O que é ABORTISMO?

Ora, o Aborto é um tema que divide ânimos e é possível, mesmo entre as pessoas que o defendem, uma vasta gama de opiniões. Alguém pode achar o mesmo defensável em tais ou quais condições, como as previstas em nossa legislação, ou algumas adicionais. Quase todo mundo é favorável a ao menos uma possibilidade, como por exemplo a que envolve risco de vida para a mãe.

É possível também discordar em que ponto da gravidez o mesmo é permissível ou não, levando em conta condições sensoriais, atividade cerebral, cardíaca, capacidade de sobrevivência extra uterina ou outras possibilidade que podem delimitá-lo em praticamente qualquer estágio da gestação.

Bem como pode-se fazer considerações distintas sobre suas razões individuais ou sociais, já tendo sido feitas justificações de cunho demográfico, de saúde, segurança pública, ou meramente de autonomia pessoal. Assim como, do contrário, pode-se alegar razões éticas, religiosas, psicológicas ou de segurança para rejeitá-lo.

O termo ABORTISMO então é usado quando o que se tem não é uma divergência de opiniões que pode surgir espontaneamente de pontos de vista pessoais, mas sim um Conceito PADRONIZADO, CENTRALIZADO e RÍGIDO que emana de Uma Única Fonte de Autoridade Ideológica, no caso a PLANNED PARENTHOOD, que não admite nenhum tipo de variação, operada por uma rede organizada de ONGs de esquerda porém financiadas por grupos econômicos com sede nos EUA com verbas de bilhões de dólares ao ano. Assim, o ISMO se refere a uma doutrina que é bastante específica.

O Abortismo prega o "Direito Irrestrito ao Aborto Incondicional, sem a necessidade de nenhum tipo de justificativa além da mera volição pessoal da mãe, a ser realizado de forma inteiramente gratuita pelo sistema público de saúde até o prazo de 12 semanas de gestação."

Em suma, muitas pessoas podem ser a favor do aborto sem serem abortistas nesse sentido ideológico. Ainda que suas opiniões se interseccionem. O Abortismo então está além da maior parte das opiniões populares, e aquém de opiniões ainda mais extremas, sendo perfeitamente coerente.

Na quase totalidade das vezes, um abortista não é alguém que chegou a uma conclusão por si próprio ou está emitindo uma opinião pessoal. E sim alguém que foi doutrinado por uma ideologia específica, com uma visão de mundo previamente estruturada e com objetivos que quase sempre são por completo desconhecidos pelos que o defendem.

Decidi criar para mim mesmo um Mito Pessoal, referente ao momento em que deixei uma verve revolucionária para uma progressista.

Na adolescência, li um livrinho não sei exatamente de quem, quase um panfleto, bastante anticomunista que se chamava "Por que não sou um revolucionário". Que apesar de uma enorme discordância me convenceu que as coisas não melhoram bruscamente. Todo aperfeiçoamento é lento. Movimentos bruscos só tendem a destruir. Isso, somado a uma influência espírita e algumas intuições que já vinha tendo há algum tempo consolidaram essa idéia de que um mundo melhor só pode ser obtido com muita paciência, luta constante e muito amor.

Também, na mesma época, comecei a me barbear. Tardiamente, pois tenho genética índia, e minha barba é rala. E como todo bom neófito, me cortei algumas vezes. Inclusive descobri que o sangue dá um bom "creme" de barbear! É serio! Fiz a barba usando sangue uma vez!

Então, aqui vai o mito. Que evidentemente não aconteceu, mas poderia ter acontecido.

"Estava me barbeado e me cortei, e continuei me barbeando vendo o sangue escorrendo até me livrar da aparência de Che Guevara. E com aquele fluido vermelho todo, me olhei no espelho e disse para mim mesmo: Pensando bem, esse negócio de mudar o mundo pelo derramamento de sangue não parece uma boa idéia."

Por que preciso ter paciência com os meus amigos liberais?

Porque não é fácil desmantelar a incrível teia de ilusão de quem mergulhou em mais essa versão do Complexo de Paraíso Perdido tão bucólica quanto o mito do éden, do matriarcado ancestral igualitário ou o comunismo primitivo utópico, que iam maravilhosamente bem antes do malvado Estado surgir, que fosse na figura de autoridades tribais, patriarcado opressor ou aristocracias exploradoras.

Mas vamos lá. Por que não existe uma flagrante e violenta Luta de Classes tal como previu o Marxismo?

Porque entre os interesses inconciliáveis dos trabalhadores e das elites econômicas, existe uma coisinha chamada ESTADO, que faz a mediação. E ele que define que greves são legais ou não, que leis trabalhistas devem ser cumpridas, que margens de lucros são permitidas ou não, quanto de imposto cada um deve pagar etc.

Sem ele, o que teríamos seriam os interesses imoderados crescendo em franca oposição, e o resultado praticamente inevitável é que a classe trabalhadora perca a paciência e devaste tudo numa revolução de massas, que depois jogará a sociedade num longo ciclo de crise.

Nesse sentido, em termos econômicos, sociais e políticos, tudo pode ser resumido em apena uma única pergunta: Quem vai controlar, e a quem servirá, o Estado?

O que tem realmente mudado ao longo da história, em maior ou menor grau, é isso. Quando o Estado se volta exclusivamente aos interesses dos trabalhadores, chamamos comunismo de fato, e o resultado inevitável é empobrecimento. Quando o Estado se volta exclusivamente aos interesses das elites econômicas, chamamos liberalismo, e o resultado é um achatamento da qualidade de vida dos trabalhadores até que suas exigências se tornem impossíveis de negligenciar.

E o resto é a situação normal, onde o Estado fica tentando agradar um ou outro, alternadamente. E quando uma força ideológica toma o Estado e aplica com um certo critério essa dinâmica, atendendo tanto as demandas trabalhistas quanto as empresariais, quase sempre é o que chamamos de Nacionalismo Desenvolvimentista. O que desagrada à esquerda radical comunista, e as elites econômicas mais liberais.

Foi isso o que sempre tivemos no Brasil em termos de progresso. Desde Dom Pedro II, passando por Getúlio Vargas, Juscelino Kubistchek, Ditadura de 64 e Lula. Estatismo!

E não é tão diferente nos outros países. Ao menos nos grandes.

Quem quiser uma experiência legítima de Não-Estado, eu recomendo o Suriname, que é aqui pertinho, ou caso não queira ter que aprender outro idioma, a Guiné-Bissau.

Previsivelmente, com a aproximação das eleições o nível nas redes sociais e na web em geral vai degenerar para níveis grotescos. Dentre isso temos que "liberais" / libertários e os reacionários neocons só irão intensificar uma de suas patifarias favoritas, igualar a Esquerda ao Nazismo. Por isso vou começar a lançar ocasionalmente algumas evidências de porque essa desonestidade não merece respeito. Ideologias Nazistas, Fascistas, Integralistas e Nacionalistas em geral tem afinidades com a Esquerda, mas estão muitíssimo mais próximas do que consideramos Direita.

Com a palavra alguém que eu nem sei quem é, mas que fala muito bem e expõe isso de forma magistral. Líder de grupo de skinheads fala sobre o movimento

Já escrevi sobre isso em Comunismo X Nazismo , e já recomendei que estudem a Frente Integralista Brasileira.

Nacionalismo não é a rigor nem a Esquerda nem a Direita que estamos acostumados. Economicamente é antiliberal e estatista, culturalmente é conservador, e socialmente é trabalhista e classista. Mas qualquer um que se dê ao trabalho de examinar o nacionalismo brasileiro, Integralismo incluso, vai ter dificuldade para ver qualquer diferença do discurso anticomunista que tem se popularizado no Brasil.

Para quem não aguenta mais a estupidez religiosa dos Pró-Vida e a perversidade hipócrita do Abortismo...

Se alguém tem chance de lançar alguma luz sobre o assunto, só podem ser aqueles que tem opiniões por si próprios, e não por pressão de dogmas de fé e nem por fraudes financiadas por plutocracias transnacionais bilionárias.

Em algum seriado americano lembro de ter visto numa cena uma mulher chegando para um homem e dizendo: Precisamos conversar. E o narrador em off disse: Nunca em toda história da humanidade uma conversa agradável seguiu-se a essa frase!

É claro que precisamos conversar. Evidente que é necessário ter diálogo, mas como tudo o mais nesse Horizonte Existencial, isso também não resiste ao exagero. As palavras nem sempre são a solução, porque não podem traduzir tudo o que sentimos. Nossas emoções são profundas demais para serem trazidas à tona e expressas verbalmente.

Além do fato de que é muito mais sensato começar um diálogo sem gerar logo de início uma expectativa desagradável, está o fato de que muitas vezes sequer é sensato dialogar. Por isso quando alguém está em sofrimento, embora possa querer falar, se não o quiser, não deve ser forçada a isso. Temos uma misteriosa habilidade empática que nos permite de algum modo distribuir sentimentos, e por isso às vezes aquele peso que está nos machucando é aliviado quando alguém, sem dizer nada, apenas nos acompanha e ajuda silenciosamente a carregar o fardo.

É por isso que "Um Minuto de Silêncio" muitas vezes faz muito mais do que inúmeras palavras jamais poderiam, pois naquele momento é como se todos os silenciosos participantes se unissem e dividissem o peso. Peso que provavelmente só aumentaria com palavras e mais palavras incapazes de transportar sequer uma grama aquilo que por vezes um simples olhar ou um toque carregam aos quilos.

Era uma vez duas divindades. Uma benigna, que promovia imensa felicidade nos mortais. Outra maligna, que promovia imenso sofrimento. E as duas tinham o mesmo poder, disparar um raio que ao atingir alguém o fazia se apaixonar intensamente por quem estivesse à sua frente. A diferença é que a divindade benevolente sempre disparava nas duas partes que estavam frente à frente, e a malévola disparava apenas em uma.

Os panacas que insistem em querer levar a sério essa estupidez podem até se contentar em odiar o próprio país, e a si próprios, e pregar baderna e violência como se fosse algo capaz de trazer algum progresso, visto serem incapazes de fazer aquilo que realmente contribui para o progresso: trabalhar e estudar honestamente!

Mas ao menos, para sua própria segurança, poderiam parar de fingir que essa palhaçada terá uma adesão em massa. Já estamos acostumados a ver que eventos marcados pelo Facebook costumam ter de cem a mil vezes menos participantes do que os confirmados. Haja visto os 300 do rolezinho que compareceram entre 6 mil confirmados, ou as 8 do toplezaço que comparecerem entre as 8 mil confirmadas. Supondo que tenham prestado atenção nas aulas de matemática do primário, contabilizem quanto ingressos já foram vendidos para a copa e tenham uma idéia, MÍNIMA, do quanto os brasileiros que apoiam o evento superam em milhares de vezes os que pensam em sabotar o evento.

Que são autoritários e antidemocráticos é algo a se conformar. Mas pelo menos da burrice podiam procurar se livrar.

Há cerca de uma década, enquanto caminhava na rua de posse de um daqueles telefones celulares cambrianos que hoje ninguém teria coragem de mostrar, recebi uma chamada um amigo que ligava diretamente do Japão. Em algum momento me dei conta: "CARAMBA! Estou andando na rua falando com alguém que está do outro lado do planeta!"

Ao longo da história uns 100 bilhões de humanos se foram sem jamais ter tal oportunidade, incluindo reis, imperadores e mesmo grandes bilionários que morreram há não muito tempo. Quanto será que muitos deles estariam dispostos a pagar para avançar para o futuro e conhecer as maravilhas que hoje consideramos banais? O quanto antigos visionários ficariam absolutamente arrebatados se vislumbrassem algo que para nós é trivial?

É por isso que me incomoda que muitos pareçam não ter a capacidade de se maravilhar com coisas cotidianas. E por isso não consigo achar telefone celular uma coisa cara, visto ser uma façanha tecnológica inimaginável para a maioria das pessoas que já existiram, e invejável para os poucos que puderam antevê-lo. Pago mais de R$ 200,00 por mês fixos de conta de celular, mas nunca me preocupo com créditos ou limite de acesso. Empresto meu telefone para qualquer um que precise sem me preocupar sequer se a ligação será interurbana, e viajo para qualquer lugar sem me preocupar com taxas adicionais. Pago sempre a mesma coisa.

E não sou do tipo que "pendura ao telefone", qualquer um que me conheça sabe que falo praticamente só o necessário, ligo poucas vezes e raramente minha linha está ocupada. Não costumo gastar muito mais que 5 minutos de conversa por dia! Quem quer que me ligue, se não conseguir falar comigo de imediato, receberá minha ligação de volta minutos depois. Para uma fala mais demorada, só se a pessoa estiver em outra cidade ou país. Pois se um conhecido local me ligar e quiser conversar mais longamente, não tenha dúvida que pegarei um carro e irei até ele.

Infelizmente não são poucos aqueles que não apenas não se maravilham, mas até mesmo amaldiçoam recursos que nos fizeram muita falta no passado. Todos os meus piores dias de imprevistos e contra tempos ao longo da vida tiveram em comum o fato de que eu estava em situação incomunicável. Nenhum teria acontecido se já existisse telefonia celular. Ainda por cima choram pitangas com contas que consideram caras sem se dar conta da espetacular infraestrutura que envolvem, incluindo satélites no espaço, ao ponto de atitudes mesquinhas como ligar e desligar para ver se o outro liga de volta, ficar morrinhando com a operadora ou correndo para o fixo para economizar centavos. Isso sem contar comerciantes incompetentes que já perderam vendas de centenas de reais por que "não podiam me ligar no celular!"

E é claro que não me refiro àqueles que tem dificuldades financeiras. A maioria das pessoas que tenho em mente esbanja dinheiro com uma série de outras futilidades, mas trata a telecomunicação instantânea como se fosse um luxo dispensável ou uma despesa obrigatoriamente imposta, mesmo quando deixam de conversar com alguém que está ali ao lado delas para pendurar no telefone com um vizinho!

Existem os aborrecimentos. Claro. Também perco a paciência com perda de sinal, ligações cortadas, ou com internet lenta, ou sistemas operacionais que não funcionam direito. Mas o "segredo" da felicidade, que de segredo não tem nada, sempre foi maximizar as experiências positivas minimizando as negativas. E custa nada nos lembrar que apesar de todos os problemas, temos recursos tecnológicos maravilhosos, que encheriam de inveja as mais famosas e poderosas pessoas que já viveram neste mundo.

Sobre a iniciativa cretina dos que querem sabotar a Copa do Mudo de 2014, postei numa comunidade do Facebook: "Essa é uma atitude absolutamente estúpida e autodestrutiva! Mesmo que tivesse sido um erro o Brasil ter se proposto a fazer a Copa, cancelá-la agora causaria um prejuízo devastador à economia e à imagem internacional, com multas bilionárias que gerariam dívidas, fechariam empresas e gerariam enorme desemprego. Os que advogam essa proposta não passam de idiotas inúteis que não tem a menor noção da situação econômica nacional e global ou perversos traidores da nação que querem ver a ruína do brasileiro."

- Se você se considera de Esquerda, veja este vídeo para compreender melhor a mais relevante agenda esquerdista atual;

- Se você se considera de Direita, veja este vídeo para compreender melhor a mais relevante agenda anti-esquerdista atual;

- Se você, como eu, é antes de tudo um defensor da classe trabalhadora, veja este vídeo para entender porque a maior parte da esquerda atual abandonou os interesses dos trabalhadores.

Independente de sua opinião sobre o vídeo, penso que ao menos fica claro que:

- O maior inimigo dessa agenda neo esquerdista atual não é o capitalismo ou o liberalismo, mas sim o nacionalismo, quer em sua variação nazista, fascista, integralista ou coisa que o valha;

- Que a revolução e liberação sexual proposta não nos levou exatamente aonde se pensava. O vídeo não sabe exatamente porque e erra até mesmo na direção da resposta. Mas eu sei, e chama-se HIPERGAMIA!

- Qualquer um que pense que Filosofia não tem impacto direto nas nossas vidas com poder para erigir governos, sociedades e moldar detalhes da vida cotidiana, sofre de uma ignorância e ingenuidade constrangedoras.

O problema dos casamentos igualitários é que ambas as partes tem que ser sensatas, o que é mais improvável do que num casamento hierárquico apenas a parte dominante sê-lo. E muitas vezes a parte submissa é a masculina.

Não é todo dia que um texto me dá de mão tão beijada a confirmação de tudo aquilo que venho dizendo há anos. Nem Pastor Nem Geneticista: É A Cultura...

Os deterministas culturais não apenas não querem saber de ciência como não hesitariam em proibi-la se pudessem, afinal, como o próprio texto diz, acham que pesquisas nesse sentido (inclusive as defendidas por Eli Vieira) terminariam por resultar na "cura gay" e na proibição da homossexualidade. E, PASMEM! Temperam com a afirmação de que a Heterossexualidade não é natural e que os cientistas deveriam estar tentando explica-la, ao invés de explicar a homossexualidade!

Além disso, prega a separação radical entre a espécie humana e as outras espécies animais, e como todo bom Determinismo Cultural, não gasta um neurônio para pensar afinal DE ONDE TERIA VINDO A CULTURA! E embriagado na Falácia Naturalista, acha que a naturalização seria legitimação, e como a biologia, como ele bem demonstrou, NÃO implica em Determinismo Biológico da Homossexualidade, deduz que a mesma estaria sendo deslegitimada biologicamente!

Uma obra prima da paranoia esquizofrênica!

MINHA OPINIÃO é e sempre foi a seguinte. A evidente naturalidade da heterossexualidade, sem a qual não estaríamos aqui, não implica na não naturalidade da homossexualidade, que por sinal é tão evidente no mundo animal quando no humano. Ela apenas é, e sempre será, de ocorrência minoritária pelo simples fato de não ser naturalmente selecionada, por motivos que se não forem óbvios para alguém, é melhor que volte para o primeiro livrinho de biologia do primário. Mas a natureza de algo jamais implicou em seu valor ético, que, este sim, é determinado humanamente. Está bem demonstrado que existem componentes genéticos que concorrem para homossexualidade, mas isso não a legitima nem deslegitima, visto ser uma conduta eticamente neutra e que não causa dano direto a outrem, exceto, claro, quando é elevada a nível de ideologia e se propõe a atacar até mesmo as iniciativas mais bem intencionadas de estuda-la.