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29 de Novembro

Era senso comum na "sabedoria" popular brasileira que os ricos e poderosos não iam para a cadeia, mas temos visto grandes empresários, políticos de alto escalão e até banqueiros sendo presos recentemente.

Das duas, ao menos uma:

Ou estamos diante de uma nova era de combate a impunidade onde finalmente a justiça alcança onde jamais alcançou antes;

E / Ou esses poderosos apenas contrariaram diretamente os interesses de gente mais poderosa ainda.

Saber quem seria essa gente começa pelo entendimento de que jamais se verá nada sobre eles em manchetes na grande imprensa. A mesma mídia que inferniza a vida de celebridades artísticas, esportivas e políticas não tem o menor interesse em esmiuçar a vida das pessoas mais ricas do país e do mundo.

Vendo o topo da pirâmide econômica, onde habitam os poucos bilionários (menos de 2 mil em todo o mundo, medidos em U$, e menos de 100 no Brasil) o que se nota é que a grande maioria é totalmente desconhecida do grande público, e cabe até a desconfiança de que muitos sequer apareçam nessas listas.

Portanto, para uma verdadeira compreensão do que realmente está acontecendo no Brasil nesses últimos anos, esqueça a grande mídia. Procure saber quem de fato se sentiu prejudicado, ou ficou de fora, dos notórios esquemas de corrupção, quem tem interesses a ganhar com o expurgo que tem acontecido, e quem está completamente acima do alcance de nosso aparato estatal de vigilância e punição.

27 de Novembro, 19:35

Volta e meia aparece alguém dizendo que o mundo está ficando mais burro. Isso é absolutamente falso. E basta um apontamento simples para mostrar o contrário.

Uma das, se não a maior, características da burrice (tomada aqui no sentido de uma ignorância obstinada) é a incapacidade de detectar a si própria. Enquanto o intelectual, o erudito ou o sábio volta e meia estão se penitenciando por serem menos inteligentes do que são, mesmo quando estão muito além da média normal, o estúpido quase sempre está totalmente satisfeito com a própria estupidez.

Se estamos achando que estamos mais burros, se dá exatamente pelo fato de nossa inteligência estar suficientemente maior para detectar a nossa própria estupidez.

Afinal, uma das formas mais interessantes de descrever a sabedoria é "a capacidade de medir com maior precisão a extensão de nossa infinita ignorância.".

O perfeito idiota está totalmente convencido da superioridade de seu conhecimento. Pode até simular, da boca para fora, alguma humildade, mas a simples propensão a emitir certezas sem qualquer disposição de estudar os fatos é prova viva de sua burrice. É bem diferente do verdadeiramente humilde cuja percepção da própria limitação o inibe de dar opiniões sobre coisas que não tem conhecimento, o que já é uma forma de sabedoria.

O que de fato acontece é que estamos exatamente tendo uma dimensão maior da amplitude de nossa estupidez, e isso de fato gera uma sensação de desânimo, principalmente ao perceber o quanto a ignorância e idiotização tem voz na mídia, tanto a grande mídia comercial, quanto as redes sociais.

Mas é assim mesmo. Estamos, a nível coletivo, dando os primeiros passos que qualquer indivíduo dá quando começa a querer superar a própria estultice. Resta saber se conseguiremos progredir, ainda que lentamente, ou iremos regredir, vítimas da manipulação massiva de quem detém o poder e não suporta a ideia de ver a emergência de mais pessoas capazes de entender o que está de fato acontecendo.

27 de Novembro, 22:18

Mega roundhouse kick voadora dupla overkill!!!

por Gilson Antônio

Esses skinheads reacionários do ABC de SP, que se declaram neonazistas ao mesmo tempo em que defendem o Bolsonaro, são dotados de uma cognição tão baixa que eles chegam até a ganhar dos liberais no nível de burrice.

Embora não apoie o Hitlerismo, até mesmo o próprio Fuhrer ficaria envergonhado se encontrasse com esses caras.

Bolsonaro é entreguista e economicamente liberal, enquanto que o 3º Reich nacionalizou todas indústrias de base e o sistema bancário alemão.

Bolsonaro é sionista e apoia descaradamente o Benjamin Netanyahu, que seria um dos primeiros judeus a serem capturados na Noite dos Cristais se estivesse vivo na Alemanha durante a década de 30.

São seguidores da filosofia "da real", um movimento masculinista reacionário, e vivem dizendo que são a favor da "família tradicional" e que mães solteiras não prestam, sendo que a SS recrutou milhares de mulheres solteiras para gerarem crianças arianas no programa do Lebensborn, à proteção do Estado, sem custódia de maridos.

Isso quando não consomem enormes quantidades de drogas, enquanto que Hitler era totalmente abstêmio, e promoveu na Alemanha a maior campanha antitabagista já vista na História, inclusive ligando a Indústria do Tabaco com a corrupção dos judeus.

Em outras palavras, skinheads neonazis de hoje são um bando de jumentos irracionais, que só seguem o pensamento de manada, incapazes de raciocinar por conta própria, e de defender seus próprios interesses por razões consistentes.

27 de Novembro, 19:35

Três dicas de "desestupidificação".

1 - Se com relação a um conceito ou termo (que não seja um sentimento) qualquer você diz que "sabe o que é mas não sabe explicar", então você NÃO SABE!

2 - Se você não é capaz de dar razões para defender suas convicções, então você NÃO TEM RAZÃO!

3 - Se você não consegue convencer outrem por suas próprias palavras e argumentos, não espere que esta pessoa procure convencer a si própria simplesmente mandando-a estudar o conteúdo que você acha convincente.

26 de Novembro, 20:30

Publico um novo texto na Seção de Ficção Científica. Em 5 BOBAGENS PLANETÁRIAS NA FC, trago uma reflexão que já estava totalmente pronta na minha cabeça há muitos anos, mas que nunca tinha parado para escrever, sobre o modo terrivelmente ingênuo com que autores de Ficção Científica concebem situações envolvendo outros planetas.

26 de Novembro, 01:36

O Dia Internacional do Homem Mau
André Levy

Absolutamente Excelente! Finamente um texto que sozinho põe a nu toda a realidade por trás das estatísticas. (Adendo de 12/08/24: Infelizmente o texto saiu do ar, e só consegui achar breve citação abaixo.)

"Ontem, 25 de novembro, foi Dia Internacional do Não à Violência Contra a Mulher. Depois de uma noite de sono, neste dia seguinte, proponho uma reflexão sobre o que exatamente ele significa. Infelizmente não é o que dizem ser.

(...) Mulheres sofrem violência. Homens não. Os homens são privilegiados. Opressores. Violentos. No mínimo, coniventes. Mesmo quando são vítimas, é por outros homens. Os homens são monstruosos."

20 de Novembro

Person of Interest é o nome de uma série de TV onde um poderoso e secreto sistema de Inteligência Artificial vigia todo o sistema informático, telecomunicativo e de segurança obtendo acesso a detalhes da vida privada dos cidadãos, com o objetivo de evitar ameaças à segurança nacional.

Mas apenas cito o nome da série de onde retirei o seguinte diálogo, que pouco ou nada tem a ver com o assunto a seguir. Neste um gangster diz a outro gangster adversário mais ou menos o seguinte: "Um dos princípios da civilização é que ela trata seus criminosos melhor do que estes tratam as suas vítimas. Mas nós não somos a civilização, não é mesmo? Somos alguma coisa mais antiga."

O acerto está principalmente nas últimas frases. Os criminosos, indivíduos ou gangues, são pessoas e grupos que em parte resistem à civilização. Vivem como as tribos primitivas em constante conflito umas com as outras, seguindo suas próprias regras e interesses à revelia dos interesses alheios, por mais parecidos que estes sejam, ou unindo forças para aumentar seu poder em frente a outros grupos. Luta por territórios, recursos, supremacia ou mulheres, visto que tais como as gangues atuais, as lideranças dos grupos primitivos sempre foram masculinas pelo simples fato de que é na força física de homens armados que se baseia toda e qualquer forma de poder. Mesmo quando este é manipulado por líderes mulheres, idosos ou homens mais fracos.

E o crime nos mostra algo mais interessante. Além de criminosos individuais, gangues e coalizões de gangues, há um estágio maior chamado Crime Organizado, que reúne um número mais amplo de criminosos de forma mais sistemática. E quando observamos máfias e cartéis bem sucedidos, estes são necessariamente liderados por famílias, podendo resultar em autênticas dinastias. Ou melhor, por chefes de famílias, patriarcas.

Se mesmo a resistência à civilização exige uma organização maior para progredir, organização similar também foi necessária para iniciar ao que entendemos por Civilização, a vasta coalização de grupos convivendo numa estrutura urbana que chamamos 'cidade', como 'cidadãos', 'civis', todos conceitos interligados. Unindo esforços para um objetivo maior que a simples guerra sem fim entre subgrupos, é o advento de uma supremacia familiar patriarcal que no papel de um rei impõe ordem, e consequentemente progresso, reprimindo as desavenças internas.

Mesmo os traficantes nas favelas brasileiras costumam criar o que chamamos corretamente de 'estados paralelos', visto que em sua crescente organização, em geral tentando superar o estágio de gangue para o de máfias mais organizadas, acabam impondo leis internas capazes de engendrar um minimo de ordem social.

A Civilização nada mais é do que A Grande Gangue, muito mais organizada e mais poderosa, exigindo uma estrutura hierárquica de poder e mecanismos de controle mais sofisticados.

Inexiste Civilização sem Estado, ou vice-versa. São conceitos interdependentes que dependem de uma capacidade crescente de organização que inevitavelmente exige a capacidade de escrita, permitindo a utilização de instrumentos burocráticos de ordenação social. Assim, um não pode ser a causa primária doutro, ambos resultam de causa anterior.

O Patriarcado, ou Patriarquia, é a base da Civilização e do Estado, que podemos entender respectivamente como domínios fundamentais da Família, da Cultura e da Política. E isso ocorre porque diferente do simples gangster, que em geral visa apenas o interesse próprio, o patriarca visa o interesse da família que assume, suas uma ou mais esposas e seus filhos. Por viver para algo além de si próprio, precisa de maior organização e alianças, e transmite seu poder acumulado para seus descendentes.

E é esse progressivo acúmulo de riqueza, conhecimento e sofisticação que vem resultar no mundo que vivemos hoje. Dos Bandos, às Tribos, às Patriarquias, à Civilização, que apesar de tudo, e previsivelmente, ainda tem que lutar contra a resistência entrópica perpétua daqueles que nunca superaram devidamente os estágios anteriores, aquela "coisa mais antiga", ainda que parasitem os frutos civilizatórios.

15 de Novembro, 21:40

Infelizmente só tem a legenda automática em inglês, mas Warren Farrell fala de modo tão claro que até essa legenda acerta mais de 90%!

15 de Novembro, 14:30

EXCELENTE entrevista! Vale cada minuto e como a própria apresentadora falou, foi um hora e 20 minutos que passaram desesperadamente rápido.

OBS: Só ignorem os cartoons absolutamente idiotas do Paulo Caruso.

14 de Novembro, 18:37

Sobre a França, não custa repetir.

1 - Quando a taxa reprodutiva de uma sociedade despenca ao ponto de não manter sequer a reposição populacional, ele necessitará inevitavelmente de imigrantes. Do contrário, a economia entra em colapso devido a impossibilidade de uma força de trabalho decrescente manter a estrutura em funcionamento;

2 - Jamais uma população migratória absorve integralmente a cultura da sociedade em que se insere. Ou ela cria algo novo, ou mantém suas tradições que podem conviver pacificamente ou não com a cultura hospedeira;

3 - A soberania cultural será daquela etnia que tiver mais força para impor seus valores. Tanto a força psicológica de determinação, disciplina e comprometimento. Quanto a força numérica da quantidade de indivíduos. E é totalmente trivial que os muçulmanos superam em muito os europeus nativos no primeiro aspecto, e irão superar no segundo pela simples taxa reprodutiva muito mais elevada além da mera migração;

4 - Logo, a não ser que haja uma reação cultural visceral por parte dos franceses, o resultado final será a islamização do país. A única dúvida é se esse processo será mais ou menos pacífico ou marcado por eventos violentos como os da última Sexta-Feira 13, que são evidentemente estimuladas por tensões internacionais e hostilidades militares. E mesmo que não tivéssemos cenário de guerra algum, o processo de substituição cultural continuaria a acontecer;

5 - Mas qualquer reação francesa quer seja com foco na restauração e fortalecimento do Cristianismo, ou por via do Nacionalismo (em geral ambos), exige necessariamente a retomada das taxas reprodutivas e crescimento ou manutenção populacional para que o sistema econômico não dependa mais da imigração;

6 - Portanto, REPRODUÇÃO É A CHAVE! E não há esperança de recuperá-la sem erradicar da sociedade: Abortismo, Ideologia de Gênero, Homossexualismo Militante e todas as demais bandeiras do Feminismo, retomando valores familiares mais tradicionais.

7 - Por fim, a única dúvida que resta é: ou essas ideologias anti reprodutivas são varridas da sociedade francesa pelos próprios franceses, ou o serão mais tardiamente pelo Islã. E quem não é capaz de ver no Feminismo e seus asseclas sinal inequívoco de decadência civilizacional e que só podem resultar na extinção parasitária de sua própria cultura, não tem a menor condição de entender mais nada e merece mesmo se submeter aos futuros Emirados Europeus e ao Califado Global.

OBS: Esse post gerou uma discussão especialmente acirrada no Facebook.

14 de Novembro, 14:09

Enquanto isso, empresas estatais não financiam campanhas. Deputados que vão apurar tragédia em Mariana receberam R$ 2,6 mi da Vale.

13 de Novembro, 12:01

Há um pressuposto não declarado na discussão sobre Aborto, que embora acometa outras discussões, nesta tem um impacto especial.

Em ambos os lados, é frequente que se esteja no fundo defendendo um interesse pessoal bastante particular, que pode ser estendido aos demais, mas se utilize sempre argumentos paralelos que não tocam diretamente em tal interesse.

Quando defende a liberação do aborto, frequentemente a pessoa o faz apenas porque quer ter ela própria essa opção disponível. Mas disfarça isso alegando motivos de saúde pública, autonomia reprodutiva, demografia etc, mesmo que jamais tenha se preocupado com nada disso fora do tema do aborto.

Evidentemente, no lado oposto temos situação similar. A pessoa que rejeita a liberação frequentemente não tem interesse em tal opção, se disponibilizando a assumir a gestação na ocorrência de uma, mesmo que não planejada. Só que isso é perfeitamente confessável, e se não motivo de orgulho, ao menos seria o cumprimento de uma obrigação.

Em suma, a defesa da liberação do aborto costuma embutir a defesa da não responsabilização pessoal pela possível consequência reprodutiva do ato sexual. E por não querer confessar isso, faz miríades de digressões nas mais diversas direções possíveis.

Mas até esta é perdoável diante de outra motivação muitíssimo mais sinistra. Aquela de fundo misantrópico, que defende o aborto por desprezo generalizado pela vida humana. Enquanto Antinatalistas e Adeptos da Extinção da Humanidade (que sempre são também favoráveis ao aborto) ao menos tem a decência de admitir isso abertamente, dentre os defensores do aborto incondicional, especialmente os Abortistas, costuma haver o mesmo viés anti humano, mas preferem disfarçar isso sob preocupações humanitárias evidentemente hipócritas.

13 de Novembro, 01:05

Só pra lembrar: Em mais de meio século de empresas estatais (55 anos só da Vale do Rio Doce), NUNCA aconteceu algo remotamente parecido com o Mar de Lama da Samarco.

E pra não esquecer: Nem mil eventos piores que esses afligindo exclusivamente empresas privadas irão fazer liberais deixarem de professar fé inabalável na superioridade do setor privado sobre o público.

12 de Novembro, 19:55

Depois quando digo que bebidas alcoólicas são uma das maiores desgraças da civilização tem gente que acha que é exagero. Brasil perde 7,3% do PIB por ano com consumo excessivo de bebidas alcoólicas Isso é muito mais que a perda pra corrupção. Só perde pra Dívida Pública!

Relembrando A Droga da Incoerência.

12 de Novembro, 14:56

Raríssimas pessoas se aproximam do estereótipo maligno de literatura infantil. A grande maioria de nós e de nossas crenças, visões de mundo e ideologias (religiões inclusas) acredita lutar pelo Bem.

Nossos defeitos tendem a se projetar para fora, por isso lançar o "Mal" sobre o outro é um forte indício de tê-lo em si mesmo.

O mesmo se dá com a Ignorância, com a diferença de não haver vergonha e ser inevitável ser ignorante sobre algo. Todos nascemos ignorantes e o permanecemos sobre a maioria das coisas.

Por isso a verdadeira luta pelo Bem deve se pautar pelo combate a ignorância, principalmente em nós mesmos, pois aquele que crê e principalmente que alega combater o "Mal" quase sempre está tão mergulhado na própria ignorância que não pode promover bem algum.

11 de Novembro

Isso é suficientemente MARAVILHOSO para ser divulgado ao máximo! VIDEO GAME MUSIC Milhares de MP3 de músicas de games totalmente disponíveis para download e perfeitamente catalogadas!

10 de Novembro

Retomando o tema do Antropocentrismo e Humanismo, a respeito das comparações com grandezas astronômicas dos planetas jovianos, estrelas e galáxias.

Quer ver um jeito de saber de imediato se o discurso é uma legítima admiração da magnificência do Universo, expressando o direcionamento humano para a grandeza, ou se é apenas um meio para justificar um discurso de desprezo pela espécie humana, de auto depreciação e pessimismo?

Fácil, quando vier a invariável conclusão de que diante do universo nós somos insignificantes e desprezíveis, e não faríamos falta alguma, basta você concordar e estender o mesmíssimo raciocínio aos animais e ao meio ambiente. Afinal, eles também seriam completamente desprezíveis diante da mesmíssima escala cósmica, e assim, porque haveríamos de nos importar com eles se desprezamos até mesmo a nós próprios? Se nosso planeta inteiro, não sendo o centro do universo, não merece consideração, então menos ainda uma floresta ou uma espécie animal!

Pode apostar que imediatamente o misântropo irá reagir com uma virada radical em sua perspectiva, subitamente valorizando sobremaneira as formas de vida inferiores de nosso desprezível pálido ponto azul.

8 de Novembro

Fugindo um pouco dos temas políticos e ideológicos mais densos, trago um texto menos polêmico e mais voltado a uma reflexão estética. SENSUAL KOMBAT faz uma análise das personagens femininas dos videogames de luta, com um breve histórico e algumas questões que apenas tangem questões de representatividade e percepções de gênero. No entanto a pretensão, espero, seja mais lúdica do que filosófica. Um refresco, na medida do possível, diante da seriedade dos assuntos que venho tratando.

A página é pesada, pois tem quase 150 Mb de imagens, especialmente Gifs Animados. Portanto é certamente o texto mais ilustrado que já fiz, e provavelmente que ainda irei fazer.

6 de Novembro

O Abortismo é um produto de engenharia social movido pela elite bilionária norte americana, e conta com o apoio massivo das mega corporações, em especial da grande mídia, a começar pela Rede Globo.

Mesmo assim a rejeição da esmagadora maioria dos brasileiros permanece. Quase 80%, segundo pesquisa IBOPE divulgada em 3/9/14. Isso deveria nos deixar, bem como outros latino americanos, orgulhosos de compor O ÚLTIMO BALUARTE mundial de resistência contra uma das ideologias mais perversas já inventadas.

Por isso não adianta por atores globais para defender campanhas abortistas sórdidas que isso em nada ajuda, pelo contrário, aumenta a rejeição, como se pode ver no recente vídeo Meu Corpo, Minhas Regras - Olmo e A Gaivota, que publicado no youtube em 3/11/15 já conta com mais de 410 mil visualizações onde o "Não Gostei" supera o "Gostei" em 8 vezes.

E nem adianta por a culpa em campanhas de repúdio como a do Citizen Go, que até agora não angariou sequer 30 mil assinaturas enquanto as rejeições no vídeo já ultrapassam 40. Mesmo se as debitássemos, o "Não Gostei" ainda seria o dobro.

Tudo bem que nesse caso houveram outros erros paralelos. Atacar frontalmente um dos dogmas centrais do cristianismo, por meio do apontamento de que a gravidez virginal de Maria resulta de um erro de tradução, pode até ser útil para uma discussão teológica. Mas num país com uma maioria de cristãos é apenas estupidez, a não ser quando se segue a evidente cartilha de forjar a rejeição ao aborto com uma postura religiosa de modo mais rígido que os próprios religiosos.

Aliás, não fosse essa bem sucedida associação que constrange grande parte dos não religiosos que sabem que há uma terrível impostura ética no abortismo mas não tem coragem de se expressar para não serem mal interpretados, muito provavelmente a rejeição ao aborto passaria de 90% não importa o quanto abortistas e feministas utilizem todo o aparato midiático, estatal, mega corporativo e político, incluindo a própria ONU, para empestear em massa todos os redutos disponíveis com uma horda interminável de fraudes e mentiras torpes.

E como e não bastasse tudo isso, ainda há um oportunista canalha como Eduardo Cunha que se elege em cima dessa rejeição para depois colocar em primeiro lugar a Constitucionalização do Financiamento Privado de Campanha e a Liberação Irrestrita da Terceirização no Serviço Público (que servem às mesmas elites financeiras que sustentam o Abortismo) muito antes das medidas conservadoras pelas quais ele foi eleito. E agora que obteve um tempinho para conseguir dedicar-lhe atenção, correu o risco de ser chutado pra fora do cargo antes de conseguí-lo, pelas mesmas forças que se aproveitaram de seu trabalho sujo na câmara e agora não tem mais interesse algum naquilo que o seu eleitorado de fato quer ver implementado.

Por sinal o vídeo em questão foi em resposta à rejeição da mensagem central do documentário abortista O Olmo e a Gaivota, que como pode ser visto nesta matéria parece ser um libelo anti maternidade, onde o feto é visto como um invasor parasita e gravidez como uma tragédia terminal, afinal, até um papel numa peça de teatro vale mais que a vida humana.

5 de Novembro

Todos nós acreditamos em Meritocracia, visto ser impossível negar que os mais experientes, sábios, competentes etc, são mesmo os mais indicados para liderar, bem como que aqueles com maior desempenho em algo merecem uma posição de destaque.

Mesmo no mais coletivista comunismo radical há no máximo, em nome de uma igualdade material, a negação de um maior benefício material direto, mas que mesmo assim não impede que lideranças e excelências sejam espontaneamente reconhecidas.

A rejeição ideológica ao conceito de Meritocracia vem mais do fato de que os principais aparentes defensores da mesma são espetacularmente hipócritas, falando em nome dela quando na verdade são seus maiores sabotadores.

Por exemplo, há uma enorme convergência entre tais defensores e os detratores do serviço público, quando no entanto o Concurso Público é a forma mais isenta e pura de meritocracia, visto que candidato é aprovado pelo mérito de seu esforço pessoal em dominar uma série de assuntos sem qualquer influência interpessoal ou favorecimento.

Por outro lado é completamente impossível em entrevistas de emprego ou no mercado de trabalho privado se livrar da influência de fatores pessoais e subjetivos que possam levar a seleção e benefício de determinadas pessoas não por suas habilidades e competências, mas por afinidades interpessoais ou mesmo simpatias inexplicáveis.

Por mais qualificado e excelente que alguém seja, nunca terá plena certeza de que o motivo para ser selecionado para uma oportunidade não tenha algo a ver com um simples "ir com a cara" do selecionador.

Ninguém nega que num grupo de concorrentes que estejam em condições equivalentes de competição o vencedor mereça o prêmio da vitória, isso é um princípio primordial da própria noção de competição natural. Mas os auto proclamados defensores da meritocracia são justo os principais opositores de iniciativas públicas de equalizar as condições iniciais, ou finais, de competição, fazendo vista grossa ao fato de que ter uma formação educacional mais abastada concede vantagens para entrar numa universidade, ou que grandes empresas de famílias tradicionais só não esmagam concorrentes menores se houver um regulador mais forte para contê-las chamado Estado.

E os que posam de "meritocratas", no Brasil, estão inegavelmente inclinados a políticos almofadinhas que provêm de famílias abastadas que muitas vezes estão há gerações ocupando posições de poder, tendo seu caminho enormemente facilitado por praticamente "herdarem" seus cargos, ao passo que demonstram repulsa visceral ao político que saiu da pobreza do sertão nordestino para chegar à Presidência da República, um exemplo meritocrático que "nunca antes na história deste país" havia sido visto.

Portanto o problema não é a ideia de sermos liderados pelos mais meritórios, pelo contrário. E sim a farsa típica dos liberais de defender privilégios elitistas, temperados com aleatoriedades, chamando-os de mérito.

3 de Novembro

Tendo assistido ao filme TOMORROWLAND, da Disney, fiquei bastante pensativo sobre uma aparente crise da Ficção Científica, e da própria humanidade nesse momento atual.

Sem querer ceder a um Cronocentrismo (a crença de que vivemos em um momento crucial e todo especial da história), sempre nos vi numa encruzilhada devido a nosso inédito potencial tecnológico de destruir nosso planeta e o fato de termos agora os melhores indicadores de vida e qualidade, e o mais baixo índice de violência de toda a história humana. (Fato amplamente ignorado, se não repudiado, pela maioria das pessoas, mas absolutamente incontestável sob qualquer exame crítico.)

Quando mais elevamos nosso padrão de vida e nossas perspectivas, quanto mais um possível futuro brilhante parecemos poder ter pela frente, maiores são as chances de frustrarmos tudo, quer nos perdendo num caos de valores morais e conflitos culturais, ou mesmo dando um fim abrupto por meio de uma autodestruição com armas de destruição maciça.

Aliás... Menos. Esse período do maior futuro dourado definitivamente já está um tanto fora de moda, e é exatamente isso que esse filme aponta de modo brilhante e certeiro. Pouco após a Segunda Guerra e antes do aquecimento da Guerra Fria, tivemos uma espécie de mini era de ouro de progresso sem precedentes na história. A Era Atômica e a Era Espacial coincidiam com crescimento econômico inédito e valores familiares ainda saudáveis, e um notável otimismo em relação ao futuro, que se refletiu na F.C. em séries como Star Trek, e sua visão de uma humanidade futura utópica que havia vencido seus desafios internos e achado novos desafios no Espaço, a Fronteira Final.

Mas veio a ameaça de Mútua Destruição Assegurada e o emblemático filme The Day After, em 1986, e movimentos sociais depressivos e auto destrutivos marcando uma nova era de pessimismo crônico onde muitos davam como certa uma hecatombe nuclear.

Parece que jamais nos recuperamos disso, e se hoje a guerra atômica já não está mais na moda, estamos infestados de estórias de epidemias globais, apocalipses zumbis e futuros distópicos tão insistentemente repetidos que parece que a humanidade quer mesmo reiniciar sua história na ingênua crença, que outrora também acreditei, de que poderíamos começar de novo com melhores chances de sucesso, ou pior, com novas oportunidades de heroísmo que jovens civilizados jamais puderam experimentar.

Aí vem a questão, levantada no filme, o quanto essa fixação fatalista em imaginar nossa própria destruição contribui para realizá-la?

E pergunto: O que aconteceu com a Ficção Científica que deveria nos apontar caminhos e possibilidades futuras de superação, transcendência, e de um futuro magnífico onde nossa qualidade de vida seria tão elevada que nossos desafios seriam muitíssimo mais sublimes e grandiosos?

Será que é só com ditadores psicóticos, mortos vivos decrépitos e retornos ao estado selvagem que os autores de FC conseguem agora lidar? Somente a visão depressiva e pessimista de um futuro derrotado?

Motivos reais para temer o futuro não nos faltam, mas deveria ser uma marca da FC oferecer visões originais, e até soluções, e não reforçar ad nauseam e ad infinitium aquilo que nossas maiores religiões sempre previram como sendo um futuro sombrio, sem sequer dar um passo avante no que as mesmas religiões prevêem como um futuro glorioso?

E o mais crucial de tudo. E se nós, com tamanho imaginário pessimista, não estamos no fundo criando esse inevitável futuro numa verve tanática que se retro alimenta contando, sempre, com o fato entrópico de que é sempre mais fácil piorar que melhorar?

* * *

Certa vez imaginei um conto onde, após a morte, você renasceria justo no universo ficcional que você mais tem em mente, quer seja de um outro autor, ou um que você mesmo criou. Mas como um cidadão tão comum quanto o que você é neste mundo, e não como o grande herói.

Nesse ponto eu tenho a consciência tranquila. Nasceria num mundo, se não paradisíaco, ao menos onde a vida da população média seja um pouco melhor que a nossa, e ainda assim repleto de novos desafios.

E você, em que mundo renasceria?

Apesar da intuição ter partido de um filme penso que essa possível crise se aplique mais à literatura de massa que ao cinema.

Nenhum dos filmes com perspectivas mais grandiosas ou otimistas dos últimos anos foi baseado em livros, mas a maioria das distopias ou pós apocalípticos o foi, como 'Divergente', 'Hunger Games' ou 'Maze Runner'.

E não é que eu não goste. Pelo contrário. Adorei Maze Runner, incluindo o livro. Mas o que pergunto é onde estão os 'Fundação', 'Duna' ou 'Rama' da atualidade!?

Que aconteceu com a Futurâmica Espacial ou as sagas de super civilizações onde a humanidade transcendeu o estágio atual e se lançou rumo a coisas muito maiores?

No cinema até tem, mas entre os best sellers literários não tenho visto coisa alguma.

O problema não é ter distopias ou apocalípticos, e sim SÓ TER ISSO!


Um amigo me disse por What's App: ["Com tantos filmes sobre superação de adversidades nunca me passou pela cabeça que a FC estaria em crise. Continua a explorar o que há de melhor em nós em situações extremas que, cá entre nós, sempre foram mais interessantes que qualquer estória paradisíaca."]

No que respondi: Não é preciso FC para explorar situações extremas, até a Não-Ficção faz isso. Mas somente a FC pode conceber a humanidade num nível avançado e descortinar a super-humanidade e os desafios pós-humanos.

E acrescento não ser tanto uma questão de ter estórias paradisíacas, embora isso possa ser feito também deslocando os desafios e perigos para questões mais sofisticadas. Mas principalmente de haver coisas grandiosas.

Até mesmo um filme como Elysium contrasta um futuro terrestre distópico e quase nada diferente de muitas realidades que já temos, com um empreendimento espacial colossal e magnífico, onde a humanidade atingiu até a imortalidade. Ou seja, a construção do sublime não impede a realização de estórias de ação ou mesmo violência.

Ou poderia até mesmo fugir da questão do avanço humano com o simples apelo de abertura para algo muito mais amplo, mesmo que terrível, como Lovecraft e sua concepção de titânicas civilizações perdidas e criaturas divinas que transcendem o espaço e o tempo.

O que estou sentido falta, em especial na literatura atual, talvez seja mais do Grande. Quer seja um grande futuro humano ou um grande não humano.


Ou talvez seja o contrário! O constante flerte imaginário que temos com a grande tragédia pode ser o que mais nos ajuda a evitá-la! Por um processo inconsciente de reação.

Afinal, não foi justo na era dourada do otimismo que corremos o maior risco de auto destruição nuclear com a Crise dos Mísseis Cubanos?


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