É constrangedor ver tanta gente comemorando um resultado tão catastrófico. Tudo bem, Lula ganhou, Graças à Terra, mas os números são de uma desgraça quase absoluta! O Miliciano Genocida teve muitíssimo mais votos adicionais em relação ao 1° Turno do que eu previ, e só não digo que talvez tivesse sido realmente melhor ter liquidado a eleição por lá, porque agora está evidente que era mais impossível do que eu pensava, uma vez que é óbvio que proporcionalmente foram muito mais votos dos candidatos anteriores para o Sociopata Corrupto do que para um dos melhores presidentes que esse país já teve.
O resultado final, parece que demorará a ser plenamente compreendido, mas entre eles, podemos dizer adeus à confiabilidade de nossos institutos de pesquisa, que ao menos a nível presidencial, foram incontestes por quase 30 anos. Proporcionalmente em relação a 2018, Bolsonaro teve muito mais votos neste 2° Turno que no 1° (OBS:Errei! Na verdade teve bem menos!Corrigido em 06/02/23), e o mais grave é a evidente inversão de um famoso e corretíssimo bordão.
"O Povo, Desunido, SEMPRE Será Vencido!"
E o que tivemos foi a vitória absoluta da Plutocracia brasileira, por meio da nefasta corja de nossos altos oficiais generais, da elite empresarial com mentalidade de senhor de engenho, do parasitismo rentista e das quadrilhas da grande mídia.
Para que o Brasil se redimisse do desastre que permitiu ocorrer ao longo de todo o processo golpista, a vitória de Lula teria que se dar não por uma diferença um pouco menor que a do 1° Turno, não por uma diferença pouco maior, mas por uma diferença MUITÍSSIMO MAIOR! Foram 5% a mais antes, AGORA SÃO MENOS DE 1%! O gráfico da imagem, desenha o tamanho da tragédia!
Foi muitíssimo pior que a diferença de 3% entre Dilma e Aécio, que ao menos não tinha passado 4 anos no poder todos os dias destruindo um pouco mais tudo que tocava. O gráfico deixa claro.
Que chance há para esse país se recuperar? Adiamos um pouco o inevitável, mas o triste abismo adiante nos espera pacientemente, o débil freio não pode nos desacelerar o suficiente, e não vejo esperança alguma de mudança de curso.
É absolutamente imprescindível, para tentar compreender o que está acontecendo, assistir a fabulosa LIVE do professor Loryel Rocha UMA PERSPECTIVA MÍTICO-SIMBÓLICA DO BOLSONARISMO, que vai muitíssimo além do título. Ao longo de quase 5 horas, o professor discorre sobre o mais profundo pano de fundo histórico capaz de elucidar muitos dos processos em curso, rumo à consumação de um projeto liberal maçônico que já remonta há dois séculos. Embora haja muitos pontos polêmicos e obscuros, esta LIVE, no mínimo, traz dezenas de elementos muitíssimo esclarecedores que podem ser explorados de formas distintas. ASSISTAM! Pode por em velocidade 1.75x ou mesmo 2x, visto que o professor fala de forma lenta e pausada.
O cara usa minha imagem sem nem dizer 'oi', faz um vídeo LIXO com uma estética grotesca e péssimo conteúdo, e ainda por cima desativa os comentários! Resultado: O DOBRO DE VIEWS do meu vídeo, num canal com 38 inscritos, que aparece em 2° Lugar quando se procura o assunto!
E lá se foi a série da Mulher-Hulk, cuja minha opinião final é a de que se tratar de uma...
Não nego que ri algumas vezes, mas sinceramente, é uma vergonha! Alguém tem que ser muito bem pago para falar bem. Pra não dizer que não há alguma coisa que salve, o Episódio 7, quando aparece o Demolidor, é o menos ruim. Inclusive, até "turbinaram" o personagem, lhe dando uma capacidade de movimentação que não há na série original, além do fato do personagem ter sido tratado com algum respeito.
Fora isso... só feminista mesmo pra ter a cara de pau de fingir que achou boa.
Enquanto muito se preocupam com o feminismo incompetente e simbólico em Os Anéis de Poder ou o feminismo bufão, alucinado e autozoativo de She-Hulk, deixam passar o Feminismo mais discreto, mas muito mais profundo, eficiente e pernicioso de A Casa do Dragão, onde não se perde tempo com "heroínas fodonas" nem com modismos "burgueses" californianos com 1001 novas tendências, nomenclaturas, e porque não dizer, "frescuras" do momento.
Como eu já disse no Vídeo 460 - 4 Séries Atuais, são modalidades distintas das quais já adiantava que o maior problema devia ser visto em House of Dragon, e não devido a elementos simbólicos puramente provocativos, como colocar atores negros para interpretar personagens que todos os elementos estruturais da série demandavam que fossem arianos com cabelos platinados, para os quais, basta ignorar a imagem para se tornarem totalmente irrelevantes. (Um FaceApp neutralizaria totalmente isso.)
Além de toda a direta, explícita, e mesmo (devido ao modo de apresentação convincente) eficiente propaganda feminista em sua mais pura essência, a Anti-Reprodução, e sua ojeriza evidente à maternidade, ao casamento, à responsabilidade e à própria ideia de família, o Episódio 6 consegue ainda surpreender com nada menos com um discurso, em off, escancarado contra a própria ideia de ter filhos!
Por mais que tal longa exposição sobre os males da se reproduzir termine partindo de um personagem controverso, que os mais simplistas podem facilmente considerar um vilão, é auto evidente que constitui o espírito nuclear não só do episódio, mas da própria série. Aquele velho expediente de dizer as coisas verdadeiramente interessantes e/ou relevantes pela boca de personagens que já são moralmente condenados ou ambíguos, poupando os "mocinhos" de seu ônus.
O profundo discurso, ao final do episódio, é evidentemente anacrônico e deslocado para uma ambientação como a das Crônicas de Gelo e Fogo, que em tudo parece contradizê-lo, visto ser integralmente baseada numa estrutura feudal de linhagens patriarcais. Assim, é obviamente dirigido ao telespectador, fazendo sentido apenas no nosso contexto cultural ocidental atual, pois soaria incompreensível, por exemplo, na China também.
De uma certa forma, toda a série Game of Thrones anterior termina podendo ser interpretada dessa forma: como um massivo, monumental, O MAIOR DE TODA HISTÓRIA, libelo contra a família. Pois uma família verdadeiramente nobre no melhor sentido da palavra, os Stark de Winterfell, é apresentada apenas para ser violentamente destruída, com requintes de crueldade, por outras Casas Nobres pervertidas, e toda a horrível civilização retratada no fundo tem seus males infindáveis debitados justo na conta do Patriarcado.
Mas ao menos Game of Thrones consegue desviar a atenção disso com uma miríade de tramas paralelas, em especial sagas heroicas às quais muito já me referi em Compilação de textos sobre Game of Thrones Já A Casa do Dragão sequer tem uma saga heroica a ser apresentada, visto que Daemon está mais para um vilão, carismático, mas impossível de confiar, e que Rhaenyra já foi simbolicamente derrotada pelo Patriarcado.
A isso se soma toda a historicamente compreensível crítica da ordem social liberal atual contra a ordem feudal medieval, e MESMO a ordem burguesa dos primórdios do capitalismo, que em parte é retratada na série Duna, de Frank Herbert. Porém, isso acaba recebendo um tom inédito no que se refere a defesa de uma agenda ideológica incrivelmente específica, que normalmente é pouco relevante por já ser historicamente dada.
Em House of Dragon a alternância entre sutileza e explicitude termina por cumprir não apenas uma visão sobre momentos historicamente superados, mas contra os elementos de tais momentos que ainda estão vigente hoje, e cujo Feminismo foi criado para destruir, assim condenando toda a sociedade a uma nova ordem incomensuravelmente mais desigual e trágica do que os períodos anteriores jamais poderiam ser.
Por fim, segue aqui o discurso na íntegra, difícil de traduzir, mas claríssimo mesmo para quem tenha um entendimento mediano de inglês. Com a palavra, Lord Larys Strong: "What is children, but a weakness, a folly, a futility? Though them you imagine you cheat the great darkness of its victory... you will persist forever in some form or another, as if they will keep you from the dust. But for them, you surrender what you should know, you may know what is the right thing to be done, but, love stays the hand. Love is a downfall. Best to make your way through life unencumbered, if you ask me."
E minha tradução, com adaptações. "O que são os filhos se não uma fraqueza, uma loucura, uma futilidade? Por meio deles você imagina que tirará da grande escuridão a sua vitória... (que) você permanecerá para sempre, em uma forma ou outra, como se eles pudessem manter você longe de "voltar ao pó". Mas por eles, você abandona o que deveria saber, você sabe o que é a coisa certa a ser feita, mas o amor detém sua mão.* O amor é uma queda (decadência). Melhor seguir seu caminho na vida não sobrecarregado, se você quer saber."
*Essa frase é a mais impactante, podendo ser interpretada como desde uma defesa abortista, até uma forma de transhumanismo meta existencial, passando por alguma doutrina mística ou mesmo alquímica de prolongamento da vida por meio da abstinência reprodutiva.
A série da Mulher-Hulk promete transcender a lacração! Nem é mais o super combo feminista por si só, pois já elevou esta ideologia praticamente ao máximo possível dentro de uma produção de pretensa mídia de massa. Na verdade já está voltando, e ameaça denunciar até mesmo o processo de auto fagocitação inevitável de levar tal doutrina a seu termo.
Tal qual o fabuloso Mad Max - Fury Road, periga de She-Hulk acabar revelando não só a propaganda feminista em si, mas a própria essência da ideologia, terminando por se auto destruir simbolicamente. Backlash garantido!