"Flexibilização" das relações de trabalho significa de fato tornar o trabalhador o mais flexível possível, para que se possa torcê-lo, esticá-lo e espremê-lo até a última gota;
"Modernização" da CLT realmente significa levar a legislação de volta à Idade Moderna, época da escravidão colonial, afinal, leis trabalhistas são coisas da Idade Contemporânea;
"Vem pra Rua", o nome de uma dos maiores movimentos coxinhescos liberais, significa de fato que você "Vai pra rua!", assim que forem facilitados os critérios de demissão, e que vai ficar no olho da rua por um bom tempo e voltar para ela com enorme frequência mesmo que consiga os empreguinhos de fome que substituirão os empregos normais;
"Não vamos pagar o pato" significa que, apesar de serem defensores da propriedade intelectual, não irão pagar os direitos autorais do artista holandês que criou o design do pato da FIESP, plagiando o trabalho dele na maior cara de pau.
É preciso admitir, muitos dos nomes, jargões e palavras de ordem utilizados pelos que odeiam o trabalhador e servem aos parasitas financeiros tem sido bastante apropriados, ainda que por vezes sutis.
No século XIX, liberais criticavam a abolição da exploração de trabalho infantil porque isso "feria a liberdade dos industriários"; se opuseram à fixação de uma jornada máxima de trabalho, porque isso "diminuiria a produtividade"; foram contrários a tratamento diferenciado para mulheres, principalmente gestantes, porque "isso seria desperdiçar metade da força produtiva".
Se opuseram a licenças médicas, indenizações, férias, descanso semanal - tudo sempre justificado economicamente, sempre acreditando que tudo isso diminuiria produtividade e, consequentemente, os ganhos dos patrões. A preocupação dos liberais sempre foi e sempre será o lucro, não o homem.
Esses direitos só foram conquistados à força, pela pressão dos trabalhadores organizados. E foi às custas de suor e sangue - muito sangue. Isso sem falar nas represálias, nos abusos contra mulheres nas fábricas, nas chantagens, entre inúmeros outros processos de abuso contra o trabalhador.
O atual governo empurra de maneira totalmente arbitrária uma série de mudanças negativas para o trabalhador. Primeiro, criam a "crise"; depois, oferecem a "solução mágica": reformas trabalhistas e previdenciárias. A conta da "crise" vai pras costas do trabalhador, o único que não é responsável por ela. Enquanto isso, banqueiros ganham isenções bilionárias, têm suas dívidas perdoadas e seguem em frente.
Os privilégios da elite política se mantêm. E de que lado ficam os liberais? Contra o Estado, certo? Absolutamente não. Os liberais, como cães fieis ao dono, se colocam justamente do lado da elite política. Justificam as "reformas", criam inúmeros argumentos para convencer o trabalhador de que isso será bom para o país e a economia; criam mitos, como o da "flexibilização" das relações laborais (como se realmente houvesse paridade de poder para negociação entre patrão e empregado).
Defendem medidas arbitrárias do Estado, num processo que não leva em conta as necessidades básicas do povo. Não militam por leis que anulem os privilégios políticos (só fazem isso da boca pra fora), nem por aquilo que realmente resolveria a crise: auditoria da dívida pública e investimento pesado no setor produtivo.
Liberais não odeiam o Estado, odeiam o trabalhador. Tudo o que for bom para o trabalhador terá a oposição deles; tudo que for ruim terá seu apoio mais ferrenho. Os direitos trabalhistas e as pequenas conquistas do povo são vistos por eles como "encargos pesados" contra a "pobre elite". E, assim, justificam a imposição das mais duras obrigações sobre o cidadão comum, enquanto se calam sobre os privilégios da elite.
O liberalismo é anti-trabalhador e essa é sua essência.
Vamos ilustrar o conceito de "pensamento" em estado de dissociação cognitiva.
Você apresenta uma série de evidências públicas e não questionáveis como a espionagem da CIA na Petrobrás, da relação entre o poder financeiro e o poder político dos EUA, o histórico das petrolíferas e seu modo de operação perfeitamente previsível mundo afora, documentos que mostram promessas entre políticos locais e empresários norte americanos do ramo, evidências de relacionamento do Judiciário com a NSA, encadeia toda a sequência de eventos com uma penca de notícias e evidências correlatas, e daí propõe como explicação uma intervenção estrangeira na política brasileira com vista ao benefício das mesmas corporações. A explicação pode não corresponder a realidade, mas tem plausibilidade baseada em fatos.
Então vem uns homúnculos e chamam isso de "Teoria da Conspiração."
Até aí menos mal. Ninguém é obrigado a saber o que isso significa e muito menos ter alguma noção do conceito de 'teoria'. Mas o único modo de 'Teoria da Conspiração' ter algum sentido é se caracterizar justo pelo fato de não ter evidências que a suportem, e essa ausência ser explicada pelo suposto acobertamento promovido pelos conspiradores.
Mas eis que os mesmos homúnculos depois vem com a certeza de que tudo o que está ocorrendo agora é um plano do PT e do Foro de São Paulo para reconduzir Lula a presidência e implantar a Ditadura Comunista, e que até mesmo a Globo, Sérgio Moro, o PSDB e o pseudo governo de Michel Temer estão cooperando com esse objetivo.
A evidência para isso? ZERO! Nem sequer um ato falho qualquer de um ou outro personagem de baixo escalão!
Dissociação cognitiva é basicamente caracterizada por estados mentais inconsistentes, que não vem necessidade de relacionar fatos concretos de modo harmônico, bastando para a sustentação da crença a mera vontade prévia, que se projeta sobre a realidade independente de encontrar confirmação ou não.
Esta pesquisa, encomendada pelo próprio PT para compreender porque perdeu apoio popular, revela a simples realidade que somente a Terceira Via ideológica, e agora a Quarta Via, até hoje conseguiu observar: que o povo é sempre à Esquerda na Economia, e à Direita na Cultura. Essa opção, invariavelmente atendida apenas pelo Nacionalismo, foi extirpada do espectro político enquanto opção eleitoral, por ser completamente antitética aos interesses da elite que por isso mesmo financia tanto o Liberalismo Econômico quanto o Cultural.
E não se deixe enganar pela apropriação que libertários querem fazer do discurso para dizer que o povo é "liberal" no sentido que eles entendem, pois a defesa popular nesse sentido se resume a facilidade de empreendimento individual que atende somente ao micro e pequeno empresário, nada tendo a ver com desregulação de mercado financeiro, isenção de impostos aos mais ricos e privatizações.
Até porque a mesma pesquisa demonstra que o mesmo povo exige um Estado presente e eficiente, e apoia programas sociais. Apesar da infeliz incapacidade de diferenciar Estado e Governo, e a crença na onipresente propaganda midiática liberal, cobrar o seu preço.
Mas o ponto mais crucial, para a esquerda, é a questão da tradição e religião. Em grande parte a esquerda política até já aprendeu que não dá pra manter o discurso anti religioso e anti familia do comunismo original, mas ainda acha que o povo não percebe que suas pautas elitistas de Feminismo, LGBT e Aborto, que a elite lhes enfiou cabeça a dentro, não passam de formas de atacar as mesmas instituições que, como fica claro, são caríssimas, aliás AS MAIS CARAS, à maioria esmagadora da população.
Em parte, talvez, porque provindo do exato contrário do que provinha a crítica comunista da família e da religião, vindo justo da elite financiera, a pauta neoesquerdista acaba confundindo os pretensamente esclarecidos intelectualóides de um jeito que jamais confundiria quem vive em contato mais direto com a realidade.
Até hoje tem muito militante de esquerda que defende essas pautas sem saber realmente quem as financia.
Esse texto é certamente o maior demolidor de ilusões que já li em toda a minha vida. Eu próprio acreditava plenamente na alegação de que a homossexualidade na Grécia antiga era prática largamente comum e aceita, mas as evidências apontadas nessa análise são dificílimas de contestar e sobretudo baseadas nas fontes literárias originais com o devido conhecimento da linguagem.
Restam dúvidas ainda, mas o texto demonstra de forma muito clara que apesar de existente no contexto grego, como em praticamente qualquer outro, não há o mínimo suporte para crer que fosse prática socialmente aceitável e muito menos que grandes heróis ou deuses gregos fossem homossexuais. Muito pelo contrário. A quase totalidade das "evidências" levantadas pelos apologetas da homossexualidade onipresente grega se baseia em erros de tradução que confundem termos de amor filial ou platônico com amor carnal, bem como numa amostragem ínfima de imagens que mostram ou sugerem homossexualidade num universo imensamente maior de imagens diversas, muitas das quais são claramente retratadas de forma reprobatória.
Se o texto estiver correto em sua totalidade, ou mesmo em sua maior parte (e tudo o que pesquisei posteriormente me indica que está) então fomos vítimas de uma forte candidata a maior fraude intelectual de todos os tempos.
Atualmente, este é o único real projeto de nação brasileiro viável e seguramente benéfico. Em parte ele chegou a ser implementado durante o Governo Lula, principalmente no que tange a projeção geopolítica e Soft Power, mas já foi amplamente enfraquecido no Governo Dilma e agora está sendo atacado com todas as forças pelo Pseudo governo atual que está completamente comprometido em destruir nosso futuro e nos colocar de joelhos perante os EUA.
MERIDIONALISMO
A Divisão Política de Nossa Era não é mais entre
DIREITA E ESQUERDA
mas entre PATRIOTAS e GLOBALISTAS
Incontáveis contradições políticas, sociais, econômicas e ideológicas movem os homens e os põem uns contra os outros na luta por seus interesses ou pelos interesses de suas crenças.
Mas essas inúmeras contradições não têm, em todos as épocas e lugares o mesmo valor. A relevância de umas contradições pode ser ressaltada em certas épocas, enquanto em outras ela pode diminuir.
A história não é estática, ela é movida pelo embate dialético. E, por isso mesmo, na política, a mais importante das atividades humanas depois da religião, as coisas estão sempre mudando.
Após a vitória dos EUA e seu bloco na Guerra Fria o planeta inteiro, com a exceção de alguns focos de resistência, ficou sob a sombra do liberalismo político. Os valores liberais, fundados no universalismo e no individualismo se tornaram "dados".
No rumo do projeto de construção de uma "civilização global", os centros de poder hegemônicos promovem o liberalismo econômico, derrubando barreiras alfandegárias, impondo a abertura de fronteiras, transferindo mão-de-obra e empresas entre países em busca dos melhores preços, substituindo produção local por uma produção global desterritorializada.
Mas a falta de rivais políticos levou o liberalismo a começar um processo de autofagia. A chamada "pós-modernidade" é fruto direto e necessário dos pressupostos da modernidade liberal. Da exaltação do indivíduo, vamos à sua desconstrução em prol de um "sujeito" cada vez mais subjetivizado e desvinculado de sua própria existência histórica, coletiva e biológica.
Essa crise do liberalismo político, que começa a se desintegrar em milhares de pautas e projetos cada vez mais insanos e subjetivistas, porém, despertou as pessoas. O espanto de ter que se deparar diariamente com as aberrações e atrocidades do liberalismo aumenta o clima de indignação em quase todos os países do mundo.
O principal projeto deles é simples: A construção de uma sociedade global, fundada sobre valores liberal-humanitaristas, organizada de forma capitalista, onde não há mais nações, religiões, culturas, etnias, etc.
Se este é o projeto deles, qualquer real oposição a eles deve ser guiada exatamente pelos ímpetos opostos: A construção de um mundo cada vez mais localizado e regionalizado, fundado sobre os múltiplos sistemas de valores de cada povo, organizado segundo as formas econômicas que melhor defendam o bem-estar coletivo de cada povo, onde se mantenham as inúmeras nações, religiões, culturas, etnias, etc. de nosso mundo.
Essa é a contradição fundamental dessa era.
Globalistas estão de um lado.
Patriotas e identitários estão do outro.
As outras contradições estão ligadas a essa contradição fundamental e são subsidiárias dela.
Assim sendo, nós da Nova Resistência, reiteramos nosso posicionamento ao lado de todos os patriotas, identitários, antiglobalistas, anticapitalistas e anti-imperialistas do mundo.
As outras contradições humanas não poderão ser resolvidas se não impedirmos o estabelecimento dessa sociedade global ultraliberal e ultracapitalista que eles tanto almejam.
Esclarecendo a situação geopolítica da R.P.D.C. (República Popular Democrática da Coréia) vulgo CORÉIA DO NORTE.
Os EUA jamais teriam condições de vencer uma hipotética guerra contra a Rússia ou contra a China. O arsenal nuclear russo é hoje maior que o americano e sua aviação em nada perde para a dos EUA. E a mera população chinesa torna o país impossível de ser subjugado por quem quer que seja.
Juntos, o que seria espontâneo numa guerra, China e Rússia varreriam os EUA do mapa sem dificuldade, ao passo que nem mesmo todo o arsenal nuclear norte americano conseguiria sequer envenenar a Eurásia inteira.
Assim, os EUA sabem que não há perspectiva alguma de imposição militar, e de qualquer modo essa perspectiva também não interessa à China e a Rússia. A maior razão de ser dos arsenais nucleares, bem como dos exércitos convencionais ou mesmo do armamento civil caseiro, não é usá-los em combate, e sim como mera ameaça, dissuadindo qualquer interesse em se envolver num confronto. Toda e qualquer política e civilidade SEMPRE se fundamenta, essencialmente, na Força.
Mas a constante ameaça também não é uma forma elegante de exercer relações diplomáticas, exceto quando de forma muito sutil. Quando Trump bombardeou a Síria e disse que uma frota seguia para "dar um jeito" na RPDC, por exemplo, violou um dos mais básicos princípios do Soft Power que costumam conduzir as relações internacionais mais sofisticadas.
Já a Coréia do Norte sofreu demais na mão dos EUA, e do Japão, para já estar apta a Soft Power. Há motivo para existirem muitos filmes norte americanos sobre a Segunda Guerra, a Guerra do Vietnã e até sobre a Guerra do Iraque, mas poucos sobre a Guerra da Coréia especialmente quando consideramos que esta já tem mais de meio século. E o motivo é que ela foi muito mais vexaminosa para os EUA do que qualquer outra, tanto no sentido das derrotas sofridas quanto das atrocidades brutais cometidas inclusive pela ONU e que jamais foram sequer levadas a um tribunal.
Com isso, quem compreende a dinâmica cooperativa entre Moderados e Radicais já deve ter entendido. Radical é o que diz "faça isso ou eu te mato", e moderado é quem diz "acho que seria bom você fazer isso pois esse cara aqui pode querer te matar".
Ou seja, Rússia e China não querem ser deselegantes com os EUA, preferindo manter uma pose de diplomacia sensata. Mas tem como trunfo um país muito menos diplomático e que se sente muito bem num papel muito mais ameaçador. Algo mais ou menos assim:
- "Ôoo Tio Sam... Pega leve aí que o nosso vizinho aqui está um pouco nervoso.
- Mas você não vão falar com ele?! Mande ele parar com esse testes nucleares!
- Ah sim... Falamos com ele sim e estamos sendo bem enfáticos nisso. Mas sabe como é... O cara sofreu muito, vamos dar um desconto."
Mas, na realidade, Pequim e Moscou não estão realmente preocupadas em por freios em Pyongyang. Podem até falar grosso de vez em quando "pra inglês ver", ou até aprovar uma ou outra retaliação econômica pouco relevante porque a RPDC voluntariamente já adotou uma política isolacionista. Mas o fato é que estão perfeitamente tranquilas com o essa situação e a Coréia do Norte então é só alegria!
Quem se lasca nesse tencionamento todo são os EUA! E aí pode começar a ficar claro porque os globalistas empurraram Trump para essa encrenca.
Nunca é demais lembrar: maconha é proibida em Cuba e na Coreia do Norte. A China de Mao executava grandes traficantes. Os Panteras Negras tinham uma retórica anti-consumo em relação as drogas. O EZLN proibiu até o álcool nas regiões sob o seu controle. O DHKP-C turco (que fala abertamente em LUTA CONTRA AS DROGAS) entra em conflitos esporádicos com traficantes. Idem para o IRA.
Não faltam países ou organizações antissistêmicas, do passado e do presente, ou ao menos "progressistas" nos critérios da esquerda, que assumiram uma prática linha dura em relação as drogas. De modo contrário, em países capitalistas e ideologicamente liberais existe um forte apelo ao consumo e uma certa valorização da cultura American Pie entre os jovens (o que inclui o consumo de drogas leves e pesadas como forma de socialização). A empresa americana Privateer Holdings possui até uma marca global de maconha com o nome do Bob Marley (Marley Natural).
Lutar pela legalização de qualquer droga é necessariamente uma pauta liberal e pró-sistema.
A princípio, eu não acreditava na inocência de Lula, ou qualquer outro grande ex presidente, por achar ser impossível que um político de tal estatura pudesse ficar tanto tempo no poder sem ao menos algumas irregularidades menores. Mas com todo um aparato estatal, político, jurídico e midiático dedicado inteiramente a condená-lo, contando com vastos recursos, inclusive prisioneiros sob coerção podendo fazer delação premiada, e ainda assim não conseguindo sequer forjar algum factóide minimamente crível, me vejo obrigado a achar que ele é mais inocente do que eu esperava.
...um país onde milhões passaram a ir às ruas vestindo as cores da bandeira em protesto às condições de vida e emprego, ao sucateamento da saúde e da educação, e à corrupção.
O governo foi destituído, e hoje as condições de vida pioraram muitíssimo com uma crise sem precedentes, o desemprego aumentou e a segurança trabalhista foi sendo esfacelada, os investimentos em saúde e educação foram condenados ao congelamento e redução, a aposentadoria corre o risco de desaparecer e o novo o governo se revelou imensa e incontestavelmente mais corrupto que o anterior.
E a julgar pelo seu silêncio, parece que os mesmos que protestavam com as cores da bandeira...
No dia 22 de Abril, em 1500, chegaram à costa leste do sul do continente americano duros e corajosos desbravadores portugueses. E assim nasceu o Brasil.
Não existia Brasil antes desse evento. E não haveria Brasil sem este evento. Por isso, a este evento devemos tudo que somos, que temos e que, inclusive, poderemos ser no futuro.
Ainda que este não seja o único influxo étnico, cultural e político que recebemos, este é o ponto de partida para a construção de uma nova civilização nos trópicos, uma nova joia entre as várias herdeiras de Roma.
Não reconhecer isso, não respeitar este legado, vê-lo como negativo é a raiz do profundo e amplo vira-latismo brasileiro.
O brasileiro, envergonhado de si mesmo, e extremamente estúpido, diz que teria sido melhor se fôssemos colonizados pelos ingleses. Tal como a Jamaica? Alguns dizem que teria sido melhor com os holandeses. Tal como o Suriname? Outros dizem que seria melhor com os franceses. Tal como o Haiti?
Isso é parte de nosso legado. Não é o nosso único legado. Mas é parte fundamental de nosso legado. É o marco inicial. E tal como já se tem ampla consciência de que é importante atentar e respeitar o legado indígena e o legado africano, é necessário despertar as consciências para o resgate do legado português, o legado da vontade conquistadora e desbravadora que deu o pontapé inicial para a criação do Brasil.
Sem uma compreensão da totalidade de nossos legados, não poderemos reconstruir o Brasil e levá-lo rumo à construção da própria civilização.
Os liberais repetem mantras à exaustão. Mentiras que, pela repetição, se tornam "verdades absolutas". Mas será que são mesmo verdades, e tão absolutas assim? Separamos cinco dos principais "argumentos" liberais mostrando seus contrapontos, suas refutações:
1- O INDIVÍDUO É O ÚNICO GERADOR DE RIQUEZAS:
A geração de riquezas é um processo amplo e a atividade empreendedora é essencialmente coletiva[1]. Economia é uma cadeia de processos e pessoas. A riqueza é um fenômeno essencialmente coletivo, não individual, e o indivíduo gera mais riquezas se o meio social no qual ele vive é aberto a essa geração de riquezas. A ação empreendedora do sujeito depende bastante do contexto e do meio social no qual ele está inserido.
2- OS PAÍSES RICOS SÓ ALCANÇARAM ESSE PATAMAR POR MEIO DO LIBERALISMO:
Este é o argumento mais repetido pelos liberais. Basta uma análise histórica honesta para desfazê-lo. Os países mais ricos adotaram medidas protecionistas em grande medida, abrindo seus mercados só depois de uma grande estruturação industrial (e, mesmo depois de fazer essa "abertura", muitas dessas políticas permaneceram[2]). Por meio do governo, protegeram e subsidiaram suas indústrias até que elas se tornassem competitivas[3]. Alexander Hamilton, primeiro secretário do Tesouro dos EUA, definiu as políticas econômicas responsáveis por transformar um país essencialmente agrícola em uma potência industrial: subsídio das indústrias nacionais, maior taxação sobre produtos estrangeiros (especialmente os ingleses), maior controle sobre o capital externo, etc[4].
Os estadunidenses aprenderam com os britânicos: o rei Henrique VII, da dinastia Tudor, adotou uma série de regulações que transformaram a Inglaterra duma exportadora de lã crua para a primeira potência industrial do mundo[5]. Entre essas leis, estavam inclusas a maior taxação de produtos concorrentes, a proibição de exportação de máquinas industriais britânicas para outros países (inclusive para as colônias) e até mesmo leis proibindo os trabalhadores experientes de deixar o país para trabalhar em indústrias concorrentes no estrangeiro. Henrique protegeu capital material e humano: uma regra de ouro para a prosperidade.
3- QUANTO MAIOR A CARGA TRIBUTÁRIA, MENOR O CRESCIMENTO ECONÔMICO:
Impostos e taxações excessivas podem prejudicar o crescimento econômico, mas essa não é uma regra universal e nem há uma relação direta entre as duas coisas. Um exemplo bem simples: durante a Guerra Civil nos EUA, de 1828 a 1831, a "Tarifa de Abominação" chegava a 62% sobre diversos produtos do Sul. Durante a aplicação dessa tarifa, a economia do Norte se desenvolveu mais largamente, e, depois da guerra, o aparato industrial assegurado garantiu a todo os EUA um dinamismo frente à Inglaterra. Da Independência dos EUA até a década de 1980, a taxa comum nos EUA foi, em média, superior a 40%. E nesse período houveram grandes picos de crescimento econômico. Ou seja: a produtividade econômica não está necessariamente determinada pela carga tributária.
4- IMPOSTOS E TAXAS ALTAS AFASTAM INVESTIDORES:
Cargas tributárias são só um dos itens analisados por investidores externos. Aliás, investidores preferem injetar capital em negócios em países com taxação mais elevada, mas com infraestrutura mais aprimorada, do que investir em países com taxação mais baixa e infraestrutura precária. Melhor infraestrutura significa menos perdas e custos marginais, menos prejuízo, mais mobilidade e fluidez para a produção. Os ganhos obtidos com uma boa infraestrutura compensam a taxação; mas taxações pequenas nem sempre compensam os prejuízos com infraestruturas ruins. Resumindo: carga tributária é apenas um dentre vários fatores que influenciam investimentos, e nem de longe o mais significativo deles. É preciso levar em conta toda a conjuntura econômica, e não só os impostos.
5- A CORRUPÇÃO SEMPRE PREJUDICA O CRESCIMENTO ECONÔMICO:
Que a corrupção é essencialmente ruim, ninguém discorda. E ninguém em sã consciência defenderia a corrupção (a não ser quem se beneficia dela). Mas, como a carga tributária, a corrupção é apenas um dentre vários elementos. Será que ela é mesmo determinante para o crescimento econômico? Durante a Revolução Industrial na Inglaterra, a corrupção atingiu níveis alarmantes: vendas de títulos, vendas de cargos públicos, subornos, etc. Mesmo assim, ninguém duvida do quanto o crescimento industrial foi vertiginoso nesse período. Mesmo os EUA, considerados pelos liberais brasileiros como um "antro de honestidade", foram essencialmente corruptos: compra de votos era uma prática essencialmente comum até o início do século XX, e mesmo hoje existem vários lobbys de corrupção nos Estados Unidos[6].
Podemos citar dois casos históricos paralelos para ilustrar que a corrupção nem sempre impede o progresso econômico: em 1961, a renda per capita anual do Zaire (atual República Democrática do Congo) era de $67. Mobutu Sese Seko tomou o poder em 1965 e governou até 1997. Ele roubou $5 bilhões de dólares durante seu governo (4.5 vezes o PIB do país, que era de 1.1 bilhões em 1961). Ao fim de seu governo, em 1997, o PIB do Zaire havia caído para 1/3 daquele registrado em 1965, quando ele havia tomado o poder. Em 1961, a renda per capita anual da Indonésia era de $49 (ainda menor que a do Zaire). O ditador Mohamed Suharto tomou o poder em 1966 e governou até 1998. Ele roubou cerca de $15 bilhões de dólares durante seu regime (alguns indicam até $35 bilhões), o equivalente a 5.2 vezes o PIB do país registrado em 1961 ($4.8 bilhões). Mas, ao fim de seu governo, o PIB da Indonésia cresceu três vezes[7]. Hoje, a República Democrática do Congo ainda é um país miserável, enquanto que a Indonésia é consideravelmente desenvolvida. Se a corrupção fosse o problema em si, os dois regimes teriam igualmente gerado apenas miséria.
Há vários exemplos que desmentem isso, e os países ricos são essencialmente corruptos (no Brasil, criou-se o mito de que são "mais honestos"). A corrupção deve ser combatida, mas é um entre vários elementos que precisam ser considerados de modo amplo e contextualizado. Corrupção é um fenômeno econômico e não está restrito ao setor público, e seus resultados são múltiplos.Em termos essencialmente econômicos, a corrupção sequer é um "mal"; mas, como não nos levamos só por argumentos utilitaristas ou mercantis, definimos ela como essencialmente negativa e moralmente errada. No caso do Brasil, o principal problema é a retirada do dinheiro de corrupção para paraísos fiscais e o entrave a obras e serviços públicos (nos países ricos, a corrupção é feita essencialmente entre corporações, e não com o dinheiro para projetos públicos). Essa é a diferença.
Há muitos outros argumentos liberais que podemos desmontar, e mesmo esses cinco aqui abordados podem ser considerados de forma mais ampla e com mais dados. É o que faremos em breve.
Isso foi só o início. Vamos mostrar aos liberais o que é economia de verdade.
[2] Nos EUA, o subsídio governamental, só no setor agrícola, será de 151 bilhões de dólares só nesse ano. Os dados são do United States Department of Agriculture [Departamento de Agricultura dos Estados Unidos].
[7] Chang, Ha-Joon; Bad Samaritans: The Myth of Free Trade and the Secret History of Capitalism [Maus Samaritanos: O Mito do Livre-Comércio e a História Secreta do Capitalismo]; páginas 160-161.
Nem Democracia, nem Ditadura, vivemos numa PLUTOCRACIA!
Dicotomias conceituais são fundamentais para a cognição humana, contrastando "polaridades", como Quente/Frio ou Igualdade/Diferença, que servem de referência de gradação e permitem organizar outros conceitos. Por isso poucas coisas são mais deletérias à inteligência humana do que operar numa falsa dicotomia, com conceitos que na realidade não se opõem por sequer estarem numa mesma dimensão conceitual.
Não bastasse a já sofrível dicotomia política Esquerda/Direita que inviabiliza qualquer compreensão real do universo ideológico, ainda pior é a forçada oposição entre Ditadura e Democracia, que se impôs no imaginário popular nublando não apenas a realidade em si, mas distorcendo até mesmo os próprios sentidos originários ao ponto de alguns dizerem que vivemos num "ditadura velada"!
'Ditadura' deriva do conceito de 'ditar', no sentido de emitir abertamente as ordens. E disso deriva a característica mais notória desse sistema. A autoridade é clara! Explícita e efetivamente detém o poder. Getúlio Vargas realmente mandava no Estado Novo, bem como os militares após o Golpe de 64, Mussolini efetivamente governava a Itália Fascista. Ou seja, na Ditadura, sabemos perfeitamente bem quem de fato exerce o poder Executivo, além do fato de que este executivo também domina ou o Legislativo ou o Judiciário, ou ambos, violando a separação tripartite dos poderes. Só por isso, falar em "ditadura disfarçada" não faz o menor sentido.
'Democracia' significa não "o governo do povo", mas dos 'cidadãos', uma vez que partes do povo ficam excluídas do exercício do poder, quer sejam menores de idade, presidiários, segmentos religiosos ou até mesmo o gênero feminino, a depender do contexto. Em países grandes, é impossível haver uma democracia direta plena, por isso é exercida por meio de representantes eleitos ao menos no poder legislativo. Alguns países, como o Brasil, tem também eleições diretas para o Executivo, e outros, como os EUA, até para algumas instâncias judiciárias. Mas em geral apenas a eleição direta para o Legislativo é suficiente para conceituar o que entendemos por Democracia, como o é nos países parlamentaristas por exemplo.
Se contrapormos de forma simplista Ditadura x Democracia, então fica em cheque noção de que países como Cuba, China ou Coréia do Norte sejam ditaduras, pois em todos eles há eleições diretas para o legislativo. E as controvérsias que pairam sobre elas não são muito piores do que as que pairam sobre os nossos com todas as maquinações de quocientes eleitorais, listas e financiamento privado de campanha.
O fato é que Democracia e Ditadura não são mutuamente exclusivas. A própria noção marxista de Ditadura do Proletariado seria a forma mais radical de Democracia Direta. Uma maioria pode, democraticamente, impor sua vontade sobre uma minoria de forma ditatorial. O que realmente caracteriza uma Ditadura, além do real poder governante ser evidente, e a intromissão direta de um poder, em geral o Executivo, sobre o outro, em geral o Legislativo. O Estado Novo e o Regime Militar foram ditaduras principalmente porque em ambos os casos dissolveram o Congresso Nacional.
Por outro lado, é justo a Democracia que esconde a mais profunda forma de manipulação, pois o sequestro dos poderes políticos por um quarto poder econômico, e necessariamente midiático, é largamente facilitado ao mesmo tempo que a aparente independência entre os 3 poderes simula legitimidade. De fato os 3 poderes podem mesmo ser independentes e até mesmo perfeitamente democráticos, mas um, outro ou todos podem estar sob o controle do quarto poder sutil.
E é isso que se chama Plutocracia. A noção de que o verdadeiro governo é desconhecido, de que os verdadeiros poderes pertencem a grupos oligárquicos quase totalmente ignorados pelo público, e que no entanto mandam em todos os poderes. Algumas vezes eles se revelam brevemente, como quando após a crise de 2008 o poder financeiro de Wall Street, por meio de seu representante Hank Paulson, humilhou o Congresso dos EUA invertendo sua prévia decisão literalmente da noite para o dia, e obrigando-o a pagar com dinheiro público o rombo trilionário que sua irresponsabilidade especulativa liberal causou.
E aqui vem a mais curiosa das inversões. A Plutocracia detesta ditaduras! Porque é impossível uma Ditadura se manter no poder sem apoio popular. Quase sempre o Ditador é uma figura carismática largamente apoiada pelo público. Na realidade, a verdadeira diferença entre a Democracia, especialmente a com eleições diretas para o executivo, e Ditadura é que a na primeira o executivo mesmo quando eleito e largamente apoiado pelo povo tem enorme dificuldade de implementar medidas populares devido a resistência da oposição, enquanto na Ditadura o ditador, quase sempre apoiado pelo povo, esmaga a oposição!
O nosso governo atual não é uma ditadura, mas é a expressão mais brutal da Plutocracia que já houve neste país, com um executivo, empossado por um legislativo corrupto, implementado medidas terrivelmente impopulares e com um Judiciário ainda mais corrupto assediando o legislativo. Tudo isso com apoio total do mais oligárquico de todos os poderes, a grande mídia.
De forma aparentemente paradoxal, muitas ditaduras costumam ser mais próximas de um espírito democrático do que a maioria das democracias, sendo justamente por isso taxadas com o pejorativo "Populismo", que é quando a vontade da maioria da população é mais diretamente atendida pelo governo. Exatamente por serem explícitas e não dissimuladas, as ditaduras costumam ser anti plutocráticas, e nem sempre menos transparentes, pois ao menos sabemos quem manda na mídia, enquanto nas democracias a farsa grotesca de uma mídia imparcial que ao mesmo tempo manipula informações em favor dos verdadeiros oligarcas é ostensiva.
E agora, fica claro porque os EUA estão sempre querendo combater algumas ditaduras ou democracias populistas mundo a fora para impor sua "democracia liberal", embora muitas vezes no passado, quando a maioria popular claramente se inclinava para um governo anti oligárquico, tenham instalado ditaduras pró elitistas após manipular massas ou provocar guerras.
E a suprema ironia. TODA VEZ que um governo democraticamente eleito se torna extremamente popular e passa a implementar medidas claramente apoiadas pela maioria da população, como foram Lula, Chavez, Kirchner, Correa, Moralez e outros, IMEDIATAMENTE A PLUTOCRACIA COMEÇA A ACUSÁ-LOS DE SEREM DITADURAS!
Não vivemos numa Ditadura, e nem mesmo numa verdadeira Democracia, que serve apenas para mascarar o verdeiro sistema a qual estamos submetidos. E o nome deste sistema é PLUTOCRACIA. 'Plutus', significa exatamente 'escondido', 'oculto', embora de forma alguma inexistente.
Bom contextualizar que a incitação dos EUA para a implantação de ditaduras, especialmente na América Latina, obedeceu um contexto de Guerra Fria onde esta seria, em tese, a melhor forma de conter o crescimento do comunismo que costumava ter ampla adesão popular. E não só por aqui. Antes da Guerra da Coréia, por exemplo, todas as pesquisas indicavam que os comunistas ganhariam com folga quaisquer eleições diretas na península coreana.
Nesses casos, para viabilizar uma ditadura de caráter originalmente menos popular é necessário, além da aliança com os setores elitistas, conseguir a adesão de ao menos parte da população de baixa renda quer pela propaganda que incute medos, fundamentados ou não, quer conferindo de fato benefícios que diminuam o apelo de um discurso de ruptura. A ditadura de 64 explorou principalmente a primeira opção, já a de Vargas explorou mais a Segunda.
De qualquer modo, uma ditadura que não tenha apoio de uma parte significativa da população (se não uma maioria absoluta, ao menos uma maioria simples que leve vantagem sobre uma maioria absoluta desunida) não tem como se sustentar por muito tempo.
Por outro lado é claramente possível um governo democrático claramente reprovado pela grande maioria da população permanecer no poder, basta que ele atenda os anseios das elites dominantes.
E não é que finalmente apareceu uma modinha de Facebook que me deu vontade de aderir?
Então vamos lá para minhas "9 verdades e 1 mentira" que resolvi transformar em 12 / 1, com direito a confissões pessoais, visto que falo pouco delas.
01 - Sempre morei em Brasília, apesar de ter passado muitos fins de semana e férias numa chácara em Céu Azul no entorno do DF, e nunca estive fora do DF, ou entorno, por mais que um mês. Mas houve um ano em que eu vivia indo em Goiânia quando tive uma namorada lá, ficando no mínimo uma semana por mês;
02 - Minha experiência internacional se resume a Tríplice Fronteira em Foz do Iguaçu e Buenos Aires;
03 - Nunca usei drogas nem me embriaguei, e praticamente não bebo. As únicas duas vezes que deliberadamente ingeri uma substância para alterar meu estado de consciência foi usando Ayahuasca, como parte da minha longa caminhada de busca espiritual, e tive experiências místicas notáveis, sendo que na segunda tive a revelação de que não precisava de drogas para continuar buscando a transcendência;
04 - Minha experiência espiritual começou nascendo no Catolicismo, sendo Kardecista por quase uma década inclusive frequentando centro espírita regularmente, depois passando a frequentar o Movimento Gnóstico Cristão Universal do Brasil na Nova Ordem por mais de um ano, e depois passando na Nova Acrópole além de incursões na Rosa Cruz e Budismo, além de frequentar igrejas evangélicas com alguma regularidade mesmo sem me converter (já toquei músicas gospel). Terminei ficando um bom tempo também na Wicca, em grande parte, admito, mais interessado numa bruxinha específica que se tornou minha consorte. Hoje me considero sentimentalmente teísta, intelectualmente agnóstico e pragmaticamente ateu;
05 - A não ser que todas as minhas crias estejam em casa eu NUNCA desligo meu telefone celular. No máximo desativo a internet;
06 - Além de minhas duas filhas adultas e meus dois filhos pequenos, é possível que exista um(a) quinto(a) que seria na verdade primeiro(a), pois uma ex namorada minha chegou a me dizer que estava grávida, mas depois sumiu e eu nunca mais soube dela. É improvável, mas como ela era meio imprevisível, não impossível. Hoje teria 28 anos;
07 - Já fui tecladista de duas bandas de rock, a que teve mais sucesso se chamava "Força Vital". Foi na virada dos 80/90. Infelizmente não sobrou material nenhum. Também já estudei piano clássico e cheguei a tocar o primeiro movimento da Sonata ao Luar de Bethoveen numa audição;
08 - Após me separar de minha primeira esposa, ainda tivemos um tempo de pós relacionamento aberto ao mesmo tempo que eu tinha outra namorada. Cheguei a levar uma, e depois a outra, na suíte presidencial do motel Colorado por volta do dias dos namorados COM A ANUÊNCIA DAS DUAS;
09 - NA MESMA ÉPOCA, eu tive um relacionamento remoto com uma mulher casada em outro estado com a qual cheguei a passar 7 horas num telefonema terminando às 4 horas da manhã! Depois de terminar com a minha namorada intermediária, fui conhecê-la pessoalmente correndo um certo "risco de vida";
10 - Quando rompi com todos esse relacionamentos quase que de uma só vez, de forma amigável, o destino não queria me deixar só de jeito nenhum. Num dia finalmente senti que estava só, no dia seguinte atendi uma ligação aleatória de uma amiga da minha irmã que morava em outro estado e que eu jamais havia visto e de um modo inusitado ficamos conversando por várias horas, me dando uma enorme vontade de ir conhecê-la. Só não fui por que...
11 - ...no dia seguinte encontrei um amigo que tinha uma namorada que sempre me fascinou, e ao perguntar como ela estava descobri que haviam terminado, inventei uma ótima desculpa para fazê-lo me dar o telefone dela e após meses de luta consegui conquistar a minha atual e definitiva esposa;
12 - Quando criança, o que eu queria "ser quando crescer" era cientista. Na adolescência queria ser, e fui, artista, e também programador. E após viajar pelas religiões, artes e pela ciência (sempre li muito sobre astronomia, física e biologia principalmente), descobri que era, desde sempre, Filósofo. Por isso após passar pelos cursos de Desenho Industrial e Letras - Japonês sem completá-los, finalmente passei para Filosofia e me formei. Prestei 6 vestibulares, os demais para Ciência da Computação, Física, no qual só fui reprovado por causa de uma redação sobre o Amor! E outro pra Filosofia em que não passei, todos na UnB. Contando com o mestrado em Ética e Filosofia Política, tive 4 matrículas na UnB e guardo as carteirinhas até hoje. Fui aluno regular por um total de 13 anos ininterruptos;
13 - O mundo real foi destruído numa guerra nuclear em 1962, e tudo o que vocês vêem não passa de uma ilusão parapsíquica que eu projeto, com meus poderes mutantes, mantendo-os eternos prisioneiros da minha Matrix bio mental. Vocês não passam de "ideias" fugazes na minha mente e posso aniquilá-los a qualquer momento.
"O que eles chamam de direitos humanos é a globalização do capitalismo. Essas organizações são usadas para se infiltrar em outros países e impor o 'American Way of Life' e a política norte americana. O que eles chamam de direitos humanos não é o direito humano de ter abrigo, de ter comida, de ter água, de ter educação, não é isso. Pois o EUA são o primeiro país a nunca garantir esse tipo de direito."
ALEJANDRO CAO DE BENÓS
Delegado Especial de Relações Exteriores da
República Popular Democrática da CORÉIA DO NORTE
"The Propaganda Game" (Documentário de 2015) 00:58'56"
Você que está revivendo um pouco, ou vivendo pela primeira vez, o clima "The Day After" tão conhecido da geração que viveu os 80s, pode se "divertir" com o site NUKEMAP
Nele você pode selecionar qualquer lugar do mundo e simular uma explosão nuclear das mais variadas potências estimando o tamanho do estrago.
Nele podemos ver, por exemplo, que a bomba de Hiroshima detonada no ponto zero de Brasília, que é a rodoviária, afetaria pouco o congresso e sequer chegaria no Palácio do Planalto. Mas a Tsar Bomb soviética, a mais devastadora arma nuclear já criada, vaporizaria o Plano Piloto inteiro.
Em meio à avalanche de CRIMES cometidos contra o povo brasileiro pela Junta Temer e seus sequazes, nunca foi tão necessário defender, por todas as vias possíveis, um dos principais legados deixados pelo governo trabalhista de Getúlio Vargas ao povo brasileiro: a CLT (inspirada, entre outras coisas, na Encíclica Rerum Novarum, escrita pelo Papa Leão XIII).
Erros cometidos pelo regime estado-novista à parte, Vargas, cujo aniversário é lembrado hoje, é um divisor de águas na vida do trabalhador nacional.
Imaginem um mundo onde a legislação vigente abrange apenas algumas categorias profissionais específicas. Ou um mundo onde não são assegurados direitos como o de descanso remunerado e de licença maternidade para as mães trabalhadoras. Esse era o mundo pré-CLT. E ao que tudo indica, o mundo que #Temer e seus capangas projetam para nós: um mundo análogo à escravidão, onde as relações trabalhistas são algo próximo a uma terra-de-ninguém.
Nós não podemos aceitar uma tal tentativa de nos subjugar. Devemos ir às ruas, dia 28 de Abril, rumo à #GreveGeral, para lutar contra o governo corrupto e parasita que quer escamotear nossos direitos. Cresce a cada dia o número de categorias aderentes à greve e cresce a cada dia o número de pessoas que entendem a real natureza do que está em jogo no país: nossa liberdade ou nossa escravização.
LUTAR CONTRA AQUELES QUE QUEREM SUGAR NOSSA ALMA É DEFENDER O LEGADO TRABALHISTA HISTÓRICO!
A Coreia do Norte dá ao mundo uma lição de Realpolitik (a política baseada em questões práticas, pragmáticas): o importante é ser forte, e ser temido, nas relações internacionais, é essencial. Força e poder são dois elementos indispensáveis a qualquer país que aspire soberania e independência.
Aqui, vamos deixar de lado discussões morais, mais adequadas a uma Direita que se enche de "humanismo" quando o assunto é a Coreia do Norte (ou qualquer país do "Eixo do Mal"), mas que abandona esse "humanismo" e ignora os crimes cometidos pelos EUA e vários de seus aliados (como os sauditas, aliados históricos dos Estados Unidos, e seu "belo regime humanista" de decapitações, entre outras coisas com as quais a Comissão de Direitos Humanos da ONU, tão pronta em condenar a Coreia do Norte, parece não se importar muito); nem a uma Esquerda, que rejeita o enfrentamento militarista ao imperialismo como "fascismo" e acredita piamente que vomitaços e cirandas são meios efetivos de se combater o Imperialismo.
Esquerda e Direita que já abandonaram noções de força como sendo "autoritarismo", "fascismo", "barbárie", "tirania" e todo o vocabulário imposto pelas mesmas potências que só são fortes e dominantes graças ao mesmo ímpeto militarista que tanto condenam nos países do "Eixo do Mal".
Em termos práticos, aqui estão as lições que aprendemos com a Coreia do Norte (e com vários outros países que também empregam isso):
1- A opinião externa não é mais relevante do que os objetivos internos. A política nacional não deve ser baseada numa retórica corporativista e midiática contrária aos interesses do país.
2- Soberania só se afirma e se mantém com força - força militar, sobretudo. Para isso, armamentos avançados e mesmo dispositivos nucleares/atômicos são necessários.
3- Poder de dissuasão nuclear significa poder de manter os inimigos distantes. Não importa a opinião da mídia internacional, as ameaças da Coreia do Sul, da OTAN ou dos Estados Unidos: ninguém invade a Coreia do Norte (porque eles possuem armas nucleares - ou aparentam possuí-las).
4- Sanções econômicas são terrorismo financeiro, mas não são nem de longe as armas mais poderosas. Se fosse isso, as décadas de sanções contra a Coreia do Norte já teriam derrubado o regime e demovido qualquer pretensão nuclear norte-coreana. Coesão interna é superior a ameaças externas.
5- As potências só desejam ampliar o TNP (Tratado de Não Proliferação Nuclear) para manter sua hegemonia nuclear. Todos os países que incriminam a Coreia do Norte por ter armas nucleares também possuem essas armas (e, no caso dos EUA, até mesmo já as utilizaram de forma criminosa em Hirosima e Nagasaki - e recentemente detonaram um dispositivo supostamente não-nuclear, mas de grande poder de destruição no Afeganistão). Ou seja: o objetivo não é a "paz mundial", mas manter um monopólio das armas nucleares.
6- Ser temido é ser respeitado no cenário internacional. Não importa a demonização feita pela mídia, mesmo baseada principalmente em mentiras e difamação: enquanto a opinião internacional for a de que a Coreia do Norte é uma "ameaça", um país "perigoso", isso é bom para a Coreia do Norte, porque significa que seus inimigos reconhecem sua força.
7- A política internacional não é baseada em formalismos, justiça ou lei. Os agentes fortes atuam pelo poder, que é a única medida de força real na geopolítica. Tratados e imposições internacionais, quando prejudiciais ao país, devem ser solenemente ignorados.
Essas sete lições são tiradas das ações da Coreia do Norte, mas não se resumem a ela. Estados Unidos, Alemanha, Israel, Inglaterra, Rússia e China (e outras potências) fazem uso desses métodos (se não todos, ao menos um deles) em maior ou menor escala, e é justamente por isso que esses países são fortes e relevantes no cenário internacional.
Enquanto o Brasil não desenvolver potencial nuclear bélico, será tratado como pária. Só há dois tipos de países no mundo: os que dispõem de armas nucleares que os que não dispõem delas. E os segundos estão em desvantagem em relação aos primeiros.
Enquanto a lógica for a de uma Direita legalista, apátrida, pseudo-nacionalista e que se submete ao discurso do Destino Manifesto estadunidense e uma Esquerda totalmente inerte e incapaz de fazer frente ao Imperialismo, o Brasil será parte dos países que não oferecem risco a ninguém, "amistosos", "pacíficos" e "bem vistos" - e, por isso mesmo, facilmente domináveis.
O único fator que impede uma invasão dos EUA à Coreia do Norte é justamente a posse de armas nucleares por eles. Certamente, se Iraque e Líbia tivessem mesmo essas armas, jamais teriam sido invadidos e destruídos. E se Bashar al-Assad tivesse mesmo armas de destruição em massa, a Síria não passaria por uma guerra que se arrasta há cinco anos.
O discurso contra essas armas não é motivado pela paz, mas pelo desejo de manter a maioria dos países em situação de vulnerabilidade, privando-os daquilo que certamente poderia assegurar-lhes soberania e independência.
Mais realismo, menos emotividade. Por um Brasil com armas nucleares.
Embora eu nunca tenha gostado de Donald Trump, sempre concordei que era opção infinitamente melhor do que Hillary, principalmente em termos de segurança planetária, dado sua claríssima promessa de deixar o resto do mundo em paz.
Mas em 9/11/16 eu disse, especialmente para os dissidentes políticos, que era melhor maneirar no entusiasmo com a vitória dele. Pois embora ele seja uma anomalia no sistema, certamente não era uma ruptura, embora ainda pudesse ajudar a construir uma.
Mas após jogar no lixo toda a essência de sua campanha e atacar a Síria após a fraude de que Assad teria usado armas químicas, largar a "mamãe bomba" no Afeganistão e avançar contra a Coreia do Norte, tudo em menos de uma semana, a mim está claro que Trump sequer se revelou uma verdadeira anomalia.
Pensando melhor, de Hillary pelo menos sabíamos o que esperar. Que seria questão de tempo antes que fizesse exatamente o que Trump fez, com a vantagem de ser coerente com seu discurso e dar mais tempo para o mundo se preparar.
Agora, das 3 possibilidades explicativas para a atitude de Trump, uma é pior que a outra, pois ou ele é apenas um hipócrita que mentiu deslavadamente e jamais teve intenção de tornar o planeta mais seguro, ou não passa de mais um fantoche nas mãos do verdadeiro poder oligárquico que governa os EUA sem qualquer possibilidade de efetivamente desafiá-lo. E essa era minha maior esperança.
A opção meio termo, a mim, é incomensuravelmente pior. A de que ele teria negociado com a plutocracia, que cedeu nesse ponto para não ceder em outros, o que revelaria que partilha de uma das mais antigas e espúrias burrices da humanidade, a de que é possível fazer apenas um "meio-pacto com o Diabo", que você pode tentar "passar a perna" num poder incomensuravelmente maior que você aceitando fazer parte do jogo dele enquanto crê que conseguirá evitar ter que fazer o resto.
Nesse ponto, Trump não é melhor que os militantes pé rapados que levantam, por exemplo, bandeiras transgêneros e LGBTs em companhia ao Goldman Sachs e JP Morgan & Chase Bank achando que podem implementar a agenda ditada por eles, mas que irão, esses molequinhos que nada sabem nem sobre o pouco de vida que tiveram, manipular o poder financeiro internacional executando só metade do plano delineado pela elite bilionária!
Ou os liberalóides que defendem a agenda privateira e desregulatória do Consenso de Washington achando que isso resultará em alguma outra coisa além da mera multiplicação do poder financeiro que o criou.
São os marionetes achando que podem manipular o titereiro!
Trump se tornou, ou se revelou, apenas mais uma peça do jogo de poder da Elite Globalista, ou foi apenas um soluço incômodo que demorou algum tempo para ser solucionado e colocado em seu devido lugar. Um tempo de menos de um trimestre, a julgar por ter equipado seu gabinete com tudo de contrário ao que dava a entender em sua campanha.
Parodiando-me no supra citado texto, "My entushiasm was Trumped". Não tenho mais idade nem paciência para continuar me deixando enganar por um bilionário nascido em berço de ouro que finge defender trabalhadores.
Absolutamente excelente análise! Que explica como e por quê o ataque contra a Síria beneficiou o Estado Islâmico e condenou uma população cristã, e como é influenciado justo pelos globalistas que os eleitores de Trump repudiaram, a começar pelo T-Rex da Exxon Mobil. Só discordo num ponto: Trump não deve ser perdoado. Pra mim, ele já se auto destruiu completamente.
"Meu conselho a qualquer pessoa com alguma habilidade estética real é divorciar a escrita da economia. Encontra quaisquer outras fontes possíveis de comida e hospedagem, e se recuse a escrever com qualquer outro objetivo do que pura excelência em mente. Permita que os editores aceitem o material se o aceitarem como é, mas diga-lhes para ir para o inferno quando exigirem que a excelência seja subordinada e os objetivos espalhafatosos sejam substitutos. A disputa entre arte e comércio - como entre toda excelência humana ou dignidade e o ideal comercial - é letal e irreconciliável." H.P.Lovecraft
"My advice to anybody with any real aesthetic ability is to divorce writing from economics. Find any other possible sources of food and lodging, and refuse to write with any aim than sheer excellence in mind. Let editors accept material if they will take it as it is, but tell them to go to hell when they demand that excellence be subordinated and tawdry artificial goals be substituted. The feud between art and trade – as between all human excellence or dignity and the commercial ideal – is lethal and irreconcilable." H.P.Lovecraft
A Coréia do Norte, mesmo constantemente ameaçada de invasão pelos EUA, não se deteve e desenvolveu seu poderio nuclear. Enquanto isso, no Brasil, basta arregimentar patifes devidamente posicionados no judiciário.
Costumo evitar comentar sobre assuntos que estão por demais em evidência no momento, a não ser quando tenha algo a dizer que não tenho visto alguém ter dito. Então vejamos.
Utilizaram gás SARIN na guerra civil na Síria, o governo de Bashar al-Assad acusa os rebeldes, e estes, bem como os EUA e a maior parte da grande mídia (corrupta e mentirosa, sempre irei lembrar) acusam Assad.
Para quem não o saiba, a produção do gás neurotóxico SARIN é caríssima, estima-se no mínimo U$ 15 MILHÕES para dar os passos iniciais na pesquisa e produção, e muitíssimo mais para efetivamente produzir, estocar, armazenar, transportar etc.
Até hoje a única entidade não-estatal que o produziu foi a organização religiosa e terrorista japonesa Aum Shinrikyo, que teve muito dinheiro e tempo, contanto com químicos, engenheiros e um grande laboratório além de empresas legais de fachada para comprar os caros e perigosos ingredientes. E o mais importante, não estava em guerra nem sendo investigada ou caçada por nações inimigas.
Portanto, dificilmente os rebeldes teriam conseguido produzí-lo por conta própria, mesmo que em quantidades moderadas ou de qualidade inferior.
Ao mesmo tempo, é absolutamente sem sentido que o governo sírio tivesse deliberadamente usado essa neurotoxina em seu próprio país numa operação sem qualquer resultado efetivo. Tanto no caso ocorrido há quase 4 anos, que matou apenas civis e soldados do próprio governo, quanto no caso atual, com o planeta inteiro de olho nele.
Bashar al-Assad não está no poder há 17 anos com enorme popularidade interna e resistindo a intensa pressão internacional, fazendo asneiras tão estúpidas quanto essa. Não faria sentido nem mesmo para por a culpa nos rebeldes, pois é evidente que haveria no mínimo suspeitas. Nem mesmo os nazistas usaram Sarin em campos de batalha, até por ser uma arma de utilidade tática duvidosa.
Para os rebeldes faria sentido utilizá-la, pois o lado mais fraco num combate sempre tem mais disposição para utilizar meios mais drásticos, até por ser essa sua única chance de fazer frente ao poderio inimigo, e se os rebeldes o utilizaram, e o resultado do uso foi amplamente favorável a eles, como o obtiveram?
Ora, quem, além dos EUA, teria interesse em desestabilizar o governo Sírio para se apossar de seu petróleo e suas amplas reservas naturais, não tem escrúpulo algum em utilizar qualquer meio torpe para atingir seus fins, comprovadamente produz Sarin em largas quantidades, e JÁ MENTIU 3 VEZES para invadir países dizendo que possuem armas químicas, nucleares ou ligações com terroristas?
Isso é a cara da CIA! Eles vivem disso! Toda a sua expertise é voltada para os piores tipos de calhordice e TODO MUNDO SABE DISSO! A começar pelos próprios norte americanos. Muitos dos quais em posições importantes já admitiram que essa é a única explicação.
São os únicos que podem faze-lo impunemente, contando sempre com o apoio massivo da mídia, do poder econômico e político, e de uma horda de idiotas que acreditam ou fingem acreditar que são heróis da liberdade e da democracia enquanto são os maiores responsáveis por infestar o planeta de armas e os maiores devoradores de recursos naturais.
Te fizeram acreditar que você é uma peça dispensável, um "peso" à sociedade; que qualquer seguridade social ou benefício à sua pessoa são "fomento à preguiça", à vadiagem.
Te fizeram crer que saúde, segurança, educação, infraestrutura, cultura, lazer e todas as outras áreas essenciais ao bem-estar social são "gastos", e não investimentos vitais; e que é "prudente" diminuir esses "gastos" ou colocar limites para eles. Te fizeram crer que o governo deve ter "limites" para te retribuir por suas contribuições, mas suas contribuições continuam sem limites, e só aumentam!
Te fizeram acreditar que você deve se esforçar, se sacrificar e abrir mão de direitos conquistados por décadas de esforço, às custas de suor e sangue, para pagar uma dívida que você não fez e reparar uma economia que você não estragou. Querem que você pague por uma crise que não é sua, nem de seus filhos e netos. Enquanto isso, os responsáveis por essa crise permanecem intocáveis, com seus privilégios cada vez maiores, mais ricos enquanto o povo fica cada dia mais miserável.
Te venderam a ideia de que "liberalismo" é a fórmula mágica para a prosperidade, e te fizeram tomar partido e defesa de interesses que não são seus, de uma elite da qual você não faz parte (enquanto te fizeram crer que os seus direitos é que são o problema e o "entrave" ao desenvolvimento do país) - mas não te contaram que essa "receita" só é vendida aos países pobres e emergentes pelos países ricos, que não ficaram ricos por esses meios. Assim, te empurraram uma "solução": o Estado deve ser cada vez menor e austero (menor pra você, e austeridade só pra você).
Te feriram! Te fizeram responsável por um problema que você não criou.
Mas é hora de resgatar o Trabalhismo e mostrar que você, trabalhador, não é um "custo", é um investimento; não é o "responsável" pela crise, mas sim vítima dela; não deve ter um "Estado mínimo", mas sim um Estado forte, presente e atuante a seu favor. Seus direitos não são negociáveis e não são entraves, são um reconhecimento justo e legítimo pelo seu suor que mantém este país.
Vejo no site da BBC o link de uma matéria com a pergunta: POR QUE A AMÉRICA LATINA É A ÚNICA REGIÃO DO MUNDO ONDE O ISLÃ NÃO CRESCE? (Embora tenham se esquecido da interrogação.)
Antes de sequer clicar no link, imediatamente respondo: PORQUE A AMÉRICA LATINA É PREDOMINANTEMENTE CATÓLICA E AINDA NÃO SOFREU PLENAMENTE OS EFEITOS COLATERAIS DO SECULARISMO!
Diferente da América do Norte, a religiosidade latino americana é mais coesa, tendo a Igreja Católica influenciado extremamente a formação dos países e legando alguma unidade cultural resiliente. (E mesmo a historicamente recente fuga de fiéis rumo às denominações protestantes pouso afeta essa espiritualidade tradicional básica.)
Essa resiliência, entre outras coisas, mantém taxas reprodutivas minimamente sustentáveis que tornam a necessidade de imigrantes mínima, e preenche a maior parte da necessidade de sentido existencial da maioria das pessoas.
Já o Secularismo tende a esvaziar esse sentido transcendente, por vezes substituindo por outros variados dos quais muitos são bem menos resistentes, e faz despencar as taxas de natalidade, com isso demandado imigração de populações crescentes, e a adesão de muitas pessoas a uma religião ainda forte, vigorosa e plena de sentido. E como os países de maioria muçulmana estão relativamente próximos, não se poderia esperar outra coisa.
Digo de forma analítica, sem juízo de valor a respeito da religião em si, até porque eu próprio não sou cristão: NÃO HÁ COMO DETER O CRESCIMENTO ISLÂMICO EM UM PAÍS SEM FORTALECER SUA RELIGIOSIDADE TRADICIONAL. Que no caso da América Latina é Católica, ou ao menos Cristã.
Já há algum tempo eu percebi que homens e mulheres se diferenciam até em crenças infundadas, e recentemente me aprofundei mais nessa reflexão. Dividindo:
- Mulheres: literatura (ou dogma) de autoajuda, horóscopo, astrologia, teorias feministas, lei da atração, pensamento positivo e outras crenças “new age”.
- Homens: criacionismo bíblico literal (terra jovem ou velha), terra plana, teorias conspiratórias, envolvimento alienígena em questões políticas, ufologia, comunismo, anarcocapitalismo, nazismo (aliás, eu nunca vi uma mulher defender o nazismo, só homem mesmo. Curioso isso).
Bem, algo que eu reparei também foi que ambos os gêneros possuem suas inclinações psicológicos e emocionais específicas que os levam a acreditar nas crenças em questão. Todas elas possuem motivações comuns. As mulheres, pelo que percebi, tendem a acreditar em algo simplesmente porque aquilo traz um bem estar e conforto. Sempre há um elemento bajulatório e egocêntrico no meio. Se as crenças não as fazem se sentir melhores, especiais, amadas e “morais”, elas descartam. Já os homens são diferentes. Todas as crenças citadas exigem uma certa tensão e rompimento de status. Ao contrário das mulheres, áreas críticas e que exige conflitos e badernas atraem bastante a ala masculina. Todas essas áreas são “polêmicas” e rendem debates monstruosos, críticas massivas, coisas incendiárias. Enquanto isso a leveza e tranquilidade permanece na mente feminina. O universo está ao nosso favor, os astros nos dizem algo (positivo), eu posso fazer qualquer coisa, ou como feministas gostam de falar “a mulher tem o direito de fazer o que quiser” (e isso é necessariamente bom) e assim por diante.
Bem, claramente a superficialidade e futilidade impera nas convicções femininas, enquanto que a excentricidade e caráter "iconoclasta" vigora nas ideias masculinas. A questão aqui não é dizer quem é o mais tapado ou não, pois epistemologicamente, ambos estão equivocados em suas motivações para crer em algo. Uma vez que os dois partem de emoções para ter as crenças, e não razões, embora as crenças masculinas frequentemente exijam uma maior sofisticação (ver o esforço intelectual que os criacionistas de terra jovem fazem para sustentar suas teses, por exemplo, o malabarismo é surreal). No entanto, para mim parece claro que isso é uma questão de gênero, e não meramente algo universal entre humanos (como acreditar em políticos, por exemplo). Mas a questão aqui não é apontar para absurdos de forma específica, como acreditar que a Lua está te ajudando (mulheres) ou que os EUA mantêm contatos com ETs (homens), o problema é de base mesmo. Base no sentido de quais pressupostos as pessoas partem para crer em algo, somando isso a como opera nossa mente ao raciocinar sobre o mundo. Eis o real problema. Acreditar em horóscopo só é consequência de uma mente já deficiente, e que não possui critério nenhum para acreditar ou não em algo, apenas suas sensações.
Não leva um minuto para as mulheres saberem o que é efeito Forer, aprender os 3 princípios clássicos da lógica, e reconhecer que os fatos, teorias científicas e argumentação crítica vale mais do que seus sentimentos. Não custa nada o homem perceber que ser excêntrico e rebelde contra este ou aquele sistema de ideias não o torna digno de ser sábio. Aliás, é engraçado como os homens demonstram tal excentricidade. Eles agem como se detivessem um poder que quase ninguém mais no planeta detém, somente ele. Daí aparece conspiração, illuminati, abdução alienígena e outros delírios dentro da política. Não custa nada ambos os sexos tirarem um tempo para estudar falácias lógicas, verificar fontes e desconfiar de autoridades, seja científica ou política.
Se as feministas fossem minimamente racionais, elas já teriam se dado conta de que as crenças supersticiosas que frequentemente rondam o meio feminino atrapalham o intelecto delas, e inclusive a sua moralidade. Mas isso não poderia ser diferente, uma vez que de todas as crenças supersticiosas, as teses feministas são as mais delirantes, e muitas vezes, as mais hilárias. É bem melhor acreditar em horóscopo do que em Andrea Dworkin ou qualquer insanidade da ala “radical” do feminismo. É bem mais saudável para a sociedade crer no “universo da inclusão” (ver as ideias do O Segredo) do que a teoria do patriarcado opressor (nome legal para bicho papão de mulheres) que domina, estupra e mata mulheres todos os dias. Mesmo algumas crenças sendo piores do que outras, todas as citadas representam uma realidade falsa e devem ser criticadas.
Dando uma olhada rápida em sites e blogs para o público masculino e feminino, você percebe claramente outras distinções com relação a crenças e ambições entre os gêneros. Obviamente sexo e relacionamentos amorosos são assuntos que ambos abordam, então nada de especial. Mas começando pelos sites masculinos, é notório como os homens tem um prezo maior pelo desenvolvimento pessoal, busca por saber (ainda que de forma trivial) e maneiras de lidar melhor com problemas da vida (é importante citar que eles não estão isentos de autoajuda também, no entanto). Juntando isso a questões previsíveis, como fotos de mulheres lindas (nuas ou não) e esportes.
Enquanto isso, os sites femininos seguem o padrão: moda, saúde, família, autoestima, receitas, sexo, relacionamentos. Teve até um site em que tinha duas opções de pesquisa, um era sobre comportamento, e o outro sobre espiritualidade. Adivinhe o que tinha no da espiritualidade? Horóscopo, astrologia, lei da atração. E comportamento? Sexo, relacionamento, sexo, lidar com o ex, sexo, lidar com a idade, sexo, controlar as emoções, sexo, dieta e sexo.
Bom, a minha dúvida é se são estes tipos de interesses que resumem a mulher e o homem, principalmente as mulheres. Mesmo eu questionando uma boa parcela desses métodos e recomendações em sites masculinos, os homens claramente possuem mais chances de expandirem a própria mente, existem sites masculinos onde os caras recomendam de tudo, de livros a filmes, de textos a atividades concretas e sempre prezando para um aperfeiçoamento pessoal, tanto físico quanto emocional. E eu não preciso nem dizer que a maioria esmagadora dos blogs, canais do youtube, sites que lidam com ciência, filosofia, religião e política são feitos por homens. Enquanto que as mulheres se resumem a feminismo, sexo, aparência, saúde (isso é uma coisa boa, de fato) e qualquer subjetividade. Porém, eu não vejo problema em as mulheres continuarem se importando com a aparência, por exemplo. Eu passei a maior parte da minha vida jogando jogos eletrônicos e ouvindo música, também não há nada de grandioso nisso (em termos intelectuais). Da mesma forma que elas se sentem bem colocando um batom vermelho (coisa que eu não me sentiria bem), certas atividades masculinas também não seriam do agrado delas.
Assim como provavelmente o imperialismo persa, britânico e americano, gosto por batalhas e guerras representam o caráter de dominância e megalomania dos homens, a irracionalidade, contradição e ausência total de coerência dos feminismos também parecem ser reflexos da natureza feminina. Obviamente essas afirmações podem ser contestadas, até porque eu não tenho estudo nenhum que demonstre isso, mas é apenas um texto reflexivo, não científico.
Homens e mulheres possuem suas tendências destrutivas e virtuosas, mas ao ler este texto, a feminista só entenderá que eu sou um machista patriarcal opressor que quer a dominação das mulheres. Mas não há nada de surpreendente nisso. Da mesma forma que não há surpresa em criticar um marxista e ele te acusar de “burguês”. No fim, são só acusações sem nenhuma relevância argumentativa.
Homens e mulheres tendem a acreditar em coisas diferentes, por motivos diferentes e isso traz, por consequência, implicações diferentes. A grande questão é: será mesmo que nossas inclinações devem continuar a serem vistas de forma acrítica? Particularmente eu acredito que cânceres modernos como politicamente correto, hiperssensibilização nas redes sociais e superprotecionismo foram causados pela influencia feminina no mundo. E tende a aumentar. Sim, eu não tenho nenhum estudo que corrobore isso, mas me parece muito evidente. E não devemos ficar demonizando as mulheres por isso, pois sabemos no que isso vai resultar: um bando de homens ressentidos e raivosos, o que já temos demais. Assim como um mundo altamente masculinizado (como o mundo islâmico) é um problema, um altamente feminino também já está demonstrando seus desastres. E só uma pessoa muito cega não percebe que o Ocidente está cada vez mais sendo influenciado pelas mulheres.
Então os homens deveriam entender que os aliens, os deuses, as ideologias futuristas não vão nos ajudar, e as mulheres deveriam compreender que os astros, o pensamento positivo, e muito menos o feminismo também não vão construir uma pessoa mais sensata. Os homens devem ser menos alarmistas, escandalosos, raivosos e obscurantistas. Mulheres devem ser menos molengas, seus sentimentos são irrelevantes diante dos fatos, o mundo não é essa “positividade” que algumas acham que é ( e nem essa desgraça que as feministas pintam também) e por fim, mulheres, entendam que ao se ofenderem, vocês devem parar para pensar se há realmente alguma legitimidade nessa sensação ou se é apenas uma reação espontânea. Pois não raramente, essa sensibilidade atrapa sua lucidez e investigação honesta sobre o mundo.
Ao reconhecerem essas diferenças e inclinações, ambos deveriam parar para refletir sobre sua própria natureza trágica, e em como seus sentimentos influenciam suas crenças mais banais e fundamentais.
Agora eu vou visitar meu companheiro alien feminista que controla o mundo com o poder da positividade, sempre seguindo a lei da atração.
Um comparativo das condições governamentais político-ideológicas da América do Sul antes e depois do governo Obama com política externa da Hillary Clinton.
O capitalismo é um sistema muitíssimo flexível e dinâmico. Como um vírus, ele se adapta, "evolui" (não usamos aqui "evolução" no sentido positivo), e, prestes a morrer, consegue uma sobrevida, um novo fôlego, novas energias. É um sistema essencialmente predatório, parasitário e oportunista, que opera numa dimensão muito além da mera esfera econômica (é um conjunto também cultural, psicológico, ideológico, etc.).
Esse sistema quase viu seu fim com a ascensão do Comunismo (a Segunda Teoria Política) já no século XIX e início do século XX. Quando, ainda em 1929, acionistas e executivos cometiam suicídio em Nova Iorque e a"maior economia do mundo" cambaleava em meio a uma das maiores crises econômicas da humanidade, um país até então semi-feudal, nada industrializado e com grande parcela de analfabetos conseguia crescer numa taxa assustadora, se industrializando rapidamente e, nas décadas seguintes, lançando a maior parte das conquistas espaciais. Tratava-se da Rússia (e, mais amplamente, da União Soviética).
Em seis décadas, os soviéticos fizeram o que a Revolução Industrial havia levado três séculos para fazer. E, diferente dos marxistas, vemos aqui o Comunismo soviético como uma "releitura" do capitalismo: ampliar os potenciais industriais e redistribuir mais igualitariamente seus resultados. Não vamos entrar aqui nas diferenças entre a teoria e a prática; e, por mais que fosse uma "releitura", tratou-se dum sistema "alternativo" e que competia com as potências da Europa Ocidental e dos EUA. Para a Esquerda, o fim do capitalismo e o triunfo do comunismo eram coisas dadas como certas. Mas em 1991, por vários fatores, esse sonho acabou - e o "pesadelo" começou.
Sem um referencial concreto, a Esquerda (majoritariamente trotskista, depois desse evento) fez uma transição: o cerne não seria mais a construção de um modelo econômico alternativo. O campo principal não seria mais o econômico, anti-imperialista e trabalhista, mas sim o campo moral e cultural. Essa transição foi concretizada em 1968, nos protestos estudantis na França (dirigidos contra DeGaulle, herói francês e anti-imperialista - aqui já notamos que essa "Nova Esquerda" se instrumentalizava cada vez mais aos interesses da hegemonia liberal).
Isso tudo desembocou nos atuais bundaços, vomitaços, cirandas, oficinas de masturbação, cuspaços, "marchas de vadias", foco em "coletivos revolucionários" homossexuais, transexuais, bissexuais (além das dezenas de "orientações sexuais" e "gêneros" - a politização da sexualidade). O foco passou a ser cada vez mais o micro (grupos de minorias, vontades individuais, abstrações pessoais, etc.) e cada vez menos o macro (socialismo patriótico, desenvolvimentismo, anti-imperialismo, anticapitalismo, trabalhismo, etc.).
O sujeito da Esquerda deixou de ser o proletário e passou a ser o indivíduo. Para esta Esquerda, o verdadeiro "militante" e foco da "revolução" é o burguês de condomínio que é simpático a todas as pautas culturais e morais da "Esquerda" (o "esclarecido", "desconstruído"), e não mais o operário pobre "reacionário", "machista", "fanático religioso", etc. Essa Esquerda se decepcionou com o proletário: um sujeito "inferior" que precisa ser "civilizado", cujos valores mais sagrados são "fascismo". Tendo se decepcionado com esse proletário, essa Esquerda abraçou o burguês (e principalmente a classe média-alta) como seu novo protagonista.
As ações e pautas dessa "Esquerda" são essencialmente resultantes do tédio burguês (a moça de classe alta em seu tédio expresso por meio do "meu corpo, minhas regras" em oposição às necessidades imediatas e reais de mulheres pobres) e da imitação mecânica de pautas culturais impostas pelo Primeiro Mundo. O desejo máximo é tornar o Brasil numa Suécia (como a Direita, que deseja transformar esse chão numa versão tropical dos Estados Unidos).
Essa Esquerda é bem-vinda ao capitalismo, e mesmo incentivada por ele. O capitalismo percebeu que essa "oposição" é inofensiva, e que o vazio estimulado por ela só clama por mais e mais consumismo. Representatividade ao invés de Revolução (e "revolução" em todos os sentidos, exceto o social), uma demanda que o capitalismo pode suprir - inclusive adicionando em suas propagandas todo esse novo público e essa nova linguagem. A Nova Esquerda vende, é rentável e lucrativa, e os senhores do mundo já perceberam isso (aliás, em grande parte eles criaram isso).
O capitalismo, já passando por crises e em ponto de morte, continua sobrevivendo graças à ação desses "revolucionários" que nada mais desejam do que maior protagonismo no processo capitalista. No Brasil, vemos isso claramente: diante do ataque aos direitos trabalhistas, essa "Esquerda" responde com todo o tipo de manifestação vazia e patética. É a maior ferramenta da Direita.
Nada de bom virá desse antro. É preciso resgatar as pautas identitárias, regionalistas, anti-imperialistas, anti-capitalistas, trabalhistas e Nacionalistas. E é isso o que temos feito e continuaremos fazendo.
Se você se contenta com bundaços e ações teatrais sem valor, siga as "novas tendências" (que não são novas, mas antigas, iniciadas há quase 50 anos atrás). Se quer realmente construir um Brasil, seu lugar é conosco.
Além de Bolsomico ser favorável a desocupação de áreas indigenas e quilombolas(que seria resolvido por uma reforma agrária), disse em palestra na Hebraica que é contra a entrada irrestrita de imigrantes - referenciando aos refugiados.
Pois é sr. Mico, mal sabe que são organizações judaicas pelo mundo quem mais estimulam a imigração irrestrita sob pretexto do ''multiclturalismo''. Evidentemente que no estado judeu khazar isso não existe. Além de Israel, mais especificamente Tel Aviv ser conhecida como a ''meca gay'' do Oriente Médio já que ele se diz um ''defensor da família'' e contra o ''kit gay''.
Ótimo! E reforço o fato de que os do limiar dos 1% mais ricos ainda estão mais próximos dos mais pobres do que da elite bilionária. É a diferença que vivo frisando entre quem TEM que trabalhar, mesmo que ganhe seus 30 mil por mês, e aqueles que só trabalham por que querem, pois tem recursos para viverem a vida inteira no luxo e terminarem a vida ainda mais ricos só explorando um sistema financeiro que existe exatamente para isso.
Ser de classe média não te coloca acima do pobre médio. Aliás, classe média é isso: um pobre médio. Financiar o apartamento e conseguir o carrinho (ou até abrir um negócio próprio) ainda te deixam mais próximos socialmente do favelado do que da elite. Classe média não é elite, mas, no Brasil, se cristalizou o pensamento de que é parte do topo.
Você não anda a pé mas enfrenta congestionamento o dia inteiro; tem colégio particular mas o nível educacional ainda é um dos piores do mundo; mora em condomínio mas sofre violência quando pisa fora dele; tem plano de saúde particular mas é uma porcaria. Não tem como escapar. Qualidade de vida se mede mais pelo coletivo do que pelo individual. O que importa não é tanto "seu" carro, mas o ônibus, o metrô e a qualidade da estrada. Se isso vai bem, tu vai aproveitar melhor "teu" carro.
É justamente essa falta de compreensão sobre a importância do nível coletivo e a falta de entendimento do classe-média de que, para a elite, ele é apenas mais um escravo, mais um pobretão, que tem impedido essa classe social de realizar seus potenciais (acreditam que o ápice da vida é viajar pra Disney, como dizia o falecido Ariano Suassuna).
Sina da classe-média brasileira é acreditar piamente que faz parte da Casa Grande, e ser jogado todo dia no fundo da senzala.