2 0 2 2
31 de Maio

E que, inclusive, em geral e especialmente no Brasil, tem espaço até para as sexualidades divergentes, conquanto não queiram essas se sobrepor a sexualidade predominante.

Raphael Machado
30 de Maio

A famigerada "família tradicional", defendida pela direita liberal-conservadora, não é o casal + filho + cachorro.

Família tradicional é aquele arranjo, mais ou menos caótico, que reúne em uma mesma casa, um mesmo terreno, uma mesma vila (no sentido suburbano brasileiro do termo) ou, na pior das hipóteses, uma mesma vizinhança, pais, avós, filhos, irmãos, as companheiras dos rapazes (se necessário, os companheiros das moças, mas o padrão não é esse), além de possíveis agregados. Todos sob a tutela de um mesmo Patriarca ou, menos comum, Matriarca.

Família tradicional envolve puxadinhos, festas familiares grandes, mesa farta e, naturalmente, treta. Mas todo mundo unido contra os de fora.

As gerações nascem, crescem, casam, procriam e morrem em um mesmo terreno, ou, pelo menos, um mesmo "lugar" especificamente, concretamente, determinado.

Sim, é algo mais semelhante a clã. Esse negócio que desperta em nós todo tipo de preconceito, que achamos deplorável, "favelismo", quando achamos que jovens são vagabundos por não saírem da casa dos pais, isso aí é a norma nas sociedades tradicionais, sejam de raiz indo-europeia, asiática, semítica, africana, indígena, aborígene.

A exceção histórica é a Inglaterra, onde desde o final da Idade Média vigora a família nuclear. Padrão que se espalhou para a América do Norte com a colonização. E que graças à globalização e ao imperialismo hoje se impõe como norma no planeta inteiro. Imagine achar normal ver a família só no Natal. Rejeitemos esse atomismo social.

Na Idade de Ouro, os hiperbóreos viviam em puxadinhos.


30 de Maio

Estão denegrindo* Genivaldo.

* No sentido de "denegrir" dado pela militância racialista.

26 de Maio - 15:51

Kissinger ser mais lúcido que qualquer um no FEM era esperado, mas feio mesmo é quando até o Paulo Guedes soa mais sensato!

26 de Maio - 14:38

Este é o print da postagem da PUCRS Online, de um ano atrás, que pode ser intitulada DIVERSIDADE EM PAUTA. Não irei linká-la aqui primeiro para não prestigiá-la, segundo porque a incompetência técnica do Facebook é tão grande que até hoje não conseguiu desenvolver uma solução eficaz para controlarmos a visualização dos elementos do post (ou vai só o link, ou vai só o texto sem a imagem, e é ainda pior se alguém tentar recompartilhar nosso compartilhamento) e terceiro por não ser necessário, na imagem há todos os elementos suficientes para localizá-la.

No início, pode-se ler: "De acordo com levantamento da PwC, 76% das corporações ao redor do mundo destacam a diversidade como prioridade em seus modelos de negócios. Esse tema, além da pauta de inclusão, é benéfico à sociedade e aos negócios, visto que mais de 30% deles asseguram melhoria na performance financeira."

A fim apenas de marcar o post sem qualquer tipo de curtida, comentei brevemente "Só que essa "diversidade" não se reflete na lista de bilionários e multi milionários que abrange os donos dessa corporações globais."

O post não se deu ao trabalho de explicar, mas PwC provavelmente é a multinacional de consultoria britânica PricewaterhouseCoopers.

E em destaque na imagem, temos: "MAIS DE 75% DAS EMPRESAS GLOBAIS APONTAM DIVERSIDADE COMO PRIORIDADE"

Deixando de lado a diferença de 1 ponto percentual, posso garantir que desses 75 ou 76% TODAS são empresas ocidentais, e demonstra de forma clara o alinhamento das transnacionais globais e da agenda Feminista. E se é fato de que tal visão tem pouca ou nenhuma penetração nas camadas populares, vale notar também que dos mais de 800 comentários no post, é quase impossível achar algum que não seja crítico, denotando também falta de apoio pela maior parte de usuários do Facebook que são sim um setor mais elitizado da sociedade.

É fácil entender o porquê. Os segmentos mais conservadores são naturalmente reativos a esta pauta, transmitindo essa reação aos liberais-conservadores, restando somente os numericamente insignificantes liberais puros, isto é, que o são tanto na esfera econômica quanto na cultural e abraçam aberta e entusiasmadamente o que os não puros chamam de globalismo.

Por outro lado, os progressistas da neoesquerda, os maiores entusiastas da pauta da diversidade, precisam pelo menos fingir que tal qual os marxistas tradicionais, são adversários das grandes corporações globais imperialistas. Para isso, sua melhor desculpa para lidar com o constrangimento de serem os maiores aliados dos grandes capitalistas transnacionais, é dizer que estes cooptaram suas pautas originárias.

Mas embora seja verdade que havia um germe de progressismo de gênero entre os marxistas tradicionais, querer ver nas pautas "diversitárias" de hoje, erroneamente chamadas de identitárias, algo do marxismo tradicional, é como querer ver hoje a beleza de Marilyn Monroe no esqueleto exumado de seu caixão onde jaz há 60 anos. Que aliás é mais ou menos o tempo de degeneração que transformou uma postura marxista originária de valorização das mulheres para fins de mobilização da luta de classes, nas aberrações flagrantes do Feminismo de 3a Onda com suas pautas Queer, metapóstranssexuais, interseccionais e com siglas que marxistas clássicos creriam ser fórmulas matemáticas.

O ponto é que nunca de demais ostentar pela infinitésima vez na cara de quantos se derem ao trabalho de olhar que as pautas "diversitárias" cujo Feminismo sempre foi a matriz são A IDEOLOGIA DA CLASSE DOMINANTE! Ainda que pregada para a classe dominada, visto que eles mesmos a ignoram em seus restritos círculos pessoais. E qualquer um que acredite estar sendo revolucionário ao apoiá-las merece mais é ser dominado mesmo.

Até porque o próprio discurso mega corporativo deixa isso claro. Seu objetivo, ao menos declarado, é a maximização da competitividade, que só pode levar à maximização dos lucros de uns poucos em detrimento de muitos. O oposto do que deveria buscar a esquerda, ou neste caso, a neoesquerda, ou "esquerda liberal", ou talvez ainda melhor a ex-querda.

26 de Maio - 11:52


25 de Maio


24 de Maio

Parte da motivação da invasão russa tem a ver com água tratada. A Criméia, anexada pelo Governo Putin em 2014, sofria um sério problema devido ao corte do fornecimento de água pela Ucrânia, que detinha maior potencial hídrico e capacidade de tratamento. Agora, com o sul do país dominado, os russos reestabeleceram a normalidade do abastecimento para os 2,5 milhão de habitantes que votaram em referendo pela anexação à Federação Russa.

E ante a dúvidas da validade desse referendo devido a região já estar repleta de bases militares russas, lembremos que regiões independentes, como Transnístria e Gagáuzia, ambas na ex república soviética da Moldávia, ao lado da Ucrânia, solicitaram voluntariamente anexação à Rússia sem qualquer presença militar relevante.

Mas assim como é importante ter conhecimento de detalhes que esclarecem questões obscuras, é preciso um esforço para compreender as estranhas sanções aplicadas pelo Ocidente à Rússia. Se Cuba e Coréia do Norte resistem a mais de meio século de embargos, por que então achar que a Rússia, muito mais poderosa, sucumbiria a sanções que, mesmo muito mais fortes, nada podem fazer contra seus vastos recursos naturais, tecnologia de ponta e imensas forças militares? Ainda mais quando a maior parte do mundo, incluindo gigantes como China e Índia, não endossam tais sanções?

Super estima-se a força das sanções, pois a própria Rússia as despreza ao ponto de continuar fornecendo o gás do qual a Europa depende, que não foi sancionado, e ainda exige o pagamento em moeda russa desafiando a hegemonia do dólar. Além disso, o impacto das sanções ao próprio Ocidente é tão claro que chega ao ponto dos EUA ter que mendigar petróleo para a mesma Venezuela que semanas antes acusava de ditadura sanguinária, sequer reconhecendo seu governante.

Se as sanções mal arranham a Rússia e causam muito mais problemas ao próprio Ocidente, como entender tal estranha dissonância considerando que os EUA, cujo real governo são as mega corporações dinásticas e conglomerados financeiros, com certeza não é estúpido?

A explicação pode estar no tão falado Great Reset anunciado pelo Fórum Econômico Mundial, que pretende, de forma resumida, arrancar o resto de direitos e das poucas posses da classe trabalhadora. Esse projeto até pretende fazer uma redistribuição de renda que deixa de fora as grandes fortunas, tirando da classe média para dar aos muito pobres, de modo a equalizar a sociedade numa “pobreza melhor distribuída”, enquanto os 0,001% mais ricos, sem surpresa, ficarão ainda mais ricos consolidando seu poder absoluto sobre um Estado cada vez mais transnacional.

Porém, será um Reset não do Mundo, mas do Ocidente, lembrando que, infelizmente, esse Ocidente, do qual a América Latina é colônia, tem o péssimo hábito de achar que o mundo se resume a Américas e Europa, no máximo incluindo Oceania, que são colônias britânicas, e talvez, com muita ousadia, Japão e Coréia do Sul, que são países até hoje ocupados pelo exército estadunidense. Apenas assim para vislumbrar algum sentido da farsa de que “o mundo condena a Rússia”, quando na realidade 7/8 da população mundial não o fazem!

Para estabelecer reformas tão drásticas quanto as necessárias para o Grande Reset, mais uma das infindáveis restaurações do Capitalismo, as sanções econômicas aplicadas a Rússia são ideais para agravar o cenário de crise ocidental, justificando reformas radicais rumo a um cenário distópico de concentração de renda ainda mais extrema. E não sendo possível fazer isso com todo o mundo real, revive-se a bipolaridade da Guerra Fria, com o Bloco ocidental em oposição ao Bloco eurasiano, e suas áreas de influência, mas, desta vez, não restando sequer um Terceiro Mundo.

Quanto a nós, caso tal plano funcione, sofreremos um incremento ainda maior do assédio norte americano, sendo possivelmente a Amazônia um pretexto para interferir de modo ainda mais drástico em nossa política e economia, sob a alegação de “salvar o planeta”, leia-se: salvar o Capitalismo, numa nova ordem onde somente uma severa e improvável reorganização da classe trabalhadora seria capaz de oferecer alguma resistência.

Do contrário, só nos restará o projeto do FEM, que se tornará Fórum Econômico Ocidental, e nos diz: “Você não terá nada e será feliz.”, sendo a felicidade apenas uma promessa vazia, mas a despoja de qualquer renda, emprego, patrimônio e direitos, uma realidade concreta.

Obs: este texto foi escrito em 13 de Maio, mas por descuido acabei não o publicando antes, e de qualquer forma permanece atual, tendo os mais recentes eventos apenas o corroborado.

23 de Maio

O texto 'Tacaram bomba na escola': Um dia de boatos no grupo de mães no WhatsApp, disponível no TAB UOL, se de fato corresponde à realidade, é um excelente exemplo da facilidade com que uma sequência de mal entendidos pode evoluir para uma histeria coletiva.

No caso, aquele típico "disse me disse", ao pior estilo "telefone sem fio", levou a um crescendo de boatos que colocou algumas mães em pé de guerra ante a perspectiva de massacres em escolas como as ocorridas em Realengo e Suzano, induzindo a uma manifestação que prometia vandalismo incendiário nas próprias escolas que pretendiam defender, prevendo a queima de pneus e até de carros para chamar atenção das autoridades e cobrar providências.

Por sorte, aplicou-se aquela informal regra de 100 para 1 das manifestações combinadas por redes sociais: se 700 pessoas confirmarem, por volta de 7 comparecerão, o que foi o caso, e assim, o protesto acabou não ocorrendo tal como jamais ocorreram os alegados fatos de diretoria dispensando alunos mais cedo por ameaça de bomba, acobertamento de evidências para prevenir escândalos, ou suspeitos armados se preparando para cometer infanticídio em massa.

Mas o que chama atenção é que tudo indica ter sido um evento completamente espontâneo, aparentemente não intencional, com maus entendidos acumulados numa escala crescente. Por sorte, nada resultou além de estresse.

Agora imagine a facilidade com que uma pessoa mal intencionada poderia ter se aproveitado do potencial explosivo da situação e adicionado deliberadamente alguns elementos de fraude. Do tipo: fazer uma ligação anônima realmente ameaçando alguma escola, pichações, mensagens por bilhetes ou até mensagens digitais com discursos aterradores, ou mesmo ter explodido alguma bomba, mesmo que de efeito menor, ou ter provocado algum incêndio pontual? Que dizer então se uma criança tivesse sido, de fato, vítima de alguma agressão?

A situação poderia evoluir para uma calamidade generalizada.

Se é assim, imagine o que um departamento de espionagem e sabotagem profissional com recursos digitais milionários, agentes de campo, e experiência em desestabilizar países inteiros é capaz de fazer?

Imaginou? Pois bem. Você começou a entender o conceito de "Guerra Híbrida", responsável pelas revoluções coloridas entre as quais foram flagelados o Brasil e a Ucrânia há 8 anos atrás, como expliquei em 17 de Março.*

18 de Maio

Por unanimidade, Arthur do Val perdeu seus direitos políticos por 8 anos, e embora envolva a questão seríssima de um parlamentar brasileiro ter se intrometido num conflito internacional no qual o Brasil é neutro, é inegável que o motor dessa cassação foram suas declarações a respeito das mulheres ucranianas.

Há uma ironia evidente, que se vista com mais atenção pode chegar as raias da esquizofrenia. Em tese, no que se refere a uma AÇÃO PRÁTICA, "Mamãe Falei" estava ajudando o esforço de guerra ucraniano, tanto juntando recursos para financiar a resistência quanto para confeccionar armas, segundo a orientação do próprio "Zé Lensky". Em suma, UM ALIADO DA UCRÂNIA! Prestando apoio militar e logístico ao regime ucraniano.

No entanto, a Ucrânia, por meio de sua embaixadora no Brasil, FOI A PRIMEIRA A PEDIR SUA CABEÇA!

Uma coisa eu posso apostar. Se tivesse ocorrido algo similar por um apoiador da Rússia, poderia até ter havido uma admoestação por parte do Kremlin, mas DUVIDO que pediriam a sua cassação, pelo contrário, antes agradeceriam a ajuda, mesmo "dando um toque" corretivo.

O motivo é simples: o ocidente há muito trocou as mais cruciais e fundamentais questões por afetações de ordem moral e sexual, recrudescendo a uma nova modalidade de puritanismo totalmente anacrônica considerando viver numa pós revolução sexual que elege "igualdade de gêneros" e "liberação sexual" como dogmas de fé. E tudo isso, ao mesmo tempo que a prostituição e a pornografia atingem níveis antes inimagináveis.

Em pleno desespero ucraniano, após o país implorar por ajuda, um homem que (ao menos em tese) lá foi prestar tal ajuda teve esse serviço absolutamente ignorado em prol de um discurso, originalmente privado, de cunho sexual.

Friso, NUM CONTEXTO DE GUERRA, um esforço de ajuda militar foi desprezado em prol de uma sensibilidade de teor sexual! Uma espécie de "Faça Amor, Não Faça Guerra" subvertido ao nível de um Koan Budista!

Isso É O OCIDENTE! Um paradoxo vivo! Enquanto a Rússia mergulha no Catolicismo Ortodoxo, o Ocidente abandona o Cristianismo em prol do Secularismo, mas ao mesmo tempo é sexualmente mais afetado do que a Inglaterra Vitoriana!

E o pior! Nem sequer para levar o assunto ao grave tema da exploração sexual que realmente tende a ocorrer em contextos de guerra, visto que as refugiadas ucranianas estão sim correndo o sério risco de terminar nas mãos de máfias de tráfico de mulheres, muitas de origem russa e ucraniana, por sinal, que grassam a rodo na Europa. E que, por sua vez, são acobertadas pela própria ONU segundo denúncias que chegaram até a virar filme hollywoodiano com Rachel Weisz (The Whistleblower de 2010).

Este filme conta a história real de tráfico de mulheres que se deram nas regiões pós guerra da Bósnia e Herzegovina que sofreram severa intervenção da OTAN, deixando à população local arrasada pelos "bombardeios do bem", e foca numa jovem ucraniana que acaba indo para numa rede de prostituição inicialmente combatida por uma agente da ONU, que depois descobre que essa mesma ONU continha uma rede de corrupção que participava do esquema.

E diga-se de passagem, nós, latino americanos, nada temos a ver com isso, nem sequer como clientes dessas modalidades de escravidão sexual, pelo contrário, sendo antes vítimas.

Então... deixa eu ver se eu consigo resumir.

A Ucrânia, cada vez mais ocidentalizada, como muitos outros países especialmente do leste europeu, possui vastas redes criminosas de prostituição e tráfico de mulheres, um tema que é curiosamente pouco abordado pela grande mídia. De repente o país está em guerra e pede socorro, e alguém que vai lá prestar esse socorro ativamente, é submetido ao 'linchamento" vexatório por declarações de cunho sexual, que não se traduziram em qualquer ação prática, e nem sequer foram levadas na direção de um debate sobre o problema da prostituição forçada, que seguramente irá piorar com a refugiadas.

E se alguém caiu aqui de pará-quedas, por favor não pense que se trate de uma defesa de Arthur do Val. Para mim, há poucas coisas mais desprezíveis que essa corja do MBL, que por sinal é um dos frutos mais puros dessa mesma insanidade ocidental.

12 de Maio

Faça você mesmo a sua legenda.


9 de Maio - 17:05

Até Luiza Trajano seria uma vice preferível a Alckmin. Ao menos, teria interesse pessoal em aquecer a economia do país.

9 de Maio - 07:30

Acabo de ver um(a) idiOtan num Palio Adventure com uma bandeira da Ucrânia hasteada, dizeres anti corrupção e obstruindo a visão traseira com um cartaz de "Putin genocida".

7 de Maio

More misses, less marks.

2 de Maio

Se acha que o Brasil "não dá certo",
imagina a Ucrânia, que desde a

independência em 91, perdeu
15% de sua população.

(ANTES da Operação Z.)

Ilustrando, ao se desmembrar da URSS, a Ucrânia tinha mais de 51 milhões de habitantes, e de imediato começou um massivo êxodo. Tá vendo aquela queda brusca ali entre 2010 e 2020? Foi por causa do Euromaidan, aquele que a Netflix celebra como uma conquista da liberdade, que promoveu uma guerrilha urbana que expulsou o presidente democraticamente eleito do país (pró-Rússia), sob o pretexto de entrar pra União Europeia e combater a corrupção. E no final, não conseguir nem um nem outro, tendo inclusive um comediante presidente com milhões de dólares em offshore.

O gráfico, adaptado do que pode ser encontrado em en.wikipedia.org/wiki/Demographics_of_Ukraine só vai ate 2020. E depois do início da Operação Z, os refugiados já devem ultrapassar 4 milhões.

Em suma, no total, nesses 31 anos de existência como nação independente, a Ucrânia caiu de 51 milhões para menos de 40 milhões de habitantes.

...quedas similares aconteceram em vários ex integrantes da URSS com a exceção parcial da própria Rússia, justamente por ter havido migração destes para ela. Mas o caso ucraniano é certamente o mais expressivo. Belarus por exemplo, também teve queda, mas afetando menos de 10% do total populacional original e bem mais continuo. Outros países menores, como Letônia e Lituânia, até tiveram quedas proporcionalmente maiores, mas como são populações muito pequenas (menos de 2 e 4 milhões de habitantes), são mais instáveis e o impacto é muito inferior ao caso ucraniano, que ainda é uma dos países mais populosos da Europa.

Parte dessa queda também não é migratória, mas devido as baixíssimas taxas reprodutivas. A Estônia não é apenas um dos, talvez o, países menos religiosos do mundo, mas também um com as menores taxas reprodutivas, abaixo da linha de reposição populacional. Problema que, aliás, afeta não apenas toda a ex-URSS, somente a Rússia tendo sido capaz de reverter isso, mas também toda a Europa. Só que outros países tendem a reverter isso com migrantes, muitos vindo de fora da Europa, o que na Ucrânia não parece funcionar. O ex BBB de origem síria, Kaysar Dadour, talvez exemplifique o porquê.

E voltando a falar na Ucrânia, seu caso fica evidentemente mais grave quando comparado a outros países europeus de porte similar. Ora, a Ucrânia ainda é um dos 10 países mais populosos da Europa, que tem mais de 50 países. E em nenhum dos outros com população comparável se verifica fenômeno tão grave de "despopulação".

O que é ainda mais surpreendente quando se considera que a Ucrânia herdou um notável parque industrial e energético da URSS, além de possuir bons recursos naturais, e ser, como é trivial, um grande produtor de alimentos. (O que nos lembra que ter um grande agronegócio não é garantia alguma de desenvolvimento nacional.) Mesmo com tamanho potencial geográfico e humano, a Ucrânia jamais conseguiu se estabilizar, vivendo de crise em crise, presa fácil para ações de desestabilização dos EUA.

Aliás, essa instabilidade parece ser uma maldição histórica da região, que sempre esteve a mercê de invasores estrangeiros e internamente dividida em regulares conflito étnicos, e o caso da limpeza étnica anti russa iniciada após o Euromaidan não é novidade histórica alguma.

Quem tiver a oportunidade de ver o documentário "Ucrânia em Chamas" (não confundir com aquela porcaria da Netflix) entenderá porque.

A perda populacional da Rússia (...) além de muito menor que a da maioria dos satélites, foi praticamente revertida, até por ter absorvido grande parte do êxodo ucraniano. Basta ver os números em en.wikipedia.org/wiki/Demographics_of_Russia

Curioso que alguém veja futuro (do pretérito) caso a Ucrânia se juntasse a UE, logo depois de citar os problemas de Portugal, Espanha e Itália, que fazem parte da UE, o que já sugere que nem isso deteria o encolhimento da população. Aliás, são justo os motivos que levam a esse êxodo que já a impediam de entrar na UE.

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