O recente conceito de NECROPOLÍTICA, popularizado pelo pensador africano Achille Mbembe, ainda está em fase de acomodação, de modo que seu sentido tende a ser adaptado de acordo com o usuário num nível de aceitação que termos mais antigos e consagrados não admitem. Originalmente, seria a redução do poder político à capacidade de decidir quem tem o direito à vida ou não, ou quem pode ser morto sem maiores tipos de ônus. Portanto, quando um governo enuncia que certas categorias de cidadãos podem ser legitimamemente mortos, ou quando escolhe quem morre e quem vive, está flertando com a necropolítica. Isso está ocorrendo agora mundo afora nos países onde a pandemia já colapsou o sistema de saúde, fomentando a escolha dos mais jovens, e ou com demais maiores chances de sobrevivência, para receber atendimento prioritário. Mas também é o caso dos progroms e políticas deliberadas de genocídio, quer sejam abertas ou veladas, indo desde o povo enviado para o campo de extermínio até o "bandido bom é bandido morto", passando para "subversivo (comunista) tem que morrer", ou no completo desprezo pela morte de homens pobres. Mas irei abusar aqui do conceito, ainda que levando-o a um nivel etimologicamente mais preciso, de estarmos sendo governados pelos mortos. E não falo da noção tradicionalista onde, de forma poética, é consenso que os mortos de fato governam os vivos por meios de instituições, leis e tradições criadas pelos que se foram. Tão pouco entrarei na seara do sobrenatural, exceto, também, poeticamente. Falarei de mortos num sentido conotativo, a nível intelectual e cognitivo, moral e ético. Nesse caso, nosso país está sendo governado efetivamente por autênticos zumbis, ou na melhor das hipóteses, por tanatistas. Na realidade estou utilizando o consagrado método Olavo de Carvalho (ele próprio já cognitivamente falecido) de redação de textos político ideológicos, que é: começe com um tema mais abstrato e amplo, cite algum intelectual, filosofe rapidamente, refira-se de passagem a alguns fatos históricos diversos, de modo que ao menos no primeiro terço ou metade do texto não seja possível ao leitor saber onde você pretende chegar. Então foque num tema mais específico e atual, num tempo e local, apresente o contexto concreto como um exemplo do tema. Por fim, deixe claro que o tema aponta para um malefício praticado pela esquerda e termine falando mal do PT, (no caso, esse alvo será invertido) e exagere na retórica e nos arroubos poéticos. Bolsonaro está morto, para qualquer efeito cognitivo ou moral. E só não é capaz de percebê-lo quem também o está. Tal qual o garoto do filme O Sexto Sentido explica, ao dizer "I see dead people (...)"eles estão por aí agindo como gente normal... não sabem que estão mortos... só vêem o que querem ver." O tanatismo bolsonarista se caracteriza tanto por viver num mundo de sombras, ilusões espectrais e recusa obstinada a se expor a qualquer tipo de luz, quanto pela violência homicida, literal ou simbólica, contra seus objetos de ódio. Enquanto milícias reais assassinam antigos comparsas e adversários, milícias digitais se lançam como hordas de necrômatos ensandecidos contra todos os alvos apontados pelos necromantes. Não basta louvar torturadores e assassinos covardes e fingir que não veem a família Bolsonaro como corrupta e homicida, é preciso ir além! Copiar literalmente a mesma política que está resultando praticamente no genocídio pandêmico italiano, agir pelo colapso do sistema de saúde, que por sinal sempre foi alvo da orgia de destruição do neoliberalismo assassino. É preciso espalhar deliberadamente o vírus em manifestações e aglomerações, contando com o fato do gabinete presidencial ser possivelmente a maior concentração de infectados do país. É preciso zombar dos mortos, desprezar os idosos, sacrificar cidadãos no altar do Deus Mercado, pois as pessoas podem morrer, mas a economia não pode parar, e economia, nesses cérebros necrosados, é apenas o meio pelo qual vampiros financeiros e ghouls elitistas se alimentam do sangue e carne dos vivos. Até mesmo os atos sistemáticos de isolamento e autodestruição política em todos os níveis não podem ser entendidos sem esse impulso tanático irresistível, com pronunciamentos suicidas, declarações tétricas, provocações macabras que vão desde colocar infectados em campos de concentração até rotular com fitas escarlates seus adversários ideológicos para que morram por meio de um "isolamento social" que subverte por completo o conceito sanitário original. Colocar no ministério da saúde alguém que além de propositadamente tratar vidas como meros ativos ou passivos financeiros, e recusa investimentos em saúde por não serem rentáveis, até faz questão de se apresentar em semblante cadavérico que só pode ser uma zombaria lúgubre intencional. Agora, ao romper com um ministro canalha que ao menos tem intacta sua pulsão vital, quer colocar em seu lugar um apadrinhado que está implorando para não ir, totalmente ciente de que tornaria flagrante demais o objetivo de garantir que a quadrilha miliciana assassina permaneça impune. Mas esse pobre diabo parece não saber que é exatamente esse o objetivo! A auto destruição, a auto imolação pública num processo irreversível que deixe absolutamente claro que ele não quer nada além de morrer em todos os sentidos possíveis. Ou pior! De já estar morto e tentar tragar o máximo de incautos possíveis para o seu hades moral. Bolsonaros e seus seguidores são o exemplo perfeito de necropolíticos e necromilitantes. Tudo o que tem para oferecer é destruição e morte, mas jazendo no limbo cognitivo, num umbral moral, são mesmo capazes de tomar trevas como proteção, fungindo de qualquer luz débil que os queima. Não é sequer correto dizer que são cognitivamente suicidas, porque para qualquer efeito mental prático, já estão mortos há muito tempo, vagando nas Tevas Exteriores à qualquer sensatez.
Novo Grande Debate na CNN
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Heleno Papadopoulos
21 de Abril NINGUÉM ENTENDEU O BOLSONARO: ele é GARGANTA, FALASTRÃO, mas é só isso. Ele está NEGOCIANDO CARGOS COM O CENTRÃO, DANDO TUDO, dando muito mesmo, para o centrão. Mas para o gado ele é GARGANTA: vai em manifestação e diz que "não vai negociar nada". É só pose! Sempre foi! Desde quando era dondoca do quartel no Rio. Falou falou falou que ia fazer isso e aquilo no quartel... na hora do julgamento, DEU PRA TRÁS. ELE SEMPRE FOI ASSIM. Essa é a índole dele: gritalhar, gargantuar, ser falastrão, e depois DAR PRA TRÁS. Sempre deu pra trás. Entendam isso: ele não quer uma ditadura porque sempre foi bem sucedido numa democracia SENDO FALASTRÃO. Enganando gados desde os anos 80. Ele é bem semelhante a um pastor televangelista: fala mas não consegue fazer nada, fala mas não consegue curar ninguém. Vocês ACHAM que o Bolsonaro quer realmente uma ditadura? E ele vai governar sem ter NINGUÉM PRA CULPAR PELA PRÓPRIA INCOMPETÊNCIA? É necessário entender que o Bolsonaro fez de uma característica de sua personalidade sua principal força política: a covardia que lhe é natural. Reparem que ele, no papel, segue as recomendações da OMS! Só fala, só gargantua, pro gado, que não, e faz essas performances teatrais estilo Jânio Quadros, de ir na padaria comer sonho... mas e no papel? Ele não fez nada efetivo contra o isolamento. O Bolsonaro sempre foi um vendedor de ilusões. Parem de cair nas besteiras que esse cara fala, observem as condições reais da política brasileira. Ele insufla o gado, fomenta violência pontual, mas na prática tudo que ele conseguiu aprovar de ruim foi por conivência do congresso. O congresso não é oposição a ele, isso é só discurso pra agradar a boiada. |
Enfim, alguém que sabe do que está falando.
"Pau Sagrado" tem que parar com essa palhaçada de ambientar seus filmes na ridícula data de "Present Day". É bizarro ver filmes da década de 70 que fazem um flashback pra épocas anteriores, e depois voltam para o seu "Present Day" de meio século atrás.
Qual é a ideia? Fingir que os filmes estão na eternidade? Torná-los obsoletos? Por uma data de validade? Ficar obrigando o espectador a ir procurar em que raio de ano o filme foi feito?
Quem tenha estudado minimamente o assunto e diga ter fundamento para afimar que o Isolamento Social irá causar uma crise econômica mais letal que a pandemia, está pura e simplesmente mentindo! NÃO HÁ BASE PARA ESSA AFIRMAÇÃO!
Enquanto há estimativas explíctas do número de mortos causados pelas diversas pandemias ao longo da história, que vão de um a mais de 50 milhões, não há qualquer estudo claro que ateste que crises econômicas causem mortalidade minimamente comparável, PELO CONTRÁRIO!
Em diversos estudos, desde a a crise da Grande Depressão de 1929 até o estouro da bolha de 2008, o que costuma se verificar é uma redução na mortalidade geral, pelo fato evidente de passar a haver menos acidentes de trabalho, de trânsito, menos latrocínios devido a permanência maior de pessoas em suas residências, e outros fatores que sequer são bem compreendidos. Mas o fato é que há vários estudos em países desenvolvidos atestando isso. Digite "mortality rate recession" no Google e veja por si.
Há aumento em segmentos específicos, como suicídios e doenças resultantes de estresse que afetam exclusivamente os que perdem emprego e renda, mas no âmbito geral o resultado é um decréscimo de mortes prematuras, e isso tem sido observado desde o início do século.
Com relação à crises econômicas resultantes de pandemais, há poucos estudos, mas o fato é que o isolamento social por si já preserva vidas. Já temos reduções drásticas nos níveis de acidentes de trânsito, contaminação de outras doenças além do COVID-19, e criminalidade.
Algumas pessoas poderão objetar com base em um estudo sobre a recente crise econômica brasileira cobrindo o período de 2012-2017, que é praticamente a única coisa que aparece em sites de notícias quando se pesquisa o assunto em português. Mas quem se der ao trabalho de checar a fonte original da pesquisa, notará que esse mesmo estudo (link nos comentários) afirma claramente que no geral ocorre o contrário, e é explícito em declarar que o grosso do acréscimo se deu justo em regiões com baixa presença de proteção pública, como SUS ou Bolsa Família, recomendando justamente fortalecer esses programas e criticando medidas de austeridade. Antes da pandemia, o estudo seria facilmente acusado de "esquerdismo". De qualquer modo, o número de mortes excedentes que ele fornece, 31 mil divididos em 5 anos, é proporcionalmente bem menor que o ainda subnotificado saldo de mortos diretos causados pelo COVID-19 em apenas dois meses.
O fato é que não há qualquer motivo para afirmar que a crise econômica resultante das medidas de prevenção contra a pandemia cause mais mortes que própria doença em si. Pelo contrário, tudo indica que subestimar o perigo resultará não só em mais mortes pela doença como numa crise também pior.
O discurso que acusa um injustificado "pânico sanitário" enquanto desavergonhadamente apregoa um "apocalipse econômico" ainda mais mortífero é mais uma das incorrigíveis manias de se crer no que se quer, por ignorância, ou pior, mentira deliberada.
Acreditar na grande mídia ocidental ao falar da RPDC (República Popular Democrática da Coréia), vulgo Coréia do Norte, é acreditar na mesma midia que levou a sério a trollagem do Não Salvo de que a RPDC ganhou a Copa de 2014, que declarou várias vezes a morte de personalidades do país que "ressuscitam" no dia sequinte, e que nunca se deu ao trabalho de se informar que Kim Jong-un NÃO É o chefe executivo do país.
Portanto, levar a sério a CNN quando esta diz que ouviu falar de uma fonte anônima que o Supremo Comandante das Forças Armadas da RPDC estaria em estado grave após uma cirurgia do coração, ou mesmo que já tenha morrido, quando nem sequer a própria Casa Branca confirma essa informação, e mesmo o Governo Chinês e até a mídia sul coreana duvidam, é muita vontade de querer ser feito de otário.
Mas isso é irrelevante. Poderia até ser verdade, pois o que importa aqui não é a falta de fundamento dessa informação, muito bem estabelecida no texto do Centro de Estudos da Política Songun, o que mais chama atenção é o entusiasmo com que os crentes no delirante ficcionismo ocidental sobre a RPDC já estão dizendo, empolgados com uma iminente "queda do regime", ou fingindo preocupações de que um "novo ditador" implante uma política ainda mais "opressora e genocida".
Se Kim Jong-un de fato falecesse, seria uma oportunidade ótima para demonstrar, pela infinitéssima vez, a absoluta ignorância sobre a realidade do país. (Não que isso faria qualquer diferença.)
Quem se atém ao "mínimo que você precisa saber para não ser um olavete", poderá responder com tranquilidade a pergunta de que mudanças ocorreriam na RPDC num eventual e prematuro falecimento do Marechal, e a resposta é: NENHUMA!
Não haveria qualquer alteração no regime, nenhum "novo rumo", nem qualquer "liberalização". E tudo isso porque Kim Jong-un NÃO É O GOVERNANTE DE FATO DA RPDC!
Os títulos de Supremo Comandante, Líder do Partido dos Trabalhadores, Líder da Comissão de Defesa Nacional da RPDC, e outros, são em parte honorários, pois o que ele é de fato é mais próximo ao papel de um Presidente ou Monarca num república Parlamentarista. Enquanto as funções executivas são atualmente exercidas por Choe Ryong-hae, o equivalente a um Primeiro Ministro eleito por um parlamento democraticamente eleito, Kim Jong-un tem função predominante de representação, defesa, e sobretudo papel de ídolo simbólico e espiritual da nação, tal qual o Imperador Naruhito tem no Japão enquanto o Primeiro Ministro Japonês é Shinzo Abe.
Dá até pra dar um desconto pra brasileiros e norte americanos, que vivam embriagados num modelo presidencialista, mas quem tem alguma noção de parlamentarismo não tem o direito de ignorar essa obviedade.
Há, porém, uma diferença crucial relativa a RPDC. É que como o país está, até hoje, oficialmente em guerra, única situação onde o cargo de Marechal é possível, então Kim Jong-un, como comandante supremo das forças militares e encarregado da defesa do país, assume funções um tanto mais atuantes e decisivas do que costuma fazer um presidente ou monarca de um regime parlamentarista em tempos de paz.
E só isso impede que seja totalmente equivalente a um Rei Filipe VI da Espanha ou o Presidente Emmanuel Macron da França, que por sinal tem o poder de nomear o Primeiro Ministro.
O fato é que o Marcehal Kim Jong-un NÃO É UM "DITADOR", como seria Bolsonaro nos sonhos deliranes de bolsominions que querem vê-lo fechar o Congresso e o STF. Não é sequer um chefe executivo de fato ou de direito. Se ele falecesse, talvez sua irmã Kim Yo-Jong assumisse provisoriamente algumas funções, mas o mais provável é que seria colocado outro militar no papel de Marechal.
Uma coisa, porém, é certa: não haveria qualquer alteração sgnificativa na política interna ou externa, pois a RPDC não é obra de "um ditador", mas uma longa construção social baseada sobretudo numa tradição que lida há mais de um século com a ameaça de invasores e o trauma da ocupação militar japonesa e da guerra genocida promovida pela EUA.
É um regime forjado no fogo do conflito e fundamentado pela Ideologia Juche, que, captura a essência de milenares tradições, e as consolida num modelo sócio econômico suficientemente forte para desafiar há quase um século o maior e mais invasivo império que já existiu.
O deplorável encontro de Bolsonaro e seus minions em frente ao Quartel General de Brasília no dia 19/04 é difícil de ser exagerado em termos de constrangimento. Em largos cartazes e palavras de ordem, pedia-se "Intervenção Militar", AI5, fechamento do Congresso e do STF, mas... mantendo Jair como presidente civil!
Sim! É isso mesmo! Estão pedindo um golpe militar que mantenha o presidente civil!
Como se a junta militar que assumisse, COMPOSTA POR GENERAIS! Fosse aceitar ser comandada por um civil, ou pior, por um Capitão da Reserva! Na verdade, nem o Mourão poderia ser o chefe executivo!
Essa festival de patifes retardados, "patriotas" que hasteiam bandeira de Israel, estavam ansiosos para ouvir o discurso de seu ídolo, aos gritos de "mito". E após algum tempo, ele o fez, um discurso absolutamente genérico que, como sempre, soou como em dias menos inspirados de campanha, sem qualquer conteúdo objetivo, e o mais interessante, sem reverberar em absolutamente nada os pedidos da corja que implorava por uma nova ditadura.
Jair pode ter graves limitações cognitivas, mas ainda é muito menos burro que as aberrações que o idolatram. Sabe que está passando de todos os limites ao já acumular ao menos uns 10 crimes de responsabilidade, cada um deles mais que suficiente para justificar um pedido de impeachment. O que só não é feito por pura falta de tempo.
Tão vexaminoso quanto passar horas gritanto palavras de ordem que são sumariamente ignoradas pelo seu próprio ídolo, talvez tenha sido o fato de que Bolsonaro não conseguiu discursar por muito tempo. Começou a tossir, cada vez mais, até que desistiu de continuar, encerrando precipitadamente uma fala que já não estava nada inspirada. Aliás, ao menos desde o episódio Mandetta o presidente demonstra um cansaço e abatimento dignos de pena.
Mas deve ser só uma gripezinha.
Quando a perversidade, a imbecilidade e a arrogância disputam a supremacia dentro de um movimento, considerá-lo como loucura é ser, além de mais correto, benevolente.
Bolsonarismo é doença mental!
Lista de países na ordem de "mortes por COVID-19 / Milhão de habitantes", o que dá uma ideia melhor da gravidade da epidemia inclusive destacando países que tem sido menos comentados. (Exclui países com população menor que 1 milhão.) Estiquei a lista até 35 basicamente para incluir o Brasil, que está longe de ser um caso grave.
Vale lembrar que dois no Top 10 foram citados por negacionistas como "bons exemplos" de não uso de medidas de isolamento social. Os dados são do Worldometer. (Link nos comentários.)
Fala-se muito dos EUA como epicentro, mas se pensarmos tanto em termos de área quanto de população, o verdadeiro epicentro continua sendo a Europa. Visto que os EUA tem mais poulação que todos os demais países do Top 10 juntos. Com certeza os EUA terão enormes prejuízos, mas tudo indica que a União Européia não ficará para trás.
01 - Bélgica 471
02 - Espanha 441
03 - Itália 384
04 - França 296
05 - Reino Unido 228
06 - Holanda 210
07 - Suíça 158
08 - Suécia 150
09 - EUA 118
10 - Irlanda 116
11 - Portugal 67
12 - Irã 60
13 - Dinamarca 60
14 - Alemanha 54
15 - Áustria 49
16 - Canadá 39
17 - Eslovênia 34
18 - Noruega 30
19 - Estônia 29
20 - Panamá 28
21 - Equador 26
22 - Macedônia do Norte 24
23 - Turquia 22
24 - Romênia 22
25 - República Dominicana 20
26 - Israel 19
27 - Hungria 18
28 - República Tchéca 17
29 - Finlândia 16
30 - Moldávia 14
31 - Bosnia e Herzegovina 14
32 - Sérvia 13
33 - Lituânia 12
34 - Brasil 11
35 - Peru 11
Evidentemente, devido a suas populações colossais, China e Índia ficam no fundo da lista, com respectivamente 3 e 0.4 mortes por milhão de habitantes. Esta última tem um total de 541 mortes, e ainda assim, está com medidas de lockdown muito mais rígidas que as brasileiras.
A polêmica da cloroquina atingiu tal escala de disseminação e insanidade que a gente até esquece de coisas óbvias que se lembradas deveriam, para mentes minimamente sensatas, até encerrar o assunto.
Talvez por não se atrever a comparar a COVID-19 como uma "gripezinha", quem não prescindiu da racionalidade até demora a se dar conta de que não existe sequer cura para qualquer tipo de gripe. Você pega a infecção e tem que aguentar até ela acabar! Com exceção daquele da sua tia avó que mora na roça e tem uma mandinga milagrosa que resolve tudo, não existe qualquer medicamento que você tome é, VOILÀ, está curado!
Quando se vai pro hospital com pneumonia, não existe essa de tomar um remédio tal e encerrar o assunto. São inúmeros medicamentos a serem experimentados para ver a qual o paciente reage melhor. E as vezes nenhum dá certo. (Como foi o caso do meu pai, por sinal, que faleceu por pneumonia fúngica.)
Não existe UM medicamento usado para "matar o HIV" dentro do corpo humano (do lado de fora até sabão mata), nem uma droga específica que "cura" a dengue, ou um remédio qualquer que monopoliza o tratamento da Febre Amarela. Assim como a quase totalidade das demais doenças, o tratamento demanda mais de um, por vezes um "coquetel", de medicamentos distintos que vão desde analgésicos, antiinflamatórios antibióticos etc, para um procedimento delongado, não raro doloroso, e sempre sujeito ao fracasso.
Diante de uma realidade óbvia dessas, é verdadeiramente grotesco tanta gente, acreditar que é uma droga específica qualquer que vai "matar" o coronavírus e "curar" o COVID-19, e ter o descaramento de sair dando "opinião" sobre o assunto e criticando instituições e profissionais que estão lidando diretamente com isso no mundo inteiro, chegando ao ponto de acusá-los e atitudes criminosas por não estarem endossando o delírio do sociopata que ocupa a presidência.
Este talvez seja o assunto mais importante já abordado no meu canal. Todos os grandes problemas das ideologias podem ser rastreados a esse denominador comum, a forte tentação de dividir a realidade de uma forma maniqueista radical, que tem se manifestado abertamente na sociedade. O que é, por que ocorre, e por que o Maniqueísmo é a pior degeneração ideológica possível? Como evitar a tentação de tornar o anti-maniqueísmo outra forma de maniqueísmo?
Aparentemente, essa é a primeira vez que um novo ministro do Governo Bolsonaro não é claramente pior que o anterior. Aliás, tudo indica que deve ser melhor.
Mandetta, apesar de estar prudentemente seguindo as recomendações médicas mais sensatas, de fato estava apresentando uma postura excessivamente política e, é forçoso admitir que Bolsonaro tinha razão nesse ponto, com claro estrelismo sim. Seguramente procurará capitalizar isso em sua carreira pessoal.
Não que isso mude o fato de ser incomensuravelmente mais lúcido do que qualquer bolsonarista jamais poderia sonhar em ser, mas é fato que suas ações cautelosas e pautadas no bom senso, por mais louváveis que fossem, estavam sendo usadas como credenciais para uma batalha política que independente de ser justa ou não é preferível ser evitada.
De qualquer modo, para alívio de alguns e decepção de outros, o fato é que provavelmente daqui pra frente não "vai nem racha". Não haverá mudança significativa além das flexibilizações moderadas que Mandetta já estava encaminhando. Até porque qualquer ser pensante sabe que uma postura estilo Osmar deitaria por "Terra" o próprio governo. Se decidisse bater de frente contra o isolamento social, Bolsonaro teria a quase totalidade do judiciário, do legislativo, do executivo dos estados e a imensa maioria da população contra si. Afora todo o resto. Uma batalha perdida que só agradaria quiliastas alucinados, com o perdão da redundância.
Agora é torcer pra que Bolsonaro demore um pouco mais antes de se indispor com seu novo ministro e criar mais uma leva de novos adversários, para ver se temos tempo de amenizar a situação.
Amanhã já registraremos mais de 2.000 mortes, e tudo indica que a previsão da ABIN de mais de 5.500 será atingida e provavelmente ultrapassada.
Muitos tem injustamente descrito Jair Bolsonaro como um psicopata, uma afirmação efetivamente errônea que só pode ser compreendida pela confusão entre psicopatia e sociopatia. Deste último caso sim, Bolsonaro apresenta vários sintomas, do primeiro não.
Embora haja algumas controvérsias, a diferença pode ser atestada pelas próprias palavras.
A psicopatia é uma deficiência de conexão psíquica com as outras pessoas. Uma incapacidade de emular seus estados mentais, literalmente, falta de empatia, de se espelhar na mente do outro. Isso se traduz normalmente em baixíssima, ou mesmo total ausência, de capacidade de reconhecer o sofrimento e os interesses alheios, tratando as pessoas de forma puramente 'objetiva', no mal sentido, isto é, como objetos. Não significa necessariamente cometer atos nocivos graves, aliás a maioria dos psicopatas não comete, pois essa falta de empatia pode ser compensada por outras aptidões. Mas dificilmente desenvolverá qualquer tipo de conexão emocional profunda com quem quer que seja.
A sociopatia, por outro lado, é uma deficiência de conexão social. Dificuldade ou Incapacidade de desenvolver bons relacionamentos, de modo que diferente da psicopatia, que pode ocultar suas condições e passar desapercebida, a sociopatia é bem mais evidente, demonstrando sua condição justamente pela precariedade de seus relacionamentos pessoais.
É completamente óbvio que Bolsonaro estaria mais para esse segundo tipo. E também porque diferente do que o conceito de psicopatia sugere, ele parece sim perfeitamente capaz de se conectar psiquicamente com outras pessoas, não com todas, claro, como aliás a maioria de nós, mas de certo ele se solidariza com vários segmentos da sociedade e até mesmo os representa de forma genuina que mesmo seus inimigos não costumam questionar.
De certo que as duas condições podem se dar ao mesmo tempo, mas não raro a sociopatia se dá também pelo motivo oposto ao da psicopatia, por excesso de sintonia, resultando em hiper ativação empática que faz o sociopata reagir de um modo desproporcional a sua real situação, como se ele próprio estivesse em contexto que apenas vislumbrou, e que por sinal pode ser até mesmo imaginário. Daí as reações descabidas.
Afinal, estamos falando de alguém que sempre viveu espantosamente "isolado", sendo praticamente expulso do exército em grande parte por ter exercido na caserna papel similar aos dos mais radicais ativistas sindicais. ("Um mal militar" segundo Ernesto Geisel, o mais popular dos generais da ditadura.) Aliás, qualquer cooporativista que se preze deve alguma admiração à Bolsonaro pela dedicação que ele apresenta na defesa do interesse de sua categoria profissional. Porém, o fazendo justo por atitudes extremas de quem reage a certas injustiças cometidas a ele ou outrem de modo desproporcional.
Ingressou então na vida política, onde está há mais de três décadas, mas sem conseguir qualquer real força devido a sua incapacidade de formar alianças e angariar seguidores. Não a toa seu núcleo base é sua própria família, que compensa sua inaptidão social direta, inaptidão essa que explica sua incrível falta de "produtividade" parlamentar enquanto aprovação de leis e participação de comissões.
E fenômeno que foi construído em torno dele, que já analisei em 19 de Setembro de 2018, se deu tão à sua revelia quanto o que foi construído em torno de Chuck Norris, começando como pura trollagem, e depois evoluiu para algo mais sério. Daí, vieram os oportunistas, aos quais Bolsonaro, dado a seu quadro sociopático, tem terrível dificuldade de se relacionar.
O fato de, um a um, seus apoiadores terem se tornado opositores quando não francos inimigos, é resultado direto disso. Pela primeira vez na história deste país, um presidente foi praticamente expulso de seu próprio partido, sendo chamado de 'vagabundo' pelas lideranças, e se tornou um autêntico pária internacional, não despertando qualquer reação positiva em outros países.
O próprio "bolsominion", que entendo como o apoiador absolutamente fiel e intransigente do seu mito, só é possível enquanto distante, protegido das falhas humanas do homem real, e justificando as falhas do homem público não importam quais sejam. Essa mitomania está desconectada de qualquer realidade prática, o que é expresso na disposição prévia em continuar a apoiá-lo independente do que venha a ocorrer no futuro, como expliquei em 19 de Novembro de 2019.
Aliás, é justo isso que afirma a sociopatia ao menos aparente do atual Presidente. A capacidade de sintonizar-se com a psique profunda de um vasto segmento eleitoral, dando-lhe uma vazão concreta descabida e ensandencida, que se por um lado destrói progressivamente suas reais conexões sociais, por outro reforça sua imagem simbólica distanciada. Um psicopata necessitaria de esforço e talento para simular isso, Bolsonaro o faz espontaneamente.
Não acredito de forma alguma que ele seja hipócrita ou manipulador, se isso ocorre, não é por ele, mas por um de seus próximos, que este sim, se beneficiaria de psicopatia para melhor manipulá-lo.
Ser bolsominion é: encher a boca para acusar de "ditadura" regimes de viés ideológico que não aprovam, ao mesmo tempo que louvam a Ditadura de 64 a 85, e que querem que seu mito feche o Congresso e o STF.
Ser bolsominion é:
Se revoltar contra alguém que não revela que medicamento foi usado em seu tratamento contra coronavírus;
Não se importar quando o Presidente esconde o resultado de seu teste de coronavírus.
Existem 4 líderes mundiais que tem menosprezado ou negado a realidade da pandemia de coronavírus, em ordem alfabética: Aleksandr Lukashenko, Daniel Ortega, Gurbanguly Berdimuhamedow e Jair Bolsonaro.
Lukashenko e Berdimuhamedow são presidentes de dois países que já integraram a União Soviética: Bielorrússia e Turcomenistão. Ortega, da Nicarágua, é da Frente Sandinista de Libertação Nacional. E apesar de todos terem sido eleitos por voto popular direto com maiorias esmagadoras, (mais de 70%), o simples fato de serem chamados de ditadores pela totalidade do establishment midiático ocidental atesta que se opõem largamente aos interesses de Washington. "Comunistas", na cabeça de todo bom coxinha.
Ortega participou de luta armada incessante contra os governos nicaraguenses títeres dos EUA, merecendo então o rótulo de "terrorista" na cabeça de qualquer anticomunista que se preze. Por sinal, tem estado sumido, com boatos de ter contraído o Coronavírus.
Lukashenko, que recomendou vodka contra a COVID-19, foi o único deputado do país que votou contra a separação da URSS, e com seu viés anti ocidental, é considerado por muitos como um herói da recuperação econômica causada pela adoção do capitalismo, reinstituindo algumas das características econômicas do socialismo.
Berdimuhamedow parece mais alinhado à oligarquias, mas seu governo fornece gás, água e eletricidade de forma totalmente gratuita à população. Não é surpresa que seja considerado por observadores liberais como um tirano totalitário de um dos países mais corruptos do mundo. Logo, qualquer bolsomínion tem obrigação de considerá-lo comunista.
No mundo dos cachorrinhos de imolação dos EUA e Israel, Bolsonaro está sozinho. Mas num mundo mais amplo, está "bem" acompanhado.
Ser bolsominion é:
- Dizer que o Brasil não pode parar;
- Fazer uma manifestação para parar São Paulo, que se já não está parada, tem mais é que parar mesmo.
Em cima, temos um vídeo onde o Dr. Marcelo Eduardo Bigal, cujas credenciais médicas podem ser facilmente confirmadas na internet, se expondo e assumindo as informações que passa, mostrando dados de órgãos responsáveis que podem ser imediatamente conferidos, e argumentando com clareza sobre por que não podemos confiar nas estatísticas dadas pelo governo, comentando de forma técnica e objetiva sobre a cloroquina, e advertindo contra o perigo da tentativa de suspender o isolamento horizontal.
Em baixo temos outro vídeo onde a auto declarada jornalista Regina Villela, sem qualquer credencial facilmente verificável, falando sobre "vírus chinês", compartilha um áudio de WhatsApp ANÔNIMO de um suposto médico responsável por um hospital de referência GARANTINDO que não há perigo algum e que todos devemos voltar a trabalhar porque Bolsonaro está "coberto de razão", falando um monte de palavrões e mentindo descaradamente. O próprio hospital Ronaldo Gazolla já desmentiu a fraude, a voz do áudio permanece desconhecida, e a jornalista nem se deu ao trabalho de falar que é do PSL e já disputou eleições.
Por algum motivo, esses dois vídeos me apareceram na sequência, como mostra o print, e dão um excelente exemplo da diferença entre a sanidade de pessoas normais e a sociopatia calhorda do bolsonarismo.
Enfim, uma notícia REALMENTE BOA, que apesar de ainda não totalmente confirmada, apresenta evidências acachapantes. É altamente provável que a vacina BCG contra tuberculose, aquela que marca nossos braços, aumente muito a resistência contra o coronavírus. E a melhor explicação para a disparidade da gravidade da pandemia entre países vizinhos.
O mapa é claro, onde em AMARELO temos os paises com vacinação BCG obrigatória e universal, como o Brasil, onde a epidemia de coronavírus tem se mostrado menos agressiva. Em ROXO os países com vacinação não obrigatória, suspensa há muito tempo ou recentemente implantada, como Espanha, França e Inglaterra, e em LARANJA os que nunca tiveram um programa pública de vacinação, como a Itália e EUA!
O único caso dissonante é o do Irã, mas ele só começou a aplicar a vacina em 1984, enquanto a maioria dos paises em amarelo começou antes. Mais informações no link nos comentários.
Se isso se confirmar, e me parece difícil que não seja o caso, então já temos uma possibilidade muitíssimo mais promissora que a cloroquina, e que por acaso vai ajudar a afundar muito a combater o nefasto movimento anti-vacina.
Ainda assim, não significa que o problema está resolvido. Já temos mais de mil mortes no Brasil, e será um milagre se não tivermos pelo menos mais mil. Resta agora verificar a correlação entre as mortes e a vacinação BCG prévia caso a caso.
E fica, mais uma vez, demonstrado: VIVA O SISTEMA PÚBLICO DE SAÚDE UNIVERSAL! E que patifes defensores do modelo norte americano são tão nefastos quanto os anti vacinistas.
Antes de começar essa confusão toda eu estava prestes a escrever sobre um tema do qual acabei me esquecendo, apenas para vê-lo ser levantado de forma ainda mais relevante do que nunca.
Existe uma afirmação "politica e ideologicamente segura" de ser feita em qualquer grande veículo de comunicação. Do tipo que não importa em absoluto o que esteja acontecendo, você pode enunciá-la mesmo contradizendo frontalmente os fatos, que o consenso grande midiático irá aclamá-la, ou na pior das hipóteses, ninguém ousará questioná-la:
"As Mulheres São as Mais Prejudicadas."
Não tem erro! Não importa que o coronavírus tenha matado cerca de 60% homens mesmo que mulheres sejam de 2/3 a 3/4 da população mais idosa. A ONU Mulheres, o Intercept, o Washington Post, o PSOL, o The Guardian, o Fórum Econômico Mundial e por aí afora, não hesitam em dizer que a maiores vítimas são as mulheres, fazendo pouco caso das vítimas mascuinas e deslocando o foco das vítimas diretas para as indiretas.
Esse mesmo desvio de foco, porém, jamais é lembrado no sentido contrário. O familiares homens de vítimas femininas diretas, do que quer que seja, jamais são lembrados, tão pouco os profissionais predominantemente masculinos que precisam se sacrificar mais, como policiais, bombeiros ou militares em operações de resgate, salvamento, ou mesmo contenção de criminosos que vitimem mulheres.
Em grandes tragédias é comum que mesmo sendo mais ágeis, mais rápidos e mais fortes, homens morram mais que mulheres justamente por serem 99% dos que se arriscam para salvar outras pessoas, bem como o mesmo tanto dos responsáveis por remediar os estragos. Mas ninguém jamais pensou em dizer que os homens foram as maioes vítimas do incêndio da Boate Kiss, do resgate de corpos mutilados do Vôo 1907 ou do naufrágio do Titanic.
A morte de mulheres é uma tragédia por si só, mas a de homens só o é se ele deixar mulher e filhos. Por isso Hillary Clinton não teve receio de dizer que as mulheres são as mais prejudicadas numa guerra, mas ninguém jamais pensou em dizer que homens são os mais prejudicados pelo fato de mulheres morrerem por câncer de mama, ginocídios ou abortos clandestinos.
E sendo sincero, eu não me incomodaria com isso não fosse o fato de sempre vir das mesmas pessoas que vivem afirmando que mulheres são tão ou mais fortes, capazes e resilientes quanto homens, celebrando incessantemente a força e a grandeza femininas e movendo campanhas de destruição contra qualquer um que faça uma piada a respeito, e ao mesmo tempo, não conseguem mais separar a palavra 'masculinidade' de 'tóxica', celebram infinitamente campanhas de repúdio e ridicularização de homens, e que ante a mais débil e tardia reclamação, falam em "frágil ego masculino."
Não dá mais pra negar, o Coronavírus em cerca de um mês já matou 100 mil pessoas, e ao longo de um ano dificilmente matará menos de um milhão, com forte chance de só perder para a Gripe erroneamente chamada de "Espanhola".
Mas tem que parar com essa bobagem de dar-lhe uma aura apocalíptica com bobagens do tipo a "mamãe-natureza" querendo se livrar da gente. Se a Deusa, o papai-tempo ou os reptilianos quisessem mesmo se livrar de nós, teriam que fazer muito melhor que isso.
Um vírus, para ter chance de ameaçar a humanidade, teria que ter obrigatoriamente ao menos as seguintes caraterísticas:
- Transmissão aérea de longa distância, sendo capaz de sobreviver exposto ao ar por várias horas, tal qual as mais voláteis gripes;
- Extrema capacidade de contágio, sendo capaz de infectar a imensa maioria das pessoas;
- Longo período de incubação, para que dê tempo das pessoas espalharem muito a doença antes que ela possa ser detectada;
- E o ponto mais ardiloso, teria que ter altíssima letalidade, bem mais que 50%, MAS TAMBÉM NÃO PODE SER TOTAL, nem perto de total!
Caso contrário, os infectados seriam considerados casos perdidos e em pouco tempo deixaria-se de tentar salvá-los, se concentrando em conter a epidemia. Uma doença de letalidade absoluta fatalmente levaria a isolamentos genocidas e até extermínio dos infectados à longa distancia, minando a sua capacidade de espalhamento. É justamente a possibilidade real de salvar os infectados que faria a humanidade dispender esforços exaustivos em tratamento mesmo com altíssimo risco, aumentando assim o contágio e usando a esperança contra nós.
Por isso que algo do tipo que se vê num flme como "28 Days Later" seria na verdade uma epidemia incapaz de exterminar a maioria da humanidade, pois com 13 segundos de incubação e total irreversibilidade, teríamos a doença mais fácil e barata de diagnosticar em todos os tempos, pois ou a pessoa é um monstro assassino babando sangue com olhos vermelhos arregalados e completamente descontolada, ou não está infectada. Uma epidemia assim não exigiria nada mais que fuzis para ser controlada. Até o Bolsonaro conseguiria!
No mundo real, uma doença com as características supracitadas já teria infectado uma quantidade de pessoas suficiente para ser impossível de conter antes que seus sintomas começassem a aparecer, mataria muito mais gente do que seria possível salvar e os poucos que escapassem teriam que se isolar em fortalezas invioláveis ou santuários inatingíveis. Algo mais aos estilo "Os 12 Macacos".
Jamais existiu algo assim, e ao menos por meios naturais, provavelmente nem existirá, pois isso demandaria um super microorganismo tão implausível quanto pessoas com super poderes ou pokemons.
Se algo do tipo um dia vier a existir, aí sim, Teoria Conspiratória seria a melhor explicação.
Ser bolsominion é...
Ser bolsominion é...
(Obs: pensem também em eutanásia.)
Uriel Araújo
9 de Abril Bolsonarista católico padrão em 2018: "Como assim, Pedro? Você não vai votar no Bolsonaro, mesmo ele sendo contra a legalização do aborto, só porque ele é anti-pobre, anti-amparo ao trabalhador e não tem a menor noção de justiça social? Cara, deixa de ser materialista! A vida SEMPRE vem em primeiro lugar! Deixa de ficar dando foco em economia! O que você está fazendo é pensar como um socialista." Bolsonarista católico padrão em 2020: "Como assim, Pedro? Você está defendendo essa quarentena radical inventada pela mídia? Cara, o corona vai matar algumas pessoas mesmo, não tem jeito, e, assim, a maior parte já é velho mesmo e com doença pré-existente. Agora, não seja burro: a economia importa TANTO quanto o combate à doença. Desemprego e falta de oportunidades para o trabalhador também matam. O que você está fazendo é pensar como um socialista." (do perfil do Pedro Ribeiro) |
Um pedido de desculpas, e uma explicação de uma revelação.
Essa polêmica toda em torno da Hidroxicloroquina se dá principalmente por questões políticas, e é simples de entender.
Dezenas de medicamentos tem sido testados contra o COVID-19, e um simples olhar sobre onde foram desenvolvidos ou estão sendo testados já ajuda a elucidar a questão. Dos mais promissores, a Azitromicina foi desenvolvida na Croácia, Favipiravir e Ivermectina no Japão, e esta última está sendo testada na Austrália.
Saquinavir é da Suíça, Interferon Alpha 2B de Cuba, Cloroquina foi desenvolvida nada mais nada menos que por nazistas (e não, não teve o mesmo uso macabro que o Zyklon-B) e Tan Re Qing não preciso nem dizer de onde é, além de ser controverso por envolver medicina tradicional milenar.
Há vários medicamentos norte americanos, como os utilizados normalmente contra HIV: Indinavir, Ritonavir e Lopinavir, bem como Carfilzomib, que como a família dos Interferon, foi desenvolvido originalmente para Câncer, ou o Remdesivir, desenvolvido contra Ebola.
Mas de todos os medicamentos de origem norte americana, ou cujos testes estejam sendo liderados pelos EUA, o mais promissor tem sido a Hidroxicloroquina, originalmente usado contra Malária, como todos sabem.
Aí entende-se porque tamanha insistência de Trump e seu cachorrinho de imolação Bolsonaro. Pois a Hidroxicloroquina foi desenvolvida, e seus testes estão sendo liderados, pelos EUA.
Então, além de colocar a culpa pelo SARS-Cov-2 na China, ainda querem que a salvação venha por algum laboratório privado norte americano. E o fato de cientistas chineses já terem contestado alguns resultados só aumenta o ensejo de concretizar uma narrativa maniqueísta.
Ser Bolsominion é: ficar empolgado ao saber que a Hidroxicloroquina "mata o coronavírus", como se até álcool gel não fizesse isso. O problema, que as antas não entendem, é "matar" o vírus sem matar o paciente junto!
No episódio de hoje de ATAQUE DOS VERMES MALDITOS, já tivemos Weintraub dizendo que certos governadores estão "se aproveitando" para desgastar a imagem do sociopata que emporcalha o Palácio do Planalto (como se alguém precisasse fazer isso além dele próprio) e B3 garantindo que a "quarentena não passa de abril".
Mas como se não bastasse, a CORJA BOLSONARISTA, incluindo anelídeos grotescos como Bernando P. Kuster, decidiram levantar a bandeira "Bloqueio Comercial Chinês Já!" no Twitter.
Deixa eu repetir, OS SOCIOPATAS DEMENTES ESTÃO PROPONDO QUE O BRASIL CORTE RELAÇÕES COMERCIAIS COM A CHINA!!!
Em seus surtos psicotrópicos pérfidos, juram crer que é a China que depende de nós! E se você jogar na cara desses platelmintos que chineses compraram mais de 28% de tudo o que produzimos, enquanto nós compramos menos de 1% do que eles produzem, sabe o que acontecerá em termos de entendimento? NADA! Se você mostrar que a China é nosso maior parceiro comercial e que nós não estamos nem entre os 10 maiores parceiros dela, sabe o quanto eles ficarãp mais lúcidos? NADA! E se mostrar que essa relação é superavitária para o Brasil e portanto crucial para nossa sobrevivência econômica, sabe o quanto eles ficam menos dementes? Acertou.
Se não tivéssemos um governo com o objetivo deliberado DE DESTRUIR O PAÍS E MATAR O MÁXIMO POSSÍVEL DE BRASILEIROS, ao menos os agitadores dessa psicopatia esquizóide estariam presos! A mílicia que opera criminosamente dentro do Palácio do Planalto não merece outra coisa que paredão de fuzilamento!
Só pra lembrar que nessa ocasião eu já pedia o cancelamento das contas de Facebook e Twitter do calhorda que infecta o Palácio do Planalto. Recentemente, ao menos já começaram a deletar alguns posts. Mas a essa altura seria necessário derrubar as contas dos filhos do patife e do Weintraub.
Pelo CANCELAMENTO das Contas em Rede Sociais do nosso presidente! |
Ser bolsominion é:
- Achar que a economia deve ser protegida mesmo ao custo de milhares de vidas;
- Mas não ver problema em insultar nossa maior parceria comercial da qual nossa economia depende.
CONSERVADORISMO E PANDEMIA
Podemos entender o Conservadorismo como a defesa de instituições culturais que, bem ou mal, funcionaram ao longo da história, gerando alguma ordem e estabilidade social, em especial a família tradicional.
Conservadores tem deixado explícita a defesa de um modelo onde preferencialmente o homem se dedique mais ao trabalho externo e a mulher mais à família, veem com bons olhos as donas de casa, que estão próximas à criação dos filhos, evitando enviá-los para creches ou escola integral, não raro defendendo até mesmo a educação em casa.
Ao menos até que sejam corrompidos por uma das maiores promiscuidade ideológicas já inventadas, como está demonstrado com a pandemia, e o "isolamento social", que apesar dos males, é a oportunidade perfeita para um fortalecimento dos laços familiares.
Pela mentalidade conservadora, é uma chance única de aproximar os membros da família, normalmente afastados do lar, aumentando a convivência entre os pais e os filhos. Uma chance de ouro para os homens que estejam recolhidos em casa procurem fazer aqueles serviços masculinos típicos de manutenção e reforma que muitas vezes as obrigações profissionais impedem, e assumam em tempo integral a proteção da família.
Seria a grande oportunidade para que as mulheres fiquem mais próximas de seus filhos, inclusive assumindo sua educação. O momento ideal de implantar o 'homeschooling', e assumir integralmente funções que costumam ser terceirizadas para creches e babás. E para vigiar o conteúdo do que suas crianças acessam nas mídias.
Momento excelente para pais de família aperfeiçoarem competências que podem minimizar perda de renda e até mesmo serem usadas como nova fonte de renda, inclusive introduzindo seus filhos na atividade, visto que conservadores sempre viram com reservas as restrições ao trabalho infantil.
Para o Conservadorismo mais tradicionalista, até mesmo a ideia do risco à saúde dos idosos seria um motivo para a união da família em torno da pessoa que mais encarna o símbolo de tradição, inclusive, para aqueles que sentem falta da comunidade religiosa, instituir momentos de oração e contemplação familiar.
Em suma, conservadores deveriam estar vendo esse momento quase que como uma intervenção divina que favorece o resgate de valores e tradições há muito abalados pela sociedade de consumo, pela desagregação causada pela exploração econômica e pela ameaça de maus indivíduos, grupos e tendências que percorrem as ruas, as escolas e demais espaços públicos.
Não é a toa que feministas estão preocupadíssimas como o aumento da violência doméstica e fortalecimento do patriarcado!
Mas eis que, pevertidos pela grotesca fusão com o Liberalismo, o que a maioria desses "conservadores" tem feito? SAEM EM DEFESA DA ECONOMIA!
Da mesma economia que destruiu as tradições provocando o êxodo rural para criar filas de desempregados urbanos que mendigam "oportunidades" de ganhar salários miseráveis para enriquecer mega empresários. A mesma economia que promoveu o trabalho feminino tirando as mulheres dos lares e por conseguinte as crianças, mandando-as para creches e períodos cada vez maiores em instituições de ensino sob controle de um Estado no qual jamais confiaram. A mesma economia que os faz se submeter a jornadas de trabalho que inviabilizam por completo a convivência familiar, reduzindo-a a exíguos momentos na frente de programas de TV claramente hostis aos valores tradicionais, e modelos de diversão massificados para o enriquecimento ainda maior de indústrias de entretenimento que são as principais responsáveis pelos ataques à família tradicional.
Sobretudo, submetem-se a pastores criminosos e corruptores que se aliam até mesmo a abortismo e milícias, e a um presidente sociopata que já está destruindo seu terceiro casamento.
Essa excrescência ideológica é o que chamamos Neoconservadorismo! Uma fraude que ao fingir casar duas cosmovisões antagônicas, apenas destrói os valores tradicionais, sacrificando as famílias, as crianças, e agora literalmente os idosos no altar do Deus Mercado.
Finalmente respondo uma difícil e recorrente pergunta a respeito do Governo Bolsonaro, sobre qual é, afinal, o pior de todos os seus ministros. E a mim o vencedor é ABRAHAM WEINTRAUB! Depois de hoje, o único que ainda teria alguma chance de rivalizar com ele, Ernesto Araújo, terá que fazer algo absolutamente antológico para superá-lo.
Pode-se, com muitíssima justiça, apontar Paulo Guedes, mas este ao menos tem alguma competência em executar o plano deliberado de destruição nacional. E a astúcia, mesmo quando usada para o mal, ainda é uma habilidade admirável.
Sérgio Moro pode ser o mais pérfido de todos, mas que não se negue a ele frieza e capacidade de planejar a longo prazo, além de articulação para conseguir parasitar o governo com um plano que provavelmente o revelará como o maior de todos os traidores de Bolsonaro que já existiu.
Ricardo Salles pode ser um criminoso e, segundo uns entendidos por aí, um psicopata. Mas ao menos tem a cautela de não se meter em conflitos desnecessários.
Damares é apenas maluquinha, mas não tem maldade, Pontes é um covarde, mas também sem outros defeitos evidentes, os militares podem ser uns pamonhas mas não deixam de por um freio nas sandices do presidente e Mandetta vem tentando compensar suas desfeitas. E para não nos perdermos numa lista inteira lembremos que Ernesto Araújo ao menos sabe ficar quieto se não provocado.
Mas Weintraub reúne quase tudo de ruim dos anteriores com o agravante de ser um absoluto incompetente em qualquer critério técnico concebível. É muito difícil apontar virtudes nele, pois nem graça consegue fazer sendo incapaz até mesmo de manejar os elementos básicos da ironia. Além de nada fazer do que deveria, faz o que não devia, se mete onde não é chamado e é incapaz até mesmo de compreender uma regularidade óbvia num gibi da turma da Mônica que qualquer criança sempre percebeu (que o Cebolinha não troca o 'r' pelo 'l' quando este está ao final da palavra).
Se tivéssemos outra coisa que não um governo insano, Weintraub seria sumariamene demitido, merecendo até ser preso, por colocar em risco a segurança do país num dos mais delicados momentos de sua história, já não bastante o "bananinha" que ao menos tem a desculpa de não estar em qualquer cargo executivo.
A China bem que poderia dar agora um ultimato e exigir a demissão desse irresponsável (e do Ernesto também). O corte de relações comerciais e diplomáticas com o Brasil de certo lhe traria problemas, mas nem de longe tão catastróficos quanto seriam para nós.
Mas não há qualquer esperança de lucidez nesse governo.
Ser bolsoninion é: estar entre os 33% que consideram o desempenho do "Mito" ótimo/bom.
Ser ÜBER Bolsominion é: fazer parte dos 9% que estão tanto no caso acima quanto nos 78% que consideram o desempenho do Ministério da Saúde ótimo/bom AO MESMO TEMPO!
São os ungidos, libertos do Princípio da Não-contradição.
Só mesmo o bolsonarismo para conseguir a façanha de unir Lula e Dória no mesmo lado.
Os 4 Cavaleiros do Apocalipse talvez sejam os ícones temíveis mais famosos da Bíblia, descritos principalmente no Capítulo 6 do Livro das Revelações.
Mas apesar de estarem consagrados no imaginário popular como Peste, Guerra, Fome e Morte, diferente do que muitos pensam, somente o segundo e quarto cavaleiros são assim evidentes. Guerra por ter recebido uma espada, ter um cavalo da cor do sangue, e ser dito que tem o poder de tirar a paz entre os homens (Ap 6:4). E Morte por ser assim literalmente nomeado (Ap 6:8).
O terceiro cavaleiro, do cavalo preto, é normalmente identificado com a Fome, mas isto não é tão preciso quanto nos casos anteriores. Trazendo uma balança na mão, o cavaleiro faz uma declaração basicamente "comercial", estabelecendo preços abusivos para trigo e cevada, mas dizendo para não "danificar" o azeite e o vinho (Ap 6:6). Há muitas interpretações possíveis para essa passagem, que vão desde o abuso econômico contra os mais pobres enquanto os luxos dos ricos são intocados, até alegorias sobre o julgamento das almas onde azeite e vinho são vistos como unção e sangue de cristo. A interpretação como Fome é compreensível, até porque no versículo 8 a palavra é literalmente usada sugerindo que o cavaleiro possa ser assim nomeado.
Mas isso nem de longe é tão claro quanto nos casos da Guerra e da Morte. O terceiro cavaleiro pode ser entendido como exploração, crise econômica, e há até quem, hoje, o identifique com o capitalismo, por vezes até fazendo analogia do azeite, que também era usado como combustível no passado, com o petróleo. (Os 7 Selos (parte I) : Os 4 Cavaleiros do Apocalipse, Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse.)
Ainda mais incerta é a natureza do primeiro cavaleiro, do cavalo branco. Portando um arco e ostentando uma coroa, ele costumava ser chamado de Conquista. Tanto o filme Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse de 1921 quanto o de 1962 assim o nomeiam. Somente no versículo 8, algumas traduções da bíblia acrescentam o termo 'peste' antes de "feras da terra", por meio de interpretações teológicas controversas. Na realidade, até antes do século XVIII, o primeiro cavaleiro, saído do primeiro dos sete selos aberto pelo cordeiro, era predominantemente interpretado como o próprio Cristo! Considerando que saiu "vitorioso e para vencer", além da simbologia do cavalo branco e da coroa.
Na verdade o termo 'peste', 'pestilência' ou 'praga', sequer aparece em traduções de alta reputação como a King James, visto que o termo grego que costuma ser assim traduzido é 'thanato', que literalmente é 'morte'.
Na visão atual dos 4 Cavaleiros, que se consolidou apenas no último século principalmente na cultura popular, é difícil saber porque exatamente a 'peste' foi sacramentada como a interpretação "definitiva" do primeiro selo. Neil Gaiman e Terry Pratchett não foram totalmente inconsequentes quando consideraram, em seu livro Good Omens, de 2004 (no Brasil lançado como "Belas Maldições" embora literalmente seria "Bons Pressários"), que o primeiro cavaleiro era na verdade 'poluição', visto haver real indefinição no texto bíblico.
E eu próprio, na minha obra As 4 Damas do Apocalipse, que será lançada ainda este ano, já sugiro que na verdade a 'peste' se confunde não só com as 'feras', visto que doenças são causadas por microorganismos (pequeninas feras), mas até mesmo com a 'fome', visto que um dos principais motivos de fome no mundo são pestes que destroem plantações e rebanhos, e que a fome torna o corpo mais vulnerável à toda sorte de infecções, bem como doenças também prejudicam a alimentação.
Portanto, fica uma dica para uma possível interpretação teológica de quem está politizando a crise sanitária atual no sentido reacionista.
Invés de peste, podem considerar o significado do primeiro selo e seu cavalo branco como "Crise Econômica", disputando o símbolo com a estirpe do Coronavírus.