Já sabemos o que Bolsonaro ganha pessoalmente com sua viagem à Rússia. Sua militância irá repetir por toda e eternidade que ele salvou o mundo da Terceira Guerra Mundial, o que, convenhamos, cai perfeitamente bem à dimensão mitômana tresloucada do Bolsonarismo.
Também sabemos o que Putin, e a Rússia, ganham com isso, pelo simples fato de ao menos simbolizar, se não um apoio do Brasil, ao menos uma mensagem de normalidade num momento onde os EUA há um mês dizem todo dia "Ucrânia Invadida Amanhã."
E o Brasil, de um modo geral, também ganha pela manutenção do laço com o BRICS e até por passar uma mensagem de firmeza perante uma situação de aparente crise. Ou, na pior das hipóteses, nada muda.
Só quem sai perdendo é a narrativa apocalíptica dos EUA e da OTAN desesperados para arranjar mais um conflito onde justifiquem suas incessantes sanções econômicas e queima de estoque de seus arsenais e contratos militares bilionários, na vã tentativa de minimizar sua decadência em termos de prestígio e hegemonia mundial.
Eu suma, não há do que reclamar. Por mais anti-bolsonarista que eu seja, desta vez Bolsonaro está fazendo o que todo governo minimamente sensato faria: não cancelar uma viagem previamente marcada há meses porque um bando de farsantes insistem em forjar uma guerra fictícia.
Só tem que ficar de olho numa possível False Flag.
Aproveitando a paranoia do momento que vê Nazismo em tudo, por onde anda aquela rapaziada esperta para esnobar conhecimento em cima dos panacas mostrando que a suástica é um símbolo multi milenar presente em diversas tradições espirituais?
Enfim, a Rússia decidiu fazer agora, como sempre na sua vizinhança, mais 1 ou 2% do que os EUA vem fazendo no planeta inteiro há 77 anos pra contar só do pós Segunda Guerra.
Prevejo, porém, que o choque, desespero e choradeira da mídia liberal se dará na proporção inversa.
PS: Bolsonaro parece mesmo um azar ambulante. Onde o cara passa prenuncia alguma desgraça.
Toda a cisão ideológica do Século XX, em especial após a Segunda Grande Guerra, pode ser resumida numa polarização entre a primazia do Poder Político contra a do Poder Econômico.
No Oriente, predomina o tradicional Poder Político, com líderes fortes e plenipotentes que efetivamente estão mesmo na liderança de seus países, exercendo notória autoridade e assumindo a responsabilidade por seus governos.
No Ocidente predomina o "novo" (uns 3 séculos) Poder Econômico, onde os presidentes e 1° ministros não passam de marionetes de oligarquias financeiras que estão perpetuamente no verdadeiro poder, exercendo autoridade real, e velada, enquanto se isentam de qualquer responsabilidade pelos desmandos que praticam.
Para legitimar um sistema de governantes descartados regularmente independente de seu desempenho, de modo a jamais terem seu verdadeiro poder econômico desafiado por qualquer poder político real, a Plutocracia (o governo oculto) inventou a ficção da "democracia liberal".
Nesta, apesar da maioria de nós considerarmos nossas eleições suspeitas, pra dizer o mínimo, nosso judiciário e parlamentos corruptos, nossa burocracia odiosa e nossa grande mídia um antro de fraudes e depravação, basta rotular tudo isso com o nome de "democracia" e voilá! Temos uma vaca sagrada a ser adorada num altar e pela qual estamos dispostos a sacrificar qualquer coisa.
De certa forma, é análogo a termos uma teocracia notoriamente pérfida, autoritária, depravada e injusta, mas, basta dizer que tudo se faz em nome de Deus, e pronto! Está justificado.
Por isso é tão difícil esperar qualquer senso de realidade da imensa maioria da grande mídia e dos que se metem a opinar sobre o assunto do momento pelo prisma liberal, pois estes foram criados num contexto cultural onde é perfeitamente legítimo um país se auto proclamar dono do mundo e promover ataques, invasões e genocídios em todos os cantos do globo, mesmo contra países que seus cidadãos nem sabem onde ficam, e justificar isso em nome da democracia, da liberdade e dos direitos humanos.
E é a essa "autoridade moral" à qual recorrem para julgar qualquer dos ancestrais poderes políticos do mundo que não aceitam se submeter ao poder econômico com sede em um único país, ou nuns poucos países, apesar de por essência serem transnacionais e com pretensões globais.
Mais de 90%, para ser generoso, de tudo o que se diz sobre o assunto é, com o perdão da palavra, lixo! É como dar atenção aos devaneios de quem outrora acreditava piamente que trucidar populações indefesas a suposto mando divino, e infligir torturas hediondas contra suspeitos de bruxaria, é justificável em nome da salvação das almas.
Com a diferença de que estes jogavam qualquer possibilidade de testar definitivamente suas crenças para o além vida, enquanto todos nós podemos, todos os dias, ver com os próprios sentidos o vazio de nossas promessas de liberdade e democracia, tentando empurrar sobre outros povos aquilo que nós mesmos detestamos enquanto fingimos não acreditar que líderes longevos em seus países sejam realmente admirados e apoiados por suas populações. Pois basta aplicar-lhes o rótulo oposto, de ditaduras, para que todo nosso ódio irracional a eles seja justificado.
Portanto, se você é dos poucos a se dar conta do grau de insanidade em que nós metemos, e que não tem como não ver o grau de miséria moral de nosso paradigma ideológico vigente...
Concordo que a Rússia mereça sofrer algumas sanções econômicas, mas DESDE QUE SEJAM AS MESMÍSSIMAS que os EUA receberam por terem invadido o Iraque contra a resolução da ONU alegando que tinham provas da existência de armas de destruição em massa e ligações com a Al Qaeda, para depois admitir não apenas que não havia, mas QUE SABIAM QUE NÃO HAVIA, deixando um saldo de meio milhão de mortos!
Portanto, essas mesmas sanções estariam de bom tamanho. Alguém lembra quais foram?
Como alguém que não tem qualquer afetação sobre o assunto, não vejo problema em alguém tentar contextualizar, relativizar ou até justificar a ideologia proscrita, agora, negar que a Ucrânia tenha se destacado mundialmente pelo crescimento e força do neonazismo é atitude absolutamente indigna de respeito.
Esse assunto já é largamente noticiado e debatido há quase uma década, desde documentários sobre movimentos como Batalhão Azov, Pravy Sektor, o partido Svoboda e até um tal de Misantropic Division, até as votações contrárias da Ucrânia nas resoluções de criminalização do Nazismo na ONU, em geral somente acompanhada pelos próprios EUA.
A internet está repleta de material sobre isso, há dezenas de vídeos no YouTube, matérias das mais diversas revistas e jornais da grande mídia, uma infinidade de sites e a própria Wikipedia fornece uma vastidão de links sobre o tema. É só usar qualquer site de busca!
Até a Sara Winter contribuiu com isso na época do "Ucranizar o Brasil", que foi tão badalado para substanciar ainda mais as acusações de nazismo ou fascismo contra Bolsonaro.
Numa época onde até YouTuber ancap foi defenestrado por tocar no assunto, e onde se vê suásticas até em logomarca de supermercado, é INACREDITÁVEL que alguém tenha a suprema desfaçatez de fingir que a Ucrânia não seja hoje o maior celeiro mundial do neonazismo.
Isso não pode ser só ignorância, é canalhice mesmo!
COACH IDEOLÓGICO! - Ajudando você a escolher seu lado!
Cá estamos também em guerra. O clangor da batalha de narrativas tornando o Facebook brasileiro um verdadeiro campo bélico onde pretensos heróis e exércitos se defrontam com suas armas retóricas, dialética ou poéticas. A maior parte, porém, patéticas.
A mim, sempre muito menos importou O Quê se defende, e mais O Como essa defesa é feita. O problema não é defender um lado, é fazê-lo de forma contraditória, contra producente, contra os próprios interesses.
Todos tem o direito de escolher uma ideologia de acordo com suas sensibilidades mais profundas, pois algumas pessoas tem personalidade mais gregária, outros mais independentes, uns mais comedidos, outros mais ousados, uns crendo que o pilar basilar deveria ser a fraternidade, a igualdade ou a liberdade.
Mas essa escolha deve ser consciente e justificada, portanto, é preciso ao menos saber o que se está defendendo. Portanto, aqui vai o mapa ideológico básico do alinhamento aos lados em questão.
Se você é totalmente liberal tanto na economia quanto nos costumes, sendo entusiasta de "Estado Mínimo", "Trickle Down Economics", Privatizações e gostou de todas as últimas "reformas" aplicadas pelos governos Temer e Bolsonaro, e AO MESMO TEMPO, também apoia pautas LGBT, Feminismo, Ambientalismo e todos os politicamente corretos do momento, então, não há o que discutir: SEU LADO É EUA E OTAN!
Por outro lado se você é contra tudo isso, também não há dúvida: SEU LADO É RÚSSIA, pois permitir o avanço da OTAN e da UE necessariamente significa apoiar todo o exposto acima.
Mas, se você apoia apenas um dos lados dessas bandeiras, só a parte econômica ou só a parte cultural, além das implicações políticas e sociais, então assuma uma postura mais neutra, ou ao menos um apoio parcial onerado por críticas pontuais. Em suma, não se empolgue com lado algum e fique de olho em ambos.
Porém, O MAIS IMPORTANTE é ter em mente um fato inequívoco. ISSO NÃO É UMA GUERRA DO BEM CONTRA O MAL, nem mesmo da Liberdade contra a Tirania nem da Democracia contra a Ditadura e etc, até porque tudo isso não passa de formas menos boçais de expressar o mesmíssimo maniqueísmo tentando não parecer infantil.
E também tenha em mente outra coisa. A questão Ucrânia e Rússia é antiga, envolvendo fatores étnicos e históricos mais antigos que a descoberta do Novo Mundo, e é absolutamente óbvio que Putin tem como pretensão fortalecer a Rússia com vistas a recriar o Império Russo.
Mas enquanto ele faz isso no seu território natural, os EUA tem como pretensão dominar o planeta inteiro! E isso não é exagero. Basta ter uma noção mínima dos conceitos de Destino Manifesto, Excepcionalismo e Novo Século Americano. Eles jamais se satisfarão com outra coisa que não a dominação global completa. Embora no momento estejam em decadência.
Você pode até achar que isso seja uma boa ideia, e defendê-la em algum sentido. Só não finja que não seja o caso.
Exato. Para a Rússia só há desvantagem em promover massacre e devastação, visto que ela quer a Ucrânia de volta. Pra OTAN, quanto pior a tragédia, melhor pra enfraquecer a Rússia. Por isso Zelensky quer por civis na linha de frente.
Europeus e Americanos são tão desgraçados da cabeça que acreditam ser uma fraqueza, uma desvantagem, um deslize ou uma perda você simplesmente não varrer o inimigo do mapa com ataque aéreo.
Eles literalmente desconhecem uma campanha militar de ocupação e captura terrestre (que é curiosamente o que eles sempre alegaram fazer no oriente médio frente a ONU).
A única campanha militar que tanto a NATO quanto a população dos países que integram ela conhecem é morticínio generalizado e depois bilhões gastos para reconstruir tudo! Kkk
Se a intenção do exército da federação russa fosse genuinamente a aniquilação, tendo eles já o céu, bastava varrer o território inimigo com ataques de bombardeiro (como fez os EUA na Síria), mas como a intenção do governo russo é derrubar efetivamente o governo e não o país, não se faz vantajoso uma destruição completa, obviamente.
Nestes termos, a midia ocidental fica extremamente confusa quando vê tropas russas recuando ao encontrar resistência massiva, mas eles o fazem para contornar a área ocupada e ssim dividir o inimigo e neutralizar sem ter que recorrer a covardia que são as séries de bombardeios coordenados contra uma infantaria inimiga.
Na logística do Pentágono que só conhece ir para frente massacrando tudo e aumentando o poder de fogo quando preciso, tal estratégia antes mencionada se faz impensável! Tanto é que interpretam a tática russa de dividir e contornar como "recuo de tropas russas" e assim fazem manchetes sobre "resistência e vitória do exército popular ucraniano"...
Narrativa pra lá, narrativa pra cá, muita gente tem usado o conceito de "Declaração de Guerra" num sentido literal! Prezáveis, NÃO EXISTE MAIS DECLARAÇÃO DE GUERRA! Elas foram praticamente abandonadas após o fim da Segunda Guerra Mundial. De lá para cá, o que se faz são "operações especiais", "missões de paz", "intervenções estratégicas" etc, que não, não são equivalentes a uma Declaração de Guerra no sentido formal.
Enquanto isso, tem gente por aí dizendo que Putin violou tal ou qual acordo por ter atacado a Ucrânia sem ter declarado guerra, bem como tem gente se perguntando se o Brasil vai declarar guerra à Rússia, ou talvez à Ucrânia! E não é só blogueiro não, tem jornalista, historiador e até cientista político dizendo isso!
Repito, NÃO SE USA MAIS DECLARAÇÕES DE GUERRA, e é melhor que assim permaneça, porque se essa instituição formal for recuperada após quase 80 anos de desuso, então é melhor se preparar para um Inverno Nuclear.
De todas as demonstrações de estupidez que os devotos da grande mídia e da OTAN ostentam como medalhas, destaca-se o espantoso "argJumento" de que não poderiam existir grupos neonazistas na Ucrânia devido ao presidente comediante ser Judeu.
Ainda que essa oposição fizesse algum sentido, seria o equivalente a dizer que uma mulher jamais poderia fazer mal ao próprio filho por ela ser mãe, que um policial jamais poderia cometer um crime por ser um agente da lei, ou que a ideia de alguém trair a própria pátria é inconcebível.
Mas antes de entrar no que mais interessa, não custa lembrar que 'judeu nazista' só é um "triângulo redondo" na cabeça de um "cérebro quadrado", e que um mínimo de pesquisa mostrará exemplos tanto na atualidade quanto durante o Terceiro Reich. (Alguns links abaixo, considerando que é pedir demais que esse pessoal pesquise por si próprio.)* E sempre aproveito para recomendar o ótimo filme The Believer, de 2001, no Brasil titulado como "Tolerância Zero", estrelado por Ryan Gosling, inspirado na história real de um desses curiosos exemplares.
Mas o grande ponto é que o que essencialmente define tanto o Nazismo quanto qualquer forma de Neonazismo é o fato de ser um ULTRA NACIONALISMO ÉTNICO, que não necessariamente tem que estar atrelado a apenas uma oposição étnica específica.
Do contrário, será necessário desinstalar os drivers do próprio Hipocampo cerebral para impedir qualquer recordação de hostilidade de grupos neonazistas contra imigrantes, latinos, negros ou médio orientais, e até, no nosso caso brasileiro, de neonazistas do Sul e Sudeste contra nordestinos, que frequentemente também são brancos.
Como tudo o que os atuais Sobrinhos do Tio Sam sabem sobre Nazismo parece ter sido aprendido num recorte monárquico de episódio do Flow, é provável que sequer saibam que as mais numerosas vítimas dos nazistas não foram os judeus, mas os russos! Menos ainda poderiam imaginar que a Ucrânia é um país cujas etnias eslavas de procedência russa e ucraniana se distinguem a nível linguístico de forma mais drástica e evidente do que a distinção entre germânicos e os judeus asquenazes, falando o mesmíssimo alemão, jamais poderia fazer na Alemanha.
Isso obrigava os nazistas, na maioria dos casos, a conferir a documentação para saber se alguém era judeu ou não, coisa que na Ucrânia, basta o russo abrir a boca para ficar evidente sua ascendência!
O neonazismo ucraniano, sendo assim, está pouco preocupado com os judeus, e sim com os russos, embora isso possa mudar em algum momento, claro. Afinal, sendo a Terra não plana, já deu voltas suficientes para que muita gente boa jamais tenha ouvido falar que o propósito originário do Nazismo sequer era exterminar judeus, e sim exilá-los, para o que foram até mesmo simpáticos ao Sionismo!
Na realidade, o propósito mais fundamental e original do Nazismo era antes combater o comunismo que o judaísmo, no famoso livro do artista austríaco, para cada frase de repúdio a judeus, há dez de repúdio ao comunismo, sendo que frequentemente vem num combo único.
E claro, os russos hoje não são mais comunistas, e por sinal, vale lembrar que Putin é tão judeu quanto Zelensky, embora não "praticantes". Mas considerando ser normal que anticomunistas não saibam a diferença entre a bandeira da URSS e a do Japão, não deveria surpreender que os neonazistas ucranianos também não se importem muito com detalhes.
De qualquer modo, essa questão sequer deveria estar sendo colocada, visto que os negacionistas do neonazismo ucraniano escancarado deveriam é estar tentando entender o fato concreto, e não tentando negá-lo por meio de um pseudo silogismo tacanho, como se uma operação linguística mal feita milagrosamente alterasse a realidade.
Podiam experimentar então recitar "Como é possível haver comunistas no Brasil se o presidente é anticomunista?" para ver se Jones Manoel e companhia desaparecem num passe de mágica.
Talvez estejam evitando pensar nisso, considerando que até o seu mito começou a manifestar um pingo de lucidez, perigando deixá-los órfãos.
Mas não por muito tempo. Toda a trupe liberal da Globo e mesmo da neoesquerda está ansiosa para recebê-los no novo grupo identitário do momento, o OTANmínions.
Sei que muitos não querem fazer uma defesa acrítica do Ocidente, da OTAN e sobretudo dos infindáveis crimes dos EUA mundo afora que superam em muito todos os dos outros países combinados após a Segunda Guerra Mundial.
Que também condenariam com veemência se soubessem que, nesse exato momento está acontecendo coisa pior na Somália e no Yêmem. E sobretudo, que baseiam suas críticas à Rússia em certos valores humanos e éticos.
Ocorre que todos esses valores que usam são criados e irradiados pela mesmíssima "autoridade moral" que já matou no mínimo 10 milhões de pessoas mundo afora em infindáveis guerras, invasões, golpes de estado, embargos econômicos e um sem número de outras agressões. Com a diferença que esse número é consensual e impossível de negar, ao passo que os números alegados por essa mesma autoridade moral contra seus oponentes são controversos e em muito casos completamente fantasiosos.
Os tais "valores éticos universais", e os "modelos políticos e econômicos ideais", propagados por esse polo de irradiação midiático que domina quase todos os grandes órgãos de imprensa ocidentais, são criados sob medida para beneficiar as mais poderosas dinastias hereditárias que já existiram, mas que se ocultam nas sombras do Estado Profundo e controlam fantoches patéticos como Biden e Obama para seus fins pessoais.
Se achar moralmente superior e isento por julgar civilizações alheias com base em valores como 'democracia' e 'liberalismo' tomando como fonte de informação a mesma grande mídia que no fundo sabe ser mentirosa e manipuladora, não é nada mais que ser um marionete ilustrado, alçado um pouco mais alto pelos cordões dos mesmos titereiros.
Como exemplo de que a grande mídia ocidental pró-OTAN é de uma sordidez abjeta, seleciono aqui apenas 4 exemplares de documentários de grandes órgãos de imprensa internacionais sobre milícias neonazistas ucranianas. Todos disponíveis no YouTube.
Nenhum deles tem tradução em português, mas o inglês é claríssimo e na maioria há legendas automáticas cuja tradução para português funciona razoavelmente.
1. O mais novo, de 2019, é da Revista norte americana TIME, intitulado Inside A White Supremacist Militia in Ukraine. (Por dentro de uma milícia supremacista branca na Ucrânia), e na descrição se lê que "O Correspondente da TIME, Simon Shuster, viaja para a Ucrânia no verão de 2019 para investigar milícias supremacistas brancas que estão recrutando pessoas para se juntar a sua luta."
2. De um dos maiores órgãos de imprensa alemão, o Deustch Welle, temos Women and the Azov battalion in Kyiv, Ukraine (Mulheres e o Batalhão Azov in Kiev, Ucrânia), de 2018, cujo nome deixa claro um foco sobre a participação feminina, e explora alguma questões sobre os símbolos usados, além da ênfase nos protestos do Euromaidan.
3. Do jornal britânico independente The Guardian, temos, de 2018, Ukraine's far-right children's camp: 'I want to bring up a warrior' (O campo ucraniano de extrema direita para crianças: Eu quero criar um guerreiro), que mostra acampamentos que desde o começo da adolescência dão treinamento físico e ideológico para futuros combatentes. É o único que não tem legendas automáticas em inglês, mas todas as falas em ucraniano são legendadas em inglês dentro do próprio vídeo. De qualquer modo, as simples imagens já são extremamente esclarecedoras, mas é bom traduzir aqui a descrição do vídeo:
"Na Ucrânia, a milícia de extrema direita Azov está lutando na fronteira – e mantendo um acampamento de verão para crianças. The Guardian visitou o campo e acompanhou o Anton (16 anos) por suas experiências. É Azov realmente uma moderna organização da Juventude Hitlerista, ou está tentando preparar jovens ucranianos para a dura realidade que os aguarda." (Como se uma coisa excluísse a outra.)
Tem quase 760 mil visualizações.
4. O mais antigo é de 2016, da estatal londrina BBC, The far-right group threatening to overthrow Ukraine's government (O grupo de extrema direita ameaçando derrubar o governo ucraniano.) No caso, refere-se ao governo anterior a Zelensky, mostrando a indignação desses grupos contra a corrupção e os acordos de Minsk. Sua descrição trás: "O Setor Direito (Prevy Sektor) e um grupo de extrema-direita da Ucrânia. Eles querem trazer outra revolução no país. Gabriel Gatehouse teve acesso exclusivo ao grupo."
Em todos os casos há discussão sobre o naipe fascista / nazista do grupo, com constantes negações. Mas o mínimo que tais grupos são chamados é de extrema direita e de supremacistas brancos, com muitos entrevistados acusando-os abertamente de nazistas e com evidentes elementos estéticos e retóricos inconfundíveis no imaginário popular. Seu anticomunismo é escancarado, bem como sua aversão aos russos e disposição de lutar por uma "Ucrânia acima de tudo! Glória." Também é claramente mostrada a questão da Guerra do Donbass que se arrasta desde 2014 e apontado o fato de que a milícia Azov foi oficialmente integrada pelo governo ucraniano.
E a questão não é fazer um julgamento de valor. Eu até reconheço algumas virtudes louváveis nesses movimentos. O ponto é que POR MUITISSÍSSIMO MENOS organizações vagamente similares seriam inequivocamente tachadas como nazistas e proibidas em praticamente todos os países ocidentais. E que esses mesmíssimos órgãos de imprensa que fizeram esses documentários, hoje estão agindo como se nada disso jamais tivesse existido e até mesmo acusando Vladimir Putin de espalhar Fake News ao citar sua existência!
Sim! Estamos num momento onde milícias neonazistas estão sendo omitidas, ou até mesmo vistas como heroicas, pelo simples fato de serem anti-rússia, e a vilanização da Rússia e de Putin chega ao ponto de acusar a ele de nazista!
O último vídeo no meu "Mr Tubi" passou da marca de mil visualizações em menos de 48 horas, desbancando Amor & Monstros MGTOW - Vídeo 237 que detinha o título de vídeo proporcionalmente mais bem sucedido do canal, por ter agora mais de 900 views em menos de 10 meses, só perdendo para vídeos de mais de 5 anos atrás.
Temo que o título tenha colaborado para esse inesperado sucesso que também me trouxe uns 20 novos inscritos, me deixando mais perto da marca de 1.000 do que nunca.
Se for verdade, será forçoso admitir que, infelizmente, Olavo de Carvalho é que estava certo: o negócio é falar "cu!"
A vocês que tem estômago para se submeter ao suplício de acompanhar a grande mídia, pergunto: após o "ato falho" de Victoria Nuland, e a confissão aberta de Tulsi Gabbard confirmando as acusações russas e chinesas, a mídia ainda está fingindo que os laboratórios biológicos potencialmente letais dos EUA na Ucrânia não existam?
Os liberais totais, aqueles que "liberam geral" na economia e nos costumes, ao menos tem a virtude da consistência ao apoiar o OTANistão. Problema maior está nos conservadores que insistem em se posicionar ao lado de quem eles mesmo acusam de destruir a família e as tradições, mas aqui, quero comentar os progressistas.
Aqueles que tem clareza quanto ao fato de que houve um golpe de estado no Brasil, apoiam Dilma e Lula, odeiam Bolsonaro e Sérgio Moro, mas, ainda assim, engolem a versão da mesma grande mídia, que também odeiam, ignorando que a Ucrânia passou por um processo perfeitamente análogo ao brasileiro, só que muito pior!
Vejamos.
1) Em 2013, após recusar propostas do Governo Obama de trocar parcerias com Rússia e China em prol de parcerias com os EUA, o Brasil passou a ser assolado pelas Jornadas de Junho. Ao final do mesmo ano, após recusar propostas de trocar aproximação com a Rússia para a aproximação com os EUA, a Ucrânia foi assolada pelo Euromaidan. Em ambos os casos, esses períodos envolveram visitas do então vice presidente norte americano, um tal de Joe Biden.
2) No Brasil, o frenesi começou com um protesto contra o preço das passagens, na Ucrânia, por uma recusa a aderir a União Europeia, mas em ambos os casos o pretexto original logo foi esquecido em prol de uma balbúrdia generalizada que se estendeu para temas distintos dos quais predominaram críticas à corrupção e a todo o sistema político em si, com violência e quebradeira generalizada. Lembrando que o caso ucraniano é muito mais grave que o brasileiro, por aqui tivemos alguns feridos e uns poucos mortos, na Ucrânia foram centenas de mortos. Cá tivemos Black Blocks e P2 infiltrados nas manifestações para exponenciar a violência repressiva pondo a culpa no governo, lá tivemos membros de grupos neonazistas que chegaram a atirar contra manifestantes pondo a culpa no governo.
3) A popularidade de Dilma, que não era baixa, despencou após os protestos, e seu governo foi sendo cozido lentamente até seu impeachment em 2016. A popularidade de Viktor Ianukovytch, então presidente ucraniano, que já era bem menor, despencou ainda mais, só que invés do banho-maria, ele foi fritado em tal velocidade que teve que fugir do país. Em ambos os casos, foram imediatamente sucedidos por vices completamente submissos aos EUA, que de imediato iniciaram reformas em sentido completamente oposto ao do ocupante anterior do cargo.
4) O processo de desestabilização e destruição de ambos os países, porém, estava só começando. No Brasil, após manifestações anti corrupção, a Operação Lava-Jato colocou na cadeia de forma criminosa o político que teria ganho as eleições, e Michel Temer iniciou uma cruzada de devastação das bases trabalhistas, políticas e econômicas da nação. Na Ucrânia, uma série de ofensivas ainda mais agressivas especialmente sob o governo de Petro Poroshenko, também em nome do combate a corrupção, criminalizou partidos de esquerda inviabilizando a maior parte das candidaturas que poderiam levar de volta ao poder um presidente não capacho dos EUA. Lá, isso permitiu a chegada ao poder de Volodymyr Zelenskyy, aqui de Bolsonaro, mais uma vez, ambos babadores de ovo dos EUA.
5) Nos dois casos a situação econômica só piorou! E apesar de ter recebido quase 3/4 dos votos válidos, a participação popular na eleição, que é voluntária, foi baixíssima, de modo que proporcionalmente menos de 40% da população de fato votou no comediante, até porque a essa altura, muitos ucranianos de ascendência russa nem tinham mais como votar. No Brasil, apesar da vitória de Bolsonaro, o nível de abstenção foi recorde, de modo que um percentual populacional parecido efetivamente votou em Bolsonaro. Mas ainda mais interessante é que, em ambos os casos, pouco depois de eleitos, suas popularidades despencaram, estabilizando, os dois, em torno de 25%.
6) No Brasil, o fechamento do congresso ficou só na vontade dos bolsonaristas, na Ucrânia, Zelensky efetivamente dissolveu o parlamento, o que é constitucionalmente previsto, porém, foi feito de forma antecipada, irregular e acusada por muitos de golpe. Com isso, ele antecipou as eleições parlamentares e conseguiu maioria absoluta no congresso para seu recém criado partido, o Servo do Povo, graças a sua popularidade momentânea. Por aqui, Bolsonaro até conseguiu uma maioria significativa no congresso com seu PSL, eleita graças a sua popularidade momentânea, mas cujo domínio do Congresso minguou rapidamente.
7) A relação de Bolsonaro com milícias é fato notório, incluindo condecorações e parcerias com milicianos condenados por assassinato. Na Ucrânia, Zelensky também colocou em seu governo membros notórios de milícias neonazistas. Sara Winter e o ex policial com diversos assassinatos nas costas, Daniel Silveira, não estavam brincando quando falavam em "ucranizar o Brasil", até porque grupos que ajudaram a colocar Bolsonaro no poder, como o MBL, assumiram abertamente que tinham contado com os movimentos ucranianos do Euromaidan. A diferença, é que, por aqui causaram alguns motins locais, assassinatos pontuais, incluindo o de Marielle Franco, e ficaram só no discurso no sentido de "fuzilar a petralhada", sonhando em "matar 30 mil". Na Ucrânia, as milícias neonazistas efetivamente iniciaram uma limpeza étnica anti russa no país, resultando numa guerra civil separatista que ao longo de 8 anos matou quase 15 mil.
Chega. Poderia apontar muito mais convergências, destacando sempre que o caso ucraniano é, porém, muito mais grave. Mas o ponto é que não é possível ver o atual governo da Ucrânia como algo belamente democrático sem assumir que Bolsonaro seria muitíssimo mais democrático e isento de qualquer mácula, bem como somente a insanidade permite ver nazismo ou fascismo em Bolsonaro sem admiti-lo no caso escancaradamente mais evidente do Governo Zelensky.
Ambos os países foram vítimas de "Revoluções Coloridas", leia-se, processos golpistas perpetrados, COMO SEMPRE, pelos EUA, com a diferença que aqui ainda é preciso tem um mínimo de disposição para olhar para as evidentes relações de Sérgio Moro e Deltan Dallagnol com o Departamento de Estado Norte Americano, com direito até a visitas à sede da CIA. Na Ucrânia, o próprio Departamento de Estado, por meio de figuras como Victoria Nusland e do próprio Joe Biden, foi publicamente cumprimentar e posar para fotos com os golpistas.
O atual apoiador de Lula e Dilma que grita que em 2016 sofremos um golpe e xinga Bolsonaro de fascista, só pode apoiar o governo ucraniano às custas do mais primário senso de dignidade intelectual e moral.
A Ucrânia bombardeia a população russa de Donbass há 8 anos, desde 2014 - atacando escolas e hospitais. A Ucrânia, desde 2013 (revolução Maidan que derrubou ilegamente um presidente) vem impondo um ultranacionalismo, que é apoiado pela extrema-direita. O batalhão neonazi (Azov) foi incorporado oficialmente à Guarda Nacional (ter um presidente judeu hoje não muda esse fato). Além disso, esse país bilingue vem proibindo e limitando a lingua russa em diversos âmbitos e glorificando como herois nacionais figuras controversas que colaboraram com os nazistas na 2a guerra mundial (como Stepan Bandera), causando assim uma polarização no país. No geral, a Ucrânia vem adotando políticas chauvinistas que vêm criando problemas nas relações bilaterais com a própria Polônia vizinha e com os gregos, entre outras minorias étnicas.
No início desse ano, a Ucrânia bombardeou a região de Donbass inteira (região com grande população étnica russa), inclusive infraestrutura civil, o que caracteriza um terrorismo de Estado.
Concorde-se ou não com as operações de guerra atuais de Moscou, é sempre importante relembrar esse fato "esquecido". A guerra não começou agora: começou em 2014. O que mudou foi o reconhecimento russo às duas repúblicas rebeldes de Donbass (Donetsk e Lugansk) e a entrada de Moscou no conflito.
A outra questão é a expansão da OTAN, a aliança militar do ocidente, com uma série de provocações e exercícios militares nas fronteiras russas: basicamente o Ocidente vem usando a Ucrânia para provocar a Rússia - recomendo ler os artigos do cientista política Mearsheimer.
Esse é o contexto "esquecido". Ninguém é obrigado a "apoiar" uma guerra que todos lamentamos, mas a hipocrisia do Ocidente neste caso é visível.
Só nos resta rezar para que seja re-estabelecida a paz entre dois povos irmãos e para que o governo brasileiro mantenha sua neutralidade.
ARMA DE DESTRUIÇÃO EM MASSA: todo e qualquer tipo de arma nuclear, química ou bacteriológica em poder, ou supostamente em poder, de nações não alinhadas ou submissas aos EUA.
CRIME DE GUERRA: todo e qualquer tipo de resultado de ação militar, e somente essas, que contrarie os interesses políticos e econômicos dos EUA.
DITADURA: todo e qualquer tipo regime político, e somente estes, que não seja aliado ou submisso aos EUA.
INTERVENÇÃO HUMANITÁRIA: toda e qualquer forma de ação militar, e somente essas, que atenda aos interesses políticos e econômicos dos EUA.
REVOLUÇÃO: todo e qualquer tipo de Golpe de Estado, e somente esses, que troquem um governo não alinhado nem submisso aos EUA, por outro que o seja.
TERRORISMO: toda e qualquer forma de ação militar, e somente essas, que entre em choque contra os interesses dos EUA.
Assim, os mísseis hiperluminais russos podem viajar no tempo, atingindo seus alvos antes mesmo da guerra começar. Aliás, antes mesmo de pensarem numa guerra. Na verdade, foi assim que os nazistas foram derrotados no front russo na Segunda Grande Guerra. Aquele inverno "nuclear" especialmente rigoroso foi resultado desses mísseis vindo do futuro!
E hoje, finalmente entendemos o porquê do silêncio. A questão das centenas de biolaboratórios norte americanos diretamente promovidos por órgãos militares ao redor do mundo é algo que supera as mais delirantes ficções. A imensa maioria sequer está pronta para pensar sobre isso.
Os JOGOS MUNDIAIS MILITARES são uma espécie de "Olimpíadas" alternativas, realizados também a cada 4 anos, que infelizmente tem recebido pouca atenção do público geral. No Brasil, a maioria ouviu falar dele pela primeira vez em 2011, quando foram realizados no Rio de Janeiro, ocasião na qual conquistamos 114 medalhas (45 de ouro), ficando em primeiro lugar. Em segundo ficou a China, com 99 (37 de ouro).
Mas o evento ocorre desde 1995, sendo sediado pela primeira vez em Roma, e depois em Zagreb (Croácia), Catânia (novamente na Itália), Hyderabad (Índia), Rio de Janeiro, Mungyeong (Coréia do Sul), e no ano passado em Wuhan (China), entre os dias 18 e 27 de Outubro, onde, sem surpresa, desta vez a China ficou em primeiro lugar com 239 medalhas (133 de ouro), seguida pela Rússia com 161 (51) e Brasil em terceiro, com 88 (21).
Sim, a mesma Wuhan onde se iniciou o surto de Coronavírus em Dezembro passado, recebeu, menos de dois meses antes, 9.308 atletas de forças militares de 110 países diferentes, sem contar as equipes de apoio, público e imprensa, o que nos permite estimar no mínimo uns 30 mil estrangeiros, provavelmente muito mais. (Há uma espantosa escassez de informações a respeito, o jornal chinês Xinhua Net é um dos poucos portais com ampla cobertura do evento.
É com base nisso que alguns chineses tem circulado uma teoria conspiratória de que o vírus SARS-Cov-2 não é originário da China. O pontapé inicial foi dado por Zhao Lijian, vice-diretor do Ministério de Relações Exteriores chinês, que twittou vídeos onde o chefe do Centro de Controle de Doenças norte americano teria dado a entender ter havido mortes antes de 29 de Fevereiro, data alegada da primeira vítima nos EUA, que posteriormente teriam sido consideradas causadas pela COVID-19.
Daí, uma onda de boatos passaram a considerar que tanto o vírus poderia ter se espalhado antes do que se pensava pelo mundo (levado pelos que visitaram Wuhan), quando que até mesmo poderia ter sido trazido de fora do país, como questionou o infectologista chinês Zhong Nanshan.
Vale lembrar que o fato de uma epidemia ter eclodido em algum local não significa que o patógeno se origine ali, visto que as populações residentes costumam estar ambientadas aos seus ecossistemas, e é justamente a introdução de um microorganismo externo ao qual não estão imunizadas que pode desencadear um surto infeccioso a partir do qual surgem novas mutações tornando ainda mais difícil saber a procedência desse patógeno.
Mas o importante aqui é considerar que mesmo não havendo evidências que suportem a tese da origem estrangeira do vírus (ainda que seja incomensuravelmente mais plausível do que o delírio de que a China infectou deliberadamente a própria população), o fato é que muitos chineses estão desconfiados. Tendo sido duramente atingidos e pairando suposições como essa, não é de se admirar que tenham ficado bastante revoltados com teorias conspiratórias ocidentais que afirmam justamente o oposto. Daí a baixa tolerância com o "Vírus Chinês" de Trump ou a bananice do boneco de ventríloco Dudu B3, absolutamente incapaz de emitir um único pensamento original.
Isso porque o médico Li Weilang que está sendo considerado como um herói trágico, que teria sido perseguido pelo governo Chinês, só se destaca pelo fato de ter morrido. Mais de uma dezena de médicos foram de fato advertidos porque deixaram vazar uma informação efetivamente falsa, de que as pneumonias que estavam verificando seriam resultantes de SARS-Cov. A verdadeira responsável pela descoberta foi na verdade a Doutora Ai Fen, que tomou contato com o primeiro caso suspeito em 18 de Dezembro. O segundo foi dia 27.
Porém, a versão oficial do governo foi que o vírus não era o SARS-Cov, sendo na verdade desconhecido, como foi informado já 31 de Dezembro à Organização Mundial de Saúde. Só depois o vírus foi nomeado como SARS-Cov-2, um NOVO CORONAVÍRUS!
Foi por isso que os profissionais foram chamados a atenção, embora nenhum tenha sido punido. O verdadeiro problema foi a repercussão nas redes sociais, e tal qual nosso atlético presidente, as autoridades chinesas também se procupam com disseminação de informações alarmistas que possam gerar pânico e prejudicar a economia, como ocorreu com o mercado de frutos do mar Huanan, considerado pelos mesmos profissionais, e também erroneamente, como o ponto zero da epidemia.
Por fim, há a suspeita de que boa parte do contágio mundial possa ter ocorrido bem antes, com os estrangeiros que estiveram em Wuhan em Outubro e possam ter servido de agentes transmissores, não intencionais, é claro. Também não acredito na teoria de conspiração popular entre os chineses que foram os atletas militares norte americanos que trouxeram intencionalmente o vírus à mando da CIA. Haveria formas muito mais discretas de fazer isso.
Por sinal, a maioria delegação foi a brasileira, e os EUA, de modo surpreendente, tem tido baixo desempenho nessas competições.
Mas é bom lembrar que muito desses estrangeiros, a maioria militares, poderiam muito bem ter contraído o vírus e disseminá-lo sem suspeitar, uma vez que, em sua condição de atletas, caso o contraíssem, não seriam derrubados por aquilo que para eles seria só uma gripezinha.
Também não aposto nessa possibilidade. Só não a descarto justamente pelo silêncio sepulcral da quase totalidade da mídia em relembrar os Jogos Militares de 2019 em Wuhan e sua incrível proximidade com o surto de coronavírus.
Nota: postei no Facebook esse meme, que eu mesmo fiz, e ele foi mais enigmático do que eu esperava, despertando comentários iniciais que ignoraram por completo a sutileza irônica.
CARA DE ALHO! Já pesquei SEIS!!!
É óbvio que se trata de uma alegoria do "Batman e do Coringa!"
Winter on Fire: Ukraine’s Fight for Freedom (2015) disponível e fazendo muito sucesso na NETFLIX, praticamente sequestra para si o conceito de mockumentary, num nível muito mais preciso do que The Blair Witch Project (1999) jamais poderia imaginar. O que poderia ser resumido em “uma câmera na mão e muita ação sem direção” termina resgatando o conceito de mockery (zombaria) e produzindo não um documentário, mas no máximo um registro pessoal de momentos dos protestos do Euromaidan em 2013/2014 sem sequer tentar simular algum grau de análise.
NENHUMA contextualização histórica, NENHUMA leitura econômica, NENHUM enquadramento geopolítico, e aliás, reitera frequentemente que as pessoas ali não tem qualquer noção política, não dão qualquer atenção a questões sociais reais e não tem o mínimo senso de realidade. NÃO SOU EU QUE ESTOU DIZENDO, vários dos entrevistados mostram, e dizem isso abertamente.
Além das cenas marcantes, o que se tem são infindáveis depoimentos de manifestantes dizendo o quando foram espancados, youtubers falando em democracia e celebridades dizendo que querem liberdade. É impossível, vendo essa espantosa peça de propaganda, formar a mais vaga ideia do que raios estava de fato acontecendo no país, exceto a ladainha exaustivamente repetida do “somos europeus e queremos um futuro melhor”.
Tal peça motivacional até tem alguma utilidade pela coletânea de imagens e dados que podem ser analisados por quem tiver uma visão mais ampla. Há uma fala muito interessante de uma influencer que diz que os eventos são mais assustadores pela TV do que ao vivo, chega a ser estranho o modo como é frisado o quanto as mulheres são poupadas da violência policial, que por outro lado, contra homens, é frequentemente brutal e incompreensível, e há imagens muito interessantes. O piano ao ar livre pintado com as cores da bandeira rende um momento lindo.
Mas tentar extrair dali alguma lição histórica ou entendimento social, econômico e político é impossível. Tal como seria um estrangeiro que nada entende do Brasil tentar fazer o mesmo assistindo vídeos das manifestações e depoimentos emocionados de Sininho, Mamãe Falei e Pablo Capilé em meio ao calor dos protestos.
Sem contar pérolas do tipo, “a polícia está batendo com barras de ferro invés de cassetetes” embora só mostre os cassetetes, “como eles são maus e perversos”, “é covardia bater em crianças” ou “a polícia está jogando... coquetéis Molotov nos manifestantes!” É sério! Um garoto que tem um tempo de fala enorme diz isso! Embora, mais uma vez, nada seja mostrado! E prossegue com "estamos dispostos a morrer pela liberdade, a Ucrânia será parte da Europa, viemos aqui pra morrer pelo futuro de nossos filhos, até quem não tem filho!" (É SÉRIO!) ou "que tipo de mãe cria um filho capaz de atirar numa pessoa que está socorrendo outra!" Em suma, momentos de tamanha pieguice capazes de deixar o mais brega dos idiOTANs constrangido.
Quem quiser um documentário de verdade sobre o assunto terá que assistir UKRAINE ON FIRE (2016), de Oliver Stone, disponível precariamente no “SeuTubo”, mas sendo sistematicamente derrubado, perseguido e censurado ao ponto de ter sua existência omitida no verbete sobre o diretor na Wikipedia.
Comparar um com o outro é como comparar um “Trabalho de Geografia” redigido por um estudante do 5° ano ao Choque de Civilzações de Huntington. Oliver Stone apresenta um background histórico que, por si só, já elucida nos primeiros minutos uma vastidão de temas. Se atém constantemente ao jogo de forças políticas e econômicas externo, entrevista autoridades diretamente envolvidas, expõe as evidências gritantes da manipulação de massa, criação repentina de canais de TV, o trabalho de contra informação e a presença massiva do Departamento de Estado do EUA em todos os estágios do processo, abrangendo não só Kiev, como o faz o documentário da Netflix, mas várias outras cidades e mostrando que nelas os protestos tinham naipe completamente diferente.
Em Winter on Fire temos claramente a visão da turba irracional dentro das manifestações, em Ukraine on Fire temos a visão de quem manipulava essa massa de manobra, inclusive dizendo quem são aqueles líderes que o mocumentário da Netflix apenas mostra como se saber quem são não fosse importante.
Sim, Oliver Stone é claramente um crítico das ingerências norte americanas mundo afora, e assim, visto como pró-Rússia. Entrevista Vladimir Putin e Viktor Yanukovich e mostra tudo aquilo que a grande mídia tanto não quer que você veja que simplesmente baniu o documentário onde pôde.
Mas qualquer um que o assista não tem como não ser abalado, MESMO UM LIBERAL 100% PRÓ-EUA E OTAN! No mínimo, é útil para que possa aperfeiçoar seus argumentos e, na pior das hipóteses, para que possa mentir de forma mais convincente.
Enquanto isso, assistir Winter on Fire não fará a menor diferença para ninguém, independente de sua posição inicial. Não serve nem mesmo como munição anti-Putin e é tão genérico que poderia estar falando de quaisquer protestos em qualquer lugar do mundo. Curiosamente, as frases finais em tela preta, menos de 10, falando sobre o que acontece após os três meses de agitação, conseguem ser mais informativas que os prévios 90 minutos de vídeo!
Quem ainda não o tiver feito, recomendo assistir o da Netflix primeiro, e depois o do Oliver Stone. A sensação é de sair direto do Jardim de Infância para um debate acadêmico de alto nível, e mesmo sendo de 2016, o documentário é tão visionário que parece ter sido feito há menos tempo, possibilitando antever até mesmo o que estamos vivendo agora.
A OTAN não tem outra opção a não ser censurá-lo mesmo.
No nosso tocante, lembro que tudo isso começou uns 10 dias após um youtuber ancap ter um bigodinho pintado embaixo do nariz por dizer que até nazista deveria ter liberdade de expressão, e uma profusão de "suasticofobia" tomar conta das redes. Sem contar os anos de "Bolsonaro é fascista/nazista".
Tudo isso demonstra que todo esse suposto repúdio nazismo jamais passou de hipocrisia, apenas por ser o meio mais vantajoso de se perseguir os mesmos e nefastos objetivos. No momento em que o contexto demandar, imediatamente promove-se o "Nazismo do Bem" sem um pingo de vergonha!
Assim como já o foi em nome da ameaça soviética, agora o é em nome da ameaça russa.
Mídia ocidental se une para encobrir neonazistas ucranianos
Por Nebojsa Malic*
Vários meios de comunicação usam os mesmos argumentos, citações e 'especialistas' para branquear o notório regimento Azov da Ucrânia
Durante a última semana de março, vários grandes meios de comunicação no Reino Unido e nos EUA publicaram reportagens sobre o ‘Azov Battalion’ da Ucrânia, buscando encobrir quase uma década de reportagens anteriores que identificavam claramente as simpatias e o ethos nazistas da unidade.
Supostamente agindo de forma independente, eles, no entanto, usaram os mesmos argumentos e muitas vezes o mesmo palavreado, sugerindo um esforço conjunto para transformar os homens da unidade em defensores heróicos da Ucrânia contra os supostos fascistas “reais” – os russos.
A última onda de idolatria do Azov começou algum tempo antes da operação militar russa – notória foi a imagem muito divulgada de uma vovó ucraniana empunhando uma AK-47, treinando para repelir invasores no acampamento do regimento.
A última semana de março, no entanto, viu os pedaços de propaganda surgirem como buracos de bala depois de uma rajada de AK.
O primeiro foi um vídeo de dez minutos, da emissora estatal britânica BBC, em 27 de março, no qual o apresentador Ros Atkins tenta desmascarar as "inverdades" russas sobre os nazistas na Ucrânia.
Como a Ucrânia pode ser "refém" dos nazistas quando seu presidente, Volodymyr Zelensky, é judeu, Atkins argumenta, apontando para seus 73% dos votos na última eleição, e declarando triunfante que "nenhum grupo de extrema direita tem qualquer poder político formal na Ucrânia”.
Lembre-se dessa palavra, “formal” – ela é chave aqui.
O artigo de Atkins deu o tom para os artigos que se seguiram.
Dois dias depois, em 29 de março, o Financial Times publicou uma matéria descrevendo o Azov como "chave para o esforço de resistência nacional".
Embora reconheça que o Azov foi criado em 2014 "por voluntários com inclinações políticas nacionalistas e muitas vezes de extrema direita", o FT ignora suas conexões nazistas.
Assim, os símbolos nazistas usados ??pela própria unidade são descritos como "agora reivindicados como símbolos pagãos por alguns membros do batalhão".
Isso é considerado pelo valor de face, mas é literalmente falso. O "Sol Negro" (também conhecido como Sonnenrad) remonta a um mosaico encomendado na década de 1930 pelo chefe da SS nazista Heinrich Himmler, enquanto o símbolo Wolfsangel sobreposto - heráldica histórica alemã, não ucraniana - foi usado por vários regimentos da Wehrmacht e SS, bem como nazistas holandeses, durante a Segunda Guerra Mundial.
Mais precisamente, os próprios símbolos foram escolhidos pelo fundador da Azov, Andriy Biletsky – um notório supremacista branco – como ele mesmo disse a outro veículo em 2014.
Os repórteres do FT na verdade reproduzem uma citação de Biletsky - nada de seu passado sórdido é mencionado - mas a citação principal vem de Anton Shekhovtsov, que afirma que o "Azov se despolitizou" e sua "história ligada ao movimento de extrema direita é bastante irrelevante hoje".
Devemos apenas aceitar a palavra de um ucraniano profissional "especialista nas conexões da Rússia com a extrema direita da Europa", porque, como os próprios combatentes Azov dizem, os russos são os verdadeiros nazistas!
A cereja no topo do bolo é um pedido de um lutador Azov - identificado apenas como Kalyna - "para não confundir os conceitos de patriotismo e nazismo".
Enquanto isso, o FT descreve Stepan Bandera - o notório nacionalista ucraniano que tentou colaborar com os nazistas e supervisionou o assassinato em massa de poloneses e russos - como "um líder nacionalista que se opôs aos esforços nazistas e soviéticos para impedir a independência da Ucrânia".
Nesse mesmo dia, 29 de março, a CNN publicou sua própria versão da história. Zelensky é judeu, confere. Azov tem um "histórico de tendências neonazistas, que não foram totalmente extintas por sua integração nas forças armadas ucranianas", mas é "uma força de combate eficaz", confere. A ala política de Azov ganhou apenas 2,15% dos votos em 2019 – citando um pesquisador alemão desta vez – confere.
O texto também menciona Biletsky, mas diz que ele supostamente falou em querer "liderar as raças brancas do mundo em uma cruzada final" - deixando de fora a parte que diz "contra os Untermenschen [seres inferiores] liderados pelos judeus".
Eles então citam o Azov negando que ele tenha dito isso e, de qualquer forma, o batalhão "não tem nada a ver com suas atividades políticas e o partido National Corps" - embora a própria CNN o descreva como a "ala política" do Azov.
A CNN também pesquisou uma citação de 2019 de Arsen Avakov – ministro da polícia no governo pós-Maidan – na qual ele afirma que as acusações de laços nazistas são “uma tentativa deliberada de desacreditar” o Azov e os militares ucranianos.
Este é o mesmo Avakov que o rabino-chefe da Ucrânia, Yaakov Bleich, criticou em novembro de 2014, dizendo que "continua a indicar pessoas de reputação questionável e ideologias contaminadas com fascismo e extremismo de direita".
Por último, mas não menos importante, há o Times of London de 30 de março. Sua reportagem começa com a descrição emocional de um funeral de um soldado do Azov morto nos combates fora de Kiev.
O diário também descarta a iconografia nazista como talvez enraizada na "fé pagã original" da Ucrânia, embora admita a "marca registrada Wolfsangel do Azov, também usada pela Alemanha nazista".
"Somos patriotas, mas não somos nazistas", é uma citação atribuída ao oficial do Azov, Yevgenii Vradnik, e dá título à reportagem.
No final, o Times cita um comandante do Azov em Mariupol, que acusa os russos de serem "os verdadeiros nazistas do século 21". Confere e confere.
Nada para ver aqui, apenas jornalistas ocidentais fazendo relações públicas para neonazistas
Como um aparte, os membros do Azov aparentemente são muito bons em disseminar a nova mensagem – conhecem seu público e sabem quais botões apertar.
Por exemplo, o artigo do Times menciona repetidamente seus elogios aos foguetes antitanque britânicos NLAW.
Compare isso com algumas das coberturas que o Azov obteve no Ocidente antes de 2022. Em janeiro de 2021, a revista TIME os chamou de milícia que "treinou e inspirou supremacistas brancos de todo o mundo".
"O Azov é muito mais do que uma milícia. Tem seu próprio partido político; duas editoras; acampamentos de verão para crianças; e uma força vigilante conhecida como Milícia Nacional, que patrulha as ruas das cidades ucranianas ao lado da polícia", diz o artigo da TIME, observando que "também possui uma ala militar com pelo menos duas bases de treinamento e um vasto arsenal de armas, de drones e veículos blindados a peças de artilharia".
Eles também parafraseiam as palavras da "chefe de alcance internacional" do Azov Olena Semenyaka, que lhes disse durante uma turnê de 2019 que a missão do grupo era "formar uma coalizão de grupos de extrema direita em todo o mundo ocidental, com o objetivo final objetivo de tomar o poder em toda a Europa”.
Antes dos eventos de 2014, Biletsky liderou um “grupo terrorista neonazista” chamado Patriota da Ucrânia, cujo “manifesto parecia arrancar sua narrativa diretamente da ideologia nazista”, diz a TIME.
Em uma entrevista após o golpe da Maidan, ele disse à revista que escolheu a insígnia do Azov. Nenhuma menção a símbolos "pagãos", apenas uma referência ao Sol Negro e Wolfsangel sendo "usados ??pelos alemães" na Segunda Guerra Mundial.
Até mesmo os investigadores do Bellingcat, aquele "coletivo de inteligência de código aberto" que aparentemente serve de canal para a agenda da inteligência britânica, levantou bandeiras vermelhas sobre o Azov.
Aqui estão eles em outubro de 2019, reclamando sobre como os militantes intimidam Zelensky a não se retirar do Donbass conforme exigido pelos acordos de Minsk.
Embora os "grupos de extrema direita" tenham "apoio popular insignificante e poder eleitoral praticamente inexistente" - lembra-se do ponto de discussão de Atkins naquela reportagem citada anteriormente? - eles "continuam tendo sucesso em se integrar na política e na sociedade ucraniana", registrou o Bellingcat.
Esta não é exatamente a primeira vez que a mídia corporativa e estatal no Ocidente repagina um grupo que ela própria até recentemente descrevia – corretamente – como extremista.
Por exemplo, apenas no ano passado, a televisão pública dos EUA procurou branquear os afiliados da Al-Qaeda na Síria – a Frente Al-Nusra, mais tarde “rebatizada” como Hayat Tahrir al-Sham – como “rebeldes moderados”.
Política e guerra são companheiros estranhos, com certeza, mas se seus companheiros são admiradores abertos de Adolf Hitler e Stepan Bandera, talvez seja hora de revisitar aquele esboço de comédia da BBC Three de 2012 e perguntar: "Nós somos os bandidos?"
*Nebojsa Malic é uma jornalista, blogueira e tradutora sérvia-americana, que escreveu uma coluna regular para Antiwarpontocom de 2000 a 2015 e agora é escritora sênior da Russia Today.
Chegamos a tal nível de alienação política que passamos a ter a convicção de que uma sociedade lutando contra si própria, onde metade da população odeia o governante e há rachas em famílias por questões ideológicas, é o modelo ideal de democracia, e qualquer país que tenha um amplo consenso interno passa a ser ditadura. Diante dos mais de 80% de aprovação de Putin na Rússia, e de 40% de Biden nos EUA, há quem ache que o segundo é o exemplo inspirador.
É trivial que a Ucrânia não pode vencer a Rússia, que só não a trucida porque não quer. E como a OTAN não irá enviar soldados, mas continua enviando armamentos e munições, a maioria velhos e defasados, serão os ucranianos que permanecerão morrendo nos campos de batalha invés de se render. Quer os homens forçados a serem militares pela conscrição obrigatória implementada pelo comediante, quer os civis que ele convocou para o combate já no primeiro dia da Operação Z.
Se até o mais alucinado crente na santidade dos EUA, e que acredita piamente que Putin age por pura maldade demoníaca, tem que admitir que para a Rússia muito melhor seria se a Ucrânia se rendesse o quanto antes, também é óbvio que os inimigos da Rússia querem que o conflito se entenda o mais possível com o objetivo de desgastar o maior país do mundo.
Daí se vê a perfídia genocida dos que torcem pelos EUA e OTAN, que não só fizeram vista grossa para o massacre de mais de 15 mil russos no Donbass ao longo de 8 anos, como estão dispostos a combater a Rússia até o último ucraniano.
Se acha que o Brasil "não dá certo",
imagina a Ucrânia, que desde a
independência em 91, perdeu
15% de sua população. (ANTES da Operação Z.)
Ilustrando, ao se desmembrar da URSS, a Ucrânia tinha mais de 51 milhões de habitantes, e de imediato começou um massivo êxodo. Tá vendo aquela queda brusca ali entre 2010 e 2020? Foi por causa do Euromaidan, aquele que a Netflix celebra como uma conquista da liberdade, que promoveu uma guerrilha urbana que expulsou o presidente democraticamente eleito do país (pró-Rússia), sob o pretexto de entrar pra União Europeia e combater a corrupção. E no final, não conseguir nem um nem outro, tendo inclusive um comediante presidente com milhões de dólares em offshore.
O gráfico, adaptado do que pode ser encontrado em en.wikipedia.org/wiki/Demographics_of_Ukraine só vai ate 2020. E depois do início da Operação Z, os refugiados já devem ultrapassar 4 milhões.
Em suma, no total, nesses 31 anos de existência como nação independente, a Ucrânia caiu de 51 milhões para menos de 40 milhões de habitantes.
...quedas similares aconteceram em vários ex integrantes da URSS com a exceção parcial da própria Rússia, justamente por ter havido migração destes para ela. Mas o caso ucraniano é certamente o mais expressivo. Belarus por exemplo, também teve queda, mas afetando menos de 10% do total populacional original e bem mais continuo. Outros países menores, como Letônia e Lituânia, até tiveram quedas proporcionalmente maiores, mas como são populações muito pequenas (menos de 2 e 4 milhões de habitantes), são mais instáveis e o impacto é muito inferior ao caso ucraniano, que ainda é uma dos países mais populosos da Europa.
Parte dessa queda também não é migratória, mas devido as baixíssimas taxas reprodutivas. A Estônia não é apenas um dos, talvez o, países menos religiosos do mundo, mas também um com as menores taxas reprodutivas, abaixo da linha de reposição populacional. Problema que, aliás, afeta não apenas toda a ex-URSS, somente a Rússia tendo sido capaz de reverter isso, mas também toda a Europa. Só que outros países tendem a reverter isso com migrantes, muitos vindo de fora da Europa, o que na Ucrânia não parece funcionar. O ex BBB de origem síria, Kaysar Dadour, talvez exemplifique o porquê.
E voltando a falar na Ucrânia, seu caso fica evidentemente mais grave quando comparado a outros países europeus de porte similar. Ora, a Ucrânia ainda é um dos 10 países mais populosos da Europa, que tem mais de 50 países. E em nenhum dos outros com população comparável se verifica fenômeno tão grave de "despopulação".
O que é ainda mais surpreendente quando se considera que a Ucrânia herdou um notável parque industrial e energético da URSS, além de possuir bons recursos naturais, e ser, como é trivial, um grande produtor de alimentos. (O que nos lembra que ter um grande agronegócio não é garantia alguma de desenvolvimento nacional.) Mesmo com tamanho potencial geográfico e humano, a Ucrânia jamais conseguiu se estabilizar, vivendo de crise em crise, presa fácil para ações de desestabilização dos EUA.
Aliás, essa instabilidade parece ser uma maldição histórica da região, que sempre esteve a mercê de invasores estrangeiros e internamente dividida em regulares conflito étnicos, e o caso da limpeza étnica anti russa iniciada após o Euromaidan não é novidade histórica alguma.
A perda populacional da Rússia (...) além de muito menor que a da maioria dos satélites, foi praticamente revertida, até por ter absorvido grande parte do êxodo ucraniano. Basta ver os números em en.wikipedia.org/wiki/Demographics_of_Russia
Curioso que alguém veja futuro (do pretérito) caso a Ucrânia se juntasse a UE, logo depois de citar os problemas de Portugal, Espanha e Itália, que fazem parte da UE, o que já sugere que nem isso deteria o encolhimento da população. Aliás, são justo os motivos que levam a esse êxodo que já a impediam de entrar na UE.
Acabo de ver um(a) idiOtan num Palio Adventure com uma bandeira da Ucrânia hasteada,
dizeres anti corrupção e obstruindo a visão traseira com um cartaz de "Putin genocida".
Por unanimidade, Arthur do Val perdeu seus direitos políticos por 8 anos, e embora envolva a questão seríssima de um parlamentar brasileiro ter se intrometido num conflito internacional no qual o Brasil é neutro, é inegável que o motor dessa cassação foram suas declarações a respeito das mulheres ucranianas.
Há uma ironia evidente, que se vista com mais atenção pode chegar as raias da esquizofrenia. Em tese, no que se refere a uma AÇÃO PRÁTICA, "Mamãe Falei" estava ajudando o esforço de guerra ucraniano, tanto juntando recursos para financiar a resistência quanto para confeccionar armas, segundo a orientação do próprio "Zé Lensky". Em suma, UM ALIADO DA UCRÂNIA! Prestando apoio militar e logístico ao regime ucraniano.
No entanto, a Ucrânia, por meio de sua embaixadora no Brasil, FOI A PRIMEIRA A PEDIR SUA CABEÇA!
Uma coisa eu posso apostar. Se tivesse ocorrido algo similar por um apoiador da Rússia, poderia até ter havido uma admoestação por parte do Kremlin, mas DUVIDO que pediriam a sua cassação, pelo contrário, antes agradeceriam a ajuda, mesmo "dando um toque" corretivo.
O motivo é simples: o ocidente há muito trocou as mais cruciais e fundamentais questões por afetações de ordem moral e sexual, recrudescendo a uma nova modalidade de puritanismo totalmente anacrônica considerando viver numa pós revolução sexual que elege "igualdade de gêneros" e "liberação sexual" como dogmas de fé. E tudo isso, ao mesmo tempo que a prostituição e a pornografia atingem níveis antes inimagináveis.
Em pleno desespero ucraniano, após o país implorar por ajuda, um homem que (ao menos em tese) lá foi prestar tal ajuda teve esse serviço absolutamente ignorado em prol de um discurso, originalmente privado, de cunho sexual.
Friso, NUM CONTEXTO DE GUERRA, um esforço de ajuda militar foi desprezado em prol de uma sensibilidade de teor sexual! Uma espécie de "Faça Amor, Não Faça Guerra" subvertido ao nível de um Koan Budista!
Isso É O OCIDENTE! Um paradoxo vivo! Enquanto a Rússia mergulha no Catolicismo Ortodoxo, o Ocidente abandona o Cristianismo em prol do Secularismo, mas ao mesmo tempo é sexualmente mais afetado do que a Inglaterra Vitoriana!
E o pior! Nem sequer para levar o assunto ao grave tema da exploração sexual que realmente tende a ocorrer em contextos de guerra, visto que as refugiadas ucranianas estão sim correndo o sério risco de terminar nas mãos de máfias de tráfico de mulheres, muitas de origem russa e ucraniana, por sinal, que grassam a rodo na Europa. E que, por sua vez, são acobertadas pela própria ONU segundo denúncias que chegaram até a virar filme hollywoodiano com Rachel Weisz (The Whistleblower de 2010).
Este filme conta a história real de tráfico de mulheres que se deram nas regiões pós guerra da Bósnia e Herzegovina que sofreram severa intervenção da OTAN, deixando à população local arrasada pelos "bombardeios do bem", e foca numa jovem ucraniana que acaba indo para numa rede de prostituição inicialmente combatida por uma agente da ONU, que depois descobre que essa mesma ONU continha uma rede de corrupção que participava do esquema.
E diga-se de passagem, nós, latino americanos, nada temos a ver com isso, nem sequer como clientes dessas modalidades de escravidão sexual, pelo contrário, sendo antes vítimas.
Então... deixa eu ver se eu consigo resumir.
A Ucrânia, cada vez mais ocidentalizada, como muitos outros países especialmente do leste europeu, possui vastas redes criminosas de prostituição e tráfico de mulheres, um tema que é curiosamente pouco abordado pela grande mídia. De repente o país está em guerra e pede socorro, e alguém que vai lá prestar esse socorro ativamente, é submetido ao 'linchamento" vexatório por declarações de cunho sexual, que não se traduziram em qualquer ação prática, e nem sequer foram levadas na direção de um debate sobre o problema da prostituição forçada, que seguramente irá piorar com a refugiadas.
E se alguém caiu aqui de pará-quedas, por favor não pense que se trate de uma defesa de Arthur do Val. Para mim, há poucas coisas mais desprezíveis que essa corja do MBL, que por sinal é um dos frutos mais puros dessa mesma insanidade ocidental.
No caso, aquele típico "disse me disse", ao pior estilo "telefone sem fio", levou a um crescendo de boatos que colocou algumas mães em pé de guerra ante a perspectiva de massacres em escolas como as ocorridas em Realengo e Suzano, induzindo a uma manifestação que prometia vandalismo incendiário nas próprias escolas que pretendiam defender, prevendo a queima de pneus e até de carros para chamar atenção das autoridades e cobrar providências.
Por sorte, aplicou-se aquela informal regra de 100 para 1 das manifestações combinadas por redes sociais: se 700 pessoas confirmarem, por volta de 7 comparecerão, o que foi o caso, e assim, o protesto acabou não ocorrendo tal como jamais ocorreram os alegados fatos de diretoria dispensando alunos mais cedo por ameaça de bomba, acobertamento de evidências para prevenir escândalos, ou suspeitos armados se preparando para cometer infanticídio em massa.
Mas o que chama atenção é que tudo indica ter sido um evento completamente espontâneo, aparentemente não intencional, com maus entendidos acumulados numa escala crescente. Por sorte, nada resultou além de estresse.
Agora imagine a facilidade com que uma pessoa mal intencionada poderia ter se aproveitado do potencial explosivo da situação e adicionado deliberadamente alguns elementos de fraude. Do tipo: fazer uma ligação anônima realmente ameaçando alguma escola, pichações, mensagens por bilhetes ou até mensagens digitais com discursos aterradores, ou mesmo ter explodido alguma bomba, mesmo que de efeito menor, ou ter provocado algum incêndio pontual? Que dizer então se uma criança tivesse sido, de fato, vítima de alguma agressão?
A situação poderia evoluir para uma calamidade generalizada.
Se é assim, imagine o que um departamento de espionagem e sabotagem profissional com recursos digitais milionários, agentes de campo, e experiência em desestabilizar países inteiros é capaz de fazer?
Imaginou? Pois bem. Você começou a entender o conceito de "Guerra Híbrida", responsável pelas revoluções coloridas entre as quais foram flagelados o Brasil e a Ucrânia há 8 anos atrás, como expliquei em 17 de Março.*
Parte da motivação da invasão russa tem a ver com água tratada. A Criméia, anexada pelo Governo Putin em 2014, sofria um sério problema devido ao corte do fornecimento de água pela Ucrânia, que detinha maior potencial hídrico e capacidade de tratamento. Agora, com o sul do país dominado, os russos reestabeleceram a normalidade do abastecimento para os 2,5 milhão de habitantes que votaram em referendo pela anexação à Federação Russa.
E ante a dúvidas da validade desse referendo devido a região já estar repleta de bases militares russas, lembremos que regiões independentes, como Transnístria e Gagáuzia, ambas na ex república soviética da Moldávia, ao lado da Ucrânia, solicitaram voluntariamente anexação à Rússia sem qualquer presença militar relevante.
Mas assim como é importante ter conhecimento de detalhes que esclarecem questões obscuras, é preciso um esforço para compreender as estranhas sanções aplicadas pelo Ocidente à Rússia. Se Cuba e Coréia do Norte resistem a mais de meio século de embargos, por que então achar que a Rússia, muito mais poderosa, sucumbiria a sanções que, mesmo muito mais fortes, nada podem fazer contra seus vastos recursos naturais, tecnologia de ponta e imensas forças militares? Ainda mais quando a maior parte do mundo, incluindo gigantes como China e Índia, não endossam tais sanções?
Super estima-se a força das sanções, pois a própria Rússia as despreza ao ponto de continuar fornecendo o gás do qual a Europa depende, que não foi sancionado, e ainda exige o pagamento em moeda russa desafiando a hegemonia do dólar. Além disso, o impacto das sanções ao próprio Ocidente é tão claro que chega ao ponto dos EUA ter que mendigar petróleo para a mesma Venezuela que semanas antes acusava de ditadura sanguinária, sequer reconhecendo seu governante.
Se as sanções mal arranham a Rússia e causam muito mais problemas ao próprio Ocidente, como entender tal estranha dissonância considerando que os EUA, cujo real governo são as mega corporações dinásticas e conglomerados financeiros, com certeza não é estúpido?
A explicação pode estar no tão falado Great Reset anunciado pelo Fórum Econômico Mundial, que pretende, de forma resumida, arrancar o resto de direitos e das poucas posses da classe trabalhadora. Esse projeto até pretende fazer uma redistribuição de renda que deixa de fora as grandes fortunas, tirando da classe média para dar aos muito pobres, de modo a equalizar a sociedade numa “pobreza melhor distribuída”, enquanto os 0,001% mais ricos, sem surpresa, ficarão ainda mais ricos consolidando seu poder absoluto sobre um Estado cada vez mais transnacional.
Porém, será um Reset não do Mundo, mas do Ocidente, lembrando que, infelizmente, esse Ocidente, do qual a América Latina é colônia, tem o péssimo hábito de achar que o mundo se resume a Américas e Europa, no máximo incluindo Oceania, que são colônias britânicas, e talvez, com muita ousadia, Japão e Coréia do Sul, que são países até hoje ocupados pelo exército estadunidense. Apenas assim para vislumbrar algum sentido da farsa de que “o mundo condena a Rússia”, quando na realidade 7/8 da população mundial não o fazem!
Para estabelecer reformas tão drásticas quanto as necessárias para o Grande Reset, mais uma das infindáveis restaurações do Capitalismo, as sanções econômicas aplicadas a Rússia são ideais para agravar o cenário de crise ocidental, justificando reformas radicais rumo a um cenário distópico de concentração de renda ainda mais extrema. E não sendo possível fazer isso com todo o mundo real, revive-se a bipolaridade da Guerra Fria, com o Bloco ocidental em oposição ao Bloco eurasiano, e suas áreas de influência, mas, desta vez, não restando sequer um Terceiro Mundo.
Quanto a nós, caso tal plano funcione, sofreremos um incremento ainda maior do assédio norte americano, sendo possivelmente a Amazônia um pretexto para interferir de modo ainda mais drástico em nossa política e economia, sob a alegação de “salvar o planeta”, leia-se: salvar o Capitalismo, numa nova ordem onde somente uma severa e improvável reorganização da classe trabalhadora seria capaz de oferecer alguma resistência.
Do contrário, só nos restará o projeto do FEM, que se tornará Fórum Econômico Ocidental, e nos diz: “Você não terá nada e será feliz.”, sendo a felicidade apenas uma promessa vazia, mas a despoja de qualquer renda, emprego, patrimônio e direitos, uma realidade concreta.
Obs: este texto foi escrito em 13 de Maio, mas por descuido acabei não o publicando antes, e de qualquer forma permanece atual, tendo os mais recentes eventos apenas o corroborado.
Eis aqui uma evidência estelar de que o tal "Hoje no Mundo Militar" parece sofrer de algum tipo de transtorno esquizoide tanto a nível intelectual quanto ético. Tal declaração chega a parecer um pedido de socorro do tipo "estou sendo obrigado a escrever uma estupidez monumental, então vou deixar isso claro para ver se alguém entende que não o faço por livre e espontânea vontade, errando deliberadamente tanto na Forma quanto na Matéria!"
Vejamos. Queima de arquivo NECESSARIAMENTE implica em eliminar antigos colaboradores internos que possuem informações sensíveis, mas o próprio enunciado deixa claro que Dugina, e Dugin, seriam em parte críticos do governo, e portanto, opositores! Como raios um opositor poderia ser um colaborador interno?! Ações de silenciamento contra opositores NADA TEM A VER com queima de arquivo! Temos uma contradição, e portanto, um erro formal! Sem contar a tensão entre afirmar que "nos últimos anos" Dugin vem criticando Putin, para logo depois dizer que é "desde o início da invasão".
Do ponto de vista material, é simplesmente falso que Alexander Dugin tenha se tornado crítico de Putin recentemente, ou "nos últimos anos". Ele o é há mais de uma década! Embora também o elogie. Seu livro "PUTIN VS PUTIN", que por sinal foi publicado no Brasil pela Editora CEM, é de 2012, e já trazia análises detalhadas tanto dos acertos quanto dos erros de Putin, alternando entre louvores e críticas. Na realidade, o apoio de Dugin a Putin AUMENTOU após a Invasão Z!
Vale lembrar também que no mínimo exagero dizer que Dugin é guru de Putin.
Por fim, o autor da pérola finge ignorar que até mesmo as fontes idiOTANs às quais ele recorre admitem que a FSB, ou qualquer órgão que Putin utilizaria para ações de eliminação de desafetos, é muito mais sofisticada e sutil, utilizando, por exemplo, métodos discretos de envenenamento por polônio ou outras formas incomensuravelmente mais elegantes do que explodir uma bomba num carro, E AINDA POR CIMA ERRAR O ALVO! Isso é coisa dos nossos "milicos linha dura" de 40 anos atrás!
Portanto, essa é a "competência" com a qual um dos maiores canais brasileiros do YouTube lida com o assunto. E que como todo canal com mais de 1 Milhão de inscritos, deixa de ter vontade própria e passa a apenas repetir os consensos impostos pelos grandes conglomerados de mídia subservientes à OTAN, ainda que tentando ornamentar seus conteúdos para parecer mais isento.
E sim, deixei esse comentário lá, mas parece ter desaparecido.
Por fim, deixo aqui minhas condolências à Alexander Dugin pela tragédia que é um pai perder uma filha.
Se não por justiça, mas ao menos pela força, a soberania popular sempre será a instância julgadora definitiva, contra a qual sequer cabem argumentos. É lícito tentar alterá-la, educando as massas, mas não sendo isso possível, é forçoso aceitá-la, por ser justamente nela que sempre devemos buscar sair de impasses.
E o fato é que a grande maioria do posso russo detesta Mikhail Gorbachev, e seu motivos são claros, práticos e muito objetivos. Embora não o único, Gorbachev é o responsável expoente pelo maior desastre econômico que já se abateu sobre o maior país do mundo, que na esteira da desintegração da URSS viu uma crise só superada pela invasão nazista, onde o desemprego, a criminalidade e a pobreza dispararam, só sendo revertidas por, adivinhem? Vladimir Putin.
A situação foi tão grave que até hoje no mínimo uns 70% da população russa reprova Gorbachev, somente uns 22% consideram seu legado positivo, e detalhe, em 2016, segundo a revista Forbes, esse índice era o mesmo na Ucrânia, sendo ainda menor na Georgia e Armênia.
Ainda mais interessante, na Rússia, Stalin tem aprovação muito maior! O que não deveria surpreender quem que não foge do fato óbvio que a popularidade de um líder é precisamente medida pela sua capacidade de fornecer bem estar à sua população, e não por suas condutas pessoais, personalidade ou mesmo possíveis ganhos ilícitos.
Se o cidadão comum tem baixíssima capacidade de julgar a pessoa de um líder, por outro lado, sente "na pele" o resultado da condução política deste líder em sua vida pessoal. É a diferença entre "dar ouvidos" a outrem, em especial a sempre suspeitíssima mídia de massa, e prestar mais atenção em seu dia a dia e suas condições materiais diretas.
O Liberalismo é hoje, como sempre digo, a defesa dos interesses das ínfimas elites milionárias e bilionárias, que obviamente só poderiam comemorar a desintegração da União Soviética e, por óbvio, louvam Gorbachev, tendo-o como um herói que pôs fim à Guerra Fria.
Mas exceto para esse restrito círculo dos 0,01% mais ricos, o mundo hoje é ainda menos seguro. Quando foi mesmo que houve o maior e mais espetacular atentado terrorista de todos os tempos? E também um mundo menos financeiramente estável. Quando foi mesmo a pior crise financeira após o crash de 29? E até mesmo mais perigoso do ponto de vista sanitário. Preciso explicar?
Durante a Guerra Fria, muitos países, especialmente na Europa, desenvolveram estados de Bem-Estar Social que soaram idílicos ao resto do mundo, e parte dessa prosperidade chegou ao Terceiro Mundo, mesmo ao Brasil. Após a "Catastroika", o neoliberalismo devastou a seguridade social e segurança trabalhista mesmo de países ricos, e o Império Estadunidense promoveu tanta destruição no Oriente Médio que provocou êxodos em massa rumo ao velho continente, gerando guetos inéditos que ajudaram a piorar as condições de vida do outrora invejável Velho Mundo.
Organicamente, dos liberais só pode vir desprezo pela soberania popular, visto que sua propaganda ideológica visando sustentar seus infindáveis privilégios, só ecoa mesmo em nichos mais altos das classes média e alta.
Tal qual o próprio alinhamento dos países europeus evidencia, incluindo ex-repúblicas soviéticas, a opinião sobre o legado de Gorbachev revela de forma quase infalível o posicionamento ideológico mais a favor das grandes maiorias populacionais, ou das ínfimas elites que estão, nesse exato momento, conduzindo o mundo a um inexplicado beco sem saída.
O sombrio discurso de Biden, num cenário incomumente escuro e avermelhado, para falar da ameaça à alma dos EUA, da ameaça de Donald Trump, da ameaça à vontade popular, a mesma vontade popular que é diariamente pisoteada pelo gasto numa guerra sem sentido que lança o próprio povo numa inflação desmedida.
Difícil resistir à tentação de ver uma "semiótica satânica" quando um presidente se apresenta desse jeito para efetuar um discurso que parece antecipar uma guerra civil, não bastasse se engajarem em várias guerras pelo mundo, ao mesmo tempo que fala em repudiar a violência política que, naturalmente, só pode ser contida por... violência política.
Me recordo que quando da vitória (suspeita) de Joe Biden sobre Trump os "especialistas" e jornalistas ao redor do mundo comentaram que era a morte do populismo, e o retorno à "normalidade" política. Miopia curiosa já que a tendência política populista do século XXI não nasceu com Trump. Era uma análise imbecil na época e hoje ninguém mais diz isso, claro.
Pouco mais de 2 anos depois e fica claro que a ascensão do populismo não é um mero "movimento de protesto" como votar no Macaco Tião ou qualquer uma dessas outras comparações idiotas que já vi sendo feitas. O trumpismo sobreviverá a Trump, no Brasil o conservadorismo sobreviverá a Bolsonaro, o mesmo vale para todos os outros países.
Putin está cada vez mais popular. Orban segue invicto. Maduro consegue estabilizar seu país. Lukashenko nunca esteve tão alinhado com a multipolaridade. Erdogan segue projetando sua estratégia. Assad permanece firme. Pedro Castillo ascendeu no Peru. Os militares retornaram em Burma. Goita governa no Mali. Tudo segue como de costume na Coreia do Norte e na China.
A derrota de Le Pen nas presidenciais conduziu a uma vitória inédita nas legislativas. E outras vitórias vêm. Na Itália, tudo indica que Meloni vai levar. Na Bulgária também vemos as mesmas tendências, e o crescimento dos democratas suecos segue constante.
A isso devemos somar movimentos puramente populares e massificados, começando pelos Coletes Amarelos na França, mas se estendendo aos caminhoneiros canadenses e aos agricultores holandeses e italianos e, agora, a população em geral da República Tcheca, Alemanha e vários outros países.
No caso dos movimentos populares é espantoso ver como a esquerda em geral reagiu com virulência histérica. Legítimos representantes do proletariado e do campesinato, espremidos pelos desmandos do mais radical turbocapitalismo, são chamados de fascistas e comparados aos nazistas do início do século XX. Sua crítica do imperialismo e do globalismo é alvo do deboche da esquerda arco-íris.
No âmbito teórico, a ruptura entre democracia e liberalismo é total. Emergem desenvolvimentos intelectuais abordando conceitos como o de democracia iliberal, cesarismo, democracia plebiscitária, neorrepublicanismo, etc., para oferecer fundamentos mais puros e autênticos para uma democracia desobrigada em relação aos fantasmas do neoiluminismo.
Em vários países, antiliberais de esquerda, direita e centro começam a se entender e dialogar ao reconhecer o inimigo prioritário nos liberal-globalistas de todas as orientações. O povo começa a exigir protagonismo real na política. O horizonte é luminoso, apesar da desesperança que se abate sobre muitos por conta da espiral de insanidade do progressismo pós-moderno.
Nesse futuro brilhante, não haverá espaço para os Macrons, os Clintons, os Soros, ou suas versões tupiniquins como encontramos na Juristocracia, no PSOL e adjacências.