FILOSOFIA ELEMENTAL
!!!Em construção!!!

Ao contrário de todas as demais áreas da Filosofia, há uma que pode ser considerada um assunto encerrado, no que se refere a continuidade de investigação. A Filosofia da Natureza, precursora da Física, é a única página virada da tradição filosófica, pois seu objeto de estudo há muito foi assumido pelas Ciências Empíricas.

Nesse sentido, o seu interesse é primariamente histórico, mas isso não esgota a riqueza do que foi desenvolvido pelos antigos filósofos gregos, pois muitas de suas doutrinas sobreviveram em outras formas de expressão cultural, artísticas, místicas e simbólicas. Além do que ainda há correlações entre as antigas formas de pensar a natureza, e as contemporâneas.

O objetivo deste texto é resgatar parte deste pensamento, em especial, da doutrina dos elementos, e não somente dos primeiros filósofos ocidentais, mas também da Filosofia Oriental, que está ainda mais viva no imaginário popular.



TEORIAS OCIDENTAIS DOS ELEMENTOS

O detentor do título de primeiro filósofo do ocidente, Tales de Mileto (625-546 AEC), ficou conhecido por sua doutrina de que a ÁGUA era a substância primária de todas as coisas. É uma idéia em comum com muitas doutrinas mitológicas, onde a água desempenha papel central na origem do universo. Para Tales, as coisas vieram da água, que era aparentemente o elemento mais abundante na natureza, e então assumindo diversos graus de rigidez, podia se solidificar nas coisas duras, e se fluidificar no próprio ar.

É bom notar que a água é um símbolo inconsciente do CAOS, a potência primordial que dá origem ao universo, ou da qual este é extraído e moldado. E isso ocorre inclusive na Gênese bíblica, onda fica claro que apesar dos "Céus", "Terra", "Mar" e "Abismo" terem sido criados, as "Águas" em si não o foram, estando perenes desde que o "espírito de Deus pairava sobre" sua face.

Assim, há muita adequação na idéia de que a ÁGUA tenha assumido o papel de representar a substância fundamental do universo nos primórdios da filosofia.

Posteriormente seria a vez de Anaxímenes de Mileto (588-524 AEC) afirmar que era na realidade o AR que tinha essa peculiaridade. Aparentemente ainda mais onipresente do que a água, e mais sutil, o Ar poderia se condensar em vários níveis, assumindo a diversas formas das coisas do mundo. E bom notar que a formação de nuvens e a chuva servia como evidência da transformação de ar em água.

Heráclito de Éfeso (540-480 AEC) mudou um pouco o enfoque não apenas ao colocar o FOGO como elemento primordial, mas também por atribuir propriedades mais fundamentais ao mesmo, que seria mais do que o fogo físico que conhecemos, mas um tipo de princípio divino racional, chamado LOGOS.

O elemento "Terra" não parece ter tido um defensor exclusivo, pois Empédocles de Agrigento (490-435 AEC) formulou a primeira versão conhecida da famosa Teoria dos 4 Elementos: ÁGUA, AR, FOGO, e TERRA.

Em paralelo, filósofos como Leucipo de Mileto (~500 AEC) e Demócrito de Abdera (460-370 AEC) propunham a doutrina conhecida como Atomismo, na qual o universo era composto de diversas minúsculas partículas elementares fundamentais e indivisíveis, os ÁTOMOS, que existiam em formas distintas que podiam ser intercombinadas formando as diferentes coisas.

Pouco antes, Pitágoras de Samos (571~496 AEC), que detém o título de primeiro grande matemático, além de criador do termo "Filosofia", entendia o universo como redutível a entes numéricos. "Todas as coisas são números.", teria dito, e sua escola deixou uma longa tradição de discípulos, os pitagóricos, entre os quais Arquitas de Tarento (428-347 AEC), aparentemente o primeiro a relacionar os números, figuras geométricas tridimensionais e 4 elementos, no caso 1 (FOGO), 2 (AR), 3 (ÁGUA), e 4 (TERRA), que implicavam nos poliedros: Tetraedro, Octaedro, Icosaedro e Hexaedro.

Platão (427-347 AEC), na obra O Timeu (~360 AEC), promove uma síntese de tudo isso, com aquilo que pode ser chamada de Teoria Atômica e Geométrica dos Elementos, adicionando, porém, um Quinto Elemento, como veremos abaixo.

A Teoria Atômico/Geométrica
dos Elementos em Platão

Para uma melhor apreciação desta notável teoria platônica, é necessário uma comprensão geométrica básica.

Sabemos que um polígono regular é um polígono onde todos os lados e ângulos internos são iguais, tais como o triângulo equilátero, o quadrado, óctogono regular etc. Assim, temos naturalmente infinitos polígonos regulares.

Conceito similar podemos associar aos poliedros, figuras tridimensionais onde todas as faces sejam polígonos regulares, e todos os ângulos internos também sejam iguais. No entanto, diferente do caso que se dá em duas dimensões, só existem 5 poliedros regulares.

Antigos pitagóricos já haviam associado os 4 elementos à 4 dos poliedros regulares, Platão viria a associar o quinto poliedro a um quinto elemento, produzindo as seguintes correlações.

TETRAEDRO
4 Vértices, 4 Arestas, 4 FACES (Triangulares).

Essa "Pirâmide de 3 lados", é a mais simples estrutura sólida, tridimensional que pode existir, por isso ela representava o elemento mais leve, o FOGO. Dada sua forma, suas pontas agudas explicariam a propriedade destrutiva e penetrante do calor.

OCTAEDRO
6 Vértices, 12 Arestas, 8 FACES (Triangulares).

A "Pirâmide de 4 lados dupla" era tida como a forma das partículas do AR, sendo suficientemente leve para flutuar e penetrar em todo o espaço "vazio".

ICOSAEDRO
12 Vértices, 30 Arestas, 20 FACES (Triangulares).

Dada a seu peso e suas bases pequenas, passíveis de rolar com facilidade, fluidez, esse poliedro constituiria para os antigos as partículas da ÁGUA.

HEXAEDRO
8 Vértices, 12 Arestas, 6 FACES (Quadrangulares).

O "Cubo", dada a sua estabilidade e facilidade com que pode ser empilhado formando estruturas maiores, sugeria aos filósofos antigos ser a estrutura fundamental do elemento TERRA.

DODECAEDRO
20 Vértices, 30 Arestas, 12 FACES (Pentagonais).

Para Platão, Pitágoras e muitos filósofos antigos, o Dodecaedro representava o QUINTO ELEMENTO, a QUINTAESSÊNCIA, que permeava a tudo no Universo, sendo o poliedro mais próximo da Esfera, a forma perfeita. No caso platônico, evidentemente se referia também à Alma/Idéia.

Enfim, Aristóteles de Estagira (358-322 AEC) viria a acrescentar a noção das 4 Qualidades: Frio, Quente, Seco e Úmido, que explica de outra forma a noção dos 4 elementos, sendo a Água a fusão das qualidades FRIA e ÚMIDA, o Fogo QUENTE e SECO, o Ar QUENTE e ÚMIDO e a Terra FRIA e SECA.
------ Aristóteles também considerou o Quinto Elemento, que chamou de Éter, sendo um elemento que só existia na ESFERA SUPRALUNAR, isto é, no espaço em volta da Terra, que já era considerada como esferóide, além da órbita da Lua.

Podemos então esquematizar os elementos da seguinte forma.

Os poliedros então eram vistos como partículas fundamentais de cada elemento, e é especialmente notável que apenas 3 poliedros compartilhem o mesmo tipo de face, o que sugeriu a Platão o motivo pelo qual eles podiam realizar transformações entre si.

Quatro partículas de FOGO, por exemplo, possuem 4 faces cada, totalizando
16 triâgulos equiláteros, que seriam os átomos, que podem ser desmontados
e remodelados em duas partículas de AR, que possuem cada qual 8 triâgulos.

Quatro partículas de Água, possuindo 20 faces triangulares cada (80 ao todo),
poderiam ser transformadas em 10 partículas de Ar. Essa idéia podia explicar
a propriedade da água em vaporizar, das nuvens se formarem no ar, e chover.

Essa teoria tinha a peculiar capacidade de ser bastante condizente com a observação, visto que era fácil perceber a transformação da ÁGUA em AR, e vice-versa, bem como do FOGO em AR, e vice-versa, no ato da combustão e apagamento da chama. Por outro lado, transformações envolvendo a TERRA não seriam observáveis, devido ao átomos desta última terem formato diferente.

Embora as faces do Hexaedro, Cubo, serem quadrados, Platão considerava que os átomos também eram triangulares, subdivisões dos quadrados, porém não eram equiláteros. E enfim, o mesmo se daria então com o Quinto Elemento, que comporia a Alma e as Idéias Imateriais, e isso explicava a diferença de substância entre os 4 elementos e a essência imortal.

Essa teoria, no entanto, tem seu ponto fraco, que é a separação da TERRA dos demais elementos, quando é claro que eles interagem. Platão chega a tentar a solução de dividir os triângulos equiláteros em dois triângulos escalenos retângulos, fazendo o mesmo com o quadrado, que resultaria em dois isóceles retângulos ou 8 escalenos retângulos, porém de formato diferente dos resultantes da divisão dos triângulos equiláteros.

Se fóssemos aceitar, porém, alguma possibilidade de aproximar esses triângulos distintos, admitindo movimentos de ajustes nos vértices, teríamos que admitir também a possibilidade de transformações não só entre os 4 elementos físicos, mas também com o quinto, o que era inadimissível para Platão, visto que considerava o mundo das Idéias Imateriais como essencialmente distinto do mundo físico.

Assim, parece mais aceitável admitir que a TERRA permanece isolada do grupo das transformações dos demais elementos, embora seja claramente material, e estivesse presente no Caos original do qual o Demiurgo Divino moldou o mundo.

Voltaremos à Tradição Ocidental dos elementos mais adiante, por hora, passemos para o outro hemisfério para contemplar as notáveis similaridades, e discrepâncias, das teorias orientais dos elementos.



TEORIAS ORIENTAIS DOS ELEMENTOS

Como frequentemente ocorre no Oriente, é mais difícil precisar os autores, visto que os conceitos parecem tão antigos que não se tem registros confiáveis. Ainda assim, é possível supor alguns responsáveis por contribuições para a versão oriental das teorias elementais.

Atribui-se a Lao-Tsé ( ?570 AEC), o mais conhecido sábio do Taoísmo, o registro mais antigo a comentar o conceito de TAO, palavra de difícil tradução, mas que pode ser entendido como "Caminho / Modo de Ser / Agir", melhor entendido talvez pelo conceito inglês mais amplo encontrado na palavra WAY.

No famoso símbolo Tei-Gi, a dualidade primária do universo, os aspectos Yin e Yang, tem como principais características ser relacionados com Masculino e Feminino, Seco e Úmido, Quente e Frio, Dia e Noite, não tendo, SOB HIPÓTESE ALGUMA, qualquer relação com a idéia de bem e mal.

No taoísmo, o que poderíamos considerar como o Mal, seria a desarmonia entre o Yin e Yang, e o Bem, evidentemente, a relação equivalente e dinâmica dos aspectos.

Interessante observar que na visão aristotélica dos elementos, as 4 qualidades que dão origem aos 4 elementos correspondem à metade das propriedades do Yin e o Yang, no caso o par SECO e ÚMIDO e o par QUENTE e FRIO.

Chuang-Tsé (399-295 AEC), outro sábio taoísta, chegou a sugerir que o Yin e o Yang produzem as 4 formas, que dão origem aos 8 Elementos, mas a doutrina de Huai-nan-Tsé (+122 AEC) ficou mais conhecida, afirmando que o "Céu" tem as 4 Estações e os 5 Elementos/Agentes, ou mais originalmente os Wu Xing, literalmente "5 Movimentos".

Este mesmo conceito também está presente no Neoconfucionismo, pela Escola da Razão (960-1279 DEC), que diz serem "Os 5 Agentes" (Forças Vitais), a ÁGUA, FOGO, MADEIRA, METAL e TERRA.

O mesmo diz Chou Lien-hsi (1017-1073 DEC), ao afirmar que o "Tai Chi" ("Grande Energia") produz o Yin e o Yang, que produzem os 5 Agentes/Elementos.

Portanto, diferente da tradição grega, não aparece o "Ar" como um elemento, mas sim a "Madeira" e o "Metal" como elementos adicionais. É preciso notar porém a importância do termo "Agentes", pois os 5 elementos orientais não são tão relacionados à idéia de constituição da matéria quanto os 4 elementos gregos, podendo ser interpretados como "aspectos" presentes em todas as coisas.

Não há, no entanto, qualquer indício de uma teoria atômica, não havendo tendências a se imaginar esses elementos como compostos de partículas. Há, todavia, uma noção mais completa e harmônica de transformações, pois as setas em Azul Ciano representam os Ciclos Construtivos, onde um elemento gera, ou alimenta o próximo, num ciclo fechado e perpétuo.

Já as setas em Vermelho representam os Ciclos Destrutivos, ou de Contenção e Controle, onde cada elemento neutraliza ou destrói o próximo, de modo que a Água apaga o Fogo, que derrete o Metal, que corta a Madeira, que (em excesso) enfraquece a Terra, que por sua vez absorve e contém a Água.

No ciclo Construtivo temos que a Água alimenta a Madeira, que abastece o Fogo, que produz a Terra (lembremos nas cinzas resultante das combustões e na lava expelida pelos vulcões), a Terra por sua vez produz o Metal que, finalmente, produz a Água!

Este último caso exige um explicação maior. Trata-se da percepção de que o Metal, por ser frio e provocar a condensação da água, parece produzí-la, ao "suar", em especial pela manhã. Tal fato serviu como evidência de sua capacidade de produzir água, completando o ciclo geracional.

Portanto, diferente do sistema platônico, todos os elementos se transformam uns nos outros, e a percepção da relação da combustão com a produção de cinzas contrasta com a noção grega de que não haveria transformações entre a Terra e os demais elementos. É muito provável que essa parte do sistema de Platão seja na verdade uma consequência estrutural de sua teoria geométrica atômica, que pela questão da incompatibilidade dos átomos triangulares equiláteros com a estrutura hexaédrica do Cubo, do elemento Terra, tenha desautorizado pensar numa transformação desta em outros elementos, passando a considerar a evidência como a observada pelos chineses de alguma outra forma.

Há, curiosamente, uma outra notável relação. Para Platão, os metais são Líquidos! Que apenas permanecem duros devido a temperatura ambiente não ser suficiente para fundí-los. De certo, é diferente da Terra, pois é da experiência comum que o barro não se liquefaz da mesma forma que o metal, mesmo a altíssimas temperaturas.

Voltando ao Oriente, no BUDISMO, os 5 Elementos já são, mais uma vez TERRA, ÁGUA, AR, FOGO e ESPAÇO, o que não só remete ao sistema grego, como ainda aparenta similaridade com a idéia aristotélica do quinto elemento como sendo o Éter.

No HINDUÍSMO, por sua vez, além de uma versão primeva de 3 elementos (os 4 elementos gregos menos o Ar), temos uma noção de 7 Elementos, que correspondem aos 7 Chakras do corpo humano, na seguinte forma:

Pensamento

LUZ

TER

AR

FOGO

ÁGUA

TERRA

Enfim, a tradição Chinesa, bem como a Japonesa, terminou por possuir dois sistemas de 5 elementos, um com os 5 Grandes Elementos: Terra, Água, Vento, Fogo e Vazio / Éter, e outro com os 5 Elementos da Tradição Taoísta: Água, Fogo, Madeira, Metal e Terra, o que, evidentemente, inspirou sínteses de 7 elementos como sendo TERRA, MADEIRA, METAL, ÁGUA, AR, FOGO e ÉTER (Vazio / Espaço).

Tais sínteses são, no entanto, menos populares do que os sistemas tradicionais. No Japão, por exemplo, os 5 elementos taoístas estão representados nos Dias da Semana.

Domingo Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado
Nichi-yobi Getsu-yobi Ka-yobi Sui-yobi Moku-yobi Kin-yobi Do-yobi
Sol Lua Fogo Água Árvore Ouro/Metal Terra

Finalmente, vejamos a tradição chinesa do I CHING, onde Yin e Yang são recombinados em trios, que permitem 8 combinações, Trigramas, que correspondem a 8 ELEMENTOS, que são CÉU, VENTO, TERRA, FOGO, LAGO, TROVÃO, MONTANHA e ÁGUA, que por sua vez se relacionam estreitamente com os 5 Agentes, na forma a seguir.

Céu Metal Yang, Yang, Yang
Vento Madeira Yin, Yang, Yang
Montanha Terra Yang, Yin, Yin
Fogo Fogo Yang, Yin, Yang
Lago Metal Yang, Yang, Yin
Água Água Yin, Yang, Yin
Trovão Madeira Yin, Yin, Yang
Terra Terra Yin, Yin, Yin
o que resulta no esquema

Como podemos notar, o modo como os 5 elementos foram recombinados em 8 jamais teria agradado os gregos, em especial os pitagóricos, que provavelmente veriam algum tipo de desarmonia numérica. Permaneceu forte na nossa tradição ocidental a idéia de 4 elementos físicos, que ocasionalmente recebem um Quinto, em geral associado ao Espírito / Alma / Mente.

Já no Oriente, embora tenha havido noções de 4 e por vezes, até 3 elementos em algumas tradições Hindus mais antigas, permaneceu forte a idéia de 5, quer seja levando em conta um elemento imaterial, como no sistema ocidental, quer seja ignorando o Ar e acrescentando Metal e Madeira.

É fácil notar, também, uma fixação oriental, em especial Chinesa e Japonesa, pelos números 5 e 8, ao passo que no ocidente temos uma fixação maior no 4 e no 7. Enquanto nós falamos em 7 cores e 7 notas musicais, os chineses e japoneses costumavam falar em 5 notas e 5 cores. Diversas outras correlações podem ser notadas, em especial levando em conta superstições desses orientais contra o número quatro, cuja pronúncia é idêntica a da palavra 'morte'.

O número 4, então, traria mau agouro, e é tão incômodo quanto o é o 13 para os ocidentais. No Japão, por exemplo, é comum não haver apartamentos, andares e casas com o número 4, da mesma foram como nos E.U.A. e alguns países da Europa costuma ocorrer com o 13.

Inclusive, é interessante observar que os chineses fizeram questão de iniciar as Olimpíadas de 2008 às 8 horas, 8 minutos e 8 segundos do dia 08/08/08, visto que este número é tido como portandor de boa fortuna.

Voltando a falar em cores e sons, podemos perceber que nossa divisão em 7 notas, no caso 5 tons e 2 semitons, é arbitrária, e seu principal responsável é ninguém menos que Pitágoras, que estabeleceu relações harmônicas preferíveis ao tocar cordas simultâneas em comprimentos diferentes. Posterioremente, no século XI, Frei Guido Darezzo viria a atribuir-lhes os nomes pelos quais as conhecemos, Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá e Si, que são a primeira sílaba de cada frase de um hino religioso à São João Batista.

Na realidade, existem 12 semitons, como pode ser observado nos instrumentos de corda com trastes, tais como o violão, em relação a um teclado.

Isso ocorre porque a medida que vamos encurtando e tocando uma corda, a tonalidade vai subindo, e só conseguimos distinguir 12 variações que se repetem em ciclos, de modo que no tom equivalente 12 níveis acima, a corda estará com a exata metade do tamanho. Num instrumento como o violão, as notas citadas acima valem para as corda Mi, que são a mais grave e a mais fina, nas partes mais alta e mais baixa.)

Por uma questão de sensibilidade estética, os antigos gregos formalizaram a divisão de 7 notas que, sacramentada na Idade Média, resultou em nossos instrumentos de teclado. Os orientais, por outro lado, ao invés de escolherem essa escala que mistura 5 tons com 2 semitons, não raro ignoraram estes últimos, e por isso identificamos como um estilo melódico tipicamente oriental quando tocamos somente as teclas pretas de um teclado, que são 5, o que produz um efeito similar ao das típicas músicas orientais.

No modo chinês, as 5 notas são tipicamente associadas aos elementos: Fazendo uma transposição de 6 semi-tons, temos o equivalente:

Tudo isso nos mostra como nossa divisão da realidade em números preferenciais, 7 ou 5, é arbitrária, e o mesmo acontece com as cores.

Embora consideremos 7 cores no espectro, e os orientais com frequência considerem 5, é fato que possuímos apenas 3 cores primárias, que podem se combinar num sistema que, se dividido de forma perfeitamente proporcional, pode também ser dividido em 12, como no exemplo abaixo.

Diferente dos tons musicais, onde não distinguimos mais de 12, é possível dividir a escala de cores em milhares de níveis perceptíveis, porém, a simples existência de 3 cores primárias e 3 secundárias imporá múltiplos de 6, como 24, 360, 18.000.

Mas o que chama a atenção é o modo como dividimos nossa clássica escala de 7 cores. Pegamos as cores 1, 2, 3, para os típicos Vermelho, Laranja e Amarelo, e agrupamos os outros 3 tons seguintes no mesmo denominador de Verde. Adicionamos a cor 7, Ciano, que normalmente chamamos apenas de Azul Claro ou mesmo Azul, por vezes usando Anil para a cor 9, e finalmente pescando um misto escurecido de 10 e 11 como Violeta.

Os orientais, por outro lado, costumam pegar 4 das cores da amostra acima, 1,3, uma mistura das cores 4 a 9 num único tom de Verde e Azul (em Japonês há uma única palavra, aoi, que pode ser tanto Azul quanto Verde), e então adicionam Preto e Branco, que sequer são cores da escala mas sim, sua soma total e sua subtração completa.

Há também uma alternativa que ignora o Preto, ou o Branco, e seleciona Verde e Azul em separado, mas merece maior atenção é a preocupação em manter o número 5!

É inegável, porém, como vemos na escala de cores acima, que as tonalidades esverdeadas nos parecem muito mais similares entre si do que as demais, e que é mais fácil confundir 4 e 6, do que 12 e 2, por exemplo. Isso ocorre porque nossos olhos são mais sensíveis ao verde do que às demais cores primárias, o verde é a cor que possui maior "Luminância" para nossos sentidos, visto ser a tonalidade central do espectro visível, entre o Infravermelho e o Ultravioleta. Por isso os visores noturnos aparentam tons verdes, um Laser verde é muito mais brilhante do que o Vermelho, mesmo quando gerados na mesma potência e o Ciano e o Amarelo são mais difíceis de distinguir do branco por compartilharem a cor mais luminosa, o que não ocorre com o Magenta

Por outro lado, das primárias, o Azul é a menos intensa, a mais escura, e por isso mesmo se destaca mais no fundo branco, e os modos diferentes de interações de cores acabam gerando percepções desequilibradas em nossos sentidos. O Daltonismo que confunde azul e verde, por exemplo, é mais comum do que o confunde verde e vermelho.

Toda essa digressão tem apenas o objetivo de mostrar que existem predisposições culturais a encaixar a realidade em modelos ideais pré-estabelecidos, com a rara excessão dos Poliedros Regulares, que realmente só existem em número de 5. Curiosamente, o chineses parecem não ter desenvolvido geometrias mais sofisticadas, caso contrário, associar seus 5 elementos aos 5 poliedros seguramente seria irresistível.

Para observarmos mais exemplos de como "encaixar" o mundo em nossas categorias pré-estabelecidas, vejamos mais algumas relações notáveis, que denunciam sutilezas psico culturais entre os dois hemisférios.

Na antiguidade desenvolveu-se a noção das 4 Virtudes Cardinais: Prudência, Fortaleza, Justiça e Temperança. Na Idade Média, seriam somadas a essas as 3 Virtudes Teologais: , Amor e Caridade, somando um total de 7 Virtudes que evidentemente se opunham aos 7 Pecados Capitais.

Por sua vez, no oriente, os chineses falavam em 5 Virtudes: Polidez, Bondade, Respeito, Parcimônia e Altruísmo. Já no Japão, ficou famoso o Bushido, o Código de Honra Samurai, que era constituído de 8 virtudes: Justiça, Coragem, Bondade, Polidez, Verdade, Honra, Fidelidade e Auto-Controle.

Os orientais parecem sempre encontrar um meio de adicionar um quinto elemento em classificações que no ocidente mantemos apenas em quatro. Por isso, se consideramos as 4 estações, os orientais adicionam um período de transição, associando todos aos 5 elementos: Primavera (Madeira), Verão (Fogo), Outono (Metal), Inverno (Água) e Intervalos (Terra).

Se consideramos 4 Pontos Cardeais, os Orientais consideram Norte (Água), Leste (Madeira), Sul (Fogo), Oeste (Metal) e CENTRO (Terra).

Há muitos outros exemplos de como os números 4 e 7, no ocidente, e 5 e 8, no oriente, apesar de ocasionais exceções, dominam o imaginário cultural. A meio caminho entre os hemisférios, o alquimista árabe Jabir ibn Hayyan (721-815 dEC), chegou a compilar uma versão de 8 elementos onde aos 4 elementos ocidentais, mais o Éter, adicionava o Enxofre (propriedades combustivas e decompositoras), Mercúrio (propriedade metálica) e Sal (propriedade cristalina), sendo um dos poucos esforços no sentido de classificar os cristais num local em especial.

Mas, enfim, voltemos agora ao tema dos elementos mais tradicionais.



OS ELEMENTOS HOJE

Na atualidade, a noção antiga dos elementos da natureza pode parecer ingênua, no entanto, originalmente, é algo mais justificado, uma vez que possuia notável capacidade explicativa. É interessante lembrar que os fundamentos que sustentam tais conceitos não são diferentes na Ciência contemporânea, continuamos pressupondo uma ordenação essencial no universo que pode ser conhecida racionalmente, e representada por modelos teóricos fundamentados em matemática e noções redutivas.

A idéia básica dos 4 elementos está preservada em nossa compreensão dos estados físicos da matéria, havendo nítida correlação entre os estados Sólido, Líquido e Gasoso com os elementos Terra, Água e Ar, e evidentemente da Energia como o Fogo.

Na realidade, jamais se acreditou que os elementos fossem apenas as substâncias notáveis em si. O que se chamava de elemento Terra era a propriedade de rigidez dos materiais, bem como de elemento Ar, sua propriedade volátil. Não significava dizer que, por exemplo, um tecido era feito literalmente de Terra e Água, mas sim que possuia em sua estrutura as propriedades da solidez e da flexibilidade.

O Fogo, por sua vez, estava associado também à Luz e qualquer forma de energia e calor. Assim, o calor de um corpo vivo era a ação da propriedade quente, resultante da transformação do Ar em Fogo por meio da respiração. Idéia essa que não ficou restrita à Grécia antiga, mas que na realidade foi defendida até por Descartes em 1640 dEC.

Na realidade, a teoria dos 4 Elementos perdurou no ocidente praticamente até o século XVIII, quando foi sendo gradativamente substituída pela Física Moderna, por meio dos modelos atômicos de Dalton (1766-1844), Thomson (1856-1940), Rutheford (1871-1937) e Niels Bohr (1885-1962).

E voltando ao tema dos átomos, vale lembrar que ainda utilizamos um conceito muito similar ao dos antigos atomistas gregos, pois muitos ainda acreditam em partículas, ou estruturas, fundamentais. O que chamamos de átomo atualmente, porém, não faz jus ao nome, devido ao fato de que o conceito original previa que a partícula que recebe esse nome deveria ser indivisível, e indestrutível, e isso, sabemos hoje, o que precipitadamente chamamos de átomo não é. Mas ainda é possível que haja partículas mais fundamentais com tais característas, os Quarks talvez.

Já no oriente, o imaginário dos 5 elementos continua vivo e muito atuante, principalmente na medicina chinesa, onde o conceito de equilíbrio entre os elementos é central para as terapias, que utilizam os ciclos destrutivos e construtivos para corrigir os desequilíbrios dos aspectos no organismo humano.

Também o médico grego Hipócrates (460-377aEC), considerado o pai da medicina, associava aos 4 elementos os 4 humores: Sanguíneo / Emotivo (Fogo), Colérico (Ar), Fleumático / "Não-Emotivo" (Água) e Melancólico (Terra), e ministrava tratamentos similares.

E assim como tudo na Filosofia Oriental é regido pelo Yin e pelo Yang, os elementos ocidentais também foram divididos em Masculinos (FOGO e AR) e Femininos (ÁGUA e TERRA). E também aparecem em locais onde muitos não esperariam, como nos naipes das cartas de Baralho, que podem ser melhor entendidos se relacionados ao jogo de Tarot, do qual o Baralho Comum é uma versão simplificada.

Os triângulos são símbolos criados pelos alquimistas medievais. O vértice apontado para cima representa o Masculino, e o Feminino tem o vértice invertido.

Logo abaixo, símbolos típicos do Tarot, os Bastões, embora sejam de madeira, representam o FOGO, por servirem de tochas. As Espadas representam o AR, devido a sua característica penetrante, pois o ar está em qualquer lugar, além da velocidade com que se move. Os Cálices evidentemente representam a ÁGUA, e as Moedas, embora sejam metal, representam a TERRA, a riqueza.

Seguem então, abaixo, seus correlatos naipes do Baralho.

Há uma interpretação muito popular onde os Naipes simbolizam classes sociais. Ouros seria a Nobreza, ou Realeza, Espadas seria a Classe Militar, Copas seria o Clero, e Paus a Plebe. Mas essa associação apresenta ao menos 3 inconsistências graves.

1) Jamais houve no ocidente uma Classe Guerreira claramente definida*, tal incumbência sempre serviu à Nobreza, ou aos Reis que formavam exércitos por meio do recrutamento entre o povo. A riqueza é compartilhada não só pela Realeza e Nobreza, mas também pela Burguesia, por vezes mais rica que a Nobreza, mas separada. O Clero também não é uma classe social autônoma, visto que seus membros vem da nobreza ou da plebe. *(Na Índia seria aplicável, dado as 4 castas sociais distintas e fechadas: Bhramanes Clero, Xátrias Guerreiros, Vaishyas Comerciantes e Shudras Trabalhadores.)

2) Que sentido haveria numa "Rainha" de Copas, se este representasse o Clero? Ou num "Rei" de Paus? E o que seria o Coringa?

3) Como essa interpretação explicaria as cores Preta e Vermelha?

O Baralho é evidentemente uma versão simplificada do Tarot, onde a associação dos Naipes com os elementos é fora de dúvida, o que explica as cores. O Tarot é compostos dos 4 naipes mais os 22 Arcanos Maiores. No Baralho, foi removido uma carta de cada Naipe, a "Princesa" ou "Pajem", e o "1" foi substituído pelo "A". E dos Arcanos Maiores restou somente a primeira carta, o Fool, que é exatamente o Coringa.

Uma curiosa, e muito típica, brincadeira oriental vem substituindo o tradicional "Par ou Ímpar" no ocidente, para tomar "decisões" aleatórias, em geral pelas crianças, mas já chegando a ser levado a sério! Trata-se do Jankenpo (Pedra, Papel e Tesoura), onde a mão fechada, simbolizando a Pedra, vence a Tesoura, representada pelos dedos indicador e médio esticados, que por sua vez vence o Papel, representado pela mão totalmente aberta, que fechando o ciclo, vence a Pedra.

Trata-se de uma versão simplificada dos 5 elementos chineses e suas relações de Contenção / Destruição, só que neste caso, foram removidos o Fogo e a Água, restando a TERRA (Pedra), o METAL (Tesoura) e a MADEIRA (Papel).

Ainda mais marcante em nossa cultura atual é a predominante crença na Astrologia, que também foi desenvolvida na Grécia Antiga, e em paralelo no oriente, a Astrologia Chinesa, ambas rigidamente relacionadas com os elementos.

Associamos os 12 signos zodiacais em grupos: TERRA (Touro, Virgem e Capricórnio), ÁGUA (Câncer, Escorpião e Peixes), AR (Aquário, Gêmeos e Libra) e FOGO (Áries, Leão e Sagitário).

Curiosamente, os orientais também possuem 12 Signos: Rato, Boi, Tigre, Coelho, Dragão, Cobra, Cavalo, Ovelha, Macaco, Galo, Cão e Javali. Mas não há uma divisão evidente destes signos pelos 5 elementos, mas sim 5 versões elementares para cada signo, havendo então os Ratos de Fogo, de Água, Metal, Madeira e Terra, por exemplo.

A Astrologia durante milênios foi a Astronomia, e durante muito tempo noções pitagóricas, platônicas e aristotélicas imperaram no imaginário dos cosmólogos. Os antigos gregos consideravam a existência de 7 planetas, incluindo o Sol e a Lua, mais os planetas visíveis Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno. Os orientais, por sua vez, consideravam apenas os 5 planetas normais, sem contar o Sol e Lua.

O sistema geocêntrico que perdurou até o século XVI fora inicialmente desenvolvido por Aristóteles e aperfeiçoado por Ptolomeu (83-168 dEC), reinando invicto até que finalmente viria entrar em choque com o sistema de Copérnico (1473-1543) e finalmente ser suplantado pelo sistema de Kepler (1571-1630).

Curiosamente, uma parte importante do desenvolvimento do sistema kepleriano foi baseada nos Poliedros Regulares, ao achar que as distâncias das órbitas dos planetas deviam obdecer alguma ordem harmônica.

Inicialmente Kepler tentou encaixar as órbitas planetárias em círculos que circunscreviam polígonos regulares, depois percebeu que deveria fazê-lo com poliedros, e surpreendentemente conseguiu! Embora num grau de imprecisão que muito posteriormente viria a corrigir, até finalmente dar forma ao sistema de órbitas elípticas que conhecemos hoje.

Ademais, a simbologia dos elementos, tanto no ocidente e oriente, são fortíssimas na cultura popular, estando presentes em filmes, romances, desenhos animados, videogames e jogos em geral. Sem contar, é claro, nos inúmeros religiosos e místicos que ainda os consideram com seriedade.

Por mais que avancemos em termos científicos, provavelmente jamais deixaremos de nos seduzir por esses modelos de natureza simples e elegantes, ao invés dos complexos e, para a maioria das pessoas, incompreensíveis, modelos teórico matemáticos que possuímos atualmente. E isso é muito compreensível, devido a nossa fortíssima tendência a querer ver uma ordem harmoniosa no universo, tendência essa que, mesmo por altos e baixos, está por trás de todo nosso próprio avanço científico.

MICROCOSMO

O francês Blaise Pascal (1623-1662), que também foi um tardio filósofo da natureza, disse que mesmo as pessoas que têm noção do infinitamente grande, costumam esquecer da existência do infinitamente pequeno. De fato, nossas investigações sobre o Microcosmo desvendam níveis cada vez mais ínfimos da natureza.

Mais de 2200 anos depois dos atomistas gregos, foi batizado como Átomo, por Dalton uma entidade que ainda está longe de ser um "Verdadeiro Indivisível".

Para ilustrar nossa concepção atual, tomemos como exemplo um copo de refresco. Nele estão misturadas as Substâncias Água, Açúcar, e outros elementos presentes na fruta. Em Química, isso se chama uma Mistura.

Vamos nos concentrar no Açúcar e dividi-lo em pedaços cada vez menores, como sugeriram os gregos, e então chegaremos não no Átomo, mas no que chamamos de MOLÉCULA de açúcar. Se dividirmos a molécula, ela deixa de ser açúcar, o mesmo acontece se dividirmos a molécula de Água. Por isso a Molécula é considerada a menor parte de alguma Substância.

As Moléculas é que são formadas por Átomos, que como sabemos, não são indivisíveis, e não se sabe como eles de fato são. O que temos são modelos teóricos, que no caso o imaginam como composto de ELETROSFERA e NÚCLEO.

Imaginando uma esfera, a camada externa é a Eletrosfera, onde estão os ELÉTRONS, eles não "circulam" exatamente como planetas orbitando uma estrela. Possuem um movimento mais caótico e imprevisível, na realidade, parecem estar em todos os lugares ao mesmo tempo. Essa incapacidade de se detectar onde exatamente está um elétron na Eletrosfera faz com que esta possa receber a definição de Região de Maior Probabilidade de se encontrar um Eletrón. O Núcleo, é milhares de vezes menor que a Eletrosfera, e nele ficam os PRÓTONS e NÊUTRONS.

Segundo nosso modelo atual, o Átomo, e toda a matéria conhecida, é composto por 6 tipos de partículas diferentes e fundamentais, e estas sim, parecem ser pelo menos por enquanto, Indivisíveis. Elas são chamadas FÉRMIONS.

Os FÉRMIONS se dividem em QUARKS e LÉPTONS, e existem 3 tipos de cada, cada um com duas versões opostas.

Q U A R K S
+
-
;bsnp
UP
DOWN

2 UP e 1 DOWN formam um Próton, 1 UP e 2 DOWN formam um Nêutron, Prótons tem carga Positiva e Nêutrons tem carga Neutra. Ambos formam o Núcleo Atômico.

CHARM
1000 UPs
STRANGE
10-30 UPs

São mais pesados e mais raros, só aparecendo ocasionalmente em energias especiais e temperaturas muito altas, logo em seguida desaparecendo.

TOP
120000 UPs
BOTTOM
3000 UPs
L É P T O N S
ELÉTRON
Neutrino do Elétron

Circulam em volta do Núcleo atômico, o Elétron tem carga negativa e seu Neutrino tem carga Neutra.

MÚON
Neutrino do Múon
São mais pesados e mais raros, só aparecendo ocasionalmente em energias especiais e muito altas
TÁON
Neutrino do Táon

Entretanto além destas, existem mais 6 outras partículas, totalizando então 12, mas que não compõem outras partículas maiores e sim transportam as 4 FORÇAS FUNDAMENTAIS da Natureza. Essas partículas são denominadas BÓSONS.

BÓSONS
GRÁVITON
Responsáveis pela FORÇA GRAVITACIONAL.
FÓTON
Responsáveis pela FORÇA ELETROMAGNÉTICA.
GLÚON
Responsáveis pela FORÇA NUCLEAR FORTE, que mantém o Núcleo Atômico coeso, impedindo que os Prótons e Nêutrons se desagreguem.
W+ , W- , Z0
Responsáveis pela FORÇA NUCLEAR FRACA, graduam a emissão de radioatividade.

Podemos "dissecar" mais nossa concepção" de Átomo. Imaginemos a Eletrosfera em várias camadas, onde se movimentam os elétrons. No interior do Núcleo temos os Prótons e Nêutrons, envoltos por uma camada de Partículas W e Z, e "colados" pelos Glúons. Quanto mais Prótons no Núcleo mais elétrons tende a haver na Eletrosfera, o que torna o Átomo mais Pesado.

No entanto, voltando ao tema principal desta monografia, o que podemos destacar é a curiosa coincidência de possuírmos QUATRO Forças Fundamentais, embora haja teóricos que proponham uma fusão entre a Eletromagnética e a Nuclear Fraca num única força chamada Eletrofraca. Por outro lado, há modelos que dividem a Força Nuclear Forte em duas Sub Forças. Ou seja, poderíamos ter um modelo de 3 ou de 5 forças, ou juntando as duas alterações, manter o 4.

É de se considerar a hipótese de estarmos apegados ao número 4 mesmo em pleno Século XXI, na mais avançada Física Nuclear.

E não só isso. Note que o modelo apresenta 12 Partículas Fundamentais, observando a estranha tríade da Força Nuclear Fraca. Note que no caso de considerarms a Força Eletrofraca, que é a proposta que tem maior adesão, poderia ser o caso de reagrupar as párticulas de tais forças num grupo único, e teríamos então, 9 Partículas Fundamentais. Como o Gráviton insiste em não ser detectado, o que já leva alguns teóricos a propor modelos que unifiquem gravidade e eletromagnetismo, não é impossível que alguém proponha a existência de apenas 8 partículas. Ou talvez alguém associar as Forças ao 4 Elementos ou algo parecido.

OS ELEMENTOS NA CULTURA POP

TAOÍSMO (páginas 53,65-67 - Filosofia Ocidente e Oriente - Charles A. Moore)

The Greek, Indian & Chinese Elements

A Natureza dos Elementos

Marcus Valerio XR – 09/54535 MS
!!!Em construção!!!