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30 de Janeiro

O EXTERMÍNIO DO FUTURO



                   

Uma análise geral sobre todos os seis filmes da franquia e seu destino sombrio.

24 de Janeiro

A fala da ativista trans LGBT Amanda Palha (aqui, no ponto, aos 1:14) no vídeo "O movimento LGBT e o fim da família", deveria ser atentamente examinada para qualquer um que queira compreender a questão independente da posição favorável, neutra ou contrária que se defenda.

Amanda tem o mérito da sinceridade ao afirmar abertamente que, Sim! Há a intenção de eliminar a família (tradicional) enquanto instituição social, invés de partir para uma estratégia dissimulada que finge se preocupar com outras coisas para disfarçar esse objetivo crucial.

Eu prefiro assim, por elevar o nível da discussão, até porque existem argumentos interessantes pelo fim da família, capazes de, quando bem examinados, convencer muita gente boa. (Me convenceram outrora.) E a crítica a eles exige um aprofundamento de temas cruciais que expandem a compreensão. Por exemplo, a família em questão sequer é verdadeiramene tradicional num sentido histórico, e a família medieval europeia era imensamente mais inclusiva que a atual.

O ponto crucial da fala se dá a partir dos 14:14, mas o vídeo todo (que é apenas parte de um evento de quase duas horas) é interessante para esclarecer como funciona essa linha de pensamento, à qual já concordei em parte, mas que hoje sou capaz de apontar onde falham exatamente. Mas ainda melhor é ver o evento inteiro, que se chama "FAMÍLIA, RELIGIÃO E POLÍTICA" que além de Amanda Palha conta com o pastor evangélico Henrique Vieira, que demonstra de forma cristalina como é possível conciliar o "evangelismo" com a pauta LGBT, leia-se 'O Feminismo', e a cientista política Flávia Biroli, que faz uma introdução magistral contextualizando a sócio política atual e, juro que o vejo pela primeira vez, dialogando efetivamente com todos os setores sociais numa leitura clara, honesta e facilmente inteligível para qualquer pessoa. (Diferente da apresentação de Amanda que exige um conhecimento maior de temas específicos da doutrina.)

Finalmente alguém pontua francamente como a pauta feminista se deu num contexto liberal ocidental concomitante a um neoliberalismo, e como funcionou a reação social atrelada ao desgaste das reformas econômicas deletérias, e como tais coisas se relacionam e como são ocultadas. A única falta é a não admissão aberta de que o Feminismo também possui um suporte elitista financeiro das mesmas plutocracias e órgãos que são brevemente denunciados em alguns momentos.

Voltando a Amanda, ela mostra não só a essência do movimento feminista em sua abordagem consciente, mas também nas inconsistências aparentemente inconscientes, e é nesse ponto que é fácil, tanto para ativistas feministas quanto antifeministas, discordarem dela. Como pontua muito bem o pastor, é questionável a viabilidade da assumir abertamente essa pauta, pela incapacidade de dialogar com a população (e os participantes tem uma noção da importância da pauta econômica para a classe trabalhadora rara de se ver nessa esquerda pós moderna). Amanda não parece ser capaz de perceber que esse objetivo claríssimo do Feminismo de destruir a instituição familiar não foi ocultado por acaso. A verdade é que assumir isso abertamente isolaria o movimento num nicho impotente, mas disfarçá-lo e trabalhar deliberademente de forma mascarada tem levado a sistemáticas e incontestáveis vitórias que só não são notadas por quem já quer uma "revolução cultural" no mundo pra ontem.

O mesmo entende Flávia, que aliás parece consciente de tudo! Está ciente até da importância do movimento "Com Mis Hijos No te metas" O que temos então é uma contraposição entre quem defende uma postura franca e aberta, que mostra haver notória hipocrisia na abordagem disfarçada dominante, e quem defende, tentando "dourar a pílula", essa abordagem dissimulada como a única viável.

O ponto mais genial na fala da doutora Flávia é quando ela termina misturando, intencionalmente ou não, a ataque liberal a segurança material dos trabalhadores com uma pauta antifeminista, o que é essencialmente falso, pelo contrário, mas dentro da estratégia de dissimulação não só é crucial dizer isso como maravilhosamente oportuno. E é daí que tiro a conclusão mais importante de todas.

Nada poderia ser melhor para o Feminismo do que a eleição de Bolsonaro, pois isso o coloca agora onde pode melhor se fortalecer e consolidar. Antes, era apenas um movimento contra as tradições populares, defendendo pautas de minorias que não interessavam a imensa maioria da população, que estava relativamente bem surfando num maré econômica favorável e ignorando feliz os processos que corroíam suas bases econômica e cultural. Mas agora, com o ataque perverso e brutal que deu um pequeno passo inicial no segundo Governo Dilma, deu um salto colossal no Governo Temer e agora está em pleno vôo no Governo Bolsonaro, o Feminismo pode recuar, se aproximar melhor dos movimentos de base e falar abertamente naquilo que interessa a todos, contando com o fato de que o povo brasileiro não é aquele monstro "machista / racista / homofóbico / transfóbico" cuja pecha sempre aplicou. A própria Amanda, apesar de defender uma sinceridade impopular, apontou que o momento é de priorizar as pautas econômicas da maioria.

Cedo ou tarde, essa perna Direita do Globalismo que está pisando nos sonhos e esperanças concretas do povo será levantada, e aí o Feminismo capitalizará o mérito de ter se posicionado do lado certo, de ter se juntado à resistência, de ter enfrentado o projeto de destruição psicótica do governo atual. E isso, veja só, ao mesmo tempo que já colhe benefícios pelo simples fato do mesmo governo NADA ter feito para efetivamente enfraquecê-lo, pelo contrário.

Então virá de novo a perna Esquerda do mesmo Globalismo, e então toda a mísera consciência dos problemas concretos que o Feminismo demonstra hoje desaparecerá, e ele terá o dobro da força para fazer exatamente aquilo que sempre fez para que o povo o rejeitasse ao ponto de elegar a pior desgraça que já pisou no Planalto, e daí reiniciar o ciclo.

Não há perspectiva de ruptura. Qualquer projeto de efetiva resistência popular que defenda integralmente os interesses de quase todos será considerada "fascista" pela esquerda e "comunista" pela direita, e aqueles poucos que efetivamente conhecem essa realidade, estão no topo, ou em defesa retardada do mesmo pensando que estejam fazendo o contrário, no caso os liberais econômicos; ou estão na base, no caso o que resta do nacionalismo, do socialismo de base, ou do conservadorismo popular, ou no tradicionalismo orgânico, brigando entre si e sem qualquer força concreta para ameaçar o sistema.

Resta então ao menos extrair algum bem estar ao ver um debate tão sincero, lúcido e interessante como este (Aqui, na íntegra), ainda mais agradável a quem discorda integralmente dos fundamentos dos participantes, justo por vê-los tão claramente expostos.

18 de Janeiro

Pessoal tinha que parar com essa palhaçada de dizer que na elite bilionária temos tantos "homens" que detém grandes fortunas, que uns poucos "homens" acumulam o equivalente ao que possuem outros bilhões de pobres, que há poucas, ou não há uma única "mulher" entre eles, etc.

FALSO!!!

Uma fortuna qualquer não pertece ao homem em si, mas a sua família, dentro da qual ele é justo o menor dos beneficiários, visto que em nenhum país minimamente desenvolvido existe possibilidade do marido tomar a fortuna pra si sem seus familiares também usufruírem dela sem sequer ter tido que fazer algo para obtê-la. As esposas, na maioria das vezes, são as que mais gastam o dinheiro que o marido acumulou, quer seja para seus luxos pessoais, quer seja em atividades filantrópicas que famílias riquíssimas costumam administrar. Podem até se divorciar e arrancar mais da metade de tudo aquilo que o marido acumulou, e os filhos herdarão uma fortuna que pode ser multiplicada de modo incomensuravelmente mais fácil do que a pífia herança de uma pessoa de classe média, graças a todo um sistema de paraísos fiscais, mercado financeiros, administradores de investimentos e empréstimos usurários que existem exatamente para que os ultra ricos possam dobrar suas fortunas sem precisar trabalhar.

Como diz Warren Farrell, é enganoso focar em quem ganha o dinheiro, mais revelador é focar em quem o gasta, ou em quem ele é gasto. E fazer recortes de gênero fraudulentos é escamotear que o verdadeiro poder sócio econômico sempre esteve embrenhado com os laços de sangue. É pelo sangue que príncipes herdam reinos e nobres transmitem seus legados.

Aliás, uma evidência estelar de que comparar relações de gênero com relações de classe é uma fraude. Se um rei morre e não tem um herdeiro masculino, o poder não é passado para um outro homem qualquer, e sim para a mulher, pois a família vem em primeiro lugar. Da mesma forma, as fortunas dos bilionários não são transmitidas e usufruídas apenas pelos homens.

Não é a toa que são esses mesmos bilionários que financiam a pauta feminista, pois com ela corroem laços familiares nas classes mais baixas, minando o fundamento de todo o poder, que é a coesão familiar, enquanto nas elites deles as estruturas familiares permanecem incomensuravelmente mais intactas, e vão se acumulando com o passar das gerações em dinastias cada vez mais poderosas.

É preciso sim combater o acúmulo desmedido de riqueza na elite ultra rica, na maioria das vezes obtidas sem mérito algum, mas não se pode fazer isso falsificando os fatos e perdendo de vista que o problema está menos em quem publicamente obteve essa riqueza, que ao menos é conhecido, e mais em que a herda e a multiplica fora dos holofotes.

17 de Janeiro

O MANUSCRITO 512

Me é vergonhoso ter que admitir isso, mas até alguns meses atrás eu nunca tinha ouvido falar que o Brasil tem o seu próprio Eldorado, uma lenda 100% nacional sobre uma civilização perdida tal qual a dos Incas venusianos peruanos ou Tiwanaku na Bolívia. Me foi necessário conhecer o filme hollywoodiano “A Cidade Perdida de Z” (2017), de James Gray, com Charlie Hunnam e Robert Patinson, para que eu tomasse conhecimento da existência do explorador britânico Percy Fawcett, que perambulou pelas selvas brasileiras no início do Século XX em busca do que acreditava ser os vestígios de uma civilização pré-colombiana provavelmente localizada no estado do Mato Grosso.

Fawcett perseguiu esse sonho, que foi bastante popular entre arqueólogos europeus da época, até desaparecer misteriosamente em plena expedição em 1925 juntamente com seu filho, e as circunstâncias desse desaparecimento só fazem aumentar a desconfiança de que índios estariam guardando um segredo sagrado no coração do Brasil.

O filme merece ser visto, e ainda que a retratação não seja da mais fiel, a única reclamação que faço é com relação ao filtro verde usado na fotografia, dando a aparência de uma “Matrix”! Detesto essa mania de aplicarem filtros em filmes cujo forte são justamente os cenários naturais, como a versão nova de Point Break (2015), aqui conhecido como “Caçadores de Emoção”, que arruína todas as belezas mostradas com um maldito filtro azul!

Mas nem é para a lenda da Cidade Perdida de Z que quero chamar atenção, e sim para algo, também citado no filme, ainda mais incrível: o Documento, ou Manuscrito, 512 es.wikipedia.org/wiki/Manuscrito_512

Essa relíquia do século XVIII descreve uma suposta descoberta feita em 1753 por uma expedição bandeirante, que teria conhecido as ruínas de uma monumental cidade localizada no interior da Bahia. As fotocópias podem ser vistas em aqui em PDF , bem difíceis de ler devido a grafia e ao português arcaico. Trechos e uma análise do manuscrito podem ser lidos em O MANUSCRITO 512: A CIDADE PERDIDA DA BAHIA. Convertido em texto digital pode ser visto em Manuscrito 512 na íntegra

O simples relato já é impressionante, tendo até uma verve poética, e não é exagero considerar tal Cidade Perdida como a “Atlântida brasileira”!

E aí vem a triste constatação. Algo assim em certos países já teria motivado uns 10 filmes cinematográficos, 20 produções de TV, 30 games, 40 livros e 50 histórias em quadrinhos! E aqui, é preciso os americanos virem fazer um filme! Até o verbete da Wikipedia em espanhol é muito mais completo e aprofundado que o verbete em português!

Embora já haja algum material na internet sobre o assunto, e que esse documento seja sim relativamente conhecido entre estudiosos, o fato é que os ficcionistas brasileiros que melhor poderiam popularizar o tema continuam o ignorando completamente. Não localizei um único ficcionista de temas correlatos que sequer já tenha tocado no assunto, cuja aura de mistério permitiria mil e uma abordagens nos campos da aventura, fantasia, ficção científica ou terror.

Enquanto isso, temos todos os anos nos nossos cinemas produções explorando pela milésima vez comédias insossas, favela e crime.

Se a produção literária no Brasil, especialmente a ficcional, tem sido pouco profícua, pode ser por falta de interesse, criatividade, disposição, investimento ou que que quer que seja.

Mas por falta de assunto é que não é!

16 de Janeiro

Anticomunistas costumam afirmar que se a apologia do Nazismo, que matou tantos milhões, é proibida por lei, então a apologia do Socialismo / Comunismo, que teria matado muitíssimo mais, também deveria sê-lo.

Então vamos explicar porque, independente do que se pense a respeito de cada um desses sistemas, isso não faz o menor sentido, mesmo que consideremos as mortes em questão.

Ocorre que o Nazismo só prosperou e chegou ao poder efetivamente na Alemanha (na época 3,5% da população mundial), deflagrou a maior guerra da história da humanidade trazendo prejuízos massivos e inquestionáveis para inúmeros outros países, e O MAIS IMPORTANTE, foi depois repudiado pelo próprio povo alemão, e tornado proibido por eles próprios. Se de forma lúcida e sincera, ou velada e hipócrita, não vem ao caso. O fato é que o tema é tabu por lá.

Socialismo, por outro lado foi oficialmente instituído num total de 20 a 50 países dependendo do tipo específico, abrangendo cerca de metade da humanidade, e mesmo nos países onde foi posteriormente revogado, não foi amplamente repudiado e muito menos proibido. E no caso mais emblemático de todos, dos países que formaram a URSS, a maioria da população lamenta seu fim, declara ter saudades dele e considera a dissolução da super potência soviética uma tragédia.

Além disso, o Nazismo possui em sua essência uma feroz verve antijudaica e anticomunista que já previa hostilidades contra tais grupos, e muitos outros, desde antes de assumir o poder, ainda que se possa dizer que não necessariamente seriam letais. O primeiros campos de concentração nazistas foram criados para prender, e "reeducar", comunistas! Assim, muitas das mazelas promovidas pelo Nazismo não foram acidentais, mas resultantes de um projeto ideológico deliberado. Nada similar existe no Socialismo, que não possui qualquer tipo de direcionamento específico contra grupos sociais e étnicos, embora exista contra uma ínfima elite econômica, prevendo a subtração de suas propriedades privadas produtivas, o que na maioria dos casos nem sequer colocou sua sobrevivência em risco.

Portanto, as situações são absolutamente diferentes. Num caso temos um movimento político ideológico local breve, cujos resultados desastrosos foram inegavelmente assumidos pelo seu próprio povo, que terminou o repudiando voluntariamente. No outro, a não ser na cabeça de anticomunistas, nada há disso. Pelo contrário! Trata-se de vastíssimo fenômeno que se dá no mundo inteiro há mais de um século! As principais tragédias se deram em guerras civis, e não ataques contra outros países, e independente de serem verazes ou não os estupendos números de "mortos pelo comunismo", que vivem sendo aumentados sem qualquer critério, o fato é que os próprios países em que ele se deu jamais o rejeitaram em qualquer escala notável.

Achar que existe alguma equivalência entre essas situações é algo digno de quem acha que ter 'Socialismo' no nome magicamente muda o fato de que a Alemanha Nazista não só preservou a propriedade privada dos meios de produção da elite de seu país como ainda promoveu massivas privatizações.

Se bem que essa mentalidade, digna de bolsonaros, é do tipo que acha que ter 'messias' no nome transforma um político palerma numa divindade mitológica salvadora.

15 de Janeiro

Após meu post sobre o fascinante quadridecágono, o Artur Viajante introduziu uma discussão sobre os poliedros regulares que é interessante demais para ficar escondida em respostas a um comentário.

O 5 Sólidos Platônicos, ou Perfeitos, ou Cinco Poliedros Regulares, são as únicas formas geométricas tridimensionais formadas por faces regulares idênticas entre si em ângulos internos também totalmente idênticos. Figura 1. Porém, diferente dos polígonos regulares que são infinitos, por que temos somente cinco poliedros? (Três deles de faces triangulares equiláteras, um de faces quadradas, outro de faces pentagonais.) Não deveriam ser também infinitos?

Não, são apenas esse cinco, pela ordem: tetraedro, octaedro, icosaedro, hexaedro (cubo) e dodecaedro. Formas que foram atribuídas pelos antigos aos elementos naturais, como descrevo em Filosofia Elemental.

Evidentemente, isso mostra que o espaço tridimensional demanda muito mais complexidade e implica em maiores limitações. No entanto, como o Artur, e muitos outros perguntam, podemos considerar a esfera como o sexto poliedro regular? Uma questão clássica, mas que Artur colocou de um modo interessante, pois afinal sobre a esfera "Observando atentamente, ela tem todos os pontos da superfície absolutamente equidistantes ao centro, como acontece com a circunferência. Até que ponto, é possível analisar em computador gráfico, se ela não poderá ser constituída por um determinado número de hexágonos regulares... Portanto - pergunto-lhe - se poderá existir a eventualidade da esfera poder ser um poliedro regular, com um determinado número limite de faces iguais, por exemplo hexágonos regulares... Provavelmente, se a esfera hipoteticamente for um poliedro regular, terá milhares de faces..."

Daí desmembra-se questão mais profunda. Em primeiro lugar, literalmente, não. Não pode a esfera ser assim considerada, pois o termo 'poliedro' significa "muitas faces", e a esfera, geometricamente falando, possui uma única face, a externa. E caso a consideremos como uma composição de inúmeras faces microscópicas, decorre que é impossíel construir uma de forma regular. A forma mais promissora é uma extensão de um famoso icosidodecaedro (ou icosaedro truncado), um belo mas irregular polígono de 32 faces, sendo 20 hegaxonais e 12 pentagonais, muito conhecido por ser a armação básica mais conhecida para bolas de futebol, como se vê na figura 2. Então, multiplicando o número de faces, teríamos uma exemplo de uma esfera como a proposta por Artur, como se vê na figura 3.

Assim, ela não poderia ser uma poliedro regular. Tão pouco se for usada uma forma geodésica, como na figura 4, onde basicamente se acrescentam vértices nos centros de cada pentágono e hexágono.

E lembrando novamente, se consideramos a esfera como de infinitos vértices e lados, ela não satisfaz e conceito de poliedro por ou ter apenas um único lado curvo, ou ser constituídos de infinitos lados de forma indescritível.

Mas dito isso, aí vem a questão realmente interessante. Ocorre que na realidade, o conceito de esfera é teórico. Conforme matematicamente descrito, não existe esfera alguma na natureza. Pois se descermos o suficiente no mundo microscópico, todas as estruturas físicas terminarão se baseando em formato políedricos, e SIM, existem poliedros regulares a nível molecular! Embora a maioria das moléculas se organizem na forma de poliedros irregulares ou mesmo estruturas planas, como por exemplo os compostos orgânicos onde predominam estruturas hexagonais.

Literalmente falando, esferas não existem! Por isso também é impreciso dizer que a Terra é uma esfera, o mais correto seria dizer que é um esferóide irregular, visto que o chulo termo "redonda" é inaceitável, pois até terraplanistas dizem que a terra é redonda. Mais vale dizer que é um "bola". Portanto, algum motivo cósmico insondável determina que só possam existir 5 poliedros regulares, mas se consideramos sólidos perfeitos, porém, pode-se incluir a esfera para chegarmos a 6, e se o desespero para chegar a 7 for muito grande, o único jeito é considerar o ponto, que literalmente seria um "sólido" de um único vértice mas com 0 faces e 0 lados.

12 de Janeiro - 14:34

No trabalho, pessoas sendo substituídas por máquinas;
Na família, pessoas sendo substituídas por animais.

12 de Janeiro - 11:55

Há algum tempo me peguei deslumbrado por uma fascinante "descoberta" geométrica, essa indefinível transição entre heptágono e "qadridecágono" ao qual eu nunca tinha visto antes, apesar de sempre ter sido um entusiasta de geometria. Lembro de tê-la visto na arte da embalagem de algum videogame, mas perdi a referência inicial.

Pus-me a reproduzi-la surpreso com a dificuldade em conectar diagonais de vértices espelhados num ciclo fechado confuso. Na verdade, pode-se partir dos 7 pontos de um heptágono, porém dividí-los em pares, próximos entre si ao ponto de não configurar um polígono regular de 14 vértices, e então sair os traçando por um critério que embora eu tenha conseguido, tenho dificuldade de resumir. (Veja as últimas figuras, por exemplo.)

Por um momento, foi como me sintonizar com os mistérios do Universo. A descoberta dessa belíssima forma me fez relembrar a época em que descobri os fascinantes 5 poliedros regulares, ainda na adolescência. Fiquei várias horas brincando com essa forma, só possível de ser feita em polígonos de número ímpar de lados, mas que fica menos atraente em pentágonos ou eneágonos.

Coisas assim que me fazem ter certeza de que na antiguidade eu seria, se o pudesse, um pitagórico, talvez um platônico. Na Idade Média provavelmente um teólogo natural, na Moderna, seguramente membro de alguma guilda artesã hermética, ou se a condição me permitisse, um iniciado em mistérios esotéricos e alquímicos, ou um transeunte, tal qual Kepler, da Astrologia para a Astronomia, obcecado em associar formas perfeitas à um universo imperfeito.

Um estudante das 7 Arte Liberais, o Trivium e o Quadrivium.



10 de Janeiro

Em 12 de Novembro de 2001, exatos dois meses após os atentados de 11 de Setembro, um avião de carreira caiu na mesma Nova York matando os 260 passageiros e tripulantes, e atingindo outras seis que estavam em terra. Como a percepção de tempo após a fatídica data ficou alterada em muitas pessoas, alguns nem tinham "saído" do momento dos atentados, e não houve quem não pensasse que a tragédia fosse continuidade de atos terroristas apesar da totalidade das autoridades envolvidas o ter negado.

Apesar de enormes diferenças, é a situação que temos de mais próxima ao ocorrido agora entre EUA e Irã, visto que após eventos com potencial de gerar uma guerra, um misterioso acidente aéreo ocorre no pior momento possível, inevitavelmente levantando toda sorte de suspeitas.

Que o próprio Irã o tivesse feito intencionalmente é uma ideia estapafúrdia demais para ser levantada até mesmo pelo orgão máximo da mentira e falsificação mundial conhecido como CIA, por isso, a versão oficial dos EUA e OTAN é que o Irã o fez acidentalmente, matando 176 civis que absolutamente nada tem a ver com o conflto, dos quais mais da metade eram iranianos (incluindo os muitos canadenses que em sua maioria tinham dupla cidadania iraniana). Nenhum americano entre as vítimas.

Seria verdadeiramente bizarro que um sistema de defesa anti aéreo qualquer iria atingir um avião desses em baixa altitude tendo acabado de decolar seguindo todas as formalidades do tráfego aéreo. Não faz o menor sentido nem mesmo como uma pane. Defesa anti aérea é projetada para especificamente atingir aeronaves pequenas, como caças ou helicópteros, ou se grandes, a distâncias muito maiores, como grandes bombardeios. Duvido que já tenha havido caso similar em toda história. E até difícil fornecer uma analogia, mas arriscando, é como se um segurança de um banco fortemente vigiado temendo quadrilhas bem organizadas de assaltantes, de repente decidisse atirar num funcionário que estivesse saindo pela porta da frente ao fim de seu expediente!

Me faz pensar que se houve mesmo o disparo de um míssil (pois as imagens mostradas não deixam nada claro), foi de um lançador portátil, possivelmente manual e independente. Até porque uma ativação acidental de um sistema antiaéro dificilmente lançaria um único míssil, provavelmente acionando vários mísseis e metralhadoras. Sem contar o fato de que a mais importante informação, se há bases militares locais capazes de disparar tais mísseis, ou se havia viaturas móveis no local, não parece ter sido sequer levantada pela mídia.

Com isso, é estranha a pressa com que EUA, Inglaterra e Canadá foram a público para fazer tal afirmação com tamanha certeza baseado em seus serviços de inteligência. Chega a lembrar a instantânea eficiência em denunciar os ataques à populações civis sírias com gás sarin que teriam sido cometidas pelo governo Assad, sem qualquer racionalidade, contra seus proprios civis! Como já comentei em 11 de Abril de 2017

Se isso fosse, por exemplo, uma das regulares operações de sabotagem pérfidas da CIA, aí tudo faria sentido, tanto o método de abater a aeronave, a motivação, os pronunciamentos quase instantâneos de fontes "anônimas" do Pentágono, e demais características confusas e desnorteantes que são sempre úteis para causar desgastes, medo e paranóias típicas de guerra híbrida. No caso, criar o cenário de que o governo iraniano não é capaz de proteger sua própria população nem de si mesmo.

Por isso Irã não pode, realmente, abrir as investigações para qualquer agente externo, pois se sem ter tido sequer acesso as caixas pretas os EUA já apresentam essas "certezas", imagine se o tivessem! Pouco importa que peritos de toda sorte negassem qualquer evidência nesse sentido, ainda teríamos a totalidade da grande mídia ocidental repercutindo a versão das fontes "anônimas" do pentágono, assim como repercutiram as "certezas" de que o Iraque tinha armas de destruição em massa e ligações com a Al Qaeda, hoje mentiras confessas. Bem como as certezas de que Assad havia usado armas químicas contra seu próprios civis, crianças inclusas, mesmo com figuras militares norte americanas assumindo pública e abertamente que isso não fazia o menor sentido.

Na guerra a primeira vítima é a verdade, ou pior, a verdade é a maior vítima mesmo em tempos de "paz", antes e depois da guerra. Como o exemplo mais sórdido, crimes de guerra horrendos cometidos pelos EUA na guerra da Coréia, denunciados pelos próprios militares americanos, como genocídios deliberados, jamais foram punidos e sequer são lembrados pelos órgãos que fingem se preocupar com direitos humanos. A infame Unidade 731 japonesa na China, campo de concentração infinitamente mais cruel e infernal que Auschwitz, só veio a público graças a denúnicas soviéticas, pois os EUA pretendiam esconder as evidências em troca dos resultados das experiências ali realizadas.

E mesmo assim, PRATICAMENTE NINGUÉM SABE NADA DISSO!

É a verdade, sendo constantemente violentada, sufocada e reprimida em tempos de paz, quanto mais em tempos de guerra, com o apoio irrestrito de uma mídia, que todo mundo sabe ser mentirosa, que prefere inventar bizarrices contra a RPDC, a Síria, o Irã e todos os demais países que resistem ao imperialismo estadunidense.

8 de Janeiro

Primeiro de uma série de vídeos sobre a série.

6 de Janeiro

"Tema de atualidade perene. E não se deve esquecer que os EUA se acham no direito de agir dentro do território iraquiano por ter invadido o país! Com "base" em duas mentiras posteriormente assumidas: de que o Iraque tinha ligações com Osama Bin Laden (um ex agente que a CIA utilizou para combater a URSS no Afeganistão); e que tinha armas de destruição em massa (do tipo que somente os próprios EUA até hoje efetivamente usaram em guerras).

A plutocracia globalista, que efetivamente manda nos EUA, não possui escrúpulo algum e nenhum senso de humanidade, não poupando sequer o próprio país, constantemente empurrado para conflitos que matam não apenas civis inocentes, mas os próprios soldados norte americanos, causam crises de refugiados, devastam economias e pisoteiam qualquer dignidade.

Ainda mais triste é ver o Brasil, outrora internacionalmente reconhecido pela sensatez e equilíbrio em sua política externa, sendo reduzido a capacho que se ajoelha ao pés dessa plutocracia, com sacripantas energúmenos como Jair e Eduardo Bolsonaro, bem como Ernesto Araújo, ansiosos para se humilhar a todo o custo servindo a quem se recusa a lhe dar qualquer benefício em troca."


3 de Janeiro

Sacaneando 4 famdoms numa tacada só.


2 de Janeiro

Me lembro bem quando, ainda no milênio passado, a revista VEJA fez uma "reportagem / babação de ovo" sobre o CEO libano-franco-brasileiro CARLOS GHOSH, elogiando rasgadamente seu "choque de gestão" que revolucionava a administração empresarial no Japão.

Sem entrar no mérito dos méritos executivos do indivíduo em questão, não se pode negar, porém, que sua eficiência em cortar gastos e recuperar empresas, que o levou a ser presidente da Mitsubish, Nissan e Renault, é antes de tudo baseada na má e velha demissão em massa e precarização de condições de trabalho e salários de empregados, introduzindo no país do sol nascente o "maravilhoso" mundo da falta de segurança, garantia e futuro que antes eram intocáveis na mentalidade nipônica, onde o Capitalismo de Estado jamais de desvencilhara do Feudalismo.

(A Nissan produzia armamentos para o Exército Imperial Japonês há quase um século, e a Mitsubishi atual é filha da mesma Mitisubishi que construía navios e aviões militares na Segunda Guerra Mundial, incluindo o famoso Zero, perpassou a Era Meiji e remonta ao Shogun Tokugawa, que ordenou sua criação em 1857.)

Por mais arduamente que os japoneses trabalhassem, especialmente quando jovens, quase num ritmo de escravidão, ao menos tinham emprego vitalício garantido pela cultura empresarial digna de daimyos do shogunato, cuja tradição era de manter seus soldados. A demissão só era possibilidade se resultante de péssima conduta, que não raro culminava na saída honrosa do harakiri. Afora isso, o emprego, e a boa aposentadoria, eram certezas.

Carlos Ghosh foi um dos expoentes máximos da revisão dessa mentalidade, inovando com os métodos ocidentais onde a vida dos empregados é absolutamente desprezível perante os lucros do proprietários da empresa, o que teve consequências na economia japonesa, que enfraqueceu sua cultura empresarial vaga, mas presentemente paternalista, com tons pálidos mas notáveis de seguridade social, substituindo por um modelo mais liberal, internacionalista e pouco ou nada preocupado com a prosperidade e segurança geral do próprio país.

Se o Japão do Século XXI está aquém da potência que era no Século XX, para não dizer em franca decadência, os choques gerenciais estilo Carlos Ghosh seguramente tiveram papel relevante nisso.

Que esse tipo de abordagem executiva tipicamente sociopática termine se revelando também corrupta, não deveria ser surpresa. Aquele que a revista Forbes chamou de "o trabalhador mais assíduo na altamente competitiva indústria automobilística" caiu em desgraça acusado de crimes contra as empresas em que trabalhou, que já o puniram, bem como contra o Estado Japonês. Ele alega perseguição politica do governo, possível talvez, mas estranha devido a motivos insondáveis a não ser, quem sabe, uma preocupação geopolítica que não vê com bons olhos inovações ocidentais que quebram tradições arraigadas.

Mas se as acusações são válidas, talvez ele só esteja sendo consistente e aplicando ao seu próprio favor a mesma mentalidade que sempre aplicou em favor dos sócios majoritários que ao longo de décadas só faltaram coroá-lo como o orgulho da administração privada japonesa e francesa.

Sendo um dos CEOs mais invejados do mundo, com um currículo fabuloso em maximizar os lucros de elites transnacionais enquanto manda milhares de trabalhadores pro olho da rua, não deveria cometer erros primários ao lidar com a delicada situação em que se meteu, chegando ao ponto de ter que fugir do Japão driblando as autoridades e ser caçado e preso pela Interpol no Líbano, onde tentou se refugiar esta semana.

Ora, Ghosh, que nasceu no Brasil, deveria era vir pra cá e pedir asilo político. Quer suas alegações de perseguição sejam verazes ou não, seguramente Paulo Guedes deve ser seu fã, e mandando pedindo para Bolsonaro recebê-lo de braços abertos, provavelmente até lhe daria um ministério, talvez a presidência de nossas maiores estatais para mais um "choque de gestão". As demais opções seriam Líbano, que não sendo afinado com o nosso governo sionista, tem sua cota de desprezo, e França, contra a qual nosso presidente "está de mal".

No Brasil, Ghosh devastaria parques industriais inteiros, como já fez no Japão. Certa vez, fechando de uma só vez 5 fábricas e liquidando 21 mil empregos, conseguindo com isso acalmar os grandes acionistas. Paulo Guedes teria orgasmos!

Seria "a cara" do Governo Bolsonaro, a não ser pelo fato de que o cara realmente sabe o que faz, não brinca em serviço, e provavelmente teria mais o que fazer do que posar ao lado de um bando de incompetentes.

1 de Janeiro

Soylent Green!

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