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3 de Outubro
Trago um ensaio, que pode ser o primeiro de uma série com uma temática
Em Defesa do ESTADO. Já passou do tempo de começar a reagir contra essa onipresente e
estúpida campanha anti estatal que domina praticamente toda a mídia, produção popular e já virou puro senso comum.
A figura do Estado, entendido como a única forma de organização de grandes sociedades, é algo que me faz lembrar a Ciência. De quem todos dependem totalmente, querem o aval, procuram constantemente para se beneficiar e cobram constantemente, mas poucos nutrem
algum senso de agradecimento. Só que no caso do Estado é ainda pior, pois a Ciência ainda tem seu clube de defensores, o Estado só tem, na melhor das hipóteses, a propaganda oficial do partido que está no poder, para depois ser repudiado pelo próximo partido num infinito jogo de depreciação mútua.
É preciso transcender isso. Ver que na organização estatal há muito mais do que interesses políticos e vontade de poder, além, claro, de corrupção e daquilo que costumamos chamar Burocracia. Acima de todos os problemas, que de fato são muitos, há a própria expressão nacional, encarnação do espírito cultural, de modo que aquele que odeia a presença estatal em si, no fundo apenas odeia a própria civilização, e frequentemente a si mesmo.
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