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30 de Dezembro, 16:42

Ana Paula: “Biologia não é de esquerda nem de direita; Não podemos aplaudir uma desigualdade em nome da igualdade”

Por Francine Galbier - 29 de dezembro de 2017

A jogadora de vôlei Ana Paula Henkel escreveu para O Estadão sobre a polêmica em torno de Tiffany, a transexual que está participando da Superliga Feminina no time de vôlei de Bauru.

Leia na íntegra:

Tiffany, 1,94m de altura, nasceu Rodrigo de Abreu. Depois de participar durante anos de ligas masculinas de vôlei pelo mundo como Rodrigo, inclusive no Brasil, agora se apresenta como Tiffany e joga na Superliga Feminina. Sou contra e peço licença para ter uma conversa honesta e franca com você.

Antes de tudo, a discussão não é sobre preconceito ou tolerância, é sobre a volta do bom senso. Nada contra Tiffany, que apenas segue uma regra criada pelas entidades responsáveis pelo esporte, mas tudo contra politizar ciência, esporte profissional e biologia em nome de uma agenda ideológica que humilha e inferioriza as mulheres. O próprio coordenador da Comissão Nacional Médica (Conamev) da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), órgão responsável pela liberação de Tiffany, Dr. João Granjeiro, declarou ser contra a participação da atleta trans na Superliga Feminina.

Defensores de mulheres transexuais em ligas femininas têm como linha de argumento que atletas passam por tratamentos para reduzir seus níveis de testosterona para o mesmo nível exigido das atletas nascidas mulheres. Permita-me explicar o absurdo desta ideia: mulheres que, como eu, disputaram competições femininas oficiais desde as categorias de base, passam toda sua vida profissional sendo monitoradas em incontáveis testes, dentro e fora do período de competições. No mínimo traço de testosterona detectado acima dos níveis permitidos, uma suspensão é aplicada.

Toda a patrulha médica do Comitê Olímpico Internacional (COI), da Federação Internacional de Vôlei (FIVB) e da própria CBV serviram para que minha força, musculatura, ossos e condição cardiovascular não estivessem sendo construídos injustamente com o hormônio masculino ao longo dos anos. Durante toda minha trajetória de atleta fui submetida ao controle da Agência Mundial Anti-Doping (WADA), o que incluiu informar ao órgão, durante anos, onde eu estava todos os 365 dias do ano para que pudesse ser alvo de um teste-surpresa. Todas as atletas profissionais sabem do que estou falando. Quantas vezes não fomos acordadas às 5h30 da manhã para colherem material sem aviso prévio?

Tiffany, que foi Rodrigo na maior parte da sua vida, tem 33 anos. Há dois anos tem níveis de testosterona compatíveis com o esporte feminino, mas nos outros 31, quando jogava vôlei em ligas profissionais como Rodrigo, construiu um corpo de 1,94m de músculos masculinos. É justo que agora participe de competições com quem é mulher desde que nasceu, que tem ossos, músculos, ligamentos e capacidade aeróbica tipicamente femininas? Você sabe a resposta.

Alguns dos médicos mais respeitados da área, como a Dra. Ramona Krutzik, endocrinologista californiana que estuda os hormônios humanos há 19 anos, estão começando a se posicionar contra este absurdo. Krutzik defende que um ano de terapia hormonal não é suficiente para reverter os efeitos da puberdade masculina em uma atleta transexual. “Para reverter qualquer aspecto físico masculino no corpo, além da cirurgia de sexo são necessários ao menos quinze anos sem testosterona para começarmos a perceber algumas mudanças ósseas e musculares”, esclarece a Dra. Ramona Krutzik.

Nem a Dra. Joanna Harper, mulher transexual desde 2004, concorda que atletas trans femininas deviam ser liberadas apenas pelo nível de testosterona. Fisiologista do Providence Portland Medical Center, Dra. Harper publicou um estudo em 2015 afirmando que corredoras trans podem ser mais lentas que mulheres. No entanto, ela acredita que a redução de testosterona por apenas um ano num corpo masculino não é dado suficiente para permitir a participação de transexuais em diversas modalidades em que a força física é determinante.

Se tudo isso não bastasse, o debate beira o surrealismo quando se sabe que o COI pode excluir do esporte feminino mulheres com níveis mais altos de testosterona por causas naturais. Mulheres que nunca usaram qualquer substância para elevar seus níveis hormonais são impedidas de competir, como a corredora indiana Dutee Chand que foi acusada de “não ser mulher”.

Dutee Chand tinha um distúrbio conhecido como “hiperandrogenismo” e, por isso, foi banida do esporte. Na época, o COI e a Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF) alegaram que Chand não havia passado no teste de gênero e teria que ser suspensa. O teste de gênero é feito nos casos de níveis elevados de testosterona endógena (produzida pelo corpo) e é obrigatório apenas (pasmem!) para mulheres. Chand só pôde voltar a competir depois de recorrer à Corte Arbitral do Esporte (CAS).

Com que cara olhamos então para essas mulheres que já foram cortadas de competições ou banidas do esporte pelo nível de testosterona alto em algum momento da vida? Como impedir agora que meninas adolescentes construam corpos com hormônio masculino e depois ajustem os níveis um ano antes de competir com as outras?

A agenda político-ideológica em defesa de transexuais em esportes disputados por mulheres ultrapassou qualquer limite do absurdo quando Fallon Fox, um ex-militar e ex-caminhoneiro americano, tornou-se a primeira lutadora trans de MMA. Fox não apenas venceu cinco das seis lutas que disputou como causou profundas lesões corporais nas suas oponentes, como concussões sérias e ossos fraturados. Digam o quiserem, Fox é um homem batendo publicamente em uma mulher numa arena e ganhando dinheiro e aplausos politicamente corretos por isso.

O que aconteceria se LeBron James, uma lenda viva da NBA, decidisse levar sua técnica, seus músculos e seus 2,03m para o campeonato de basquete feminino depois de dois anos de tratamento hormonal? A diferença entre o basquete masculino e feminino está em quase tudo: no tamanho na bola, na altura da cesta, na distância para o arremesso de três pontos e até nas regras.

Pode parecer absurdo, mas até a possibilidade de uma convocação de Tiffany para a seleção brasileira já foi admitida pelo atual técnico, José Roberto Guimarães. Em quanto tempo teremos uma seleção feminina composta basicamente por transexuais? Quantas Fernandas, Sheilas e Anas não terão qualquer chance na seleção adulta depois de terem passado (limpas) por todas as categorias de base? Precisamos ser claros em relação a isso, sem meias palavras ou eufemismos, pode ser fim de jogo para o esporte feminino.

Vi as recentes declarações de Tiffany e sou solidária em relação às batalhas que precisou travar para que seu corpo estivesse melhor alinhado com o que deseja. Seus desafios pessoais são inimagináveis para mim. Mas por mais adorável que seja, não tenho como ignorar que possui uma composição óssea e muscular masculina sacando, bloqueando e subindo na rede para cortar. Tiffany pode ser muito bem vinda nas áreas técnicas do esporte feminino, mas seu corpo é totalmente incompatível com o vôlei entre mulheres.

Este é mais um dos temas que precisamos enfrentar numa sociedade que está sucumbindo às militâncias barulhentas, intelectuais e comentaristas perturbados por falta de coragem de participar do debate público e dizer o que precisa ser dito sem medo de perseguições e assassinatos de reputação. Se é desgastante sair da zona de conforto e se posicionar, considere as consequências de se calar.

Não podemos vendar os olhos com o politicamente correto e aplaudir uma desigualdade em nome da igualdade. O que está acontecendo é um verniz em um universo fora da realidade, onde a inclusão de atletas trans no esporte feminino significa a exclusão de mulheres. Exaltar homens “que se identificam como mulheres” em papéis e campos femininos pode ser a forma suprema de misoginia.

30 de Dezembro, 00:53


29 de Dezembro

Há milhões de anos, nos tempos em que eu era regular comprador de quadrinhos, fui mais entusiasta da DC Comics que da Marvel, e atesto que existe sim uma rivalidade, tal qual entre videogames e sistemas operacionais distintos, que pode sim explicar parte da insuficiente arrecadação daquele que deveria ser o maior blockbuster da parceria Warner Brothers / DC. Porém jamais explicaria tudo, e apesar das inúmeras elucubrações a respeito, ainda permanece amplamente misterioso para mim nem tanto esse pouco sucesso em si, mas certas críticas que o filme tem recebido.

Eu achei ótimo! Tão bom ou melhor que a sequência Man of Steel e Batman v Superman, seguramente melhor que Suicide Squad (que também gostei muito) ainda que não tão bom quanto o estupendo Wonder Woman, a unanimidade da DC.

Mas é impossível não perceber que há ali um velho problema: artistas talentosos criando, e executivos tacanhos podando a criação com uma mentalidade que consegue a façanha de ser totalmente voltada para o lucro mercadológico e mesmo assim errar por completo em suas maquinações. O estúdio simplesmente ordenou que ficasse restrita a menos de duas horas uma estória que não poderia de modo algum ser contada em menos de 2:30 NO MÍNIMO!

Como se pôde ver em BvS e Esquadrão Suicida, as versões estendidas são muito melhores que a versão do cinema, e muito do que a crítica anda reclamando a respeito da falta de desenvolvimento de alguns personagens é resultado direto desse corte compulsório, como se pode ver no vídeo que mostra que nunca antes deve ter havido uma diferença tão gritante entre trailer e filme, onde praticamente metade das cenas pré divulgadas em massa não estão na versão final, e metade desta outra metade está com visual alterado sem qualquer ganho real. Tudo indica que no Blu-Ray não teremos apenas uma versão estendida, mas praticamente um outro filme!

Se a ideia era encurtar a sessão, e eu entendo essa preocupação pelo fato do ingresso para um filme de 1:30 ou de 3:00 custar a mesma coisa, então que se dividisse o filme em duas partes, como fizeram com o último volume de Harry Potter, ou Hunger Games, mesmo que fossem lançados com um intervalo mais curto entre uma e outra parte. Isso é o tipo de inovação e ousadia que faz falta, e não decisões esdrúxulas de estragam o trabalho dos autores. Boa parte de público deve ter deixado de ir ao cinema já contando em esperar a versão em Blu-Ray. Provavelmente seria o que eu teria feito se soubesse desse corte antes, pois evito me informar demais sobre os filmes antes de vê-los.

Quanto a outras críticas, confesso que essa de reclamar da mudança de tom do filme em relação aos anteriores, mais sérios, e até compreensível para os leigos, mas seria exatamente o que qualquer conhecedor do universo DC esperaria. As aventuras da Liga da Justiça SEMPRE foram dramaticamente mais leves que as do Batman ou mesmo a do Super Homem e Mulher Maravilha, e seria estranho ver um Flash soturno, mesmo que esse Barry Allen esteja mais pra Wallace West.

E se insisto em questionar os cabelos compridos do Aquaman (Cabelo grande em baixo d'água NÃO DÁ CERTO! Digo de experiência própria.) apreciei muito essa versão do "tritão", não me incomodando de modo algum com o tom bem humorado mais sutil do personagem. Aliás sempre achei o Jason Momoa meio cômico, não importa a cara de mau que faça.

No início eu ficara desconfiado do Cyborgue, que sempre foi dos Novos Titãs, e não da Liga, achando que só devia estar lá para efeito de cotas, que seria muito melhor preenchida por John Stewart, mas o modo como ele foi encaixado na essência da história foi simplesmente genial, com um resultado muito além da minha expectativa.

A Mulher Maravilha, como esperava, está perfeita, embora eu tenha ficado decepcionado com o fato da sequência de ação inicial não ser em Paris, pois se conectaria com o final de seu segundo filme solo. Do Super Homem só senti falta do uniforme negro. Agora quanto as reclamações do Batman estar menos sério, confesso-me totalmente espantado. Um monte de gente fala isso mas ninguém dá um único exemplo! Parece até notícia falsa plantada em jornal de grande circulação que todo mundo repete sem questionar!

Em que sentido, raios, Batman teria sido distorcido?! E ainda que fosse, como não achar isso pura implicância pouco depois da desgraça do Thor Ragnarok ser sucesso de crítica e público mesmo aniquilando completamente todo o personagem, não contente em arrancar qualquer resquício da nobreza e dignidade do deus nórdico, mas ainda lhe cortando o cabelo e destruindo seu martelo!? Por essas e outras, dá pra entender que parece uma marcação irracional contra a DC!

Também não compartilho de modo algum das reclamações a respeito do "vilão ser pouco profundo". De fato é inegável que os cortes devem ter piorado isso, além do visual sugerido numa das cenas deletadas de BvS ter sido muito mais impressionante. Mas considero essa dependência que muitas estórias tem dos vilões uma deficiência estrutural do gênero, e não uma virtude. O foco da narrativa é justo a reunião dos personagens, e acho que frisou pouco foi em suas motivações pessoais e sua convivência, e não em um alvo que todos deveriam temer ou odiar além do mero fato de ser o motivo de sua síntese. Já acho chato o Batman ficar tão dependente de alguns vilões específicos, tendo pouca vida própria além de opositor do Coringa, Duas Caras, Pinguin e cia. Os heróis precisam ser interessantes mesmo sem os super vilões! Mulher Maravillha já não estava sendo um filme magnânimo mesmo antes do confronto final com o deus Ares?

Falando nisso, uma das minhas críticas pessoais, que não vi parecer ser sanável numa versão estendida, é que as amazonas deveriam ter dado mais trabalho para o Steppenwolf, pois a situação pedia uma luta mais épica. Mas justo quando a cavalaria chega, a sequência acaba!

Mas afora isso, não me parece haver qualquer problema no filme que não seja resultante da intervenção do estúdio na trabalho criativo da equipe. Nem mesmo a saída de Zack Snyder devido a uma tragédia familiar e sua substituição por Joss Whedon, que por mais brilhante que seja, tem de fato um estilo diferente, mas parece ter realmente prejudicado o filme.

Vou agora esperar ansiosamente pela versão estendida, apesar de ainda achar a versão cinematográfica suficientemente boa para que o filme merecesse uma recepção melhor por parte da crítica e do público.

28 de Dezembro, 17:08

Caio Almendra
26 de Dezembro

BITCOIN E BLOCKCHAIN PARA CRÍTICOS LEIGOS EM ECONOMIA, EM TECNOLOGIA OU EM LAMBADA

Nada como o Natal para a gente ter tempo de fazer textão. Então, lá vai o meu sobre "bitcoin".

Bitcoin é uma das aplicações atuais de uma tecnologia chamada "blockchain". Blockchain é uma forma de descentralizar o registro de determinadas operações. E, já sai da sala a primeira leva de entediados e perdidos.

Vamos simplificar ao nível "armazém de cidade pequena". Suponhamos que o dono do único armazém em uma cidadezinha, chamado "Shylock", registre todas as dívidas que as pessoas fazem com ele em um caderninho. Ele decide quando cobra cada uma dessas pessoas, se cobra juros, se vai perdoar mais as dívidas ou se será mais rígido.

Essas decisões de Shylock interferem em toda a cidade. Se ele começar a cobrar todas as dívidas, reduzirá a quantidade de dinheiro da cidade, dificultando as pessoas de comprarem coisas uma das outras. Se fizer o movimento inverso, a riqueza circulará mais. Como a dívida de um é cobrada pelo outro, como na música "O Malandro" do Chico Buarque, o maior caderninho de dívidas de uma cidadezinha influencia toda a sociedade local. Esse poder do caderninho de dívidas é um poder e tanto. E, em escala maior, é chamado de "política monetária".

O controle sobre o valor da moeda, sobre as taxas de juros, é necessariamente um poder político. Vivemos em um mundo onde há toda uma pretensão de "apolitizar" as coisas. E nada mais falacioso que isso.

Não há "forma técnica" de condução da política monetária. A política monetária nasce de uma decisão política, posteriormente aplicada com técnicas diversas. As técnicas são metrificáveis, discutíveis a partir de objetivos. O direcionamento político originário, não. Aqui é a seara dos valores, quais grupos sairão prejudicados, quem estamos penalizando e quem estamos beneficiando. A "isenção" não é uma possibilidade: comprimir o crédito beneficia determinados setores, expandi-los beneficia outros.

Bem, o que é blockchain? Blockchain é uma tecnologia de armazenagem de dados horizontais. Em resumo, ela permite que, ao invés do Shylock registrar em seu caderno quais as operações, todos tenham os próprios cadernos. Os computadores de Fulano, Beltrano e Deltrano registram todas as dívidas que eles possuam. Se Albertano entra no sistema, seu computador também registra todas as dívidas.

No nosso exemplo do armazém da cidadezinha, ao invés de Shylock registrar todas as dívidas, todos mantem livros criptografados com os registros de todas as dívidas. Em uma cidade de mil pessoas pedindo fiado a Shylock, todas essas mil pessoas registrariam em seus livros quem deve a quem.

(É, por isso, que surgem diversos estudos sobre os gastos energéticos do bitcoin. Se todas as pessoas tem que registrar todas as operações do bitcoin, significa que todas as pessoas tem um caderno contábil em casa. Se esses cadernos fossem de papel, faltaria celulose no planeta. Ainda bem que eles são digitais mas mesmo o mundo digital tem um custo energético e de materiais, que costuma ser irrisório. Porém... registrar todas as operações financeiras de uma moeda com milhões de usuários em todos os computadores de todos os usuários transforma esse custo de irrisório para insustentável ambientalmente.)

Essa é uma tecnologia fascinante. Ela permite a desconcentração de poder político(e o poder financeiro é uma forma de poder político) das mãos de diversas empresas que realizam registros de informações, como bancos, seguradoras, operadoras de cartão de crédito, mega-varejistas e etc, etc, etc. Vou citar um exemplo óbvio:

Imaginemos um banco, digamos o Shylockbank, que pega emprestado dinheiro de pessoas a 0,5% ao mês, quando a pessoa A deposita na poupança e empresta a 5% ao mês, quando a pessoa B deve no cartão de crédito. O que permite ao banco esse poder exorbitante? Porque a pessoa A não empresta dinheiro para a pessoa B por menos e ambas saem na vantagem? Bem, porque o banco tem o poder exorbitante de ser o local onde se registram as operações financeiras. Registro dessas informações, assim, é um poder e tanto. E blockchain é uma tecnologia que permitiria horizontalizar tal poder.

Dito isso, o que é Bitcoin? Bem, bitcoin é uma moeda privada. E isso não é nada pioneiro: existem moedas privadas circulando aos montes no mundo. Seu vale-refeição é uma moeda privada, ações são moedas privadas, títulos de dívidas são moedas privadas. Qualquer título, a maioria fungíveis, é uma moeda privada. Se C deve a D e D tem o direito de vender a dívida de C para E ou qualquer outra pessoa, está formada uma moeda privada.

Como TODA moeda, as moedas privadas dependem de confiança dos seus usuários. Notem: mesmo as moedas estatais, as oficiais, com curso forçado e etc, dependem da confiança dos usuários. Em diversas situações, algumas presentes em nosso momento histórico, algumas moedas perderam de tal forma a confiança que deixaram de ser utilizáveis. Isso é especialmente comum em guerras: logo após a rendição alemã na Segunda Guerra Mundial, no interregno, não se sabia o que os aliados fariam dos reichsmarks(acabaram substituídos pelos deutchesmarks, ou "marcos alemães"). O resultado foi o fim do uso prático da moeda local, fotos incríveis de pessoas indo comprar pão com um carrinho de mão cheio de dinheiro. O mesmo acontece hoje com o dólar do Zimbabué.

Acontece que moedas privadas tem funcionamento diferente das divisas comuns, elas não tem um estado que busca garantir sua estabilidade. Elas oscilam de acordo com o mercado, logo, os maiores possuidores delas tem um poder político ainda maior que os maiores possuidores de moedas não-privadas. E elas entram em crise, como as crises do koku no japão do século XVII, ou a crise de um certo Antônio, cujos títulos lastreados no lucro de suas caravelas deixaram de ter qualquer valor quando suas caravelas afundaram. Ou a crise de 2008, quando um monte de moeda privada chamadas "CDO"s perderam por completo a confiança e valor e viraram pó, junto com boa parte da economia mundial.

Moedas, portanto, são entes que dependem da confiança da sua usabilidade para serem usáveis. Se olharmos bem, está longe de ser algo mágico. O FB só é usado porque seus usuários tem a expectativa de que seus amigos, familiares e conhecidos usarão o FB. Se, como em um livro do Saramago, todos simultaneamente desistissem de ir ao FB, um último usuário que não foi pego pela magia realista saramaguiana rapidamente notaria que a rede ficou inútil: ele seria o único a falar, completamente sozinho. O mesmo vale telefones, a internet como um todo. Praticamente, todos os produtos massificados hoje dependem, em certo nível, dessa relação social de confiança.

E, até aí, morreu o quico. O bitcoin, hoje, tem a mesma usabilidade das demais moedas, dado que há suficiente pessoas que confiam em seu valor. Até deixar de ter, como aconteceram com os tais CDOs em 2008.

E como saberemos? Bem, toda moeda tem um lastro de fundo. As moedas estatais tem o lastro garantidor do estado. As moedas privadas tem seus próprios lastros. Qual era o lastro dos CDOs? Dívidas imobiliárias norte-americanas. Quando o mercado imobiliário de lá aprofundou sua crise(com o crescimento dos juros daquele país), os CDOs deixaram de ter qualquer lastro e viraram pó.

O Bitcoin não é relacionado com um valor ou dívida concreta. Em parte, o que o lastreia é no próprio uso da tecnologia blockchain enquanto definidora de uma moeda. Isso estava até correndo bem até alguns anos atrás: mais pessoas acreditavam na necessidade de horizontalizar operações financeiras e mais operações eram realizadas. Recentemente, houve um descolamento entre o crescimento do valor do bitcoin e o número de operações. Em outras palavras, o valor perdeu-se do lastro. E estamos, portanto, no estágio de "bolha".

E quando elas estouram, levam junto mercados nada ligados a elas mas que parecem estar. Existem criptomoedas com outros lastros. A mais curiosa é a PotCoin, cujo grande representante é o ex-jogador de basquete e eterno desmiolado Dennis Rodman. Ela supre uma necessidade direta: como a maconha nos EUA apenas são legais a nível estadual, os dispensários(locais de venda de maconha medicinal ou recreativa legalizados) não podem fazer operações bancárias. Se fizerem, são enquadráveis pelo FBI como lavadores de dinheiro ou como narcotraficantes. Para poder comprar e vender insumos e etc, os dispensários criaram o PotCoin. Em suma, uma criptomoeda que pode comprar qualquer coisa mas que tem lastro entre em maconha entre os dispensários que a adotaram.

(Rodman foi vender a ideia da PotCoin para a Coreia do Norte(que, devido aos embargos econômicos norte-americanos, sempre foi vanguarda na utilização de criptomoedas), se tornou amigo de Kim Jong Un e, inacreditavelmente, participa do esforço diplomático de distensionamento entre os dois países)

O Bitcoin tomou um bom abalo recente. E aqui vale falar sobre games(já que já falamos sobre maconha). A Valve é uma produtora de jogos digitais que percebeu que o grande filão de mercado não estava em produzir jogos mas em vender a plataforma por onde as pessoas compram os jogos. Daí, ela inventou a Steam, a netflix dos jogos de videogame(na real, o Steam é anterior à netflix e essa denominação é um tanto injusta...). A Steam foi uma das primeiras empresas de grande porte a aceitar bitcoin. A Valve se interessou, lá pelas tantas, em estudar as moedas utilizadas dentro dos jogos de computadores.

Por incrível que pareça, jogar games sem o objetivo de vencer, apenas de acumular moedas virtuais para vender para jogadores preguiçosos movimenta uma quantidade imensa de pessoas. Os adolescentes norte-americanos e europeus valem-se da mesada dos pais para comprar o trabalho de milhares de jogadores de países pobres(em especial, dos asiáticos). Para estudar essas moedas e essa relação, a Valve contratou o economista Yanis Varoufakis, cujas pesquisas envolviam na época teoria dos jogos e natureza das moedas, como consultor. E lá ele ficou, até retornar à Grécia para ocupar cargos políticos.

Recentemente, Varoufakis percebeu a inversão gráfica do bitcoin, o crescimento de valor além do seu lastro. E resolveu contar tratar-se de uma bolha. A Steam conferiu as contas e parou de aceitar bitcoin. O número de transações caiu ainda mais... mas o valor segue subindo. Vai estourar.

Dito isso tudo, o que será dessa iniciativa inteira? Bem, eu acho que vivemos um momento de transformação intensa de nossa sociedade. As frações burguesas que dominaram o século XX estão em processo de substituição no século XXI. Século passado foi o século do banco, petróleo e mídia. As maiores empresas foram produtoras de petróleo, conglomerados de comunicação e bancos. Nesse século, essa velha economia será derrubada pelo "Silício", as empresas de cunho digital. Para tanto, elas precisam da capacidade de substituir todas as atividades essenciais realizadas por empresas "tradicionais". A primeira substituição foi no setor de consumo, com grandes varejistas perdendo espaço para "marketspaces", como a Amazon. O setor energético não será propriamente substituído mas há uma tendência de pulverização controlada pela tecnologia de redes. A televisão já perdeu espaço frente a internet faz tempo. E faltava o sistema bancário. Esse será o alvo do blockchain.

Nova sociedade? Sim, sem dúvidas. Melhor? Não sabemos. A descentralização, hoje, é uma possibilidade. Mas, o histórico recente é de iniciativas descentralizadoras, como o couchsurfing ou os apps de carona, serem cooptadas por empresas techs e se tornarem tão concentradoras quanto antes. Experimente ser expulso da Uber ou do AirBNB ou da Amazon ou ficar banido do FB. Tudo isso nasceu como descentralização e hoje são apenas outra forma de verticalização. Talvez ainda pior, dado que há um monopólio ainda mais intenso, dado a natureza de concentração de confiança que a internet tem. Mas isso é para outro texto. Esse acaba aqui por falta de tempo.


28 de Dezembro, 15:46

Se bem que minha expectativa estava baixíssima dada críticas que tinha visto, e que 'Star Wars - The Last Jedi' deve ser beneficiado com a "graça do filme do meio", que fez Império Contra-Ataca o mais estimado da trilogia clássica, e Ataque dos Clones o meu favorito da segunda trilogia. Mas o fato é que fazia tempo que um filme não me emocionava tanto, com direito a olhos marejados em determinados momentos como o encontro dos irmãos sob a trilha clássica "Luke and Leia" de O Retorno de Jedi.

Coisas de quem viu o primeiro Star Wars, em 1978, no cinema, com 6 anos de idade.

O filme foi felicíssimo em inovar com uma trama efetivamente inédita, chance que o Episódio VII lastimavelmente desperdiçara a não ser na originalíssima premissa do personagem Finn. E em The Last Jedi, mesmo quando um tema é repetido, no caso de Return of Jedi, o é feito de um modo excelente, até satisfazendo uma expectativa que o encontro entre Luke, Vader e Palpatine havia ficado devendo, e acrescentando espetaculares reviravoltas.

E por mais que Star Wars seja um universo DE FANTASIA com mera roupagem de Ficção Científica, este foi sem dúvida o que foi mais longe em uma sequência que chega até a sugerir que os argumentistas saibam o bê-a-bá da realidade física espacial, a ótima sequência de Leia. Compensando um pouco o absoluto desastre do filme anterior onde ficou óbvia que a concepção astrofísica não era apenas fantasiosa, mas de uma debilidade infantil, onde de um sistema estelar o Starkiller atinge vários planetas em sistemas diferentes, e todo mundo vê tudo nos céus em tempo real!

Se o 'Despertar da Força' só não é pior, talvez, que Episódio I, 'O Último Jedi' pode ser alçado entre os melhores. Não me atrevo a dizer qual seria "o melhor" filme da série, mas não me choco com quem coloque este em primeiro lugar. E enquanto 'The Force Awakens' conseguiu ficar ainda pior após ser humilhado por Rogue One, acho difícil que o Episódio IX supere este VIII.

Sobre minha baixa expectativa, em grande parte me preocupava que o próprio Mark Hamill tivesse criticado o filme (eu não sabia o conteúdo da crítica para evitar spoilers), mas ele mesmo voltou atrás. Em parte me afetaram críticas ao proselitismo inclusivista do filme em termos de representatividade, e isso de fato incomoda um pouco visto não serem escolhas estéticas, mas efetivamente políticas. Mas Star Wars sempre teve esse quê de representatividade por essência, ainda que bem mais moderada, e um progressismo intrínseco. Assim, a única crítica que caberia é que antes estava mais preocupado em retratar uma representatividade real, e agora uma representatividade ideológica, visto que a proporção de mulheres em combates por exemplo, tanto no campo de batalha quanto no comando, ainda está mais próxima da trilogia clássica que da dos filmes mais recentes.

Mas se incomodaria mais em outros contextos (e hollywood tem forçado a barra até mesmo em releituras míticas e históricas que incluem negros na Távola Redonda e até combatentes mulheres na Segunda Guerra Mundial), em Star Wars isso deveria ser irrelevante, afinal se trata de uma realidade totalmente diferente, repleta de espécies não humanas, clonagem e sabe-se lá que outras diferenças tecnológicas e culturais que só permitem comparações com nossa realidade por analogia. Num universo de dominação humana, nota-se claramente que as demais espécies são minorias no protagonismo.

Ademais, não é possuir uma pretensão subjacente, ou mesmo um deliberada orientação ideológica, que necessariamente tornará algo ruim. Tenho colecionado boas experiências que filmes que foram acusados de serem propaganda feminista, quer tenha sido "tiro saído pela culatra" como o caso do estupendo Mad Max ou até as Caça-Fantasmas, que me perdoem os antifeministas e saudosistas, achei bem melhor que os filmes originais.

Estou ciente das pretensões ideológicas da Disney e de praticamente toda a grande máquina hollywoodiana, a serviço dos interesses das elites financeiras e sua agenda globalista. Mas isso não impede que a genialidade artística pura e simples ainda supere os interesses mais mesquinhos, em relação aos quais até mesmo o mero interesse econômico costuma ser uma benção, ou que mesmo uma obra ideologizada, quando bem feita, seja agradável.

De qualquer modo, saí do cinema com a esperança renovada no universo Star Wars, após quase tê-la perdido após Episódio VII. Me identifico com Luke, que após um justo período de descrença (e tendo a concordar com ele que a dicotomia interdependente Jedi X Sith deveria mesmo acabar) retorna para lutar novamente de um modo ainda mais sábio e eficiente, convencendo o próprio Mark Hamill de que o personagem ascendera a um estágio superior. E deixo minha homenagem a nossa "eterna princesa" Carrie Fisher.

Que a Força esteja conosco.

27 de Dezembro

Profundamente emocionado com "STAR WARS Episódio VIII : The Last Jedi" Não esperava que fosse tão bom!

23 de Dezembro, 23:52

Torço pro Gilmar Mendes ir pro Céu. Pois no inferno vai soltar Astaroth, Asmodeus, Belzebu, Belial, Dagon, Moloch, Samael...

23 de Dezembro, 15:15

Dissidência Política do DF
7 de Dezembro

Moradores da QNM 40 de Taguatinga e da QI 28 do Lago Sul deram um louvável exemplo de organização popular espontânea e solidária que agregou suas vizinhanças num projeto ornamental de ambientes com temas natalinos abertos ao público, que reúnem grande número de interessados, incentivam donativos e até movimentam a economia local.

Num caso a iniciativa partiu de um aposentado que disponibilizou sua própria casa para visitação, noutro, de uma ação de vizinhança que transformou uma praça pública numa impressionante Vila de Natal, liderada por uma "prefeitura" popularmente instituída, sem vínculo com a estrutura burocrática política estatal, o que mostra o quanto uma organização voluntária de populares é capaz de produzir sem esperar pelo Governo do DF.

Com quase três milhões de habitantes, o Distrito Federal não possui uma típica estrutura municipal orgânica, não havendo verdadeiras prefeituras ou câmaras de vereadores, mas sim uma única Câmara Legislativa Federal com meros 24 deputados. Enquanto pequenos municípios podem ter cerca de um vereador para cada mil habitantes, cidades do DF com meio milhão de pessoas não possuem qualquer representação direta, gerando um vácuo administrativo que a distante CLDF não consegue preencher.

Mas esse vazio sempre pode ser preenchido pela iniciativa popular, e tais exemplos deveriam inspirar mais cidadãos a se organizarem espontaneamente, solucionando carências de suas comunidades e estreitando laços entre vizinhos, que em muitos bairros de Brasília são reconhecidamente tênues devido ao caráter artificial e inorgânico de formação da cidade.

As datas comemorativas tradicionais são excelentes oportunidades para mobilização em prol de iniciativas muito mais realizadoras que aquelas derivadas da mera administração pública muitas vezes com fins eleitoreiros.

Que mais ações como essa surjam, que mais habitantes do DF assumam uma cidadania orgânica engendrando novas tradições locais, e que o espírito natalino e perspectiva de um novo ano estreite os laços de solidariedade entre o povo.

A Dissidência Política do DF deseja a todos um FELIZ NATAL e um PRÓSPERO ANO NOVO.

www.facebook.com/DissidenciaPoliticaDF

dissidenciapoliticadf.blogspot.com.br


22 de Dezembro


20 de Dezembro

Gilmar Mendes cumpre ECA (Estatuto da Criança e Adolescente) e solta "garotinho"!

17 de Dezembro, 22:57

"The Shape of Things To Come"

Investimento público cai em 2017 e voltará ao nível dos anos 1990, diz estudo do Senado

17 de Dezembro, 12:53

Os cartoons são desenhos, em geral animados e de teor irônico, frequentemente absurdos e de traços estilizados de aparência "infantil", diferentes dos desenhos de traços e temas mais realistas.

Dentre outras, muitas de suas piadas são baseadas no seguinte princípio: "Toda imitação, não importa quão tosca seja, será, ao menos por algum tempo, indistinguível do original que estiver imitando."

Por isso uma pessoa que coloque uma luva de látex na cabeça, um bocal que imite um bico e cole algumas penas no corpo conseguirá se passar perfeitamente por uma galinha ao menos temporariamente. Ou uma pintura imitando um túnel numa rocha funcionará como um túnel real, do qual poderá até sair um veículo, ao menos até que o roteiro exija que o personagem bata de cara na rocha ao tentar atravessá-lo. Ou até mesmo uma criança andando de quatro e latindo conseguirá se passar por um cão enganando até mesmo outros cães.

A eficiência desse gracejo ocorre devido a uma "falha" na descrição de que tipo de processos cognitivos nos fazem reconhecer e classificar as coisas. (Não uma falha grave, apenas uma confusão cuja principal consequência é justo permitir esse tipo de piada.) Trata-se de pensar que compreendemos e categorizamos certos fatos por elementos pontuais invés de uma síntese muito mais complexa e profunda. Por exemplo, achar que um morcego pode ser objetivamente descrito como um animal voador noturno que vive em cavernas, quando é evidente que há muito mais características que temos que levar em conta para reconhecer um animal assim como integrante legítimo do grupo dos quirópteros. Caso contrário, uma coruja numa caverna seria um morcego.

Em suma, entender algo como pertencente efetivo de uma categoria demanda uma série de elementos muito difíceis de resumir em poucos itens, exigindo um processo intuitivo que sintetiza, ainda que muito rapidamente, vários fatores distintos. No caso dos morcegos, várias características anatômicas, comportamentais e fisiológicas que somos capazes de apreender rapidamente mas demoraríamos para listar.

E não falamos apenas de cartoons. Certa vez o programa Casseta & Planeta fez um quadro humorístico onde o ator negro Hélio de La Peña convencia a todos de que era a apresentadora Angélica simplesmente fazendo uma pinta na perna, ao mesmo tempo que apagara a pinta da Angélica original, passando então a tomar o lugar dela. Afinal, Angélica era, segundo esse mesmo princípio cartunesco, descrita como "a moça com uma pinta na perna."

E finalmente chegando ao mundo real, infelizmente o princípio desse gracejo não está limitado ao mundo das encenações e ironias, mas está de fato sendo levado a sério por movimentos ideológicos desconstrucionistas, ao afirmar, por exemplo, que o um homem que se vista com acessórios femininos e/ou tenha comportamentos femininos, efetivamente se torna uma mulher, apesar de que como 'mulher' entendermos um vasto grupo de características que vão muito além disso.

Em suma, tais movimentos querem que ajamos como personagens cartoonescos efetivamente aceitando como legítimo representante de um sexo um representante de outro que simplesmente o simule! Algo que, porém, assim como nos desenhos, só é possível de forma temporária e em contextos favoráveis, enquanto a realidade não se impuser de modo mais direto.

17 de Dezembro

Pensando bem, esqueçam "Ideologia de Gênero". O nome certo é FEMINISMO!

15 de Dezembro

Falho em alguns pontos mas ilustra bem a diferença.


14 de Dezembro, 21:02

A instituição de saúde da Califórnia Agency for Health Care Administration prestou o interessante serviço de fazer uma pesquisa elencando as principais razões para realização de abortos neste estado dos EUA a partir de 2015.

Ei-los.

Incesto: 1
Risco à vida da mãe: 47
Estupro: 61
Risco à saúde da mãe:207
Risco psíquico à mãe: 211
Defeito ou anormalidade do feto: 502
Por questões sócio econômicas: 4.497
Sem motivo em especial: 66.497
TOTAL: 72.023

Ou seja, desse universo de mais de 72 mil abortos, mais de 92,32% são realizados sem qualquer motivo objetivo. Apenas se quer abortar e pronto! Mesmo que não haja dificuldades sociais ou econômicas, riscos à saúde, anormalidade fetais ou ser resultante de violação.

A estes, chamo de Aborto INCONDICIONAL, ou seja, sem qualquer justificação objetiva, para gravidez que seja resultado de mera irresponsabilidade, ou que até mesmo que tenha sido intencional.

Na mesma tabela em questão nota-se também que deste total, 5.695 (7,9%) foram realizados depois da 12a semana de gestação, indo até a 24a. Ou seja, mais de 5 meses.

É a essa BANALIZAÇÃO do ato de matar um feto, a essa infanticídio POR QUALQUER MOTIVO mesmo que a gravidez seja de responsabilidade exclusiva da mãe, e talvez também do pai, que dá-se o nome de ABORTISMO, a ideologia que afirma que não há absolutamente nada de errado nisso.

Com a diferença de que, nos EUA, ao menos o aborto é pago, ao passo que no Brasil querem fazê-lo ser debitado na conta do contribuinte, eliminando qualquer tipo de ônus. E não se engane com a estratégia de dizer que será apenas até a 12a semana de gestação. Pois assim foi inicialmente na maioria dos países onde foi liberado, para depois ser progressivamente expandido ou pressionado para ter o tempo ampliado.

Só uma completa ignorância a respeito do movimento abortista para que alguém pense que uma vez aceita sua descriminalização, abortistas irão se dar por satisfeitos.

14 de Dezembro, 11:27

Uma vez a cada 734 milhões recebo uma coisa boa pelo Whatsapp.

"No Seminário Internacional de Constelações Familiares que ocorreu em Brasília 2016, Bert e Sophie Hellinger falaram sobre a ingovernabilidade de nosso país. Que enquanto o povo brasileiro excluir e/ou não der um lugar em seu coração aos povos de origem, que nosso país continuará ingovernável.

Quem são os povos de origem da maioria da população brasileira? São os índios, os negros e os portugueses.

E o que fazemos em relação à eles? Aos negros, o racismo. Aos índios, a expulsão de suas próprias terras. Aos portugueses, piadas de mal gosto...

A ordem nos relacionamentos é honrar as raízes, é reconhecer quem veio antes. Pois graças à eles e ao que passaram, hoje estamos aqui.

Já viram árvores sem raiz? O destino é a queda.

Por isso, compartilho as ordens do amor, a partir desta visão sistêmica.

A responsabilidade é de todos, de cada um. Só há força pra seguir adiante de forma saudável com reconhecimento das próprias raízes.

Desejo que possamos fazer as pazes com nossa história enquanto povo brasileiro! Lembrando que, a partir dela, da forma como ocorreu, é que estamos aqui hoje.

Que possamos deixar o passado no passado, mas igualmente dar um lugar à quem nos antecedeu em nossos corações."

Sugiro que uma contribuição consciente e profunda de todos nós que reconhecemos o poder transformador das constelações seja - na abertura de todos os grupos - iniciarmos honrando os antepassados históricos de nosso pais.

Por Idemar Menon

*************

Pare nesse momento...

respire 3x profundamente e vibre:

"Brasil, eu sinto muito por tudo que eu e meus antepassados fizemos com você, me perdoe pela minha inconsciência e de meus antepassados, eu te agradeço por ser uma terra fértil e abundante de alimento e água, com o melhor clima do mundo, sem desastres naturais e sim só desastres que nós homens produzimos devido a nossa inconsciência, Brasil eu te amo, porque você é o país onde meu espírito escolheu evoluir, e não irei te decepcionar."*

*"Brasil amado, perdoe a nossa inconsciência nós não sabemos o que estamos fazendo"

Eu Entrego...

Confio...

Aceito...

e Agradeço.

Assim está feito."

13 de Dezembro

No "espírito" de que dividir a realidade politico ideológica em blocos estanques de Direita e Esquerda é estupidez, vejamos uma bela aliança entre Conservadores Religiosos e Feministas.

O deputado globista gay Jean Wyllys propõe o Projeto de Lei N° 4.211/2012 sobre Regulamentação da Prostituição, e o relator deputado evangélico Pastor Eurico, rejeita o projeto com argumentos feministas, com direito a citações que vão da Estudiosa de Gênero da UnB Tânia Navarro Swain, até Simone de Beauvoir, passando por ampla influência da ONG feminista CATW (Coalition Against Trafficking on Women), além de dados sociológicos e estatísticos, mas com apenas uma única citação bíblica.

Tal convergência é antiga. Existe uma parte do Feminismo favorável à liberação da prostituição e outra contrária, que tenta cada vez mais proibi-la de todas as formas possíveis.

Mas como sempre explico, a parte anti prostituição é muito mais forte em termos teóricos e mais centrada na essência do movimento. Em geral, os que defendem a descriminalização, como o próprio feminista Jean Wyllys, o fazem mais por ignorância das verdadeiras pretensões do Feminismo, considerando como um simples movimento em "favor da igualdade" ou qualquer tolice que o valha.

E o mais interessante, é que nesse caso os Conservadores, como quase sempre ocorre, dão mostras de não saberem pelo que realmente lutam, ou porque o fazem, ao passo que nesse ponto as feministas proibicionistas tem clareza perfeita de seus objetivos.

O Feminismo é essencialmente a luta contra o Patriarcado, que por outro lado, os conservadores defendem. Só que somente um puritanismo obtuso impede que se veja que a onipresença da prostituição em toda civilização (e toda civilização é patriarcal) não é mera coincidência. A prostituição, ainda que em modalidades e graus distintos, é vital para a manutenção da ordem social patriarcal, visto que o "pacto" ancestral que troca a certeza da paternidade provida por mulheres fiéis pela segurança material provida por homens trabalhadores depende de um compromisso que diminui as oportunidades sexuais masculinas devido ao compromisso e fidelidade femininas.

No entanto, nem todas as mulheres aderem ao pacto, que é na maioria dos contextos voluntário, e embora a maior parte delas o faça, a quantidade daquelas que preferem se manter sexualmente livres é suficiente para compensar não só a escassez que a regulação sexual demanda sobre a maioria das mulheres, como também a natural escassez que resulta da mera hipergamia feminina. Com isso, todos os problemas estruturais se anulam, garantindo uma estabilidade ao sistema social patriarcal impossível de ser obtida em qualquer outro contexto.

E se a afetação dos puritanos os impede de ver isso, feministas vêem perfeitamente, as vezes de forma semi consciente, e se esforçam para destruir uma das forças estabilizadoras da instituição que sua ideologia odeia mais do que tudo, o Patriarcado.

Liberdade de mulheres fazerem o que quiserem com o próprio corpo? Só pra abortar, desestabilizar a formação de famílias e a sociedade com "revolução sexual" e para militância lésbica. Se for pra relacionamentos de cumplicidade com homens, potencialmente reprodutivos, aí é estupro e opressão.

12 de Dezembro, 19:02

Ação Avante
12 de Novembro
"ÉTICA" LIBERAL
A MERCADORIA ACIMA DA VIDA HUMANA

Há toda uma fundamentação ética para o liberalismo. Mas a consideramos como uma "anti-ética", ou algo a-ético (sem ética) e isso pode ser explicado em termos muito simples: liberais (e também libertários e outras ramificações do liberalismo) defendem aquilo que consideram como "direitos naturais" (uma leitura do jusnaturalismo): direito à vida, à propriedade, à liberdade individual, etc. Entretanto, toda a noção liberal de jusnaturalismo está essencialmente atrelada à posse, ao consumo - e o consumo (ou poder aquisitivo) acaba sendo tanto um meio (uma forma de garantir esses direitos) quanto um fim em si mesmo (o desejo de adquirir mais poder aquisitivo e ter acesso a mais bens).

O que queremos dizer com isso? Que a noção de "direitos naturais" dada pelos liberais é uma máscara para encobrir um sistema profundamente disfuncional e anti-natural como o próprio capitalismo. Por exemplo: o direito à vida é considerado como um dos direitos naturais, mas esse direito só é mantido dentro do capitalismo à medida em que o poder aquisitivo é mantido. A partir do momento no qual alguém se torna incapaz de arcar com os próprios "custos" da manutenção de sua saúde física ou mental, esse alguém não deve ter acesso à saúde porque não é capaz de pagar e, portanto, não há qualquer obrigação do corpo social em relação à saúde dele. No máximo, por alguma eventual caridade, esse sujeito pode ser atendido. A vida, nessa perspectiva, não possui valor "natural" ou intrínseco como afirmam os liberais - ela é um "custo" com o qual você deve ser capaz de arcar.

As condições básicas para manter a vida humana (alimentação adequada, saúde, lazer, segurança, acesso à água, etc.) são transformadas em mercadoria. Você pode pagar? Então terá acesso. Não pode? Então ficará sem eles. Não há nada de natural nisso. E há ainda uma deturpação liberal: eles afirmam que é injusto fornecer algo a alguém sem uma troca, sem um mínimo de trabalho ou esforço para que o sujeito mereça isso (aquilo que eles consideram como "parasitismo"). Mas não é assim que o sistema realmente funciona: não há valorização nenhuma do trabalho em si, mas da capacidade de gerar e acumular capital. Alguém que tenha contribuído durante toda sua vida para a comunidade cultivando alimentos e que, na velhice, não conseguiu acumular grande riqueza, continua sendo considerado como um "peso" descartado. Não há, realmente, um senso de reconhecimento do trabalho, do valor da vida humana e das contribuições exercidas pelas pessoas.

Por outro lado, alguém que não tenha contribuído em absolutamente nada com o meio social, que não produza nada e que por acaso tenha um grande patrimônio terá acesso a todos esses recursos, independente de ter sido "útil" ou não, de ter trabalhado ou não (o "esforço"). É justamente por isso que o liberalismo favorece a mercadoria e o poder aquisitivo acima da dignidade humana e do valor intrínseco do homem e da mulher. O valor está nos produtos e serviços. Educação, saúde, segurança, lazer - tudo isso se transforma em mercadoria que deve ser acessada e consumida (de preferência em larga escala). Nada disso pode ser construído de forma orgânica e não há realmente o favorecimento do aprimoramento pessoal e da justa retribuição pelas capacidades e esforços dos membros do organismo social.

Dessa forma, aquilo que é "natural" (a vida, a dignidade, a liberdade, a propriedade, etc.) se transforma em commoditie, produto a ser adquirido. E, por meio de um sistema totalmente amorfo e em nome do "direito à propriedade" de pouquíssimas pessoas, nega-se o direito à propriedade de milhões de pessoas no Brasil e bilhões no mundo inteiro (no Brasil, por exemplo, os liberais são defensores da manutenção dos latifúndios, a coluna vertebral responsável pela manutenção dos privilégios e dos poderes da casta política corrupta, essencialmente ruralista, e que eles mesmos dizem tanto odiar). O "direito" de acesso de uns significa literalmente o impedimento do acesso a inúmeras pessoas; a "liberdade individual" de alguns figurões anula a liberdade concreta de milhões de pessoas. E assim por diante.

E todas aquelas coisas consideradas como imorais pela maioria esmagadora dos liberais "conservadores" são também mercadorias dispostas pelo mercado. Não há nenhuma incoerência tudo aquilo que eles consideram como degeneração moral e o próprio capitalismo. Se esvaziamento espiritual, destruição de tradições, destruição da modulação tradicional familiar, destruição de elementos cristãos, falta de valor à vida (aborto, violência, etc.) e todos os outros fatores ruins favorecem individualismo e consumismo, então o capitalismo vai favorecer todas essas coisas. Não é "comunismo", é capitalismo (e aquilo que se vê como "comunismo" hoje, ou Esquerda, nada mais é do que um capitalismo colorido).

É exatamente por isso que especulação, rentismo, esquemas escusos e toda uma nova leva de "profissões" essencialmente inúteis (digital influencer, youtuber, coach, "empreendedor digital", etc.) surgem com cada vez mais força e conseguem maior ganho financeiro, enquanto o trabalho real e socialmente positivo é cada vez mais desvalorizado - inclusive os próprios estudos, antes uma forma de alcançar patamares melhores, está cada vez mais insuficiente para garantir o mínimo de dignidade humana (é cada vez maior o número de diplomados desempregados). "Livre mercado" nada tem a ver com esforço, merecimento, mérito ou capacidades. Tem a ver com capacidade de acumular riqueza e consumir. Liste as pessoas mais ricas do mundo e, agora, veja o que elas realmente fazem e o quanto isso é socialmente útil. É a figura da socialite acima do agricultor.

Oferta e demanda, cotações da bolsa de valores, flutuação do dólar, lucro e prejuízo acima da vida e da dignidade humana.


12 de Dezembro, 13:49

Teoria da Ferradura: vã tentativa de salvar a estúpida dicotomia Esquerda-Direita.

11 de Dezembro

Texto excelentíssimo!

Nova Resistência - Brasil
11 de Dezembro
HOMENS NÃO SÃO MULHERES
É Justo Permitir Pessoas Trans Competindo com Mulheres

Em abril deste ano corrente, o jovem de 15 anos Andraya Yearwood disputou um campeonato estadual escolar com jovens do sexo feminino. Sem muita surpresa, o jovem Andraya massacrou as concorrentes. A sua vitória sobre elas foi avassaladora.

Esse não é um caso isolado. Em novembro de 2016, o ciclista de 36 Jillian Bearden venceu a divisão feminina do "El Tour de Tucson", com grande vantagem sobre as adversárias. O jogador de basquete Gabrielle Ludwig, de 50 anos, 1,95, 100 kg, foi aceito na equipe de basquete feminino de Mission College em Santa Clara.

Hannah Mouncey, de 26 anos, 1,85, 100kg, era capitão de um time de handbal masculino de Canberra, Austrália. Ele chegou a disputar o Campeonato Mundial pela seleção australiana e se qualificou para as Olimpíadas de 2016. Agora, tomando hormônios femininos, foi aceito na seleção feminina de handbal.

O levantador de peso Laurel Hubbard, 39 anos, venceu a competição australiana de levantamento de peso na modalidade feminina, erguendo 269 kg, bem mais que a segunda colocada.

Os exemplos abundam.

O lutador de MMA Fallon Fox recebeu permissão para lutar com mulheres e, em 2015, fraturou a ossatura orbital de sua adversária em uma luta.

Homens estão inundando modalidades desportivas femininas. Em sua maioria, trata-se de pessoas que já eram esportistas, mas esportistas medíocres, se comparados com outros homens. Mas, ainda assim, recebendo permissão para disputar com mulheres, os resultados têm sido um verdadeiro massacre.

Não pode haver surpresa aqui e toda a indignação do mundo é perfeitamente justificada. Homens não são mulheres. As diferenças entre homens e mulheres não se resumem a autopercepção, nem à projeções mentais. E essas distinções não são apagadas por terapia hormonal e cirurgia de mudança de sexo.

Livros poderiam ser escritos sobre o assunto, mas vamos fazer alguns apontamentos. Homens são, em média, mais altos que mulheres e estatura mais elevada acarreta estatisticamente uma série de vantagens em vários esportes, como mãos maiores, amplitude e alcance maiores, maior visibilidade e tronco mais forte. Todas essas características representam vantagens explícitas para esportes como basquete, vôlei e handbal.

Em média, homens são melhores que mulheres em diversas tarefas viso-espaciais graças a dimorfismo sexual no córtex visual. Não há qualquer evidência empírica de que terapias de supressão de testosterona e de reposição hormonal com estrogênio são suficientes para alterar essa vantagem viso-espacial. Assim, estamos falando de mais uma vantagem biológica evidente em qualquer esporte que envolva coordenação motora (óculo-manual e/ou óculo-pedal), como golf, futebol e ping-pong.

No caso dos homens que já participavam profissionalmente de esportes e só depois começam com as terapias e o processo de mudança de sexo, há também vantagens psicológicas e cognitivas, derivadas do desenvolvimento de engramas motores em níveis competitivos que não são atingidos no esporte profissional feminino.

Em geral, defensores da participação de homens que "mudaram de sexo" em competições desportivas femininas apelam às exigências de manutenção de uma taxa específica de testosterona, equivalente a das mulheres. A ideia é de que entupir homens com estrogênio e suprimir produção de testosterona realmente elimina distinções naturais entre homens e mulheres.

Isso é ideologia. Não tem nada a ver com biologia. Não é à toa que basta olhar para esses homens que nós sabemos de imediato que são homens. Hormônios não são um tema simples assim. As diferenças hormonais e fisiológicas entre homens e mulheres vão mais fundo do que meras diferenças quantitativas cruzadas nas taxas de testosterona e de estrogênio.

Muito mais elementos influenciam no desempenho e rendimento de um atleta do que o nível de testosterona. A estrutura óssea é diferente entre homens e mulheres, e a terapia hormonal não equaliza essa diferença. A distribuição de fibras musculares tipo 1, 2a e 2x entre homens e mulheres é diferente e isso não é anulado pela terapia hormonal.

Adrenalina, nora adrenalina, cortisol, gh, igf-1, somatomedina, t4, t3, tsh, insulina, sensibilidade para insulina, potencial mitocondrial de ativação de via ampk, ativação de via Mtor, todos esses são hormônios fundamentais para determinar o rendimento de um atleta, e tudo isso é diferente entre homens e mulheres e não é igualado pela mera administração do hormônio sexual (testosterona/estrogênio) do sexo oposto.

E mesmo que focássemos apenas na distinção testosterona/estrogênio, ainda nos depararíamos com o ABISMO dos receptores androgênicos e sua sensibilidade e "up-regulation", diferentes em um organismo masculino e um feminino.

X de testosterona em um homem (que acha que é mulher) tem muito mais efeito de anabolismo e força do que o mesmo X de testosterona em uma mulher de verdade. Pode-se, então, estabelecer critério de "nível de testosterona", que os homens participando de competições femininas AINDA terão vantagens.

E poderíamos avançar ainda para a variação enzimática hormonal entre os sexos. Mulheres têm muito mais da enzima aromatase, que converte testosterona em estraditol; mulheres têm mais da enzima 5-alfa-redutase, que reduz a testosterona em DHT; mulheres têm mais da globulina ligadora em hormônios sexuais (SHBG). Tudo isso diminui a quantidade de testosterona livre, impedindo que parte dessa testosterona seja usada para fins anabólicos ou de potência. E ISSO MESMO QUE A TAXA DE TESTOSTERONA SEJA MANTIDA IGUAL ENTRE HOMENS E MULHERES.

Em suma, há um ABISMO entre homens e mulheres. E o bom dessa polêmica é que finalmente se está podendo discutir e mostrar que homens e mulheres não são iguais. Igualdade é uma farsa! E pessoas que são de um sexo, mas acham que pertencem a outro, não têm alteradas todas as distinções sexuais mesmo com toda a terapia hormonal e com todas as cirurgias do mundo.

Essa é a realidade. E quem está se posicionando do outro lado, contra a realidade, e a favor de que "pessoas trans" participem de competições desportivas contra o sexo oposto, o fazem exclusivamente por ideologia. Pela ideologia liberal, pela ideologia dos direitos humanos, pelas mitomanias pós-modernas, as quais apontam na direção do trans-humanismo e da pós-humanidade, dissolvendo o homem e o substituindo por construtos artificiais montados a base de cirurgias, terapias e implantes.

Parabenizamos as poucas mulheres esportistas que eventualmente conseguem superar essas figuras que se infiltraram no esporte feminino, mas apontamos que a única conduta correta e possível é que as mulheres esportistas se RECUSEM A COMPETIR caso sejam forçadas a competir contra homens dentro de divisões femininas de seus esportes. Do contrário, futuramente, haverá apenas homens e "pós"-homens disputando competições profissionalmente. Ou então deixará de existir a divisão sexual no esporte. De um jeito ou de outro, soluções aberrantes e indesejáveis, todas elas causadas pelas bizarrices politicamente corretas da pós-modernidade.

Homens devem competir profissionalmente com homens. Mulheres devem competir profissionalmente com mulheres.

E ninguém deve ser obrigado a competir com pessoas do outro sexo, ainda mais quando o outro sexo tem várias vantagens naturais que reduzem as próprias chances de competição justa.

LIBERDADE! JUSTIÇA! REVOLUÇÃO!


10 de Dezembro


9 de Dezembro

O maior assassino em massa até 2016, o norueguês Anders Breivik, que matou 77 pessoas a maior parte delas a tiros, escreveu que a miscigenação é a causa de inúmeros problemas no Brasil, usando-nos como exemplo do que não deve ser feito.

Em novembro de 2017 uma manifestação do Dia da Consciência Negra em São Paulo contou com a presença de uma faixa declarando que "Miscigenação Também é Genocídio", que pode ser vista aos 1 minuto no vídeo institucional do PT.

Sem entrar no mérito da questão, até bem colocada e com evidências amplas, nós brasileiros somos irremediavelmente miscigenados, uma de nossas características distintivas, e somos muito mais desenvolvidos que vários países sem tal miscigenação, a exemplo da maior parte da África e Ásia. Logo a miscigenação não pode ser causa única para nossos problemas primordiais, e embora seja forçoso admitir que tenha influência sim, não vejo motivo pra crer que tais problemas não sejam remediáveis.

Um racialista ariano defender tal visão não surpreende, mas vê-la defendida por racialistas negros só entendo como um profundo ódio a si próprio. Pois se há um problema na miscigenação em relação ao desenvolvimento, não seria por ela em si, mas pela presença da herança negra, visto que os países de etnia relativamente "pura" se distribuem no espectro de desenvolvimento de modo claramente antagônico no que se refere a posição de brancos, mais desenvolvidos, e negros, menos desenvolvidos, e assim a conclusão inevitável seria que são os segundos que nos atrasam!

Curiosamente, era exatamente assim que pensavam eruditos do Império Brasileiro e primeira República, e por isso mesmo propuseram como solução uma política de branqueamento baseada em miscigenação, sob a crença de que o "sangue branco" prevaleceria elevando a qualidade racial do país. Mentalidade que já era bem consolidada muito antes de Hitler, que acreditava nela, ter nascido. Mas esse modelo é bem diferente do modelo norte americano que se baseou antes de tudo em exclusão e até extermínio sistemáticos da população negra.

Apesar de ser um modelo muito mais brutal e desumano, o movimento negro no brasil defende justo o norte-americano, a exemplo não apenas do que se pode ver no vídeo acima citado, mas também por textos como "A Face Racista da Miscigenação Brasileira", no site de uma ONG bancada com dinheiro da Fundação Ford, controlada por elites financeiras estadunidenses e acusada pelos próprios norte americanos de ser uma fachada da CIA. O texto até disfarça bem, mas em essência não critica apenas a "face racista", mas a miscigenação em si.

Essa preferência pelo modelo de segregação norte americano, aliás, é a essência do Sistema de Cotas que A FUNDAÇÃO FORD IMPLEMENTOU NO BRASIL! que tem como função não reverter a desigualdade, mas criar uma elite representativa negra colocando os poucos negros já privilegiados em posições de destaque e poder, com isso atendendo justo a reivindicação apresentada aos 1:45 do mesmo vídeo institucional do PT linkado acima.

O objetivo é, então, ficarmos igual aos EUA, com negros como Collin Powel no Conselho de Segurança Nacional, sucedido pela também negra Condolezza Rice, e por fim Barack Obama na presidência. Enquanto isso, a grande maioria da população negra americana continua na linha de pobreza, desproporcionalmente representada nas prisões, violência urbana e baixos índices educacionais apesar de ampla representatividade que possuem nos esportes e na mídia.

Ou seja, o objetivo é seguir o princípio do General Juracy Magalhães, embaixador do Brasil nos EUA durante a ditadura de que "o que é bom para EUA é bom para o Brasil", e efetivamente "dourar a pílula" da segregação, substituindo a nossa discriminação pela deles, e implementando uma cultura anti-miscigenação e portanto profundamente racista.

Pois não pode haver segregação racial pior do que aquela que não tolera nem mesmo relacionamentos afetivos entre brancos e negros, acusados de "palmitagem" pelos movimentos negros, e ao melhor estilo Apartheid, que impedem justo o único caminho possível para sua efetiva superação.

7 de Dezembro

Dissidência Política do DF
7 de Dezembro

Estamos oficialmente sob a vigência da Lei n° 13.467/2017, rejeitada por mais de 80% da população e mesmo assim aprovada pela Presidência da República e Congresso Nacional mais corruptos das últimas gerações, deixando absolutamente fora de dúvida de que o Governo está apartado da vontade popular e plenamente entregue aos interesses de elites econômicas e ingerências internacionais.

Uma visão pontual das mudanças, no entanto, pode não deixar clara a real dimensão deste ataque ao trabalhador brasileiro, principalmente da forma como tem sido amplamente feito pela mídia, visto que muitos dos itens podem não parecer significativos para muitos trabalhadores, podendo alguns deles, isoladamente, até mesmo parecer desejáveis. Por isso é preciso apontar onde estão os reais problemas, e aqui iremos destacar apenas alguns deles, dentro da própria nova Consolidação das Leis do Trabalho, e que se isoladamente já seriam trágicos, juntos são catastróficos.

NEGOCIADO SOBRE O LEGISLADO

Uma delas é a introdução do Artigo 611-A, que dá desmedidos poderes aos Acordos Coletivos, celebrados entre o sindicato de uma categoria e sua empresa, e as Convenções Coletivas, celebradas entre sindicato da categoria e sindicato patronal. Este artigo introduz que: "A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre:" Então enumera nada menos que 15 incisos com itens que podem ser alterados, afora o misterioso "entre outros".

É certo que o Artigo 611-B enumera 30 incisos com direitos que não podem ser afetados, mas ainda assim, podem sê-lo: jornada de trabalho, banco de horas, intra jornada, plano de cargos e salários, representação sindical, sobreaviso, trabalho intermitente, prorrogação de jornada em ambientes insalubres sem licença prévia do Ministério do Trabalho, e outros, o que associado ao parágrafo primeiro, que remete ao parágrafo terceiro do Artigo 8, e que por sua vez remete ao Artigo 104 da Lei 10.406/2002, que é do Código Civil, praticamente transforma a o Acordo Coletivo em uma forma de "Negócio Jurídico".

Até essa inovação, a CLT não permitia que um acordo coletivo subtraísse direitos previstos em lei, mas com o Artigo 611-A, associado a outras inovações, como o Artigo 444 que diz respeito a negociações individuais, possibilita por exemplo que um empregado contratado originalmente para 30 horas semanais, de repente passe a cumprir jornada de 36 / 48 horas semanais, caso da infame jornada 12x36, sem qualquer aumento de salário!

O Artigo 612 ainda enfraqueceu a exigência de quórum mínimo em assembléia para celebração do acordo, reduzindo de 2/3 dos presentes em segunda chamada, para 1/3, facilitando que uma minoria aprove acordos prejudiciais à categoria.

Considerando também a política de enfraquecimento dos sindicatos, como a nova redação dada ao Artigo 545 que elimina a contribuição sindical obrigatória, bem como o enfraquecimento generalizado da Justiça do Trabalho, que inclui até sucateamento de verbas por meio da pérfida Lei de Responsabilidade Fiscal, o resultado inevitável será a proliferação ainda maior dos ditos sindicatos pelegos, que agem contra a própria categoria em favor da retirada de direitos. Quem tiver experiência em negociações sindicais e for fiel aos interesses dos trabalhadores sabe muito bem o enorme estrago que isso irá causar.

JUSTIÇA PAGA

Passemos agora para o Artigo 790, que rege sobre as ações judiciais nos Tribunais do Trabalho, onde o parágrafo 3, que na prática garantia a justiça gratuita para qualquer trabalhador, foi alterado para agora permití-la apenas para os trabalhadores que percebam salário até 40% do máximo benefício pago pelo INSS, que atualmente está em R$ 5.531,31, o que faz com que qualquer trabalhador com salário acima de R$ 2.212,52 perca o benefício da justiça gratuita.

Assim, caso o trabalhador perca a ação judicial, terá que arcar com as custas processuais, o que não raro é economicamente desastroso. O Artigo 789-A enumera as custas básicas de um processo, que facilmente totalizam um mínimo superior a R$ 2.800, já bem acima do salário mensal de quem tenha direito à gratuidade, mas frequentemente vão muito além disso. Já tivemos o caso onde um magistrado que, de forma controversa, baseado na recente legislação condenou um trabalhador ao pagamento de R$ 8.500.

O parágrafo 4 do Artigo 790 ainda garante o direito a gratuidade para quem comprovar insuficiência de recursos, mas essa comprovação é muitíssimo mais difícil que a anteriormente vigente, que podia ser obtida com mera declaração formal.

Quem acompanha processos trabalhistas sabe que não é raro termos decisões judiciais nada menos que surreais, tanto a favor quanto contra trabalhadores, mas outrora essa incerteza implicava no máximo em tempo perdido e desgaste emocional. Agora afetará diretamente nas economias do trabalhador, o que seguramente ira dissuadir muitos de procurarem seus direitos mesmo quando estes forem arbitrariamente violados.

FORÇANDO A DIVISÃO DE CLASSES

Existem pouquíssimos trabalhadores que possuem habilidades e conhecimentos suficientemente específicos para possuir força de negociação, e em geral esses já não costumam celebrar contratos de trabalho comuns, preferindo criar pessoas jurídicas e celebrar contratos entre empresas. Mas a falácia que embasa a Reforma Trabalhista trata milhões de trabalhadores sem qualquer especialização e com poder de negociação zero, como se fizessem parte dessa exclusiva elite, que regida pelo Artigo 444, outrora permitia apenas benefícios adicionais, mas não subtração de direitos.

Mas agora, com o parágrafo único incluído pela Lei n°13.467/2017, qualquer profissional que ganhe acima de R$ 11.062,61 (o dobro do benefício máximo do INSS), poderá "renegociar livremente" seu contrato sob as mesmas condições do Artigo 611-A, sendo então empurrado à situação análoga a de outros especialistas que em geral ganham muitíssimo acima disso, embora de modo algum isso lhe garanta qualquer acréscimo de rendimento. Pelo contrário, pois poderão até mesmo aumentar sua carga horária sem aumento de salário, (possibilidade ainda mais reforçada pela Medida Provisória 808, que visa instituir o Artigo 59-A) abrir mão de planos de cargos, banco de horas e até contrato permanente, passando a ser obrigados a trabalho intermitente.

A maioria desses profissionais está longe de possuir real poder de negociação, pois embora possa parecer muito para os que estão nivelados ao salário mínimo, fato é que um salário de R$ 12.000 pode até ser abastado para um único indivíduo, mas mantém uma família de 4 ou 5 pessoas no limiar da classe média. A simples ameaça de demissão, num mercado com milhões de desempregados, é suficiente para obrigar esse trabalhador a aceitar qualquer condição desvantajosa, até mesmo a perda de grande parte de sua renda, pelo trabalho intermitente, por exemplo, preferível a possibilidade de perdê-la toda.

Mas o ponto mais relevante não é esse, e sim que embora isso possa parecer pouco significante, ocorre que frequentemente nos períodos de Data Base, a fase de negociação entre sindicato e empresa, todos os trabalhadores costumavam estar na mesma condição independente de sua renda, de modo que em geral eram apenas os agraciados com funções especiais, cargos de confiança ou comissões tendiam ficar ao lado dos empregadores. Agora, com essa inovação, justo os trabalhadores que costumavam ficar entre a maioria e a minoria dirigente, e que possuíam melhores chances de pressionar diretamente as chefias para negociações mais favoráveis à maioria, se veem isolados, podendo ser regidos por condições diferentes da maioria.

Com isso, quebra-se a continuidade que conectava trabalhadores de menores ganhos com trabalhadores com mais ganhos, mas ainda assim, trabalhadores, e estimula-se ainda mais uma falsa ilusão de elitismo que tende a dividir as categorias em duas classes distintas, as que ganham mais, e as que ganham menos que o dobro do benefício máximo do INSS.

É um fomento direto a uma Luta de Classes! Que no caso servirá apenas como estratégia manipulatória, fazendo aos menos abastados parecer que qualquer um com um ganho acima desse limiar faça parte da elite dominante e seja visto como inimigo, e fazendo a esses um pouco mais abastados parecer que os demais sejam uma massa disposta a decapitá-los numa revolução.

DESENHANDO O QUADRO MAIOR

Se cada uma dessas mudança já seria trágica por si só, basta notar como combinadas tendem a levar a situações desesperançadas. Sindicatos enfraquecidos e dependentes de contribuições voluntárias possuem muito menos capacidade de se organizar e pressionar as direções das empresas para conquistar melhores condições, ou mesmo para garantir as que já possuem. Trabalhadores melhor remunerados podem ser facilmente coagidos a abandonar a sindicalização, visto que os Artigos 444 e 611-A podem ser usados para que ele corte seu vínculo sindical. Com isso, os maiores contribuidores tendem a ser isolados.

Os sindicatos serão obrigados a arcar com enormes custas judiciais, devido ao Artigo 789-A, uma vez que em geral serão eles que tenderão a assumí-las quando um trabalhador perder uma ação movida por seu sindicato, o que associado à perda de receita, tenderá a sufocá-los. Com isso, ficará fácil para as organizações patronais infiltrarem seus asseclas nos sindicatos ou mesmo controlá-los totalmente, forçando a aceitação de convenções e acordos deletérios aos direitos da maioria.

Com sindicatos pelegos, a tendência é os trabalhadores irem progressivamente se desvinculando a passando a ficar por conta própria, mas mesmo assim serão submetidos as decisões de grupos que não os representam, que podem mudar radicalmente suas condições de trabalho à revelia de seu contrato original ou mesmo da legislação.

E por fim, será perigosíssimo apelar para a Justiça do Trabalho, pois o risco de perder a ação e ainda ter que arcar com as custas judiciais inibirá qualquer um que ganhe acima de R$ 2.212,52. Com isso, apenas trabalhadores remunerados abaixo desse limiar, aliás bem abaixo, para garantir que não o ultrapassem numa alteração salarial mínima, contarão com justiça gratuita, o que dividirá ainda mais as categorias de trabalhadores.

E esses são apenas alguns aspectos da Reforma Trabalhista, ainda que dos mais graves. Há inúmeros outros pontos prejudiciais aos trabalhadores. A Consolidação das Leis do Trabalho, sancionada por Getúlio Vargas em 1943, introduziu um mecanismo inédito de proteção trabalhista numa época que as condições de trabalho não precisavam se diferenciar muito da escravidão. Desde então, ela tem sofrido inúmeros ataques, e este é seguramente o mais nocivo, pois sem revogá-la na íntegra, a enfraquece de forma a deixá-la ainda mais vulnerável a ataques futuros.

E não se iludam aqueles que pensem que o ataque esteja perto do fim. Pelo contrário. Apesar de grandemente deletéria, essa Reforma está sendo considerada praticamente um fracasso pela maior parte de seus proponentes, de Ideologia Liberal, que visavam a uma dilapidação muito maior da legislação. Por mais reprovável que seja nosso Congresso, até mesmo ele opôs alguma resistência a muitas das propostas originais, visto a tradição tipicamente não liberal de nosso país, de modo que o Capital Financeiro Globalista não se deu por satisfeito com a ainda não completa redução do trabalhador à condição de escravidão.

Escravidão que, por essência, é tanto uma relação de trabalho quanto a maior antítese que conhecemos da ideia de Liberdade, justamente aquilo que os liberais fingem defender.

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6 de Dezembro
Nova Resistência - Brasil
6 de Dezembro
A PATERNIDADE É INSUBSTITUÍVEL

Em 1900, apenas 10% das crianças eram criadas sem pai. Hoje já estamos ao redor de 40% das crianças. No Brasil, 5.5 milhões de crianças não têm nem mesmo a identificação do pai em seu registro de nascimento. Em outras palavras, somado a uma campanha de ataque midiático e cultural à figura familiar do homem e à noção de papeis sociais e familiares masculinos, o que temos visto é um enfraquecimento da figura paterna na família e na sociedade moderna.

As consequências disso são trágicas. 2 em cada 3 dos menores infratores brasileiros não tiveram e não têm o pai em casa. E apesar de ser possível encontrar "substitutos" para a figura paterna (tal como para a materna), é inegável que os laços de sangue, os laços biológicos entre pais e filhos não são plenamente substituíveis por elos meramente emocionais.

As consequências negativas do absenteísmo paterno vão mais longe do que a criminalidade. Segundo o Departamento de Saúde dos EUA, em comparação com lares com casais casados, é quatro vezes mais provável que lares em que filhos são criados apenas pela mãe vivam em situação de pobreza.

O envolvimento paterno na vida infantil também é comprovadamente fundamental para o sucesso educacional, estejamos falando de pais biológicos ou adotivos. Filhos de pai ausente, nos EUA, são duas vezes mais prováveis de repetir de ano do que crianças com o pai em casa. Pelo menos um estudo indica, ainda, que em lares em que o pai lê rotineiramente, os filhos também costumam ler mais do que em lares sem pai (ou onde o pai lê pouco ou não lê).

Também no que concerne ao abuso de álcool e drogas, mesmo quando se controla a variável de classe, se percebe que em lares com pai ausente há maior consumo de álcool e drogas pelas crianças e adolescentes.

Ainda no que concerne à sexualidade precoce, apesar da participação materna na vida e na criação ser fundamental, foi percebido que a figura paterna tem o dobro da influência materna no que concerne a reduzir a incidência de sexo e gravidez na adolescência.

De modo geral, a psicologia tem avançado bastante nos estudos e reflexões sobre o assunto. A ausência da figura paterna implica uma perda de referências positivas para os jovens do sexo masculino. A sensação de alienação se intensifica, com a criança se sentindo desvalorizada, se sentindo má ou até responsável pela ausência paterna ou pela separação dos pais, dependendo do caso. As crianças com tendências introvertidas se fecham ainda mais, enquanto as com tendências à extroversão tendem a se "vingar" do mundo e descontar suas frustrações nos outros.

De modo geral, as causas do absenteísmo paterno são múltiplas e complexas. Há desde a irresponsabilidade paterna (de quem produz filhos sem ter a hombridade de assumi-los), passando pela desintegração das famílias causada pela exploração capitalista e, mais recentemente, por relacionamentos líquidos e passageiros que, não obstante, geram filhos (que milagrosamente não são abortados pelas mães).

Tudo isso pode parecer um truísmo. É óbvio que a figura paterna é fundamental. Mas em um período no qual começa a haver uma exaltação de tipos "alternativos" de estrutura familiar, como se não houvesse qualquer diferença entre esses tipos, como se a figura materna e, principalmente, a paterna fossem substituíveis, intercambiáveis, descartáveis, torna-se necessário apontar o óbvio.

A figura paterna é fundamental para a família e para a sociedade. E é sobre esse tipo de fundação que a nossa civilização foi se desenvolvendo historicamente. Hoje, essa figura é questionada no contexto da liquefação liberal dos papeis sociais tradicionais e da construção pós-moderna de uma pós-humanidade, onde tudo é ilusoriamente possível para qualquer um. Mas nem toda engenharia social do mundo pode alterar as fundações biológicas, psicológicas e culturais mais básicas dos povos.

LIBERDADE! JUSTIÇA! REVOLUÇÃO!


5 de Dezembro

Texto importantíssimo para antever prováveis e iminentes desdobramentos futuros na geopolítica e economia mundial, com alta possibilidade de ocorrência de guerras em nome da paz, assassinatos, torturas e prisões arbitrárias em nome dos direitos humanos e fomento de mais golpes de estado e implantação de ditaduras em nome da democracia.

Russia, Venezuela launch Cryptocurrency counter-attack on Globalist Bankers

Destaco o trecho abaixo numa tradução minha.

"Sobre o alerta do Banco de Compensações Internacional (BIS) [o Banco Central dos Bancos Centrais] sobre o papel prejudicial do bitcoin, a instituição que controla quase todas as transações ao redor do mundo e é ligada à poderosa família Rothschild, o Federal Reserve dos EUA, alertou para o "perigo" que o uso de criptomoedas representa para o sistema financeiro internacional. Outros grandes bancos como o JP Morgan ou UBS ["União de bancos suíços"] expressaram sua rejeição aberta ao investimento em moedas digitais.

A preocupação desses agentes financeiros se baseia no fato de que o sistema de transações em criptomoedas favorecem o anonimato e, consequentemente, operações criminais relacionadas ao tráfico de drogas e comércio de armas ilegais."

"To the warning of the Bank of International Settlements (BIS) about the harmful role of bitcoin, the financial institution that controls almost all transactions worldwide and has been linked to the powerful Rothschild family, the US Federal Reserve was alerted "the danger" that the use of cryptocurrencies represented for the international financial system. Other large banks such as JP Morgan or UBS have shown their open rejection of investment in digital currencies.

The concerns of these financial actors are based on the fact that the system of cryptocurrency transactions favors anonymity and, therefore, criminal operations related to drug trafficking and the illegal arms trade."

CLARO! Afinal dinheiro do narcotráfico e do terrorismo só tem que ser em dólares e controlados pelos próprios EUA! E anonimato só pra lavagem de dinheiro dos criminosos globais clientes dos bancos suíços e da rede de paraísos fiscais mundo afora sob o controle do mesmíssimo clubinho elitista!

3 de Dezembro

Interessantíssimo! Mas tenho dúvidas que o nome de nosso país seja um bom exemplo da segunda categoria. Nearly every country on earth is named after one of four things

2 de Dezembro

Se enfraquece-se o inimigo fomentando sua divisão, bem como fortalece-se a própria causa por meio da união de interessados convergentes, muitos movimentos cometem a lastimável tolice de fazer o exato contrário, não apenas criando intrigas fúteis que os impedem de se unir em prol de um objetivo comum, ainda que temporário, como ainda por cima insistem em unir os inimigos.

Dentre muitos outros exemplos, aproveito o vergonhoso incidente ocorrido na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da USP, quando um horda de delinquentes neoesquerdistas partiram para a agressão covarde e injustificável contra Victor Emanuel Vilela Barbuy, da Frente Integralista Brasileira, que fôra convidado para apresentar uma palestra na dita universidade que sequer tinha a ver com o Integralismo, a doutrina que motivou a corja a rotulá-lo de "fascista" e não apenas impedi-lo de discursar, mas também a perseguí-lo enquanto fugia da horda para evitar o linchamento, saindo ainda ferido com o rosto ensanguentado.

Reforçando o repúdio absoluto a tal perversidade grotesca por parte de quem se considera incrivelmente corajoso na proporção de 30 contra 1 como se estivesse arriscando a vida contra um inimigo todo poderoso, e que ainda por cima, apenas meia dúzia de fascistas de verdade os teriam trucidado, o que quero apontar é que o misto indissociável de estupidez e maldade que acusa tudo o que odeia de fascista encontra, infelizmente, sua contrapartida na atitude de muitos integralistas, e pessoas de viés ideológico próximo, que fazem questão de negar a diferença entre essa patética corja pós-moderna que jamais seria capaz de empunhar um fuzil na vida, e aqueles que merecem de epíteto de 'comunistas'.

Ocorre que os poucos que ainda se intitulam comunistas hoje são não apenas algo radicalmente diferentes dessa metástase tragicômica que convencionou-se chamar "nova esquerda" ou "pós modernista", como ainda por cima são hostis a ela. O que se vê dominando os círculos universitários públicos atuais são basicamente feministas, maconheiros e homossexualistas que teriam sido enviados para morrer na Sibéria pela URSS, seriam pessoalmente eliminados por Che Guevara em Cuba, e na China ou Coréia do Norte de hoje são perfeitamente inexistentes. Eles sequer aceitam o rótulo de "comunistas" a não ser talvez como "cosplay".

Quem insiste em não ver a diferença de quem realmente defende a tomada violenta dos meios de produção por meio de uma guerra sangrenta contra um inimigo extremamente poderoso, para aqueles que se limitam ao vitimismo hipócrita e "lutam" por meio de encenações performáticas bizarras pedindo inclusão e representatividade no sistema econômico vigente em perfeita consonância com a elite do capitalismo, simplesmente não tem o direito de reclamar quando é chamado de "fascista" mesmo quando também repudie tal rótulo.

Você chama tudo o que odeia de comunista, e o outro chama tudo o que odeia de fascista! Grande diferença!

Se isso já não fosse ruim o bastante, por mais incompatíveis que sejam verdadeiros comunistas e os verdadeiros socialistas, e essa cambada liberal cultural elitista, insistir em jogá-los no mesmo saco tem não só o inconveniente de impedir a distinção dos inimigos, mas até mesmo de forçá-los a cooperar contra quem insiste nisso nem que seja por um breve momento estratégico. O exato contrário do que o bom senso recomenda.

É preciso conhecer seus adversários, evitando tomar uma serpente por um leão, que possuem modos operantes totalmente distintos, e se quer vencê-los, estimular que lutem entre si, e não cooperar para que se unam. É você que deve se unir mesmo contra aqueles com quem tenha atritos se os seus objetivos convergem, ou pelo menos não criar cisões desnecessárias principalmente quando resultam de questões nada relacionadas ao que realmente importa.

Fazer o contrário disso pode significar não apenas profunda incompetência, mas talvez até mesmo um compromisso inconsciente com a constante derrota.

1 de Dezembro

Nova Resistência - Brasil
1 de Dezembro
A REFORMA DA PREVIDÊNCIA É UMA SENTENÇA CONTRA O BRASIL

FAKE NEWS. Foi isso que o Judiciário brasileiro detectou nas propagandas televisivas do governo Temer sobre a Reforma da Previdência. Por perceber tentativas de "desinformação" e "manipulação", o Judiciário mandou que essas propagandas fossem retiradas da TV, propagandas que custaram R$ 100 milhões aos cofres públicos .

Maior que desinformação e manipulação, pois, é vergonhosa a tentativa de fomentar divisão social entre trabalhadores do setor privado e trabalhadores do setor público, chamando estes de "privilegiados" (esqueceram dos anos de congelamento de salário?) e promovendo o ódio.

Interessados nesta Reforma estão corporações privadas ligadas à Previdência e a fundos de pensão. O mero anúncio de intenção de emplacar a Reforma fez com que algumas corporações privadas, como a Mongeral Aegon, tivessem aumentos de 80% em sua carteira de clientes em relação ao ano passado.

Certamente, para essas corporações milionárias, a Reforma da Previdência vai ser uma boa oportunidade para que as mesmas se tornem corporações bilionárias. E tudo com base em um mito, uma farsa, uma fraude: a noção de que existe um déficit na Previdência. Na medida em que a Previdência faz parte do sistema de Seguridade Social, de antemão já poderíamos afirmar que inexiste déficit na Previdência.

Mas mais do que isso, toda a propaganda pró-reforma do governo se baseia em cálculos que não levam em consideração todas as fontes de custeio e financiamento da Previdência. Os cálculos do governo excluem COFINS, CSLL e concursos de prognósticos. Tudo isso somado não custeia apenas a Previdência, mas TODO o sistema de Seguridade Social, deixando ainda um superávit de 20 bilhões de reais (em 2015)!

Mas esse superávit poderia ser MAIOR. Não é por causa de uma fraude. Essa fraude praticada pelo governo se baseia em um outro CRIME de improbidade cometido por ele: o governo utiliza a receita da Seguridade Social (que a Constituição ordena que seja utilizada apenas para a Seguridade Social) para aplicar em outros gastos orçamentários, especialmente o pagamento de juros (gerados pelo lançamento de títulos para controlar a SELIC).

Isso é feito através do artifício inconstitucional da desvinculação de receitas da União!

Dinheiro das nossas aposentadorias e pensões é utilizado para pagar banqueiros nacionais e internacionais. E quando faltar esse dinheiro, seremos nós que teremos que pagar mais, e por mais tempo, para seguir financiando este sistema de escravidão dos juros, a usurocracia internacional.

Só uma coisa pode dar fim a esse sistema de escravidão e libertar o povo brasileiro: uma revolução patriótica e popular.

LIBERDADE! JUSTIÇA! REVOLUÇÃO!



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