Muita gente boa, em especial meus alinhados político ideológicos, tem manifestado sua indignação com a sugestão de uma intervenção "humanitária" no Brasil por parte dos EUA, leia-se: sermos, se não invadidos, ao menos sofrermos embargos e sanções severos além de ações drásticas para forçar uma mudança de regime.
Por princípio, somos contra qualquer ação do tipo por respeito a soberania dos povos, mas estou pouco preocupado com esse assunto. PRIMEIRO por saber que é um discurso sem qualquer chance de concretização a curto ou médio prazo, além do que efetivamente os EUA já fazem contra nosso país desde sempre; SEGUNDO por nunca ter visto tão delicioso efeito "feitiço virando contra feiticeiro" quando lembramos que quem mais está sendo diretamente ameaçado com isso é justamente quem sempre defendeu esse tipo de "intervenção".
Ora, evidentemente, democratas norte americanos e celebridades brasileiras tem se notabilizado em fazer coro com essa proposta, literalmente, invasiva, mas justamente porque o Brasil se encontra justamente sob governo de uma mentalidade que, excepcionalmente, SEMPRE APOIOU propostas desse tipo!
São os infames dos neoconservadores, olavetes, bolsonaristas que sempre apoiaram a política imperialista norte americana em total contramão da tradição diplomática do Brasil. São justamente figuras grotescas como Ernesto Araújo ou Eduardo Bolsonaro que, violando nosso princípio constitucional de Autodeterminação dos Povos, acham que os EUA tem o direito, se não o dever, de invadir países alheios em nome da democracia e da liberdade!
E a justificativa, ora, costuma ser salvar a população de um governo opressivo que a estaria prejudicando, atender a uma parcela que clama por ajuda externa, mesmo que seja minoritária, para que os "Anjos" Norte Americanos façam suas guerras santas por causas "justíssimas". E que por sinal idolatraram Sérgio Moro e Deltan Dallagnol sabendo perfeitamente que foram agentes pagos do Departamento de Estado dos EUA para desestabilizar nosso país.
Ver surgir um consenso internacional de que é justo agora, sob este dito governo, que há uma justificativa para que sejamos agredidos, chega a ser um deleite! Visto que o Brasil se tornou um criadouro de cepas virais letais graças à persistente política federal de "Imunidade de Rebanho" já desacreditada em todo mundo há mais de um ano, ameaçando outros países como uma autêntica "arma de destruição em massa" biológica. Bem como estamos numa virtual guerra civil entre Governo Federal e Governos Estaduais, além de entre Executivo e Judiciário, tendo o Legislativo como campo de batalha, sem sequer entrar no nosso índice de mortalidade.
Analogamente, "motivos" do tipo que sempre foram alegados para justificar invasões e ingerências norte americanas mundo afora, largamente apoiados pelo neoconservadorismo sionista bolsolavista, estão nesse exato momento se apresentando no Brasil mas não para combater o comunismo, e sim, justamente ameaçando ninguém menos que os mais perfeitos capachos e idólatras do imperialismo norte americano.
Enquanto camaradas meus que respeito muitíssimo, como
André Luiz Dos Reis,
Raphael Machado,
Andre Nunes,
Vinícius Moreira ou
Felipe Quintas, tem manifestado justíssima preocupação come esse assunto, eu devo confessar que apesar de compartilhar de suas visões, não consigo conter uma vontade de rir da ironia da situação.
Quem tiver interesse no histórico dos filmes de GODZILLA e KING KONG, eu recomendo acompanhar os posts de Fred Alvarenga. Ele está fazendo uma lista completa de TODAS as produções cinematográficas que envolvem esses dois ícones do cinema que podem ser acessadas em seus álbuns de fotos:
A maioria das pessoas jamais sequer ouviu falar da maioria desses filmes, mas os comentários dele permitem ter uma ótima visão do histórico, dos valores, simbolismo e demais elementos dramáticos, trágicos e cômicos envolvidos.
Nem sei o que mais me impressionou nessa questão toda do STF x Moro:
- A manobra de Fachin para tentar livrar a cara de Moro ao anular todas as condenações de Lula por motivo de competência, o que isentaria de responsabilidade o juiz tucanoglobista que se fingiu de bolsonarista, visto que ele recebe passivamente o processo, e em tese essa anulação poderia tornar irrelevante o julgamento da suspeição (Lembrando que estou falando dessa questão da competência desde 2017*);
- O fato de Gilmar Mender, num reflexo Jedi digno de quando ele liberou o banqueiro Daniel Dantas duas vezes seguidas, retomar o processo da suspeição no dia seguinte! (Aliás, isso, e a própria condenação de Lula, mostra o quanto a justiça brasileira consegue ser rapidíssima quando quer.);
- O fato de Kássio "ConKá" Nunes, malandramente, ter pedido vista do processo (Nota: 'vista', é quando o magistrado quer, de fato, LER o conteúdo!), ter devolvido mais rápido do que se esperava e justamente um dia depois de...
- O Datafolha, lembrando os maus e velhos tempos, ter anunciado nesta segunda-feira passada o resultado de uma pesquisa que teria aferido que a maioria da população apoia a condenação de Lula em 2017, "SE ESQUECENDO" de dizer que isso se refere ao que os pesquisados achavam NA ÉPOCA desta condenação!
- O fato do julgamento ter sido retomado imediatamente depois do anúncio dessa pesquisa;
- Voltando ao "Cássio ConKá", o fato dele ter decidido deixar claro que o tempo que utilizou para ler o processo foi pessimamente aproveitado e que ele é um legítimo bolsomínion no sentido cognitivo, tendo em vista a inacreditável má qualidade de sua argumentação. Entre loas à justiça norte americana, tergiversações "matrixianas" sobre a ilicitude dos áudios vazados, que, como diria o Psicopata de Curitiba, "não vem ao caso", decidir por em causa a própria constitucionalidade da validade de aceitação dessa provas para defesa, e por fim, lastimar o fato de Moro não "poder se defender"... RAIOS! O cara queria direito de defesa para o "objeto" que justifica o argumento de um pedido de Habeas Corpus!!! (Só acerta ao defender Moro da cobrança das custas judiciais.)
- E por fim... a Resposta do Gilmar...
É o que vivo dizendo. Se num futuro distante fizerem uma "série de TV" ou um "livro", se é que essas coisas existirão como meios de entretenimento de massa, contando os acontecimentos políticos dos últimos anos no Brasil, é capaz de considerarem a "estória" exagerada e inverossímil.
O calendário oficial da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro comemora hoje, 25 de março, o Dia do Nascituro.
Nunca foi tão importante lembrar a ocasião, já que a América Latina inteira se encontra sob ataque de movimentos abortistas que visam passar por cima dos valores populares mais arraigados e da visão de pessoa humana portada por nossos povos a fim de consolidar a possibilidade legal de destruir a vida humana em seu nascedouro.
Por trás dessa militância da morte se encontram frações de classes médias cosmopolitas, desenraizadas em relação à mentalidade de nossas populações, e que fantasiam, de modo delirante, uma missão civilizatória em nome do extermínio de fetos e embriões.
Os argumentos usados são todos eles retirados de um macabro e cínico individualismo, que ora encara o corpo como propriedade, ora mobiliza um insustentável ''direito de escolha'' absoluto da abortista. Em ambos os casos, a questão fundamental é deixada de lado: há uma pessoa humana em gestação?
A resposta de nossos povos é demolidora: segundo pesquisas de opinião recentes, mais de 70% da população brasileira é contrária à descriminalização do aborto, e grande parte defende, inclusive, maiores restrições penais. Esse percentual é ainda maior entre as mulheres.
Mas abortistas, em sua repulsa ferrenha pela maior das obviedades, a saber, que o povo brasileiro considera o nascituro uma pessoa humana em desenvolvimento desde o evento da concepção, tampouco tem apreço pela democracia. Na boca deles, democracia é necessariamente a imposição dos valores e da perspectiva de uma minúscula minoria de classe média.
Protejam os nascituros! Defendam o direito da população brasileira de viver segundo seus próprios valores, sua própria mentalidade e sua própria noção de pessoa humana!
No finalzinho de 2017 publiquei minha avaliação* sobre o filme Liga da Justiça que foi exibido nos cinemas, e apesar de ter gostado e elogiado o filme, deixei claríssimo que via vários problemas oriundos de evidentes cortes, neste caso, ainda mais óbvios devido a quase metade das cenas do trailer não terem ido para a versão final.
Assim, frisei enfaticamente desejar uma versão estendida, que assim como ocorreu em Esquadrão Suicida e Batman Vs Superman, sem contar o Watchmen, dirigido também por Zack Snyder, só poderia ser muito superior a versão cinematográfica.
Então, foi anunciado que Zack Snyder, após se recuperar da horrível tragédia pessoal que afligiu sua vida e o retirou da finalização do filme, retomaria o projeto e faria sua versão do diretor.
E neste dia 18/03/2021, finalmente essa longa espera encerrou, e na madrugada do dia 20 tive uma das melhores experiências filmográficas dos últimos anos assistindo às mais de 4 horas do Justice League de Snyder Cut. Uma redenção após as terríveis experiências de 2019 como Dumbo, Godzilla: King of Monster e o horrendo, hediondo, grotesco, pavoroso, tétrico, Episódio 9 de Star Wars. (Depois não tivemos cinema em 2020 com exceção de nossa sessão "solo" de Mulher Maraviha 1984, que foi outra decepção.)
Mas sobre este novo Liga da Justiça de Zack Snyder, os adjetivos são: MARAVILHOSO! ESTUPENDO! MAGNÍFICO! ÉPICO! MAJESTOSO! ESPETACULAR! (Pra ficar só com adjetivos iniciados em M e E.)
Não é possível descrever aqui toda a amplitude da formidável experiência que foi ver este filme, e tudo o que tenho pra dizer dele. Isso ficará para uma próxima oportunidade.
Só quero aqui deixar claro que me vejo obrigado a retificar boa parte do que disse sobre a versão anterior, que comparada à esta, fica reduzida a uma caricatura quase patética, tornando-se quase insuportável de ser revista, mesmo que uma ou outra ceninha muito breve até tenha me feito falta. Mas no que se refere a sequências, simplesmente tudo o que foi removido dessa versão de 2017 não faz a menor falta, e sim, além de ter mais que o dobro da duração do filme anterior, dezenas de minutos deste foram cortados, de modo que o Snyder Cut é, pelo menos, 70% novo!
Hoje acho que muitas das críticas depreciativas que o filme acabou recebendo na época sejam talvez merecidas, até mais, devido ao autêntico crime que foi, tendo um material tão espetacular, entregarem uma versão tão simplória, pra não dizer tosca, quanto a que terminou caindo nas mãos de Joss Whedon.
O novo Snyder Cut é praticamente uma perfeição! Onde me restam pouquíssimas reclamações, e todas elas sobre coisas que já estavam na versão original.
No mais, vou assistir de novo antes de comentar mais detalhadamente, e a única reclamação mais significativa que tenho é a curiosa escolha pelo formato 4:3.
Por fim, assisti na base da "perna de pau", mas gostei tanto que comprarei o Blu-Ray, tal como fiz com as versões estendidas de Watchmen e Batman Vs Superman.
30 anos do referendo que disse "sim" pela União Soviética
Há 30 anos, em 17 de março de 1991, era realizado um gigantesco referendo nacional em todas as repúblicas da União Soviética. Tal referendo visava consultar o desejo popular sobre a manutenção ou desintegração da URSS como um país.
O clima no país já estava grave desde os anos 1980 com a intensificação de movimentos de todas as partes que visavam a destruição da URSS. A queda na produtividade econômica e as medidas desastrosas de Mikhail Gorbachev na frente do governo soviético abriram espaço para pipocarem movimentações orquestradas desde o exterior que exigiam o fim do sistema socialista e o fim da URSS.
Em março de 1991, o governo central soviético, visando sanar as tensões, realizou então um referendo nacional. No bilhete de votação, havia a seguinte pergunta:
«Você considera indispensável a manutenção da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas como uma Federação renovada de repúblicas iguais e soberanas na qual, sob quaisquer circunstâncias, os direitos e liberdade do cidadão de qualquer nacionalidade serão totalmente garantidos?»
Havia duas opções de resposta: "sim" e "não".
A esmagadora maioria do eleitorado, quase 78%, votou em "sim". O desejo amplo dos soviéticos, indiscutível a partir desse referendo, era que a URSS continuasse a existir como um país uno.
Desesperados pelo resultado do referendo, as forças hostis de dentro e fora da URSS resolveram agir pela margem. A partir do resultado, começaram a surgir guerras abertas, manifestações violentas e manobras políticas de cima para baixo. Era nítido que o desejo de destruir a URSS, uma pauta na agenda do imperialismo desde 1922, era algo que vinha de cima para baixo e não o contrário.
Apesar do desejo popular, em 25 de dezembro do mesmo ano, a URSS deixou de existir com a renúncia de Gorbachev e as seguidas declarações de "independência" dos dirigentes regionais das Repúblicas que compunham a gigantesca URSS.
O que veio depois foi um cenário de destruição total do sistema social, econômico, cultural e político que o povo soviético havia demorado 7 décadas para edificar. As privatizações em massa geraram desemprego, ruína dos serviços públicos, outrora padrões standart mundiais, além da proliferação da criminalidade, pobreza e miséria. As fábricas, escolas, teatros, hospitais e espaços públicos foram sendo fechados em todo o país. O uso de drogas, o suicídio, a prostituição e todos os males sociais decorrentes passaram a fazer parte do cenário das cidades.
Até hoje, 30 anos depois do "sim, eu quero a URSS!", os povos daqueles países ainda não recuperaram sequer uma fração da vida que tinham.
Nas imagens, local de votação do referendo e um cartaz de apoio ao voto no "sim", dizendo "Pela união!".
Para construir as políticas pós-pandemia, é preciso examinar o que não funciona.
Nos últimos cinco anos, houve corte brutal dos gastos sociais, a pretexto de
“sanear o Estado”. Resultados: a crise explodiu – e o déficit mais que dobrou!
Os patifes, como todos os globalistas que se prezem, estão saindo em defesa da quadrilha lavajatista que devastou a economia do país. Claro! Afinal a OCDE e a Lava-Jato obedecem aos mesmos mestres: a Plutocracia Globalista que opera o Departamento de Estado dos EUA.
Finalmente, a primeira versão impressa de As 4 Damas do Apocalipse chega às minhas mãos. Com ela procederei a revisão final, e a partir dela os ajustes necessários para finalmente iniciar a publicação.
Pra você ver o quanto a situação tá feia, até o Guedes passou a ter que ir no supermercado! Antes devia mandar seus empregados fazer as compras. Chegando lá, deve ter ficado bastante surpreso com a nova experiência de ver os funcionários agradecendo aos clientes. O que seria a única explicação para essa alegação que, de outra forma, seria menos crível do que dizer que viu um saci estrangulando uma mula sem cabeça numa chave de perna no Tele-Catch do Ted Boy Marino. #pauNoGuedes
A resposta é evidente. NEM ISSO o Capitalismo Liberal pode permitir! Ao taxar um governante, que enriqueceu bancos e setor privado como nunca, de "ameaça comunista", pelo fato de parte desse enriquecimento ter sido compartilhado com os mais pobres, fica claro que manter o povo na pobreza É MAIS IMPORTANTE do que enriquecer ainda mais! Caso contrário, os emergentes começam a ameaçar o lugar de quem se mantém no topo apenas por herança.
Eles preferem promover fraudes, golpes e crimes para destruir o crescimento econômico do que aproveitá-lo, e ainda tem a cara de pau de posar com máscara de virtude e falar em "mortos do comunismo!"
Mas uma corja que prefere a humilhação e a miséria de seu povo ao ponto de se voltar até mesmo contra os setores produtivos da indústria, e ajuda a destruir até mesmo os outros mais ricos que ao menos tem uma visão de desenvolvimento nacional geral, só merece é ser exterminada num gulag mesmo!
A destruição do país, a miséria e a morte, é tudo o que a canalha liberal que sustenta Bolsoguedes tem a oferecer ao povo.
Apesar do número enorme de pessoas que, com a absolvição de Lula, se apavoram com a possibilidade da “volta do comunismo”, como o Samuel Borges (@SamuelSilvaFB) lembrou no Twitter, o governo Lula não chegou nem a ser social-democrata. Ficou mais próximo de um liberalismo social.
E é fácil provar. Lula nunca bateu de frente nem com os bancos nem com o agronegócio. Ao contrário. Deu inúmeros incentivos, subsídios, desonerações, perdões de multas etc. Os donos do capital não podem reclamar da cordialidade, nem da boa vontade do Presidente.
Lula não taxou grandes fortunas – nem ameaçou fazê-lo –, não acelerou o processo de reforma agrária e nunca, nem em seus mais ousados sonhos, propôs nada que desagradasse o grande capital. Teve até um grande empresário como Vice-Presidente.
Lula só tentou dar um coração ao capitalismo, com algumas políticas compensatórias para os mais pobres. Deu a eles alguns direitos básicos e um mínimo de dignidade. Essa é a radicalidade do ex-presidente? Sendo sincero: alguém pode elencar as atitudes radicais tomadas por Lula em seus governos? Alguém lembra de pelo menos uma?
Então, por que forjar para ele essa fama de radical e extremista? Por que incutir na população o medo a um presidente que trouxe tanta prosperidade, inclusive aos mais ricos, e alguma justiça social ao país? Essa é a parte cruel e torpe da campanha da grande mídia.
Lula, que poderia ser o perfeito “candidato de centro”, conciliador, para comandar a tal da Frente Ampla, é perigoso porque abre as defesas da direita privilegiada. Ele deixa clara a indignidade da vida do povo, (segue) relembra em seus discursos que tem muita gente que passa fome no nosso país, que a concentração de renda é imoral e que vem crescendo, especialmente nesses tempos neoliberais.
Mesmo sem querer derrubar o sistema, nem pensar nisso, essa pequena brecha no muro de proteção da fortaleza capitalista assusta os donos do mundo. A crueldade do sistema tem que se tornar invisível para evitar uma convulsão social mais que justa, necessária.
A narrativa sobre a vida, a política e a economia tem que ser única e indivisível: não temos um mundo perfeito, mas é o mundo possível. Qualquer mudança tornaria tudo ainda muito pior. Olha a Venezuela! Como disse Margaret Thatcher: “There is no alternative.” (Não há alternativa)
O que Lula dá ao povo que mais preocupa os poderosos é a esperança, a possibilidade de futuro. Na luta de classes, há algum tempo os poderosos roubaram as armas de seus adversários. O projeto neoliberal é a vitória acachapante dos exploradores, por imobilização. Todos os direitos dos trabalhadores, conquistados com sangue no século passado, estão sendo metodicamente retirados pelas “necessárias reformas” (necessárias para quem, não é mesmo?) para aumentar a competitividade dos negócios.
E esses direitos são quase demonizados, como entraves ao progresso. Nesse processo, só resta aos trabalhadores nos nossos dias torcer para que o pouco que ainda resiste não lhes seja roubado muito rapidamente. A utopia possível é retardar a total submissão aos senhores da grana.
O governo Lula apontou para a esperança, para a alternativa, para além da derrota anunciada e inevitável. Isso é imperdoável para as classes dominantes. Elas já convenceram boa parte do Congresso que modernidade é sinônimo de indiferença social e liberdade total para o capital. Quem discorda desse discurso vira inimigo mortal, terrorista, extremista, polarizador.
O único extremismo que se pode atribuir ao Lula é o de achar, contra as lendas do reino encantado do mercado, que as pessoas são mais que instrumentos para a produção, que merecem comer, descansar e até (terrorista!) fazer um churrasco e tomar uma cerveja gelada.
Lula não prega (nem deseja) a Revolução, nem a socialização dos meios de produção, nem o fim da propriedade privada da terra, como boa parte da esquerda.
Nem mesmo, como o trabalhismo inglês de Jeremy Corbyn, proporia limitar os salários dos executivos a uma relação de vinte para um com seus empregados, invadindo a sacrossanta “liberdade” do ambiente de negócios. E a grande mídia sabe disso.
Ela sabe que Lula não tem nada de extremista. Ela ouviu, no seu discurso pós absolvição, ele dizendo que fortaleceria os sindicatos porque um capitalismo forte precisa desse embate. Sabe que não há nenhum risco econômico, que os lucros do capital não estão ameaçados. Sabe, e bem, que ele é um democrata, ao contrário do atual ocupante da presidência.
O que ela não pode tolerar em Lula é a radicalidade de uma fresta de esperança."
Há um ano atrás o Brasil teve sua primeira morte por COVID-19 que seria oficialmente confirmada alguns dias depois, quando tínhamos pouco mais de 200 casos confirmados e pouco mais de 2.000 casos suspeitos.
Na época Átila Iamarino avisava, com base em dados do London Imperial College que SE NADA FOSSE FEITO, poderíamos ter mais de um milhão de mortos em um ano.
Muita coisa foi feita, e mesmo assim, neste aniversário da pandemia, temos mais de 2.000 mortes diárias, passando do total de 275 mil mortos. E somo o único país AINDA SUBINDO, na curva.
O negacionismo bolsonarista, por outro lado, celebrava figuras como Nise Yamaguchi, hoje esquecida, e Osmar Terra, que em 8 de Março anunciou sua auto desmoralização ao garantir que o Coronavírus não mataria sequer mil pessoas.
Pouco mais de um mês depois, ao ser questionado sobre esse vexame, o autodesmoralizado se defendeu dizendo que havia errado "menos" que Átila Iamarino! Como se o prazo dado por Átila já tivesse vencido! E continuou sustentando essa bolsonarice indefinidamente, a exemplo de 11 de julho, quando já tínhamos mais de 70 mil mortos, e na CNN, teve a pachorra de dizer que a margem de erro dele, de 70 Vezes, seria a menor! Apesar de mesmo a versão mais extrema da previsão do Átila, 1,5 milhão, estar apenas 20 VEZES menor 9 MESES ANTES do prazo esgotar.
Além de ser um analfabeto funcional, por parecer não saber o significado de PRAZO DE UM ANO, e um incompetente cognitivo por não compreender o conceito básico de CONDICIONAL, também é um "analfabeto" matemático!
E hoje, mesmo que Átila não tivesse deixando um claríssimo SE em sua afirmação, ainda assim, teria errado numa razão de, no máximo 6X. Osmar Terra já errou quanto mesmo? 275X!!!
E O DESGRAÇADO ESTÁ AÍ! Dando entrevista todo dia para continuar com as mesmas mentiras e fraudes calhordas, repetindo dia após dia que não houve diferença entre países que fizeram ou não medidas restritivas, que certos países que tomaram várias medidas de contenção nada fizeram, ou continuar insistindo que as medidas de isolamento de nada adiantaram!
ISSO É BOLSONARISMO! A negação insana e pérfida da realidade com o objetivo genocida de maximizar a morte!
Se nada tivesse sido feito, talvez até nem tivéssemos mais de um milhão de mortos, porque é de se admitir que existe uma imunidade natural em parte da população que não foi considerada. Mas é absolutamente certo que o número de mortes seria bem maior. Eu arrisco dizer, no mínimo, 500 mil só até agora.
Eu mesmo fiz uma penca de previsões a respeito, não errei nem uma, mas foram bem modestas, chutando bem para baixo. A última que pode ser vista, com links para todas as outras, foi publicada em 11/10/20, e focava na posição brasileira no lastimável ranking de morte por milhão de habitantes, na época, 4° lugar. (Hoje, segundo meu critério, está no 20° devido a estarmos atrasados nessa segunda onda, mas prevejo que irá, no mínimo, voltar ao Top 10. Previsão, mais uma vez, modesta.)
Enquanto isso, o que bolsonaristas aprenderam? Que lição tomaram a respeito da defesa de medicamentos inúteis, posturas negacionistas e desrespeitos à saúde pública?
NENHUMA! Continuam aí, como se nada tivesse acontecido, como se TODAS as suas ilusões já não tivessem sido brutalmente destruídas pela realidade, o que não faz a menor diferença, pois eles próprios já destruíram qualquer senso de realidade que um dia, talvez, já tenham tido.
Ia dizer mais alguma coisa... O que era mesmo?
E ainda tem quem não admita que Lula é O CARA! Nem precisou nem começar a campanha pra acabar com fraude do "Populismo Liberal".
NÃO! SEUS PANACAS! Bolsonaro não se elegeu por causa de Guedes, mas apesar dele. Liberalismo NÃO GANHA ELEIÇÃO! Porque até para estupidez popular existe limite.
Aproveitar a ocasião para dizer algo que já queria dizer há tempos.
Dentre as inúmeras insanidades que assolam este país, de certo teremos agora um surto daquela que finge acreditar ver uma simetria entre Lula e Bolsonaro, como se um fosse tão ruim quanto o outro.
Não é possível respeitar tal perfídia. Lula pode ter inúmeros problemas, mas são problemas "normais"! São problemas de visão ideológica, de gerência, de política, de estratégia, erros cometidos, ingenuidades, talvez até uma ou outra desonestidade que caberia a um ministério público 'desdallagnolizado' e a um judiciário 'desmoronizado' tentar provar.
Fora isso, a não ser na cabeça de zumbi vejista, teleglobie ou lavajatista (nem sei o que é pior), qualquer rejeição minimamente sensata a Lula terá que ser de ordem ideológica e demanda uma análise que a maioria esmagadora das pessoas sequer tem condições de fazer.
O "sociopata genocida" (NÃO! Não são adjetivos retóricos! Mas descrições TÉCNICAS que já justifiquei racionalmente em 16/04/20 e 01/06/20) Mas bem, o SOCIOPATA GENOCIDA que ocupa a presidência, por outro lado, é que não pode mais ser defendido sob nenhum abordagem minimamente racional sem que se opte por perder por completo a capacidade de interagir com a realidade.
Chega a ser ridículo ter que dizer isso, mas como raios é possível alguém ter a cara de pau de fingir ser comparável um governante que após 8 anos de mandato saiu com uma das maiores popularidades de todos os tempos (87%), sendo uma unanimidade em reconhecimento internacional, e tendo conduzido o país a um dos melhores momentos de sua história, a essa desgraça que mesmo antes da pandemia jamais teve nada a oferecer ao país a não ser vexame, escândalos, crises e absoluta incompetência gerencial em TODOS os aspectos existentes?!
O que ainda é possível falar em favor de Bolsonaro sem apelar para uma mentira calhorda, uma fraude grotesca ou a um surto esquizóide?
Isso não quer dizer que um possível novo governo Lula seja de fato desejável, devido a nova configuração do Pós-Brasil que garante o desastre a qualquer infeliz que venha ocupar a presidência, a não ser que tenha força política para reverter simplesmente tudo que foi feito pelo processo golpista.
Mas dizer que haja alguma equivalência entre um dos mais bem sucedidos governos que este país já teve, e uma quadrilha miliciana assassina cuja única virtude é seu empenho incansável em destruir e matar, não é simples ignorância, é perversidade deliberada!
Nesse 8 de março, dia internacional das mulheres, resgatamos a história das "bruxas da noite" que aterrorizaram os alemães. Acompanhe a história das temidas pilotas soviéticas que voavam na escuridão para bombardear tropas nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.
Em junho de 1941 a Alemanha nazista deu início à chamada Operação Barbarossa com o objetivo de invadir o território da URSS. Os soviéticos mobilizaram uma força militar gigantesca para conter as tropas de Adolf Hitler e um corajoso grupo de mulheres aviadoras tiveram um papel decisivo neste momento histórico: As Bruxas da Noite.
Na primeira metade do século XX, a presença feminina nas forças armadas de qualquer país era incomum, com exceção das mulheres que atuavam como enfermeiras ou faziam serviços burocráticos, além de outras tarefas pontuais. A União Soviética destoava das demais potências. Pioneiros, os russos abriram espaço para as mulheres na linha de frente do conflito: elas eram mecânicas, atiradoras de elite (função na qual tiveram grande destaque), instrutoras, médicas, pilotas de tanques e integrantes da força aérea do temido Exército Vermelho.
O 588º Regimento de Bombardeiros Noturnos (mais tarde conhecido como 46º Regimento de Aviação de Bombardeiros Noturnos da Guarda “Taman”) ficou conhecido graças às aviadoras que foram apelidadas pelo exército alemão de “bruxas da noite”. Era formado por jovens, em sua maioria universitárias, algumas ainda adolescentes, cujas idades não passavam dos 20 anos. O Regimento operava sempre à noite, como uma forma de cumprir as missões de modo inesperado para os alemães. Além de tropas, veículos de suporte e depósitos de combustíveis estavam entre seus alvos estratégicos.
Com uma sucessão de missões bem-sucedidas, a fama das combatentes do 588º regimento só crescia. O apelido dado pelos alemães tinha um tom pejorativo. O nome “bruxas da noite" se deu pelo modo como as aviadoras atacavam os soldados nazistas. Ao se aproximarem dos alvos, elas desligavam os motores dos aviões para não chamar a atenção do inimigo e o som do vento em contato com as asas produzia um barulho apavorante para os soldados no solo, que só percebiam o que estava acontecendo quando já era tarde demais. No fim, o apelido acabou se tornando um elogio para as aviadoras.
Os bombardeios feitos pelo 588º Regimento configuravam uma tática psicológica que estressava o inimigo e diminuía sua capacidade de lutar. As aviadoras eram, ao mesmo tempo, desprezadas e temidas, e o piloto alemão que conseguisse abatê-las era condecorado com a medalha “Cruz de Ferro”, uma das mais altas honrarias do Exército alemão. As bruxas utilizavam as aparentes desvantagens do Po-2 a favor delas. Isso valia, por exemplo, para a baixa velocidade e a ótima manobrabilidade do avião, que facilitavam a localização precisa de alvos terrestres com voos em altitude bastante baixa e davam poucas chances aos soldados alemães de se esconder.
O regimento feminino atuou em cerca de 24 mil missões e a maioria de suas combatentes participou de pelo menos 800 voos, em condições difícilimas nos aviões biplanos Polikarpov Po-2 com cabine de pilotagem era totalmente aberta, que não protegia as tripulantes dos ventos gelados, tampouco de disparos alemães. No auge de seu funcionamento, o regimento possuía 40 equipes formadas por duas mulheres cada.
Honra e glória imortalizadas:
A URSS mobilizou suas mulheres na luta de vida ou morte contra os nazistas, de uma forma que nunca ocorrera antes nem voltou a ocorrer depois. Quase um milhão de soviéticas engrossaram as fileiras do Exército Vermelho, em todos os postos: sapadoras, tanquistas, franco-atiradoras (tema do próximo livro de Vinogradova), operadoras de metralhadora... Ao todo, 92 delas foram condecoradas como Heroínas da União Soviética.
As soviéticas foram as únicas mulheres do mundo a pilotarem aviões em missões de combate naquele sangrento conflito, enfrentando de igual para igual em numerosas ocasiões os ases da Luftwaffe de Hitler, aos quais impunham surpresas muitas vezes letais.
Esse país é uma esquete insana do Monty Python. Não é mais absurdo, já fez uma curva aguda em direção ao surrealismo, e para lá se dirige a todo vapor. Em um país meramente bizarro, teríamos um presidente suspeito de trambiques comuns para os representantes do baixo clero da política, e é isso que temos. Em uma aberração de país, teríamos os filhos do tal presidente - todos também envolvidos na política - implicados, em maior ou menor grau, nos mesmos trambiques. E isso também temos. Em um país anômalo, o legislativo poderia fechar os olhos para a irresponsabilidade do presidente diante do fato de mais de mil pessoas morrendo todos os dias, por puro medo da reação dos representantes do mercado financeiro (os verdadeiros chefes da nação). E isso é o que temos.
Fosse só isso e seria bizarro. Mas o Brasil não se satisfaz em ser apenas bizarro. Bizarro não nos faz justiça. Bizarro é pouco. Bizarro não atende o anseio por grandiosidade que maltrata o peito do brasileiro.
Nós queremos viver em um país no qual Salvador Dali abriria o jornal e coçaria a cabeça, intrigado, pensando "Uai, eu não me lembro de ter escrito isso aqui". Um país que faria Martin Esslin dizer "Peraí, bicho, vão com calma, não é assim, também!". Um país cujos cenários fariam qualquer roteirista, fosse de comédia, drama, pastelão ou mesmo realismo fantástico, dizer "Mas não tem a menor verossimilhança nisso!".
Então nós vivemos nesse país. Num país no qual o filho implicado em trambiques de desvio de dinheiro público do presidente implicado em trambiques de desvio de dinheiro público, e que declarou meros um milhão e setecentos mil de patrimônio nas últimas eleições (nem três anos atrás, veja bem), tem a pachorra
O desplante
A audácia
A coragem
O descaramento
A insolência
De comprar uma mansão de seis milhões de reais, enquanto é investigado pela Procuradoria Geral da República.
E, tal e qual um anúncio da (nem tanto) saudosa TELESHOP, após apontar o fato somos obrigados a dizer: E NÃO É SÓ ISSO!
Porque isso não é suficiente para o absurdo que o Brasil se propõe a ser. Pretende ser. É. E Gosta de ser. Não! Não, temos que ter mais. Então temos, em cima de tudo isso, o fato de que a promotora responsável pelas investigações sobre o filho do presidente é, ela mesma, uma orgulhosa apoiadora do presidente e de seus filhos. Não em segredo. Não na surdina. Tem fotos nas redes sociais e tudo, anunciando aos quatro ventos sua sanha bozonarista.
Mas vem o locutor da TELESHOP: E NÃO É SÓ ISSO!
Essa promotora, a promotora indicada para apurar os desvios de verba do filho do presidente, a promotora a cargo de acusar e punir as ilegalidades cometidas pelo primogênito do presidente, a promotora que deveria ser a inimiga número um desse cara é
Ela mesma
Essa promotora
Madrinha de casamento da advogada do cara que ela tem que acusar.
Ah, sim: e hoje um avião carregado de vacinas bateu em um jumento ao pousar na Bahia. Porque podemos dizer tudo dos roteiristas do Brasil (como já dissemos), mas não podemos acusá-los de serem sutis em suas analogias.