Já é suficientemente ruim ter que aguentar incautos repassando boatos os mais fajutos, irresponsáveis e estúpidos possíveis, mas que ainda tem pelo menos a desculpa de exigir algum trabalho mínimo de pesquisa para serem desmascarados além de qualquer dúvida, ficando o pecado mais na credulidade.
Mas quando alguém repassa algo que é evidentemente desmentido pelo mais primário raciocínio, ou até pior, por uma olhadinha básica num calendário, aí até já deixa de ser pecado se desconsiderarmos que a burrice, 'ignorância' no sentido socrático, seja a origem de todo os males.
Cheguei a tentar ignorar a ridícula corrente alegando que a configuração do mês de Janeiro deste ano (com 5 Sextas-Feiras, Sábados e Domingos) só se repetiria a cada 823 anos, pensando ser pura trollagem, até ver em mais de um grupo de WhatsApp gente levando a palhaçada, se não a sério, ao menos como plausível por via das dúvidas.
E isso porque o uso de WhatsApp pressupõe a utilização de Smart Phones, que vem obrigatoriamente com calendários eletrônicos onde é possível pesquisar todos os anos passados até o suposto nascimento de cristo bem como futuros até o fim dos tempos, onde o curioso veria que essa configuração ocorrida agora em 2016 (E tem gente repassando a corrente do ano passado como se essa disposição fosse ocorrer ano que vem!) já vai se repetir em 2021, e também ocorreu em 2010.
O jeito é criar um "Atestado de Burrice" e sair distribuindo.
Atenção especial para o Item III, sobre transferir os riscos para outrem, no caso o trabalhador, na qual acrescento ser uma tendência já praticada para toda a sociedade, em especial no caso das privatizações, onde os proprietários além de ganharem de graça empresas valiosas e lucrativas, ainda são tutelados pelo Estado para se livrarem de qualquer tipo de risco enquanto continuam embolsando os lucros, chegando ao ponto de nas Parcerias Público Privadas o Estado inteirar o lucro dos empresários caso suas alegadas superioridades privadas mercadológicas não serem capazes de fazê-lo. Isso sem contar as empresas vitais que são estatizadas quando vão à bancarrota e o mercado não é capaz de salvá-las.
O Capitalismo teve uma fase heróica, quando os proprietários embolsavam todos os lucros mas assumiam todos os riscos e arcavam com todos os prejuízos, bem como uma fase mais distributiva, quando benefícios e prejuízos são melhor distribuídos entre acionistas e trabalhadores com melhores condições de trabalho ou participação nos lucros.
Agora estamos numa fase cada vez mais parasita, com o lucros sendo sistematicamente privatizados e os prejuízos estatizados, embora os trabalhadores ainda tivessem alguma proteção quer trabalhista quer previdenciária, que agora estão prestes a ser totalmente desmanteladas.
No dia 22 de dezembro, o governo Temer apresentou sua proposta de reforma trabalhista sob pretexto de aquecer a economia. A retórica oficial é uma reciclagem de velhos argumentos liberais, principalmente o raciocínio de que barateando mão de obra, se atrairá investimentos (trataremos desse assunto mais à frente).
Na mídia oficial, o uso de um linguajar obscurantista dificulta o entendimento do que, de fato, mudará. Aqui resumiremos, pois, os pontos principais:
a) FÉRIAS - Antes: mínimo de 20 dias e 10 “compráveis”. Depois: mínimo de 15 dias (2 semanas) e o restante “negociável”.
b) CARGA HORÁRIA - Antes: limite de 8 horas diárias, e o que passa disso é considerado hora extra (que pela lei atual exige remuneração específica). Depois: flexibilização total, utilização de “banco de horas”, tudo é permitido desde que não ultrapasse 12 horas diárias e 220 horas mensais.
c) ACORDOS - Antes: juízes do trabalho são famosos por serem rigorosos com as regras da CLT. Depois: o que for acordado coletivamente prevalecerá sobre a lei. O maior objetivo dessa reforma é passar por cima de juízes do trabalho. Aqui esbarramos em outra velha discussão, sabida por todos, qual seja: o poder de negociação do trabalhador é quase nulo.
II – O problema da flexibilização total
Quem acompanha discussões trabalhistas já é familiarizado com a questão do problema de horários que lota os websites dedicados a discutir problemas jurídicos. Empresas como McDonalds ficaram famosas pela derrota em processos nos quais foram punidas pelo uso da jornada móvel. Na modalidade de jornada móvel o trabalhador não tem um horário definido de trabalho, mas fica à disposição do empregador nas horas em que não estiver trabalhando. O argumento de juízes do trabalho contra esta modalidade é que, na prática, isso impossibilita o empregado de exercer qualquer atividade fora do trabalho devido à incerteza de horários e datas. Fica difícil fazer cursos, viagens, procurar outro emprego, fazer planejamento financeiro ou de futuro. Ora, de maneira recorrente observamos a aparência de transtorno em pessoas que têm profissões sem horário definido como cobradores de ônibus, policiais e caixas de supermercado. Em muitas cidades, teoricamente, caixas de supermercado só podem trabalhar 6 horas por dia, porém, devido à flexibilização são escalados em horários como, por exemplo, das 8 h às 11 h (3 horas), e das 15 h às 18 h (mais 3 horas), ficando com um horário de almoço de 11 h às 15 h. A valer, nos grandes centros urbanos, em razão da dificuldade de locomoção, o funcionário fica no próprio estabelecimento durante o “horário de descanso”, horas tecnicamente de repouso, mas completamente inutilizadas. Assim, o funcionário nessas condições acaba por levar um cotidiano como se trabalhasse das 8 h às 18 h, e o sistema de banco de horas termina fazendo com que trabalhem aos fins de semana. Em casos como os processos que envolveram o McDonalds, nota-se que o sistema de banco de horas era usado até mesmo para pagamento mensal inferior ao minimo.
III – Transferência de risco e liquefação das relações na modernidade
Um dos argumentos mais utilizados pelos juízes do trabalho contra a jornada móvel é que se trata de uma transferência de risco do negócio ao trabalhador (o objetivo final de toda essa reforma). Ao longo da história humana, existe relação entre risco e recompensa: quanto maior o risco, maior a recompensa, e esse princípio foi incorporado à lógica do sistema capitalista, o proprietário do negócio investe e corre o risco, por isso a ele pertence os lucros. Um dono de uma lanchonete tem o risco de abrir o estabelecimento e, se não aparecer ninguém, arca com os prejuízos, porém, se tiver lucro, com ele também ficam os ganhos. Bem, em ambos os cenários os ganhos do trabalhador são garantidos, o que é justo, pois se ele não participa dos lucros, também não cabe ao trabalhador arcar com prejuízos oriundos dos riscos. No cenário de jornada móvel e banco de horas, o risco de não aparecer clientes não é assumido pelo patrão, mas pelo trabalhador, que em tal contexto esta à disposição da empresa (e portanto sem poder exercer outra atividade econômica), ao mesmo tempo que o mesmo não participará de uma eventual lucro em caso contrário, apenas recebendo o minimo obrigatório por lei. Podemos citar ainda como exemplos de riscos de empreendimentos o caso clássico industrial de ter uma encomenda repentinamente cancelada.
Se fizermos um apanhado geral da retórica liberal em relação ao trabalho, se trata apenas de defender a transferência de riscos dos negócios capitalistas ao trabalhador. Nos jornais de economia, amiúde se diz que ainda há “incertezas” para retomada dos investimentos. Se traduzirmos esse chavão liberal, também se trata apenas disso: o sistema financeiro cobra que o governo se encarregue de encabeçar essas transferências de riscos.
Portanto, pelas razões acima expostas, faz-se mister paralisar o país contra a destruição da CLT.
Tem havido no "jornalismo" uma tendência de redução de conteúdo ao nível memético de um Tweet. Um embusteiro quer que sua opinião pessoal seja validada e inventa uma "notícia" qualquer que se resume a uma única frase de sua preferência colocada no título, que frequentemente é a única coisa que a maioria lê.
E então para fingir algum embasamento adiciona no corpo da notícia algumas citações ou desenvolvimento onde são usadas algumas das mesmas palavras, mesmo que em contextos diferentes ou até contradizendo o enunciado.
Resultado. Umas poucas pessoas irão de fato ler a notícia com atenção e detectar a fraude. A grande maioria irá ou apenas ler de forma desatenta e não entender, ou se deixar enganar por incapacidade cognitiva, ou ficar mesmo só com o título.
ROGUE ONE não só é em quase todos os aspectos melhor que Episódio VII como ainda por cima tornou ainda mais constrangedor o modo ridículo como o Starkiller foi destruído.
Ficou claro que a destruição da Estrela da Morte em Guerra das Estrelas (Episódio IV) foi uma operação que exigiu uma vasta gama de improbabilidades, muitas já explicadas nos filmes anteriores, e agora muito bem detalhada e justificada por Rogue One.
Também tornou ainda mais justificada a operação para destruição da Estrela da Morte II em Retorno de Jedi, que exigia que ela fosse feita antes da conclusão da obra, que evidentemente não teria mais a vulnerabilidade da primeira. Operação que, como sabemos, fazia parte de um plano meticuloso do Imperador que só não deu certo e esmagou a rebelião graças a improvável intervenção dos "ursinhos carinhosos".
Em Episódio VII, por outro lado, temos uma Super Estrela da Morte muitíssimo maior e mais poderosa que foi destruída com uma facilidade bizarra numa operação inventada nas coxas após acabar de ser descoberta, revelando uma vulnerabilidade tão estúpida que não só torna o próprio enredo inverossímil como parece até contradizer os filmes anteriores.
Rogue One só peca em não ter utilizado plenamente a trilha sonora clássica. Entendo que por não ser um Episódio 3,5 os produtores preferiram acentuar uma diferenciação, já sentida logo no começo pela ausência do texto deslizando em perspectiva após o impactante titulo "STAR WARS".
Mas além da trilha sonora nova não ter me empolgado, vale lembrar que muitos outros produtos da franquia, como jogos e seriados de TV, sempre usaram a trilha clássica com muito mais liberdade, e não só aos créditos finais. Deveriam, além do impactante final, tê-la utilizado ao menos no começo também.
E a computação gráfica da Princesa Leia ainda deixou a desejar. Como há muito já se verifica, simular rostos envelhecidos, como o do Governador Tarkin, é sempre mais fácil e convincente para a CG.
Entendam algo. Se uma situação polêmica e complexa tem um lado claramente defendido pela grande mídia, a começar pela Globo, é quase impossível não se tratar de uma fraude gigantesca.
Muito já se falou na fragilidade do conceito marxista de "Consciência de Classe", mas há um tema que apesar de óbvio e da mais alta relevância parece ausente na crítica é o quanto essa suposta consciência é facilmente subvertida no momento imediato em que o trabalhador se coloca no extremo oposto da relação da produção.
É na sua condição de consumidor que a quase totalidade dos trabalhadores, não importa de que segmento econômico, abandona por completo sua própria noção de alguém que tem que trabalhar, quer queira ou não, e que gostaria sempre de ganhar mais e trabalhar menos. E isso acontece até mesmo entre os mais engajados esquerdistas, marxistas auto declarados, socialistas, comunistas e sindicalistas.
Uma vez tendo o poder de compra nas mãos, quase sempre esse consumidor age da mesmíssima forma como age qualquer outro, ou na realidade até de forma ainda mais incisiva do que os consumidores de alta classe que estão menos preocupados em economizar. Pois o trabalhador de baixa renda é educado, como todos, a procurar sempre as vantagens econômicas de sua compra, a pechinchar pelo menor preço, desde uma simples escolha superficial entre duas opções próximas, passando por uma negociação em busca do menor preço, ou até mesmo aceitando incorrer em ilegalidades em prol da minimização de seu gasto.
Ocorre, porém, que segundo a própria percepção esquerdista da exploração, a cada vez que um consumidor pechincha, a cada vez que surgem mais ofertas e quanto mais o preços são reduzidos, isso raramente incide na margem de lucro do empresariado. Pelo contrário, quase sempre apenas aumenta a exploração de algum trabalhador em algum lugar do mundo.
O mesmo trabalhador que do lado da produção luta para reduzir a exploração sobre si mesmo, invariavelmente é o mesmo que provoca o aumento da exploração quando está do lado do consumo, e a inconsciência sobre esse fato parecia ser total ao menos até começarem a partir da virada do milênio, surgirem algumas iniciativas extremamente tímidas de selecionar empresas de acordo com suas políticas trabalhistas, em geral evitando comprar produtos de marcas suspeitas de explorar trabalho escravo. Embora tais iniciativas sejam insignificantes diante das que valorizam mais a empresas ecologicamente corretas.
Evidente que é compreensível que todos queiram gastar o mínimo possível e poupar seus recursos. Mas a maioria de nós já vive na era do hiper consumo, comprando muito mais do que realmente necessita, frequentemente com o impulso de adquirir mais.
É por isso que deve-se pensar duas vezes antes de ser sovina e insistir para que o vendedor faça uma oferta ainda melhor, em procurar infindavelmente por uma quantidade infinita de lojas em busca do mínimo do mínimo, ou correr em desespero rumo à qualquer promoção inacreditável que aparecer. Em especial para aquele que pensa em desenvolver sua solidariedade de classe.
Não faz sentido ser trabalhador apenas quando se trabalha. É preciso estar ciente de que se é sempre, não importa de que lado da produção se esteja.
O que retirou as sociedades de um mero estágio primitivo de tribos restritas para um estágio mais avançado foi o PATRIARCADO, pois vivendo apenas por seus próprios interesses, ou os homens primitivos não teriam compromisso algum além de satisfazer seu próprio hedonismo, ou se dedicavam a proteger seus grupos, incluindo mulheres e crianças, bem como obter recursos para a sobrevivência imediata de todos.
Mas isso sem a acumulação maior que viria a ser instituída somente quando passou-se a especificar quais eram os descendentes de cada homem, fazendo com que a famílias particularizadas dos homens mais habilidosos fossem mais beneficiadas que as dos menos.
Utilizo então dois conceitos aos quais nomeei Paternidade DIFUSA e Paternidade ESPECÍFICA / Especificada.
Foi a transição da Paternidade Difusa (onde a promiscuidade dominante indetermina a exata descendência dos homens diluindo-a numa família tribal) para a Paternidade Especificada que, gerando a patrilinearidade, permitu o acúmulo otimizado de propriedade e riqueza, fartura, e consequentemente em níveis mais avançados, Cultura, Civilização e Estado.
A inexistência de qualquer indício de uma civilização não patriarcal já atesta isso, não se deixando enganar pelos aparentes exemplos de pequenas comunidades asiáticas onde as fórmulas familiares pareçam diferentes. Pois além de muito restritas, todas ainda conservam elementos sociais no âmbito público perfeitamente correlatos aos das civilizações patriarcais, além de serem comunidades cercadas, e que se relacionam, com uma sociedade patriarcal imensamente maior ao seu redor.
Na resistência urbana à civilização há um fenômeno que também atesta a mesma coisa. As grandes máfias, que se recusam a aceitar integralmente o implícito pacto civilizacional, são inevitavelmente famílias patriarcais, ao passo que nas gangues menores temos bandos masculinos que apenas dispõem de mulheres, mas que normalmente não formam famílias estáveis. Mesmo o crime, para se organizar, o faz por meio de clãs familiares razoavelmente bem estruturados e claramente patriarcais.
Também muitas famílias indígenas, cuja paternidade pode ser vista como coletiva, permanecem em estágio similar ou por vezes anterior ao da Idade da Pedra, servindo de analogia de como teriam sido os povos primordiais antes do advento do Patriarcado enquanto organizador da estrutura familiar, ainda que permaneçam androcráticas em suas lideranças masculinas como o Cacique e o Pajé.
E mais, temos nos guetos e favelas menos desenvolvidos a maior expressão do que seria o Matriarcado, leia-se, a completa indefinição da paternidade mesmo quando em muitos casos a totalidade das jovens está grávida ou com bebês recém-nascidos sem fazer ideia de quem são os pais, ou fazendo, sem nenhum meio de obrigar-lhes a assumir a paternidade, pela completa ausência de uma autoridade masculina que possa impingir essa obrigação. E o ciclo se repete indefinidamente, só não condenando essas comunidades à miséria absoluta devido a presença mesmo que parcial e remota do Estado e do pouco de Civilização que ainda chega a tais locais.
Mas as poucas famílias que possuam uma autoridade patriarcal, que imponham algum controle sobre a sexualidade de seus jovens especialmente as filhas, estão em condição de exigir dos rapazes com quem elas se relacionam alguma responsabilidade. Pois o Patriarcado tem, no controle da sexualidade da jovem, como principal objetivo evitar que a mesma engravide sem que o pai se responsabilize.
O Patriarcado é a ordem social que tira os homens da liberdade irresponsável, onde podem dispor de mulheres sem arcar com as consequências reprodutivas, para uma ordem onde os mesmos devem aplicar sua força e empenho não apenas para si mesmos, mas em prol de suas mulheres e descendentes. Trabalhando além do mero hedonismo imediato foi que os homens ergueram toda a infra estrutura social, material e cultural que viria a resultar no mundo civilizado, até chegar a um estágio de tamanho conforto e desenvolvimento que passa a possibilitar até mesmo a ilusão de que o Patriarcado não é mais necessário.
O Matriarcado, por outro lado, não é de forma alguma simétrico. Não há qualquer registro de sociedades onde as mulheres assumissem o comando da esfera pública de forma correlata ao que os homens fazem nas sociedades que conhecemos. Por outro lado, que mulheres assumam o comando da esfera privada costuma acontecer até mesmo nas nossas sociedades patriarcais, o que delimita a tradicional divisão do âmbito privado e do público como respectivamente regidos por princípios arquetípicos do Feminino e do Masculino.
Como exemplo, promover um casamento forçado desses dois aqui:
KIM KATAGUIRI (MBL) x CARINA VITRAL (UNE). De preferência indissolúvel, e só não dá pra querer muitos filhos por que já não bastasse a Carina ser feminista ainda por cima parece que o Kim é gay
Eu não sei o que é pior: Feministas ou Libertarianos, mas bem que se o Diabo fosse justo e com um bom senso de humor, poderia casar um com outro sempre que tivesse a oportunidade devido ao fato de se merecerem e serem simetricamente moldados por suas respectivas ideologias.
E não digo isso apenas pelo fato de que são crias dos mesmos donos, visto que os mesmos que financiaram a National Organization for Women e tornaram o Feminismo que conhecemos hoje possível são os mesmos que bancaram Ludwig Von Mises, Murray Rothbard e outros ideológicos e Institutos que hoje fazem sucesso nas rodinhas libertárias da internet.
Digo porque seu sistema de pensamento, apesar das diferenças, tem simetrias indisfarçáveis.
Ambos se fundamentam em selecionar uma característica fundamental e indelével da civilização e demonizá-la. Feministas o Patriarcado, Libertários o Estado, responsabilizando-os por todos os males. Projetam um Paraíso Perdido pré-patriarcal ou pré-estatal com um saudosismo edênico, e garantem que um novo mundo de felicidade se fará assim que o Patriarcado ou o Estado sejam erradicados.
Vivendo em universos paralelos sonhando com ficções absolutamente implausíveis mas nas quais acreditam com fideísmo dogmático, baseiam-se em teóricos idolatrados cujas doutrinas jamais passaram em qualquer teste empírico ou resultaram em qualquer benefício concreto, pelo contrário, são constantemente esmagadas pela dureza dos fatos quer venham da Psicologia Evolutiva ou da realidade econômica Keynesiana.
Curiosamente, os que bancam esse discurso sabem muito bem que não passam de fantasia. Manipulam os inocentes úteis com essas fraudes porque sabem muito bem que o discurso anti-patriarcal enfraquece a célula social da família, e o anti-estatista enfraquece o suporte que o Estado pode dar em melhorar as condições da maioria da população, bem como a possibilidade de ser usado contra eles.
Com isso, reforçam uma população econômica e socialmente enfraquecida enquanto eles próprios são perfeitamente patriarcais e muitíssimo bem instaladas dentro do Estado, quando não o controlam completamente.
Acompanhando a votação final da PEC 55, não se altera a dinâmica básica entre os que a defendem e os que preferem defender o futuro do país.
Há inúmeros argumentos, fatos, dados, números para ser contrário à PEC, aos quais vieram se somar a recente
pesquisa Datafolha que mostra que 60% da população é contrária à mesma, que possui apenas 24% de defensores antes 23% de indiferentes ou não opinantes. Ou seja, mesmo que todos esse se somassem em defesa da PEC, ainda seriam minoria.
Por outro lado, só se vê basicamente 3 "argumentos" em defesa da mesma.
1 - A defesa genérica e vaga da necessidade de controlar gastos, o que NINGUÉM DISCORDA, visto que o que está em jogo não é isso, e sim COMO isso será feito;
2 - Críticas à informações equivocadas ditas pelos oponentes da PEC, que corrigem afirmações como "corte" para "congelamento", ou que apontam a omissão de algumas maquiagens internas que permitem que o estrago pareça um pouco menor, como por exemplo deslocar gastos de um setor a outro ou frisar que a mesma se aplica "apenas" aos gastos da União. Ou seja, comentários que são corretos, mas completamente irrelevantes;
3 - E o "argumento" de que "é necessário recuperar a confiança nos investidores". Para o bom entendedor, leia-se: Precisamos remunerar religiosamente os credores da Dívida Pública, os 0,1% da elite financeira especulativa, AUMENTANDO nosso endividamento.
Afora isso, temos calhordas como Ronaldo Caiado (DEM-GO), que vem a púlpito logo após ataques cirúrgicos à PEC, como o da Senadora Gleisi Hoffman (PT-PR), simplesmente mudar de assunto falando mal do Lula e denunciando a ameaça do Bolivarianismo, e ainda ter a cara de pau de posar de defensor da Saúde e Educação como se o enxugamento da máquina estatal tivesse algo a ver com o assunto ou faria alguma diferença na paralisia que a PEC 55 irá causar nesses setores.
Enquanto isso, o fato da PEC congelar gastos PRIMÁRIOS que consomem menos de 10% do PIB enquanto a Dívida Pública, que consome 50%, correr solta, pode ser afirmado infinitamente pelos adversários da mesma, que seus defensores silenciam em absoluto, repetindo apenas que "mas é preciso cortar gastos".
Analisado. Primeiro sobre o vídeo, que apesar de estar bem acima da média das defesas da PEC 55 (nenhum parlamentar jamais passou perto disso), não vai além dos 3 grupos que citei no post, exceto em pontos que só pioram.
Primeiro que, diferente do que a autora frisa, o problema fulcral não é 'fiscal' como ela disse. E se fosse, então por que tratá-lo com uma PEC essencialmente 'orçamentária'? Se fosse mera questão fiscal bastaria uma legislação mais rigorosa a respeito do controle e justificação das verbas. Além do mais o problema também é largamente tributário, e no entanto a Reforma Tributária continua sendo adiada indefinidamente e PODE APOSTAR que quando for feito, especialmente se for feita pela mesma corja, irá aliviar APENAS tributos sobre os mesmos beneficiários da PEC 55, a elite financeira. E digo isso porque é exatamente essa a mentalidade de austeridade liberal típica da autora do vídeo.
Além da mera defesa genérica de controle de gastos, o que temos é um infindável apontar de pontos enganosos e irrelevantes. Como frisar por exemplo a possibilidade de aumentar sim os gastos com Educação e Saúde, MAS TIRANDO de outras áreas, como eu frisei no item 2. O que nos leva a questão DE ONDE, vão tirar? E como seria esse mecanismo de remanejamento orçamentário num ambiente fiscal já debilitado por desvios de verbas que agora ainda terão mais uma justificativa para serem... bem... justificados.
Há uma nítida tentativa de relativizar o próprio conceito de 'congelamento', mas o fato é que os repasses da União para o setor primário estarão sim CONGELADOS! O fato dos níveis inferiores da administração pública terem alguma autonomia para remanejar os recursos que têm, abrindo um buraco para tapar outro, não muda essa realidade de congelamento.
A autora, porém, tem razão num ponto. É possível que alguns desenvolvam soluções administrativas que podem vir a ser benéficas, sendo na realidade este o único ganho possível desta PEC: ensinar administradores a lidar melhor com seus recursos. Mas para isso, volto a afirmar, bastava uma simples nova política fiscal.
Também voltemos ao item 1, que POR QUE tais gastos, e não outros, serão congelados? Por que não, como ela mesmo lembra, os gastos eleitorais? Ou melhor, porque manter intocados as insidiosas Estatais Não-Dependentes? ( Aquelas que irão usar dinheiro público para compensar os possível prejuízo que compradores de títulos podres iriam ter.)
Como toda boa liberal, ela faz uma defesa da flutuação de taxas de juros, frisando corretamente que não é mera questão de canetada, mas também querendo deixar intocado o privilégio dos que se beneficiam de uma política de juros favorável ao capital rentista, implicitamente já legitimando e consagrando a política de Ilan Goldfajn, o serviçal do Itaú colocado por Temer no nosso Banco Central.
Embora seja delicado mexer nas taxas de juros, seria exatamente por elas que qualquer política monetária minimamente responsável deveria começar, mas a PEC 55 vem justamente para permitir que a farra continue, pois achar que as taxas de juros irão baixar mais do que a pequenina "graça" que foi feita pelo BC para abençoar a aprovação da PEC é pura ficção especulativa.
Como a própria autora apontou, a nossa Dívida Pública IRÁ SUBIR em relação ao PIB mesmo com a PEC 55. Se as taxas de juros não despencarem TODA A ARGUMENTAÇÃO da autora vai pro ralo. Eu até acho que as taxas irão abaixar sim, mas teria que ser dramaticamente para compensar o aumento da participação da Dívida no PIB. O que duvido muitíssimo uma vez que essa PEC tem como objetivo justo o item 3 que citei.
Ora, NÃO É DO INTERESSE dos credores reduzir as taxas de juros. Se isso for feito de modo significativo, eles tendem a evadir da mesma forma como um aumento do risco o faz. O especulador financeiro não é altruísta! Não é movido por solidariedade e sim pela ganância. É certo que a redução do risco costuma compensar a redução da taxa de juros, mas isso só faria sentido se o risco atual estivesse muito elevado, o que é apenas teatro. Investir em títulos da dívida continua sendo O NEGÓCIO no Brasil!
Apesar de tudo isso, admito que em alguns pontos o vídeo de autora me tranquilizou um pouco. Eu não havia me dado conta de que alguns programas educacionais como o FIES ou o PROUNI não são diretamente afetados, e se um aperto fizer o FNDE tomar vergonha na cara e passar a trabalhar com conteúdo digital, seria um grande avanço. (Produzir tablets populares com livros digitais sairia bem mais barato do que insistir em toneladas de livros de papel.)
(...)
Mas voltando, a autora parece genuinamente ingênua ao ter dúvida que o congelamento salarial que atingiria o setor público se estenderia ao Salário Mínimo!
Ora, há um motivo para não terem aprovado sequer proposta de deixar o Salário Mínimo de fora do congelamento, pois se não o fizessem não haveria congelamento algum! A única dúvida válida é se o congelamento seria direto ou indireto embora não faça real diferença. Mesmo sem um congelamento direto, qualquer tentativa de elevar o mínimo aumentaria o desemprego devido ao congelamento da renda da maior fonte pagadora de salários mínimos, que são os demais trabalhadores mais abastados.
O que nos leva ao ponto final.
A questão maior da PEC não é nem tanto o quê será congelado, nem como, mas Por Quê?!
E a resposta é a seguinte. Caso o Brasil volte a crescer, não importa que o PIB, dobre, não importa que cresça mais que a China, não importa que vire o país mais rico do mundo. ABSOLUTAMENTE TODO ESSE ACRÉSCIMO será devorado pelos Vermes Parasitas do Sistema Financeiro, NENHUM CENTAVO será usado para melhorar os salários, os investimentos, o desenvolvimento e tudo o mais que interesse a 99,9% dos brasileiros.
Isso É INENARRÁVEL! Sem precedentes na história humana. UM CRIME PARA O QUAL PAREDÃO DE FUZILAMENTO seria o mais apropriado!
Respondendo à
E agora vamos ao único outro post da Raquel Cavalcante que merece ser comentado.
"- O Brasil vai investir mais em ensino básico do que em ensino superior pois o Fundeb esta isento do limite de gastos."
O que na verdade significa que vai investir MENOS no ensino superior, o que só um canalha anti nacional comemora. Embora de forma direta a PEC afete "unicamente" os repasses federais para a educação, é justamente na esfera federal que temos o que há de melhor e mais precioso em nosso sistema educacional. Em especial isso implicará em ainda menos recursos para a pesquisa de base, espinha dorsal do desenvolvimento científico de um país.
"- Saúde e educação continuam isentos do teto, devendo seguir apenas um mínimo"
MENTIRA! Saúde e Educação estarão CONGELADOS! Se estar restrito a um índice fixo não é ter "um teto", o que seria então?
"- O valor investido em saúde em 2017 aumentará de 13,7% para 15% do total arrecadado. R$ 10 bilhões a mais pra saúde em 2017."
Por que a PEC NÃO AFETA o ano que vem! Que seguirá conforme regimento anterior. Ela só passa a valer a partir de 2018, quando os repasses serão congelados até 2038, ou com muita sorte 2028.
"A dívida será estabilizada, e os juros cairão no médio prazo,"
Esse não viu nem o vídeo da Renata Barreto, que mostra que mesmo com a PEC a Divída Pública subirá de pouco mais da metade para mais de 90% da PIB nos próximos anos. Quanto a juros caírem, essa é a promessa, mas como já coloquei na minha resposta anterior duvido muito que isso ocorra em qualquer grau significativo. Ademais, pouco adianta as taxas em si diminuírem se continuar aumentando o montante.
"- Juizes e deputados não poderão aumentar seu salário em 60%"
Pode ser, mas isso nada tem a ver com a PEC em si.
" - Acabaram os cortes em programas sociais promovidos por Dilma (que chegaram até a 84% em 2015)"
De onde tirou essa ideia?! Acha que congelar todo o orçamento primário fará surgir dinheiro do nada? Ainda que isso venha a ser verdade, nada tem a ver com a PEC, seriam POSSÍVEIS consequências caso ela fosse um real sucesso estrondoso em contenção de gastos e caso não houvesse um teto impedindo que qualquer investimento neste setor fosse ampliado.
"- Vamos fazer um ajuste fiscal sem aumentar imposto, e em 10 anos ao invés de 2 ou 3 como queriam Dilma e Levy."
É aí que estou disposto a apostar. Pode até haver diminuição de tributos para os mesmos beneficiados diretamente pela PEC, os 0,1% mais ricos. Mas só quero ver a carga tributária diminuir para o grosso da população por meio desta PEC. Isso exigiria uma Reforma Tributária.
"- O funcionalismo público não vai mais ter perdas reais em seus salários (como ocorreu entre 2011 e 2016)."
Mais uma vez, DE ONDE RAIOS TIROU ESSA IDEIA?! O que ocorrerá é que o Funcionalismo Público, tudo indica, SERÁ IMPEDIDO DE TER GANHO REAL! E não o contrário! Nada há a respeito de um mecanismo corretor que impeça perdas, pelo contrário. Há mecanismos que PROÍBEM aumento de despesa com salários devido a má gestão. Como diabos isso pode implicar em impedir perdas reais?!
"- A saúde continuará sob responsabilidade principalmente de Estados e Municípios, que também ficam isentos do teto."
E por fim, ocorre que é justamente da esfera federal que vem os repasses mais relevantes. Alguns Estados tem maiores capacidades, mas outros, e principalmente a grande maioria dos municípios, não tem a menor possibilidade de promover investimentos e melhorias em seus próprios sistemas de saúde.
Como se vê, mais uma série de irrelevâncias, erros primários ou mentiras deslavadas. Ainda por cima temperada pela autêntica trollagem de dizer "mas vai afetar SÓ no mais importante!"
Não é só nossa economia e previdência que estão sendo atacados diretamente pela canalhada golpista que objetiva destruir o país. A educação não só vem sendo atacada como seus méritos e melhorias estão sendo deliberadamente omitidos.
O governo temer e a corja liberal da Globo, Abril, Editora Três, bem como a Operação Lava Jato, tem como objetivo único mandar o Brasil de volta para o estágio pré emergente e de volta ao Mapa da Fome.
Nunca houve um governo tão pérfido e desprezível quanto este.
Vimos nos últimos dias quão grave é a alienação da maior parte da população brasileira, em parte por impossibilidade material factual de compreender os fatos, em parte por preguiça intelectual ou conivência de interesses.
Dois eventos na Esplanada dos Ministérios ocorreram. O primeiro, uma manifestação de no mínimo 10 mil pessoas (algumas fontes chegam a dobrar ou até triplicar isso), que foi reprimida com brutalidade que não se via há no mínimo 30 anos, contra uma PEC que estava sendo votada naquele exato momento. Outro, um passeio de cerca de 5 mil em frente a um congresso vazio de domingo.
O primeiro visava combater uma das piores, se não a pior, tentativa de lesar o país em toda sua história, com uma proposição de ineditismo global, só comparável às condições impostas a países derrotados por guerras, que entre outras coisas paralisa qualquer chance de desenvolvimento e crescimento real nas próximas duas décadas, pois todo o excedente que for obtido será devorado pelo sistema financeiro e sua voraz e crescente taxa de juros que correrá ainda mais solta que os gastos com campanhas políticas, cerimônias pomposas ou luxos da elite política.
O segundo com o vazio jargão da "luta contra a corrupção", um fantasma onipresente em todo o mundo e em toda história, mas que algumas crianças realmente acreditam que pode ser erradicada na base de uma Cruzada Moral, que entre outras propõem umas tais 10 Medidas que só passam mesmo como admiráveis por pessoas sem a menor noção do assunto, pois ou são inócuas ou redundantes visando apenas impressionar ignorantes, ou aumentam o poder de seus próprios proponentes que ganhariam status comparáveis ao de um Juiz Dredd, e o pior de tudo, não dizem sequer uma única frase contra a força motriz e maior parte da corrupção, que é participação do setor privado e as redes de lavagem de dinheiro e acesso a paraísos fiscais.
Mas as mesmas pessoas que ignoram completamente o horror que a PEC 55(241) pretende provocar no país, que causaria uma mudança sem precedentes se pudesse ser levada integralmente até o fim, vieram bradar que "o país está ameaçado" por uma proposta, realmente cretina e detestável, mas que em nada mudaria o país que já conhecemos, a saber, a tal anistia do Caixa 2. Além de terem se voltado contra o nosso Legislativo Federal no único momento em vários anos em que demonstrou um real conhecimento dos fatos e se opôs a um decálogo que praticamente aboliria nosso já combalido sistema tripartite de poder.
E que não se diga que a oposição às tais 10 Medidas Contra Corrupção, propagandeadas pela Globo, partiu apenas dos esquerdistas, pois até lideranças como Janaína Paschoal, Olavo de Carvalho e até o cão de guarda do PSDB Gilmar Mendes, se juntaram a ela. (Por sinal, Gilmar Mendes, por mais canalha que seja, foi perfeito em seu discurso onde desmantelou o autoritarismo criminoso da proposta de Dallagnol em pleno Congresso.)
O principal motivo dessa absoluta alucinação psicodélica que faz alarde em defesa de uma proposta criminosa achando que é possível combater os abusos de poder (que são o caso da corrupção) concentrando ainda mais poder num órgão já completamente isolado de qualquer controle democrático direto, e ao mesmo tempo não dá a mínima importância, ou até mesmo defende, uma proposta destruidora que nenhum país do mundo jamais teria coragem de fazer, pode só em parte, ainda que grande, ser debitada na manipulação midiática, pois afinal, como seria de se esperar, as elites financeiras em peso estão a favor da PEC 55, visto que ela foi exatamente criada para enriquecê-las ainda mais.
E ao mesmo tempo, se beneficiou integralmente da Inquisição Lava-Jato para destronar um governo que não estava cooperando o suficiente, além de atender as exigências de seus cafetões boreais, e transformou a corja de Sério Moro em campões de audiência por meio do maior espetáculo jurídico midiático que já se viu no país, não importando que o mesmo tenha jogado no lixo as mais básicas garantias e direitos fundamentais.
Mas talvez o elemento mais clarificador de tudo seja mesmo a repressão à manifestação contra a PEC. O único capaz de falar por si só.
Quando você faz protestos vazios contra a "Cultura de Estupro" ou Corrupção, pode contar, se não com o apoio, ao menos com a indiferença do real Poder Estabelecido. E sabemos não se tratar do governo em evidência, mas o verdadeiro poder Oligárquico financeiro que agora, mais do que antes, está dando as cartas no país.
Mas quando você realmente ameça os seus interesses, pondo em risco uma votação que vem atender uma demanda imposta por esse mesmo poder estabelecido. Quando você realmente desafia os mais profundos e mesquinhos interesses da Plutocracia covarde e pérfida que manipula os títeres do Congresso e da Mídia...
...aí sim, você pode esperar repressão brutal.
A outra parte do principal motivo pode ser a pura e simples covardia. Pois é fácil bradar contra inimigos imaginários e ir às ruas com o apoio da mídia e do grande empresariado. Mas ir para confrontar os interesses pérfidos dos verdadeiros e poderosos inimigos exige uma coragem muito mais rara.
Ao fazer um Mea Culpa a respeito de sua campanha, da de seus colegas, e de toda a grande mídia brasileira e norte americana em apoio descarado à Hillary Clinton, Alexandre Garcia confessa não apenas o comprometimento total do poder econômico e midiático com a Ideologia Liberal Cultural da NeoEsquerda, além do Liberalismo Econômico e política externa Imperial de Washington.
Ainda mais importante, demonstra como a absoluta convicção nas próprias ilusões termina por cegar para eventos que se desenrolam explicitamente, mas terminam invisíveis para a vítima de Alienação Ideológica.
Bastante constrangido, este famoso globista se vê obrigado e engolir o orgulho, e termina fazendo uma auto crítica imperdível mostrando também que a desilusão pode perfeitamente promover uma ressurreição da sensatez e até algum resgate de dignidade.
Mas o mais importante de tudo é ficar uma evidência de primeira mão para aqueles que insistem em se iludir de que a GLOBO seja partidária apenas de um tipo de Liberalismo e não de outro. Como os Esquerdistas que sabem que a grande mídia é corrupta nos assuntos econômicos e políticos, mas morrem de amores por ela quando defende Feminismo, Aborto e causas LGBTT. Bem como os Direitistas que ainda gostam de fingir que é possível conciliar Conservadorismo com apoio à principal fonte de poder das mesmíssimas elites que atacam seus valores culturais, o Liberalismo Econômico.
Curiosamente, é justo esse o problema que se vê ao final do vídeo, devido a edição promovida pelo canal em questão, que em perfeita simetria à auto ilusão da neoesquerda jura que a Globo é Comunista! Tamanha sua absoluta estupidez e incapacidade de distinguir fatos radicalmente diferentes, como o interesse na subversão cultural de uma sociedade e a outrora pretensão de socialização dos meios de produção e planificação da economia! Como se a oligarquia bilionária da Globo estivesse ansiosa para estatizar sua emissora e entregar suas riquezas para o controle do Estado!
Difícil saber o que é pior, dizer que a Globo é Comunista, ou que é Conservadora! NÃO SUAS ANTAS! ELA É LIBERAL! Liberalismo Econômico e Liberalismo Cultural são as duas pernas do corpo das Elites Financeiras.
Para estar tão sem perspectiva ao ponto de só conseguir ver uma, é porque a outra já está pisando na sua cabeça!
Coisas há muito esquecidas. Lembro-me de tê-lo visto nos corredores do Senado quando eu era criança (minha mãe trabalhava lá). Era o único deputado que eu podia reconhecer, até por ser muito lembrado inclusive em programas humorísticos.
OBS: Eu tinha compartilhado este post antes por meio de outro compartilhamento, mas para minha total estupefação, o puto do Facebook fez o absoluto contrário do que sempre fazia, que era compartilhar só o link original sem o comentário da pessoa que o compartilhou. Dessa vez o desgraçado tinha compartilhado só o comentário!!! Que praga de irracionalidade bizarra é essa?!
Deputado devolvendo dinheiro oferecido em tentativa de suborno, em 1984.
Mário Juruna (Xavante) foi o único deputado federal índio na história do Brasil, eleito pelo PDT /RJ (1983-1987). Foi responsável pela criação da Comissão Permanente do Índio, que levou o problema indígena ao reconhecimento oficial.
Era destemido, enfrentava os generais em plena Ditatura Militar pelos direitos indígenas.
Sua marca registrada era um gravador, em tempos que não existiam smartphones. Ele gravava as conversas dos outros deputados que iam lhe oferecer vantagens ou dinheiro em troca de apoio, e os expunha, ou ainda, mais frequentemente, usava as gravações pra "esfregar" na cara quando um politico não assumia o que havia dito ou prometido.
Foi também o único deputado na história do Brasil a denunciar o esquema de corrupção entre os políticos, devolvendo publicamente 30 milhões de cruzeiros recebido na tentativa de suborno por parte do empresário Calim Eid para votar em Paulo Maluf, candidato dos militares à presidência da República no colégio eleitoral.
Não conseguiu se reeleger nas eleições de 1986, mas continuou ativo na política por vários anos.
Infelizmente, esquecido e pobre, veio a falecer em decorrência de diabetes e hipertensão em 17 de julho de 2002.
Quem já foi naqueles 'Auto Pistas' ou 'Bate-Bate' de Parques de Diversões sabe que ao girar completamente o volante o carrinho, ele inverte o sentido da tração. A meu ver, automóveis "de verdade" deveriam ter sistema similar de reversão automática.
Pense bem: você está com o carro parado, gira o volante totalmente para direita e então anda bem devagar até parar e girar o volante totalmente para a esquerda. Que raios mais você poderia querer fazer, depois disso, que não dar a ré?!
As situações na qual você iria querer continuar se movendo no mesmo sentido depois de inverter totalmente a direção são raríssimas.
Bastaria uma opção que ativasse e desativasse a reversão automática. Facilitaria muitíssimo naquelas manobras infindáveis em estacionamento apertado.
Consegui passar uma dia inteiro sem acessar o Facebook. Preciso fazer isso mais vezes.
Embora no geral seja muito bom, é difícil lidar com os malefícios desta rede social, em especial a tentação de levar por demais a sério conteúdos que podem muito bem ser considerados irrelevantes.
Aproveitei e assisti o interessantíssimo A CHEGADA (ARRIVAL) que está nos cinemas. Um Ficção Científica puro, sem se preocupar com ação, explosões, terror e todas essas típicas apelações hollywoodianas que quase sempre desviam o foco da verdadeira FC para gêneros mais populares.
É um filme bastante "intelectual", focado principalmente nas dificuldades de comunicação entre os humanos e os visitantes, invocando alguns conceitos ousados de Filosofia da Linguagem e com uma trama dramática muito bem inserida na estória.
Mas é um filme bem lento, denso, que dificilmente agrada o grande público.