Os levantes populares no Equador e no Chile começaram após a estréia do filme Coringa. Embora cada país tenha seus próprios e pretéritos motivos, há uma nítida convergência entre o levante mostrado no filme e os que ocorrem na vida real, não sendo a toa que há manifestantes abertamente enfatizando essa correlação.
Que pode ser traduzida em condições econômicas e sociais degradantes para a imensa maioria em paralelo com concentração de privilégios em pequeníssimas elites, num contexto onde todos os atos do governo vão unicamente no sentido de privilegiar ainda mais essas elites. O mesmo ocorre na Argentina e no Brasil, por sinal, mas os hermanos acabam de despachar o governo que promovia diretamente essas políticas, e por aqui estamos, como quase sempre, desnorteados por uma sequência infindável de insanidades ocorrendo em todos os níveis que realmente fica difícil se concentrar em algo.
Até agora, porém, tenho visto poucas análises que focam essa convergência entre o filme e os protestos, mesmo após ter havido tanto temor, vejam só, justamente de que o filme poderia inspirar fenômenos similares.
Também não há como não desconfiar dos paralelos entre o que ocorre agora no Chile e o que ocorreu aqui em 2013, pois apesar do contextos exatamente opostos, as similaridades são gritantes.
Mas, tal qual fiz com as nossas Jornadas de Julho, prefiro analisar mais profundamente antes de sair emitindo juízos.
Obs: não sei qual a procedência nem o contexto desta foto.
Porque redução de impostos de governo liberal, é SÓ PRA ELITE pagar ainda menos no país que pra eles já é quase um paraíso fiscal, do tipo, perdão de dívidas de meio trilhão no REFIS pra bancos e mega empresários.
Os departamentos de telemarketing das grandes empresas devem estar se esforçando, mas quero ver criarem algo tão calhorda quanto os sistemas automáticos que te ligam pra te fazer ouvir uma maldita gravação!
É o spam telefônico! Obra prima do marketing diabólico!
Maravilhas do liberalismo econômico e suas megacorps.
Minha deusa! A humilhação não para! Depois do Governo se ajoelhar pros EUA entregando base de lançamento de foguetes, liberando visto, deixando produtos americanos entrarem sem imposto etc.
E se essa análise do Globo aqui estiver correta, é ainda pior do que parece. https://oglobo.globo.com/mundo/eua-nao-endossam-proposta-do-brasil-na-ocde-apos-apoia-la-publicamente-24008528 Preferiram a Argentina! Aquela que em breve será governada por um desafeto do Bolso.
Apesar de tudo, como eu já disse antes, os EUA nos fizeram um favor. Entrar nessa OCDE é furada!
E continua a DESGRAÇA MALDITA da submissão a softwares causando danos psicossomáticos no usuário. Veio a infame da atualização de sistema, e pronto! Lá se vai o controle de brilho!
Só que dessa vez foi pior, porque não foi só o controle de brilho via comandos no teclado. O maldito do Windows 10.1 perdeu TOTAL E COMPLETAMENTE qualquer controle sobre o brilho da tela do Samsung Ativ Book i7, que agora ficou fixo, e nem tenho como saber em que nível está.
Como os infames dos fabricantes, em sua totalidade, acham que usurpar do usuários a capacidade de controlar funções que afetam diretamente os seus sentidos é uma boa ideia, simplesmente não parece haver opção para quem teima em achar que tem o direito de decidir a intensidade de brilho que lhe entra pelos olhos ou o volume de som que entra pelos ouvidos.
Mas não. Os cretinos acham que é um maldito software que deve fazer isso por você! Reagindo ao seu comando apenas quando tem vontade. E assim ficou impossível usar o computador no escuro.
Sempre aconteceu isso após atualizações, mas em geral o controle retornava após alguns dias de suplício.
Dessa vez já passou de uma semana. Talvez seja definitivo.
Na década de 80 a banda de rock brasiliense Plebe Rude lançou uma música chamada "Sexo e Karatê", que pode soar enigmática a quem não tenha o contexto.
Mas de fato, durante os 70 e 80, se ouvia regularmente isso ao se consultar a programação de cinema pelo telefone, a única forma de se obter tal informação prontamente. Então, a gravação dizia algo como: Cine Atlântida, Guerra nas Estrelas, aventura, em horários tais, censura tal. Cine Karim, A Lagoa Azul, romance, em horários tais, censura tal, Cine Astor, Pixote, drama, horários tais, censura tal... (Não existia a categoria "Ficção Científica" nessa classificação.)
Então, vinham coisas como: Cine Cafundó, A Empregada Tarada e A Vingança do Dragão, Sexo e Karatê, horários tais, censura 18 anos. Cine Muquifo, Elas Gozam com Tudo Dentro e os Guerreiros de Shaolin, Sexo e Karatê, horários tais, censura 18 anos. Cine Biboca, Secretárias Indecentes e Punhos da Justiça, Sexo e Karatê, horários tais, censura 18 anos... (Sim, os títulos eram bizarros asssim mesmo, e alguns eu nem tenho coragem de reproduzir aqui. E sim, Isso era em plena Ditadura.)
E a lista se extendia para no mínimo uns 10 estabelecimentos, ocupando a maior parte da programação cinematográfica disponível no Distrito Federal.
Daí o refrão "sexo e karatê, sexo e karatê, sexo e karatê..."
Nunca tive a oportunidade de contemplar diretamente tal estranho fenômeno. Quando atingi a maioridade, em 1989, essa modalidade de entretenimento já estava extinta, obsoletizada pela oferta massiva de pornografia disponível pelas videolocadoras para videocassetes caseiros. Diferente do que ocorreu com o cinema convencional, que resistiu à TV, ao VHS, aos DVD e à Internet, o cinema pornográfico tinha uma característica de consumo pessoal, raramente sendo usado como uma atividade de agregação social. A opção caseira era então, além de mais barata, menos constrangedora.
Malgrado o fato dos filmes em questão merecem rótulos mais apropriados, pois eram pornochanchadas brasileiras e filmes de Kung Fu chineses, em alguns casos exibidos, com cortes, em altas madrugadas na TV, fato é que minha geração jamais se esqueceu da tediosa repetição "sexo e karatê" que não raro dominava uns 70% da gravação. Havia quem telefonasse apenas para rir dos títulos! E frequentemente era revoltante para uma criança querendo saber onde e em que horário estava passando O Último Guerreiro das Estrelas ou TRON.
E hoje, a falta desse contexto pode tornar a música do Plebe Rude incompreensível.
Estou verdadeiramente chocado com esse texto. Me atingiu em cheio, embora eu próprio não seja o melhor exemplo desse caso de "invasão estrangeira" literária. A tendência de pregar algo de forma ingênua, e ao mesmo tempo agir pragmaticamente ao contrário do que se prega é uma infeliz tendência dominante, mas nesse caso me parece ainda mais marcada pela inconsciência e pela contradição. Como bem apontou o autor.
Copiar o "internacional", se já tem seus problemas, ao menos segue uma tendência que se estabeleceu na totalidade do mundo. Mas vai além disso. É a cópia não do universal internacional, mas do nacional estrangeiro. Explicando por analogia, é como se esse internacional universal fosse o Rock, que embora de origem anglófona, ao menos se estabeleceu globalmente, inclusive em países também de primeiro escalão, e cada canto do mundo termina produzindo sua própira versão. Mas o que chamo de "nacional estrangeiro" é um estilo que sequer foi verdadeiramente globalizado, é como, invés do Rock, copiar o Hip Hop, sem sequer as nuances e variações de um estilo de fato globalizado, ou sequer dar um toque brasileiro, como foi feito, por exemplo, com o Funk. E o pior, ainda por cima efêmero! Sumindo com a moda para então dar lugar a outro modismo pronto para ser também copiado.
Há que se achar algo que tenha uma marca nacional maior, e também fugir da tentação de achar que isso necessariamente passe pelo folclore ou algum regionalismo típico. No campo fantástico, eu arrisco dizer que o Brasil possui uma influência da mitologia cristã ou de misticismos New Age numa versão única, e que por aqui é difícil até mesmo distinguir Ficção Científica de Fantástica.
Mas tenho que pensar mais sobre o assunto. Esse texto me deu um programa de pesquisa.