranóia anticomunista ao menos compreensível.
Mas no Século XXI, acreditar em ameaça comunista é apenas atestado de miséria mental, completa incapacidade de vislumbrar a realidade política e ideológica da América Latina e sobretudo ser inimigo ferrenho de qualquer esperança de redução da brutal desigualdade que condena nosso país e nosso continente ao interminável subdesenvolvimento.
Populismo, Bolivarianismo, Peronismo, Lulismo e até Varguismo hoje são considerados "comunismo" no arremedo de cerebelo dos zumbis de Veja e dos que mesmo odiando a Globo ainda assim acreditam nela. Pouco importa que comunismo, mesmo num sentido não marxista, jamais tenha existido em lugar algum, e que a Rússia de hoje esteja longe do que fora o Socialismo da URSS. Ou que o Capitalismo de Estado do Socialismo chinês de hoje esteja ameaçando desbancar os EUA na concorrência por mercado internacional.
O anticomunismo continuará fomentando ódio a qualquer pretensão de aliviar o sofrimento de milhões de pessoas, a reagir ferozmente contra qualquer promessa de geração de empregos dignos, a qualquer pretensão de elevar o Brasil à condição de potência mundial e a ator de destaque no cenário geopolítico.
O Terceiro Golpe veio, não foi militar, e é ainda mais torpe e hipócrita, pois sequer tem, desta vez, a pretensão de levar ao país no rumo de um desenvolvimento como fez Vargas ou fizeram parcialmente os militares a partir de Médici, rompendo com o pacto de submissão aos EUA.
Desta vez o objetivo óbvio é sabotar em definitivo o futuro do país, se ajoelhando aos pés dos ditames de Washington e Wall Street, para a alegria canina dos que abanam o rabo ao receber um biscoito e que ao receber um chibatada do mesmo dono, canalizam sua raiva exclusivamente contra o pedaço de cadáver que são instados a morder.
E o maior de todos os bombardeios é o das "Armas de Manipulação em Massa", envenenando o Ocidente inteiro com fraudes, mentiras e cinismo, gerando legiões de mentes corrompidas.
Desde sua independência em 1776, os EUA já invadiram 70 países soberanos. 50 dessas invasões foram feitas só entre 1945 e o presente. Das cerca de 15000 ogivas nucleares existentes no mundo e catalogadas, 6800 pertencem aos Estados Unidos (45.3% do total) [1]. Isso significa que o mundo inteiro pode ser devastado se, a qualquer momento, os Estados Unidos decidir fazer isso. Os EUA foram o primeiro país a construir uma bomba de hidrogênio, muito mais potente do que as ogivas nucleares, já em 1954 [2] - isso como um desenvolvimento das bombas despejadas em Hiroshima e Nagasaki, em 6 e 9 de agosto de 1945, matando mais de 246.000 civis de forma covarde. O dispositivo nuclear mais desenvolvido dos EUA é a bomba B61-12 [3].
Das invasões recentes e dezenas de países destruídos e bombardeados pelos EUA, podemos destacar três casos mais graves: a invasão do Iraque, em 2003, a invasão da Líbia em 2011 e da Síria no mesmo ano. A derrubada de Gaddafi na Líbia e de Saddam Hussein significou o início das massas de imigrantes para a Europa Ocidental, e o caos social oriundo disso. Os defensores das intervenções militares dos EUA se dizem contrários ao estado atual da Europa, mas ignoram aquilo que causou o problema.
Na Síria, uma guerra que já se estende por mais de cinco anos também causou o mesmo efeito. Graças ao apoio da Rússia, do Irã, da China e inclusive da Coreia do Norte, o regime de Bashar continua de pé. Dependesse dos EUA, o país já teria sido tomado pelos "guerreiros da liberdade" e transformado numa zona morta, destruída e totalmente arruinada - como aconteceu com Iraque e Líbia, totalmente tomados pelo caos e pelo terror.
Temos motivos concretos, históricos e reais para temer os Estados Unidos. Essa nação nunca lutou e nunca lutará pela paz. A Coreia do Norte mantém sim um arsenal nuclear, e é exatamente por isso que ela nunca foi invadida. Os EUA fomentam e obrigam essas posturas, porque são incapazes de respeitar a soberania das nações - só conseguem o respeito pelo medo, e é por isso que esses países precisam dessas armas. Se Saddam e Gaddafi realmente tivessem armas de destruição em massa, jamais teriam sido derrubados; se Bashar tivesse essas armas, jamais haveria um "Exército Sírio Livre" ou grupos de "rebeldes moderados" decapitando jovens e estuprando meninas. A Coreia do Norte está certa e não é um perigo. Os EUA sim.
O governo norte-coreano não adota discursos vazios de "tolerância", "paz mundial" e "aceitação", mas sim um discurso objetivo, claro e honesto: "estamos preparados para nos defender". Já os EUA e as nações "democráticas" do Ocidente, com seus discursos de paz, democracia, liberdade, justiça e humanitarismo, só produzem morticínios, desgraças e tragédias, verdadeiras hecatombes injustificáveis. A mídia trata essas nações como "protetoras", e a Coreia do Norte e qualquer regime alternativo como "inimigos da paz mundial" - mas a própria mídia é uma arma de destruição em massa.
No ar ininterruptamente desde Dezembro de 2000, o XR.PRO.BR precede as Redes Sociais, o Youtube e a própria Blogosfera, remontando a uma época em que a internet era basicamente um repositório de textos e o trabalho de editar e manter um site tinha inevitável custo econômico e sobretudo em trabalho com códigos, formatação e diagramação que foram muito facilitados posteriormente.
De lá para cá, passou por várias transformações, em especial uma derivação cada vez maior para temas políticos, econômicos e ideológicos que penso sinceramente em remover para um outro site. No entanto, o núcleo, mesmo que em alguns momentos minorado, se manteve, e por isso pouco ou nada altero da apresentação inicial em O QUE É ESTE SITE, inicialmente redigida ainda em 2001 e ligeiramente alterada quando da criação do Evolução Biológica.
Essa semana promovi uma TRANSFORMAÇÃO RADICAL na página principal, bem como modificações menores em outras páginas. O design foi alterado, a quantidade de links iniciais dramaticamente reduzida, melhorando a visualização, que ficou mais sóbria, e sobretudo abolindo os infames scripts em CSS que aliás pararam de funcionar no Chrome. Foram acrescentados PNGs animados, que não funcionam em todos os navegadores mas que também servem como imagens estáticas. Notarão inclusive uma figura de uma Lua no centro da tela, que muda de aparência de acordo com a fase, e que sirva de lembrança para, quando estiver cheia, que se procure coisas melhores para se fazer à noite do que estar na frente de um computador.
Muitos podem estranhar o desaparecimento do acesso a alguns textos na página inicial, mas todos foram movidos para a seção de Ensaios que também foi modificada para os abrigar, contendo agora mais de 150 textos, incluindo o famoso RELIGIÃO - Em Busca da Transcendência que foi durante quase todos esses 17 anos o texto mais acessado do site.
É fato, porém, que meus sites, que já estiveram entre os mais acessados sites particulares do Brasil, hoje ficaram relegados a um plano secundário após o surgimento dos blogs, das redes sociais, e dos canais de Youtube. Isso aliás aconteceu de uma forma geral, com uma popularização que, mesmo com suas vantagens, teve o lamentável efeito de tornar a internet mais parecida com uma TV do que com uma infinita biblioteca.
Ainda assim o xr.pro.br jamais sairá do ar. É não apenas o meu único porto realmente seguro, não sujeito a qualquer forma de restrição dos demais disponibilizadores de páginas, com suas regras e política em grande parte equivocadas e não raro persecutórias. Mas também onde centralizado praticamente tudo o que já produzi de relevante. Ainda me falta operacionalizar todos os vídeos, que hoje estão no YouTube, de modo a não apenas armazená-los, mas executá-los diretamente. Uma tarefa que tem sido mais e mais dificultada pelas mudanças de padrões nos códigos HTML e nos navegadores, que creio sejam propositais de modo a obrigar os disponibilizadores de conteúdo a usarem portais privados que podem regulá-los.
O único lugar onde, não importa o que aconteça com as redes sociais, com a blogosfera, com os streamers de vídeo etc, sempre posso ser encontrado.
Duas propostas econômicas para o desenvolvimento de uma sociedade, a que beneficia os distintos estratos econômicos de baixo para a cima, e a de cima para baixo.