Método Lava-Jato de aferição de áudios comprobatórios.
Se citado o nome 'Alckmin', entende-se "álcool in min", denotando que o ouvinte é notório apreciador de cachaça, logo, é Lula.
Se citado 'José Serra', entende-se "Ô Zé, cê erra!" referindo-se ao fato de que o ouvinte, um "zé qualquer", comete erros gramaticais. Ora, por insistir em falar "populês", esse ouvinte só pode ser Lula.
Se for 'Aécio Neves', entende-se "Aécio? Never!", denotando que o ouvinte é adversário de Aécio e do PSDB, logo este ouvinte é Lula.
Se 'FHC', entenda-se como abreviatura de "Fuiz Hinácio da Çilva".
Em 10/06/18 escrevi que a existência do Estado Secular de Israel é incompreensível sob qualquer enfoque racional, sendo melhor entendido de forma poética por meio de um suprarrealismo fantástico.
Para evitar delongar demais o texto, deixei de lado uma explanação mais detalhada, embora simples, que darei agora para demonstrar o quão estupendamente surreal se mostra o argumento central que selecionou o atual local, dentre inúmeras outras opções infinitamente melhores, para edificação de um território judaico.
Desde o final do Século XIX se discute, por excelentes razões, a possibilidade de construir um território seguro para o povo hebreu, e muitas opções foram sugeridas, incluindo a ilha de Madagascar, alguma região dos EUA, ou mesmo da nossa vizinha Argentina. Sem sombra de dúvida, qualquer desses lugares só teria vantagens, a começar pela ausência de um conflito étnico e territorial tão direto e perene, de conflitos por interesses petrolíferos, presença de recursos naturais, vizinhança amigável e uma série de outros fatores que permitiriam um assentamento incomensuravelmente mais seguro que o atual. Eu até recomendaria alguma região do Brasil.
Mas não. Os sionistas decidiram selecionar um local que, embora muito mais pacífico na época, era perfeitamente previsível que se tornaria um autêntico "barril de pólvora", e tudo isso apelando para o mito bíblico da Terra Prometida, que deve-se insistir, não possui sequer uma única evidência histórica ou arqueológica que o suporte.
Até onde a história é capaz de alcançar os hebreus sempre foram um povo nômade, cujas raízes se perderam no tempo e que não existem nem mesmo na mitologia do Antigo Testamento, pois a tal terra da qual teriam sido expulsos não era sua terra natal, e sim um território conquistado, Canaã, pela violência!
Sim. O mito bíblico que "justifica" a criação do Estado de Israel na atual Palestina não fala sobre uma terra onde os judeus surgiram espontaneamente, mas sim de uma pertencente a outros povos, estes sim, provavelmente autóctones, mas que o Deus hebreu lhes teria prometido para que fosse, invadida, sofresse uma destruição brutal e genocídio da população local para então ser ocupada.
Se rastrearmos os mitos do pentateuco, veremos que Noé desembarca no Monte Ararat (que hoje é na Turquia), e seus descendentes peregrinaram a esmo até que fosse estabelecido o pacto abraâmico e por fim surgisse Moisés para conduzí-los do cativeiro egípcio (que cabe lembrar, é algo também sem qualquer evidência histórica), para uma peregrinação de 40 anos pelo deserto até a Terra Prometida. Apesar da distância entre o Egito e Canaã ser de menos de 500 km, percurso que seria facilmente percorrido em menos de um ano.
São principalmente os livros bíblicos do Deuteronômio e Josué que narram as guerras seriais movidas pelos nômades hebreus na conquista de povos que viviam em suas próprias terras, que teriam sido então massacrados, tendo seus bens roubados, e a depender do caso suas mulheres e crianças escravizadas, ou na totalidade também "passadas a fio de espada."
Em suma, se lida corretamente, a justificação para a edificação de Israel onde hoje se encontra é: "temos direito a este local porque foi exatamente onde, há uns 3 mil anos, invadimos, destruímos, exterminamos os nativos e tomamos suas terras! Tudo isso, claro, contando com a graça e apoio divinos manifestados por meio de trombetas supersônicas destruidoras de muralhas, chuvas de meteoros enviadas por anjos, e até paralisações dos movimentos dos astros!"
E enquanto alguém perde seu tempo tentando se decidir sobre o que é mais chocante, se a crença em tais sobrenaturalidades, ou a aceitação de tamanha brutalidade com algo perfeitamente legítimo que engendra um direito histórico, cabe lembrar que "O Sionismo É Um Movimento Laico!" Não aprovado pela ortodoxia religiosa que, esta sim, tem obrigação de levar os mitos a sério, quer seja a nível literal ou simbólico.
Não há possibilidade de isso sair do campo da insanidade. Ou um fideísta teria que aceitar a integralidade literal dos mitos, promovendo a mais bizarra justificação de um direito por meio da prática brutal de massacres genocidas, e ainda por cima violando a própria teologia por interferir no processo profético que deveria edificar o Estado de Israel por meio de intervenção divina; ou então se relega os mitos e perde-se qualquer fundamento, até mesmo simbólico, para que o tal Estado seja criado onde o é hoje!
Sendo sincero, a abordagem mítica não só é incomensuravelmente mais atraente, como na realidade a única que dá algum sentido a esse absurdo, pois o mesmo Deus que lhes deu esse direito de tomar as terras alheias por meio da brutalidade não hesita em apontar que esse mesmo povo é traiçoeiro, corrompido e idólatra, sempre caindo em desgraça e abandonando os caminhos divinos que lhes foram ofertados.
Se tivermos uma Bíblia do futuro, a história atual do povo judaico será mais um capítulo de uma regularidade previsível: um povo que devido a sua péssima conduta foi punido pelo seu próprio Deus com um longo exílio onde sofreram inúmeras perseguições em terras estrangeiras, e depois com um holocausto em campos de concentração nazistas, para depois recompensá-lo devolvendo-lhe a Terra Prometida, apenas para vê-lo mais uma vez dando as costas ao divino e caindo em toda sorte de depravação, idolatria e descrença, ofendendo incessantemente seu Deus com um secularismo que tolera em grau máximo justo aquilo que resultou na destruição de Sodoma e Gomorra! Não mais um mero Bezerro de Ouro, mas uma Boiada Dourada Inteira!
Se é pra levar o fundamento mítico bíblico a sério, então não é preciso ser profeta para saber que o Estado de Israel, a atual Babilônia do Oriente Médio, também será destruído! Provavelmente Deus semeará imensos "cogumelos de fogo", certamente por meio de um arsenal nuclear islâmico, devastando mais uma vez as terras dos descendentes das Tribos de Judá para condená-los novamente ao exílio e ao martírio coletivo por mais alguns séculos. Pois nem o Holocausto Nazista conseguiu corrigí-los!
A não ser para aqueles que, sabiamente, estão longe dessa encrenca. A maior parte dos mais de 2/3 de judeus que vivem fora de Israel sem o menor interesse de irem para a "Terra Prometida", estão vivendo agora um período inédito de paz, sossego e prosperidade. Só nos EUA há quase tantos judeus quanto em Israel, sem se preocupar com homens-bomba, precisar de Escudo Anti-Mísseis e sem precisar servir o exército. De nenhum ponto de vista, o Estado de Israel cumpriu a promessa de ser um santuário seguro para o seu povo, porém, pelo contrário, parece ter tornado o mundo mais seguro para quem vive longe dele.
Seria essa, afinal, a verdadeira finalidade? Se fosse, então a leitura ainda mais hiperbólica da insanidade que fiz no texto anterior, fica mais justificada do que nunca. O atual Estado Secular de Israel é o próprio cordeiro a ser sacrificado pela sobrevivência do restante do povo hebreu.
1 - Do ponto de vista Liberal, nem é o caso de questionar o critério de exclusão das páginas. O Facebook pertence a uma empresa privada que pode muito bem exercer sua liberdade de aplicar a regra que ela bem entender. Não gostou? Procure um concorrente! Não é para isso que serve o maravilhoso Mercado? Há! Não há nenhuma outra rede social com mais de 1,5 bilhão de usuários!? Então crie uma por meio da livre iniciativa, que com muito esforço, dedicação e competência, será naturalmente reconhecida pela ambiente puramente virtuoso do mercado e logo logo você terá outra massiva rede social com outro 1,5 bilhão de usuários onde você poderá espalhar a mentira que quiser e, aí sim, se a justiça vier lhe importunar, você pode voltar aos bons tempos de demonizar o Estado enquanto idolatra o setor privado;
2 - Houve perseguição direcionada à Fake News de direita? Talvez. De fato, existem Fake News de esquerda, só que elas são, ao que parece, totalmente focadas na neoesquerda, ou Liberalismo Cultural, por meio de fanfics feministas, lgbt ou racialistas que na impossibilidade de demonstrar por meio de fatos suas concepções de mundo, precisam inventar fajutices para "provar" que a realidade é como eles dizem. Só que há uma diferença crucial entre as Fake News à esquerda e à direita. As primeiras são de teor quase exclusivamente sócio cultural e raramente personalizadas, as segundas, por outro lado, costumam enfocar o ambiente político e econômico e na quase totalidade das vezes são direcionadas a uma personalidade política ou ideológica em especial. Para ser mais claro, somente as segundas costumam ter, por exemplo, impacto eleitoral!
Foi especialmente contra Dilma que foi inaugurada a grande era da produção e circulação em massa de hoax com o objetivo deliberado de manchar a reputação da candidata, com mentiras deslavadas do tipo "Dilma é lésbica", "Dilma era proibida de entrar nos EUA", "Dilma disse que 'nem Cristo lhe tirava a vitória'" (essa provavelmente custou o Primeiro Turno) etc. Com Lula não foi diferente, tivemos "Lula se aposentou por causa da perda do dedo", "Lulinha é dono da Friboi", "Lula é bilionário segundo a Revista Forbes" (essa eu destrinchei aqui) e uma infinidade de outras atacando não só estes, mas outras personalidades alinhadas à esquerda. Já está acontecendo similar com Ciro Gomes.
Enquanto isso, NUNCA SE VIU uma única hoax similar contra candidatos alinhados à direita, salvo se justamente envolvendo alguma fanfic feminista e mesmo assim envolvendo mais uma distorção do que uma invenção pura de um fato, como o já antológico embate Bolsonaro x Maria do Rosário, que apesar de tudo, só fez aumentar o eleitorado do primeiro. No máximo, ou temos meras trollagens sem impacto eleitoral direto, ou repercussões excessivas de notícias que foram realmente publicadas por alguma fonte efetivamente conhecida.
Assim, embora seja mais do que justo exigir o combate a qualquer tipo de Fake News, há que se considerar que estamos prestes a ter um pleito eleitoral, e portanto a preocupação prioritária com as mentiras deslavadas espalhadas contra personalidades à esquerda, sem os quais o próprio Golpe teria sido impossível, é perfeitamente justificável.
3 - Que o MBL é um produtor massivo de mentiras sórdidas é um fato inconteste, só não conhecido por aqueles que já estão tão mergulhados na falsificação de realidade que eles fomentam que já não tem mais condições de distinguir o real da fantasia delirante vendida por eles ou outras corjas liberais similares.
Esses patifes são tão essencialmente farsantes que se fingem de apartidários ao mesmo tempo que se amalgamam com o PSDB, dizem odiar o Estado e serem Libertários ou até Anarcocapitalistas, mas não só concorrem a cargos políticos como ainda formam milícias mascaradas para ajudar a polícia estatal a combater estudantes que em atitude verdadeiramente libertária e anárquica, ocuparam escolas (comentei em 03/11/2016), se vendem como organizações auto financiadas que se sacrificam para se sustentar, mas são bancadas por mega empresários e banqueiros, e sobretudo não passam um dia sem trombetear uma descrição absurdamente fraudulenta da realidade econômica.
Para uma corja dessas, produzir Fake News contra desafetos eleitorais é mais que uma segunda natureza, é uma compulsão irresistível!
Enquanto nós continuamos seguindo a receita certa da desgraça imposta pelo Golpe, que a bem da verdade começou ainda no segundo Governo Dilma após a traição de aplicar a política econômica de Joaquim Levy.
Os Incríveis (2004) sempre foi minha animação Pixar favorita, sendo curiosamente muito mais sério e adulto que Quarteto Fantástico (2005), ao qual soa como uma paródia, apesar da estética cartunesca. Embora eu sempre tenha me queixado da falta de originalidade dos super poderes, a ambientação e a carga dramática são excelente alegorias de questões pessoais e dramas familiares contemporâneos vividos pela maioria de nós, além de um retrato da dinâmica familiar, em especial as crises de casais. Além de saber ironizar e criticar uma série de elementos consagrados nos universos de super heróis.
Enquanto a Pixar introduzia novidades e estendia outras franquias, amarguei por mais de uma década a espera por uma expansão desse fabuloso conceito, até que finalmente a sequência foi anunciada. Mal chegaram os trailers, porém, os conservadores de plantão soaram seus alarmes. Feministas começaram a louvar a inversão de papéis apresentada e ainda há muitos textos, incluindo em grandes portais com Globo e Veja, quase todos escritos antes do filme ser lançado, explorando essa primeira impressão como uma ode ao Feminismo.
Eu não me preocupei. O diretor Brad Bird tem meu voto de confiança conquistado também pelos excelentes Gigante de Ferro (1999) e Tomorrowland (2015). Feministas já deram prova definitiva de sua incapacidade de ter uma leitura consensual de uma obra que efetivamente trata questões de gênero de um modo profundo, como analisei em Mad Max - Fury Feminist?, e a maioria dessas más interpretações iniciais sequer parecem ter se dado conta de um fato que também perpassa os outros dois filmes de Ficção Científica de Brad Bird.
Tomorrowland, embora se passe no então presente, contém uma nítida homenagem à epoca em que se passa a estória do Gigante de Ferro, e que, muitos não se dão conta, também é a mesma fase histórica em que se passa Os Incríveis. Os Anos Dourados que vão do pós Segunda Guerra até mais ou menos o início da década de 70. Mais precisamente, os 50 e 60 onde se deu a Corrida Espacial, a Era Atômica e um desenvolvimento científico, tecnológico e social sem precedentes nos EUA.
Os Incríveis 2 é ambientado também em 1962, assim como o primeiro filme, que ainda tem flashbacks que remetem a uma década e meia antes. E os anos 60 são a época perfeita para desenvolver o que já havia sido sugerido no primeiro filme, que são essas questões de gênero em seu momento mais incipiente, ainda em desenvolvimento, guardando uma inocência genuína de um movimento que teve suas boas intenções, mas ao mesmo tempo embutindo a sutil crítica que só não percebe quem seja incapaz de diferenciar 'feminista' de 'mulher' ou 'trabalhar fora por necessidade' de 'declarar Guerra dos Sexos, Ódio ao Patriarcado e Morte à Família tradicional.
As avançadas tecnologias mostradas são puro lugar comum neste gênero ficcional, que sempre misturou a realidade com recursos muito além de sua própria época, e os anos 60 foram justamente o momento histórico onde se desenvolveu o que foi chamado por Betty Friedan, uma das fundadoras da Segunda Onda do Feminismo, de "Mística Feminina": noção de que a mulher foi feita para o lar e para os filhos (Coisa que é curiosamente AFIRMADA pelo filme!), com forte demarcação de papéis de gênero no âmbito doméstico em contraposição não só ao que viria em seguida, mas mesmo ao que ocorrera antes, pois diferente do que pensam neófitos cuja visão de mundo foi completamente falsificada pelo Feminismo, este não surgiu rompendo com uma tradição ininterrupta, e sim um momento histórico muito especial de máximo desenvolvimento ao ponto de permitir o retorno das mulheres ao lar, pois mais de uma pessoa trabalhando na família se tornou totalmente desnecessário. Foi uma era de ouro de segurança que permitiu as famílias norte americanas crescerem como nunca, com média de mais de 4 filhos por mulher nas classes mais abastadas, e sem exagero, que tornou a classe média e alta feminina norte americana o seguimento da humanidade mais privilegiado em todos os tempos, com confortos e luxos inimagináveis em qualquer outro contexto, até no atual!
Portanto, simbolicamente, o filme captura justo esse momento, e reintroduzindo a questão da proibição dos Super-heróis, deixa claro inclusive não ser uma simples inversão de papéis, mas uma estratégia dos que querem trazer os super heróis de volta da ilegalidade, onde a Mulher-Elástica é selecionada para a primeira fase de uma estratégia de marketing, que previa no entanto recolocar todos os heróis na ativa. Ainda mais flagrante é que, diferente do Sr. Incrível no primeiro filme, a Elastgirl não está nada empolgada com a ideia de deixar a família e trabalhar fora. Tem que ser convencida pelo marido a aceitar a proposta não pelo apelo à independência feminina, mas pela necessidade material da família, enquanto ele fica com os filhos esperando o momento de também voltar à ação.
As piadas desenvolvidas nesse interím exploram nada menos que dificuldade irônicas reais que qualquer família normal já enfrentou, apenas acentuadas pelo tom cômico e radicalizadas devido principalmente aos super poderes do Bebê. Trocar fraldas e dar papinha não é nada comparado a cuidar de uma criança que se teletransporta, atravessa paredes, dispara raios pelos olhos e etc, deixando O Sr. Incrível em polvorosa com a imprevisibilidade de um bebezinho com mais de uma dezenas de super poderes incontroláveis.
Isso, aliás, já havia sido adiantado pelo primeiro filme, embora só tenha sido mostrado no curta metragem Jack Jack Attack, onde a babá é que se vê em apuros tentando dar conta da mesma situação. Aliás, isso que aponta uma incoerência neste segundo filme, pois a não ser que esse curta não seja canônico, não haveria como os protagonistas não estarem avisados dos super poderes do bebê!
Mas voltando a questão da "inversão de papéis", o que temos é uma mulher indo trabalhar fora PELA FAMÍLIA, e um homem ficando em casa PELA PROFISSÃO! Como se vê na mera psicologia dos personagens, É UMA AFIRMAÇÃO dos papéis de gênero tradicionais por meio do contraste oferecido pela inversão temporária.
Para piorar para os que ainda querem ver aí algo do que se viu muito levemente em Frozen, bem mais marcadamente em Valente, e num nível absolutamente brutal em Malévola, o único discurso tipicamente feminista vem justo da vilã, que curiosamente estava, em parte vingando a morte dos pais, e que acaba tendo que ser enfrentada pela heroína justo pelo fato de que o Sr. Incrível, como todo bom super herói tradicional, não poderia bater numa mulher!
E no que se refere a quem tem o papel crucial para deter os planos malignos, o mérito não recai para um gênero em especial, e sim para as crianças, juntando a ousadia e entusiasmo tecnológico tipicamente masculinos do Flecha, e o estrategismo e maior maturidade de Violeta, tendo como arma secreta o super poderoso bebezinho Zezé!
Portanto, Os Incríveis 2 só é um filme feminista na cabeça de quem não sabe a diferença entre uma mera dinâmica histórica que a depender das necessidades econômicas e circunstâncias sócio culturais flexibiliza ou enrijece os papéis de gênero, algo que a própria Simone de Beauvoir discorre longamente em seu mais famoso livro mostrando que sempre houve momentos de maior protagonismo feminino desde a antiguidade, e uma cruzada historicamente inédita contra a própria natureza culturalmente cooptada em nossa modalidade contemporânea de família tradicional.
No final, ele acaba sendo de um espírito tão tradicional quanto o primeiro, que já tinha evidente protagonismo feminino nos mesmíssimos termos. Não é a toa que conservadores e religiosos, após verem o filme, o tem elogiado até com certos exageros, como se vê em
5 Razões pelas quais Os Incríveis 2 detona a Ideologia de Gênero,
Os Incríveis 2 (Projeções de Fé) ou
5 Licões sobre família tratadas no filme Os Incríveis 2 Por outro lado, até agora só vi textos reforçando o viés feminista escritos antes da estréia do filme, com base nos trailers ou em depoimentos dos atores, que quase sempre nem sabem como o filme realmente é antes dele ser efetivamente lançado.
Por outro lado, talvez a mensagem mais central é dada indiretamente pelo próprio diretor, que é quem de fato determina como um filme será, na voz de Edna Moda. Ela é dublada pelo próprio Brad Bird e faz uma nítida mistura do tradicional gênio científico por trás dos super heróis com uma excêntrica estilista. É ela quem diz “Se feita corretamente, a paternidade é um ato heróico. Feita corretamente!”.
Sim! Se for feita com a dignidade e honradez que somente um pai investido do melhor que sua hombridade patriarcal pode oferecer.
Os Incríveis 2, tal qual o primeiro filme, é sim uma ode à família tradicional, com papéis e personalidades de gênero perfeitamente definidas na masculinidade de Bob e Flecha e na feminilidade de Helena e Violeta, ambos simbolizados pela própria natureza de seus poderes. E foca como heroísmo máximo justo os papéis responsáveis de pai e mãe, dispostos a qualquer sacrifício em prol de seus filhos.
Isso, a não ser para quem nada entende do assunto, é pura e simplesmente o oposto do que prega o Feminismo.
Em tempos de tanta boçalidade enchendo a boca para falar de coisas que não fazem a mínima ideia do que seja, convém relembrar alguns fatos históricos importantes.
A data de 24 de julho marca o aniversário de nascimento do caudilho latino-americano Simón Bolívar (1783-1830), fundador da Grã-Colômbia, que reuniu Venezuela, Nova Granada (basicamente, a atual Colômbia), Panamá e Equador.
Bolívar conduziu esses países, mais o Peru e a Bolívia, à independência, libertando os povos da América do jugo colonial espanhol. Ao lado do argentino José de San Martín e do nosso Pedro I, o herói Bolívar é considerado um dos "Libertadores da América".
À luta do caudilho e ao empenho dos que lutam contra a recolonização dos povos da América, os aplausos da FNT! Viva Bolívar!
Boa ilustração para o fato de que o contingente de muçulmanos que apoiem diretamente ou indiretamente organizações terroristas mal chega a 1%, e os efetivamente terroristas são menos de 0,01%. Um percentual muitíssimo maior de ocidentais apoia invasões, bombardeios, sanções e saques dos países muçulmanos pelos EUA e seus aliados.
Também é curioso lembrar que a expressão "Xiita" caiu no imaginário popular como um sinônimo de radicalismo e violência, quando na realidade a quase totalidade do terrorismo islâmico está numa subdivisão dos Sunitas.
Hoje em dia fala-se muito em: "os muçulmanos isso, eles aquilo'' etc. Mas já parou para pensar que muçulmanos são 1.7 bilhão de pessoas espalhadas por todos os países do mundo, com diferentes formas de ver o Islã e culturas das mais diversas? Antes de atribuir comportamento, crença ou ideologia ao Islã e muçulmanos, saiba de quais muçulmanos se está falando.
Há muito tempo um trailer não me emocionava tanto! Após anos de espera, finalmente a esperada sequência do excelente GODZILLA 2014 se tornou realidade, e o trailer estupendo é arrebatador!!!
Muito bem editado, com aparições apenas discretas das grandes estrelas, Rodan dando uma ventiladinha básica na cidade (que devia estar muito quente), Godzilla emergindo das águas, Mothra majestosa e o King Gidhora devidamente na moita.
A aos que dizem que parece ter monstro demais, são só 4. O filme anterior teve 3 ora bolas!
Só espero que equilibrem bem os combates, tem o problema de que apenas o Godzilla não voa. Se for como reza a tradição, a princípio, Rodan e Mothra seriam aliados do Godzilla, o que ainda é pouco para enfrentar o King Gidhora.
HOMEM FORMIGA & VESPA é esteticamente muito bom. Tanto ou mais que o original, desde que se tenha em mente uma abordagem mais descontraída, quase uma comédia, e sobretudo um filme de forte mensagem familiar, retratando sólidas relações entre pais (homens) e suas filhas.
* Leves Spoilers. *
Me agrada muitíssimo também uma estória de aventura envolvente sem apelar para o recurso manjado e barato de um vilão odioso. Na realidade, praticamente não há um vilão no filme, o que mais chega perto disso é um gangster que apesar de tudo acaba sendo até simpático. Isso não muda o fato de que haja conflitos fortes de interesses que resultam em frenéticas sequências de ação entre competidores com super poderes, cada qual com suas razões.
Mas saindo do campo artístico e indo para a plausibilidade racional (não científica, apenas coerência lógica) não dá pra deixar passar algo que piorou muitíssimo a já frágil concepção que sustenta a premissa. Ora, a miniaturização e amplificação de tamanho já pecam pela mais primária violação da Lei de Conservação de Massa (e Energia), visto que sabe-se lá para onde vão os 90kg do herói e seu equipamento quando ele fica minúsculo, ou de onde vem as milhares de toneladas quando ele fica gigante.
Note que isso não acontece, por exemplo, ao menos em algumas concepções mais antigas, com o Homem-Átomo da DC Comics, que mesmo reduzido, conserva a mesma massa concentrada, e por isso mesmo fica poderoso e extremamente destrutivo. (Imagine 90kg concentrados numa bolinha de gude!) Até por isso mesmo, o personagem precisa voar, caso contrário furaria o chão na maioria das vezes. Isso é logicamente concebível porque podemos pensar em termos de distorção de espaço, tornando o tamanho relativo de modo análogo ao previsto na Física Contemporânea. Só não permitiria amplificação do tamanho, pois da mesma forma, o gigante continuaria com o peso de um homem normal, perdendo qualquer vantagem.
Já o Homem-Formiga faz isso apenas parcialmente, uma vez que mesmo reduzido ele também atinge seus oponentes com impacto equivalente ao peso original concentrado. No entanto, ele anda e corre normalmente sobre qualquer superfície, o que termina soando absurdo, pois a massa parece sumir e aparecer de acordo com a conveniência do roteiro.
Entretanto, ainda poderia-se conceder alguma forma disso ser plausível por meio de coisas que não são ditas, mas parecem sugeridas, como se a roupa promovesse essa distorção de espaço e ou alguma forma de armazenar ou suavizar a massa, talvez de acordo com o movimento, num tipo de campo sutil.
Só que até essa já generosa concessão desaba no novo filme, pois temos a perfeitamente dispensável sequência da Escola, que não faria falta alguma se fosse cortada, onde acontece algo que EM MOMENTO ALGUM ocorre no primeiro filme ou mesmo em Capitão América - Guerra Civil, que é tirar a máscara ou as luvas quando em tamanho reduzido.
Antes fazia sentido porque se era necessário um tipo de campo de controle de espaço em torno do corpo, evidentemente ele teria que ser totalmente fechado e selado, inclusive com reserva de ar. Mas se enquanto reduzido ele pode tirar a máscara, aí já era o último resquício de coerência, já não bastasse a ampliação e redução de objetos que sequer precisam de um invólucro especial como o uniforme.
Porque então não se poderia reduzir, ou aumentar, qualquer pessoa independente de ter a roupa ou não? Pelo mostrado do primeiro filme, ao menos poderia-se dizer que o organismo humano exigiria cuidados especiais, mas agora nem isso!
Uma pena, pois força demais a suspensão da descrença e flerta demais com o absurdo em favor de algumas piadas desnecessárias, e de cenas sentimentais, ao final, onde o mesmo acontece em escala muitíssimo mais extrema, mas que poderiam ter ocorrido dentro do veículo, por exemplo, que poderia já ter em torno de si a mesma propriedade das roupas.
O filme já é ótimo o suficiente. Essas inconsistências poderia ficar de fora.
Só há um país no mundo no qual o racismo faz parte da doutrina oficial e agora da própria Constituição do país. Trata-se do Estado de Israel que nessa semana aprovou projeto legislativo que designa Israel como Estado exclusivamente judaico,
Ademais, no mesmo projeto de lei, que terá valor de emenda constitucional, Israel declara que a expansão de assentamentos é questão de interesse nacional. Assim, Israel expôs às claras quais são os seus desígnos para a região levantina: o expansionismo imperialista de um Estado que se pretende propriedade exclusiva dos judeus, irrespectivamente dos povos que possam habitar a região há milênios.
Essa nova manobra ressalta algo que tem sido apontado ao longo das últimas décadas por vários anti-sionistas. Israel é um Estado ao qual foram concedidos diversos privilégios pelas potências imperialistas ocidentais. Os motivos desses privilégios são claros: por trás deles está a grande influência política, econômica, cultural e midiática do lobby sionista infiltrado nas elites dessas potências.
Deve ser deixado claro, ademais, que este mesmo lobby, que milita permanentemente pela concessão de privilégios a Israel (a desnecessidade de fiscalização de suas armas químicas, o direito absoluto e ilimitado de expulsar imigrantes e refugiados sem qualquer censura, etc.), milita de forma ainda mais fanática para que nenhum outro Estado no planeta possa até mesmo tomar atitudes minimamente semelhantes a Israel, ainda quando seja questão de segurança nacional.
O mesmo lobby que garante que Israel siga expandindo seu arsenal nuclear sem fiscalização, faz propaganda de guerra por conta do desenvolvimento de energia nuclear iraniana para fins pacíficos. O mesmo lobby que justifica ou abafa a expulsão de imigrantes e refugiados de Israel faz propaganda de guerra contra o novo governo italiano por sua defesa das fronteiras nacionais.
Não é a preocupação dos judeus com a preservação de seu povo, tradições e cultura que deve despertar rechaço. De forma alguma. É o uso desses argumentos como mero disfarce para a implementação de uma política imperialista, racista e supremacista que, não raro, prejudica até minorias judaicas. Bem como a hipocrisia de demonizar qualquer outro povo que tente se proteger.
E mais do que isso, a absoluta insanidade de um povo que mal é capaz de demonstrar ligações diretas com supostos ancestrais de mais de dois milênios atrás chegar em território alheio, expulsar seus habitantes e depois de um tempo tornar esse território exclusivo do invasor, tornando os nativos cidadãos de 2ª classe.
Lembremos que os prejudicados, os árabes palestinos, são em boa parte cristãos e descendem também de antigos hebreus que se converteram ao Cristianismo ou ao Islã. Eles possuem, no mínimo, os mesmos direitos àquelas terras e há estudiosos que dizem que eles são ainda mais próximos dos antigos hebreus do que os judeus ashkenazi vindos da Europa após milênios de mistura com tribos turcas e povos eslavos.
A cada dia que passa os atos de Israel silenciam quem acusa os anti-sionistas de serem conspiracionistas ou antissemitas. Já está ficando claro, cada vez mais, quem são os grandes racistas de nossa era.
Faltou comentar mais sobe a Copa de 2010, onde inclusive jogou contra o Brasil perdendo de 1x2. Bem como sobre o jogador Jong Tae-se, um japonês de descendência coreana que poderia jogar tanto pelo Japão quanto pela Coréia do Sul, mas preferiu jogar pela Coréia do Norte, onde se naturalizou, por razões ideológicas.
O dia de hoje marca os 52 anos do histórico jogo entre a seleção nacional da Coreia do Norte e a seleção da Itália na Copa do Mundo de 1966, disputada na Inglaterra. Contrariando todas as previsões, em 19 de julho de 1966, a Coreia do Norte ganhou da Itália por 1 a 0, eliminando a seleção que era conhecida como 'Azzurra'. Conheça agora um pouco da história da seleção da Coreia do Norte e sua participação lendária na Copa de 1966.
A seleção nacional da República Popular Democrática da Coreia ficou conhecida como 'a seleção Chollima', em referência a um ser mitológico da cultura coreana capaz de percorrer grandes espaços em pouquíssimo tempo. Em 1966, a Coreia do Norte se tornou o primeiro país asiático a fazer um gol em Copa do Mundo, que nesse ano foi disputada na Inglaterra, país que viria a vencer a competição.
A seleção norte-coreana havia se associado à FIFA em 1945, pouco após o fim da guerra anti-japonesa liderada pelo Presidente KIM IL SUNG, e surpreendeu todos quando conseguiu se classificar para o mundial; mesmo assim, era cotada como uma das seleções mais fracas e ninguém depositava qualquer expectativa sobre os rapazes da Coreia. Naturalmente, essa era a primeira grande competição esportiva que a seleção norte-coreana disputava e muitos dos jogadores carregavam consigo os grandes traumas da Guerra da Coreia (1950-1953), uma das guerras mais sangrentas da História, que destruiu completamente o país. A seleção coreana conseguiu acesso ao mundial após vencer a Austrália por um placar surpreendente de 9 a 2! Na época, a FIFA havia cedido apenas uma vaga para um time das regiões da Ásia, África e Oceania, lugar esse conquistado pela Coreia do Norte.
A Coreia do Norte ficou no grupo 4 da copa, composto por grandes seleções como União Soviética, Itália e Chile. O primeiro jogo do time foi contra a União Soviética do lendário Lev Yashin, no dia 12 de julho de 1966, com vitória soviética de 3 a 0, até então, sem surpresas. O segundo jogo foi contra o Chile, em 15 de julho, e acabou com um empate de 1 a 1, com gol de Pak Seung Jin.
O grande jogo, que colocou a Coreia do Norte para sempre na história das Copas, ocorreu em 19 de julho. O jogo era contra a Itália e, jogando de uniforme vermelho com a bandeira nacional da Coreia no peito, aos 42 minutos de jogo a seleção Chollima surpreendeu a todos ao meter um gol contra a seleção Azzurra, tendo como autor do gol e herói do jogo Pak Doo Ik. Os italianos continuaram o jogo confiantes de si mesmos e desdenhosos com os jogadores coreanos, certos de que eles iriam perder o fôlego e abrir a defesa para que a Itália se recuperasse. Mas o que aconteceu foi que a seleção coreana conseguiu segurar a vitória até o último segundo do jogo! Assim, a Coreia do Norte avançava para as quartas de final. Essa foi a maior surpresa daquela edição da Copa e a vitória da Coreia do Norte acabou eliminando a Itália da competição, em um dos maiores choques de todas as edições da competição. Dizem que os italianos voltaram para casa com uma salva de ovos e tomates podres. A seleção coreana caiu no gosto do público inglês que saiu do estádio eufórico com o resultado surpresa.
O próximo jogo ocorreu contra Portugal, no dia 23 de julho de 1966, no Estádio Goodison Park, na cidade inglesa de Liverpool, que teve sua lotação máxima esgotada - mais de 40 mil pessoas foram assistir o jogo, em sua maioria torcendo para a Coreia do Norte. Um grupo de 3.000 ingleses havia cruzado a Inglaterra especialmente para assistir essa partida, admirados com a vitória sobre a Itália.
Logo no primeiro minuto de jogo, a Coreia do Norte saiu na frente marcando um gol contra a seleção portuguesa com Pak Seung Jin, levantando a torcida! A seleção portuguesa estava lenta e retraída, ao passo que os coreanos estavam jogando com rapidez e sempre avançando para o ataque. Aos 22 minutos, a Coreia do Norte abriu o segundo gol com Li Dong Woon e aos 25 minutos surpreendeu mais ainda ao marcar o terceiro gol com Yang Sung Kook. Em apenas 25 minutos de jogo a seleção asiática tinha 3 a 0 contra Portugal! Há rumores que, durante o intervalo, o técnico português Otto Glória teria dito aos jogadores no vestiário: vocês deram cabo do Brasil mas estão perdendo da Coreia?!
O que a seleção Chollima não esperava era a atuação do grande craque português Eusébio, que protagonizou uma das maiores reviravoltas de todas as Copas ao marcar sucessivamente 4 gols. Durante um lance português, o goleiro norte-coreano Lee Chang Myung foi pisoteado por vários jogadores lusitanos, mas o juiz nada fez. José Augusto viria a marcar o 5º gol para Portugal e a Coreia do Norte deixou a competição com uma derrota de 5 a 3, num dos jogos mais emocionantes e históricos das Copas. A seleção coreana saiu do estádio aclamada pelo público, que aplaudiu de pé, e seus jogadores foram recebidos em casa como verdadeiros heróis nacionais.
A participação da Coreia do Norte na Copa de 1966, marcada pela eliminação da Itália e pelo emocionante jogo contra Portugal, ficou gravada na memória das Copas do Mundo e na história do esporte nacional da Coreia Socialista. Os rapazes da seleção Chollima vinham de condições complicadas em que seu país tentava se levantar após uma guerra devastadora e mortal promovida pelos Estados Unidos e mesmo assim representaram muito bem o seu país e sua Revolução Socialista, deixando marcado para sempre o nome da Coreia Popular no cenário futebolístico mundial. A Coreia Popular foi o primeiro país asiático a chegar a uma quarta de final de Copa.
A Coreia do Norte só voltaria a participar de uma Copa do Mundo apenas 44 anos depois, na Copa da África do Sul de 2010, com uma campanha fraca em que chegou até mesmo a jogar contra o Brasil, marcando um gol contra nossa seleção.
Em 2002 a rede britânica BBC fez uma viagem para a Coreia do Norte e gravou um documentário com os jogadores da seleção Chollima de 1966, que, após a histórica participação, viraram heróis do Exército, treinadores esportivos ou continuaram na vida de atleta. O herói do jogo que eliminou a Itália, Pak Doo Ik, foi promovido a sargento do Exército Popular da Coreia e no início dos anos 2000 era treinador de times juvenis da capital coreana Pyongyang. Você pode ver o documentário, chamado "O Jogo da Vida Deles" nesse link: youtu.be/rG-ivV-ps50
Veja agora uma seleção especial de fotografias da atuação coreana na Copa de 1966. Não deixe também de conferir esse vídeo especial que eu achei e editei com a escalação do time e algumas cenas da lendária seleção Chollima! youtu.be/N50HFwpbGIwm
Enfim um texto realmente bom em um site de alcance razoável, pois um de alcance verdadeiramente massivo é necessariamente dominado pela grande mídia que não tem interesse algum em disseminar informação de qualidade.
Entenda a ocupação japonesa na Coreia (1905-1945), a libertação da parte Norte e invasão americana (1945), bem como a Guerra da Coreia (1950-1953) e suas consequências, em conferência de Alejandro Cao de Benós, delegado especial do Comitê de Relações Culturais com o Ocidente da República Popular Democrática da Coreia (Coreia do Norte).
É triste ver tanta gente surpresa com as sandices de nosso judiciário num contexto onde racionalidade, que dirá normalidade, deixou há muito de ser parâmetro norteador. Ora, juiz de primeira instância, de férias, se manifestar para praticamente derrubar decisão da instância superior não deveria impressionar ninguém a essa "altura do campeonato."
Eu espero coisas piores. Ainda que Lula for solto e leve a candidatura adiante, qualquer dos outros 5 processos pode ser tramitado em velocidade superluminal nas madrugadas, fins de semana e feriados para enviá-lo para a cadeia de novo! O processo do sítio já está a todo vapor, inclusive com denúncias de usar métodos ilegais e perversos de intimidação como levar uma mulher sozinha, e seu filho pequeno, para tomar seu depoimento sob ameaça, canalhice perfeitamente regular dentro da Lava-Jato e que não seria surpresa alguma para quem se informa para além da lavagem cerebral globista.
Já disse em 20 de Abril talvez com mais palavras que o necessário, mas fato é que após um absurdo ser aceito e sacramentado como se fosse algo normal, não é possível crer que se siga qualquer normalidade. Aliás concedo que o processo golpista está sendo comedido, quem sabe até misericordioso, em ao menos utilizar métodos que para um desavisado podem lembrar um processo judicial comum num contexto político normal para evitar chegar ao extremo de simplesmente ameaçar de morte ou tortura o ex presidente ou sua família.
Que não estamos mais numa "democracia" como estivemos nas últimas 3 décadas é uma trivialidade que somente a estupidez e/ou a perfídia podem negar, mas tão pouco estamos numa ditadura. Como eu disse em 21/04/17 o nome correto de nosso regime é PLUTOCRACIA! Pois numa ditadura, teríamos que saber exatamente quem está no comando, e levar o marionete Temer e a patota de fantoches do Legislativo e do Judiciário a sério é abusar do papel de trouxa. Mas mesmo nosso recente período "democrático" já era plutocrático, embora num nível menos incisivo e mais conciliador, visto que nossas instituições eleitorais e populares só funcionam quando não ameaçam os interesses dos plutocratas.
A diferença foi entre uma Plutocracia conciliadora, e dividida, com uma ala industrial desenvolvimentista que estava amalgamada ao governo petista e agora foi posta na cadeia, e uma Plutocracia puramente exploradora, meretriz de cafetões estrangeiros e infinitamente mais corrupta, como sempre foi a agro pecuária, a rentista e a midiática, inimigas ferrenhas de qualquer projeto de desenvolvimento nacional.
Para não deixar à luz seu odioso plano de destruição do país (Estou sendo literal aqui!), seu absoluto desprezo pelo povo e a depravação ignominiosa de seus verdadeiros interesses, é útil disfarçar a realidade sob um caos de ações incompreensíveis sob qualquer outra ótica.
Mas isso, claro, para ludibriar apenas aqueles efetivamente dispostos a compreendê-la, e não para uma turba delirante que ainda tem esperança numa revolução comunista e muito menos para uma coxinhada ainda mais patética que acredita que ela esteja acontecendo.
Os primeiros já estão suficientemente alienados por um ideologia anacrônica incapaz de compreender a realidade em que se inserem, servindo apenas para impressionar os segundos, que já estão escravizados na massa de manobra imbecilizada a serviço da plutocracia misobrasiliana, e prontos para saírem às ruas assim que os adestradores da Globo e cia, que eles próprios fingem odiar, de forma dissimulada mas eficiente, determinarem.
1998 - FRANÇA. Eu já havia aprendido que humildade é condição Sine Qua Non para o Brasil ganhar uma Copa. Qualquer orgulho prévio é nocivo e o clima de "já ganhou" é derrota certa. Por isso fiquei pé atrás com a enorme babação de ovo em cima do outrora Ronaldinho (Ronaldão para outros), depois Ronaldo, depois Fenômeno. Mas o fato é que até eu me empolguei à medida que o Brasil foi avançado no impressionante e inovador espetáculo de imagens que esse Copa trouxe. Os noobs que vem o certame hoje não fazem ideia de como as imagens era mais precárias antigamente. Foi a copa da França que introduziu câmeras em centenas de ângulos com recursos avançadíssimos permitindo ver detalhes milimétricos por toda parte, não deixando escapar nada. Ainda assim, demoraríamos 20 anos para que o bom senso chegasse à cabeça da FIFA para introduzir o árbitro de vídeo. (Já seria ridícula aquela constrangedora aquela cena do Rivaldo, na copa seguinte, de tomar uma bolada na coxa e cair no chão com as mãos no rosto.) Pois bem. Aconteceu que fomos pra final, mais uma vez, certos da vitória. A França era até interessante, e eu estava mais preocupado com Thiery Henry que com Zidane. Mas na última hora nosso ídolo, supostamente, teve um "ataque epiléptico", deviam ter colocado o Edmundo no lugar dele! O resultado nós sabemos. Levamos de 3x0 com direito às melhores teorias conspiratórias já criadas, levantando até profecias de Nostradamus prevendo nossa derrota, e fiquei tão puto com a NIKE que até hoje me recuso a comprar seus tênis. Nunca levei muito a sério essas seleções que só ganham copa em casa, mas ainda demoraria para ficar com raiva dos marselheses... Vive la France.
2002 - CORÉIA DO SUL & JAPÃO. Irritado fiquei com a atitude de alguns franceses que começaram a dizer que o Brasil era uma seleção decadente e que agora seria a era dos Les Bleus. Se humildade sempre fez falta ao Brasil, ao menos nunca fomos reconhecidos em especial pela arrogância, ao contrário de quem começou a se achar a cereja do bolo futebolística. Por isso essa copa foi maravilhosa em quase todos os sentidos, começando com chave de ouro com Senegal metendo 1x0 na turma de Zidane, que depois empatou no 0x0 com o Uruguai e ficou em condição de desespero. Levantei de madrugada para ver a Dinamarca (que há muito já não era mais "Dinamáquina") meter-lhes 2x0 e mandá-los pra casa sem marcar sequer um gol! A tradição da seleção campeã cair na primeira fase só não começou ali graças ao Brasil.
Por falar em horário, taí algo inexplicável. Que raios a FIFA tem na cabeça para realizar jogos pela manhã no Japão?! Parece que não sabem que o planeta inteira assiste a Copa, e do jeito que fizeram África, Europa ou Américas tinham que assistir jogos de madrugada com frequência, enquanto a tarde era graciosamente oferecida àquele imenso vazio do Oceano Pacífico! Quer ver, vá no Google Earth, ou pegue um globo terrestre, e de uma olhadinha! O jogos tinham que ser todos do meio da tarde para a noite poha!
Apesar da tecnologia, Espanha e Turquia foram grosseiramente roubadas por arbitragens criminosas que discordaram da totalidade dos espectadores que viram muito clara mente a anulação de legítimos Gols do Ouro, regra que valeu unicamente para esta Copa, onde o único gol na prorrogação era "morte súbita". O Brasil, por sorte, escapou, e foi para final inédita com a Alemanha. As duas potências maiores do futebol finalmente se encontraram na história das copas (Alemanha Oriental não conta!), resultado, Brasil 2x0, Ronaldo Fenômeno redimido.
PENTACAMPEÃO.
2006 - ALEMANHA. Enfim, aqui ocorreu o que para mim foi a pior desilusão da minha vida com a seleção, que foi a terceira derrota consecutiva para a França, no que seria a revanche perfeita, quase com os mesmos jogadores. Nenhuma outra revanche possível jamais teria o mesmo sabor. Mas já escrevi demais sobre isso Aqui.
2010 - ÁFRICA DO SUL. "Spider-Cam, Spider-Cam, great imagens, yes it can!" Que coisa maravilhosa as imagens dessa câmera aérea! A primeira Copa do Mundo fora da dialética Europa e Américas teve lá seus problemas, a começar pela baixa média de gols, e aqui a sina da queda do campeão na primeira fase se estabeleceu. Mas a derrota do Brasil em nada me incomodou, a não ser por aquele gramado absolutamente horrível demonstrando um amadorismo brutal no trato com o campo. A cada chute saía mais terra do que bola! E não me incomodou porque perdemos para uma dos mais injustiçadas seleções, a Holanda, que se tornou especialista em ser vice campeã apesar de quase sempre ter apresentado futebol melhor nas finais que perdeu, algumas, inclusive, por roubo da arbitragem. Ademais foi a revanche de 1994. Não se pode, e não se deve, ganhar demais. Até por haver muita expectativa para a próxima Copa. De qualquer modo foi bom despachar o Chile, pois aquela safadeza que o Rojas aprontou no Maracanã em 1989 simulando ter sido atingido por um foguete é o tipo de pecado imperdoável que gera karma duradouro transgeracional, e terem sido proibidos de participar da Copa de 1990 foi pouco.
2014 - BRASIL. Nem vou comentar o 7x1, a não ser pelo fato de até eu ter me esquecido de que isto sequer tirou o Brasil da Copa, visto que ainda disputou, e perdeu, o Terceiro Lugar, novamente para a Holanda, por 3x0. Sério! Eu não me lembrava disso! Mas além do crime cometido contra Neymar pelo Colombiano Zuniga, que o retirou do jogo contra a Alemanha e o desgraçado não foi sequer punido (com Neymar poderíamos até ter perdido, mas duvido que seria tão traumático), o que mais chama atenção nessa Copa não ocorreu dentro dos campos. O grotesco Complexo de Vira-Latas brasileiro somado ao, pasmem, casamento do coxinhismo mais cretino com o esquerdismo trostkista mais tosco, ambos unidos pelos seu ódio ao próprio país, resultou na mais lastimável e sórdida campanha anti nacional já vista até então. Lembrando que o Golpe já estava em andamento, e que sabotar a realização da Copa era um de seus objetivos.
Falaram de tudo. Que o Brasil ia passar vergonha, que não tínhamos condições de realizar uma Copa do Mundo, repetiam o "Imagina na Copa?" etc, e o resultado? Uma das MELHORES COPAS DO MUNDO JÁ FEITAS! Para muitos órgãos especializados, opiniões profissionais e maioria do público estrangeiro, UM SUCESSO ABSOLUTO! Nesse sentido, foi uma Vitória Total do país do futebol na realização de um mundial que encantou o mundo dentro e fora de campo, calando e humilhando a corja de odiadores do país, que não tiveram nem o prêmio de consolação de dizer que teríamos "comprado o resultado". Nesse sentido, o 7x1 ainda teve esse fantástico efeito de reduzir a cinzas a última esperança dos vira-latas que queriam de algum modo ou de outro denegrir o país. Mas a horda de patos do naipe de quem xinga a Presidente da República em cadeia mundial em plena abertura do evento (Já viu isso em algum outro lugar do mundo?) não se deu por satisfeita. Anos depois sairia as ruas com a camisa da seleção para apoiar um projeto infinitamente mais odioso que o "Não Vai Ter Copa".
Os brasilienses mais antigos devem se lembrar que há 15 anos, no mandato do então governador Joaquim Roriz, foi brevemente implementada uma estranha mistura de Concessão com "Parceria Público Privada" para gerir estacionamentos públicos, denominada 'Vaga Fácil', em especial no Setor Comercial Sul, área famosa por ser, não difícil, mas absolutamente impossível, achar uma única vaga regular em horário comercial. (Há quem diga que aquele que porventura aviste uma, deveria estacionar nela imediatamente mesmo que não o precise, e se dirigir o mais rápido possível à uma lotérica para aproveitar a inominável sorte.)
O sistema mal durou um mês, provocando intensa revolta na totalidade da população, e logo foi suspenso pelo STJ que a declarou inconstitucional. E não o foi por menos. A "parceria", apelidada de "Grana Fácil", seguramente foi um dos mais descarados abusos já cometidos pelo governo em favor de empresas privadas, inclusive com suspeitas de que proprietários da mesma tivessem alguma ligação pessoal como o então Governador.
Basicamente, o motorista achava a vaga e estacionava, sem passar por qualquer tipo de cancela ou guarita, se dirigia a uma lotérica para comprar um bilhete de estacionamento e depositava no vidro do carro como validação, guardando uma segunda via. A fiscalização era feita por soldados da Polícia Militar ou agentes do Departamento de Trânsito, autorizados a multar qualquer veículo que não contivesse o bilhete.
Ou seja, sem qualquer investimento físico nas áreas públicas, cuja manutenção continuava por conta do Estado, no caso a NOVACAP, com fiscalização sendo feita pela PM e pelo DETRAN, e emissão de boletos e pagamento feito nas lotéricas da CEF, institui-se um sistema de privatização onde o único trabalho da empresa privada era embolsar o dinheiro! Sem contar o prejuízo causado aos trabalhadores e frequentadores regulares locais, visto que são justo seus veículos que ocupam a maioria das vagas, tornado-se impossível para a maioria arcar com os custos da cobrança por um dia inteiro, razão pela qual, afinal, foi possível aos frequentadores casuais encontrar farta oferta de vagas regulares em horário comercial, porém, tendo que se dirigir a lotéricas, mas não para tentar a Mega Sena.
Até mesmo privatistas convictos não tiveram coragem de defender o indecoroso sistema.
O que nos interessa aqui, porém, é perguntar: Foram as demais privatizações ocorridas no Brasil, realmente diferentes, em essência, disso?
II
Apelidadas de "briberization" ('bribe significando 'suborno' / 'roubo') pelo Nobel de Economia Joseph Stiglitz, e de "privataria", pelo jornalista brasileiro Élio Gaspari, as privatizações ocorridas no Brasil chegam a ser criticadas até mesmo por, Rodrigo Constantino, que em seu livro 'Privatize Já' alega que o PSDB privatizou mal, além de pouco, durante o Governo FHC.
A exemplo da Vale do Rio Doce ou da Telebrás, os cofres públicos injetaram bilhões em investimentos no patrimônio estatal pouco antes dos mesmos serem vendidos sem que tais valores fossem contabilizados. E o dinheiro em sua maior parte ainda foi emprestado pelo BNDES a juros e prazos maravilhosamente amigáveis que assalariado algum jamais irá ver na vida para solucionar seus problemas financeiros. Juros estes que rolavam, bom lembrar, muito abaixo da taxa da Dívida Pública, de modo que na prática não era vender barato, mas "pagar para que fossem levadas!"
Não à toa a Dívida Pública aumentou explosivamente após a Privataria, ao contrário do que se prometeu, bem como a Dívida Externa, inflação, carga tributária, desemprego e nada menos que praticamente qualquer outro índice econômico. Ou seja, é impossível dar um único bom argumento pelo qual as privatizações teriam sido benéfica para o país.
Ainda assim, estamos agora mais de duas décadas depois, sob outra onda privatista, que diferente da anterior, não mais está prometendo o que prometeu, e descumpriu, antes. Atualmente, a "justificativa" para privatização é apenas a urgência em fazer caixa, ainda que ínfima, sob um alarmismo praticamente extorsivo de "ou vende ou quebra!" Tal qual o cidadão desesperado que precisa num momento crítico vender seus pertences pessoais a uma fração ínfima do que valem para conseguir sobreviver. Ficando se tratar de péssimo negócio.
Mas essa não é a única desculpa prática para a privatização, e nem a mais popular. Hoje, a principal motivação que a maioria do liberais tem para ser a favor da rapina do patrimônio público não é sequer uma razão, e sim apenas uma emoção: A Fobia ao Estado!
III
Submetidos a uma autêntica lavagem cerebral perpetrada principalmente pela grande mídia, com a Globo, como sempre, à frente, muitos incautos desenvolveram um ódio pavloviano do setor público, tanto pela pecha de ineficiência do Estado, uma mentira infinitamente repetida até ser vista como verdade, quanto pelo puro e simples preconceito direcionado aos funcionários públicos, estatutários regidos pela Lei 8.112/1990, porém confundidos com empregados de empresas públicas, celetistas, que sequer tem direito legal a estabilidade.
O ódio aos funcionários públicos teve especial destaque por parte da campanha de Fernando Collor a presidência em 1989, que os chamava de "marajás", e curiosamente é levantado até hoje pelos privatistas, fazendo vista grossa para o fato de que funcionário público algum perderá seu emprego, ou seu privilégios caso os tenham, para a privatização, e sim tão somente os empregados públicos que muito pouco se diferenciam dos trabalhadores de grandes empresas privadas.
O funcionário público, estrito senso, trabalha no Legislativo ou Judiciário, e quando no Executivo em órgãos públicos não rentáveis, ministérios ou outras instâncias que nada tem a ver com as empresas públicas, lucrativas, alvo de privatização. Nestas trabalham empregados públicos que na sua quase totalidade sequer demandam gastos de dinheiro público, visto que suas empresas são quase sempre plenamente auto suficientes, em especial as ameaçadas de privatização.
Portanto, a privatização em nada afeta o servidor público, estável, com aposentadoria integral (quase) e salários bem acima da média da população, mas sim justo aqueles que são como os empregados de grandes empresas privadas, principalmente quando tem um sindicato forte. A própria estabilidade que alguns deles gozam é resultante de Acordos Coletivos que devem ser renegociados a cada Data Base, por vezes até anualmente, e o verdadeiro motivo pelo qual costumam sofrer menos pressão deriva justo do fato de estarem em áreas raramente submetidas a concorrência pelo mercado, exatamente por muitas vezes envolverem monopólios naturais, como a produção de água por exemplo, serem obrigadas a se responsabilizar por segmentos pouco atraentes ao mercado, como a entrega de cartas simples, não lucrativa, ou exigirem pesados investimentos estatais para serem viáveis, como mineração e energia.
Essa, porém, é apenas uma das notórias irracionalidades do discurso privatista, alegando desonerar o Estado doando empresas que na realidade mais dão do que tomam dinheiro dos cofres públicos.
Tendo sido sistematicamente desmentido pela realidade, o privatismo "valida-se" basicamente pela constante falsificação dos fatos e pela repetição incessante de factóides sem qualquer compromisso com outra coisa a não ser o enriquecimento de seus financiadores. E, perante as massas, sobretudo canalizando compreensíveis insatisfações com a burocracia estatal e carga tributária, que só aumentaram após a privataria, misturando com ideologias minarquistas ou anarquistas invariavelmente delirantes, afora a simples fraude, visando resultar num ódio visceral à qualquer coisa com o adjetivo 'público' no nome, pronto para defender até mesmo o próprio prejuízo pessoal em nome de uma satisfação subjetiva em desmantelar simbolicamente seu objeto de ódio.
1978 - ARGENTINA. Lembro muito bem do jogo Brasil e Suécia, onde chegamos a comemorar a vitória do Brasil no finalzinho do jogo para depois o juiz invalidar o gol porque apitou o fim da partida no meio do lance! Foi punido pela FIFA, mas o estrago foi feito. Lembro do dia em que assistimos ao jogo na escola, numa TV preto e branca horrível. Eu tive uma camisa 'Argentina 78' e eu e meu pai colecionávamos álbuns de figurinhas, com minha irmã, quatro anos mais nova, chamando todos os jogadores negros de "Pelé". Compreensível, considerando que umas tias sempre perguntavam se O Rei ia jogar, apesar de já estar aposentado há anos. Terminada a Copa, irritei muita gente dizendo que meu time era Argentina. Só muito anos eu iria compreender porque aquela foi considerada uma das Copas do Mundo mais roubadas da história, só comparável a da Inglaterra em 66.
1982 - ESPANHA. Não há como esquecer da icônica seleção canarinho com Zico, Sócrates, Rivelino, Toninho, Falcão etc, encantando o mundo inteiro com o Futebol Arte, ainda que com uma defesa ruim. O Brasil bombardeava incessantemente sem resultado, mas os adversários só precisavam atacar uma vez para fazer um gol, tal como o fabuloso frango de Valdir Perez levando gol da União Soviética no nosso primeiro jogo, ainda que tenhámos virado depois. Mesmo assim o Brasil avançou lindamente, até cair perante a Itália na segunda fase, onde o mafioso (Sério!) Paolo Rossi meteu 3 gols no Brasil. A piada foi que a melhor arma de fogo era o revólver Rossi, que com 3 tiros matou 21 canarinhos, um frango (no gol) e um pato (Telê Santana). As músicas construídas em amor a seleção foram inesquecíveis, como a "Voa Canarinho Voa", cantada por ninguém menos que o jogador Júnior, embora eu me lembre mais é da paródia que fizeram de "Meu Canarinho" de Luiz Ayrão. Foi a única vez que chorei após a derrota do Brasil.
1986 - MÉXICO. Laranjito. Laranjito! LARANJITO PRA TODO LADO! Meu Deus! Não tinha como ir numa festa junina sem pescar uma dúzia de Laranjitos! O refrão de "70 Neles Outra Vez Brasil", cantada por Gal Costa, ajudou a reerguer praticamente o mesmo sonho do ano anterior, com uma seleção muito parecida, inclusive com Telê Santana cometendo os mesmos erros. Mas mais uma vez o Brasil caiu nas Quartas de Final, nos Penáltis, diante da França. Estávamos recém lançados na Nova República, finda a Ditadura, e mal havíamos superado o trauma do tenebroso Plano Cruzado, o que somado ao terremoto do Chile e à explosão do Ônibus Espacial Challenger, matando a primeira civil que ia ao espaço, fez muito gente achar que cometas anunciam desgraças mesmo. Ainda que ninguém tenha visto o infame do Halley coisa nenhuma! Argentina bi campeã em cima da Alemanha, chegando à final com um gol de mão de Maradona, que decidiu a épica partida contra a Inglaterra, vingança contra a Guerra das Malvinas, e foi tão escancarado que ele próprio disse que fôra "La Mano de Dios". Mas a imagem que mais me marcou foi de uma reportagem, a comemoração da família pobre do jogador Josimar, quando ele fez um gol.
1990 - ITÁLIA. Foi uma Copa tão sem graça que "entrou por um olho e saiu pelo outro". A pior média de gols da história e o Brasil caiu nas Oitavas de Final, contra a Argentina. Pra piorar, Alemanha viria a figurar no seleto trio dos tri campeões, ao lado de Brasil e Itália, nossa algoz de 1982 que se vingou de 1970. Uma Copa chatíssima! Brasil marcou um gol por partida! Mas houve sim algo muito bom nesta copa: a seleção de Camarões, que empolgou o mundo com um futebol belo, destemido e de alto nível, indo mais longe que o Brasil e chegando as Quartas de Final, feito inédito para um páis africano. O Brasil inteiro torceu para Camarões. Se tivessem levado o título, teríamos festejado nas ruas!
1994 - EUA. Aos 22 anos, enfim, vi meu país ser Campeão, na primeira Copa que acompanhei rigorosamente. Mas talvez ainda melhor que ver o tetracampeonato foi ver toda a mídia, e a opinião pública, engolir todo o lixo que vomitou por anos contra a seleção e especialmente o técnico Carlos Alberto Parreira, que decidiu substituir o jogo bonito e perdedor por um jogo técnico vencedor. Fizeram de tudo para enxovalhar e humilhar o cara, teve até música para difamá-lo, invés de celebrar a seleção, e o imbecil do Fausto Silva, após o primeiro tempo de Brasil e Suécia, resolveu ofender a seleção em cadeia nacional por estar perdendo de 1x0 num jogo onde nossa classificação já estaria garantida mesmo com derrota, e ainda assim empatamos. Aliás teria sido melhor perder, teríamos pego a Arábia nas Oitavas invés dos donos da casa, num dos jogos mais tensos do campeonato onde o lateral Leonardo aplicou uma horripilante cotovelada no rosto de Tab Ramos. Tudo bem que o cara o puxou pela camisa de forma enervante, mas a resposta, mesmo que não intencional (pois ele tentou atingí-lo no abdomên) foi vergonhosa. Malharam impiedosamente a seleção, e o técnico, a Copa inteira, e foi minha primeira experiência com um autêntico surto de estupidez insana coletiva, com quase todo mundo dizendo que o Brasil jogava mal. Disse e repito até hoje, A SELEÇÃO DE 94 VENCERIA A DE 82!!!
Era um time, com Romário e Bebeto se destacando no ataque, implacável. Tinha pose de bola esmagadora, pressionava incessantemente os adversários, e passes absolutamente perfeitos que jamais foram igualados pelas seleções posteriores. Não a toa a música tema da Globo, que é tocada até hoje, dizia "o toque de bola, é nossa escola, nossa maior tradição". E a defesa, apesar de ótima, quase não era necessária porque Dunga e Mauro Silva, os maiores ladrões de bola da história, tornavam o meio campo praticamente impenetrável! Os únicos gols sofridos pela seleção foram o da Suécia, na terceira rodada da Primeira Fase num jogo, como dito, sem importância, e os da Holanda, nas Quartas, onde, enquanto o Brasil comemorava o 2x0, simplesmente saiu um gol da Holanda que NINGUÉM VIU! Sério. O jogador simplesmente repôs a bola e foi pro ataque marcando um gol que não foi mostrado ao vivo! Até hoje há polêmica se aquele gol não foi irregular. O empate veio quase imediatamente em seguida, com o Brasil ainda e recuperando da surpresa. Mas por fim Branco, numa bomba arrasadora na melhor cobrança de falta de todos os tempos, mandou a Holanda pra casa.
Nas semifinais, quando realmente importava, o Brasil dessa vez derrotou a Suécia. Tenho pena dos Suecos. Somos seus maiores algozes. Além de roubarmos o título em sua própria casa em 1958, eles nunca nos venceram nos 7 embates ocorridos em Copas do Mundo. E se, em casa, tomamos 7x1 dos Alemães, também em casa metemos 7x1 na Suécia em 1950. Pode apostar que eles não tem a menor vontade de nos reencontrar.
Por fim tivemos a brutal final contra a Itália, revanche de 1982, onde apesar de sermos nós que deveríamos ser especialistas em macumba, foram os italianos que fecharam o gol com uns 5 ou 6 goleiros adicionais invisíveis. CARALHO!!! Como raios é possível meter tiro atrás de tiro e a bola pegar na trave, no travessão, no pé de um zagueiro caído que nem viu o que aconteceu, chute atrás de chute, e ainda assim a desgraçada não entrar?! A Itália jogou bem, é verdade, mas o Brasil jogou melhor, foi azar mesmo não vencer no tempo normal ou na prorrogação.
Fomos pros penaltis, para mais desespero. Márcio Santos errou o primeiro, mas Romário, Branco e Dunga não falharam, enquanto os italianos já haviam perdidos dois, um devido a defesa fabulosa de Taffarel. Os italianos, em desvantagem, foram pra quinta cobrança, Galvão Bueno anunciou "Se o Taffarel pegar essa o Brasil é Tetra". Mas não foi necessário, Roberto Baggio nos fez o favor de mandar a bola pra Lua!
Nunca vibrei tanto. Fui pra rua festejar com os amigos. Recebemos a seleção no aeroporto e acompanhamos o cortejo até o Palácio do Planalto.