Reflexões sobre ABORTISMO

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24 de Janeiro

Para quem não aguenta mais a estupidez religiosa dos Pró-Vida e a perversidade hipócrita do Abortismo...

Secular Pro-Life Perspectives

Se alguém tem chance de lançar alguma luz sobre o assunto, só podem ser aqueles que tem opiniões por si próprios, e não por pressão de dogmas de fé e nem por fraudes financiadas por plutocracias transnacionais bilionárias.

30 de Janeiro
Este texto foi revisado com alterações e ampliado em Abortismo

O que é ABORTISMO?

Ora, o Aborto é um tema que divide ânimos e é possível, mesmo entre as pessoas que o defendem, uma vasta gama de opiniões. Alguém pode achar o mesmo defensável em tais ou quais condições, como as previstas em nossa legislação, ou algumas adicionais. Quase todo mundo é favorável a ao menos uma possibilidade, como por exemplo a que envolve risco de vida para a mãe.

É possível também discordar em que ponto da gravidez o mesmo é permissível ou não, levando em conta condições sensoriais, atividade cerebral, cardíaca, capacidade de sobrevivência extra uterina ou outras possibilidade que podem delimitá-lo em praticamente qualquer estágio da gestação.

Bem como pode-se fazer considerações distintas sobre suas razões individuais ou sociais, já tendo sido feitas justificações de cunho demográfico, de saúde, segurança pública, ou meramente de autonomia pessoal. Assim como, do contrário, pode-se alegar razões éticas, religiosas, psicológicas ou de segurança para rejeitá-lo.

O termo ABORTISMO então é usado quando o que se tem não é uma divergência de opiniões que pode surgir espontaneamente de pontos de vista pessoais, mas sim um Conceito PADRONIZADO, CENTRALIZADO e RÍGIDO que emana de Uma Única Fonte de Autoridade Ideológica, no caso a PLANNED PARENTHOOD, que não admite nenhum tipo de variação, operada por uma rede organizada de ONGs de esquerda porém financiadas por grupos econômicos com sede nos EUA com verbas de bilhões de dólares ao ano. Assim, o ISMO se refere a uma doutrina que é bastante específica.

O Abortismo prega o "Direito Irrestrito ao Aborto Incondicional, sem a necessidade de nenhum tipo de justificativa além da mera volição pessoal da mãe, a ser realizado de forma inteiramente gratuita pelo sistema público de saúde até o prazo de 12 semanas de gestação."

Em suma, muitas pessoas podem ser a favor do aborto sem serem abortistas nesse sentido ideológico. Ainda que suas opiniões se interseccionem. O Abortismo então está além da maior parte das opiniões populares, e aquém de opiniões ainda mais extremas, sendo perfeitamente coerente.

Na quase totalidade das vezes, um abortista não é alguém que chegou a uma conclusão por si próprio ou está emitindo uma opinião pessoal. E sim alguém que foi doutrinado por uma ideologia específica, com uma visão de mundo previamente estruturada e com objetivos que quase sempre são por completo desconhecidos pelos que o defendem. (Este texto foi revisado e ampliado em Abortismo, com alterações.)

24 de Abril 00:26

Alguns problemas sobre a temática do Aborto me levam a reforçar minha ideia de que tenho mesmo que desenvolver mais especificamente o conceito de SINGULARIDADE da gestação. Por ser uma relação simbiótica a de mãe e filho, as possibilidades de analogias úteis ficam reduzidas, sempre correndo o risco de escorregar para derivações irrelevantes ou contraproducentes.

Além da Singularidade, o meu outro foco sobre o tema é o da responsabilidade dos genitores, em especial, claro, da mãe, que está em condições de deter os mais efetivos meios de controle de sua fertilidade. Eu não considero antiético abortar em casos onde a mãe não é responsável pela gravidez. Porque: "Ninguém pode ser responsável por algo sobre o qual não tem controle, a ninguém deveria ser permitido autonomia sobre algo pelo qual não se responsabiliza." O par 'Responsabilidade' e 'Autonomia / Autoridade' é evidentemente crucial em praticamente qualquer situação imaginável. Por isso cabe responsabilizar os pais sobre os atos dos filhos pequenos, vistos que tem, ou deveriam ter, autoridade sobre eles. Por isso não cabe delegar autoridade para irresponsáveis.

Para EXEMPLIFICAR melhor esse conceito, recorri a analogia do acidente de trânsito, visto que por lei somos obrigados a prestar socorro à vítima se formos causadores, Responsáveis, pelo mesmo. O PROBLEMA DESSA ANALOGIA é que a situação dos acidentes também admite uma outra forma de responsabilização, que é a de que mesmo não tendo tido ação causal no mesmo, a lei e a ética comum preveem que, se estamos em condições de fazer algo, temos essa obrigação. Uma pessoa que passou num local e viu uma pessoa agonizando, mesmo que não tenha tido qualquer responsabilidade nisso, pode ser processada por omissão de socorro se nada fizer.

Só que isso é uma carência da situação dos acidentes, que NÃO se transfere para o caso original para o qual a analogia foi desenvolvida, que é a gravidez. Como seria essa transferência? A mulher seria responsável pela gravidez de uma outra?

Prevendo esse problema eu redigi a analogia na forma "De modo similar, só somos obrigados a prestar socorro à uma vítima de acidente quando somos diretamente envolvidos no mesmo, quer por tê-lo causado, ou por estarmos no local onde ocorreu. Ninguém é obrigado a sair de casa para socorrer um acidentado do outro lado da cidade."

Infelizmente alguém acabou tropeçando no problema interno da analogia usada, tentando transferi-lo para o caso original, e daí derivou que a mãe, por estar obviamente no "local de sua gravidez", teria sim responsabilidade pelo feto em qualquer situação. Seguramente tenho parcela de culpa, visto que é comum as pessoas, mesmo seguindo uma linha de raciocínio, não resistirem a pegar um desvio quando veem um. Melhor seria não deixar esses desvios abertos ou, se abertos, fechá-los o mais rápido possível.

Mas essa analogia aparece dentro do tópico AUTONOMIA E RESPONSABILIDADE e achei que deveria ser óbvio que mesmo que a gravidez esteja ocorrendo nela, a mãe não tem responsabilidade sobre a mesma se sua autonomia foi usurpada por um estupro, bem como nos casos que adicionei sobre comprovada falha do método anticoncepcional ou da incapacidade mental.

Se dissesse RESPONSABILIDADE CAUSAL tornaria mais claro? Ou colocasse um comentário similar ao que fiz aqui? Ou seria melhor simplesmente usar outra analogia? Ou analogia nenhuma?

* * *

Mas estava eu discutindo aborto, o que envolve uma série de temas interligados mais ou menos relevantes. Os abortistas legaram à sociedade os famosos termos "amontoado de células", "pedaço de carne", "parasita" e similares para se referir ao feto, o que evidentemente é uma forma de fugir da própria consciência de que estamos a lidar com vidas humanas.

E 'HUMANO' é um termo que possui 4 sentidos, pela ordem: Biológico, Mental, Social e Ético. Como feto em estágio embrionário ainda não tem atividade mental, seguramente não é humano nos últimos sentidos, mas o é no sentido mais fundamental de todos, que é primeiro, sem o qual os demais são impossíveis. Ele se desenvolverá inexoravelmente rumo à plenitude em todos os sentidos a não ser que seja impedido por força externa à sua natureza intrínseca.

Então, alguém persistindo na depreciação que visa negar essa humanidade fundamental, o compara a uma bactéria ou coisa que o valha. E então quem não quer saber de se deixar enrolar, alega que a comparação é inadmissível. Uma bactéria não é humana no sentido biológico, e jamais o será nos demais.

Então um cidadão me vem com a analogia: "Uma bactéria ao longo de bilhões de anos se tornou um ser humano. Nós descendemos de bactérias." O que está tão brutalmente errado que chega a ser constrangedor se rebaixar a ter que comentar isso. PRIMEIRO, porque UMA bactéria NÃO se tornou humana ao longo de bilhões de anos. SEGUNDO, porque mesmo que sejamos descendentes de bactérias, isso não vem ao caso aqui. Estamos discutindo um tema bioético específico e muitíssimo pragmático, e uma comparação entre filogenia e ontogenia em nada ajuda a esclarecer o caso. Não se trata de discutir Evolução Biológica, pela qual é no mínimo impreciso dizer que evoluímos de bactérias. TERCEIRO pela radical diferença entre um ser unicelular com um único DNA com um ou poucos cromossomos resultante de cópia de outro praticamente idêntico, e um ser pluricelular com um DNA de 46 cromossomos resultante de dois outros DNAs diferentes recombinados.

QUARTO por que as consequências seriam completamente bizarras! Direitos humanos para bactérias? Antibióticos seriam armas de destruição em massa? Vamos esperar os lactobacilos vivos em nossos intestinos nascerem como bebês ou vamos abortá-los com um laxante? Viramos gestantes ao tomar Yakult 40 (que tem 40 bilhões de bebês L. Casei Shirota)? PORRA! PQP! VTNC! VSF!

Noutro exemplo, temos um caso de incapacidade de distinguir potencialidades largamente distintas. "Uma célula imortal tem potencial pode se tornar um zigoto. Basta aplicar uma técnica de clonagem." Mas um zigoto não precisa receber técnica alguma para se tornar humano, só precisa ser deixado em paz. Além do mais, a tal técnica seria uma intervenção em sua natureza intrínseca, ao passo que o zigoto já é intrinsecamente humano no nível biológico.

Curiosamente isso me lembra muito uma discussão que tive com um pró-vida que não admite aborto em circunstância alguma, quando eu defendia o aborto de anencéfalos pelo fato de que eles não são e jamais serão humanos em qualquer dos 4 sentidos. Mas ele ficava se apegando à máxima de "se nasceu de uma humana é humano", e começou a apelar para o argumento de que é possível desenvolver intervenções médicas que façam surgir um cérebro completo funcional no anencéfalo (certamente tal tecnologia não estará ao alcance de um tempo de um vida humano e provavelmente JAMAIS ESTARÁ) e diante disso, teríamos obrigação de proteger os anencéfalos também.

Ou seja, apelando a uma potencialidade descontínua e radicalmente distinta da potencialidade natural do feto saudável.

Fica a pergunta. O que fazer nesses casos? Qual a relevância dessas apelações ridículas e comparação esdrúxulas? Em que elas acrescentam ao assunto?

Esse tipo de abordagem merece respeito?

Esse é o problema de discutir aborto. De ambos os lados, parece que até pessoas inteligentes e normalmente sensatas se rebaixam a toda sorte de imbecilidade. Isso que me levou a escrever textos como As Ovelhas e Os Memes.

5 de Maio

Detesto usar palavras de baixo calão na minha Linha do Tempo, mas o nome do grupinho é esse mesmo: PUTINHAS ABORTEIRAS! Elas se apresentaram na TV EDUCATIVA, aquela paga com o dinheiro público, para ofender em cadeia estadual no RS: a Família, a Polícia, a Justiça, a Ordem Social, TODO o gênero masculino, fazer apologia das drogas, do aborto e da promiscuidade irresponsável. E isso num dos estados mais conservadores do país.

Já conhecendo o assunto, sequer me indignei, e na verdade as vejo com benevolência por serem antes vítimas que autoras de uma Ideologia Psicótica que prega ódio contra os fundamentos da civilização, e elas são absolutamente sinceras e ingênuas em expressar esses ideais, que em geral são mais dissimulados e se apresentam como meras "Luta pela Igualdade".

Além do blog, pode-se conferir as "letras" de algumas de suas apologias musicais.

Tentando me tornar o primeiro Psicohistoriador (disciplina idealizada por Isaac Asimov) do Brasil, a minha previsão é que a divulgação dos verdadeiros propósitos e resultados desses movimentos "progressistas" que infestaram a esquerda e praticamente apagaram a pauta original de defesa da classe trabalhadora (que é o que realmente interessa à maioria do eleitorado ) levará a população a uma postura cada vez mais reacionária, porque a grande maioria tem mais o que fazer do que incitar o ódio mútuo entre homens e mulheres e caçar fantasmas, e sabe muito bem como funciona o mundo em que vive para acreditar em teorias delirantes desenvolvidas por doentes mentais que jamais tiveram uma única relação afetiva séria.

O resultado combinatório de cada ato de Vadias, Putinhas, Radfems e outras formas de ódio a si próprio que se convertem em ódio à espécie humana vai ser cada vez mais brasileiros começarem a levar a sério a ideia de ver Jair Bolsonaro na Presidência da República.

Para não deixar no vazio quem tem apenas noção superficial do assunto, resumo da seguinte forma:

1- O Feminismo de Segunda Onda costuma se apresentar como uma luta pelos direitos das mulheres, ou Direitos Iguais. Mas toda desvantagem legal já desapareceu de nossas leis há décadas, conquistas pelo Feminismo Original, que hoje é tão necessário quanto o Abolicionismo.

2 - Hoje, mulheres tem não só o mesmos direitos, como tem vantagens legais não submetidas aos mesmos deveres masculinos. Daí, se depreende que na verdade lutam não por direitos, mas Costumes Iguais, que estão além da legislação.

3 - O problema é que partem da premissa que tais costumes são essencialmente Determinados pela Cultura, apesar da tonelada de evidências contrárias e de qualquer investigação mínima demonstrar que as diferenças fundamentais entre os gêneros tem base fisiológica inata, ainda que sejam bem flexíveis e apresentem pontuais inversões e exceções.

Conclusão: A luta é inútil e sem qualquer chance de sucesso. As diferenças entre homens e mulheres podem ser atenuadas pelo ambiente cultural mas jamais extintas, como TODA a história e TODO o mundo podem demonstrar. Os abusos cometidos entre os gêneros, dos quais feministas só vêem a metade e dos quais muitos dos femininos tem apoio jurídico, só podem ser contidos com o fortalecimento das instituições legais e culturais que elas próprias querem destruir. É a Ordem Social, herança do PATRIARCADO, que protege as mulheres, pune os violadores e garante os direitos. Remova-a, e a violência só aumenta.

Percebendo a total inutilidade de seus esforços, o máximo que esse Feminismo pode fazer é se vingar, emplacando legislações misândricas que, se por um lado em nada melhoram a vida das mulheres, tem notável eficiência em piorar diretamente as dos homens, e indiretamente, também as das mulheres, razão pela qual cada vez mais as instituições familiares desmoronam, o que é EXATAMENTE o objetivo declarado das Putinhas e Vadias.

O resultado é uma luta contra a própria civilização, a destruição sistemática dos meios reprodutivos da sociedade e o consequentemente enfraquecimento da própria cultura que mais deu direitos e dignidade às mulheres, deixando-a indefesa contra o crescimento de culturas realmente opressoras que, ao assumirem o poder, não hesitarão um segundo em deitar fora as verdadeiras conquistas feministas de outrora.

27 de Maio 10:31

Presente num auditório do Anexo II da Câmada dos Deputados aguardando o início do Seminário GÊNERO, ABORTO e SOCIEDADE que já está atrasado em uma hora, devido a neblina sinistra que tomou contra de Brasília, desviando os vôos dos palestrantes para Goiânia. NESTE POST NO FACEBOOK eu faço comentários e anotações.

28 de Maio

O que é FAMÍLIA?

Trata-se de um conceito no qual o rastreamento etimológico pouco pode ajudar, uma vez que o que o senso comum ou as leis entendem a seu respeito pouco ou nada tem a ver com o que tal termo originalmente designa. Portanto, é necessário observar os usos da palavra e deduzir qual é seu núcleo essencial.

Ora, quando dizemos que um certo grupo de pessoas não originalmente relacionadas é "como se fosse uma família", é porque entendemos que originalmente 'familía' é algo distinto, e está indissociavelmente ligada ao parentesco, uma vez que ninguém nega que "é da família" alguém que ela sequer conheça mas com o qual compartilhe alguma consanguinidade.

Assim, é imperioso reconhecer que o que entendemos originalmente por família é: "CONJUNTO DE PESSOAS RELACIONADAS POR LAÇOS DE PARENTESCO."

Eu duvido que alguém consiga achar uma definição notavelmente diferente que faça algum sentido. TODA E QUALQUER DEFINIÇÃO pressupõe uma GENERALIDADE (que coloca o item definido num grupo) e uma ESPECIFICIDADE (que a destaca neste grupo). Exemplo: Um morcego é um mamífero (generalidade) que voa (especificidade). Assim, uma Família é um Grupo de Pessoas (generalidade) relacionada por parentesco (especificidade, que a distingue de outros tipos de grupos).

Daí, deduz-se que todos os membros de uma família, no sentido original, são consanguinamente relacionados EXCETO os conjugues! Mas se os conjugues, Marido e Esposa, não são originalmente parentes, é por meio deles que as relações de parentesco se instituem. Uma família só existe porque em algum momento um homem e uma mulher tiveram descendentes que, estes sim, estão geneticamente interligados.

Conclusão: É IMPOSSÍVEL HAVER SENTIDO NO CONCEITO DE FAMÍLIA FORA DO ÂMBITO REPRODUTIVO! Como seria possível estabelecer os laços de parentesco? Baseado em que se reconheceria a consanguinidade?

É nesse sentido que se diz que a família é a CÉLULA da Sociedade, visto ser a célula uma entidade reprodutiva cujo conjunto total compõe um organismo. Como a Humanidade, e a Sociedade, só persistem graças a Reprodução, esta tem que ser instanciada numa instituição sobre a qual existe algum grau de estabilidade e controle. É preciso uma alienação delirante para achar que uma sociedade pode sobreviver a uma desregulação total da reprodução biológica.

Isso não exclui casais sem filhos, visto que eles ainda conservam um potencial reprodutivo. E quanto aos casais absolutamente não reprodutivos, como os homossexuais, só resta considerá-los 'família' num sentido analógico.

Isso nada tem a ver com a permissividade ou não do casamento homoafetivo, que não deveria ser restringido por questões semânticas. Mas a distinção entre uma instituição da qual a mera perpetuação da sociedade depende, e uma união civil que além de não poder cooperar diretamente na função reprodutiva, ainda dependerá diretamente dela, TEM QUE SER MANTIDA! A Mente Humana não pode funcionar sem categorias conceituais bem definidas, e querer esvaziar os conceitos até sua completa inoperância só pode arruinar qualquer possibilidade de inteligência.

Uma coisa é dar aos homossexuais o direito de instituir uniões "como se fosse uma família", a mesmo conceder-lhes a oportunidade de adotar crianças e colaborar da educação delas, o que considerando a existência de crianças abandonadas pela reprodução desregulada, pode ser uma solução.

Mas daí a dizer que não há qualquer diferença entre uma família em seu sentido original e uma no sentido conotativo é ataque a um conceito sem o qual a própria sociedade seria incompreensível.

Esse tema continua em Disputa Semântica.

4 de Julho

Após divulgar a petição ONU: Inclua a Família, seguiu-se uma VASTA DISCUSSÃO que merece ser lida.

17 de Setembro

Estou pensando sinceramente em fundar um grupo Anti Abortista Secular neste país. Fiquei mais animado agora que vi que tem sido mais falado nos EUA. O Secular Pro-Life já é antigo, e acompanho suas atividades há tempos.

Descobri um Pro-Life Humanists. E alguns outros textos interessantes como Pro-Life Without God Bem como o Pro-Life Atheists

Eu só não gosto do termo "pró-vida", pois apesar de ser consistente, não exprime direito o tema, que antes deveria ser algo como "pró-humanidade". Mas ao menos é melhor que o bizarro "pró-escolha", que além de implicar na violação da escolha intrínseca da vida que é tirada, ainda é quase sempre exercida em contextos de falta de escolha. Em geral a mulher não aborta porque o escolhe, mas sim por não ter escolha!

Ademais, a Vida humana é sempre uma dádiva, a única coisa que a estraga são exatamente as más-escolhas.

10 de Outubro

Não foi falta de aviso. O recente Congresso Eleito É O Mais Conservador desde 1964.

Isso teria que acontecer, se não pela natural dinâmica psicossocial que evolui sempre pela alternância de tendências, ao menos como resultado inevitável da bem sucedida campanha de corrupção da esquerda movida pelas elites bilionárias norte americanas, que financiando toda sorte de neoesquerdismos perfeitamente dispensáveis, conseguiu fazer com que esquerda deixasse de ser a defesa da classe trabalhadora para ser reduzida a Parada Gay, Abortismo e Marcha da Maconha.

A própria reportagem em questão deixa isso bem claro, ao dedicar UMA única frase para uma pauta legítima e original de esquerda: ["A proporção da frente sindical também foi reduzida quase à metade: 83 para 46 parlamentares."]. Mas dedicar muito mais ênfase à oposição ao Casamento Gay e Aborto, que parece ser sua única preocupação.

Ocorre que o ["O aumento de militares, religiosos, ruralistas e outros segmentos mais identificados com o conservadorismo..."] pode até ser bem vindo para dar a merecida retaliação nessa patifarias neoesquerdóides, mas pode ser um desastre com relação àquilo que realmente importa, que é o bem estar da maioria da população trabalhadora. Junto com eles, especialmente num mandato do PSDemB, não se pode esperar outra coisa que não um ataque contra os direitos trabalhistas, arrocho salarial, privatizações e piora nas condições de trabalho, similar a ocorrida no governo FHC.

Mas como esperar lucidez de um artigo que pensa que as manifestações do ano passado deveriam inspirar uma resposta eleitoral contrária, como se todas elas fossem de pautas progressistas e como se a grande maioria das pessoas não tivesse ficado em casa.

E agora perguntarei pela enésima vez: POR QUE FUNDAÇÕES BILIONÁRIAS COMO FORD, GEORGE SOROS, BILL & MELINDA GATES ETC, DÃO MILHÕES DE DÓLARES POR ANO PARA ONGS ABORTISTAS, FEMINISTAS, RACIALISTAS, AMBIENTALISTAS, LGBT ETC?!?!

Pelo mesmo motivo que jamais dariam um só centavo para um sindicato de base! Desmobilizar a Classe Trabalhadora!

Num país com o índice de criminalidade que temos, com nosso nível de desigualdade, com nossa ainda persistente pobreza apesar de termos saído do mapa da fome, e com tantos problemas sócio econômicos, ver um segmento imenso dos politicos achar que Aborto, Casamento Gay e Liberação das Drogas são pautas que mereçam ser levadas a debates presidenciais é um atestado vergonhoso de indigência mental. Uma verdadeira doença social.

Acha que morrem muitas mulheres em abortos clandestinos? Consulte o DATASUS - ÓBITOS DE MULHERES EM IDADE FÉRTIL E ÓBITOS MATERNOS para ver TODAS as mortes maternas que envolvem complicações decorrentes de aborto. Somando as falhas em tentativa, outros tipos e Não Especificado, fica por volta de 50 por ano, e não há sequer como saber quantos destes realmente resultam de um aborto clandestino,pode até ser zero. Não é por menos que um único caso específico conhecido chama toda atenção da mídia.

Mas enquanto isso quase 3 MIL trabalhadores morrem em acidentes de trabalho perfeitamente evitáveis por ano, em grande parte devido ao barateamento e sucateamento constante de suas condições de trabalho em favor do lucro empresarial. Desses, 5% são mulheres (Taxa de mortalidade específica por acidentes de trabalho), o que dá mais que o dobro das supostas mortes por aborto clandestino.

Onde estão as ONGs internacionais?! Onde está o lobby no congresso para erradicar essas mortes? Onde está a Marcha das Trabalhadoras?! EM LUGAR NENHUM! Porque COM TRABALHADOR ELES NÃO SE IMPORTAM!

Acha que muitos homossexuais são mortos no Brasil? Mas qualquer indicador irá registrar no máximo algumas centenas, o que num país com quase 50 mil homicídios dá por volta de 0,5% da população. Assim, a não ser que o número de homossexuais esteja bem abaixo disso (as estatísticas mais modestas dão mais de 10 vezes isso), é mais seguro ser homossexual, principalmente lésbica, do que hétero, principalmente homem hétero. E é sabido que a maioria desses assassinatos são de homens gays sendo mortos por outros homens gays, então como taxar isso de crime homofóbico?

E assim, com essas fraudes do neo esquerdismo financiadas por plutocracias norte americanas corrompendo a esquerda, PT e PSOL inclusos, deixando de lado pautas extremamente mais urgentes. E sendo a maioria esmagadora da população refratária a essas tolices, como esperar outra coisa que não uma reação conservadora?

11 de Novembro

É A TAXA DE NATALIDADE! STUPID!

O artigo da revista FORBES, de dois anos atrás, What's Really Behind Europe's Decline? It's The Birth Rates, Stupid. É um dos raros casos de lucidez diante de um fato, com o perdão do excesso de adjetivos, esmagadoramente óbvio, colossalmente evidente e absolutamente determinante, mas que mesmo assim quase todos se recusam a ver.

Há muito tempo, pelo menos desde minha monografia Pequeno Demais Para Nós Todos, de 2003, venho pensando na hipótese de que a cegueira humana quase total para a importância das taxas de natalidade parece ser inata. Deve haver alguma razão evolutiva! A humanidade reage rapidamente a ameaças populacionais por meio dos famosos baby booms, e historicamente sempre conseguiu se sair bem na administração de sua própria perpetuação. Mas isso foi sempre de forma inconsciente, delegando os imperativos reprodutivos a instâncias culturais dissimuladas, como religião ou moral. E assim continua em locais menos desenvolvidos, como aponto em Genogênese.

Somente na atualidade estamos vendo que mesmo essa capacidade de defesa espontânea foi, porém, suprimida. Ao mesmo tempo que há uma notável conscientização por parte de uma pequena elite intelectual, que aliás sempre houve, desta vez essa elite usou seus poderes financeiros para impor agendas de controle populacional no planeta inteiro, como se vê em A Fundação do Feminismo de Segunda Onda, com pequenino, quase desprezível, sucesso onde essa contenção realmente é necessária, e sucesso absoluto e avassalador onde já é praticamente um suicídio civilizatório. Respectivamente, nos países menos e mais desenvolvidos.

Como também abordo em Hipótese Benevolente para a Cruzada Anti-Reprodutiva, que uma civilização que outrora foi a mais poderosa do mundo não consiga sequer entender o que a está destruindo em ritmo alucinante, é algo que, além de hipóteses conspiratórias, somente apelando a alguma deficiência cognitiva psicossocial intrínseca da espécie humana consegue ser compreensível.

9 de Dezembro

Ministro japonês Taro Aso é criticado por declarações sobre as mulheres, no caso, ter dito a obviedade de que o problema do envelhecimento da sociedade japonesa é devido a não reposição populacional, visto que a taxa média tem sido de 1,4 filhos por mulher, muito abaixo da mínima de 2,1 necessária para manutenção da população.

No Japão, a opção de substituir o povo nativo por imigrantes é enormemente mais insuportável do que jamais poderia ser até para a Alemanha Nazista, e está havendo uma enorme crise de relacionamentos devido a quebra dos valores tradicionais e à dificuldade cultural de se adaptar a modelos alternativos (que diga-se de passagem, em termos populacionais só pioram o problema como mostram os exemplos ocidentais). Por isso tem havido um florescimento de profissionais de aconselhamento amorosos já financiados pelo governo na tentativa já desesperada de incentivar casamentos, família e maternidade. O livro de Lisa Mundy, O Sexo Mais Rico (The Richer Sex) explica isso detalhadamente.

O ministro tem se destacado por declarações polêmicas e politicamente incorretas, como se vê na coletânea em Taro Aso: as gafes do ministro japonês que sugeriu morte de idosos. Texto que também acrescenta muitas e interessantes informações sobre a crise de ordem populacional, prevendo que em menos de meio século a população já terá recuado para 70% da atual.

A não ser que alguém esteja propondo aprisionar mulheres a forçá-las a engravidar, NÃO EXISTE NENHUMA FORMA de se pensar sobre esse problema sem centrá-lo na pura e simples reticência feminina a ter filhos, e em como contornar isso. Mesmo assim, a primeira matéria citada acima, declara nada mais nada menos que: "O modo escolhido pelo ministro para falar sobre a questão chocou a imprensa japonesa, já que ele PARECE TER SE DIRIGIDO ÀS MULHERES SEM FILHOS, atribuindo a responsabilidade pela baixa taxa de natalidade, e NÃO AO SISTEMA QUE NÃO ESTIMULA DE MANEIRA SUFICIENTE A PATERNIDADE, uma consequência de políticas inapropriadas."

Alguém poderia me dizer que espécie de psicotrópico é preciso tomar, ou que tipo de dano neural é preciso sofrer, para poder manifestar o delírio de que o problema é a Paternidade e não a Maternidade, num país onde cada vez mais as mulheres se recusam a se casar para seguir carreira, e mesmo quando o fazem dão mais prioridade ao trabalho que a família?

Será que 50 anos de lavagem cerebral feminista foram assim tão poderosos que até mesmo a percepção das realidades mais básicas e operações mentais mais primárias tem que ser abortadas no mesmo ritmo que se aborta no Japão? (Onde por sinal, até hoje métodos anticoncepcionais são preteridos em favor do aborto, que sempre foi liberado mesmo quando a pílula anticoncepcional era proibida.)

E não é só no Japão. Qualquer um que diz qualquer coisa parecida em qualquer país no mundo recebe o mesmo tratamento. As taxas de natalidade despencam, mas o problema, segundo as sapiências, não é o fato das mulheres não quererem ter mais filhos independente de estarem casadas ou não. A culpa é do...

...Escolha a alucinação de sua preferência.

15 de Dezembro

Em Condição psiquiátrica pode explicar assassinato de recém-nascidos, é dito "Nos casos de negação psicótica, a mulher nunca desenvolve o sentimento de que o bebê é uma outra pessoa, diz Miller. Foi o que parece ter ocorrido com outra francesa, Veronique Courjault, condenada no ano passado a oito anos de prisão pela morte de três filhos recém-nascidos. Para mim, eles não eram crianças. Eram uma parte de mim, uma extensão de mim mesma que eu estava matando, afirmou ela a psiquiatras. Durante o julgamento, Courjault afirmou que, por não desejar mais filhos, era incapaz de sentir ligação com os fetos. Eu não conseguia senti-los se mexendo dentro de mim, afirmou."

É a mesmíssima disposição psíquica que o Abortismo visa despertar nas mulheres. Desconsiderar o feto como uma criança e vê-lo apenas como "parte do corpo da mulher", do qual ela pode se livrar sem qualquer consideração.

Marcus Valerio XR

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