Com os resultados de hoje, pela primeira vez desde 1982 uma seleção africana não logra ficar entre as 16 primeiras do Mundial. Foi naquela Copa que o número de participantes dos Mundiais aumentou para 24 seleções. De 1986 em diante sempre havia pelo menos uma equipe do continente africano passando da fase de grupos. Primeiro Marrocos, depois Camarões, e finalmente Nigéria em 1994.
O número de participantes aumentou para 32 equipes em 1998, e lá estava a Nigéria mais uma vez passando de fase. Na Copa seguinte, a sensação foi Senegal. Em 2006 e 2010 era Gana. Finalmente, no Mundial passado, dois times do continente chegaram entre os 16 primeiros: Nigéria e Argélia.
Quando os primeiros bons resultados começaram a aparecer no anos 1990, muitos juravam que era questão de tempo para que a África ascendesse ao topo do futebol e conquistasse um título mundial. Um tio meu dizia, inclusive, que ''um dia todos seriam fregueses dos africanos''.
Cerca de trinta anos depois a profecia parece sem sentido. Mas para quem assistia a habilidade, o toque de bola, a velocidade, a agressividade e a força física dos times do continente nos anos 1990 não era possível discordar. Camarões foi às quartas de final encantando até os brasileiros, que torceram para eles contra a Inglaterra. A Nigéria apresentou um futebol arte nas Olimpíadas de 1996, em que virou um jogo contra o Brasil depois de estar perdendo por 3 a 1. Em 2002 foi a vez de Senegal engolir a então campeã França na fase de grupos e só cair para a Turquia nas quartas de final.
Infelizmente, as seleções africanas passaram a sofrer com dois males, ambos ligados ao colonialismo europeu. Primeiro, pensaram que para ''evoluir'' deveriam copiar os modelos do velho continente. Importaram técnicos ocidentais um atrás do outro. A principal consequência foi a destruição da identidade de jogo que vinham construindo, baseado no domínio de bola por meias e atacantes especialmente habilidosos. Os africanos passaram a atuar numa prisão tática sem imaginação e retrancada.
A outra razão para o descaminho é o vampirismo europeu, que naturaliza em profusão os jogadores de suas ex-colônias e incentiva a imigração em massa de talentos e mão de obra. A África é continuamente sugada, espoliada, assaltada, saqueada, não só de recursos naturais, mas de pessoas.
E aí está: o futebol africano nunca esteve tão mal e tão sem horizonte. Eles sequer analisam bem as suas deficiências, pensam que vão consertar as falhas aumentando o número de vagas da CAF na Copa. Mas classificar nove equipes ruins só vai aumentar o vexame que fizeram as cinco seleções atuais.
A solução passa por se livrar da subordinação aos padrões dos imperialistas e colonizadores e tecer uma via própria, como aquela cujo desenho inicial deslumbrou o mundo uma geração atrás.
Estive refletindo sobre algumas convicções que tenho, e queria compartilhar com vocês.
Eu me considero socialista na economia, mas extremamente inclinado ao autoritarismo e ao conservadorismo em questões culturais e morais. Prezo, com bastante vigor, que a sociedade deve se orientar com valores de Igualdade Social, Frugalidade e Ascetismo. A sociedade humana é como um grande organismo vivo, e cada um de nós somos uma célula com funções e obrigações a cumprir para manter o organismo em bom funcionamento. Cabe ao Estado, portanto, ser extremamente rígido no papel de garantir a igualdade, além de disciplinar e moralizar seus cidadãos, de forma a promover a plena saúde de nosso organismo social.
Para não apenas se alcançar a felicidade, mas também para que a sociedade funcione perfeitamente, é imprescindível que prezemos pela igualdade socio-econômica, para promover a mais plena harmonia e cooperação social. Pela Frugalidade, sempre prezando pela humildade, buscando viver com o mínimo possível para si, ao mesmo tempo em que se contribui com o máximo possível para a coletividade; e também fortemente rigorosos, puritanos e austeros com os nossos hábitos, sempre reprimindo nossos instintos egoístas e os prazeres mundanos.
É somente dessa maneira que a humanidade poderia alcançar a melhor configuração possível para se promover o mais pleno Progresso Científico e Tecnológico, e isso traria benefícios para todos, e indubitavelmente qualquer oposição entre personalidade e sociabilidade. É a Ciência e a Tecnologia quem são as maiores responsáveis por melhorar a qualidade de vida e o bem-estar das pessoas.
Eu, por exemplo, prefiro mil vezes mais (e sendo redundante mesmo) ser um sujeito modesto hoje, do que ser qualquer um dos reis mais ricos do Absolutismo. Hoje temos vacinas e tratamentos para doenças que matavam mesmo os mais poderosos de antigamente. Um simples celular barato hoje tem mais poder de comunicação do que o presidente dos EUA tinha há algumas décadas. Temos eletricidade, meios de transporte, refrigeração, e o conhecimento nunca foi tão barato e acessível, e isso é maravilhoso.
Portanto, se a sociedade humana estivesse organizada, através da Igualdade Social, da Frugalidade e do Ascetismo, de uma forma que se favorecesse ao máximo o desenvolvimento científico e tecnológico, mesmo os bilionários de hoje poderiam parecer miseráveis aos olhos do futuro. É por isso que para mim, além de outros motivos, trabalhar para democratizar o conhecimento científico enquanto um professor é muito mais gratificante do que qualquer dinheiro nesse mundo.
Entretanto, cheguei à conclusão de que esses princípios e virtudes pelos quais prezo são, para mim, não apenas um pré-requisito indispensável para o Progresso da humanidade, MAS TAMBÉM UM FIM EM SI MESMO. Eles não são apenas uma condição essencial para se alcançar o melhor para a Humanidade, mas também já são um objetivo a se alcançar por si próprios.
Independente do estado de avanço científico e tecnológico que uma sociedade se encontrar, cultivar esses valores por si só já é representa uma completa realização. E mais ainda, acredito que fazer a nossa parte trabalhando e contribuindo para o Progresso é ainda mais importante do que de fato desfrutar dos benefícios que ele pode trazer.
Eu por exemplo JAMAIS, em hipótese alguma, teria vontade de me mudar (e na verdade nem tenho vontade de sequer fazer turismo por lá) para lugares como Tóquio, Nova Iorque ou Amsterdão, que embora sejam cidades muito mais avançadas tecnologicamente do que a região onde vivo, representam, para mim, verdadeiros infernos em questões culturais e morais. (não que eu julgue quem gosta de ir para lugares como esses, mas eu pessoalmente prefiro passar longe de qualquer tipo de Cosmopolitismo, e só usando isso como exemplo pra chegar no ponto da questão.)
Sou um sujeito extremamente enraizado, e eu nunca abandonaria minha família, minha terrinha, meus amigos e meus alunos pra ir viver num lugar com valores culturais totalmente opostos aos que eu prezo e sempre fui acostumado. Pessoalmente eu me encontro totalmente feliz e realizado com tudo o que tenho, não tenho nenhum tipo de ambição material, tudo o que eu faço a mais agora é pelas pessoas que amo, e espero sinceramente que eu possa continuar vivendo exatamente da mesma maneira em que vivo pelo resto de minha existência.
Resumindo, eu acredito fortemente que organizar a sociedade em torno de princípios igualitários, frugais e ascéticos é o mais essencial e adequado para se promover o Progresso Científico e Tecnológico, que este Progresso traz benefícios para todos, e que mesmo materialmente isso é ainda muito mais importante do que qualquer tipo de ambições financeiras.
Apesar disso, ALÉM de tais princípios serem fundamentais para promover qualquer tipo de progresso, eles TAMBÉM já são um fim em si mesmo, e orientar nossa vida de acordo com esse propósito já é por si só fonte completa de realização. De forma que mesmo pessoalmente eu não esteja vivendo na maior das benesses tecnológicas, já me considero um sujeito extremamente feliz e realizado só por guiar minha existência de acordo com tais princípios altruístas, e assim quero continuar vivendo minha vida exatamente da mesma forma, e tudo o que vier a mais para mim agora será para ajudar os meus semelhantes, em função de praticar o "Viver para Outrém".
"Estou orgulhoso da Rússia e tenho certeza que a grande maioria dos cidadãos do meu país tem um sentimento de amor e respeito para com a sua terra natal. Temos orgulho da cultura da Rússia e da história da Rússia. Temos todas as razões para acreditar no futuro do nosso país." Vladimir Putin
Desmistificando a Rússia de Vladimir Putin:
1- Na Rússia não há liberdade política e Putin é um ditador.
Resposta: Falso. Existem diversos partidos legalizados na Rússia, como o Partido Social Democrata Russo (fundado por Gorbachev, que foi responsável por desintegrar a URSS), o Partido Liberal Democrata da Rússia (que se opõe ao socialismo), O Partido Yabloko (favorável à economia de mercado e se opõe ao governo de Putin) e mais outras dezenas de partidos de centro, esquerda ou direita.
Na Assembleia Russa existem duas casas representantes do povo que são a Duma e o Conselho de Federação. A Duma é formada por 450 deputados eleitos pelo povo que cumprem um mandato de 5 anos e o Conselho de Federação formado por 166 integrantes que auxiliam as autoridades regionais. Todas as leis, antes de qualquer aprovação, devem passar pela Duma.
Essas duas casas estabelecem medidas que revisam as leis vetadas pelo presidente ou os projetos de leis que receberam seu voto, tendo o poder de afastar o presidente, declarar processos de Impeachment contra o presidente ou de autorizar o uso das Forças Armadas.
2- O governo de Putin está exterminando cães.
Resposta: Falso. A ordem de extermínio de cães partiu de entes privados e autoridades municipais por falta de abrigos de animais.
O governo russo oferece um valor em dinheiro para quem acolher um animal de rua e isso fez aumentar o número de pessoas oferecendo seus lares em sites online como abrigo.
O governo também já passou a investir em abrigos para animais bem antes da Copa, como é confirmado pela vice-diretora Yekaterina Ublinskaya da ONG "Direito à vida", declarando também que não há extermínios por parte do governo e sim envenenamentos por parte de propriedades privadas que inclusive vêm sendo pressionadas por Vladimir Burmatov, o chefe de comitê do parlamento russo e o vice-primeiro-ministro Vitaly Mutko, que ordenou a construção abrigos nas regiões responsáveis pela "limpeza urbana".
3- Na Rússia não há liberdade econômica como nos países europeus e nos EUA.
Resposta: Falso. A Rússia tem sim um Estado controlando os setores estratégicos e regulando a economia, como é normal em qualquer país de primeiro mundo. Mas ainda assim possui indicadores de restrição econômica abaixo de muitos países considerados "livres".
A carga tributária russa é muito menor que a da Noruega, Islândia, Bélgica, Inglaterra, Alemanha, França, Dinamarca e Finlândia.
A alíquota do imposto de renda da Rússia é de 13%, sendo muito menor que a do Japão, Alemanha, França, Espanha, Inglaterra, Estados Unidos...
A tributação sobre os lucros das empresas é menor que nos Estados Unidos, Alemanha e Noruega. Assim como o imposto sobre bens de consumo é de 18%, sendo menor que o da Noruega, Finlândia e Alemanha.
4- Os homossexuais são perseguidos pelo governo russo.
Resposta: Falso. O Estado autoriza a atividade sexual em esfera privada, consentida entre pessoas do mesmo sexo desde 1993, com uma lei reconhecendo o consentimento a partir de 16 anos. Entretanto, o Estado veta a publicidade LGBT, assim como sua agenda político-ideológica de caráter global.
Mesmo assim, existem cidades onde residem legalmente comunidades LGBTs, que no entanto são impedidas de realizarem paradas do orgulho gay por questões de preservação da integridade física dos manifestantes, pois a maioria do povo russo votou contra as paradas LGBTs e a autorização das paradas acarretaria em violência urbana. Ou seja, o governo procura manter um equilíbrio para evitar banho de sangue, protegendo a vida do próprio homossexual. Logo, a homossexualidade não é proibida. É proibida a politização da homossexualidade por ordem do próprio povo russo que já carrega isso em seu DNA.
Desde 1999 a Rússia retirou a homossexualidade da lista de doenças mentais, autorizando até mesmo a cirurgia de mudança de sexo. Qualquer ação violenta contra o indivíduo homossexual parte do próprio povo e não das leis do Estado.
Toda essa perseguição à Rússia e difamação da imagem de Vladimir Putin, envolvem rivalidades geopolíticas e ideológicas.
Vejamos como a questão do foro especial por prerrogativa de função (também conhecido como foro privilegiado) é mais complicado do que o senso comum pode supor.
O STF decidiu recentemente que ministros de Estado só terão direito a este tipo de foro, por crimes cometidos durante a função. Sendo assim, crimes cometidos anteriormente devem seguir o rito de julgamento normal.
Com isso, o STF encaminhou os processos do ministro da Agricultura Blairo Maggi à primeira instância do Mato Grosso. O cara deve estar rindo muito! O cara é o maior bilionário do Estado. Manda e desmanda na política local e no Judiciário. Que juiz de primeira instância irá julgá-lo? Este é apenas um exemplo. Vale lembrar que com o fim de tal foro, os processos de Geraldo Alckmin na Lava Jato foram encaminhados à Justiça Eleitoral paulista (risos).
Enfim, quando gritam "quero o fim do foro privilegiado", muitos nem sabem o que estão pedindo.
Usamos o termo "vínculo masculino" para designar algo
que todos os homens precisam, e que poucos agora têm.
Parte da infelicidade dos homens consiste em sentir-se só ainda que em família.
Entenda: família é "parte" do homem mas não ele todo, ainda existem áreas que precisam ser preenchidas.
O homem precisa de ambientes que favoreçam o vínculo entre homens.
Trabalhos pesados, esportes e até mesmo o militarismo criam esses ambientes propícios para que ele se identifique e se reconheça fazendo parte de um grupo masculino.
Ainda que o grupo primeiro e mais necessário seja sempre sua família e nela seus vínculos afetivos sejam dominantes, o homem precisa de vínculos que podem ser definidos como "agressivos".
Todo homem precisa de um lugar para extravasar sua raiva, ansiedade e frustração diária para que com sua família apenas seu afeto esteja presente.
O homem precisa de desafios em sua trajetória, precisa sentir-se desafiado e transpor esses obstáculos e posteriormente descansar pensando sobre o que venceu.
O homem primitivo após retornar para a aldeia junto de seu grupo de caça entregava a carne para as mulheres prepara-la e permanecia sentado com seus companheiros em volta do fogueira por alguns momentos. Ali eles tinham o prazer de contemplar o que acabaram de realizar e isso conferia satisfação e fortalecia os laços entre eles pois desempenharam juntos algo que sozinhos não seriam capazes.
Paralelamente o homem atual continua contemplando sua fogueira, porém de uma maneira distinta: o homem moderno quando retorna ao lar após o dia de trabalho precisa ficar alguns minutos quieto pensando em tudo que enfrentou. Muitas mulheres reclamam quando seus maridos chegam e não conversam e não dão a atenção que desejam, porém precisam entender que ele está repetindo esse rito masculino de encaixar as peças e ter sua auto satisfação merecida.
Eu nunca pediria conselhos financeiros à um mendigo, nem conselhos amorosos a quem tem uma vida sentimental destruída. Preciso de alguém que eu reconheça como igual para me orientar. Por isso que homens precisam de outros homens em suas vidas. Não significa que o conselho de sua esposa não tenha valor, mas ele precisa de outro homem o encorajando muitas vezes. Precisa de um igual que entenda suas necessidades e ansiedades.
Um dos mais interessantes filmes sobre o sobrenatural da última década é The Cabin In The Woods (2011), aqui chamado "O Segredo da Cabana", considerado por uns como o melhor filme de terror já feito, e por outros como não sendo um filme de terror, e onde desde o início parece se tratar de um Reality Show ao qual jovens são involuntariamente submetidos a um típico massacre slasher, (como se chamam filmes do naipe de Sexta-feira 13), mas a medida que a estória caminha vemos uma aparente racionalidade por trás da brutalidade sem sentido, apenas para ao final nos darmos conta de que toda a estrutura serve ao algo muitíssimo mais terrível, divino e além da compreensão humana, ao estilo loucura lovecraftiana.
E é assim que me atrevo a interpretar a criação do Estado de Israel, há 70 anos. Como algo que possivelmente transcenda os simples vícios, virtudes e necessidades humanas, se dirigindo a um tipo de insanidade cujo sentido só parece discernível num nível que escapa aos desígnios terrenos. Como se fosse necessário um constante e diabólico sacrifício humano, tanto de palestinos quanto de israelenses, num altar não compreensível do ponto de vista pragmático mundano.
Isto porque sob nenhum ponto de vista racional é possível verdadeiramente justificar a criação, ou a manutenção, de uma situação tão claramente nefasta para todos os envolvidos, onde mesmo os aparentemente beneficiados e vitoriosos, além da cota de tensão e sacrifício diária, caminham inexoravelmente para um fim trágico impossível de ser evitado. Há quem diga que a fundação do Estado de Israel seja o mais extremo dos planos antissemitas: reunir todos os judeus do mundo num só local para no momento certo eliminá-los de uma só vez.
A ideologia do Sionismo é uma das mais antigas formas de nacionalismo moderno, e se trata não apenas de uma forma não religiosa de Judaísmo, mas flagrantemente contrária até mesmo aos fundamentos da própria religiosidade judaica. Lembrando que a maioria dos judeus são laicos.
Não a toa rabinos e judeus ortodoxos em geral repudiam o sionismo e o próprio Estado de Israel, pois o fundamento para reivindicar a área onde o estado israelense foi erigido é evidentemente bíblico, e portanto, mitológico para os ateus, e teologicamente contrário às escrituras para os religiosos, visto que a Bíblia Judaica deixa claro que o futuro e verdadeiro estado de Israel não poderia ser erguido por iniciativa humana, realizando-se somente após a escatologia prevista no livro de Isaías.
Acreditar, como os fazem muitos cristãos protestantes quando nem os próprio judeus o fazem, que a criação da Israel secular seja uma realização profética, exigiria que se admitisse a ONU como manifestação de Deus na Terra e um sem número de absurdos escatológicos! É a secularização da religiosidade para a implementação de um estado claramente laico e marcado pelo liberalismo moral, o único reduto do Oriente Médio onde toda sorte de ateísmo e hedonismo é livremente praticada sem dar qualquer satisfação à tradição religiosa.
Seria como cristãos fideístas acreditarem na construção de uma Nova Jerusalém por meios totalmente humanos, onde ainda por cima se praticam aborto, paradas gay e ideologia de gênero aos montes!
Portanto, a fundamentação teórica para a criação, em 1948, de Israel, embalada pelo trauma do holocausto nazista, é delírio! Pois ou trata-se de concretizar mitos em que não se acredita, ou violar deliberadamente as profecias tradicionais!
Talvez isso explique porque a grande maioria dos judeus continuem preferindo o exílio embora tenham direito ser cidadãos israelenses. Dos pouco mais de 13 milhões de judeus no mundo, menos de 1/3 vive em Israel, e a maioria nasceu lá, ou seja, não há um real entusiasmo migratório para os cerca de 8 milhões espalhados pelo mundo. Só nos EUA há praticamente tantos judeus quanto em Israel.
Ainda mais estranho, é que sendo em sua maioria laicos, a população secular israelense tem taxa de crescimento negativa, sendo sua população restaurada justo pela população religiosa, com taxa reprodutiva muito maior, mas sendo exatamente a que se opõe ao próprio sionismo, sendo comuns judeus ortodoxos sendo perseguidos dentro do território israelense por rejeitar a ideia desse mesmo estado secular. E não! Eles não migraram para lá, seus ancestrais já estavam lá antes de estado ser criado!
Esse é só um dos motivos pelo qual a situação de Israel, a longo prazo, é insustentável. Enquanto a população laica, cujo ambos os gêneros são obrigados ao serviço militar, diminui, aumenta a população religiosa que é por lei dispensada de se alistar no exército. Ao mesmo tempo, a população islâmica 30 vezes maior ao seu redor continua aumentando!
A taxa reprodutiva dos judeus laicos não irá aumentar. Feminismo, Abortismo, LGBT etc, por sinal, ideologias criadas quase que exclusivamente por judeus (A maioria das autoras feministas são judias.), estão aí para garantir isso, bem como a mera igualdade de gêneros que se reflete até no meio militar. Somente a conversão à religiosidade pode garantir aumento nessa taxa, mas essa invariavelmente vem acompanhada de rejeição à própria ideia do estado de Israel.
O resultado final é previsível. É impossível para os israelenses exterminar meio bilhão de muçulmanos ao seu redor, a maioria dos quais os odeiam, mas uma única bomba nuclear poderia colocar o país inteiro em colapso.
Isso levando em conta o território atual do país, que praticamente dobrou de tamanho desde a fundação, por meio de invasão e tomada sistemática de terras palestinas. Se os planos da Grande Israel fossem levados adiante, esta englobaria Iraque, Síria, Líbano, Egito e outros países, o que longe de tornar a situação mais sustentável, apenas tornaria inimigos ferrenhos e diretos países que hoje são apenas antipáticos, aumentando brutalmente a pressão em torno do país.
Do ponto de vista palestino, essa loucura se converte em pura perversidade. É ter as terras roubadas, seu povo enxotado e assassinado, por um invasor que diz que esta lhe pertence porque um livro sagrado assim o disse relativo a eventos de uns 3.000 anos passados sem qualquer registro arqueológico, dando início a tensões numa região que, antes disso, era incomensuravelmente mais pacífica, onde os próprios judeus conviviam ao lado de cristãos e muçulmanos em muito maior segurança do que hoje.
São milhões de palestinos que perderam suas moradas e meios de sustentação, bem como familiares e amigos para a máquina de guerra israelense, e que por isso mesmo juram lutar até o fim pela sua destruição. Eles contam com a simpatia da quase totalidade do Islam, que será de dois bilhões de habitantes no mundo quando a população laica israelense estiver perto da metade.
Para piorar, embora o número de mortos de palestinos e árabes seja sempre muito maior que o de israelenses, cerca de 87% das fatalidades, se comparados à população o impacto sobre Israel é bem maior. Desde 1948 foram cerca de 85 mil árabes e palestinos contra mais de 20 mil israelenses, pouco mais do quádruplo enquanto a população muçulmana no entorno é quase dez vezes maior e, como sempre devo insistir, aumenta muito mais rápido.
Assim, atualmente, judeus estão muito mais seguros fora do que dentro de Israel (invertendo uma das promessas da criação do Estado), o que é mais um motivo para a maioria preferir ficar longe de sua terra prometida.
Como raios uma situação tão nefasta e desesperançada pode ser mantida e defendida tão rigorosamente? Qual o ganho prático, econômico e político para os judeus, enquanto povo, que essa bomba relógio traz?
Claro que à Plutocracia Globalista, Israel é extremamente útil, visto ser o posto avançado dos EUA numa das regiões mais ricas em petróleo do mundo, mas está longe de ser o único e sequer é imprescindível ou verdadeiramente eficaz. Além de já contar com a Arábia Saudita e estarem prestes a se reapossar da Venezuela, os EUA teriam opções muito mais baratas num ambiente livre dessa tensão étnica que é a principal força a alimentar o ódio que os palestinos lhe nutrem. E mesmo do ponto de vista macro econômico, e levando em conta que a maioria da nata do financismo banqueiro global é judia, o Estado de Israel não dá lucro! Não faz sentido!
Com monumentos à irracionalidade brutal como esse, destacado, mas não único no mundo, não é de se admirar que tantos apelem a conspirações envolvendo suposições baseadas em religiões demoníacas secretas, a fim de buscar algum sentido, ainda que bizarro, a algo que de nenhum ponto de vista racional se justifica, quanto menos ético.
É como um altar de sacrifício. Uma oferenda perpétua, sem fundamento histórico, econômico ou político, de sangue semita à algum tipo de propósito obscuro. Como se deuses perversos e desconhecidos do restante da humanidade assim o exigissem de seus lacaios nos rincões secretos das elites que praticamente governam a humanidade.
Comparando nosso capitalismo a narcotráfico, político corrupto é aviãozinho...
Jessé Souza*
* Adaptado. Frase original: "Se compararmos nosso capitalismo com o narcotráfico, o político corrupto é o aviãozinho do tráfico, quem fica com as sobras; a boca de fumo que faz o dinheiro grande é o mercado da rapina selvagem que temos aqui." Jessé Souza, A Elite do Atraso, página 208.
Se você parar para pensar, você não precisa parar para pensar.
Pode pensar em movimento.
O cérebro funciona paralelamente às demais funções vitais.
É possível, da mesma forma, pensar - e pesar - prós e contras.
Analisar uma coisa e sua antítese.
Ver por mais de um ângulo, para tentar ver o todo.
William Hurt - branco, anglo-saxão, heterossexual - ganhou seu Oscar de melhor ator em "O beijo da mulher aranha" pelo papel que, a prevalecer o critério de representatividade, caberia a um homossexual latino.
Da mesma forma, Tiago Abravanel não poderia ter representado Tim Maia - não era gordo o suficiente.
Contraponto: Faltam papéis no teatro, no cinema, para homossexuais latinos e para obesos. Por que negar-lhes esse espaço?
Porque trata-se de representação (interpretação) não de representatividade (o poder de falar em nome de alguém).
Andreia Horta é mineira de Juiz de Fora. Por que não uma gaúcha para interpretar Elis?
Por que não um transgênero para o papel de Gisberta, feito pelo Luís Lobianco?
Contraponto: Porque a essência dos personagens está lá, independentemente de fatores biográficos, biométricos, e é isso o que importa.
Quer-se voltar, nas artes, ao estágio da pintura acadêmica, à reprodução fiel da natureza: para representar d. Ivone Lara, além da pele no mesmo tom, mesma idade, mesma altura, não será também necessário ser carioca? nascida em Botafogo? órfã na infância? Talvez só d. Ivone Lara possa interpretar Ivone Lara.
(No Brasil, onde ainda há mais negros jogando futebol do que como executivos de empresas, e mais negras trabalhando como empregadas domésticas que como juízas, terá a arte que destinar atores negros majoritariamente aos papéis de jogadores e domésticas? Nos presídios há muito mais negros do que brancos; nas cenas passadas em prisões, a representatividade dos negros deverá ser mantida, ou só reforçará um estereótipo?)
Na comédia "As branquelas", reprisada ad nauseam na tevê a cabo, dois homens negros se travestem de mulheres brancas, e fazem uma caricatura da "loura burra". Imaginemos dois atores brancos, de black face, fazendo "negas malucas" caricaturais.
Agora há pouco no rádio, ouvia Zeca Baleiro a cantar que estava "mais sem graça que a top model magrela na passarela". Imaginemos se dissesse estar mais ridículo que a modelo obesa no salão de beleza.
Contraponto: Não se pode simetrizar. (Guarde esse verbo - "simetrizar" - ele é a bola da vez). Isso significa que o negro, ao contrário do branco, sempre foi vítima de racismo, por isso tem o direito de discriminar. Que os gordos já sofreram bullying - e agora o bullying só é permitido contra os magros.
A "assimetrização" entre homens e mulheres, héteros e homossexuais, ricos e pobres, feios e bonitos é que justificará a violência reversa, o preconceito reverso, o assalto à mão armada.
Há quem ainda não tenha se dado conta de que o contrário da discriminação não é discriminação reversa, mas reconhecimento e respeito à diferença.
O conceito direita-esquerda possui uma nova configuração na pós-modernidade. Não mais aquela da Velha Ordem, em que havia uma bipolaridade geopolítica e um confronto real. Dividir o povo em dois lados, hoje, é a principal ferramenta do liberalismo, detentor de duas faces, ou seja, esquerda e direita. Na primeira, temos o liberalismo no campo moral. A segunda, temos o liberalismo no campo econômico, que, de forma inevitável, abarcará o campo social.
Essas terminologias não possuem significância alguma hoje. Aparentemente, se confrontam(Wyllys vs. Bolsonaro). Mas nos bastidores, servem ao mesmo propósito. A esquerda pelo caráter depreciativo que mostra ter pelos anseios genuínos do povo, isto é, sua religião, tradição e costume. E a direita, por sempre pôr-se favorável aos interesses financeiros internacionais, se travestindo de uma roupagem "moralista", mas que na verdade não passa de um moralismo feito daquilo que a Bíblia chama de sepulcro caiado, isto é, aparentemente Belo e Moral, mas por dentro visceralmente podre.
Lamentavelmente, existe um IMENSO preconceito quando o assunto é energia nuclear.
Quando você vai pesquisar por algum vídeo, reportagem ou artigo, você só encontra material que até tenta explicar o funcionamento e os pontos positivos da geração de energia nas usinas nucleares, porém a maior parte desses materiais vai tentar, desesperadamente, te convencer de que energia nuclear é suja, altamente perigosa e prejudicial. E os traumas desnecessários de Chernobyl e Fukushima sempre assombram o imaginário sobre essa pauta.
Há uma reportagem do Fantástico no YouTube, feita há uns anos, que se propõe a explicar a dinâmica de uma usina nuclear mas na verdade aterroriza o público com distorções e com os fantasmas dos acidentes nucleares, chegando ao ridículo do repórter interromper os cientistas entrevistados ou então a edição cortar as explicações dos mesmos.
Sem contar, é claro, que temos a ideia torta de que usina nuclear é sinônimo de bomba atômica e que uma usina nuclear explode como se fosse uma Hiroshima ou Nagasaki assim aleatoriamente.
Energia nuclear é sim segura e muito benéfica pra sociedade e para o mundo! Atualmente há 31 países que utilizam essa tecnologia e geram, com muito menos custos e consequências ambientais, quantidades muito maiores de energia do que os meios mais tradicionais e 'seguros'.