Excertos do livro O PRÍNCIPE DA PRIVATARIA, de Palmério Dória. Com adaptações.
"O Banco Central emitiu em 1969 a Carta Circular 5, criando conta voltada a brasileiros residentes fora do país e empresas exportadoras ou financeiras com vínculos no exterior. Permite, sem necessidade de autorização do BC, depositar dinheiro lá fora, sem limites, e convertê-los em dólares; ou resgatar, aqui e em reais, dólares depositados no exterior." (pág 48)
Em síntese, GRAÇAS A DITADURA, o Brasil passou a se destacar no disputado ramo de Lavanderia Monetária.
"Só em 2005, após o escândalo Banestado, o governo - por intermédio do Conselho Monetário Nacional - mudou as regras. Quem quisesse mandar dinheiro para fora deveria agora assinar contrato de câmbio com algum banco, registrado no BC." (pág 49)
Portanto, O GOVERNO LULA tornou um pouco mais difícil a vida de quem "Lava Dinheiro Todo Dia, que Alegria..."
Recomendo o acréscimo disto à lista de motivos de PORQUE AS ELITES BILIONÁRIAS DA MÍDIA ODEIAM TANTO O GOVERNO.
É um facilitador por possuir 4 links, todos bons, mas só os 3 primeiros são de fato relevantes. PRINCIPALMENTE o primeiro, também presente em: TEORIA IMPORTADA -
'Domínio do fato não convive com in dubio pro reo', (caso você não goste do alinhamento ideológico do texto principal) é o mais importante de todos.
Ao todo eles tem cerca de 35 mil caracteres. Qualquer leitor mediano pode lê-los com folga em menos de meia hora.
Nada tenho contra quem não tiver paciência. O tema é espinhoso mesmo e sou até simpático à postura de não se aventurar por horizontes intelectuais que podem exigir décadas de estudo sem garantia alguma de se chegar a uma conclusão segura.
Mas nesse caso, melhor se abster de ter opinião "formada" sobre o assunto e falar do que não entende. Há coisas mais úteis para fazer.
Mas aquele que os ler atentamente, e ainda acreditar nessa FRAUDE do Mensalão, aí já é zumbi da Veja mesmo e não tem chance alguma de ter seu cérebro ressuscitado.
Elysium foi um dos poucos filmes que me atendeu na medida exata de minha expectativa, que acabou baixando devido a eu ter assistido todos os trailers. Há uma relação inversa entre o grau de informação prévia que tenho de um filme e minha apreciação.
Gostei principalmente da iniciativa de finalmente tocar no tema de estações espaciais giratórias, até agora, a única forma viável de simular gravidade. Bem como a questão social que isso traria ao termos moradores no espaço, que de certo só poderia ser inicialmente uma elite.
Mas o filme já trás problemas nessa premissa. O estranho fato de apenas uma e imensa estação. Não há correlato precedente, do tipo, o mundo inteiro na miséria é UMA única cidade de alta qualidade de vida. Até porque ninguém partiria para um projeto asgaardiano sem testes efetivos em escala menor antes. Mais provável seria que houvesse várias, de qualidades diferentes.
Também a parte conceitual física deixa muito a desejar, apesar de belíssima. Para que ela não tivesse uma cobertura
(recurso que artisticamente é interessante por permitir pousos não autorizados como se fosse um país na Terra), e para que conseguisse manter a atmosfera, teria que girar numa velocidade cuja simulação gravitacional resultaria muitíssimo maior do que a terrestre. E mesmo desconsiderando isso, em momento algum a rotação da estação parece notável. Deveria! Embora infelizmente eu ainda não tenha encontrado uma estimativa de qual seria o tamanho da estação para fazer o devido cálculo.
Ademais, mesmo se a atmosfera fosse estável, seria fina demais para filtrar os raios UV e demais radiações do espaço, muito menos proteger o interior de meteoritos mesmo de pequenino porte.
Deixando isso de lado, achei interessante a questão social, a exploração de uma classe trabalhadora ao estilo século XIX, sonho dourado dos liberais radicais. Muito sugestivo o fato de Los Angeles estar quase totalmente latinizada, o que aliás é o destino da cidade, que nem precisará mudar de nome, bem como o fato dos Elysianos serem quase todos brancos. Mas infelizmente o filme não tocou num ponto que mais me intriga, que é a questão do restante do mundo.
Muito antes de saber deste filme, eu já estava escrevendo, em conjunto com um conhecido, uma estória de FC onde o mundo do futuro está dividido entre o que resta da civilização ocidental vivendo em várias estações espaciais, e um planeta devastado e totalmente tomado pelo islamismo, dividido em califados e sultanatos que lutam entre si mas que também ameaçam constantemente os espaciais, tentando literalmente pô-los abaixo. Um cenário que acho até mais plausível.
No mais, o roteiro foi interessante. O clima terrestre me lembrou um bocado o Distrito 9, tecnologias muito avançadas sobre um cenário de favela, mas gostei bem mais de Elysium. Wagner Moura também está excelente, e pra mim, o melhor ator no filme. As cenas de ação soam como sempre exageradas, bem como o final meio piegas, mas nada que estrague, e já me conformei ao decreto lei que Hollywood baixou sobre os filmes de FC proibindo qualquer armamento humano mais sofisticado que armas de fogo, exceto nos clássicos Star Wars e Star Trek, e filmes de Super-Heróis.
Como teve o bom senso de ambientar o filme cerca de 150 anos no futuro, ele fica imunizado contra o risco de obsolescência intra geracional, tornando mais difícil avaliar a viabilidade das tecnologias demonstradas.
Para que fique registrado, publico uma brevíssima troca de mensagens unilateralmente interrompida que tive num blog feminista, que como já aprendi, censuram críticas bem embasadas.
Expressar ou Doutrinar? relato e comento o breve diálogo que tive com a
Cientista que virou Mãe.
Embora tenha partes bem antigas, outras são novas. Uma composição cujos temas distintos e originalmente desconectados surgiram ao longo de décadas em minha mente, mas que foram reunidos e montados em poucas semanas. Na verdade são 3 temas fundamentais que se misturam. Um deles "espacial", outro "místico-ancestral", outro mais "rock / metal / blues"!
Como é difícil tentar por em palavras algo tão abstrato quanto a música.
Isso significa 5 por minuto, 300 por hora, 7200 por dia, e portanto 2.628.000 por ano. Isso dá cerca de 2,62% da população feminina brasileira.
Portanto, essa é a estimativa, ARBITRÁRIA que vai muitíssimo além das realmente incríveis estatísticas oficiais do IBGE, cuja taxa mais alta, 2.318 no ano de 2010, equivale a 0,0023%.
Agora vamos pegar o pior país do mundo, África do Sul, cuja pior taxa já registrada, 2004, não chegou a 150 por 100.000 habitantes. (A lista não inclui o Brasil.) Em porcentagem pela metade feminima da população, isso dá 0,75%.
Então, segundo a estimativa da S.P.M., o Brasil tem quase O QUÁDRUPLO da taxa de estupros do pior país do mundo. (Se bem que os grupos de combate a homofobia exageram só um pouquinho mais.)
É até pouco, se levarmos em conta que algumas fontes feministas falam em 20% a 25%. Como elas chegam a esses números? Chega! Já trabalhei demais de graça trazendo essas informações e fazendo esses cálculos. Quem quiser que pesquise por si próprio ou se poupe do trabalho aceitando os argumentos das feministas radicais Robin Morgan, Adrea Dworkin ou Catherine McKinnon de que TODAS as relações heterossexuais são estupro.
Mas pelo menos agora você já sabe um pouco sobre o que a S.P.M. vem fazendo com os cerca de 50 milhões por ano que recebe de nosso suado dinheirinho público.
POR QUE mal educados que entopem os ouvidos dos outros com músicas estrondosas não requisitadas, quer seja na forma de carros de som ou festas barulhentas, só tocam pagode, axé, forró, e coisas do tipo? Por que ninguém faz isso com clássicos, jazz, new age ou mesmo rock de alta qualidade?
Respondo.
É a distinção entre o SACRO e o PROFANO na Música. Literal, e classicamente falando, a música Sacra é a que se contempla com a mente, para ser principalmente OUVIDA. A música Profana é para ser DANÇADA, que não pode ser apreciada sem o acompanhamento rítmico do corpo, e assim, é mais material, mais carnal.
A música mais elevada, que exige primordialmente a contemplação mental, é profunda, e por isso mais introspectiva, não sendo facilmente compartilhada. A profana, por outro lado, só é mais plenamente sentida em público, com o acompanhamento grupal dos corpos.
Por isso raramente alguém tem a necessidade de colocar música de alto nível em volumes ensurdecedores para todo mundo ouvir, pois o sentido estético é interno, ao passo que no outro caso o sentido se realiza externamente. Ouvir música profana sozinho não tem graça.
Portanto, não se condene por se sentir superior nesse momentos, até mesmo com algum sentimento de culpa classista. Quem invade a mente alheia com músicas não requisitadas é gente de baixo nível estético, e consequentemente espiritual, mesmo!
Mas que, só por vingança, dá mesmo vontade de colocar na rua uns panelões gigantes tocando Dvorak ou Bach... Isso dá!
Minha página no SOUNDCLOUD. Que é um "Youtube de Áudio", onde qualquer um pode publicar suas músicas. Já fiz o upload de 8, mas em breve vou mandar muito mais.
Tradicionalistas costumam recomendar para uma boa formação intelectual o estudo do Trivium Medieval: Lógica, Gramática e Retórica. Num sentido diferente do que pensa o senso comum, podemos vê-los como os domínios do Pensamento, Linguagem e Discurso. Respectivamente.
Mas eu acho pouco. Recomendaria também o Quadrivium: Aritimética, Geometria, Música e Astronomia (que nesse contexto nada tem de Astrofísica). Há concepções similares nas tradições orientais.
Pode soar estranha à mente contemporânea essa "grade curricular", mas nem tanto se as entendermos como o estudo das quantidades e proporções nos planos: Abstrato, Espacial, Temporal / "Frequencial", e por fim em sua abrangência Espaço-Temporal máxima, abarcando todo o Universo.
Transpondo isso em termos atuais e apelando à minha própria Filosofia EXERIANA, sugiro que um pretendente ao Entendimento Maior tenha alguma intimidade com os 4 domínios humanos: ARTE, FILOSOFIA, CIÊNCIA e MÍSTICA (da qual Espiritualidade e Religião são sub produtos).
Não que se tenha que ser um especialista em todas essas áreas. Mas realmente acredito que o desenvolvimento de uma mente plena precisa no mínimo ter uma boa noção das 4, e algum aprofundamento em ao menos duas.
Compus essa música tende sempre em mente uma cena de Ataque Aéreo, geralmente em vôo rasante. Outrora imaginava mais uma esquadrilha de naves lentas, como a clássica cena dos helicópteros ao som de Wagner em Apocalipse Now. Hoje a imagem de uma legião de anjos tem me inspirado mais.
Sobre o aborto, a vitória Pró-escolha parece inevitável. Foi assim em todos os países desenvolvidos. A América do Sul ainda é o maior baluarte de resistência mundial à descriminalização, e o motivo óbvio é ser a mais profunda área de influência católica.
Exatamente nesse ponto está a fraqueza Pró-vida. Se atrelar à base religiosa de forma tão radical é uma estratégia a longo prazo suicida, pois o aumento do secularismo mina na base seu fundamento.
E o abortismo reforça tal associação, frisando que a única forma de se opor ao aborto incondicional é por fé. Assim, invoca a laicidade do estado e, com toda razão, acusa os Pró-Vida de impropriedade.
Ademais, a Planned Parenthood, braço direito das plutocracias que querem impor o abortismo contra a autodeterminação das democracias resistentes, teve a idéia maquiavelicamente genial de criar as Católicas pelo Direito de Decidir, para dar a impressão de que, mesmo dentro da tradição católica, é possível ser a favor do aborto.
Nunca é demais lembrar. As C.D.D. não tem relação alguma com o catolicismo, nem sequer fingem ir a Igreja. Nesse sentido, é tão legítimo quando um bando de bebuns que não sabem nem pra que lado fica Meca se intitular "Muçulmanos pelo Direito de Encher a Cara".
O abortismo nunca irá trazer diretamente ao grande público os argumentos filosóficos, totalmente laicos, que acadêmicos Pró-Escolha tem desenvolvido há 4 décadas, embora neles se baseie sua sustentação lógica, porque isso fatalmente traria também os argumentos contrários que são claramente superiores.
Como jogador de videogame desde sempre, do tempo dos TV Pongs, e estudioso de questões de gênero há uns 20 anos, acho que nunca vi um
texto mais inacreditavelmente fora da realidade e desprovido sequer de um conhecimento mínimo sobre o assunto. Eu mesmo tenho muitas críticas a respeito da retratação feminina nos games, bem como da masculina, e sempre disse que existe mesmo um tipo de misoginia digital. Mas é inacreditável que alguém afirme a baixa ocorrência de protagonistas femininas nos jogos. A única explicação seria que este colunista se alienou do mundo dos games antes da Mega Drive. Chega a apelar para Donkey Kong como reforço a sua tese! Parece ignorante do fato de que o arquétipo do herói salvando donzela existe desde que o mundo é mundo, e inverte por completo o senso do real ao afirmar que os games deveriam retratar mais a realidade, quando eles sempre foram mais uma retratação da fantasia que do real, e o que primeiro exigiria sumir com as infindáveis heroínas em jogos de ação e luta, para uma correspondência melhor com o real.
Mas no fundo é bom para que todos vejam o nível intelectual do jornalismo brasileiro, num tema bem mais acessível todos. E quem pensa que isso se explique por falta de intimidade com o assunto, que saiba que quando se trata de temas mais sérios, como política, sociedade ou economia, frequentemente é tão ruim quanto.
Que a Marcha das Vadias é uma das maiores imbecilidades contemporâneas é uma conclusão facilmente acessível a qualquer um que não sofra de vadiagem mental. Mas até mesmo dentro de sua surrealidade delirante é difícil entender
como é possível um movimento desses prestar apoio ao Islã!
Perfeito. E vale lembrar que o Alcorão é bem mais libertário do que maioria de nós pensa (exceto pelo fato de ser tão ou mais homofóbico que a Bíblia). Pena que esse legítimo raciocínio não vale para nossa Civilização Ocidental, onde os atos de alguns estupradores são despojados de sua individualidade e seus crimes projetados em TODA A SOCIEDADE, que é um Patriarcado Opressor em benefício de todos os homens e que professa a Cultura do Estupro, no qual o estupro é uma política deliberada de TODOS os homens contra TODAS as mulheres. (Leiam Susan Brownmiller, em caso de dúvida.)
E então, as inimigas do patriarcado que quebram estátuas de santas católicas, e aliadas da luta contra a homofobia, quem diria, também lutam contra a islamofobia!
No frenesi de acusações e teorias à torto e a esquerdo a respeito das manifestações, tenho visto o termo Integralistas aparecer com uma frequência que tem me surpreendido. Pra quem não sabe (99% da população), Integralismo é a versão brasileira do Fascismo, um forte nacionalismo que não é essencialmente nem de Esquerda nem de Direita, e que ao mesmo tempo toma de empréstimo alguns elementos de ambas. O Integralismo, aliás, já tem mais de 70 anos, e é tão anticomunista quanto anticapitalista, uma combinação que promete causar curto circuito na cabeça dos coitados que pensam ser possível compreender a complexidade do espectro político ideológico apenas com direita e esquerda.
É melhor então ouvir o que os próprios integralistas tem a dizer em
Resposta a Uma Crise.
Aposto que a maioria vai ficar surpresa.
Uma infeliz regularidade do universo é sua tendência entrópica, que faz com que piorar seja muito mais fácil do que melhorar.
Construir coisas dá trabalho, edificar, preservar, curar, criar, são todos processos lentos e que exigem esforço, dedicação e algum talento.
Matar, quebrar e destruir é fácil. Qualquer imbecil consegue.
Por isso, a construção de uma nação, o progresso de um país, não poderia ser outra coisa que não lento, difícil, exigir a colaboração de todos, demandar disciplina, paciência, caráter e disposição. Uma luta diária para tornar as coisas melhores, cumprindo a parte que cabe a cada um da melhor forma possível.
Até mesmo as mudanças necessárias para o progresso de uma sociedade tem que ser lentas, exigindo muita reflexão, discussão e cuidado para serem implementadas sem perigo.
Em Ordem, e Progresso.
Por isso, o incompetente, o estúpido, o incapaz de contribuir diariamente com sua quota positiva de trabalho, prefere escolher o caminho mais fácil e partir para a mera crítica sem oferecer solução, para o grito sem diálogo, a ação sem pensamento.
E saem as ruas, com máscaras físicas ou psicológicas, para mentir pra si mesmos e esquecer sua incapacidade em contribuir para um país decente, e como crianças mimadas, ao invés de colaborar, exigem que seus caprichos sejam ouvidos por meio do mais estúpido e fácil expediente: A agressividade.
E infelizmente, voltando à tendência entrópica, o árduo trabalho de todo um povo que tem se esforçado para tornar esse país um lugar melhor, se vê ameaçado por um bando de idiotas que não tem a menor boa vontade, a acham que pela via da destruição e da ignorância é possível fazer, por pensamento mágico infantil, uma coisa absolutamente contrária à depredação estúpida que causam.
Um imbecil disse: "É uma violência simbólica proibir o uso de máscaras. Dia 7 de setembro, todos deveriam ir às ruas mascarados." A omissão criminosa é que: Os Usuários de Máscaras em Geral Estão Dispostos a Promover VIOLÊNCIA CONCRETA! E é exatamente por isso que autoridades estão apelando para essa proibição para evitar a criminalização geral de todos os protestos.
Os movimentos operários que conquistaram direitos trabalhistas usaram máscaras? A feministas que conquistaram direito a voto usavam máscaras? Os protestos de Martin Luther King, Gandhi ou Nelson Mandela usavam máscaras?
Quem usava máscaras? Carrascos, Grupos de Extermínio e a Klu Klux Klan!
Essa trupe de idiotas que pretende vandalizar o 7 de Setembro não vai conseguir coisa alguma de positivo. Não estão protestando! Estão apenas manifestando a própria estupidez na esperança vã de se livrarem dela pelo descarrego!
Quem quer mesmo protestar seriamente assume as consequências de seus atos! Inclusive o ônus da repressão. E quem quer melhorar o país o faz por meio do trabalho honesto, intolerante com corrupçõezinhas do dia a dia, por meio do estudo sério e do exemplo cívico.
Nesse contexto, se esconder atrás de máscaras cabe a criminosos, vândalos e irresponsáveis.
E idiotas úteis em geral.
CLUBE MILITAR - A Casa da República
NOSSA OPINIÃO – Equivoco, uma ova!
Numa mudança de posição drástica, o jornal O Globo acaba de denunciar seu apoio histórico à Revolução de 1964. Alega, como justificativa para renegar sua posição de décadas, que se tratou de um “equívoco redacional”.
Dos grandes jornais existentes à época, o único sobrevivente carioca como mídia diária impressa é O Globo. Depositário de artigos que relatam a história da cidade, do país e do mundo por mais de oitenta anos, acaba de lançar um portal na Internet com todas as edições digitalizadas, o que facilita sobremaneira a pesquisa de sua visão da história.
Pouca gente tinha paciência e tempo para buscar nas coleções das bibliotecas, muitas vezes incompletas, os artigos do passado. Agora, porém, com a facilidade de poder pesquisar em casa ou no trabalho, por meio do portal eletrônico, muitos puderam ler o que foi publicado na década de 60 pelo jornalão, e por certo ficaram surpresos pelo apoio irrestrito e entusiasta que o mesmo prestou à derrubada do governo Goulart e aos governos dos militares. Nisso, aliás, era acompanhado pela grande maioria da população e dos órgãos de imprensa.
Pressionado pelo poder político e econômico do governo, sob a constante ameaça do “controle social da mídia” – no jargão politicamente correto que encobre as diversas tentativas petistas de censurar a imprensa – o periódico sucumbiu e renega, hoje, o que defendeu ardorosamente ontem.
Alega, assim, que sua posição naqueles dias difíceis foi resultado de um equívoco da redação, talvez desorientada pela rapidez dos acontecimentos e pela variedade de versões que corriam sobre a situação do país.
Dupla mentira: em primeiro lugar, o apoio ao Movimento de 64 ocorreu antes, durante e por muito tempo depois da deposição de Jango; em segundo lugar, não se trata de posição equivocada “da redação”, mas de posicionamento político firmemente defendido por seu proprietário, diretor e redator chefe, Roberto Marinho, como comprovam as edições da época; não foi, também, como fica insinuado, uma posição passageira revista depois de curto período de engano, pois dez anos depois da revolução, na edição de 31 de março de 1974, em editorial de primeira página, o jornal publica derramados elogios ao Movimento; e em 7 de abril de 1984, vinte anos passados, Roberto Marinho publicou editorial assinado, na primeira página, intitulado “Julgamento da Revolução”, cuja leitura não deixa dúvida sobre a adesão e firme participação do jornal nos acontecimentos de 1964 e nas décadas seguintes.
Declarar agora que se tratou de um “equívoco da redação” é mentira deslavada.
Equívoco, uma ova! Trata-se de revisionismo, adesismo e covardia do último grande jornal carioca.
Em Traindo o Movimento e Salvando a Si Mesmo, uma breve reflexão de como a inerente saga heróica interior pode facilmente se deturpada em prol de uma conturbação externa, aumentando ainda mais o fosso entre o indivíduo e o coletivo.
O Caso Natan Donadon exige muita atenção, e não memes tolinhos do tipo "Invadam o Congresso Já!" Pois a atitude da Câmara dos Deputados, em si, é TOTALMENTE DESPROVIDA DE SENTIDO, mesmo de um Sentido Corrupto e Criminoso.
Seria inteligível se pensassem "Creio na inocência de meu colega e por isso manterei seu mandato para que ele não seja preso." Mas todos sabem que isso não o impedirá de ir pra cadeia!
Seria também se pensassem "Creio em sua inocência e manterei seu mandato para que ela continue recebendo o salário para pagar seus advogados." Mas isso não vai mudar seu destino e com certeza ele já tem um bom "pé de meia."
Ou se pensassem "Manteremos seu cargo para que ele tenha emprego ao sair da cadeia." Mas a pena dele é maior que o mandato!
NÃO FAZ O MENOR SENTIDO! Como uma instituição pode escolher se desmoralizar de tal modo perante a sociedade sem sequer conseguir algum benefício por mais sujo que seja?
Então o STF, numa manobra que só não faria o espírito de Montesquieu vir assombrar nosso judiciário porque a essa altura ele já deve estar ciente do fato que de mandamos a Divisão Tripartite do Poder às favas (com apoio do povo, que se voltou contra as PECs 33 e 37) ignorou totalmente nossa constituição e reverte uma decisão exclusiva do Legislativo!
Se mais coisas como essa vierem a acontecer, vai ser difícil não ceder a uma explicação: Estamos diante de um progressivo golpe institucional que conseguirá implantar uma ditadura, com o apoio do povo, com o adendo de que só quem entende um mínimo da Teoria dos 3 Poderes (uma parcela ínfima da população) a perceberá como tal. Não seria uma ditadura militar, sequer afetaria nosso dia a dia de modo direto a não ser pelo fato de que teríamos uma autocracia plutocraticamente dirigida, seguramente atendendo a interesses estrangeiros completamente alheios aos da nação.
Isso funcionaria por meio da corrupção intencional e sistemática do Legislativo ao ponto da desmoralização total, até que todo mundo deseje que o congresso seja fechado por um ato do Executivo ou Judiciário, mais provavelmente ambos, com apoio popular maciço. Aí então, toda a agenda internacional dos lobbys anti democráticos que só são barrados em nosso país por conta do congresso, que é um espelho genuíno do povo, poderá ser enfiada goela abaixo mesmo que seus itens sejam contrários à maioria esmagadora da vontade popular.
E a situação é tão bizarra que a essa altura já não sei nem se isso seria bom ou ruim!
Agora que os dois Robertos então mortos, o Marinho e o Civita, fica mais fácil querer se livrar do passado, e o texto, que merece algum respeito, até traz algum enriquecimento.
Também aponto o fato de que o editorial, se sincero, é nada menos que equivocado. Dentro do contexto onde O GLOBO se inseria, FEZ, e CONTINUA FAZENDO todo o sentido que tenha apoiado o golpe! Nesse ponto de vista NÃO FOI UM ERRO!
As organizações GLOBO / MARINHO jamais seriam o que se tornaram sem a colaboração explícita da Ditadura. Se esta não tivesse ocorrido, duvido que a TV GLOBO teria liderado a audiência do país por tantas décadas. Para mais uma surra em quem ainda acredita no delírio do "Estado Mínimo", só mesmo o todo poderoso ESTADO pode alavancar um grupo privado a tão elevado nível de poder!
Num ponto, é até perdoável o apoio, visto que eu próprio admito que naquela época não era tão fácil antever que os movimentos de esquerda, por mais agressivos que fossem, jamais conseguiriam instaurar uma ditadura esquerdista no Brasil. Aliás
em época alguma, nem mesmo hoje.