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29 de Fevereiro

O texto a seguir é de autoria de meu estimado professor JÚLIO CABRERA, que lecionou no departamento de Filosofia da UnB e que seguramente é um dos maiores intelectuais do Brasil, apesar de ser argentino.

Eu sequer vi a maioria dos filmes citados, a começar pelo principal, mas o texto é tão brilhante que o aproveitamento é certo para qualquer um.

O ABRAÇO DO OSCAR*

Há poucas semanas atrás, respondendo ao amigo colombiano Diego Alejandro Rangel, eu me declarava “torcedor” do filme EL ABRAZO DE LA SERPIENTE, de Ciro Guerra, para ganhar o Oscar de melhor filme estrangeiro deste ano. Nesse momento eu ainda não tinha visto o filme completo. Agora que assisti duas vezes (fui nas duas sessões de pré-estréia no cinema Brasília, as duas vezes com sala lotada), posso dizer que não quero que este filme ganhe um Oscar para a Colômbia. Não porque o filme seja ruim, mas, pelo contrário, por tratar-se de uma obra suprema, sublime, superior, especial e única (acredito que nunca mais Guerra faça algo semelhante. A partir de agora, ele só poderá cair). Não é que o filme colombiano não mereça ganhar o Oscar, mas que o Oscar não merece premiar um filme como este.

Num grupo particular eu já disse como écurioso que o fenômeno social e político do Oscar acaba “formatando” os filmes concorrentes, especialmente os estrangeiros, que passam a adotar formas, estilos e temáticas visando o sucesso na premiação. O Oscar de melhor filme estrangeiro é um filme “à medida”, feito à pedido, pensando nos norte-americanos e seus critérios de avaliação. Nenhum filme ganha um Oscar impunemente. Os premiáveis têm que ter algo de agradável para norte-americanos. São filmes impostados, que perdem as suas nacionalidades, talvez, precisamente, exagerando as suas qualidades nacionais. Todo o cinema do mundo transforma-se num curioso cinema de exportação, na hora em que o país mais poderoso do mundo digna-se abrir suas generosas portas para acolher “aquilo que tem qualidade”, “com independência de seus países de origem”.

A isto não escapam nem mesmo os próprios filmes norte-americanos. Já alguém apontou algo que eu já tinha notado: “The revenant” (algo assim como “o retornante”, “o renascido” ou mesmo “o ressuscitado”), o filme de González Iñarritu, ao mesmo tempo que mostra filmicamente o tremendo esforço de Hugh Glass para recobrar as suas forças e vingar-se dos que o abandonaram, é também, meta-filmicamente, o tremendo esforço de Leonardo de Caprio para ganhar, finalmente, seu Oscar. As duas coisas se tornam totalmente indistinguíveis. Parece que um ator tem que ser atacado brutalmente por um urso, ficar cheio de feridas terríveis no meio do gelo, rastejar, passar fome, ser atacado por índios e cair de cavalo num precipício para finalmente ganhar seu Oscar. É como se depois do sucessivo fracasso dos sóbrios diretores norte-americanos (como Scorsese), o pobre Leonardo tivesse que ter sido catapultado dentro do sombrio e espalhafatoso universo do diretor mexicano (Amores perros, Babel, Biutiful), para sofrer tudo o que precisa sofrer e ser considerado, finalmente, o melhor do ano. (E arrastando o inglório Tom Hardy como sofredor coadjuvante).

Este esforço titânico dos atores não precisa ser físico; também pode ser psicológico. Especialmente quando se trata do terrível sacrifício que atores heterossexuais “normais” tem que enfrentar quando desempenham papéis de gays ou lésbicas. O ator ou atriz que aceita prestar seu corpo para desempenhar estes papéis “inglórios” é especialmente aplaudido e celebrado nas premiações, no contexto de um país tão terrivelmente homofóbico e preconceituoso como os Estados Unidos. Neste ano, estão concorrendo ao prêmio dois filmes escandalosamente “libertários”: “Carol”, onde uma lésbica abre mão da custódia da sua filha para morar junto com a sua amante, e "A garota dinamarquesa", onde o protagonista decide fazer uma pioneira operação de sexo em lugar de continuar fingindo um corpo que não tem.

A minha hipótese é que os norte-americanos fazem estes filmes para não ter que assumir essas escolhas escabrosas em suas vidas reais. Quando os atores desempenham papéis de homossexuais (como Sean Penn em "Milky", ou Heath Ledger em "O segredo de Broke brake mountain"), depois na cerimônia da premiação eles aparecem acompanhados das suas mulheres e ficam o tempo todo abraçando-as e beijando-as, como querendo dizer: "Aquilo era só um filme; vejam como eu sou normal". Então, grandes esforços físicos ou psíquicos são recompensados.

No que se refere ao Oscar de Melhor Filme estrangeiro, os norte-americanos já premiaram muitíssimas histórias tocantes envolvendo catástrofes sociais, especialmente o Nazismo, e envolvendo crianças pequenas que sofrem. Notem como uma grande porção dos concorrentes sempre têm crianças vivendo situações terríveis (como o pequeno Theeb, do magnífico filme da Jordânia, “O lobo do deserto”). Agora trata-se de fazer filmes assim, o que torna o filme húngaro "O filho de Saul" o favorito deste ano (que, como O tambor, O ataque e A vida é bela – todos ganhadores do prêmio – tem criança e Nazismo na jogada). Não se enganem; o objetivo final deste filme não é que Saul consiga finalmente enterrar o corpo de seu filho no campo de concentração. O objetivo final deste filme é ganhar o Oscar de melhor filme estrangeiro.

EL ABRAZO DE LA SERPIENTE não tem nenhum desses ingredientes, e, portanto, nenhum merecimento para o Oscar. A sua indicação é para mim um total mistério. É também certo que os norte-americanos gostam de premiar filmes que eles seriam incapazes de fazer (como “Guerra e Paz”, de Bondarchuk, ou “Oito e meio” de Fellini). Mas o filme colombiano não é apenas formalmente belo. Ele desenvolve em imagens estarrecedoras uma linha filosófica de pensamento densa e obsessiva, incompreensível para norte-americanos. Seu estilo hipnótico é apenas comparável com o filme mudo “Caixa de Pandora” (1929) de Pabst, ou com “O ano passado em Mariembad” (1961), de Alain Resnais, todos filmes em preto e branco, lentos e reflexivos, que mantém o espectador sensível em suspense, como levado pelas imagens para uma revelação tão banal quanto essencial. Mas O ABRAZO é também um filme visualmente denso, difícil de assistir precisamente por sua terrível fluidez, como um rio de águas obscuras que ameaça nos arrastar sem ter-nos ensinado nada. Decididamente um filme para poucas pessoas (e as salas lotadas do cinema Brasília foram para mim tão enigmáticas quanto a indicação para o Oscar).

O filme não mostra um mero “choque de culturas”, mas os detalhes sublimes e liminares de uma viagem espiritual sem retorno; as águas quietas ou turbulentas do rio são um acompanhamento interno e intenso de um percurso interior que só pode ser captado mudando a temporalidade na qual habitualmente vivemos, e também a temporalidade na qual assistimos filmes. A presença dos dois cientistas brancos diante do mesmo sábio indígena é já um aceno para abrir-se a uma temporalidade onde o primeiro branco retorna no segundo, à luz e à sombra de um saber antigo e balbuciado que golpeia o espectador mais com sensações que com ideias formuladas.

Dizer que o filme é “muito bom”, ou mesmo dizer que é “extraordinário”, seria desprezá-lo. Trata-se de um desses filmes que não se podem submeter a categorias estéticas, e, muito menos, premiar. Para premiar se precisa comparar, e o mistério e plenitude do filme de Ciro Guerra não nasce de uma comparação, mas de uma irradiação. Premiá-lo seria uma ofensa, que eu espero que não aconteça.

Júlio Cabrera

* Mensagem postada no grupo "Filosofia no Brasil".

28 de Fevereiro

Tendo sofrido inadvertida exposição a um episódio de Fantástico (até porque todo brasileiro é, querendo ou não, no mínimo telespectador passivo eventual da Globo) contemplei a enésima evidência de que o Nazismo, ou uma doutrina muito similar, inevitavelmente voltará com força total. E nem poderia ser de outra forma considerando a completamente estúpida pretensão de censurá-lo diretamente sem confrontá-lo intelectualmente.

O livro de Adolf Hitler, o Mein Kampf, que agora está em domínio público, foi mais uma vez previamente impedido de circular. Até mesmo a versão comentada que, segundo o editor, seria crítica.

Ocorre que não há forma mais estúpida de tentar evitar que uma ideologia volta a se disseminar do que se recusar obstinadamente a enfrentá-la, se limitando a apenas proibir sua divulgação mesmo sabendo que qualquer um é capaz de obter acesso ao material. Quem quiser combater realmente um sistema de pensamento, TEM QUE ANTES DE TUDO CONHECÊ-LO!!! E ser capaz de confrontá-lo argumentativamente apontando as falhas e oferecendo alternativas.

A simples e bestial censura apenas reforça a circunscrição dos já adeptos a um seleto grupo isolado que passa a ter a prerrogativa exclusiva da leitura e interpretação da obra, e que permanece por completo livre da crítica e confrontação de ideias que poderia, no mínimo, levá-los a modificar ao menos alguns elementos da ideologia. Mas tais adeptos podem ficar tranquilos de que, mesmo sendo perseguidos, processados ou presos, NINGUÉM OS DERROTOU IDEOLOGICAMENTE! E as punições só reforçam em seu âmago a convicção de estarem certos a tal ponto que seus adversários não tem nenhuma chance de vencê-los no nível do discurso, tendo que apelar pra força bruta.

E mais, considerar o Mein Kampf como algo que não pode ser livremente circulado e nem mesmo criticado ou comentado pelo medo de que popularize o pensamento nazista, apenas passa a Nítida Impressão de que Ele É Tão Bom Que Qualquer Um Que O Ler Irá Se Converter! E talvez vá mesmo, pois tudo o que a maioria esmagadora das pessoas sabe sobre a doutrina nazista não passa de um pastel de chavões e lugares comuns vazios e infantis, não tendo a menor ideia de como Hitler constrói seu discurso, monta seus argumentos e defende sua tese, e dessa forma, ninguém tem qualquer mecanismo prévio de defesa, por mais superficial que seja, para confrontá-lo!

A nossa última ditadura passou décadas proibindo literatura de esquerda. Adiantou alguma coisa?! Pelo contrário! Foi graças a isso que o pensamento de esquerda se tornou tão forte no Brasil! Florescendo na clandestinidade praticamente imune a críticas.

É o que já está acontecendo há anos não só com o Nazismo, mas o Fascismo, ou suas versões mais brandas como o brasileiro Integralismo ou outras formas de Ultra Nacionalismo. Sendo essas uma terceira, ou quarta via, emergem como opção cada vez mais irresistível quanto mais a estúpida dicotomia Esquerda e Direita se mostra frustrante. E isso sem contar o distanciamento histórico que torna o trauma e memória do horror mais e mais fracos.

Já surgem na internet releituras da história do nazismo sob um ponto de vista radicalmente diferente capaz de subverter tudo o que passamos a vida inteira ouvindo. Isso tenderá a mais e mais se ampliar, e a depender das "sapiências" que estariam em condições de fazer alguma coisa, tornarão seu sucesso inevitável, devido a sua latente covardia em iluminar algo que realmente prefere crescer nas sombras.

27 de Fevereiro

Há muito venho denunciado que movimentos tanto a Esquerda quanto a Direita no Brasil tem sido financiados por elites econômicas norte americanas. Recentemente, houve uma explosão de denúncias dos dois lados, a grande maioria hipócritas por não apontarem, negarem ou ao menos darem como apenas "supostas" as denúncias que afetam o seu próprio lado, mas ansiosas para denunciar os adversários.

Ainda que marcado por essa hipocrisia o texto do liberal SPOTNIKS é particularmente bom pela precisão dos links das evidências, onde denuncia que a própria CUT está sendo financiada pela Ford Foudation. Eles formam a opinião da esquerda brasileira. E são financiados por esses grandes capitalistas. Mas evidentemente faz pouco caso das denúncias de seu citados opositores em A Nova Roupa da Direita.

E não para por aí, com denúncias de ambos os lados como Quem Financia a Esquerda? ou Libertarianismo Enlatado entre vários outros.

E eu próprio já o fiz em Da Esquerda para Trás ou comentei mais especialmente em 2 de Junho de 2015 sobre a dinâmica de financiamento de ambos os lados ideológicos.

No entanto, não é todo o espectro ideológico político que é financiados pelas mesmas fontes, mas especialmente as vertentes Liberais, quer seja no sentido econômico (à Direita) ou no sentido sócio cultural (à Esquerda), e que frequentemente brigam entre si.

Setores mais conservadores que de fato representam a opinião da maioria da população, ou movimentos sindicais de base que realmente defendem os interesses econômicos dos trabalhadores, não recebem um centavo!

26 de Fevereiro

Pretendo explicar melhor agora os 3 conselhos que dei há tempos para combater a preguiça intelectual de desvendar a verdade por si mesmo e ainda assim querer se impor pela "força bruta" retórica. (3 Dicas de "Desestupidificação", de 27 de Novembro, 19:35)

Elas são, ditas de forma diferente:

1 - Se você não sabe explicar um conceito intelectual específico com suas própria palavras, você não sabe o que ele é! Não tem cabimento o típico "sei mas não sei explicar".

Não falo aqui de coisas indizíveis como "o que é estar apaixonado" ou "como explicar a felicidade", e sim de palavras que claramente remetem a conceitos bem definidos como 'sociedade', 'violência', 'liberalismo'. E muito comum vermos pessoas fazerem longos discursos sobre 'X', e depois no momento em que você pergunta, "O que é X?", elas simplesmente travarem por completo, incapazes de articular uma resposta.

Você não tem que saber de antemão, mas tem que ser capaz de no mínimo dar uma explicação sua, pelo seu próprio entendimento, que seja consistente com seu discurso e demonstre sua capacidade de traduzir racionalmente algo que talvez tenha apreendido intuitivamente. Mas é extremamente comum não ocorrer sequer isso.

Nesses casos, muitos não estão de fato pensando por si próprios, e sim apenas repetindo conceitos alheios, as vezes frases completas, vagamente apreendendo um sentido superficial por meio dos contextos de uso. Dessa forma, não passam de veículos de propagação de discursos alheios que sequer compreendem.

Como exemplos, a maioria esmagadora das pessoas que utilizam o termo 'fascismo' em seus discursos não faz a menor ideia do que tal conceito significa, usando como sinônimo para alguma forma de autoritarismo que na verdade apenas expressa estados emocionais sem qualquer conteúdo argumentativo. Noutro caso, o termo 'machismo' é repleto de significados distintos, por vezes contraditórios, que mudam frequentemente e terminam anulando qualquer significado no discurso além do simples estado emocional de seu usuário.

Mas palavras menos polêmicas também tem problemas similares. Por exemplo 'consciência' tem ao menos 5 significados distintos, e 'Deus' pode ser a palavra mais multi significativa e confusa de todas.

2 - Se você não é capaz de dar razões para defender suas convicções, então você NÃO TEM RAZÃO!

Aqui, não é questão de estar certo, mas de ter RAZÃO, isto é, a capacidade racional de operar os conceitos de forma publicamente compreensível, de modo a fazer sentido além de sua própria subjetividade. A razão é necessariamente discursiva, argumentativa e pautada por princípios lógico primordiais.

Você pode até ter uma compreensão intuitiva correta de algo, mas sem racionalizá-la, não terá a razão em seu lado, embora possa, por algum outro fator, estar certo. Por exemplo, alguém pode acreditar que a Terra é um globo porque alguém em quem ela confia lhe disse, mas ela própria jamais conseguir apontar evidências ou articular alguma explicação para isso. Nesse caso, essa pessoa tem a crença correta por acaso, mas não tem razão!

Portanto, não é questão de negar sua experiência direta ou sua subjetividade, mas de apontar que uma verdade que só serve para você é inútil se você não conseguir comunicá-la tornando-a acessível a outros, por isso é tão importante saber dialogar.

Muitas vezes a verdade perde para a falsidade pelo simples fato do defensor do falso saber usar melhor a racionalidade em seu favor.

3 - Quem não pode convencer outrem por suas próprias palavras e argumentos, não deve esperar que este convença a si mesmo mandando-o procurar a evidência ou buscar certo conteúdo.

Tal como a segunda deriva da primeira, esta deriva da segunda. Por não ser capaz de explicar e justificar racionalmente certa coisa da qual você pode estar absolutamente convicto, ocorre a forte tentação de, na prática, implorar a seu interlocutor que ele convença a si próprio.

As formas mais comuns de fazer isso são mandá-lo buscar as evidências que você jura que existem mas não sabe mostrar onde estão, ou a tomar contato com o mesmo conteúdo que anteriormente convenceu a você, e que você acha tão bom que pensa que irá convencê-lo também.

E mesmo quando ocorre a raridade de alguém aceitar fazê-lo, pode muito bem não se convencer. Você precisa ser capaz de compreender os conceitos, saber usar a razão e explicá-los por si próprio para ter a chance de convencer alguém corretamente.

Se não tem disposição para isso, se acha que não vale a pena o esforço de dialogar de forma disciplinada para a defesa de suas ideias (O que INSISTO SINCERAMENTE, não é um problema algum!) então se abstenha de discutir. Ou ao menos procure aprender com quem o faz melhor que você sem cair no desespero de querer obrigá-la a aceitar o seu ponto de vista ou chantagear emocionalmente no tão regular recurso de "sua razão me ofende, então você está errado", ou "é preciso ter empatia pelo meu sofrimento e me dar razão de graça."

Em geral a pessoa que usa bem sua racionalidade estudou muito, se dedicou, gastou várias horas do seu tempo, pesquisando, debatendo e aperfeiçoando sua capacidade argumentativa. Querer que alguém assim concorde com quem jamais fez nada disso é como querer que um lutador profissional que treina dedicadamente se deixe nocautear por um sedentário que nunca se esforçou.

25 de Fevereiro, 15:55

EU AVISEI! (em 19 de Março de 2015)

Os VENDE-PÁTRIA! Senadores que votaram a favor do PL 131/15 entregando reservas do Pré-Sal e patrimônio da Petrobrás para as petrolíferas norte americanas: Aécio Neves (PSDB-MG), Aloysio Nunes (PSDB-SP), Álvaro Dias (PV-PR), Ana Amélia (PP-RS), Antonio Anastasia (PSDB-MG), Ataídes Oliveira (PSDB-TO), Blairo Maggi (PR-MT), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), Ciro Nogueira (PP-PI), Dalirio Beber (PSDB-SC), Dário Berger (PMDB-SC), Davi Alcolumbre (DEM-AP), Eunício Oliveira (PMDB-CE), Fernando Coelho (PSB-PE), Flexa Ribeiro (PSDB-PA), Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), Gladion Cameli (PP-AC), Hélio José (PMB-DF), Ivo Cassol (PP-RO), José Agripino (DEM-RN), José Maranhão (PMDB-PB), José Medeiros (PPS-MT), José Serra (PSDB-SP), Lúcia Vânia (PSB-GO), Magno Malta (PR-ES), Marta Suplicy (PMDB-SP), Omar Aziz (PSD-AM), Otto Alencar (PSD-BA), Paulo Bauer (PSDB-SC), Raimundo Lira (PMDB-PB), Ricardo Franco (DEM-SE), Roberto Rocha (PSB-MA), Romero Jucá (PMDB-RR), Ronaldo Caiado (DEM-GO), Sandra Braga (PMDB-AM), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Valdir Raupp (PMDB-RO), Vicentino Alves (PR-TO), Waldemir Moka (PMDB-MS), Wellington Fagundes (PR-MT).




25 de Fevereiro, 14:53

Uma preciosidade dos bons tempos do último grande nacionalista que este país já teve. Embora da época do governo FHC, parece ainda mais atual hoje.



23 de Fevereiro

Porque Eu Parei De Dar Tapa Na Cara Do Meu Namorado, A Influência da Cultura Pop em nossos relacionamentos. Trás a tona um tema espetacularmente omitido na sociedade, com enorme impacto no tema da violência inter gênero e seguramente um fator crucial nos índices de violência doméstica que, exatamente por ser da mais absoluta relevância e cuja análise e tratamento teria efetivo potencial para uma redução desses incidentes, será sempre absolutamente ignorado pelo Feminismo.

Veja também o ótimo vídeo em português.



22 de Fevereiro

Caio Fábio, brilhante como sempre, faz milagres nesta entrevista!

- Explica como os muçulmanos ocidentalizados são diferentes dos tradicionais e em que isso afeta nossa percepção do Islam;

- Defende a leitura direta do Alcorão para devida compreensão do assunto;

- Mostra como o ocidente tem LITERALMENTE financiado sua própria auto destruição;

- Mostra um documentário espantoso sobre recrutamento de meninos como combatentes do ISIS;

- Afirma que sem a figura de Jesus, a Biblia não é muito diferente do Alcorão;

- Diz que mesmo os muçulmanos mais radicais vêem o Brasil como país neutro e amigável, a admiram muito Lula e Dilma, não tendo planos de promover ações notáveis por aqui apesar de até o ISIS já estar aqui usando nosso território como refúgio ou mesmo santuário;

- Porém, diz que as favelas brasileiras dominadas pelo narcotráfico são terreno fértil para a infiltração do Islam, que poderia elevar a força dessas organizações dando um teor político religioso potencialmente fulminante para o crime organizado. (Os exemplos factuais citados são impressionantes!);

- Mostra o documentário sobre a aventura de um empresário iraquiano que recupera moças vendidas como escravas por traficantes de pessoas.

ASSISTA TUDO!!! É imperdível!



21 de Fevereiro, 21:36

Piketty: Sanders desafia a Era da Desigualdade

Por essas e outras acho difícil o Sanders ganhar. O lobby da Hillary Clinton, focado em Feminismo da Glória Steinem (ex espiã da CIA e amante do Henry Kissinger que trabalhou para neutralizar movimentos estudantis de esquerda legítima) conta com financiamento da nata da elite capitalista.

Mas isso mostra o quanto os próprios americanos já estão se fartando do Liberalismo hipócrita de seu país e no endeusamento da elite bilionária sanguessuga.

21 de Fevereiro, 15:05

Profundo e preciso.

Lucas Gelásio
21 de fevereiro

Não há nada que demonstre melhor o estado do espírito de uma pessoa que o estilo de vida que ela persegue. Alguém com um estado de espírito decadente busca a decadência; com um estado de espírito distante, a distância; com um estado de espírito irrelevante, a irrelevância. Na ânsia por se afastar do vazio de seu espírito, acaba se afastando daquilo que há de concreto nele, pois é apenas isso o que consegue ver.

Os tipos de relacionamentos que uma pessoa busca ou repele refletem o estado de elevação ou degradação de sua própria alma. É impossível que uma pessoa espiritualmente instável e destrutiva consiga manter um relacionamento estável e construtivo. Uma pessoa cuja alma não busca nada de relevante e eterno só é capaz de buscar relacionamentos irrelevantes e passageiros. Alguém que rejeita a realidade do amor verdadeiro acaba por perceber-se na busca de qualquer coisa exceto ele. Não há nenhum tempo ou distância que afaste mais duas pessoas do que as escolhas das ações de uma delas.

Amor não é um sentimento, é um ato livre da escolha de cada um. O amor é uma virtude, uma livre aliança em que um se dispõe a fazer sacrifícios pelo bem do outro. Não é o amor que sustenta o relacionamento, mas o modo do qual você quer se relacionar que sustenta o amor.

Há quem diga que o castigo do inferno é ver aquilo que você poderia ter se tornado caso tivesse feito as escolhas certas na sua vida. “A vida inteira que podia ter sido e que não foi.”

É sempre possível se arrepender, mas nem sempre isso é feito no tempo certo. E ainda pior que não aprender com os erros é não aprender com os acertos, porque assim você acaba jogando fora o melhor que já conquistou. Quem fere aqueles que lhe querem bem sempre termina com mais cicatrizes que eles.



18 de Fevereiro

O texto de Mark Manson Uma Carta Aberta ao Brasil, que tanta repercussão teve na última semana, é inteligente e bem escrito, e nada diz de falso. No entanto acho realmente preocupante ter sido visto com uma reverência imerecida, ofuscada por um brilhantismo que não tem. Especialmente, decepcionaram-me as pobres respostas que li que tentaram "corigí-lo".

Mark é apenas um homem experiente e que saber escrever um texto elegante. Quem ler o que ele escreveu também para o seu próprio país, onde elenca 10 razões pelas quais prefere viver fora dos EUA, verá nele um padrão muito similar ao que aplicou na redação do texto para o Brasil.

Mas apesar de nada haver de repreensível no texto, ele na verdade apenas descreve características comuns dos brasileiros que sequer são realmente exclusivas, com inegável talento, mas não vai de fato ao cerne da questão. Não é o ponto se temos tais e quais atitudes, pois isso é óbvio, mas sim de POR QUE as temos! E isso o texto não responde.

Curiosamente a resposta está contida na própria pergunta que motiva todo o texto, que indaga: “Por que? Por que o Brasil é tão ferrado? Por que os países na Europa e América do Norte são prósperos e seguros enquanto o Brasil continua nesses altos e baixos entre crises década sim, década não?”

Basta mudar a segunda frase para uma afirmativa, e está dada a resposta. O problema do Brasil é que o brasileiro em geral está absolutamente convicto de que este é um mau país e que somos totalmente ferrados ao mesmo tempo que se ilude com uma maravilha externa inexistente que não conhece ao ponto de achar que neles não há crises!

O problema está no pressuposto. Para o brasileiro médio, NÃO IMPORTA A REALIDADE! Somos ferrados e pronto! PONTO! Independente de qual seja essa realidade em si. Não importam as nossas virtudes, o que temos de melhor que outros países, o quando progredimos ou mesmo nossa posição no ranking mundial do que quer que seja. O mesmo dado que leva muitos estrangeiros a se orgulhar de seu país, como ter um vasto PIB ou estar entre as maiores economias mundiais, são absolutamente irrelevantes para o brasileiro, que só vê o lado ruim da realidade e já transformou a auto depreciação numa marca indelével da nossa cultura.

Não importa que tenhámos avançado espantosamente nas últimas décadas ou que nas décadas futuras consigamos atingir o posto de melhor lugar do mundo. Não vai fazer a menor diferença. Nosso discurso de auto derrotismo e baixíssima auto estima pelo jeito não vai mudar.

Talvez nunca um único cronista malandro tenha conseguido sintetizar com tanta perfeição uma vasta complexidade social cultural num único termo, o famoso COMPLEXO DE VIRA-LATA. Ainda que o tenha feito acidentalmente. Mas essa é a realidade estrutural da mentalidade brasileira que não só impede que consigamos melhorar mais, como mesmo que melhoremos nos impede de perceber isso.

Agora, o ponto grave: ABSOLUTAMENTE NENHUM povo jamais chegou a grandeza sem, antes de tudo, se convencer de sua própria grandeza. Há uma paradoxal petição princípio que parece a força motriz primordial a impulsionar um povo para o progresso. É IMPOSSÍVEL atingir um real estágio de grandeza primeiro para DEPOIS se convencer disso.

Enquanto o brasileiro partir do pressuposto de que "somos tão ferrados" enquanto "são prósperos e seguros" até mesmo países completamente decadentes e em processo social terminal, jamais romperá esse círculo vicioso mesmo que um dia atinja o nível de paraíso na terra.

17 de Fevereiro, 16:47

Vou tentar sintetizar nossa situação atual.

1 - Estamos num momento histórico econômico onde a hegemonia dos EUA está ameaçada, em especial por Rússia e China (os Eurasianos), de maneira geral o BRICS, bem como países como Síria, Venezuela ou Irã, que adotam modelos estatistas e nacionalistas de produção, em especial de petróleo, contrário ao modelo privatista e de monopólio internacionalista das oligarquias norte americanas;

2 - Como analisei em 19/03/2015, o modelo privatista norte americano está em retração. TODAS as guerras ou tensões políticas recentes dos EUA com outros países tem ao menos parte de seu fundamento nisso;

3 - Há até mesmo a disposição eurasiana de romper com a hegemonia do dólar, por meio de negócios entre Rússia e China com base no Yuan chinês. Muitos países são simpáticos a essa possibilidade, o que seria um golpe de dureza inédita no sistema norte americano;

4 - Esse sistema é controlado por oligarquias, em especial os que controlam o Federal Reserve Bank, que apesar de ser o Banco Central dos EUA, é privado! FED, JP Morgan & Chase Bank (o maior banco privado do mundo), as avaliadoras de crédito Moody's Corporation e Fitch Ratings (que abaixaran a avaliação da Petrobrás e são tão confiáveis que haviam avaliado positivamente os subprimes pouco antes do crash de 2008), bem como as petroleiras subsidiárias da Standard Oil, são TODOS controlados pelos mesmos grupos econômicos;

5 - Se o padrão dólar (a base primordial de poder dos EUA) for abalado, podemos estar diante tanto da terceira guerra mundial quanto da queda do maior império econômico militar da história;

6 - O Brasil evidentemente se aliou aos eurasianos, criando um modelo exploratório do pré-sal favorável à China ainda em 2012 (poeticamente dizendo, talvez o fim do mundo que conhecemos tenha mesmo começado neste ano). Os grupos norte americanos detestaram, José Serra os havia prometido entregar-lhes o pré sal se fosse eleito. Mas perdeu;

7 - Imediatamente depois, setembro de 2013, a CIA (que também e controlada pelos mesmos oligopólios que controlam as demais supra citadas) montou um massivo esquema de espionagem na Petrobrás. Pouco tempo depois, estoura o escândalo que conhecemos hoje como "petrolão", levando à crise econômica e política e castigando o governo que havia agido contra os interesses das tais oligarquias;

8 - O Brasil é o elo mais vulnerável dos BRICS, por sempre ter estado sob assédio dos EUA, bem como por não ter a imensa população e ou poderio militar da Índia, China e Rússia, com o qual os mesmos EUA jamais teriam a ousadia de se meter. Sua única chance nessa guerra fria econômica global atual inclui controlar as reservas de petróleo ocidental, leia-se Brasil e Venezuela;

9 - A grande mídia brasileira, em especial as famiglias mafiosas dos Marinho (Globo) e Civita (Veja), sempre foram subservientes aos norte americanos, e sempre irão defender seus interesses. Também há uma horda de institutos e ONGs liberais todos financiados desde EUA. Eles são OS PRINCIPAIS RESPONSÁVEIS pelo adestramento das massas de liberalóides que "pensam que pensam" por si próprios enquanto estão obedecendo os comandos pavlovianos dados pelos seus mestres;

Enfim. Não sei se disso poderá sair um mundo melhor. Não sei se mudar o eixo de poder do mundo de tal forma seja uma boa ideia. Mas o fato é que estamos diante de uma situação delicadíssima onde a posição hegemônica dos EUA pode inclusive depender da subserviência do Brasil. O PT, no entanto, sempre se mostrou favorável aos eurasianos.

Quem acredita que estamos num simplório escândalo de corrupção do PT (que pecou muito mais pela estupidez, em especial Dilma, de se dobrar a pautas oligárquicas norte americanas como se isso lhes garantisse respeito), e que as forças que pretendem recolocar privateiros no Governo Federal estão interessados em estabelecer uma "nova" era de honestidade e transparência...

Por favor. Que tenha a decência de se dedicar ao compartilhamento de gatinhos fofinhos e mensagens motivacionais.

17 de Fevereiro, 14:02

LEIA COM MUITA ATENÇÃO este texto. As 10 propostas de Bernie Sanders que estão tirando do sério os grandes banqueiros de Wall Street

É difícil crer que com um discurso destes ele consiga a vitória num país completamente controlado pelo sistema financeiro corrupto que ele está denunciando. Mas ao menos ele divulga algumas verdades.

Seria o meu candidato.

12 de Fevereiro

O mais impressionante é ver gente da mesma militância de esquerda que critica os transgênicos e a indústria farmacêutica lutando por algo que vai beneficiar a mesma indústria e incentivar ainda mais o uso da transgenia.

Você acende seu baseado e acredita agir de modo "transgressor", "rebelde", "revolucionário". Acredita ser porta-voz de uma doutrina contestadora e moderna. Seu baseadinho atende interesses de homens muito específicos. Ele não é um gesto de liberdade, independência ou "rebeldia": é um gesto de conformismo com um ideal que não é "marginal", mas sim central no plano de ações de grandes magnatas.

Aqui, iremos desfazer a imagem do senso comum de que a maconha é uma droga inofensiva e totalmente benéfica ao organismo e - como seus defensores alegam - até mesmo "menos nociva do que outras drogas".

A LEGALIZAÇÃO É UM PROJETO GLOBAL

- Nos Estados Unidos a droga é permitida para fins medicinais em 19 estados (Alasca, Montana, Oregon, Califórnia, Nevada, Arizona, Havaí, Novo México, Michigan, Illinois, Colúmbia, Delaware, Nova Jersey, Rhode Island, Connecticut, Massachussetts, Vermont, New Hampshire e Maine), e permitida para fins medicinais e recreativos em 2 (Washington e Colorado). No restante do país, o uso, a posse e o porte da maconha são proibidos em todos os casos.

- A legalização da maconha é um projeto corporativo e globalista, não popular e local. Dentre seus maiores financistas está o multibilionário George Soros. Soros, sozinho, já investiu mais de U$80 milhões de dólares, desde 1994, em campanhas para a legalização da droga. A Foundation to Promote an Open Society (Fundação para Promover uma Sociedade Aberta), uma organização ligada a Soros, doa anualmente U$4 milhões de dólares à organização Drug Policy Alliance (Aliança de Políticas de Drogas), um grupo de direitos humanos "sem fins lucrativos" com propósito de estender a legalização sob fins "científicos e medicinais" e "coibir o tráfico ilegal de drogas" [1]. Soros financiou inúmeras campanhas decisivas para a legalização da droga no estado do Colorado, e financia organizações em todo o mundo, com a mesma finalidade.

A DROGA LEGALIZADA NÃO É "MAIS SAUDÁVEL"

- Nos Estados Unidos, inclusive, as empresas legalizadas do ramo trabalham justamente para aumentar os níveis de concentração de THC na maconha e sua absorção no organismo, criando produtos com 65% a 95% de concentração de THC (canabinóide), capazes de potencializar os efeitos da droga e viciar mais rapidamente.

- Contra o argumento da maior exigência de qualidade por parte dos governos, ao controlar o processo de fabricação da maconha, um fato simples: as drogas ilegais comercializadas por traficantes do Brasil e do México contêm em torno de 4% a 6% de THC (nos EUA, a droga legalizada tem de 15% a 95%). Ou seja, um produto legalizado e supostamente mais “saudável” acaba por ser mais prejudicial à saúde do que o próprio resultante do tráfico ilegal [2].

O CONSUMO AUMENTA,(INCLUSIVE O INFANTIL)

- No Colorado, a Denver Justice High School registrou um aumento de casos de crianças [3] que apresentavam alucinações, batimentos cardíacos acelerados e reações agressivas. Várias delas são flagradas consumindo a droga, ou portando produtos legalizados em suas mochilas. A propaganda do consumo consciente e da informação de qualidade proporcionada pela legalização é, portanto, falsa. Grandes grupos privados, como a Harborside Health Center e a ArcView Group (ambas criadas por Steve DeAngelo) financiam campanhas para a legalização da droga no restante do país, valendo-se da imagem e do uso medicinal da planta. A maioria dos associados dessas instituições “medicinais” são jovens saudáveis que sequer precisam dela para qualquer tipo de tratamento.

A QUESTÃO DA SAÚDE NÃO MELHORA

- Nos EUA, a DAWN - Drug Abuse Warning Network ("Rede de Alerta sobre Abuso de Drogas") relatou que, em 2011, 456.000 atendimentos de emergência relativos à droga foram feitos, todos por conta de maconha (21% de aumento em relação a 2009). 2/3 dos pacientes eram homens entre 12 e 17.5 anos [4].

A MACONHA NÃO É INOFENSIVA

- Muitos dos produtos legalizados oriundos da maconha e comercializados nos EUA sequer foram testados com propriedade, e seus efeitos à saúde e ao organismo são desconhecidos.

- 40% dos usuários de maconha têm a capacidade de concentração reduzida; 60% deles têm redução na capacidade de memória de curto prazo; e o índice de QI pode apresentar, no usuário, uma queda de até 8 pontos (o que significa a diminuição da inteligência e da capacidade cognitiva). Fumar maconha causa danos às conexões entre os neurônios, diminuindo as ligações de impulsos elétricos entre eles e a própria capacidade cerebral [5].

- Usuários de maconha tem 4,2 vezes mais propensão à fobia social; fumar maconha aumenta em 5 vezes os transtornos de ansiedade; aumenta em 2 vezes a incidência de depressão, e em 3,5 vezes a probabilidade de esquizofrenia. Eleva o risco de câncer de boca ou de garganta em 2 vezes e meia; aumenta em 2 vezes a probabilidade de câncer de testículo; aumenta em 4 vezes a incidência de câncer de cérebro em crianças cujas mães fumaram durante a gestação.

- Aumenta em 5 vezes o risco de um ataque cardíaco na primeira hora após o uso; e aumenta em 8% a probabilidade de desenvolver câncer de pulmão.

- Nos EUA, um em cada dez usuários de álcool e drogas diversas que dão entrada em tratamentos médicos relatam que também são usuários de maconha. O risco de acidentes de trânsito dobra quando o motorista está sob o efeito da maconha.

- Os índices de acidentes de trânsito decorrentes do uso da maconha aumentaram após a legalização [6].

- Jovens que fumam, mesmo ocasionalmente, apresentam danos em áreas cerebrais responsáveis por coordenar emoções e motivação [7].

LEGALIZAR NÃO INIBE O TRÁFICO

- O faturamento dos cartéis mexicanos, principais fornecedores de droga para os Estados Unidos, tem como elemento principal a cocaína (50% de sua receita), a metanfetamina e a heroína (20%, juntas). A maconha responde por 30% do orçamento. Nos estados onde a maconha foi legalizada, a estrutura dos cartéis e dos traficantes continua, pois eles apenas a substituem pela cocaína. Nos EUA, a droga legalizada é vendida a U$15,00 o grama, enquanto que, com os traficantes, a droga sai a U$7,00 por grama (menos da metade do preço).

- O vizinho Uruguai, aclamado por sua política recente de descriminalização da planta, ainda enfrenta problemas com tráfico de drogas. Para consumir a maconha legalizada, o cidadão deve fazer um cadastro, e só pode retirar 40 gramas da droga por mês. Os traficantes vendem o quanto você puder pagar, e não há necessidade de criar um cadastro.

- Nos EUA, assaltos a lojas que vendem a maconha legalizada são frequentes. A droga roubada é vendida no mercado negro, por um preço bem abaixo do de mercado. A VERDADEIRA SOLUÇÃO

Não lutaremos por mais um vício. Não justificaremos mais uma droga por outras que já existem. Só há uma solução real: desmantelar o tráfico de drogas e punir severamente os traficantes; investir em campanhas de conscientização e prevenção ao uso de drogas, especialmente em escolas. O uso medicinal da maconha orgânica é, certamente, promissor (para pessoas que realmente necessitam do tratamento à base de derivados da planta); mas não deve servir como locomotiva para sua legalização irrestrita. Longe de atender anseios populares, essa é uma causa globalista e monetária.

Quem fornece a maconha transgênica que lotará milhares de prateleiras mundo afora? Quem financia estas organizações e "causas"? A quem interessa a campanha global de legalização? Não a nós, e não ao povo.

Também disponível no Blogue oficial do Avante



11 de Fevereiro

Os BRICS vão abandonar o dólar como moeda internacional

Atualizando, eles QUERIAM abandonar o Dólar.

Embora já esteja um tanto defasado, foi o único texto que achei em português sobre a "tecla que venho batendo" há anos. De que estamos diante de uma nova "Guerra Fria" de ordem econômica entre o modelo privatista liberal dos EUA e modelos seminacionalistas do BRICS, em especial dos eurasianos.

Achar que numa conjuntura dessas o ataque que o Brasil (o elo mais vulnerável deste grupo) está sofrendo tenha alguma coisa a ver com "corrupção do PT" ou com o Foro de São Paulo só pode resultar de uma profunda ignorância ou desonestidade.

10 de Fevereiro

Nobel de Medicina: “A Cura de Doenças Não é Lucrativa Para a Indústria Farmacêutica”

Sendo sincero, isso é óbvio. Apenas é incomodo lembrá-lo, embora necessário.

Vivemos num sistema cuja economia tem como motor principal não o objetivo de construir uma boa sociedade, como nossa constituição declara, mas sim o lucro privado.

Isso tem sua utilidade e necessidade histórica, mas não se pode esperar que irá por si só nos levar a um mundo mais humanamente desenvolvido.

Vale lembrar também que se a produção de remédios fosse pública, esta sim teria todo interesse em curar doenças a fim de diminuir seus gastos com a produção de remédios.

Essa é a diferença crucial entre o setor privado e o público. O último se beneficia com a resolução definitiva dos problemas, o primeiro se beneficia dos problemas em si.

7 de Fevereiro

Acabei de ver, pela milésima vez, alguém resumir a história da ciência astronômica mais básica num velho embora muito popular antagonismo falso.

Como me dei ao trabalho de redigir uma resposta esclarecedora que pode até nem ser lida, aproveito-a aqui, visto que pode ser entendida fora do contexto.

"Mas você também está cometendo um erro muito comum que é antagonizar duas afirmações que jamais se confrontaram diretamente, que é o pressuposto geocêntrico contra o heliocêntrico. Não faz sentido afirmar "a Terra é que gira em torno do Sol, e não o contrário", por que essas duas afirmações jamais se contrapuseram. A contraposição correta é 'Não é o Sol que gira em torno da Terra, e SIM a Terra que gira em torno de si mesma!'

Até mesmo o julgamento de Galileu teve como verdadeiro ponto de disputa não se a Terra se movia "em torno do Sol", mas "SE ela se movia"! Ou seja, uma disputa entre o fixismo da Terra e sua mobilidade. E mesmo o sistema tychoniano ainda tentou salvar a imobilidade da Terra mesmo colocando os demais planetas girando em torno do Sol.

Ou seja, foram vários estágios teóricos que nos separaram do Geocentrismo em si para o Heliocentrismo que temos hoje, e não um antagonismo direto entre eles. É impressionante como todo mundo mistura as coisas!

Basta lembrar que Sol e Lua sempre foram vistos como planetas na antiguidade e medievo, com um movimento aparente que é causado pela rotação da Terra. Mas a Lua de fato gira em torno dela."

5 de Fevereiro, 23:46

Pense o que quiser dos recentes ataques sexuais de imigrantes na Alemanha, menos que eles eram de fato inesperados para quem vem estudando o assunto. Que isso iria acontecer vem sendo avisado no mínimo há uma década por artigos como HOW THE FEMINISTS “War against Boys” PAVED THE WAY FOR ISLAM, de 2006. (Há uma tradução de qualidade mediana para português lusitano em O feminismo preparou o caminho para o islão)

E há vários precedentes em escala menor deliberadamente ocultados tanto por fraudes estatísticas que tornam impossível distinguir estupros reais de imaginários quanto por uma mídia proibida de revelar a configuração étnica de crimes em ascensão na outrora tão pacífica e segura Europa. (Em alguns países europeus é coibido divulgar a etnia de certos criminosos, a fim de evitar alimentar preconceito e xenofobia.)

Também sequer pode ser visto como uma mera depreciação da cultura islâmica porque estupros coletivos são uma constante em qualquer processo de invasão em qualquer lugar do mundo desde sempre, quer seja por uma guerra ostensiva ou mesmo por um processo mais gradual onde uma etnia e sua cultura vai, aos poucos, substituindo outras.

Como isso só é possível quando as forças de resistência local (leia-se HOMENS dispostos a lutar) estão enfraquecidas, ou a retaliação seria fulminante, é sinal claro que a cultura hospedeira não consegue mais se defender devidamente. E é exatamente isso que críticos do Relativismo Cultural e Feminismo vem dizendo há anos, que há uma cruzada tão insidiosa contra a masculinidade local que uma das únicas respostas politicamente corretas possível é a efeminação cada vez maior dos jovens enquanto os homens tradicionais vão envelhecendo e morrendo.

Quando o vídeo da jornalista dinamarquesa Iben Thranholm viralizou ao apontar o óbvio, que homens com posturas efeminadas do tipo "protestar usando saias" são sinal de vulnerabilidade contra invasores de uma cultura verdadeiramente máscula, ela finalmente conseguiu chamar atenção geral para um problema que vinha sendo insistentemente apontado somente pelos tão repudiados conversadores ou nacionalistas, e alguns progressistas que, como eu, sabem a diferença entre combater as elites financeiras parasitárias e atacar perfidamente os fundamentos culturais sem os quais uma sociedade entra em inevitável degeneração.

O relaxamento dos papéis de gênero poderia até ser uma boa ideia num mundo já totalmente seguro e pacificado, mas havendo constantes ameaças internas e externas, tanto de desastres naturais quanto de outras espécies e da própria humanidade, configura-se um tipo de suicídio civilizatório (além da já declinante taxa reprodutiva), visto que Revolução Sexual ou Igualdade de Gênero nenhuma vai mudar o fato de que quem zela pela segurança é o lado masculino da espécie humana. Quer seja contra invasões de outros homens, ataques de animais selvagens, incêndios, tsunamis ou seja lá o que for. Quem sai a campo arriscando a vida para reerguer a infra estrutura, expulsar invasores ou eliminar qualquer perigo CONTINUAM SENDO OS HOMENS!

Da mesma forma como a reposição populacional de uma sociedade continua dependendo primordialmente da volição feminina a reproduzir. Se mulheres já não assumem os papéis primordiais masculinos de segurança em qualquer escala significativa, muitíssimo menos homens que assumam papéis femininos irão engravidar! Enquanto isso, uma cultura tecnológica e eticamente muito menos desenvolvida começa a se impor pelo simples fato de não ser suficientemente estúpida a ponto de desafiar as realidades naturais mais primárias.

E se isso vem acontecendo nos países mais feministas e pretensamente avançados do mundo, embora claramente decadentes, há muito tempo sem que a sociedade local tenha qualquer direito a sequer criticar, países que respeitam sua própria tradição e não admitem ser manipulados por elites financeiras que querem subjugá-los mostram claramente que por lá é diferente. Um caso recente alega que similar tentativa de estupro coletivo por invasores estrangeiros foi literalmente trucidada pela reação de homens nativos russos, naquele mesmo país que não quer saber de deixar paradas gays adentrarem escolas nem vadias profanarem igrejas.

A Rússia teve a mais profunda experiência estrutural de demolição do Patriarcado que se tem notícia*, logo após a revolução bolchevique, tendo o privilégio de se dar conta antes de todo mundo o desastre que resulta em tentar desestruturar o pilar fundamental da sociedade. Somado isso ao fato de não serem vulneráveis às elites liberais ocidentais que financiam a agenda de destruição de gênero, a torna sem dúvida o país mais antifeminista do mundo, em páreo somente, talvez, com a China. *(A breve tentativa de dissolver a família na URSS continua sendo uma das mais desconhecidas características da revolução bolchevique. Em menos de uma década tentou-se abolir praticamente todos os fundamentos legais que davam base jurídica a formação de famílias tradicionais, mas o desastre foi tão grande que Stalin reverteu praticamente tudo. Mesmo assim o estrago foi tal que gerou danos irreversíveis, em especial a cultura aborteira russa que foi a principal responsável pelo declínio populacional de um país cuja economia dependia de mão de obra crescente.)

Sempre é bom lembrar que isso que chamamos de Civilização Ocidental, onde essas "novas masculinidades" e mulheres empoderadas tem proliferado, não constitui sequer 1/6 da população mundial, perdendo numericamente até mesmo para os 1,25 bilhão de indianos, os 1,35 bilhão de chineses, ou para os 1,6 bilhão de muçulmanos espalhados pelo mundo.

Índia continua crescendo, China acaba de revogar a Política do Filho Único e o Islam já cansou de dizer em alto e bom som que seu objetivo é dominar o mundo inteiro. Enquanto isso, nosso "avançado ocidente" e seus imitadores, além de pequenos vão encolhendo populacionalmente e ainda por cima se tornando menos e menos capazes de caminhar rumo ao futuro.

5 de Fevereiro, 15:11

Brilhante síntese. Ainda que tivesse muito a acrescentar.

Lado Direito da Equidade
5 de fevereiro

Já ouviu feminista reclamar que tem poucas mulheres na obra? Ou limpando bueiro? Pois é, só lhes interessa ver mulheres em altos cargos da política e de empresas. Mas que mulheres são essas? A Eunice que cresceu na periferia, filha de faxineira e pai falecido entre os 60.000 homens assassinados ao ano no Brasil é que não. Feministas lhe dizem quem sim, que buscam empoderá-la e que mulheres eleitas, via cotas parlamentares ou não - de Katia Abreu a Eunice da Mata, de Marta Suplicy a Geovânia de Sá - todas a representam como mulher.

A verdade é que não, rico continuou rico e pobre continuou pobre. E, com feminismo, ainda mais pobre. O feminismo dá essa impressão de que melhora a vida de mulheres pobres porque ferra a de homens pobres mais ainda. São esses que são preteridos pelo sistema de saúde, segregados pelo sistema educacional, empobrecidos por leis trabalhistas demagogas, encarcerados em massa por delitos leves e em breve por fazer elogio a desconhecidas na rua, e finalmente assassinados senão pelas mãos de criminosos ou da polícia, pelas suas próprias.

Mas na medida em que esses homens pobres são seus pais e pais de seus filhos, ferra as mulheres pobres tb. O feminismo só empodera mesmo são as mulheres ricas. E erra quem se deixa enganar que não empodera homens ricos tb. Só os empodera menos que mulheres ricas, mas toda essa pressão sobre homens pobres só os torna menor ameaça. Ou alguém realmente acredita que bacanas saindo da academia de carrão e com casa na praia serão trancafiados por passar uma cantada na jovem recepcionista que pega duas conduções para chegar ao trabalho que conseguiu graças à... graça divina e genética.

Feita a conta, o feminismo é só isso mesmo: empoderamento de mulheres já poderosas ao custo de homens e mulheres pobres. Homens poderosos não têm o que temer. Muito pelo contrário: o feminismo os beneficia tb. De onde acham que sai o dinheiro para as milionárias campanhas feministas? :)

#André



3 de Fevereiro

É muito difícil diagramar devidamente as ideologias, mas apesar de algumas falhas, até que esse gráfico faz um bom trabalho.

Meu ideal de sociedade seria um dinâmica em torno da Social Democracia, alternando entre "Socialismo Democrático" e Liberalismo Clássico.

Mas no contexto atual, por questões práticas, eu me posiciono no Nacional Desenvolvimentismo.



1 de Fevereiro, 23:25

Uma das coisas mais curiosas da atualidade é que virtualmente TODO Mundo sabe que a grande mídia não é de confiança, que manipula e distorce informações ou mesmo mente deliberadamente. Mas ao mesmo tempo virtualmente TODO Mundo acredita nela quando lhe convém.

A mesma pessoa que ao se deparar com uma notícia que vá contra sua visão de mundo não hesita em sacar a carta da "mídia corrupta manipuladora" é a mesma pessoa que repassa notícias que por outro lado corroborem a sua visão.

E não falo aqui, claro, de meros acontecimentos e fatos objetivos para os quais não é razoável supor que sejam totalmente inventados, mas sobretudos dados mais sujeitos a interpretação ou que podem, devidamente integrados, ajudar a demonstrar a validade de um sistema de crenças.

Entre outras cosias, isso mostra, além de outras coisas, que a grande maioria das opiniões, visões e crenças não são formadas com base em critérios objetivos ou levantamento de dados, mas sim são, no linguajar epistemológico, apriorísticas, ou seja, prévias a qualquer investigação.

1 de Fevereiro, 04:01

"Num país sem herois, envergonhado de si mesmo, com um problema grave de baixa autoestima coletiva, o histerismo, o ódio, o preconceito, que permeiam toda essa perseguição a Lula, são o esterco com que a história cultiva o florescimento de uma coisa nova, grande, algo que poderá exercer poderosa influência em nosso futuro, que poderá derrubar, por fim, séculos de intolerância, viralatismo e manipulação." - Perseguição à Lula, o Vexame Terminal de uma Imprensa Decadente e Golpista



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