FILOSOFIA ELEMENTAL
!!!Em construção!!!
Ao contrário de todas as demais áreas da Filosofia, há uma que pode ser considerada um assunto encerrado,
no que se refere a continuidade de investigação. A Filosofia da Natureza, precursora da Física, é a única página virada
da tradição filosófica, pois seu objeto de estudo há muito foi assumido pelas Ciências Empíricas.
Nesse sentido, o seu interesse é primariamente histórico, mas isso não esgota a riqueza do que foi desenvolvido
pelos antigos filósofos gregos, pois muitas de suas doutrinas sobreviveram em outras formas de expressão
cultural, artísticas, místicas e simbólicas. Além do que ainda há correlações entre as antigas formas de
pensar a natureza, e as contemporâneas.
O objetivo deste texto é resgatar parte deste pensamento, em especial, da doutrina dos elementos, e não
somente dos primeiros filósofos ocidentais, mas também da Filosofia Oriental, que está ainda mais viva
no imaginário popular.
TEORIAS OCIDENTAIS DOS ELEMENTOS
O detentor do título de primeiro filósofo do ocidente, Tales de Mileto (625-546 AEC), ficou conhecido
por sua doutrina de que a ÁGUA era a substância primária de todas as coisas. É uma idéia em comum
com muitas doutrinas mitológicas, onde a água desempenha papel central na origem do universo. Para Tales,
as coisas vieram da água, que era aparentemente o elemento mais abundante na natureza, e então
assumindo diversos graus de rigidez, podia se solidificar nas coisas duras, e se fluidificar no próprio ar.
É bom notar que a água é um símbolo inconsciente do CAOS, a potência primordial que dá origem ao universo, ou da qual este
é extraído e moldado. E isso ocorre inclusive na Gênese bíblica, onda fica claro que apesar dos "Céus", "Terra",
"Mar" e "Abismo" terem sido criados, as "Águas" em si não o foram, estando perenes desde que o "espírito de
Deus pairava sobre" sua face. |
Assim, há muita adequação na idéia de que a ÁGUA tenha assumido o papel de representar a substância
fundamental do universo nos primórdios da filosofia.
Posteriormente seria a vez de Anaxímenes de Mileto (588-524 AEC) afirmar que era na realidade o AR
que tinha essa peculiaridade. Aparentemente ainda mais onipresente do que a água, e mais sutil, o Ar poderia se condensar
em vários níveis, assumindo a diversas formas das coisas do mundo. E bom notar que a formação de nuvens e a chuva
servia como evidência da transformação de ar em água.
Heráclito de Éfeso (540-480 AEC) mudou um pouco o enfoque não apenas ao colocar o FOGO
como elemento primordial, mas também por atribuir propriedades mais fundamentais ao mesmo, que seria mais do que o
fogo físico que conhecemos, mas um tipo de princípio divino racional, chamado LOGOS.
O elemento "Terra" não parece ter tido um defensor exclusivo, pois Empédocles de Agrigento
(490-435 AEC) formulou a primeira versão conhecida da famosa Teoria dos 4 Elementos:
ÁGUA,
AR,
FOGO,
e TERRA.
Em paralelo, filósofos como Leucipo de Mileto (~500 AEC) e Demócrito de Abdera (460-370 AEC)
propunham a doutrina conhecida como Atomismo, na qual o universo era composto de diversas minúsculas partículas
elementares fundamentais e indivisíveis, os ÁTOMOS, que existiam em formas distintas que podiam ser intercombinadas
formando as diferentes coisas.
Pouco antes, Pitágoras de Samos (571~496 AEC), que detém o título de primeiro grande matemático, além de
criador do termo "Filosofia", entendia o universo como redutível a entes numéricos. "Todas as coisas são números.",
teria dito, e sua escola deixou uma longa tradição de discípulos, os pitagóricos, entre os quais Arquitas de Tarento
(428-347 AEC), aparentemente o primeiro a relacionar os números, figuras geométricas tridimensionais e 4 elementos, no
caso 1 (FOGO), 2 (AR), 3 (ÁGUA), e 4 (TERRA), que implicavam nos poliedros: Tetraedro, Octaedro, Icosaedro e Hexaedro.
Platão (427-347 AEC), na obra O Timeu (~360 AEC), promove uma síntese de tudo isso, com aquilo que pode ser
chamada de Teoria Atômica e Geométrica dos Elementos, adicionando, porém, um Quinto Elemento, como veremos abaixo.
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A Teoria Atômico/Geométrica dos Elementos em Platão
Para uma melhor apreciação desta notável teoria platônica, é necessário uma comprensão geométrica básica.
Sabemos que um polígono regular é um polígono onde todos os lados e ângulos internos são iguais, tais
como o triângulo equilátero, o quadrado, óctogono regular etc. Assim, temos naturalmente infinitos polígonos
regulares.
Conceito similar podemos associar aos poliedros, figuras tridimensionais onde todas as faces sejam polígonos regulares,
e todos os ângulos internos também sejam iguais. No entanto, diferente do caso que se dá em duas dimensões, só existem
5 poliedros regulares.
Antigos pitagóricos já haviam associado os 4 elementos à 4 dos poliedros regulares, Platão viria a associar o quinto
poliedro a um quinto elemento, produzindo as seguintes correlações.
TETRAEDRO
4 Vértices, 4 Arestas, 4 FACES (Triangulares).
Essa "Pirâmide de 3 lados", é a mais simples estrutura sólida, tridimensional que pode
existir, por isso ela representava o elemento mais leve, o FOGO. Dada sua forma,
suas pontas agudas explicariam a propriedade destrutiva e penetrante do calor.
OCTAEDRO
6 Vértices, 12 Arestas, 8 FACES (Triangulares).
A "Pirâmide de 4 lados dupla" era tida como a forma das partículas do AR, sendo
suficientemente leve para flutuar e penetrar em todo o espaço "vazio".
ICOSAEDRO
12 Vértices, 30 Arestas, 20 FACES (Triangulares).
Dada a seu peso e suas bases pequenas, passíveis de rolar com facilidade, fluidez, esse poliedro
constituiria para os antigos as partículas da ÁGUA.
HEXAEDRO
8 Vértices, 12 Arestas, 6 FACES (Quadrangulares).
O "Cubo", dada a sua estabilidade e facilidade com que pode ser empilhado formando estruturas
maiores, sugeria aos filósofos antigos ser a estrutura fundamental do elemento TERRA.
DODECAEDRO
20 Vértices, 30 Arestas, 12 FACES (Pentagonais).
Para Platão, Pitágoras e muitos filósofos antigos, o Dodecaedro representava o QUINTO
ELEMENTO, a QUINTAESSÊNCIA, que permeava a tudo no Universo, sendo o poliedro mais próximo da
Esfera, a forma perfeita. No caso platônico, evidentemente se referia também à Alma/Idéia.
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Enfim, Aristóteles de Estagira (358-322 AEC) viria a acrescentar a noção das 4 Qualidades:
Frio, Quente, Seco e Úmido, que explica de outra forma a noção dos 4 elementos, sendo a
Água a fusão das qualidades FRIA e ÚMIDA,
o Fogo QUENTE e SECO, o Ar QUENTE e ÚMIDO e a Terra FRIA e SECA.
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Aristóteles também considerou o Quinto Elemento, que chamou de Éter, sendo um elemento que só existia na
ESFERA SUPRALUNAR, isto é, no espaço em volta da Terra, que já era considerada como esferóide, além da órbita da Lua.
Podemos então esquematizar os elementos da seguinte forma.
Os poliedros então eram vistos como partículas fundamentais de cada elemento, e é
especialmente notável que apenas 3 poliedros compartilhem o mesmo tipo de face, o que sugeriu a Platão
o motivo pelo qual eles podiam realizar transformações entre si.
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Quatro partículas de FOGO, por exemplo, possuem 4 faces cada, totalizando
16 triâgulos equiláteros, que seriam os átomos, que podem ser desmontados
e remodelados em duas partículas de AR, que possuem cada qual 8 triâgulos.
Quatro partículas de Água, possuindo 20 faces triangulares cada (80 ao todo),
poderiam ser transformadas em 10 partículas de Ar. Essa idéia podia explicar
a propriedade da água em vaporizar, das nuvens se formarem no ar, e chover.
Essa teoria tinha a peculiar capacidade de ser bastante condizente com a observação, visto que era fácil
perceber a transformação da ÁGUA em AR, e vice-versa, bem como do FOGO em AR, e vice-versa, no ato da
combustão e apagamento da chama. Por outro lado, transformações envolvendo a TERRA não seriam observáveis,
devido ao átomos desta última terem formato diferente.
Embora as faces do Hexaedro, Cubo, serem quadrados, Platão considerava que os átomos também eram triangulares,
subdivisões dos quadrados, porém não eram equiláteros. E enfim, o mesmo se daria então com o Quinto Elemento,
que comporia a Alma e as Idéias Imateriais, e isso explicava a diferença de substância entre os 4 elementos
e a essência imortal.
Essa teoria, no entanto, tem seu ponto fraco, que é a separação da TERRA dos demais elementos, quando é claro
que eles interagem. Platão chega a tentar a solução de dividir os triângulos equiláteros em dois
triângulos escalenos retângulos, fazendo o mesmo com o quadrado, que resultaria em dois isóceles retângulos ou
8 escalenos retângulos, porém de formato diferente dos resultantes da divisão dos triângulos equiláteros.
Se fóssemos aceitar, porém, alguma possibilidade de aproximar esses triângulos distintos, admitindo movimentos
de ajustes nos vértices, teríamos que admitir também a possibilidade de transformações não só entre os
4 elementos físicos, mas também com o quinto, o que era inadimissível para Platão, visto que considerava
o mundo das Idéias Imateriais como essencialmente distinto do mundo físico.
Assim, parece mais aceitável admitir que a TERRA permanece isolada do grupo das transformações dos demais
elementos, embora seja claramente material, e estivesse presente no Caos original do qual o Demiurgo
Divino moldou o mundo.
Voltaremos à Tradição Ocidental dos elementos mais adiante, por hora, passemos para o outro hemisfério
para contemplar as notáveis similaridades, e discrepâncias, das teorias orientais dos elementos.
TEORIAS ORIENTAIS DOS ELEMENTOS
Como frequentemente ocorre no Oriente, é mais difícil precisar os autores, visto que os conceitos parecem
tão antigos que não se tem registros confiáveis. Ainda assim, é possível supor alguns responsáveis por
contribuições para a versão oriental das teorias elementais.
Atribui-se a Lao-Tsé ( ?570 AEC), o mais conhecido sábio do Taoísmo, o registro mais antigo a comentar o conceito de TAO,
palavra de difícil tradução, mas que pode ser entendido como "Caminho / Modo de Ser / Agir", melhor
entendido talvez pelo conceito inglês mais amplo encontrado na palavra WAY.
No famoso símbolo Tei-Gi, a dualidade primária do universo, os aspectos Yin e Yang, tem como principais
características ser relacionados com Masculino e Feminino, Seco e
Úmido, Quente e Frio, Dia e Noite,
não tendo, SOB HIPÓTESE ALGUMA, qualquer relação com a idéia de bem e mal.
No taoísmo, o que poderíamos considerar como o Mal, seria a desarmonia entre o Yin e Yang, e o Bem,
evidentemente, a relação equivalente e dinâmica dos aspectos.
Interessante observar que na visão aristotélica dos elementos, as 4 qualidades que dão origem aos 4 elementos
correspondem à metade das propriedades do Yin e o Yang, no caso o par SECO e ÚMIDO e
o par QUENTE e FRIO. |
Chuang-Tsé (399-295 AEC), outro sábio taoísta, chegou a sugerir que o Yin e o Yang produzem as 4 formas, que
dão origem aos 8 Elementos, mas a doutrina de Huai-nan-Tsé (+122 AEC) ficou mais conhecida, afirmando que o "Céu" tem as
4 Estações e os 5 Elementos/Agentes, ou mais originalmente os Wu Xing, literalmente "5 Movimentos".
Este mesmo conceito também está presente no
Neoconfucionismo, pela
Escola da Razão (960-1279 DEC), que diz serem "Os 5 Agentes" (Forças Vitais), a
ÁGUA,
FOGO,
MADEIRA,
METAL e
TERRA.
O mesmo diz
Chou Lien-hsi (1017-1073 DEC), ao afirmar que o "Tai Chi" ("Grande Energia") produz o Yin e o Yang, que produzem os
5 Agentes/Elementos.
Portanto, diferente da tradição grega, não aparece o "Ar" como um elemento, mas sim a "Madeira" e o "Metal" como
elementos adicionais. É preciso notar porém a importância do termo "Agentes", pois os 5 elementos orientais não
são tão relacionados à idéia de constituição da matéria quanto os 4 elementos gregos, podendo ser interpretados
como "aspectos" presentes em todas as coisas.
Não há, no entanto, qualquer indício de uma teoria atômica, não havendo tendências a se imaginar esses elementos
como compostos de partículas. Há, todavia, uma noção mais completa e harmônica de transformações, pois as
setas em Azul Ciano representam os Ciclos Construtivos,
onde um elemento gera, ou alimenta o próximo, num ciclo fechado e perpétuo.
Já as setas em Vermelho representam os Ciclos Destrutivos, ou de Contenção
e Controle, onde cada
elemento neutraliza ou destrói o próximo, de modo que a Água apaga o Fogo, que derrete o Metal, que corta a Madeira,
que (em excesso) enfraquece a Terra, que por sua vez absorve e contém a Água.
No ciclo Construtivo temos que a Água alimenta a Madeira, que abastece o Fogo, que
produz a Terra (lembremos nas cinzas resultante das combustões e na lava expelida pelos vulcões), a Terra por sua
vez produz o Metal que, finalmente, produz a Água!
Este último caso exige um explicação maior. Trata-se da percepção de que o Metal, por ser frio e provocar a condensação
da água, parece produzí-la, ao "suar", em especial pela manhã. Tal fato serviu como evidência de sua capacidade de
produzir água, completando o ciclo geracional.
Portanto, diferente do sistema platônico, todos os elementos se transformam uns nos outros, e a percepção da relação
da combustão com a produção de cinzas contrasta com a noção grega de que não haveria transformações entre a
Terra e os demais elementos. É muito provável que essa parte do sistema de Platão seja na verdade uma consequência
estrutural de sua teoria geométrica atômica, que pela questão da incompatibilidade dos átomos triangulares equiláteros
com a estrutura hexaédrica do Cubo, do elemento Terra, tenha desautorizado pensar numa transformação desta em
outros elementos, passando a considerar a evidência como a observada pelos chineses de alguma outra forma.
Há, curiosamente, uma outra notável relação. Para Platão, os metais são Líquidos! Que apenas permanecem duros devido
a temperatura ambiente não ser suficiente para fundí-los. De certo, é diferente da Terra, pois é da experiência
comum que o barro não se liquefaz da mesma forma que o metal, mesmo a altíssimas temperaturas.
Voltando ao Oriente, no BUDISMO, os 5 Elementos já são, mais uma vez
TERRA,
ÁGUA,
AR,
FOGO e
ESPAÇO, o que não só remete ao sistema grego, como ainda aparenta similaridade com
a idéia aristotélica do quinto elemento como sendo o Éter.
No HINDUÍSMO, por sua vez, além de uma versão primeva de 3 elementos (os 4 elementos gregos
menos o Ar), temos uma noção de 7 Elementos, que correspondem aos 7 Chakras do corpo humano, na seguinte forma:
Pensamento
LUZ
TER
AR
FOGO
ÁGUA
TERRA |
|
Enfim, a tradição Chinesa, bem como a Japonesa, terminou por possuir dois sistemas de
5 elementos, um com
os 5 Grandes Elementos: Terra, Água, Vento, Fogo e Vazio / Éter, e outro com os 5 Elementos da Tradição Taoísta:
Água, Fogo, Madeira, Metal e Terra, o que, evidentemente, inspirou sínteses de 7 elementos como sendo
TERRA,
MADEIRA,
METAL,
ÁGUA,
AR,
FOGO e
ÉTER (Vazio / Espaço).
Tais sínteses são, no entanto, menos populares do que os sistemas tradicionais. No Japão, por exemplo, os 5 elementos
taoístas estão representados nos
Dias da Semana.
Domingo |
Segunda |
Terça |
Quarta |
Quinta |
Sexta |
Sábado |
Nichi-yobi |
Getsu-yobi |
Ka-yobi |
Sui-yobi |
Moku-yobi |
Kin-yobi |
Do-yobi |
Sol |
Lua |
Fogo |
Água |
Árvore |
Ouro/Metal |
Terra |
Finalmente, vejamos a tradição chinesa do
I CHING, onde Yin e Yang são recombinados em trios, que permitem 8 combinações,
Trigramas, que correspondem a 8 ELEMENTOS, que são
CÉU, VENTO, TERRA, FOGO, LAGO, TROVÃO, MONTANHA e ÁGUA, que por sua vez se relacionam estreitamente com os 5 Agentes,
na forma a seguir.
Céu |
Metal |
Yang, Yang, Yang |
Vento |
Madeira |
Yin, Yang, Yang |
Montanha |
Terra |
Yang, Yin, Yin |
Fogo |
Fogo |
Yang, Yin, Yang |
Lago |
Metal |
Yang, Yang, Yin |
Água |
Água |
Yin, Yang, Yin |
Trovão |
Madeira |
Yin, Yin, Yang |
Terra |
Terra |
Yin, Yin, Yin |
o que resulta no esquema
Como podemos notar, o modo como os 5 elementos foram recombinados em 8 jamais teria agradado os gregos, em especial
os pitagóricos, que provavelmente veriam algum tipo de desarmonia numérica. Permaneceu forte na nossa tradição
ocidental a idéia de 4 elementos físicos, que ocasionalmente recebem um Quinto, em geral associado ao
Espírito / Alma / Mente.
Já no Oriente, embora tenha havido noções de 4 e por vezes, até 3 elementos em algumas tradições
Hindus mais antigas, permaneceu forte a idéia de 5, quer seja levando em conta um elemento imaterial, como no
sistema ocidental, quer seja ignorando o Ar e acrescentando Metal e Madeira.
É fácil notar, também, uma fixação oriental, em especial Chinesa e Japonesa, pelos números 5 e 8, ao passo que no
ocidente temos uma fixação maior no 4 e no 7. Enquanto nós falamos em 7 cores e 7 notas musicais, os chineses e
japoneses costumavam falar em 5 notas e 5 cores. Diversas outras correlações podem ser notadas, em especial levando
em conta superstições desses orientais contra o número quatro, cuja pronúncia é idêntica a da palavra 'morte'.
O número 4, então, traria mau agouro, e é tão incômodo quanto o é o 13 para os ocidentais. No Japão, por exemplo, é comum
não haver apartamentos, andares e casas com o número 4, da mesma foram como nos E.U.A. e alguns países da Europa
costuma ocorrer com o 13.
Inclusive, é interessante observar que os chineses fizeram questão de iniciar as Olimpíadas de 2008 às
8 horas, 8 minutos e 8 segundos do dia 08/08/08, visto que este número é tido como portandor de boa fortuna.
Voltando a falar em cores e sons, podemos perceber que nossa divisão em 7 notas, no caso 5 tons e 2 semitons, é
arbitrária, e seu principal responsável é ninguém menos que Pitágoras, que estabeleceu relações harmônicas
preferíveis ao tocar cordas simultâneas em comprimentos diferentes. Posterioremente, no século XI, Frei Guido
Darezzo viria a atribuir-lhes os nomes pelos quais as conhecemos, Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá e Si, que são a
primeira sílaba de cada frase de um hino religioso à São João Batista.
Na realidade, existem 12 semitons, como pode ser observado nos instrumentos de corda com trastes, tais como o violão,
em relação a um teclado.
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