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Crônica de GRADIVIND
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Eu Sou A Lenda
25/11/2011

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23 de Junho

Para escantear um pouco os horrores da realidade fui me refugiar em horrores da ficção apenas para ser submetido a um nível de horror ainda mais irascível do que tudo o que está acontecendo quer no real, quer no ficcional. Não só pela brutal ASNEIRA e retardamento mental absoluto desta animação, mas pelo fato ainda mais horrorizante que, até onde vi, todas as demais pessoas, talvez surtadas de forma inédita pela loucura que grassa no mundo, tenham decidido elencar para idolatria uma das mais atrozes produções filmográficas que já vi na vida.

O tal do "Perdator - Asinino de Asininos" me faz pensar que talvez eu (ou o mundo) já tenha morrido e jazo perdido num limbo onde besteirois Non Sense no máximo divertidinhos, como ESQUADRÃO SUICIDA (2021) de James Gunn, são elevados ao estatuto de "excelência" cinematográfica, e onde o ainda pior TUDO EM TODO LUGAR AO MESMO TEMPO (2022) conseguiu não só ser idolatrado como obra prima, mas ainda ganhar O Oscar. Mas juro que nem confrontar ambas essas bizarrices me preparou para o suplício que foi assistir esse assassinato da franquia Predator. Seguindo a tendência, deve ganhar todas as estatuetas da Academia ano que vem.

Pouquíssimas vezes me ocorreu de odiar praticamente quase cada segundo de um filme como ocorreu aqui. Ok... ainda poderia perdoar a primeira estória da vovó viking que faz a indiazinha de PREY (2022) parecer uma princesinha clássica da Disney, e admito que a segunda metade da segunda estória tem lá bons momentos, após termos que aguentar uma coletânea de todos os clichês ninja da história listados na forma de um guia. De certo, se essa fosse a pior, o filme seria razoável.

Mas ter sobrevivido à terceira estória, na Segunda Grande Guerra, já foi um ato de bravura (Ou loucura?) que matou pela segunda vez a memória de meu pai, fissurado pela tema, especialmente guerra aeronaval, fascínio que herdei ao ponto de fazer uma monografia sobre o assunto. Se bem que aqui admito que após ver o personagem SAIR DA CABINE daquilo que parece um Grumman F4F Wildcat EM PLENO VOO, para, SE ARRASTANDO NA ASA, descartar um tanque de combustível em chamas, terminei até aliviado pelo fato que, depois dessa, nem tinha mais como piorar.

E realmente não piorou. Tão pouco melhorou. Mas pelo menos fiquei suficientemente anestesiado para suportar o mesmo caça subir verticalmente como se fosse um F-35 e... Hells, ficar invisível para a nave dos Yautjas simplesmente... DESLIGANDO O MOTOR!

Não dá pra fazer uma análise pormenorizada aqui. É impossível listar sequer 1/5 das boçalidades e atrocidades conceituais que essa porcaria desse filme comete, não sendo nem um pouco melhor em sua última sequência, que tem o condão de tornar retardados até o cultura caçadora e guerreira dos Yautjas. Talvez eu faça um vídeo maior que o próprio filme para dar conta de listar uma fração da infindável lista de asneiras.

O que é verdadeiramente terrível é não ver UMA ÚNICA crítica a esse filme que não seja uma monstruosa rasgação de seda, com elogios hiperbólicos e genuflexões oligofrênicas. (Por favor! Mostrem-me se eu estiver errado!) Num cenário bem diferente do que ocorreu no também grotesco ALIEN COVENANT (2017), que ao menos contou com boa parcela de pessoas além de mim apontando os problemas do filme.

Mas Predator: Killer of Killers consegue fazer pior com a franquia dos Yautjas do que Covenant fez com a franquia dos Xenomorphs, pois a série de filmes "Predador" me agradou, em maior ou menor grau, em todas as suas edições, até nas mais criticadas. Ao passo que a serie de filmes "Alien" já havia entregado dissabores notórios antes da supracitada edição envenenada.

Antevejo que a situação irá piorar. Agora, o termo "Absolute Cinema" parece estar sendo sistematicamente aplicado apenas ao péssimo, e já aceitei o fato de que a humanidade está entrando num era de surto psicótico terminal em todos os níveis. Onde assistir uma atrocidade dessas e ver o inverso do que ela apresenta é o equivalente a ver os fatos concretos e entender o absoluto contrário do que eles expõem.

18 de JunhoFacebook

18 de Junho de 2025

Um tema recorrente nesta página é a escassez de produções que abordem a mitologia das súcubos, bem como a total ausência das que abordem as demais Concubinas de Samael além de Lilith, tendo sido abordada a série LOST GIRL o filme SiREN e outros. No que parecia uma tendência a minorar esse quadro, o ano de 2024 nos trouxe dois filmes com o mesmo título: SUCCUBUS.

Uma produção estadunidense de R.J. Daniel Hanna, trazendo como coadjuvantes a outrora badalada Rosanna Arquette, que fez notório sucesso nos anos 80 e 90, e o conhecidíssimo Ron Perlman, que dispensa apresentações, em apoio a um elenco bem menos conhecido.

E outra uma produção europeia, anglófona, mas de empresas alemãs e elenco eslavo ainda menos reconhecível, dirigido por Serik Beiseu e tendo como atriz principal Angelina Pakhomova. Filme também conhecido como THE DEMONESS.

No filme norte americano, um jovem pai em processo de separação se envolve relutante num site de encontros e acaba se deparando com uma misteriosa mulher. Na produção europeia, quatro casais chegam a uma ilha onde se submetem a estranhos rituais pagãos que teriam como objetivo restaurar seus relacionamentos.

Se bem que o imaginário dominante das súcubos na cultura pop derive em grande parte de videogames e animes, ainda assim parece mais próximo dos mitos mesopotâmicos originais do que o desenvolvido em ambos esses filmes. E entrando em SPOILERS, Na produção americana, temos uma entidade mais reconhecível, que porém, é capaz de atacar "on-line" de um modo completamente inusitado, de modo que ações mentais remotas se misturam a comunicações digitais com consequências físicas num combo cujas regras são incompreensíveis. Na produção europeia, um estranha seita macabra promove rituais sensuais que perturbam a mente dos casais, visando a um objetivo outro que o declarado.

Se no primeiro caso temos ao menos a alternância entre uma bela mulher normal, e uma demônia de aparência tipicamente súcubo, não é possível sequer ter certeza se os eventos são oníricos ou físicos, mais provavelmente ambos, nem é dada qualquer noção de como o personagem de Ron Perlman, além da ação física, combate a criatura, por vezes dando a impressão de que ele também tem poderes telepáticos. Já no segundo caso temos um apoio bem mais significativo em mitos mesopotâmicos, com direito a estudos de religiões antigas e rituais, a presença da noção de consumir força vital é bem mais evidente, e é explicitamente citada a entidade ARDAT LILI, que possui sua contraparte homônima em As 4 Damas do Apocalipse. No entanto, em total contrassenso, tal referência mitológica é claramente vista como um demônio masculino! E isso apesar do nome alternativo, The Demoness (A Demônia), do filme!

São estórias muito diferentes entre si, sendo a versão norte americana mais contida em número de personagens e bem mais "direito ao ponto" no quesito da ação sucúbica, com maior compartilhamento de relevância de personagens. Enquanto a versão europeia se delonga num clima mais investigativo envolvendo mais personagens, porém com evidente centralidade no papel duplo da atriz principal, para somente ao final adentrar o tema título.

E o autor de As 4 Damas do Apocalipse, e deste texto, não saberia dizer qual dos filmes prefere (embora avaliações públicas costumem dar vantagem ao primeiro), ambos tendo suas virtudes e defeitos, mas é enfático ao declarar que ambos são bastante inferiores a SiREN (2016), que ao lado do curta da antologia V/H/S (2012) que compartilha a mesma personagem, continua sendo, nesta opinião, a melhor produção já feita sobre o tema Súcubos.

Vale lembrar, porém, que mesmo este é tão pouco conhecido, e de baixa repercussão, quanto essas novidades de 2024, relegando essa temática a um perpétuo segundo ou terceiro escalão das produções audiovisuais, e mesmo literárias, dos universos de Fantasia e Terror. É até mesmo difícil achar informações sobre eles, e em grande parte das vezes, eles são confundidos!

Continua não havendo uma única produção de primeira grandeza a abordar essa fascinante mitologia, e produção de grandeza alguma a abordar Agrat bat Mahalat, Naamaah e Eisheth Zenunim, como o faz

As 4 Damas do Apocalipse, disponível em formato e-book na Amazon e formato impresso na UICLAP.



18 de Junho YouTube

A próxima LIVE promete ser uma das mais exóticas já feitas neste canal, não sendo a toa que estou há três anos tocando no assunto sem jamais ter tido coragem de abordá-lo plenamente, o mencionei aqui ao menos desde a LIVE 40 em 08/09/22. O texto em que ela se baseia é tão estranho que pelo jeito nem o cara que o publicou teve coragem de mantê-lo por muito tempo, e ainda dependeu da leitura de um dos livros mas ousados que já li.

No entanto, o tema se relaciona profundamente a outros muitíssimo mais "concretos", e é muito interessante que já se tenha visto, ou mesmo se reveja, IRÃ - A Civilização Persa na Geopolítica Atual (LIVE 109).


16 de Junho

Se tem algo que já perdi a esperança é que distribuidoras locais tomem vergonha na cara e tenham um mínimo de racionalidade na hora de mudar os títulos de certas produções, pois em THE GORGE (2025), se a tradução literal "O Desfiladeiro", apesar de correta, inédita e perfeitamente significativa, por algum motivo não pôde ser aceita, ao menos que se inventasse algo do tipo "As Duas Torres", "A Fenda", "Entre Muralhas", "O Abismo Entre Nós", Ela Explodiu a Noite" ou até "Tower Defense Love" ou alguma outra coisa que tivesse minimamente a ver com filme. Mas preferiram "Entre Montanhas", embora sequer haja montanhas envolvidas na trama.

Mas The Gorge é uma grata surpresa se você estiver aberto a uma Aventura Romântica de Terror / Ficção Científica com uma premissa praticamente inédita, onde cada um dos "defeitos" é curiosamente transformado em virtude pelo contexto.

1° Personagens infalíveis, ou quase, costumam ser enfadonhos, mas no caso fez perfeito sentido, até porque foram selecionados a dedo, entre a elite da elite dos snipers militares para aquela missão específica, por quem tinha muito dinheiro e poder. E a possível dificuldade de identificação inicial cai no momento em que percebemos que é o vazio emocional, a falta de sentido existencial desses personagens, que os levou a ser assim. Portanto temos, inicialmente, quase super-heróis, mas tão psicologicamente "quebrados" que, nesses tempos de depressão, acaba sendo difícil não se afeiçoar;

2° Difícil crer que colocariam uma mulher naquela situação, e o próprio filme "diz" isso, uma vez que a misteriosa operação estava funcionando há 70 anos sem maiores intercorrências, e aparentemente foi a presença dela lá, com uma incorrigível iniciativas romântica, que quebrou o sistema. Mas, estatisticamente, mulheres representam ao menos 5% dos snipers, e muitas foram famosas, em especial as soviéticas na Segunda Grande Guerra. Que a personagem de Anya Taylor-Joy seja uma sniper lituana que cumpre missões secreta para o Kremlin nada tem de absurdo.

Claro que, posteriormente, ela acaba virando uma "ramba", mas... pô, a mulher já tem cara de Animê, queria mais o quê!? (Por mais que o corpinho de Barbie anoréxica não ajude.) Além do mais, você, conservador, deve agradecer por termos um romance hétero num contexto onde até faria mais sentido termos um romance gay. E como dito, a construção do relacionamento dos personagens não só tem algo de inédito, na verdade, tem um quê de formidável! Até porque, como dito antes, os personagens eram verdadeiros "humanos ocos" até se conhecerem, e aparentemente, pela primeira vez na vida, ganharem um propósito existencial que os transformou de infalíveis cumpridores de ordens, não importa quais sejam, em pessoas dispostas a desafiar um poderoso sistema, após ter sua humanidade despertada;

3° A fascinante premissa é a de um local desconhecido na Terra que chega a inicialmente parece um portal do inferno, que tem que ser vigiado constantemente por sistemas automáticos sofisticadíssimos, contando com recursos de camuflagem que enganam satélites, e tão secreto que ninguém deveria ficar surpreso ao descobrir, logo no começo do filme, que todos os que lá trabalharam, em tese por apenas um ano, na verdade nunca saíram de lá. Mas, já dando SPOILER, ou melhor dizendo "desespoilando", por já adiantar a revelação que a mim foi inicialmente decepcionante, é que não se trata realmente do inferno, quer num sentido teológico, ou de apenas algo totalmente inumano, visto ter sido resultado de desastrosa ação humana associada a uma tragédia natural.

Mas essa dessacralização ao mesmo tempo deu lugar a uma outra virtude, pois ao menos o filme se mantém no realismo mais racional, tornando as atitudes dos personagens ainda mais coerentes com o contexto. O problema é terrível, um metafórico "inferno" na Terra desencadeado por evento do nível de um Resident Evil (aliás, poderia perfeitamente caber numa instalação da Umbrella Corporation), com direito a mutações de horror lovecraftiano. Apesar tudo, é evidente que podem ser derrotadas, por mais difícil que seja, e como nessa altura do filme, segunda metade, já estamos torcendo pelo casal, a tensão ganha um certo alívio por não estarmos à mercê de um horror sobrenatural incompreensível, e embora não plenamente compreendido, ainda assim, cognoscível.

Por termos Sigourney Weaver como participação especial, por um momento não me perguntei se poderíamos estar na mesma ambientação de The Cabin In The Woods (2012), e já é a segunda vez que penso isso de um filme, a exemplo do que pensei de Knock at The Cabin (2013)*

4° Notei um problema de ritmo do filme, que me pareceu, a princípio, demasiado lento até um determinando momento, não parecendo necessária tamanha construção inicial, mas demasiado rápido posteriormente, me indagando se não seria melhor ter antecipado em ao menos uns 5 minutos o momento onde, de repente, tudo muda. Mas a julgar pelo fato de ser um consenso que a primeira metade do filme é irrepreensível, havendo dúvidas mais na segunda parte, fica difícil insistir nesse ponto. De qualquer modo, a mudança nem é tão brusca. A primeira grande sequência de ação já é alucinante e entrega muita coisa, e não demora para começarmos a sentir que os monstros estão demorando muito para reaparecer, quanto então... quem mandou reclamar?

SPOILERS ! ! !

Aí mergulhamos, literalmente, no "inferno" em questão, onde chega a ser surpreendente o tanto que é rapidamente revelado, mas condizente com a caracterização dos personagens, que diante daquela oportunidade, e competentes como são, jamais deixariam de coletar o máximo de informação possível. (Já estou de saco cheio dos que reclamam de excesso de "expositividade"!) E pensamos que eles estarão lá até o final quando, após muita luta, conseguem voltar quase que para a rotina anterior, ainda que não por muito tempo. E vem a sequência final com o previsível suspense que enfim termina entregando o final feliz mesmo que a personagem estivesse pronta para se resignar e voltar à seu vazio existencial.

Temos, enfim, uma mistura pouco usual. O filme é em grande medida um romance, com o inédito contexto dos personagens estarem separados literalmente por um abismo, e por proibições severas de comunicação, mas desafiadas justamente pela presença feminina local que não demora a envolver o personagem de Miles Teller. É evidente que foi o "romance proibido" que não apenas causou o quase desastre que sempre se tentou evitar, mas também derrubou um sistema perverso que pretendia fazer o previsível mau uso de um erro já catastrófico, e ocultado tanto por EUA, quanto URSS / Rússia e Reino Unido, embora administrado pelo primeiro por meio de uma empresa privada devidamente intitulada Dark Lake (uma evidente alusão a Black Water). Ficam questões, claro. Tanto secretismo era mesmo necessário? Não seria mais prudente equipes maiores? Mais drones já não deveriam ter deixado claro que a ameaça, agora, já poderia ser enfrentada por uma operação mais bem planejada?

No entanto, é fácil achar explicações plausíveis para quaisquer das perguntas, e de qualquer modo, o resultado final é ótimo. Um filme fechado em si mesmo, não caberia uma sequência a não ser num estilo muito diferente, embora coubessem prequências. E não consigo deixar de imaginar uma adaptação onde um sistema de defesa similar estivesse de guarda literalmente de um portal do inferno.

7 de Junho

E agora... falando "sério" (Como se fizesse diferença!): cá está a ÍNTEGRA da decisão judicial proferida contra o humorista Léo Lins

Nem valeria a pena falar o óbvio se não fosse irresistível, que é o fato de praticamente ninguém que se manifesta sobre o assunto a leu ou sequer tem ideia do contexto. Isso é a vida como ela é.

Por isso, eis alguns pontos básicos.

- O processo já corre há mais de dois anos, e toda a tramitação, inclusive teses e movimentos da defesa, estão lá registrados;

- O objeto não se trata de show privado, mas que foi publicado no "SeuToba" pelo próprio autor, só tendo sido tornado privado após o início do processo, e de qualquer modo já está viralizado em vários outros canais. No processo HÁ UM LINK PARA O VÍDEO NA ÍNTEGRA! Somando as visualizações totais, é impossível que show já não tenha mais de 5 milhões de visualizações, o que somando cortes, com certeza passa muito de 10 milhões podendo até mesmo ter passado de 100 milhões. Portanto, NÃO SE TRATA DE CONTEÚDO PRIVADO!

- No próprio vídeo o autor deixa claro se tratar de uma escalada, visto que o show em si é uma resposta aos processos, protestos e boicotes que tem sofrido, na forma de "dobrar a aposta!" SIM! ELE FEZ DE PROPÓSITO! Sendo um desafio direto à legislação e à justiça. O processo inclusive cita inúmeras passagens onde o humorista declara abertamente estar ciente dos riscos que está correndo!

- A decisão em si é rigorosamente técnica basicamente seguindo à risca a legislação. Há um problema, mas ele é Legislativo, não Judiciário! Pessoalmente EU ACHO AS PENAS EXCESSIVAS! Praticamente abusivas, mas elas estão previstas em lei! Portanto, a juíza apenas cumpriu sua obrigação legal;

Mas isso não significa que não haja problemas não apenas na legislação, mas principalmente no nosso contextos cultural, por isso reputo mais uma vez a ótima crítica irônica do Rafinha Bastos que comentei anteontem. É a única manifestação que vi até agora, qualquer que seja a forma, que endereçou o verdadeiro e maior problema. Sim! Há uma disposição doutrinária jurídica, até certo ponto justificável, mas impossível de não gerar uma massiva área cinzenta onde, SIM, um ator pode ser processado pelos crimes ficcionais de seu personagem!

A decisão judicial até declarou que não é exatamente o caso, por que Léo Lins enquanto humorista e Leonardo de Lima Borges Lins como pessoa física são indissociáveis. Mas mesmo que fosse, a decisão profere, LITERALMENTE, em sua página 15, que: ["Não obstante, ainda que se trate de uma personagem e não da pessoa de LEONARDO, é certo não se excluir o crime. Tal qual dito neste mesmo tópico, o fato de se tratar de humor não configura um passe-livre para o cometimento de crimes, assim como o fato de se tratar de uma apresentação artística."]

Sendo os crimes em questão, evidentemente discursos. Assim, não é que os personagens ficcionais citados por Rafinha Bastos, ou quaisquer outros que se possa elencar, seriam presos por roubo ou assassinatos ficcionais, mas por preferirem "discursos de ódio", preconceitos, falas discriminatórias etc, que são, por si, crimes previstos por nossas legislações.

E aí entramos na pior de todas as desonestidades envolvidas. Embora talvez o nível da formalidade dessa disposição seja inédita em nosso tempo, ela em si não é, JAMAIS FOI, novidade alguma. Discursos, declarações, opiniões etc, SEMPRE FORAM CRIMINALIZADAS em quaisquer ordenamentos jurídicos. O que muda é quais, e o quanto. Mas desafio qualquer uma mostrar um único exemplo histórico onde toda e qualquer coisa imaginável poderia ser pública e amplamente dita impunemente.

Nossa ilusão de permissividade talvez derive do fato de termos elencado o conceito de "liberdade" como um valor supostamente supremo sem sequer saber o que isso significa, ao mesmo tempo que despojamos conceitos como "honra" de qualquer importância.

A própria decisão judicial apresenta uma CONTRADIÇÃO FLAGRANTE não exatamente dela, mas da nossa própria mentalidade contemporânea em si, ao dizer: ["No mesmo julgado, a Ministra Nancy Andrighi elucida que a expressão “ animus jocandi ” é contemporânea da escravidão, que também já foi normalizada, tolerada e institucionalizada. Também é dessa época e desse mesmo contexto social a " horrenda, nefasta e anacrônica" tese da " legítima defesa da HONRA" invocada por homens que (ainda) matam mulheres e que resultou na normalização e na tolerância institucionalizada da pena de morte hoje tipificada como feminicídio, refutada em 2021 pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento da ADPF 779."]

Sendo que EM QUATRO OUTRAS PASSAGENS, a mesmíssima noção de HONRA é evocada como bem jurídico a ser protegido! E que baseia condenações judiciais!

O que mudou é apenas a modalidade e o peso desta honra em si, mas o princípio fundamental é o mesmo!

Por fim, eu veria com muitíssimo melhores olhos críticas a essa decisão, a essa legislação, ou a essa mentalidade, que tivessem a honra se serem minimamente consistentes, mas taí uma coisa da qual eu já desisti há muito tempo.

O panaca que acha que discursos são inofensivos e que liberdade de expressão é um bem supremo de repente se torna o mesmo imbecil que quer proibir apologia ao comunismo, críticas à valores religiosos, negação do holocausto e um sem número de vacas sagradas que mesmo quando constituem um imenso rebanho, lhes ficam subitamente invisíveis quando convém.

6 de Junho

Enquanto qualquer pessoa decente não consegue se conter de empolgação com o novo Plot Twist do Governo Trump e seu ex melhor amigo do peito, Elon Musk, aproveitem para entender uma coisa: o poder, O VERDADEIRO PODER, é PLUTOCRÁTICO! É oculto, e nunca vai se submeter a constrangimentos dessa magnitude.

Se a maior artimanha do Diabo é convencer a todos de que ele não existe, nisso reside o poder das verdadeiras oligarquias que governam o ocidente há gerações. Você nunca verá seus rostos, jamais saberá seus nomes, e não terá a menor chance de atingí-los com tortas na cara, e nem mesmo com piadas!

Elon Musk não é plutocrata, nem Bill Gates, nem Warren Buffet nem George Soros, pelos simples fato de todos sabermos quem eles são, e serem, para qualquer efeito prático, "novatos". Os verdadeiros plutocratas são "plutônicos", ocultos, invisíveis, herdeiros de gerações passadas, e controlando o poder por meio do sistema financeiro, do Deep State, e de seus testas de ferro, ainda discretos, mas que volta e meia também dão a cara à tapa, como Hank Paulson, Alan Greenspan, Dick Fuld ou Larry Fink.

O que acontece com esses bilionários e políticos celebridades jamais ocorrerá com as dinastias longevas das quais os Rockefellers, Rothschilds ou Wallembergs da vida são apenas os poucos cujos sobrenomes ao menos sabemos.

5 de Junho

Rafinha Bastos é o melhor humorista brasileiro. Foi O ÚNICO que reagiu à condenação de Léo Lins da forma como realmente cabe a um humorista, fazendo piada!*1 Mas com uma crítica subjacente para atingir o argumento alvo que sustenta a condenação, mesmo que de forma, talvez, imprecisa.

Melhor! Já começou dizendo que não ia apelar pro patético lugar comum de fazer comparações com outros crimes, um expediente boçal que, se levado adiante, anula por completo a legitimidade de qualquer punição sobre qualquer coisa. Por exemplo, uma abordagem retórica chamada Reductio to Absurdum pode ser usada contra a punição de qualquer ato de corrupção política, tal qual as fraudes no INSS, pois afinal, já houve fraudes muito piores que jamais foram punidas. (E um outro humorista panaca tentou usar isso para também ironizar a mesma decisão judicial.)

Rafinha Bastos usou uma Redução ao Absurdo num outro sentido, ao atacar a tese subjacente de que a arte não pode ser usada como desculpa para representação de crimes, ao comparar o caso com o de personagens vilanescos de novelas que fazem algo equivalente mas num nível muito pior. Muitas pessoas podem não ter compreendido a ideia pela falta de um contexto mais amplo, mas não é de hoje que personagens ficcionais tem sofrido críticas, e até cancelamentos, por executarem, COMO VILÕES, condutas que soam contemporaneamente ofensivas.*2

Ainda melhor é que, concorde ou não com o que Rafinha diz, não faz diferença! Se você concorda, entende como uma crítica disfarçada de piada, se não, pode rir da piada disfarçada de crítica! Em suma, ele é a representação daquilo que venho defendendo há muito tempo: NÃO HÁ DIFERENÇA entre o irônico e o sério! Leve a piada tão a sério quando faça ironia da seriedade! E não aceite que se use um para disfarçar o outro.*3

Por fim, e por princípio, eu concordo que humoristas podem ser sim punidos por piadas de mau gosto. Não sei se é o caso do Léo Lins porque não conheço o suficiente do trabalho dele para emitir uma opinião, e também não sei se a pena emitida no caso é justa (me parece excessiva). Mas se for como o caso, por exemplo, de um Danilo Gentili, que não passa de um pregador ideológico disfarçado de humorista, ou do pessoal do Porta dos Fundos, que talvez estejam mais para humoristas disfarçados de pregadores ideológicos, acho mais é que esse pessoal merece é ser enquadrado mesmo.

Tal qual o Rafinha também merece, e é aí que vemos por que ele é realmente um humorista antes de tudo, pois com relação às condenações judiciais que ele também sofreu, o que ele fez? Cumpriu as penas, e não ficou se vitimizando, pelo contrário fez piada disso também!

Um verdadeiro humorista deve ter o riso como fim em si mesmo, e não como meio para atingir outros objetivos. O que significa que ele, JAMAIS, pode fazer piadas apenas contra alguns alvos específicos.

Se o que tem circulado das piadas do Léo Lins forem apenas uma pequena amostra de um trabalho muito mais amplo, que inclui também piadas ácidas contra outros grupos, incluindo os verdadeiramente poderosos, e se uma vez preso, ele fizer piada da própria desgraça, aí sim, ele me convenceria de ser um verdadeiro humorista.

4 de Junho

Esse vídeo não é apenas uma aula sublime de história, e uma surra impiedosa contra um dos piores vigaristas do YouTube, mas sua abordagem sobre o Totalitarismo, ainda que mais aprofundada, basicamente repete o que eu disse anos antes no meu próprio vídeo sobre o mesmo assunto. Chega a parecer que ele o viu!


3 de Junho

Ah... mas segundo os "moleques"*, aquele era o verdadeiro Super-Homem!

* Como "moleques", considero aqueles que viram o filme de 1978 no cinema na infância (meu caso), mas continuam pensando hoje com a cabecinha infantil deslumbrada. Eles não comparam as características intrínsecas das obras, mas o deslumbre infantil com a rabugice adulta.

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